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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
(ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO)

CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS


PERÍODO BÁSICO

COLETÂNEA DE MANUAIS

DE

TOPOGRAFIA DE CAMPANHA

VOLUME 1

2016

Observações:
ÍNDICE DE ASSUNTOS

CAPÍTULO I

CARTAS TOPOGRÁFICAS

Pag

1. CARTAS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS........................................................................03

1.1 Definição......................................................................................................................................03

1.2 Classificação militar das cartas...................................................................................................03

1.3 Cuidado para com as cartas em campanha...............................................................................05

1.4 Convenções cartográficas..........................................................................................................05

2. ESCALA DA CARTA..................................................................................................................14

2.1 Construção de uma escala gráfica............................................................................................16

2.2 Exercícios de aplicação.............................................................................................................16

3. MEDIDA ANGULAR E CÁLCULOS MATEMÁTICOS...............................................................18

3.1 Finalidade..................................................................................................................................18

3.2 Unidade de medida angular......................................................................................................18

3.3 Fórmula do Milésimo.................................................................................................................19

4. DIREÇÕES BÁSICAS...............................................................................................................21

4.1 Definição.................................................................................................................…...............21

4.2 Declinação Magnética..............................................................................................................22

4.3 Convergência de Meridianos...................................................................................................22

4.4 Diagramas de Orientação........................................................................................................22

4.5 Lançamento e Azimute............................................................................................................24

4.6 Angulo QM..............................................................................................................................26

4.7 Azimute...................................................................................................................................30

4.8 Contra- Azimute......................................................................................................................31

4.9 Declinação da carta topográfica..............................................................................................31

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1......................................................1/52)


5. COORDENADAS GEOGRÁFICAS.........................................................................................33

5.1 Definição..................................................................................................................................33

5.2 Locação de Coordenadas geográficas nas cartas..................................................................34

6. COORDENAS RETANGULARES...........................................................................................37

6.1 Generalidades.........................................................................................................................37

6.2 Locação de Coordenadas retangulares..................................................................................41

7. COORDENADAS POLARES..................................................................................................44

7.1 Generalidades.........................................................................................................................44

8. LINHA CÓDIGO, TELA CÓDIGO E CÁLCULO......................................................................46

8.1 Linha código............................................................................................................................46

8.2 Tela Código.............................................................................................................................48

8.3 Outros Processos de Designação de Pontos.........................................................................48

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1...........................................................2/52)


(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................1/52)
(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................2/52)
CAPÍTULO I
CARTAS TOPOGRÁFICAS

1.CARTAS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS


(SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980 E
SEGUNDO C 21-30 – ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

1.1 DEFINIÇÃO
Carta — é a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e
artificiais que se encontram na superfície do solo, bem como da configuração dessa
superfície. Embora desenhada em escala, não é absolutamente precisa porque, sendo
a superfície da terra esférica, não permite sua representação exata num plano,
originando deformações inevitáveis. Procurando diminuir essas deformações, foram
criados diversos tipos de projeção para a referida representação.

1.2 CLASSIFICAÇÃO MILITAR DAS CARTAS


a. Classificação geral
1) Carta topográfica — reproduz os acidentes naturais e artificiais da superfície
terrestre de forma mensurável, mostrando suas posições horizontais e verticais. A
posição vertical ou relevo é normalmente determinada por curvas de nível, com as
cotas referidas ao nível do mar.
2) Carta planimétrica — representa apenas a posição horizontal do acidente
reproduzido. Distingue-se da carta topográfica pela omissão do relevo em condição de
ser medido.
3) Carta fotográfica — é a reprodução de uma fotografia aérea ou mosaica,
constituída de uma série destas fotografias, que se completou com uma quadriculação
arbitrária, dados marginais, nomes, numeração de estradas, curvas de nível, elevações
importantes, limites, escala e orientação aproximadas. Normalmente se denomina
fotocarta. O traçado de curvas de nível é excepcional.
4) Carta em relevo — reproduz as diferenças de nível por meio de sombreamento,
colorido, etc. A carta em relevo plástica, é uma carta topográfica normal, que foi
impressa sobre base de matéria plástica, de maneira que o relevo, indicado pelas
curvas de nível seja efetivamente reproduzido, em escala aumentada.
5) Carta especial — é uma carta destinada a fim particular, como por exemplo, uma
carta de rede de vias de transporte.
b. Classificação pela escala
1) Escala pequena — igualou inferior a 1/500.000.
2) Escala média — maior que 1/500.000 e menor que 1/50.000.
3) Escala grande — superior a 1/50.000.
c. Classificação militar e utilização
1) Carta geral — em escala inferior a 1/1.000.000, destina-se a fins gerais de
planejamento.
2) Carta estratégica – em escala de 1/1.000.000, destina-se a emprego no
planejamento de movimentos, concentração e suprimento.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................3/52)


3) Carta estratégico tática — em escala de 1/250.000 ou eventualmente, na
escala de 1/500.000, destina-se a emprego no planejamento pormenorizado, utilização
no preparo de gráficos para esclarecimento de ordens, produção de cartas em relevo
plásticas (escala média) e uso como carta rodoviária ou carta para as diversas fases do
apoio aproximado ar terra. Na falta de cartas em escala maior, ainda serve como carta
tática ou de controle do tiro de artilharia de campanha.
4) Carta rodoviária — em escala igual ou inferior a 1/250.000 é utilizada nos
movimentos táticos e administrativos de tropas. Em certos casos, a mesma carta, na
escala de 1/250.000, pode ser usada como carta estratégico tática e carta rodoviária.
5) Carta tática — em escala de 1/50.000, é usada para fins táticos e
administrativos. Por vezes em lugar desta escala, pode-se empregar a de 1/25.000 ou
a de 1/1 00.000. A carta tática é comumente usada por todas as Armas e Serviços.
6) Carta de artilharia — em escala de 1/25000, é empregada na direção do tiro de
artilharia. A carta de 1/50.000 pode, em certos casos, servir para este fim.
7) Carta fotográfica ou fotocarta — definida em a(3), preferivelmente na escala c.e
1/25000, podendo porém ser de 1/10.000, é utilizada para fins táticos e administrativos.
8) Planta urbana — em escala igual ou superior a 1/10.000, destina-se a
representação dos arruamentos urbanos, assim como a localização dos principais
edifícios e de outros acidentes que sejam de importância e possam ser representados
na escala. Um tipo desta planta ressalta as principais vias que atravessam a área
urbana.
d. Cartas aeronáuticas — estas cartas, produzidas e distribuídas pela Força Aérea
Brasileira, classificam-se de acordo com a utilização que se destinam.
1) Carta de planejamento — em escala igual ou inferior a 1/5.000.000, destina-se a
determinação de rotas internacionais, organização de amplos sistemas de transporte
aéreo e controle de movimentos aéreos estratégicos.
2) Carta da navegação aérea de longo alcance — em escala de 1/1.000.000 a
1/5.000.000, é utilizada para a navegação astronômica e por instrumento.
3) Carta de navegação aérea normal — em escala de 1/25.000 a 1/1.000.000,
também denominada carta de pilotagem, é utilizada na navegação precisa à vista.
Abrange áreas de terra e água indicando meios auxiliares e perigos para a navegação.
4) Carta de aproximação — em escala de 1/250.000 a 1/50.000, ou mesma maior, é
empregada na fase aérea do apoio terra-ar e na navegação visual sobre áreas
congestionadas. Fornece dados sobre obstruções críticas e outros por menores
relativos à direção de aproximação desejada. Pode ainda, apresentar vistas
panorâmicas e perspectivas oblíquas.
5) Carta de objetivo — em escala grande, serve para designação de um objetivo
aéreo particular. Contém informações esquemáticas, que localizam exatamente os
objetivos determinados ou identificam um objetivo particular numa área geral.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................4/52)


1.3 CUIDADOS PARA COM AS CARTAS EM CAMPANHA
Devem sempre que possível, ser colocadas em um porta-cartas e cobertas com uma
folha de papel transparente (acetato).
Quando empregadas pelas tropas em campanha, as cartas devem ser dobradas em
forma de sanfona, como está ilustrado na figura 01, e colocadas no bolso para protegê-
las do sol e da umidade.

Figura 1
Duas maneiras de se dobrar uma carta

1.4 CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

a. Generalidades

Os símbolos contidos neste artigo são convenções que se destinam a represen-


tar, de modo expressivo, os acidentes do terreno e os objetos topográficos em geral, de
modo a ressaltar sua importância, principalmente no que se refere à aplicação militar
da carta.

b. Cores e Símbolos

As cartas e esboços topográficos são geralmente confeccionados em cinco cores


(preto, azul, vermelho, verde e castanho).

1) PRETO – planimetria em geral, com exceção da hidrografia, e toda a nomen-


clatura;
2) AZUL – hidrografia, traçado das margens em geral, representação das nas-
centes, poços, cisternas, bicas, encanamento e terrenos encharcados;

3) VERMELHO – rodovias, até 3ª classe, inclusive;

4) VERDE – bosques, macegas, mangues e culturas;

5) CASTANHO – curvas de nível e respectivas altitudes

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................5/52)


c. Símbolos Cartográficos

RODOVIAS, CAMINHOS E ELEMENTOS RELACIONADOS.

Tabela 1

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................6/52)


ESTRADAS DE FERRO E ELEMENTOS RELACIONADOS

Tabela 2

TABELA 3

ELEMENTOS RELACIONADOS ÀS INTERLIGAÇÕES

TABELA 4

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................7/52)


EDIFÍCIOS E LUGARES POVOADOS

TABELA 5

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................8/52)


ELEMENTOS DE ÁREAS E SEUS LIMITES

Tabela 6

PONTOS DE CONTROLE

Tabela 7

TABELA 8

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................9/52)


LIMITES DE FRONTEIRA

Tabela 9

ELEMENTOS HIDROGRÁFICOS

TABELA 10

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................10/52)


ELEMENTOS HIDROGRÁFICOS (CONTINUAÇÃO)

TABELA11

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................11/52)


SINAIS CONVENCIONAIS DIVERSOS

TABELA 12

ELEMENTOS HIPSOGRÁFICOS

TABELA 13

TABELA 14

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................12/52)


COBERTURA VEGETAL

Tabela 15

Obs:
1-Nas Cartas de Orientação existem algumas simbologias próprias, diferentes das
usadas nas Cartas Topográficas.

2-Só foram apresentadas as principais e mais usadas convenções. Existem muitas ou-
tras.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................13/52)


2. ESCALA DA CARTA
(SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980)

É a relação existente entre as dimensões representadas na carta (d) e as dimensões


correspondentes no terreno (D). O emprego da fórmula ao lado torna-se necessário,
quando não dispomos de uma régua com a graduação correspondente a
escala da carta.
Por exemplo, se numa carta de escala igual a 1/25.000 achamos uma
distância gráfica de 2,5 cm (medida com uma régua milimetrada) entre
dois pontos, a distância real no terreno será:

D = 2,5 cm x 25.000 = 62.500 cm = 625 m


Numa carta de escala 1/25.000, significa que:
-01 m na carta corresponde a 25.000m (25 Km) no terreno;
-01 cm na carta corresponde a 25.000cm (250 m) no terreno;
-01 mm na carta corresponde a 25.000 mm (25 m) no terreno.
Uma escala será tanto maior quanto menor for o valor do denominador da fração
que a representa.
a. Particularidades
Se os dados da escala não estiverem na margem da carta, a escala dessa carta
pode ser determinada partindo-se de uma medida no terreno, ou por meio da distância
gráfica tomada em outra carta de escala conhecida.
b. Pela distância real entre dois pontos do terreno
A escala de uma carta pode ser determinada pela comparação da distância real en-
tre dois pontos do terreno, com a respectiva distância gráfica na carta. Na figura 02, por
exemplo, a distância gráfica medida na carta é de 40 mm e a mesma distância medida
no terreno com trena, ou outro processo razoavelmente preciso, é de 2.000 m, ter-se-á:

Figura 2 Determinação da escala da carta


conhecendo-se a distância do terreno.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................14/52)


c. Pela distância entre dois pontos de uma carta de escala conhecida
Para determinar a escala de uma carta com o auxílio de outra carta de escala
conhecida, escolhem-se dois pontos que estejam representados em ambas as cartas e
mede-se à distância entre eles. Desse modo, é possível deduzir a distância real pela
carta de escala conhecida e estabelecer a escala da outra pelo processo explanado na
letra b. Por exemplo: na figura 03, a escala da carta “A” é de 1/20.000 e a escala da
carta “B” é desconhecida. A distância gráfica entre o cruzamento das estradas e a casa
na carta “A” é de seis centímetros (6 cm). A distância real, entre o cruzamento de estra -
das e a casa, determinada pela carta “A” é:

Figura 3

Comparação de duas cartas


Representando a mesma área

Com esta distância real, e com a distância gráfica obtida na carta “b”, encontraremos
o valor da escala desta carta:

d. Aproximação de Escala
1) O menor valor gráfico que se pode perceber a olho nu
(sem instrumento ótico) e ter precisão na medida, é de dois déci-
mos de milímetro (0,2 mm). Este valor se denomina aproximação
de escala ou erro gráfico cometido.
2) Para saber a dimensão real correspondente ao erro gráfi-
co, deve-se considerar a fórmula:
Exemplos:
a) Qual a menor dimensão real possível de ser representada na escala 1/25.000?

b) Determinar as menores escalas que permitirão, respectivamente, as represen-


tações gráficas de: 5 m, 10 m e 20 m.
RESPOSTA: 1/25.000, 1/50.000 e 1/100.000

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................15/52)


2.1 CONSTRUÇÃO DE UMA ESCALA GRÁFICA
a. Procedimento
1-Seja construir uma escala gráfica de 5.000 metros a ser empregada em uma carta
cuja escala é 1/25.000. Procede-se como se segue:
Determina-se o comprimento da escala pela fórmula geral. Nesta fórmula, o
comprimento da escala é a distância gráfica, o valor 5.000 metros é a distância real e
1/25.000 é a escala. Tem-se: Metros.
1/25.000 = d/5.000; 5.000/25.000 = 20 cm
– A escala gráfica deve medir 20 centímetros para representar 5.000
– Por meio de uma régua traça-se a linha ab com 20 centímetros de comprimento
– Traça-se, em ângulo agudo, a linha ab’ representando cinco divisões iguais
quaisquer, da régua milimetrada. Traça-se a linha bb’ e de cada divido de ab’ traçam-se
paralelas a bb’. Estas dividem a linha ab em cinco partes iguais, representando cada
uma 1.000 metros.
A divisão 1.000 metros à esquerda do “0”(zero) da escala e deve ser subdividido
em partes de 100 metros. Faz-se isso traçando a linha (a – d’), dividindo-a em 10
partes e projetando essas divisões sobre o talão, tal como foi explanado acima.
Numeram-se as divisões da escala como mostra a figura 4

Figura 4

2.2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO


a. Determinar os valores gráficos correspondentes a:
(1) 21,500 km na escala de 1/50.000
(2) 18.750 m na escala de 1/25.000
(3) 15,000 km na escala de 1/100.000
(4) 45,000 km na escala de 1/260.000

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................16/52)


Respostas:
(1) 0,43 m (3) 0,15 m
(2) 0,75 m (4) 0,18 m

b. Determinar os valores naturais correspondentes a:

(1) 0,l79 m na escala de l/25.000


(2) 0,125 m na escala de 1/50.000
(3) 0,374 m na escala de 1/100.000
(4) 0,222 m na escala de 1/250.000

Respostas:
(1) 4.475 m (3) 37.400m
(2) 6.250 m (4) 55.500 m

c. Determinar a escala em que a grandeza gráfica de:

(1) 0,175 m corresponde a 17,5 km


(2) 0,040 m corresponde a 1,00 km
(3) 0,335 m corresponde a 83,75 km,
(4) 0,1582 m corresponde a 7.910 m

Respostas:
(1) 1/100.000 (3) 1/250.000
(2) 1/25.000 (4) 1/50.000

d. Achou-se um fragmento de carta onde estava representado um cruzamento de


estradas e uma árvore isolada, afastados entre si de 4,7 cm. A distância real entre os
dois acidentes considerados é de 1.1 75 m. Qual é escala da carta?
Resposta: 1 /25.000
e. Na escala de 1/25.000. 15 mm corresponde a ______________ metros.
Resposta: 375 m
f. Em uma carta de escala 1/50.000, a distância entre dois pontos A e B representada
por 14 cm. Noutra carta, de escala desconhecida, esta mesma distância é
representada por 28 cm. Qual é a escala da carta?
Resposta: 1/25.000
g. Em trechos de cartas, cujas escalas são desconhecidas, identificam-se dois pontos
distantes entre si de 2 Nas referidas cartas as distâncias gráficas entre esses dois
pontos são respectivamente 2,75 cm, 11,0 cm e 5,5 cm. Pede-se:
As escalas das três cartas;
A carta de maior escala.
Respostas:
1/100.000, 1/25.000 e 1/50.000

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................17/52)


h. Num fragmento de carta a distância entre duas cidades é de 0,066 m. Um motorista
percorrendo de viatura a distância entre elas, verificou que o odômetro do veículo
acusou a distância real de 3.300m. Qual será a escala da carta a que pertence o
fragmento?
Resposta: 1/50.000
i. O erro gráfico cometido na carta de escala de 1/25.000 é de _________ m.
Resposta: 5 m
j. O erro gráfico cometido na carta de escala de 1/100.000 é de ________m.
Resposta: 20 m
l. A distância entre dois pontos no terreno é de 600 metros. Na escala da carta esses
dois pontos estio distanciados de 12 mm. Qual é a escala dessa carta?
Resposta: 1/50.000
m. Você dispõe de uma folha de papel com 33 cm x 22 cm, na qual deverá desenhar
um acidente topográfico cuja extensão é de 620 m, deixando uma margem de 1 cm de
cada uma de suas bordas. Pede-se:
A escala adequada para representar o referido acidente de forma que o mesmo
ocupe o maior espaço possível no papel.
Resposta: 1/2.000
n. Determinar as menores escalas que permitirão, respectivamente, as representações
gráficas de: 5 m, l0m e 20 m.
Resposta: 1/25.000, 1/50.000 e 1/100.000.

3.MEDIDA ANGULAR E CÁLCULOS MATEMÁTICOS


(SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980)

3.1 FINALIDADE
As distâncias e as direções são empregadas para locar pontos ou objetos sobre o
terreno ou sobre uma carta em relação a pontos conhecidos. A distância é medida a
passo ou estimada, conforme o grau de precisão desejado. Para finalidades militares, a
direção é expressa sempre, por um ângulo formado com uma direção base fixa, ou
facilmente determinável.

3.2 UNIDADE DE MEDIDA ANGULAR


a. O valor de um ângulo é expresso em graus ou milésimos (Fig 5). As unidades de
artilharia têm os instrumentos de direção de tiro geralmente graduados em milésimos.
Outras armas empregam o grau e seus submúltiplos.
b. Graus, minutos e segundos – dividindo-se a circunferência em 360 partes iguais,
por meio de raios, o ângulo formado por dois raios consecutivos, vale 10.
Os graus são divididos em minutos e estes em segundos, de modo que:
Círculo 360°; 1º = 60’; 1’ = 60″
Os ângulos são representados numericamente do seguinte modo:
Â= 137°45’23″; Â = ângulo

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................18/52)


c. Milésimos – quando uma circunferência é dividida em 6.400 partes iguais, o ângulo
que compreende uma dessas partes vale 1 milésimo. O milésimo é de utilidade para a
artilharia, porque ele é um ângulo cuja tangente é aproximadamente 1/1.000. Por esta
razão, a variação de 1 milésimo na direção do tubo de um canhão, muda o ponto de
impacto dos projéteis de 1 metro em 1000 metros de distância ou de 2 metros para o
alcance de 2.000 metros.
d. Relação entre grau e milésimo — os graus são transformáveis em milésimos por
meio dos seguintes fatores de conversão:
360º = 6.400″ (360 graus = 6.400 milésimos); ou seja: 1º = 17,778’

Figura 5

3.3 FÓRMULA DO MILÉSIMO


a. Medida expedita de distâncias
Utiliza-se o binóculo na medida expedita de distâncias, obtendo-se o valor angular
de uma frente conhecida, com o qual, pela aplicação da fórmula do milésimo, fornecerá
o valor da distância (distância aproximada) que separa o operador da frente referida.
Assim, a distância será dada pela fórmula:
F (m) Onde: D é a distância em km, F é a frente conhecida em metros,
D(Km) =_______ e n é o número de milésimos da frente, ou ainda:
n'''

1000x F (m) Que é a mesma fórmula anterior, só que a medida será fornecida
D(m) =_______ em metros.
n'''
Exemplo: um observador querendo medir a distância que o
separa de um poste de 7 m de altura, visou-o com um ângulo de 10’’’. Qual a distância?

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................19/52)


Figura 6

7m 1000x7
Solução: D (Km) =------------------ = 0,7 Km ou D (m) = --------------- = 700 m
10''' 10'''

Os valores das frentes mais comuns são os seguintes:


- homem de joelho..............................................................1,50 m
- homem de pé....................................................................1,70 m
- homem a cavalo.................................................................2,50 m
- poste de linha telegráfica (de ferro)7,00 m (de madeira) 6,00 m
- poste de rede elétrica........................................................7,00 a 9,00 m
- casa pequena....................................................................4,00 a 5,00 m
- coqueiro e palmeira...........................................................15,00 a 25,00 m
- vagão de estrada de ferro..................................................3,00 a 3,50 m
- carro de combate.............................................................. 2,50 a 3,00 m
- viatura de 2,5 toneladas.....................................................por volta de 3 m
- viatura de 3/4 toneladas.....................................................por volta de 2 m
- viatura de 1/4 toneladas......................................................por volta de 2 m

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................20/52)


4.DIREÇÕES BÁSICAS
(SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980)

4.1. DEFINIÇÃO
A direção entre dois pontos é expressa por um ângulo, do qual um dos lados é uma
direção base. Existem três direções bases, a saber: as do norte verdadeiro ou
geográfico, norte magnético e norte da quadrícula representados respectivamente por
NG, NM e NQ (Fig 7).
a. Direção do Norte Verdadeiro ou Geográfico – a direção do norte verdadeiro ou
geográfico é empregada em levantamentos, quando se deseja grande precisão e
normalmente não é empregada em campanha. Os meridianos de uma carta
representam as direções do norte e do sul verdadeiros.
b. Direção do Norte Magnético – a direção do norte magnético é indicada pela ponta
N da agulha da bússola. É comumente empregada nos trabalhos de campo, porque
pode ser determinada diretamente com a bússola comum.
c. Direção do Norte da Quadrícula – o norte da quadrícula é indicado pelas
verticais das quadrículas, geralmente feitas nas cartas militares.

Figura 7
Diagrama de orientação

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................21/52)


4.2 DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
a. Generalidades — os ângulos formados pelas direções do norte verdadeiro com
as do norte magnético e norte da quadrícula são chamados respectivamente
declinação magnética e convergência de meridianos. Na figura 5—2 a declinação
magnética é 6º40’ oeste e a convergência de meridianos é 2º25’ leste.
b. Declinação magnética — é o ângulo horizontal formado pelas direções porte
verdadeiro e norte magnético Nos locais onde a ponta da agulha de bússola estiver a
leste do norte verdadeiro, a declinação magnética será leste. Onde a ponta da agulha
estiver a oeste do norte verdadeiro a declinação será oeste. Nos locais onde o norte
verdadeiro e o magnético coincidirem, a declinação será zero. A declinação magnética,
em qualquer localidade, está sujeita a uma variação cujo valor é dado em tabelas,
como as do Anuário do Observatório Nacional. Por exemplo, na figura 5—2 a variação
anual é de 3’. Essa variação é normalmente dada com o respectivo sentido para evitar
confusão.

4.3 CONVERGÊNCIA DE MERIDIANOS


Convergência de meridianos ou simplesmente convergência, é a diferença, em
direção, entre o norte verdadeiro e o norte da quadrícula. Ela é variável para cada
carta. Na realidade, ela varia nos diferentes pontos de uma carta qualquer, mas nas
cartas táticas é considerada fixa sem risco de erro apreciável. As cartas militares
apresentam, sob forma de diagrama, a convergência média das quadrículas para as
respectivas áreas representadas.

4.4 DIAGRAMAS DE ORIENTAÇÃO

a. GENERALIDADES
As cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na margem. Tal
diagrama contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e o
norte da quadrícula. Os ângulos, entre essas direções, são traçados com precisão e
podem ser utilizados para trabalhos gráficos na carta. Pelos motivos dados a seguir, os
diagramas de orientação devem ser verificados, pela medida, antes de utilizados para
esse fim; em certas cartas, em que a declinação ou a convergência são muito
pequenas, o diagrama tem tamanho exagerado. Nas cartas do Serviço Geográfico do
Exército, os ângulos de declinação e convergência são referidos em graus; portanto, é
de toda conveniência, ao trabalho com milésimos, fazer a transformação do valor
destes ângulos e anotar no diagrama.

b. ÂNGULO QM
O ângulo entre as direções do norte da quadrícula e do norte magnético é chamado
ângulo QM. O ângulo é Oeste, quando o norte magnético está a Oeste do norte da
quadrícula; é Leste, quando o norte magnético está a Leste do norte da quadrícula. O
ângulo QM é calculado somando a declinação magnética e à convergência (quando a

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................22/52)


direção do norte magnético e do norte da quadrícula estão em lados opostos da
direção do norte verdadeiro) e subtraindo uma da outra quando estão do mesmo lado
do norte verdadeiro. Uma vez calculado o ângulo OM, ele deve ser escrito na carta,
para uso futuro. A variação anual da declinação magnética acarreta aumento ou
diminuição do ângulo QM. Se as direções do norte magnético e do norte da quadrícula
se aproximam, o ângulo QM diminui; se eles se afastam o ângulo QM aumenta.

c. AZIMUTE
Determinamos a posição de um ponto em relação a outro, na carta ou no terreno,
por meio de azimutes. Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do
movimento dos ponteiros do relógio, a partir do norte magnético, do norte verdadeiro ou
do norte da quadrícula.
c.1. Azimute magnético — azimute magnético de uma direção é o ângulo horizontal
medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte magnético
até a direção dada. Na figura 8, por exemplo, o azimute magnético da direção entre a
bifurcação de estrada e a capela é 60º.
c.2. Azimute verdadeiro — azimute verdadeiro de uma direção é o ângulo
horizontal medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte
verdadeiro até a direção dada. Na figura 8, por exemplo, este azimute é 54º.
c.3 Azimute da quadrícula ou lançamento — lançamento de uma direção é o
ângulo horizontal, medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo
do norte da quadrícula até a direção dada. Na figura 8 o lançamento é 51°.

Figura 8

c.4. Relação entre o azimute magnético e o lançamento — no campo, os


azimutes magnéticos são usados por meio da bússola. Se o operador possuir um
transferidor a direção do norte magnético poderá ser traçada facilmente na carta. Caso
contrário, converte-se a leitura da bússola em lançamento, antes de marcá-la na carta.
A diferença entre o lançamento e o azimute magnético é o ângulo QM.

(1) Quando o norte magnético está a Leste do norte da quadrícula:


Lançamento = azimute + ângulo QM
(2) Quando o norte magnético está a Oeste do norte da quadrícula:

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................23/52)


Lançamento = azimute magnético — ângulo QM
Por exemplo: na figura 8, o lançamento é 60º – 9° = 51º
c.5 Contra-azimute — contra-azimute é simplesmente o azimute da direção oposta.
O contra-azimute de uma direção é o seu azimute mais 180º. Por exemplo: se essa
soma exceder 360º, ele é igual ao azimute menos 180º. Por exemplo: se o azimute de
uma direção é 50º, o contra-azimute é 50° + 180º = 230º, se o azimute é 310º, o contra-
azimute é 310° - 180° = 130°.

d. RUMO
Os rumos são empregados para exprimir direções por meio das bússolas graduadas
em quadrantes, de 0º a 90°. O rumo é o menor ângulo horizontal que uma direção
forma com a direção Norte-sul; nunca excede de 90º. A Figura 9 mostra como são
medidos e indicados os rumos, e as relações entre eles e os azimutes. Se os rumos
são magnéticos, os azimutes são também magnéticos. A Figura 10 ilustra como
exprimir uma direção típica em qualquer quadrante, tanto em azimute como em rumo.

Figura 9 Figura 10
4.5 LANÇAMENTO E AZIMUTE

a. TRANSFERIDOR
O transferidor é um instrumento para medir ou marcar ângulos na carta. A figura11
apresenta dois tipos de transferidor; o tipo semicircular é o mais comum. Ambos são
graduados em duas escalas, a fim de possibilitarem medidas de ângulos de valor até
uma circunferência. Possuem duas escalas: uma graduada de 0º a 180º e outra de
180° a 360°.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................24/52)


Figura 11
b. COMO TRAÇAR UM AZIMUTE NA CARTA
b.1 Lançamento — problema: Traçar a partir do ponto cotado 685, na figura 12,
uma linha com lançamento igual a 75º Traça-se uma linha passando pelo ponto 685 e
paralela à direção Norte-sul da quadrícula. Coloca-se o transferidor sobre a carta, com
sua base sobre a linha traçada e seu índice sobre o ponto considerado. Marca-se o
ponto P na graduação de 75º do transferidor. Retira-se o transferidor e traça-se uma
linha do ponto 685 ao ponto P.
b.2 Azimute magnético — para marcar o azimute magnético de uma direção,
segue-se o mesmo processo anterior, traçando-se, porém, a linha que passa pelo
ponto 685, paralelamente à direção do norte magnético e não à do norte da quadrícula.
Pode-se também converter o azimute magnético em lançamento, recaindo assim no
problema anterior.

Figura 12

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................25/52)


4.6 ÂNGULO QM

A carta topográfica possui na sua margem inferior o Diagrama de Orientação,


que possui as 03 (três) direções básicas: norte verdadeiro ou geográfico (NG), norte
magnético (NM) e o norte de quadrícula (NQ).

Figura 13

Diagrama de Orientação
Relembrando:
(1) o ângulo formado entre o NQ e NM é chamado de QM;
(2) o ângulo formado entre o NQ e NG é chamado de CM;
(3) o ângulo formado entre o NM e NG é chamado de DM;

OBSERVAÇÃO:
(1) a CM por ser um ângulo formado por duas direções fixas, não varia
conforme o tempo;
(2) a DM é variável por ter como uma de suas bases o NM que vária
de acordo com o magnetismo da Terra. Nas cartas topográficas esta
variação é dada junto com o diagrama de orientação, e pode ser positi-
va (quando aumenta o valor da DM) ou negativa positiva (quando dimi-
nui o valor da DM).

a.CALCULANDO O QM

QM = DM +/- CM

São 2 (dois) passos para se calcular o QM primeiro deve-se atualizar a DM e em


seguida analisar o Diagrama de Orientação fazendo um estudo das posições das
direções básicas, com a finalidade de saber se o QM = DM + CM ou se QM = DM –
CM.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................26/52)


1° Passo: atualizar a DM:
Para atualizar a DM deve-se utilizar o diagrama de orientação e a fórmula:

DM ano atual = DM ano da carta +/- (ano atual – ano da carta) X valor de atualização

(+/-) dependendo do dado do diagrama de orientação; (+) se DM cresce e (–) se DM


decresce.

Ex: Carta Topográfica – CIGRA Topo Vol 2 – Pág 16


Dados: DM 1992 = 19° 31’
DM cresce 6,4’ anualmente (valor de atualização)

DM 2012 = DM 1992 + (2012-1992) X 6,4’ (como a DM cresce soma-se a


atualização)
DM 2012 = 19° 31’ + 128’
DM 2012 = 19° 31’ + 2° 08’
DM 2012 = 21° 39’

2° Passo: analise do Diagrama de Orientação fazendo o estudo das posições das


direções básicas:

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................27/52)


1° tipo: QM = DM + CM 2° tipo: QM = DM + CM
Dado Dado

QM cresce anualmente QM cresce anualmente

QM 2012 = DM 2012 + CM QM 2012 = DM 2012 + CM

3° tipo: QM = DM + CM 4° tipo: QM = DM + CM
Dado Dado
QM decresce anualmente QM decresce anualmente

QM 2012 = DM 2012 – CM QM 2012 = DM 2012 – CM

5° tipo: QM = DM – CM 6° tipo: QM = DM – CM
Dado Dado
QM cresce anualmente QM decresce anualmente

QM 2012 = DM 2012 + CM QM 2012 = DM 2012 – CM

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................28/52)


7° tipo: QM = DM + CM 8° tipo: QM = DM – CM
Dado Dado
QM cresce anualmente QM decresce anualmente

QM 2012 = DM 2012 + CM QM 2012 = DM 2012 – CM

EXEMPLOS:
Qual o valor do ângulo QM em 2012?

a)
1° Passo atualizar a DM:
DM 2012 = DM 1956 + (2012-
1956) X 3’
DM 2012 = 9° 5’ + 168’
DM 2012 = 9° 5’ + 2° 48’
DM 2012 = 11° 53’

2°Passo Analise do Diagrama de


Orientação
QM 2012 = DM 2012 + CM (ver o
diagrama)
QM 2012 = DM 2012 + 2° 25’
QM 2012 = 11° 53’ + 2° 25’
QM 2012 = 14° 18’

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................29/52)


b)
1° Passo atualizar a DM:
DM 2012 = DM 1967 + (2012-
1967) X 2’
DM 2012 = 10° 30’ + 90’
DM 2012 = 10° 30’ + 1° 30’
DM 2012 = 12° 00’

2°Passo Analise do Diagrama de


Orientação
QM 2012 = DM 2012 – CM (ver o
diagrama)
QM 2012 = DM 2012 – 2° 5’
QM 2012 = 12° - 2° 5’
QM 2012 = 9° 55’

4.7. AZIMUTES
São ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio,
a partir do NM, do NV e do NQ.

NQ
Na carta topográfica militar, a leitura da bússola de uma
B direção fornece o Azimute de Quadrícula (ou
AzQ = Lç lançamento).
Consequentemente, há necessidade de converter esse
Azimute de Quadrícula em Azimute Magnético, a fim de
que seja determinada a direção no terreno.
A

É necessário, portanto, que se conheça o ângulo QM, o qual poderá encontrar-se


em duas situações:

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................30/52)


NQ NM NM NQ

B
B
Lç DM

AzM
DM AzM

Az M = Lç - QM Az M = Lç + QM

Figura 14
4.8. CONTRA-AZIMUTE
É o azimute da direção oposta.
C Az = Az + 180º (caso o Az seja menor que 180º)
C Az = Az - 180º (caso o Az seja maior que 180º)

Por exemplo, se o azimute é 270º, o contra-azimute é:

270º – 180º = 90º

4.9 DECLINAÇÃO DA CARTA TOPOGRÁFICA

Declinar uma carta topográfica é atualizar o NM e locá-lo na da carta.


Existem 02 (dois) métodos: pelo transferidor e pela bússola.

Relembrando:
DM ano atual = DM ano da carta +/- (ano atual – ano da carta) X valor de atualização
QM = DM +/- CM

Para facilitar a locação do NM na carta usamos o QM, pois QM é o ângulo formado


entre o NM e NQ, que já vem na carta.

1) Pelo transferidor:
1° Atualizar o QM
Se QM for E (tendo como referencial o NQ) → NM = QM.
Se QM for W(tendo como referencial o NQ) → NM = 360 – QM.

2° Centro do transferidor no encontro de quadrículas, sendo a linha 0° -


180° coincidente com o NQ.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................31/52)


Figura 15

3° Marcar o QM atualizado, que é o NM

Figura 16 Figura 17

2) Pela bússola:
1° Atualizar o QM
Se QM for E (tendo como referencial o NQ) → NM = QM.
Se QM for W(tendo como referencial o NQ) → NM = 360 – QM.

2° Lançar o QM na bússola.

Figura 18

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................32/52)


3° Coincidir o centro da bússola (o quício) com o encontro de quadrículas,
alinhando o N do limbo móvel o NQ e a linha E – W do limbo móvel com a linha
horizontal da quadrícula.

Figura 19

4° A seta de navegação indicará o NM, bem como as laterais da bússola.

Figura 20

5. COORDENADAS GEOGRÁFICAS
SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980

5.1 GENERALIDADES
a. Para compreender essas coordenadas devemos estar familiarizados com as no-
ções de latitude e de longitude sobre o globo terrestre.
b. Seja O o centro da terra, PP` a linha dos polos e A um ponto qualquer da super-
fície (fig. 21)
c. O Equador é o círculo imaginário EE` determinado na superfície terrestre por um
plano perpendicular à linha dos polos e passando pelo centro da terra. Os planos para -
lelos do equador, passando no ponto A determinara a seção BB` que é chamada de pa -
ralelo de latitude ou simplesmente paralelo.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................33/52)


Figura 21

d. Logo, paralelos de latitudes, ou simplesmente paralelos, são todos os círculos


determinados por planos paralelos ao plano do equador.
e. Os planos perpendiculares ao equador e que contém a linha dos polos PP` são
chamados de meridianos de longitudes ou simplesmente meridianos. Na figura 21, te-
mos como meridianos os círculos PAP` e PC` DP`.
f. O ponto A (interseção de um paralelo com um meridiano) será definido em coorde -
nadas geográficas pela latitude e longitude do paralelo e do meridiano, respectivamen -
te, que passam por esse ponto.
g. Latitude – a latitude (α) de um paralelo é o valor em graus do arco de meridiano
(CA) compreendido entre o Equador e esse paralelo. É contado de 0º a 90º a partir do
Equador para os polos, positivamente para o polo norte e negativamente para o sul.
h. Longitude – a longitude (λ) de um meridiano é medida pelo valor do arco (DC), do
círculo do Equador entre ele e o meridiano tomado como origem. É contada de 0º a
180º a partir do meridiano origem, positivamente para Oeste e negativamente para
Este. A longitude pode ser também expressa em tempo, pois ela é determinada em as -
tronomia, pelo intervalo de tempo que medeia entre a passagem de um astro qualquer
pelo meridiano de origem e pelo meridiano do lugar considerado, em consequência do
movimento da terra em torno do seu eixo. O meridiano origem mais comumente usado
é o que passa na cidade de GREENWICH, na Inglaterra.
Exemplo de longitude de um ponto:
λ= 40º W ou λ = 2h 40 min (W Gr).

5.2. LOCAÇÃO DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS NAS CARTAS


As cartas topográficas possuem na moldura uma escala de latitude e de longitude
onde estão lançadas as graduações múltiplos de 5 (cinco) minutos e as corresponden-
tes aos cantos das folhas. As divisões de minutos são indicadas graficamente. Em cer-
tas cartas, normalmente de pequenas escalas, são traçadas os próprios meridianos e
paralelos com seus respectivos valores lançados, também, na moldura.
a. Determinação das coordenadas geográficas de um ponto – as cartas topográficas
(1/25.000, 1/50.000 e 1/100.000) possuem na periferia uma escala de latitude e longitu-
de onde estão lançadas as graduações múltiplas de 5 (cinco) minutos e as correspon-
dentes aos cantos das folhas. As divisões de minutos são indicadas graficamente. Em
certas cartas, normalmente de pequena escala, são traçadas paralelos e meridianos

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................34/52)


com seus respectivos valores lançados também na moldura. Para a determinação das
coordenadas geográficas, tomamos por base a escala da moldura, que vem com di-
visões em minutos, e traçamos inicialmente os paralelos e meridianos, intervalados de
um minuto, que enquadram o ponto considerado. Este ficará então dentro de um qua-
drado determinado pelo cruzamento dos dois paralelos com os dois meridianos. Dos
dois meridianos traçados, o que fica do lado de onde vem a contagem, será o MERIDI-
ANO DE LONGITUDE com aproximação de minutos, servindo o outro apenas para
possibilitar a interpolação necessária à determinação do meridiano com aproximação
de segundos. Também, dos dois paralelos traçados, o que fica do lado de onde vem a
contagem (lado do Equador), será o PARALELO DE LATITUDE com aproximação de
minutos, servindo o outro, como no caso anterior, apenas para possibilitar a interpola-
ção necessária à determinação do paralelo com aproximação de segundos.
Na determinação do meridiano com aproximação de segundos, colocamos sobre os
meridianos traçados uma régua milimétrica, de tal modo que a graduação “O” fique so-
bre o meridiano dos minutos, o 6 (6 cm) sobre o outro meridiano e a aresta da régua
tangenciando o ponto (fig 22). Nesta situação, as 60 divisões entre zero e seis, corres-
pondentes aos milímetros, ficarão entre os meridianos traçados, dividindo o espaça en-
tre eles em 60 divisões, ou seja, no número exato de segundos de que se compõe m
minuto. Agora é só verificarmos que divisão da régua coincide com o ponto e teremos o
valor em segundos para o meridiano de longitude. Procedemos de modo semelhantes
para a determinação do paralelo exato.
b. Locação de um ponto e suas coordenadas geográficas – seja locar o ponto
de coordenadas geográficas α = 29 º 58’ 35’’ S e λ= 56º 37’ 42’’ W.
Traçamos, inicialmente, tendo por base, graduações da periferia, o paralelo forne-
cido, com aproximação em minutos, isto é, 29º 59’, ficando, assim, o ponto enquadrado
entre dois paralelos separados de um minuto. Traçamos agora os meridianos 56º 37’ e
56º 38’, ficando assim o ponto também enquadrado entre dois meridianos espaçados
de um minuto.

Figura 22

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................35/52)


Resta-nos agora procederemos à interpolação para a determinação do paralelo com
aproximação de seg. e do meridiano também com aproximação de seg. para isso colo-
camos a régua milimetrada sobre os paralelos traçados, de modo que o “0” (zero) dela
coincida com o paralelo de menor valor, e o “6” (seis), com paralelo seguinte, marcan -
do, então, na carta, com lápis, um ponto em coincidência com a divisão da régua refe -
rente a 35 milímetros (que significará no nosso caso 35 seg.). Esta operação é feita em
dois lugares entre os paralelos e com tal afastamento que possamos obter dois pontos
bem afastados, e pela união deles, uma linha que será o paralelo do ponto. A régua é
então ajustada para interpolação do meridiano com aproximação de segundos, opera-
ção é semelhante à feita para a determinação do paralelo, devendo os pontos marca-
dos na carta para a determinação de meridiano exato serem feito sem coincidência
com a divisão da régua referente a 42 milímetros, que no nosso caso corresponderá a
42 seg. No cruzamento do paralelo com o meridiano interpolado estará o ponto procu-
rado. A figura 23 mostra as diversas posições da régua na locação de um ponto por
suas coordenadas.

Figura 23

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................36/52)


6.COORDENADAS RETANGULARES
SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980

6.1 GENERALIDADES
a. As coordenadas retangulares, também conhecidas por coordenadas plano retangula-
res ou ainda coordenadas planas, são baseadas na quadriculação UTM, e por sua vez
são usadas no sistema de projeção Mercarto, normalmente conhecida como projeção
UTM (UNIVERSAL TRANSVERSO MERCARTO PROJECTION). Este sistema de coor-
denadas é normalmente usado no Exército devido a sua relativa simplicidade. Portanto,
estudaremos esse sistema com, mas detalhes de modo a nos familiarizarmos não ape-
nas com o “como” das coordenadas, mas também com o “porque” das mesmas.

b. A quadriculação UTM consiste de dois grupos de linhas retas paralelas que se inter-
ceptam em ângulos retos formandos uma rede de quadrados, todos do mesmo tama-
nho comumente chamados de “quadrículas”. Enquanto que no sistema de coordenadas
geográficas, um ponto é designado pela sua relação angular com o Equador e o centro
da Terra, e com o meridiano origem e o centro da Terra, no sistema de coordenadas
planas o ponto é designado pelas distâncias lineares que o separam do Equador e do
meridiano central do fuso de projeção em que o mesmo se encontra.

Meridiano Central
Meridiano 3º Oeste do Central Meridiano 3º Leste do Central

Origem

Equador

Figura 24

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................37/52)


c. A quadriculação UTM é usada mundialmente entre as latitudes 80º Sul e 84º
Norte. A partir do antimeridiano de Greenwich (meridiano de longitude 180º), progredin-
do para o leste, o globo terrestre acha-se dividido em fuso de projeção de 6º e numera -
dos de 1 a 60, contendo, cada um, um meridiano de longitude leste e outro oeste, que
o limitam, e um meridiano central que passa pelo centro do fuso (fig. 24). O Brasil esta
compreendido nos fusos de 18 a 25, estando no estado do Rio de Janeiro enquadrado
no fuso 23 cujo meridiano central é um meridiano de longitude 45º W de Greenwich.

d. Usando a interseção do meridiano central com o Equador como origem, um pon-


to poderia ser designado pela distância que ao mesmo fica ao Norte ou Sul do Equa -
dor, e a Leste ou Oeste do meridiano central. Isto, entretanto, requeria o uso de Norte,
Sul, Leste e oeste para identificar o ponto, ou o uso de valores negativos. Este inconve-
niente foi eliminado dando se valores numéricos à origem, o que resulta em valores po-
sitivos para todos os pontos dentro do fuso. Assim, o valor 500.000 metros é dado ao
meridiano central para evitar números negativos na extremidade oeste do fuso. Os va -
lores aumentam de leste para oeste. Para os valores norte-sul no Hemisfério Norte, é
dado ao Equador o valor “zero”, e os números aumenta para o norte. Para os valores
norte-sul no Hemisfério Sul, é dado ao Equador valor de 10.000.000 metros e os núme-
ros decrescem em direção ao Sul (fig 25).

e. Todas as linhas que formam a quadricularão UTM são regulamente espaçadas e


trazem nas extremidades suas posições relativas ao ponto origem (cruzamento do me-
ridiano central com o Equador). Assim, os números que aparecerem nas extremidades
das linhas verticais indicam indiretamente as distâncias que elas se encontram do meri-
diano central, bastando, para se conhecer essas distâncias subtrair o valor da linha
considerada de 500.000 metros, ou o inverso, caso não seja possível, isto é, quando o
valor da linha for superior ao valor do meridiano central. Por sua vez, os números que
aparecerem nas extremidades das linhas horizontais indicam, diretamente, no Hemisfé-
rio Norte e indiretamente no Hemisfério Sul, basta subtrair de 10.000.000 metros o va-
lor da linha horizontal considerada, e tem-se a distância que ela se encontra do Equa-
dor.

f. Os intervalos do quadriculado são geralmente de 1.000 metros para as cartas de


grande escala; de 1.000 ou 10.000 metros, para cartas de escalas meia; e 100.000 me-
tros para cartas de pequenas escala. Exceto para os valores que marcam a primeira li -

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................38/52)


nha do quadriculado em cada direção, os 3 últimos algarismos são omitidos e 2 são im-
pressos de tamanho grande chamados de ALGARISMO PRINCIPAIS; isso nas cartas
com quadriculado de 1.000 metros de intervalos entre as linhas. Essa numeração
CRESCE para DIREITA e para CIMA. A numeração por extenso somente ocorre no
canto inferior esquerdo do quadriculado. Em cartas com quadriculas com 10.000 me -
tros de lado, isto é, de intervalo entre as linhas, os quartos algarismos finais dos valo-
res são omitidos e apenas um é impressão em tamanho grande, o qual é o ALGARIS -
MO PRINCIPAL. Os algarismos principais são importantes já que são usados para
identificação das linhas e, portanto, como referência na locação de pontos.

84° Norte

0m N Fuso de 6°
10.000.000m N Equador
Equador

Origem do Fuso
Origem do Fuso

80° Sul

Figura 25

g. Assim, a primeira linha norte-sul do quadriculado da carta da vila militar 1/50.000,


vem marcada, na sua extremidade inferior (canto inferior esquerdo do quadriculado)
com o número 654.000 E. Os algarismos principais “54”, impressos em tamanhos
grandes, identificam esta linha como referência de pontos, e indicam, ainda, que está a

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................39/52)


154.000 metros a leste do meridiano central do fuso (664.000-500.000). Por sua vez, a
primeira linha leste-oeste está marcada em sua extremidade esquerda com o número
7.751.000 N. Os algarismos 51, também impressos em tamanho grande, identificam a
linha e servem como referência na locação de pontos, indicando, ainda, que esta linha
se encontra a 2.249.000 ao sul do Equador (10.000.000 – 7.451.000). Para a
designação de pontos, a leitura é feita para a DIREITA e para CIMA.

h. As coordenadas 6156 identificam toda a quadrícula que fica à DIREITA e ACIMA


do cruzamento das linhas 61 e 56. A primeira metade representa à linha vertical, que é
o valor E (este); a segunda metade representa a linha horizontal, que é o valor N (nor-
te). A área assim designada tem um quilômetro quadrado e por isso chamamos a este
tipo de coordenadas planas de “coordenadas quilométricas”. Temos ainda coordenadas
hectométricas, quando designam uma área com 100m² (614567); coordenada deca
métricas, quando designa uma área com 10 m² (61455672); e coordenadas métricas,
quando exigimos a precisão de um metro quadrado (6145256728).

i. Somente para as coordenadas quilométricas não há necessidade de material para


designação de pontos, bastando, para isso, indicar a quadrícula pelos números que
identificam a linha vertical e horizontal que passam respectivamente à esquerda e abai-
xo do ponto considerado (primeiro valor de E, que é dado pela linha vertical, e a seguir
o valor de N que é dado pela linha horizontal).

j. No caso das demais coordenadas (hectométricas, deca métricas e métricas) há


necessidade de ser usar objetos especiais para a determinação das mesmas tais como
cartão de coordenadas, esquadro de locação, régua de escalas ou réguas milimétricas.

k. Ao conjunto de algarismos que expressam as coordenadas retangulares de um


ponto, chamados de “matrícula”. Conforme as coordenadas sejam quilométricas,
hectométricas, deca métricas ou métricas, as matrículas podem conter,
respectivamente, 4, 6, 8 ou 10 algarismos. Assim, numa matrícula de 10 algarismos,
sabemos que os cinco primeiros algarismos (primeira metade da quadrícula)
representam o valor leste-oeste, isto é, o valor de E, também conhecido como
ABCISSA, sendo os dois primeiros, os ALGARISMOS PRINCIPAIS, e os outros três, a
distância em metros entre o ponto e a linha identificada pelos algarismos principais, e
que passa à esquerda de referido ponto. A outra metade da matrícula representa, por
sua vez o valor norte-sul, isto é, o valor N, também conhecido por ORDENADA, sendo
os dois primeiros algarismos deste grupo os ALGARISMOS PRINCIPAIS, que

Identificam a linha horizontal que passa abaixo do ponto considerado, e os outros


três, a distância entre o ponto e a citada linha.

l. Os seguintes objetos são normalmente empregados na designação e


locação de pontos por coordenadas planas:

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................40/52)


(1) Cartão de coordenadas (Fig 26).
(2) Esquadro de locação (Fig 27).
(3) Régua de escalas.
(4) Régua milimetrada.

m. Estudaremos, em síntese, estes objetos:


(1) Um cartão de coordenadas – é um pequeno cartão de forma triângulo
retangular, facilmente improvisável, com os catetos graduados na escala da carta com
que estamos trabalhando. Qualquer pedaço de cartão ou papel com duas bordas em
ângulo reto prestar-se-á à improvisação de um cartão de coordenadas.

Figura 26 Figura 27

(2) Esquadro de locação – tem o Formato da figura 27 podendo ter até


quatro escalas diferentes: duas em cada face.

(3) Régua de escala – é uma régua com graduação referente às escalas


mais comuns. Há um tipo, em forma de prisma triangular, que contem 06 (seis) escalas
diferentes, duas em cada aresta.

(4) Régua milimetrada – dispensa maiores comentários por se tratar de um


pedaço de madeira ou outro material qualquer graduado em centímetros e
milímetros, muito comum nos trabalhos burocráticos e desenho.

6.2 LOCAÇÃO DAS COORDENADAS RETANGULARES

a. Determinação das coordenadas retangulares de um ponto – inicialmente, de-


termina-se, por inspeção visual a quadrícula em que se encontra o ponto. A seguir pro -
cede-se do seguinte modo:

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................41/52)


(1) Cartão de coordenadas – uma vez determinada quadrícula coloca-se o cartão de
coordenadas sobre a carta, de modo que um dos catetos fique sobre a linha horizontal
inferior da quadrícula, com a escala deste cateto crescendo da direita pra esquerda, e o
outro cateto tangenciando o ponto em questão (fig. 28). O valor da abscissa será dado
pelos algarismos principais que
identificam à linha vertical que
passa à esquerda do ponto, mais
a divisão da graduação do cateto
horizontal do cartão sob a qual
passa à citada linha.
A ordenada será dada pelo
valor linha horizontal em que se
apoia o cartão, mais a divisão da Figura 28
graduação do cateto vertical, que
coincide com o ponto.
(2) Esquadro de locação – o esquadro de locação possui escalas nas bordas internas
e externas e, como no caso do cartão de coordenadas, as graduações da mesma esca-
la formam ângulo reto entre si, sendo o vértice, origem da contagem. É colocado sobre
a carta de modo semelhante ao cartão de coordenadas, ficando uma graduação tan -
genciando a linha horizontal inferior da quadrícula, e a graduação que faz ângulo reto
com ela e fica na vertical, tangenciando o ponto (fig 29). A leitura da abscissa e ordena-
da é feita como no do cartão de coordenadas.
(3) Régua de escalas – enquanto que com o esquadro de locação e com o cartão de
coordenadas, encontramos a abscissa e ordenada numa só operação, com a régua de
escalas, esses elementos são encontrados separadamente: primeiro a abscissa, de-
pois a ordenada. Isso porque a régua contém apenas uma graduação linear em cada
escala, e não duas em ângulo reto, como no esquadro e no cartão. Assim, utilizando a
escala da carta com que se está, trabalhando, mede-se a distância em metros entre a
linha vertical que passa à esquerda do ponto, encontrando-se, portanto, os três algaris-
mos finais da abscissa, sendo os seus algarismos iniciais, os que identificam a linha.
Para a ordenada, procede-se de modo semelhante: o valor obtido entre o ponto e a li-
nha horizontal que passa abaixo dele representa os três algarismos finais da ordenada,
sendo seus algarismos iniciais, os algarismos principais que identificam a linha.
(4) Régua milimetrada – procede-se de modo muito semelhante ao usado para a ré-
gua de escalas. A diferença básica está em que, enquanto que nas medições, com a
régua de escalas, ela nos da diretamente o valor procurado, com a régua milimétrica,
esse valor em milímetros, devendo-se fazer a transformação dessa grandeza gráfica
(d) para a grandeza real (D).

b. Locação de um ponto por suas coordenadas retangulares – dividimos, inicial-


mente, as coordenadas em dois grupos iguais de algarismos: a abscissa (1ª metade) e
ordenada (2ª metade). Tomando-se os dois algarismos iniciais de cada grupo, que são
os algarismos principais que identificam as linhas vertical e horizontal que limitam os la-

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................42/52)


dos esquerdo e inferior da quadrícula, localiza-se então essa quadrícula. Localizada
então a quadrícula em que se encontra o ponto, procede do seguinte modo, conforme o
material disponível:
(1) Cartão de coordenadas – coloca-se o cartão sobre a quadrícula de modo que um
cateto fique apoiado na linha horizontal da quadrícula e a divisão da graduação da es -
cala deste cateto, que corresponde ao valor em metros representados pelos três últi -
mos algarismos da abscissa, fique em coincidência com a linha vertical que forma o
lado esquerdo da quadrícula. Nesta situação esta tangenciando o outro cateto, em co-
incidência com a divisão da graduação deste cateto, que indica o valor em metros, re -
presentados pelos três últimos algarismos da ordenada.
Figura 29
(2) Esquadro de locação – é colocado sobre a carta como no
caso para determinação de coordenadas a linha vertical que
forma o lado esquerdo da quadrícula deve passar sob a gradua-
ção existente na borda horizontal, em coincidência com a Divi-
são da escala que corresponde ao valor em metros indicados
pelos três últimos algarismos da abscissa. O ponto tangenciará
a escala vertical, em coincidência com a divisão da escala que
corresponde ao valor em metros indicados pelos três últimos al-
garismos da ordenada (fig. 29).
(3) Régua de escalas – localizando a quadrícula como nos ca-
sos anteriores e, considerando-se a vertical que forma o lado
esquerdo da quadrícula, traça-se uma linha paralela a ela e dis-
tando dela o número de metros correspondentes aos três últi-
mos algarismos da abscissa, usando-se a régua de escalas
para fazer as duas marcas que, ligadas determinarão a parale-
la. Esta operação é repetida em relação à linha que forma o
lado inferior da quadrícula: fazem-se marcas que distam da linha horizontal inferior da
quadrícula o número de metros correspondentes aos três últimos algarismos da orde-
nada. Ligadas essas marcas, teremos uma linha horizontal paralela à linha horizontal
inferior da quadrícula o ponto procurado estará no cruzamento das duas linhas traça-
das vertical e horizontal.
(4) Régua milimetrada – procede-se de modo idêntico ao usado para régua de esca-
las, sendo a única diferença o fato de que se deve transformar os valores em metros
que se vai utilizar para traçar as paralelas (vertical e horizontal) aos lados esquerdo e
inferior da quadrícula, em milímetros já que a régua milimetrada não permite o emprego
diretamente com os valores reais.
NOTA – as explicações acima, tanto para a determinação das coordenadas de um
ponto, como para a locação de um ponto por suas coordenadas, referem-se às
coordenadas retangulares métricas. Quanto às coordenadas hectométricas, deca
métricas, as diferenças são tão insignificantes que por analogia se chega facilmente a
conclusão de como são determinadas as coordenadas ou locados pontos.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................43/52)


7.COORDENADAS POLARES
SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980

7.1 GENERALIDADES
a. Um sistema de coordenadas polares compreende um PONTO ORIGEM a uma DI-
REÇÃO ORIGEM. Um ponto é então designado por um ângulo medido em sentido do
movimento dos ponteiros do relógio, a partir da direção origem e por uma distância em
metros, a partir do ponto de origem. O ponto origem pode ser designado citando-se no-
minalmente o ponto, como por exemplo: “ponto cotado da colina do Capão Redondo”,
ou por suas coordenadas planas, Ex: “ponto de coordenadas planas 6350062250 (hos-
pital)”. Pode-se ainda escrever o ponto e complementar essa descrição com as coorde-
nadas planas do mesmo (quadrícula).

b. A direção origem pode ser dada por meio de um ponto de referências (designado
como no caso do ponto a origem) que, ligado ao ponto origem, determina uma direção
a partir da qual são medidos ângulos. Esta direção origem também pode ser um dos
“nortes”, sendo frequentemente usado o norte do quadriculado.

c. A matrícula consta das letras PL seguidas de dois números separados por um traço,
entre parênteses. Assim: PL (230-1200). O primeiro número indica o ângulo que deve
ser medido a partir da direção origem e ser GRAU, se tiver três algarismos, MILÉSI -
MOS, se contiver quatro algarismos. O segundo número indica a distância a partir do
ponto origem, em METROS. Assim a matrícula PL (035-1500) indica que o ponto se
acha a 35º da direção de origem a 1500 metros do ponto origem. Por sua vez, a matrí-
cula PL (0082-2300) indica que o ponto se encontra a 82’’’ (milésimos) da direção ori-
gem, e a uma distância de 2300 metros do ponto origem.

d. A vantagem deste processo de locação e designação de pontos repousa na seguran-


ça que o mesmo proporciona às operações militares, já que se podem convencionar
vários pontos e direção origem para cada dia, ou até mesmo para diferentes horários.
As fig 6-11 e 6-12 mostram exemplos de emprego de coordenadas polares, calcados
na carta da Vila Militar 1/50.000.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................44/52)


Figura 30
Sistema de coordenadas polares,
Sendo a direção origem o norte de quadrícula

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................45/52)


e. Entretanto, situações se apresentam em que o militar não conhece o sistema de co-
ordenadas polares empregado no TO onde esta operando, mas, mesmo assim, ele pre-
cisa enviar informes para a retaguarda. Neste caso ele dará como ponto origem um
ponto facilmente identificado, podendo mesmo ser o seu ponto de estação: dará o azi-
mute da direção do ponto que deseja mostrar, e, a seguir dará a distância a esse ponto,
exato ou aproximado, conforme possa ou não medi-la.

f. Portanto, o comandante de uma patrulha de reconhecimento situado na colina do Ca-


pão Redondo e que quisesse enviar para a retaguarda uma mensagem, avisando ao
seu comandante de companhia que descobrira um agrupamento de viaturas inimigas
poderia amarrar a posição das viaturas dirigindo-se a um ponto facilmente identificável
na carta como, por exemplo, a bifurcação dos caminhos a noroeste da colina do Capão
Redondo, e medindo o azimute para as viaturas. A seguir estimaria a distância para as
mesmas e estaria pronto para enviar sua mensagem. Essa mensagem, na parte refe-
rente à posição das viaturas, poderia dizer:
… da bifurcação de caminhos a noroeste da colina Capão Redondo, Azm 60º –
distância 1500 metros -Viaturas em reunião. A Fig 31 ilustra exemplo.

Figura 31

8. LINHA-CÓDIGO, TELA-CÓDIGO E CÓDIGO


SEGUNDO O MANUAL DE CAMPANHA – C21-26. LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS. 2ª ED. 1980

8.1 LINHA-CÓDIGO
A linha código pode ser com qualquer carta. Um ponto origem e um ponto de
referência são designados na carta. A linha que se passa por esses dois pontos é
denominada linha base é utilizada para a designação do ponto que deve ser locado. No

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................46/52)


mínimo serão asseguradas, nas I E Com, 4 linhas-bases para cada dia. A linha base e
designada por uma cor. Para se designar um ponto, pela linha código procede-se da
maneira abaixo descrita.

a. Baixa-se uma perpendicular do ponto a ser designado à linha-base ou seu prolonga-


mento

b. Dá-se como primeiro elemento do grupo código, o nome da cor designada para a li -
nha-base.

c. O segundo elemento é a posição do ponto em relação ao observador, colocado este


sobre o ponto origem, voltado para o ponto referência. Designa-se por F, o local à fren-
te do observador e R, local à retaguarda.

d. O terceiro elemento e a distância em hectômetros, do ponto origem ao pé da perpen-


dicular baixando do ponto a ser designado à linha-base ou seu prolongamento.

e. O quarto elemento e a posição do ponto a ser designado em relação à linha-base di-


reita (D) ou esquerda (E).

f. O quinto e último elemento é o comprimento em hectômetros da perpendicular baixa-


da sobre a linha-base ou se prolongamento.

g. Exemplo: seja um grupo código VERMELHO (R18-E7) significa que o ponto a ser lo-
cado acha-se (fig 32):
(1) Relacionado com a linha-base de cor vermelha.
(2) À retaguarda do observador a 18 Hm (1.800m).
(3) À esquerda do observador, a 7 Hm (700 m).

Figura 32

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................47/52)


8.2 TELA-CÓDIGO
a. A tela código é empregada com qualquer carta, quadriculada ou não, desde que
tenha margens perpendiculares, e consiste de um quadriculado com 100 quadrados
iguais, dispostos segundo 10 fileiras de 10 colunas. Pode ser construído com uma folha
de papel transparente ou semitransparente.
b. Para empregar a tela código é necessário conhecer suas dimensões e os pontos
de referência. Essas informações são encontradas nas I E Com. O vértice do ângulo in-
ferior esquerdo é colocado sobre o ponto de referência e tela disposta paralelamente
às linhas do quadriculado da carta ou, sobre carta sem quadriculado, paralelamente às
margens.
c. Cada designação consiste de cinco elementos:
Exemplo: X (45-68) Significa.
X – ponto de referência (na carta)
4 – Abscissa (parte inteira)
5 – Abscissa (parte decimal)
6 – Ordenada
8 – Ordenada (parte decimal)
d. A figura 33 dá uma ideia do emprego da tela código, de acordo com o exemplo
citado. A segurança do sistema baseia-se na variação das dimensões da tela, bem
como na utilização de pontos de referência diferentes.

Figura 33

8.3 OUTROS PROCESSOS DE DESIGNAÇÃO DE PONTOS

1. NORMÓGRAFOS DE DESIGNAÇÃO DE PONTOS (NDP)


a. O normógrafo de designação de pontos (NDP) é uma quadriculação de referência
que consta de um retângulo de 24 quadrados de 2,3 cm de lado e que recebem, cada
um, uma letra de A a Y, omitido o O.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................48/52)


b. Cada quadrado grande é subdividido em outros cem quadrados, no caso do M1,
cada um com um furo no centro. O M2 possui os furos, mas não possui os riscos das
divisões dos pequenos quadrados. Em cada quadrado com letra há uma numeração na
sua linha inferior (1, 11, 21, 31, 41, 51, 61, 71, 81, 91) e outra na vertical esquerda (1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Um furo na vertical 71 e na horizontal 3 correspondentes a 73; ou-
tro na vertical 41 e horizontal 9 correspondentes a 49. Possui ainda o normógrafo 9,
dos quais 8 ficam nas bordas e um no centro, todos os números em algarismo roma-
nos. Na borda inferior do normógrafo estão os furos: I no canto esquerdo; II no centro;
III no canto direito. Na horizontal que passa pelo centro temos: IV na extremidade es-
querda; V no centro; VI na extremidade direita. Finalmente, na borda superior temos: o
furo VII no canto esquerdo; o VIII no centro; e o IX no canto direito.

c. Para se usar o normógrafo há necessidade de se utilizar de pontos origens: Um


na carta e outro no normógrafo. O ponto origem da carta ou é determinado por qual-
quer sistema de coordenadas ou pela própria designação que tem na carta. O ponto
origem no normógrafo é dado em algarismos romanos, indicando um dos furos. É dada
também uma direção de referência na carta e outra no normógrafo. A direção de refe-
rência na carta pode ser dada por um lançamento a partir do ponto origem, pela desig-
nação de outro ponto (ponto de referência) que com o ponto origem determinará a dire-
ção de referência ou por uma linha do quadriculado. A direção de referência do normó-
grafo é dada por algarismos romanos de modo que alinhados com o ponto origem de-
terminam a direção da referência do normógrafo. Ex: I----IV----VII ou I – V – IX, sendo I
o ponto origem (o primeiro citado).

d. Dados os pontos origem e as direções de referências, na carta e normógrafo, faz-


se a coincidência do ponto origem da carta com o ponto origem do normógrafo. A se-
guir superpõe-se a direção de referência no normógrafo sobre a direção de referência
na carta, e nestas condições o normógrafo está orientado.

e. Para a designação do ponto, vê-se a letra do quadrado que está superposto ao


ponto e o número correspondente ao furo que está mais próximo ao ponto a ser desig-
nado. Suponhamos que a letra do quadrado seja L e o furo mais próximo, o 73. O pon -
to será designado por NDP L-73. Se o ponto estiver equidistante de dois furos, tomará
o de maior valor.

f. Para locação de pontos pelo normógrafo, conhecido ou pontos origens e direções


de referência, bem como a matrícula, orienta-se o mesmo e procura-se, tendo por base
a matrícula, localizar, inicialmente, o quadrado de a letra a seguir o furo indicado na
matrícula. Com um lápis, então, marca-se na carta através do furo, o ponto procurado.

2. REFERÊNCIA A UM PONTO NÍTIDO


Este processo consiste em amarrar o ponto que se deseja referir a um acidente
planimétrico ou altimétrico importante, existente nas proximidades, fornecendo a

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................49/52)


direção e a distância que os separa. A distância é obtida na carta, usando-se a escala
desta; No terreno, pela medição direta ou por estima. A direção referida aos pontos
cardeais ou colaterais.
Exemplo: “Do cruzamento de caminhos a leste da Colina do Capão Redondo,
500 metros a NE – Cabana isolada”.

3. USO DO PAPEL CALCO


a. Generalidades – para enviar a retaguarda informes colhidos em combate, utiliza-
se normalmente o calco, especialmente quando esses informes se referem à posições
no terreno, que serão apreciados através da carta. É um modo simples e prático de
apresentar a situação numa área considerada, quer tanto às tropas amigas, quer como
às tropas inimigas. As posições das armas, as áreas minadas gaseadas, obstáculos AC
e outras podem ser facilmente calcadas num papel transparente, onde inscrições po -
dem ser lançadas para complementar o informem, e enviado para a retaguarda por um
comandante de patrulha, por exemplo. Calco é pois um papel transparente com infor-
mes em forma de símbolos militares e ou inscrições que, é convenientemente disposto
sobre a área ou pontos da carta onde se encontram os objetos representados pelos
símbolos militares ou a que se referem às inscrições contidas no calco (
Fig 34).

Figura 34

b. Amarração – para que o destinatário possa utilizar convenientemente o calco, co-


locando-o sobre a carta na posição exata, como quando foi confeccionado, é que,
quando de sua confecção, seja feita devida amarração. Isto é feito se calcando dois
cruzamentos de linhas do quadriculado ou dois ou três pontos distintos da carta, cruza-
mentos de estradas, edifícios, pontes, etc. Quando na amarração forem usados cruza-
mentos de linhas do quadriculado, estes devem ser identificados com o número das re-
feridas linhas (abscissas e ordenadas); quando a amarração for feita por meio de pon-
tos distintos, estes devem ser anotados com dados que bem os identificam.

c. Identificação – além da amarração, já estudado, o calco deve conter informações


que bem o identifiquem, tais como:

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................50/52)


– Designação (posição do 1º pelotão)
– Carta e Escala (Vila Militar 1/50.000)
– Data e hora (041430JUN79)
– Emitente (quem emitiu)
– Assinatura (do emitente)

d. Informações – as informações são lançadas no calco usando-se, de preferência


símbolos militares, complementados, quando for o caso, por inscrições.
e. Utilização – o destinatário coloca o calco sobre um exemplar da carta pela qual
foi feito, de modo que os pontos de amarração no calco coincidam com seus corres -
pondentes na carta. Uma vez na posição correta, os símbolos e outras indicações fica-
rão em coincidência com os pontos da carta a que eles se referem, os quais serão vis-
tos graças à transparência do papel do calco.

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................51/52)


REFERÊNCIAS

1. CARTAS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS


C 21-30 – ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

2. ESCALA DA CARTA

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

3. MEDIDA ANGULAR E CÁLCULOS MATEMÁTICOS

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

4. DIREÇÕES BÁSICAS

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

5. COORDENADAS GEOGRÁFICAS

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

6. COORDENAS RETANGULARES

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

7.COORDENADAS POLARES

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

8.LINHA CÓDIGO, TELA CÓDIGO E CÁLCULO

C 21-26 – LEITURA DE CARTAS E FOTOGRAFIAS AÉREAS

(Coletânea de manuais de Topografia de Campanha. Vol. 1........................................................52/52)

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