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NBR 6028 - 2003

Hortência de Abreu Gonçalves

AVERCAMP
São Paulo
2005
CGPYFílGHf © 2005 by TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
EDITORA AVERCAMP LTDA. Nenhuma parte deste livro poderá ser
Av. Irai, 79 - cj. 35B reproduzida sejam quais forem o s t .
04082-000 - São Paulo - SP meios empregados sem a permissão,
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aplicam-se as sanções previstas nos
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artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei n®
E-mail: avercamp@terra.com.br
9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Site: www.avercamp.com.br

Impresso no Brasil.
Printed in Brazil.

Capa, Editoração e Fotolitos: Revisão:


ERJ Composição Editorai e Artes Gráficas Ltda, Silvana Schultze

Copidesque:
Martim Codax«Pesquisas Históricas Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Gonçalves, Hortência de Abreu


Manual de resumos e comunicações científicas / Hortência de .4 Wilson, Pedro. Péricles e Luciano, que me acom-
Abreu Gonçalves. - São Paulo : Editora Avercamp, 2005. panham nessa jantada acadêmica.

Aos meus alunos e ex-alunos que. ao longo dos anm,


"Inclui exercício prático"
buscaram elucidar suas dúvidas, indagando e ques-
Bibliografia. tionando sobre a produção dos trabalhos didáticos,
ISBN 85-89311-25-2 acadêmicos e científicos, propiciando o meu estudo
constante, no sentido de respondê-las e elucidá-las,
com base no rigor cientifico e metodológico.
1. Abstracts 2. Comunicações científicas 3. Resumos - Redação
I. Título.
Aos meus colegas de trabalho e de estudo, pelo apoio,

05-2430 CDD-808.062 amizade, estimulo e uso desses modelos na vida aca-


-808.0665 dêmica.

índices para catálogo sistemático:


1. Comunicações científicas : Redação 808.0665 Mais uma \ez.

2. Resumos e abstracts : Redação 808.062


Sumário

INTRODUÇÃO — 13

1 RESUMO 21
1.1 Definição 21
1.2 Tipos 21
1.3 Objetivo 22
1.4 Características Básicas 22.
1.5 Perfil dos Resumos 25
1.6 Regras Gerais de Apresentação 27
1.7 Resumos Científicos 33

2 RESENHAS (RESUMOS CRÍTICOS) 39


2.1 Definição
2.2 Objetivo 39
2.3 Requisitos Básicos 40
2.4 Tipos de Resenhas 40
2.4.1 Resenha crítica 40
2.4.1.1 Qualidade da crítica 41
2.4.1.2 Estrutura de uma resenha crítica 43
2.4.2 Resenha descritiva 45
2.5 Aspectos Quantitativos 45
2.6 Indicação e Recomendação 45
2.7 Observações 45
2.8 Redação e Numeração 46
2.9 Pecados do Resenhista 46

3 ASPECTOS GRÁFICOS E CONTEÚDOS 47


3.1 Título, e Subtítulo (se houver) 47
3.2 Nome(s) do(s) Autor(es) 47
3.3 Palavras-chave 49
J2 V/Í nua! de Resumos e Comur ic Ç( s 7i< ntíficas

4 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 57
4.1 Definição 57
4.2 Fases 57
4.3 Aspectos Básicos da Comunicação Oral (sessão de tema livre) 58 Introdução
4.3.1 Recursos materiais didáticos 61
4.4 Estrutura da Comunicação Oral 63
4.4.1 Aspectos textuais 64
4.5 Comunicação em Pôster e/ou Painel 82

5 EVENTOS CIENTÍFICOS 91
5.1 Definição 91
5.2 Finalidade 91
5.3 Tipos de Eventos 92
5.3.1 Seminário 92
5.3.1.1 Modalidades 93
5.3.1.2 Texto de apoio 95
5.3.1.3 Relatório de pesquisa 96 Entende-se, por resumo, "a apresentação concisa e seletiva de um
5.3.1.4 Relatório avaliativo 98 texto quanto aos elementos de maior interesse e importância" (SECAF,
5.3.1.5 Organização das equipes 99 2000, p. 31). Para Lakatos; Marconi (2001, p. 68), os resumos "são
5.3.2 Congresso 101
instrumentos obrigatórios de trabalho através dos quais se podem sele-
5.3.3 Jornada 103
5.3.4 Encontro 103
cionar obras que merecem a leitura do texto completo", complementando
5.3.5 Convenção 103 que eles só são válidos "quando [...] contêm, de forma sintética e ciará',
5.3.6 Concentração 103 tanto a natureza da pesquisa realizada quanto os resultados e as conclu-
5.3.7 Conferência 104 sões mais importantes, em ambos os casos destacando-se o valor dos
5.3.8 Colóquio 105 achados ou sua originalidade".
5.3.9 Workshop 105
5.3.10 Fórum 105 Para Severino (2002, p. 131), trata-se de um "trabalho didático
5.3.11 Teleconferência 106 comumente exigido em escolas superiores [...] síntese de textos, seja de
5.3.12 Simpósio 106
toda uma obra ou de um único capítulo". Para ele, o objetivo principal do
5.3.13 Mesa-redonda 106
5.3.14 Painel 107
resumo é extrair idéias centrais e secundárias de um texto, mantendo-se
5.3.15 Grupo de estudos . 107 fidelidade ao seu conteúdo, de forma sintetizada.

6 EXERCÍCIOS PRÁTICOS PARA A OFICINA DE RESUMOS E Resumir se "constitui também em uma das estratégias eficientes
COMUNICAÇÕES CIENTÍFICAS 109 para o registro das informações colhidas ao longo das leituras realiza-
6.1 Questões Básicas 109 das" (NASCIMENTO. 2002, p. 31), quando do Achamento de livro, sen-
6.2 Oficina de Resumos e Comunicações Científicas 114 do empregado para assegurar o registro das informações obtidas duran-
6.2.1 Explicações e recomendações básicas à realização
te as diversas pesquisas realizadas, transcritas em variados tipos de fi-
da oficina 122
chas. que se ajustam às necessidades do trabalho.
REFERÊNCIAS 125
Antes de iniciar a elaboração de um resumo, é necessário que o
autor observe algumas etapas, conforme a seqüência (BARROS;
LEHFELD, 2000, p. 21-22):
Manual de Resumos e C >ir,t.n nt:, t ie J t f i c s !ntrwd'lção

• ler e reler o texto, procurando entendê-lo a fundo; 3- [...] [o julgamento do] material coletado, em função do critério de
verdade;
• identificar a idéia-tópico de cada parágrafo;
4- feita a análise e o julgamento, procede-se a síntese, isto é, a
• relacionar e ordenar as idéias dos parágrafos, parágrafo por pará- integração racional dos dados descobertos.
grafo;
A razão da importância do resumo, por este oferecer uma visão
• escrever a síntese, formando frases com todas as idéias principais;
geral e completa da obra lida, é que ele significa o plano geral do livro e
• confrontar a síntese com o original para que nada de importante seu desenvolvimento.
seja omitido;
Após a observação destes itens, as idéias apresentadas no texto
• redigir, finalmente, com bom estilo e com as próprias palavras. são relacionadas de forma a serem confrontadas, com o objetivo de iden-
A etapa da leitura representa o primeiro contato com a obra a ser tificar a idéia central e o propósito do texto, ou o que o autor pretendeu
resumida, significando o momento em que o autor faz o reconhecimento demonstrar. Ainda nessa etapa, verifica-se a relação entre as partes, o
ou busca entender do que ela trata, considerando: sentido e como este se concatena, bem como sua compreensão, provas,
« demonstrações e exemplos. Convém identificar:
1- [...] capa e contracapa, pois elas dizem bastante do livro: em al-
guns casos chega a existir nestes espaços um rápido comentário a) conseqüências (quando se empregam palavras tais como: em con-
sobre os objetivos da obra e o modo como ela foi construída; seqüência. por conseguinte, portanto, por isso. em decorrência
disso etc.);
2- caso as informações anteriormente obtidas não sejam suficientes
para uma decisão, parte-se para a análise da orelha do livro, que b) justaposição ou adição (identificada com expressões do tipo: e. da
também traz elementos importantes sobre o texto; mesma forma, da mesma maneira etc. r.

3- ainda não foi possível decidir? Parte-se para o índice, ali serão c) oposição (com a utilização das palavras: porém, entretanto, por
encontrados todos os tópicos contidos na obra: nele serão reve- outra parte, sem embargo etc.);
lados aspectos tanto metodológicos quanto tendências teóricas; d) incorporação de novas idéias:
4- por fim. ainda persistindo a indefinição, faz-se uma leitura da in- e) complementação do raciocínio:
trodução e conclusão porque elas contemplam, em destaque, os
elementos mais esclarecedores da obra em apreço (NASCIMEN- f) repetição ou reforço de idéias ou argumentos:
TO, 2002, p. 29-30). g) justificação de proposições (por intermédio de um exemplo, com-
provação etc.):
Sob esse prisma, Cervo; Bervian (1983 apud op. cit., p. 30-31),
h) digressão (desenvolvimento de idéias até certo ponto alheias ao
afirmam que, na leitura interpretativa, convém observar:
tema central do trabalho) (LAKATOS: MARCONI. 2001. p. 69).
1- [...] o que realmente o autor afirma, quais os dados e informações
que oferece: Durante a elaboração de um resumo, independente do tipo, finali-
dade e objetivo, é importante compreender que:
2- [...] [correlações entre] as afirmações do autor com os problemas
para os quais se está procurando uma solução; O [seu] caráter [...] depende de seus objetivos: apresentar um sumá-
rio narrativo das partes mais significativas, não dispensando a leitura
Mamiai d: Resum.ts e Co nunic 'v Ci- nl fit as Inl ocí 'Ç,7o

do texto; condensação do conteúdo, expondo ao mesmo tempo tanto que a ciência traz. Como o autor da divulgação age "em nome da
as finalidades e metodologia, quanto os resultados obtidos e as con- ciência'', deverá caracterizar seu trabalho com os atributos do trata-
clusões da autoria, permitindo a utilização em trabalhos científicos e mento científico: imparcialidade e fidedignidade, mesmo sendo su-
dispènsando, portanto, a leitura posterior do texto original: análise perficial e abrangente, como a natureza de seu trabalho freqüentemente
interpretativa do documento, criticando os diferentes aspectos ine- o exige (Op. cit., p. 207).
rentes ao texto (Op. cit., p. 68).
Os trabalhos apresentados nos eventos científicos comumente aten-
As características dessas observações se originam no âmbito da dem a uma variedade de modalidades: exposição oral, escrita, informal,
divulgação científica, as quais objetivam demonstrar os conteúdos e re- formal, técnica, não-técnica, objetiva e até mesmo emocional. No as-
sultados de pesquisas científicas, referendadas em monografias, disser- pecto do conhecimento científico, esses trabalhos estão voltados "para a
tações, teses e, em alguns casos, relatórios, servindo não só para o enri- obtenção e comunicação de resultados desconhecidos até o momento da
quecimento do conhecimento científico sobre determinado assunto, como publicação do livro ou artigo, com fins de explicação e/ou predição do
também podendo ser resultante de exercícios acadêmicos que visam ao comportamento de certos fenômenos" (PARDINAS, 1969 apud op. cit.,
desenvolvimento e ao aperfeiçoamento da habilidade da crítica, como p. 206). Estão vinculados à ciência e freqüentemente adotam um méto-
ocorre com aresenha. do científico de tratamento de dados e técnicas específicos. São estes os
requisitos necessários a todo trabalho científico, próprio de divulgação
Em geral, esses trabalhos são publicados em periódicos científicos
científica:
e/ou especializados, ou, ainda, demonstrados e defendidos publicamente
e, na sua maioria, apresentados em eventos que "podem ser de natureza
a) Conhecimento suficiente da matéria a tratar [...].
científica, técnica, empresarial ou deliberativa [...]" (SECAF, 2000,
p. 77). para que obtenham reconhecimento no meio acadêmico. b) Exatidão na exposição. A divulgação científica não deve deturpar
as conquistas já realizadas [...].
Os trabalhos apresentados nesses eventos são reconhecidos pela
nomenclatura de comunicações científicas, significando a "informação c) Adaptabilidade [...]. Para atingir o público, é preciso que o autor
apresentada em congressos, simpósios, semanas, reuniões, academias, conheça, antes de escrever, as características relevantes desse
público e confesse de maneira explícita a quem se dirige.
sociedades científicas etc., a ser posteriormente publicada em anais e
revistas" (LAKATOS; MARCONI, 2001. p. 252), consistindo na cha- d) Linguagem acessível ao [...] público. Uma das grandes dificulda-
mada divulgação científica - entendida como '"a comunicação ao públi- des enfrentadas pelo divulgador é a da comunicação, particular-
co, geral ou particular, de conhecimentos 'extraídos' de obras de pesqui- mente quanto ao aspecto de traduzir muitas vezes, a terminologia
sa científica e/ou tratados à maneira científica, com o fim de informar" científica e técnica, sem distorcer o sentido ou ferir a propriedade
(SALOMON, 2001, p. 207). dos termos [...] (Op. cit.. p. 208-209).

Em geral, o aluno de graduação e/ou de pós-graduação (lato sev.su/ A divulgação científica deve observar também a apresentação de
stricto sensu) serve-se com certa assiduidade das divulgações científi- informações que contemplem algumas técnicas de elaboração, conside-
cas, vendo, nesse tipo de trabalho, uma oportunidade de realização pes- rando:
soal e satisfação intelectual, e compete
a) as indicadas para a construção de resumos: a maioria das divulga-
a quem a faz colocar-se entre os pioneiros da ciência ou os pesquisa- ções científicas são 'extratos' organizados dentro de um contexto;
dores e o público, tendo para com aqueles o respeito devido a seu
trabalho e para com este o compromisso de difundir os resultados
Mi/rua! de Kesy.mm I' ^otnuniciçaes C • ; Í Í , // . ri J U íl '

b) as que serão apontadas para a elaboração do trabalho mono- Assim, compete ao cientista ou ao pesquisador comunicar os resul-
gráfico, observando-se as devidas adaptações, particularmente tados de suas pesquisas não só para uma comunidade restrita, como
procurando aplicar as referentes a: escolha do assunto; elabora- também paia a sociedade em geral, estendendo e divulgando o conheci-
ção de plano e distribuição lógica das partes; pesquisa bibliográ- mento científico, se fazendo acompanhar de uma experiência adquirida
fica; documentação e crítica reflexiva sobre documentos e deta- e vivenciada na vida diária da pesquisa, no cotidiano das novas desco-
lhes do tema (Op. cit., p. 209). bertas, começadas, muitas vezes, na iniciação científica universitária,
primeira oportunidade de desenvolver trabalho de pesquisa pautado no
Acrescente-se, ainda, os aspectos epistemológicos-operacionais de
rigor metodológico e científico.
acordo com sua área de interesse teórico e científico, uma vez que se
trata de pesquisa constituída de sistematização, organização e classifica- As novas descobertas e as inovações tecnológicas na busca cons-
ção dos resultados obtidos, com vistas ao progresso da ciência. tante de verdades científicas proporcionam um envolvimento maior com
a ciência, e, ao longo do tempo, formam o jovem pesquisador, o pesqui-
É importante também, por meio do marco teórico de referência,
sador experiente e o cientista, resultando, em muitos casos, no professor
indicar as diretrizes da pesquisa no âmbito metodológico, mostrando não
universitário.
só acientificidade e aplicabilidade do estudo, como também as táticas,
estratégias,técnicas operacionais (amostragem, coleta de dados, análise A sua vivência acadêmica, a sua prática de trabalho de produção
crítica e interpretação dos dados e o teste de hipótese ou respostas às científica e orientação de alunos na graduação e na pós-graduação, bem
questões norteadoras), com foco especial na problemática analisada, para como os estudos regulares, aguçam o talento natural desenvolvido para
que o trabalho transmita, aos colegas e ao público em geral, a descoberta a pesquisa, e fazem do pesquisador alguém privilegiado pelo raciocínio
ou a nova possibilidade de abordagem do tema, valendo-se de argumen- ante a manipulação experimental e da mente, em lugar das mãos, pre-
tos coerentes e precisos para demonstrar e comunicar as experiências e sente na sua ação (CALAZANS, 2002, p. 164).
os estudos abordados, com vistas a atualizá-los e esclarecê-los em rela- O interesse pela pesquisa e a divulgação científica dos resultados
ção aos realizados anteriormente. obtidos beneficiam os futuros cientistas e contribuem para o progresso
No aspecto profissional, o pesquisador tem um compromisso com a da ciência em geral e em especial na área da temática estudada e pesqui-
instituição em que atua e, no estudantil, com o orientador da pesquisa e o sada, além da própria contribuição para a satisfação intelectual do pes-
patrocinador (se houver), como interessados diretos, além do público em quisador e para sua realização pessoal.
geral e/ou especializado que são. neste caso, os interessados indiretos,
acrescentando-se, ainda, que os resultados da pesquisa só terão valor se
transmitidos cientificamente e avaliados no âmbito da ciência, sendo esta
a principal natureza do trabalho científico junto à comunidade acadêmi-
ca. Após a apresentação dos resultados, a pesquisa é incluída nos cur-
rículos Lattes e/ou Vitae do pesquisador, servindo, assim, para ampliar
a sua experiência como pesquisador e promover a sua respeitabilidade
no meio acadêmico; é, portanto, muito mais favorável para quem a
expõe do que para quem comparece ao evento apenas na condição de
participante.
C A P Í T U L O 1

Res umo

1.1 Definição

Resumir significa apresentar, de forma concisa, os pontos relevantes


de um documento, entendendo-se que esta prática "consiste na capaci-
dade de condensação de um texto, parágrafo, frase, reduzindo-o a seus
elementos de maior importância"' (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 25).

1.2 Tipos

Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os


resumos podem ser:

resumo crítico: resumo redigido por especialistas, com análise criti-


ca de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa
apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão.

resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documen-


to, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo
geral, não dispensa a consulta ao original.

resumo informativo: informa ao leitor finalidades, metodologia, re-


sultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa,
inclusive, dispensar a consulta ao original (NBR 6028. 2003. p. 1).
Manual de Re\i;n> • (. >nL ;; : ••> \ . í< m / n " / s C.ipíiuld /: Resumo

No esquema, o autor deve considerar aspectos como; liexibilidaae A nomenclatura adota« ia para o sublinhado obedece ao interesse
(adaptação à realidade); fidelidade ao original (manter-se fiel às idéias pessoal; entretanto, recomenda-se:
do autor do texto); estrutura lógica do assunto (seqüência apresentada
• evitar o uso do sublinhado em textos originais para não danificá-los;
no texto original); adequação ao assunto estudado (funcionalidade do
quando estritamente necessário, utilizar lápis HB macio;
tema); utilidade de emprego (servir para comunicar algo) e cunho pes-
soal (entendimento e interpretação do texto ressaltando os aspectos que • sublinhar, com um traço, as idéias principais e, com dois, as secun-
foram utilizados na elaboração do esquema, considerando os interesses dárias;
do autor e a aplicabilidade do esquema, tendências, hábitos e experiência
• sublinhar, com três traços, os pormenores importantes que venham
pessoal).
enriquecer o entendimento do assunto analisado;
O esquema é considerado um trabalho preparatório para a elabora- • usar um traço vertical à margem para os parágrafos importantes e
ção do resumo, utilizando-se de tópicos, subtópicos, itens e subitens, de- dois para aqueles em que aparecem os aspectos mais relevantes do
marcados e especificados por meio do uso de setas, linhas, curvas, círcu- texto.
los e colchetes, dentre outros, em geral de acordo com o gosto do autor.
Se preferir, o sublinhado pode ser executado com o uso de caneta
Antecedendo o esquema, aparece o sublinhado, responsável pela hidrocor, em várias cores, inclusive estabelecendo-se código particular.
identificação das "idéias importantes de um texto, com a finalidade de Entretanto, em virtude da textura do papel, muitas vezes esse grifo passa
estudo, revisão ou memorização do assunto ou mesmo para utilizar em
de um lado a outro, dificultando a leitura do texto. Assim, é importante dar
citações" (Op. cit., p. 25). Essa técnica pode ser desenvolvida a partir
preferência a canetas de ponta porosa fina. Para o uso de grifa-texto,
dos seguintes procedimentos;
recomenda-se o mesmo cuidado. Pode-se, ainda, substituí-los por lápis de
cor, o que traz menos implicações.
a) leitura integral do texto, para tomada de contato [com o tema]:

b) esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e ou-


Entretanto, independentemente do material adotado, "o indispensável
tras: é sublinhar apenas o estritamente necessário, evitando-se o acúmulo de
anotações que, além de causar mau aspecto, em vez de facilitar o trabalho
c) releitura do texto, para identificar as idéias principais:
do leitor, dificulta e gera confusão" (Op. cit., p. 26).
d) ler e sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que contêm a idéia-
núcleo e os detalhes mais importantes:

e) assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos 1.5 Perfil dos Resumos
mais importantes:
Em trabalhos acadêmicos e científicos (monografias, dissertações,
f) assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os
teses e relatórios técnico-científicos), bem como similares (trabalho de
casos de discordâncias, as passagens obscuras, os argumentos
conclusão de curso - TCC - e trabalho de graduação interdisciplinar -
discutíveis:
TGI), são utilizados resumos de 150 a 500 palavras em duas versões (lín-
g) ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido: gua vernácula e língua estrangeira, preferencialmente inglês - abstract-,
h) reconstruir o texto, em forma de esquema ou de resumo, tomando francês - resume- ou espanhol - resumen), em que são apresentados, de
as palavras sublinhadas como base (Op. cit.. p. 26). forma concisa, os pontos relevantes do texto, fornecendo uma visão rápida
e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho, em parágrafo único.
Japitulü I: Resumo
Manual de Kes.*ní/)s J .V 'lunit .:ç 'e>. Ç.enííficas

Nos artigos de periódicos, os resumos são constituídos de frases 1.6 Regras Gerais de Apresentação
concisas e objetivas contendo a natureza do problema estudado, o obje-
tivo do estudo realizado, a metodologia utilizada, os resultados alcança- O resumo deve "ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as
dos e as conclusões da pesquisa, entre 100 e 250 palavras, descritas conclusões do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem
também em parágrafo único. São apresentados em duas versões, da do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada
mesma forma que nos trabalhos acadêmicos e científicos. item recebe no documento original'' (NBR 6028,2003, p. 2). Suas prin-
cipais regras são:
Ma versão em língua vernácula, deve-se localizar imediatamente a
identificação dos autores no início do trabalho. A versão traduzida para [...] [o] resumo deve ser precedido da referência do documento, com
idioma de divulgação internacional (preferencialmente inglês, francês ou exceção do resumo inserido no próprio documento.
espanhol), com as mesmas características do resumo original, deve apa- [...] [o] resumo deve ser composto de uma seqüência de frases conci-
recer logo após o término das conclusões. sas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o
Os destinados a indicações breves contêm de 50 a 100 palavras. uso de parágrafo único.
Acrescentando-se, ainda, que nos resumos críticos, por suas particula- [...] [a] primeira frase deve ser significativa, explicando o tema princi-
ridades e características especiais, não são estabelecidos limites de pal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a
palavras. categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situa-
ção etc.).
Esses resumos são acompanhados de palavras-chave e/ou
descritores/unitermos, que devem figurar logo abaixo do texto, ante- [...] [deve-se] usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singu-
cedidas da expressão "Palavras-chave:'', separadas entre si por pon- lar (Op.cit.,p. 2).
to e finalizadas também por ponto, exceto para o caso dos resumos de
É interessante chamar a atenção para o fato de que os resumos e
indicações breves e os críticos.
suas respectivas palavras-chave/descritores/unitermos, de monografias,
Convém lembrar que símbolos e contrações que não sejam de uso dissertações, teses, relatórios técnico-científicos, são digitados em espa-
corrente devem ser evitados, assim como fórmulas, equações, diagra- ço duplo de entrelinhas, com indicação da fonte e tipo de letra adotaJos
mas etc. que não sejam absolutamente necessários; quando seu empre- na formatação do texto.
go for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem.
Nos resumos de artigos de periódicos, o espaço de entrelinhas tam-
bém é duplo, com o mesmo critério de letra e fonte, exceto para o caso
de periódicos que possuem normalização própria.
2i Mai uai cl' Resumoï ? Comui.icuçt C\?n.î[ a: Capíi 'lo I Resumo 29

Exemplo 1: Resumo (Dissertação) - Título da pesquisa- Sergipe entre Exemplo 2: Resumo (Dissertação) - Título da pesquisa: Sergipe entre os
os anos de 1780-1850: a relação campo-cidade na forma- anos de 1780-1850: a relação campo-cidade na formação do
ção do território. (Língua vernácula) território. (Língua estrangeira internacional - inglês)

Tamanho d e ABSTRACT , Tamanho de


RESUMO
Fonte: 16 Fonte: 16
(2 espaços duplos) (2 espaços duplos)

O território que constitui hoje o Estado de Sergipe integrava a Capitania da Bahia de Todos os Santos, T he territory, which is now the state of Sergipe, was once integrated to the "Capitania de Bahia de Todos
Tamanho d e
concedida a Francisco Pereira Coutinho por Carta de Doação de 5 de abnl de 1534, regulamentada pelo os Santos", which was assigned to Francisco Pereira Coutinho by the bill of Donation dated from april 5' Tamanho d e
t Fonte: 12
Fonte: 12
Espaço d u p l o
Forai de 22 de agosto do mesmo ano. Estendiam-se as 50 léguas desde a foz do Rio São Francisco á Ponta 1534. and was ruled by the Farol of August 22 of the same year. Fifty leagues were extended São Espaço duplo
de entrelinhas
de entrelinhas
do Padrão, hoje Santo Antônio da Barra, no litoral da Bahia. A ocupação do seu território teve início com a Francisco river mouth to Ponta do Barão, today Santo Antônio da Barra, on Bahia's coast. The occupation

expedição militar de 1590. liderada por Cristóvão de Barros, que fundou o arraial de São Cristóvão sob o of the territory started with a military expedition in 1590, which was led by Cristóvão de Barros, who

istmo que forma a barra do Rio Poxim, junto à foz do Rio Sergipe. No século XVII, Sergipe contava com founded the "Arraial de São Cristóvão" on the isthmus that constitutes the Poxim river mouth, near

cinco vilas e uma cidade, sendo elas: Lagarto, Itabaiana, Santa Luzia do ltanhy, Santo Amaro das Brotas, Sergipe river mouth In the XVII century, Sergipe had five villages and a city, which were: Lagarto.

Vila Nova do São Francisco e São Cnstóvão. respectivamente. A pesquisa objetivou analisar a Itabaiana. Santa Luzia do Itanhy. Santo Amaro das Brotas. Vila Nova do São Francisco, respectively. The

interdependência do e s ^ ç o rural-urbano e a prevalência das forças econômicas rurais na formação do present research is focused to analyse the interdependence between rural an urban space and the

espaço urbano e na configuração e consolidação do território de Sergipe. Ainda neste mesmo século, a prevalence of rural economic forces on the building of the urban space and the configuration and

expansão colonizadora sergipana teve de vencer os mocambos de negros foragidos e a resistência dos consolidation of Sergipe's territory. Yet in that century, Sergipe's settlement expansion had to win from

is. A pecuária aí desenvolvida abrangia muares, eqüinos, bovinos e o gado miúdo (suínos, fugitive negro's hide-outs and the resistance of indigenous people. Cante production in that place ranged

s e ovinos), servindo para impulsionar o desenvolvimento e a ocupação do temtóno. Os engenhos from horses, oxes to sheep and svv ines, which helped to push pioneering and territory's occupatton. Sugar

localizavam-se nos vales dos rios, incentivados pela valorização do açúcar nos mercados europeus, a n o s mills were located in valleys, encouraged b\ sugar valorization at European markets, whose sugar fields

canaviais estendiam-se pela zona do Cotmguiba. Em fins do século XVII. o algodão alcançou as matas de extended throughout Contiguiba zone. By the end of the XVII century, cotton reached the forest near

Isabaiana, originando povoações como Chá de Gempapo. hoje cidade de Frei Paulo. Os caminhos itabaiana, giving rtse to new settlements like Chã de Genipapo. Frei Paulo city today. The ground paths

terrestres se desenvolveram a partir do comércio do gado, por meio de duas rotas: caminho da costa e has been dev eloped for cattle trading by two routes: cost route and middle route. Rivers had a great

caminho do meto Grande papei desempenharam os rios na \ ida sergipana, especialmente os de São importance tn Sergipe's life, specially São Francisco. Japaratuba. Sergipe. Vaza-Barris and Piaui-Real-

Francisco. Japaratuba. Senspe. Vaza-Bams e Piaui-Real-Fundo, não somente para o abastecimento da Fundo. not only prov idmg w ater and ground for fields, feeding populations around, but for pleasure and

agua e terras para a lavoura, alimentando a população, como também no aspecto do lazer e repouso dos rest for citizens: and mostly for shipping, making inter and intra-regional connections that provide weli-

citadinos e, em especial, para a navegação, promovendo a ligação inter e intra-regional, camrnhos knowns \va>> for new settlements. In the XVIII and XIX centuries. Sergipe's economic prosperity

fuHonos de penetração e povoamento. Nos séculos XVHI e XIX. a prosperidade de Sergipe favoreceu o favoured the growing of customers, villages and settlements. In 1855. Capitania de Sergipe d'EL Rey

crescimento de freguesias, vilas e povoações. Em 3 855. o núcleo administrativo da Capitania de Sergipe ddministrative center was transferred from São Cnstovão city to Santo Antônio do .Aracaju settlement,

<TEi Rey foi cransfendo da Cidade de São Cristo vão para o arraiai de Santo Antônio do Aracaju, near Sergipe river's bank. Its urban growth is a result of the creation arai expansion of several

localizado às margens do RÍO Sergipe. O seu crescimento urbano resultou da criação e expansão de vanos administrative organs, based on the cities, of the trade development and the set up of anal! industries. The

oígáos administrativos, sediados nas cidades: do progresso do comércio e do aparecimento de incipientes efetnc light at the streets, water treatment services and transportation expansion were the responsable to

sradusinas. A iluminação das ruas. os serviços de igua e esgoto e a evpansão dos transportes 'isaram ao ir.^rerjseiieveivipment.

s a i aparelhamento e promoveram o seu desenvo! vimenro


K.c; u >iri> Scgipe's termor, 's occupation Independence between rural and urban space Pr.-valence of

Palavras-chave Ocupação do tem tono de Sergipe Interdependências do espaço ruraí-urfeano mral oc>>r.onuv forcc.s.

Prevalência das torças económicas.

Imagem reduzida em 47%


Imagem reduzida em 47%
30 Manual de Resumos e Comunicações Cientificas ( up 'lu !o i : Res um o SI

Exemplo 3: Resumo (Dissertação) - Título da pesquisa: As cartas de alforria Exemplo 5: Resumo de artigo de periódico (línguas vernácula e es-
e a religiosidade. Sergipe (1780-1850). (Língua vernácula) trangeira)
Tamanho d e
RESUMO Fonte: 16 Tamanho de
O CAMPONÊS E A QUESTÃO AGRARIA EM KAUSTSKY,
(2 espaços duplos) Fonte: 16
LENIN E CHAYANOV: DO TRABALHO
A religiosidade cristã no Brasil Colonial influenciou as atitudes tomadas perante a morte, as quais, de
FAMILIAR AO CAPITALISMO
(2 espaços duplos)
acordo com os preceitos do catolicismo repassados aos fiéis, faziam com que homens e mulheres se
Tamanho de Tamanho de
preparassem para o bem morrer, com determinações testamentárias que iam desde a escolha da mortalha. Fonte: 12 "Hortência de Abreu G o n ç a l v e s * ' Fonte: 10
(2 espaços duplos)
Espaço duplo
passando pelo rito fúnebre, até o local de sepultamento. deixando quantias estipuladas para o pagamento
de entrelinhas , T a m a n h o de
RESUMO
das despesas relacionadas aos seus últimos desejos, além das preocupações relativas ao reconhecimento Fonre: 14
(2 espaços duplos)
dos filhos ilegítimos e ao estabelecimento de herdeiros universais ou da terça (parte disponível do
No feudalismo, oespaço rural er3 organizado de forma coesa e subdividido em parcelas, sob o domínio de
testador), seguidas da distribuição de cartas de alforria a cativos preferenciais. Princípios de salvação ou
um senhor que exercia o seu poder sobre o servo, cobrando impostos e explorando sua mão-de-obra. O
condenação da alma estavam relacionados com a prática de caridade, tida como uma expressão de amor a
Tamanho de
agra\ amento da situação dos camponeses dar-se-á com a expulsão deles das florestas que lhes sen. iam
Deus e um sentimento indispensável que, unido ao arrependimento proftindo e. quando possível, à Fonte: 12
para criação de gado. uso da madeira, caça e pesca, causando o desequilíbrio da sobrevivência e Espaço duplo
Extrema-Unção. poderia salvar o espírito do pecado original ou daquele cometido de sã consciência. Uma
de entrelinhas
das ocasiões preferenciais para a libertação de cativos encontrava-se representada nas disposições pro\ ocando a falta die estrutura para o afolhamento. acrescentando mais agruras, como a fome. A nova

testamentárias de d a d o r e s , em que eram lembrados a fidelidade, a obediência e os bons serviços do organização do espaço rural dominado pelo capitalismo, em que o papel do dinheiro e do mercado é

agraciado. Nessa oportunidade, estabeiecia-se uma relação que contemplava, muitas vezes, cativos por fundamentai, e tmpaum seu dupio caráter de compra e venda, provocou, ao longo do t«npo. 3

amor e em nome de Deus. A pesquisa pretende tratar de cartas de alforria motivadas pela religiosidade proieunzacãodo campesinato.
cristàdos doadores, em geral relegadas a um segundo plano na Historiografia Clássica. Tamanho de
Pala\ ras-ehav e: Camponês. Capitalismo. Proletariado ^
Palavras-chave Sergipe d'El Rey. Cartas de alforria. Religiosidade cristã. Doações testamentárias. Fonte: 12

r X T O D O ART! 0 0 ;DC IR Vi ROO


Imagem reduzida em 47°o T a m a n h o de
ABSTRACT F o n t e : 14
Exemplo 4: Resumo (Dissertação) - Título da pesquisa: As cartas de (2 espaços duplos)

alforria e a religiosidade. Sergipe (1780-1850). (Língua es- At :euJjli>m. theniral >pace w„s ,'rganized in a eohesu e wa\ and subdis ided .r. parts under the doma in uf
trangeira internacional - inglês) a nu-ter that uvíd hí-> power 1
er "he server, collecting taxes and abusing Their workmanship The
T a m a n h o de
Tamanho de pe.:>ant> Mtiunon jut worst u ne-, *he> were expelled from the forests ;hat were usetul to rase cattle, get F o n t e : 12
ABSTRACT *
Fonte: 16 Espaço dupio
(2 espaços duplos) wuod. hum and II-.h. tact thai PCJJIR an unbalanced condition of Nuruung a r j --.an ed a lack of structure de e n t r e l i n h a s

The Christian religiosity in the Brazilian Colony has influenced beha\ iours before death, which according for !.:e. bnngin 2 nvre diffie'.i'^e- ';ke hunger The new arrangement of country side ruled by capitalism,

to the catholic precepts taught to faithful people, made men and women be preparing to a good death, by m whivh rrt. ne> amiiaurkert .ue r.mdamen:al and order the bu> «.ell doubie character, turned countrymen
Tamanho de
using testamentary resolutions, including the choice of the shroud, the procederoents of the funeraL and the Fonte: 12 m a » into proietari-ii
Espaço dupio T a m a n h o de
place where they should be hurried, leaving amounts of money for paying these expenses for those last Ke> 'A Peasant Capitalism. Proletariat. «
de entrelinhas Fonte- 12
desires, without forgetting the care of admitting illegitimate sons and the set up of the residual legatee or the

third (the available pan ofthedividor). Thisacnons was followed by the distribution of freedom letters to
Imaaem reduzida em 47%
preferred slaves. Precepts related to salvation or condemnation of the soui were present in charity acts,

representing a way to express love for God and. a must, on which ued to regrets, and u hen possible, with the

extreme uncrion. would w e the spirit fom original sin or :o others inter tionaily made Arsrefered occasion

for liberating slaves was represented in wills that mentioned e'; fidelity, obedience and good sen-ices.

Many times, slaves were made free for love and on bchaf of God. This research intent to comment about
Obs.: A NBR 6022-2003 (ABNT) locaüza o resumo em língua estrangeira logo apes o
freedom letters given by christian donors, that is generally left in second plan by Classical Historiography.
término do texto do artigo (conclusão) e determina que a informação referente ao asterisco
Keywords: Sergiped'EI Rey. Freedom fetters Christian religiosity. Will donations.
d e v s constar r*a nota de rodapé, contendo as creaenciais do autor (currículo e endereços
postai e eletrônico).
imagem reduzida em 47%
32 Xfcii ucl de !<rnns "or.iunit ações Ctentif'cav ( jp'tu > : Re LU m

Exemplo 6: Resumo de artigo de periódico (línguas vernácula e es- 1.7 Resumos Científicos
trangeira)
Tamanho de
São aqueles direcionados à divulgação de pesquisas científicas, por
MODERNIZAÇÃO E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO: . Fonte: 16
TECNOLOGIAS E IMPASSES DA AGRICULTURA meio de eventos locais, regionais, nacionais e internacionais. Em geral
FAMILIAR BRASILEIRA apresentam, de forma concisa, o conteúdo do trabalho realizado e con-
(2 espaços duplos! T a m a n h o de
•Hortência de Abreu Gunçalve • Fonte: 10 templam a idéia central do texto, informando:
(2 espaços duplos) T a m a n h o de
Fonte: 14
• natureza do texto;
RESUMO
(2 espaços duplos)
• objeto tratado;
A cecaofiogia é vm dos elementos que afetam diretamente o funcionamento das economias camponesas,

sendo» B » ? ^ «azes, responsável por transformações profundas tanto no nível interno da unidade
• objetivos visados;
prodaEka, como ao nível de suas relações com a sociedade capitalista. Assim, a politica tecnológica para • referências teóricas de apoio;
Tamanho de
ospesjsacaescançoneses emerge como um elemento-chave no contexto da transformação dinâmica desse
Fonte: 12
setor,a®-senudoefe destruir, manter e elevar a economia camponesa a um patamar mais alto de integração E s p a ç o duplo
• procedimentos metodológicos adotados pelo autor:
de entrelinhas
com a economia global. Esta análise tem como objetivo verificar a atuação da modernização agrícola
% • conclusões, resultados a que se chegou no texto (SEVERINO,
sobre & a^ncuhssa familiar e suas relações de produção. As tendências tecnológicas da modernidade 2002, p. 173).
visam ao feeoefíao cada vez maior, impondo mudanças substanciais na natureza e nos objetivos das
Quase sempre procuram responder aos questionamentos relacio-
polÈDeasgEiébltcaspara o segmento das propriedades menores, exigindo a necessidade de um programa de

desesnroSvsme&sa rural que "urbanize o meio rural", combinando políticas sociais compensatórias e
nados, observando o total de palavras estabelecido previamente pelo
politicasprodiíErnstas. evitando que os pequenos produtores sejam, em grande parte, eliminados como
evento. Devido às suas particularidades e especificidades existe uma
uma fesçaprodEeirvae economicamente viável do mundo rural brasileiro, diversidade de determinações:
Tamanho de
Palavras-dbave:Modernização. Relaçòesde produção. Agricultura familiar
Fonte: ! 2
• Do que trata o tema?
TEXTO DO ARTIGO: IDC IRMRDC

abstract
Tamanho de • Qual o objetivo pretendido com a investigação?
Fonte- 14
(2 espaços duplos)

Techna&j-gj is <®e of the elements which directly affects the working of countryman economies.
• Qual a natureza da pesquisa?
responsible for deep changes in the internal level of the productive una as well as in us Tamanho de
Fonte. 12 • E m quais referências teóricas apoiou o seu raciocínio?
relaiKsœs with dre capitalist society. Thus, technological policies for the countrymen ^tart to be a key Espaço duplo
dc entrelinhas
eleasestt fcnahe cos text of changes in this field, since it may destro> it, keep and improve the countryman • Qual a relevância do estudo no âmbito social e científico ?
ecosraasv u> a hasher level of integration wrh the glob.il economy Tni^ anaKsis aims to checking the

usage o8 i n o d a o agricultural procedures--" a Uimtly .igruuliure -nul ils prudi.uinii rewCMnv The • Quais procedimentos metodológicos e técnico-operacionais foram
tecbïKJ&ïSical tendencies of the modern world aim to be more and more beneficial, imposing substantial utilizados na coleta e análise dos dados?
changes sej*nanaï and in the objectives of the public policies tor the smaller lands, demanding a program

of nsrsi tkSavelojsaent which "urbanizes the rural world", combining social compensator. polities and
• O que foi constatado até o momento?
prodiactoe policies., avoiding that small farmers be eliminated a* a products e and economically \ lable
• Quais conclusões foram alcançadas ?
f o r c e ® sfee rural Brazilian world.

K e y w o i d s : Modernization Production relations. Familv agriculture. • _ Tamanho de Em geral, esses resumos são enviados para análise da comissão
F o n t e . 12
julgadora do evento científico pretendido, aqual, após avaliação, remete
Imagem reduzida em 47% ao autor o parecer final (aprovação/reprovação) proferido pelo comitê
O b s . : Algumas revistas especializadas e/ou cientificas utilizam tamanno de fonte 10 e interno.
e s p a ç o simples de entrelinhas na confecção do resumo. Alguns periódicos localizam o
resumo e m língua estrangeira logo após o de língua vernácula (normas internacionais).
\faniwl de Resumo e Comjn.cacõt s Cientifii íapítulo l: Re uivo

Exemplo 1: Resumo-Evento científico (Monografia) Exemplo 3: Resumo - Evento científico (Monografia)

Eogeahana Civil (área de conhecimsKojí , Tamanho de Saúde Coletiva (área de conhecimento) . Tamanho de
fonte: 12 fonte: ! 2
(2 espaços duplos) (2 espaços duplos»

A N Á U S E DA PRODUÇÃO DO C O N C R E T O EM CANTEIRO DE OBRAS C O N D I Ç Õ E S EXIGIDAS E I M P L I C A Ç Õ E S S O C I A I S NA PREVENÇÃO, C O N T R O L E E


4 Tamanho de
DACKDADE DE ARACAJU * TRATAMENTO DO Cholerae morbus NO BRASIL: O CASO DE S E R G I P E
fonte: 12
(1855-1865/1992-1998)
(2 espaços duplos)
(2 espaços duplos)
O cssado da produção do concreto n® canteiro de obras implica o b s e r a r a s especificações mctodologicas
c t t c o k a s dessa atividade, que envtsfce desde o recebimento de materiais, acondicionamento e estocagem INTRODUÇÃO
até o seu emprego e utilidade. Esta pesquisa objetiva analisar a produção do concreto nos canteiros de A experiência brasileira com a cólera teve inicio na segunda metade do século XIX. começando pe!o Pará,
üÍMasda cidade de Aracaju, considcândo o seu recebimento, estocagem. bem como o traço utilizado e o seguido da Bahia, Rio de Janeiro. Alagoas. Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco: ao sul.
fec&wagua-cimento. A sua relevàncuE encontra-se no fato de terem sido v enricados. "in IOLO". OS cuidados no Espirito Santo. São Paulo, Santa Catarina. Rio Grande do Sul. com surtos no vale do Paraíba. Em
4jx» si© tomados em relação à ft&ncação do concreto no canteiro de obras Foi realizada em trés Sergipe, ocorreu em grandes proporções, surgindo pela primeira v ez em Laranjeiras, no ano de 1855. com Tamanho de
costsaratoras localizadas na zona « á da mencionada cidade, de pequeno, de médio e grande porte, uma média de 80 monos por dia. se propagando por diversas vilas e freguesias da província, até os idos de ' fonte: 12
retraça vãmente. por meio de enrevistas semi-estruturadas com o (seisj funcionários; 3 (três) 1865. tomando-se uma das principais preocupações do governo provincial, o qual mandou distribuir,
Espaço simples
«igaa&eiros e 3 (três) mestres de í&ro. A escolha dos locais de pesquisa ocorreu de forma aleatória.. entre as autoridades, comissões dos distritos médicos, proprietário e fazendeiros, uma coleção
(collegçào > contendo diversas instruções, conselhos e receituários para prevenção, combaie e tratamento d e entrelinhas
C o e s a s ou-se que as construtoras pesquisadas se utilizavam do mesmo procedimento para a fabricação do
cofifcreso. com pequenas falhas, prisnpaimente nas de grande e pequeno porte, especialmente quanto ao do cólera. Essas medidas continuadas facilitaram e promoveram a erradicação dessa epidemia do seu
ansaizenamento de materiais e o cnnpnmento das especificações do controle de qualidade. Diante da território. No século seguinte, o Cholerae morbus ressurgiu, voltando a fazer parte dos programas do
gsHaSecompetitividade do mercado-Ja construção civil, se faz necessano que as construtoras se adequem governo de Sergipe, propagando-se entre os anos de 1992 a 95, com ausência de casos em 96 e retomando
eseífiispíem à velocidade de execução das obras, independentemente do seu porte, buscando, com isso. no período de 199"-98. com intensidade. A pesquisa objetivou fazer uma análise das formas de
a redação de custos e o controle da eaalidode do produto finalizado, nào so no aspecto da confiabilidade, prev enção, combate e tratamento do Cholerae morbus em Sergipe entre os anos de 1855-65 e 1992-98,
soes» nos de confortabilidade. doação e estética, implicando conseqüentemente uma preocupação comparando a sua evolução técnicosnaterial e cientifica, bem como as campanhas anticõlera e de
*ofx?cmtecom a produção do concrsseem canteiros de obras, com o intuito de reduzir a baixa resistência e conscientização da população. A sua relevância encontra-se na dimensão sócio-politica-ecoaõmica,
j«T*üsztara duraHfcdade. evitando assim o aparecimento de fissuras e rachaduras. que com o tempo possibilitandoaverificaçãodas medidas oficiais adotadas nos dois períodos.
j W a a ocasionar desabamento METODOLOGIA

-chave: Produção de coners». Canteiro de obras. Controle de qualidade 4 1 Como fonte primária de pesquisa, foram escolhidos os relatonos provinciais e governamentais, e de
órgãos oficiais de saúdeede vigilância epidemiológica esanitana. As fontes secundárias recaíram sobre a
Gaze tu de Sergipe. Jornal da Cidade e Jornal da Manhã, além de coleções e publicações diversas nos
penodicos determinados para a pesquisa. Os dados coletados estão sendo analisados por meio dos
métodos: histórico, comparativo, estatístico ede análise de conteúdo.
Exemplo 2: Resumo-Eventocientífico (Monografia) RESULTADOS
Constatou-se que i epidemia dc cólera na Província de Sergipe foi causada principalmente pelas relações
do comercio iniemacional do açúcar e peia deficiência das condições de saneamento ambiental e básico
Admaastração (área de conhecicux&x tagua cesgotoi.de higiene individual ede infra-estrutura de saúde, permanecendo esta última como uma
das causas do retomo da doença no século XX.
(2 espaços duplos) CONCLUSÃO
As formas de prevenção, controle e tratamento de Cholerae morbus apresentaram-se bastante diferen-
M O T I V A Ç Ã O NAS ORGANIZAÇÕES: FATOR DE SATISFAÇÃO NO T R A B A L H O E ciadas nos períodos estudados. Medidas clássicas de quarentena, restrição ao tráfego de passageiros e
4 proibição da importação de determinados alimentos nào impediram a disseminação dessa doença entre os
A t T O - R E A LIZAÇÃO
anos dei 855-ft? No período de 1992-98. foi estruturado um trabalho educativo da população por meio
(2 espaços duplos) dos agentes de saúde, com distribuição de Hipoclorito de Sódio a 2 o o. para diluição em água potável,
hav endo aindaomonitoramento de alterações intestinais, o uso da antibioticoterapia e da imunização.
A touesvação é um dos processos aaioçenos responsáveis pela Jade. direção e persistência dos Palav ra-chav e 1. Cholerae morbus.
CS&TÇÍÍS de uma pessoa para atmgirsan detemunado fim. A intensidade e a quantidade de esforços para a Palavra-chave2" Sergipe.
rases desejada, a direção significa uzr_i escolha qualitativa e o u a n t i u : . . e n i :\\as.K< as aUem.tiivas se Palavra-chave ?. Prevenção, controle e tratamento.
Jpnsscoiair»; e a persistência reilesr J tempo direcionado para J prac-.CU da ação. indicando se a pessoa
dftjssc ou persiste no cumpnmems da tare ta. A pesquisa objeta cu analisar a motivação o a atito-
ffsalüáaçàD para o trabalho, consirèxrado a liderança, a satisfação da-> necessidade* e j criam idade como
fator á e sucesso nas organização A coieta de dados vem senú :»\d:/ad.i .in duas enimcsa*-de_ Imagem reduzida em 47%
c®ffi>mtção civil, sendo uma puK<i3 e uma privada, por meio - a atihzacjo de entrevistas semi-
estasEsradas com administradores qse ocupam cargos de chefia. em namero de ' tires i. colaboradores
m s o o a s (empresa) e externos (cantsro de obras) em número de 10 (dez e operanos de obra, em numero
de EíHdez}. totalizando 23 (v inte etrêsI pessoas escolhidas por amostra acidental na*»-probabilística. < )s
dbs&s foram analisados pelos meados htpoietico-dedutivo. coir.pznuvo. de jnaii>e de contendo e
e s a a s n e o - Utilizando-se. ainda. Jonaterencial teórico sobre o assunte em fontes secundarias impressas e
e t e ^ n i c a s . Contatou-se que na m e ã d a e m que as pessoas passam a no\ as percepç»"»^ quanto ao seu
saèiÈSsoe, por conseqüência, geram interações inovadoras ediferene lacas com o ambiente cm que atuam.
côEESBoeiBum processo cíclico e ceennuado de gerenciamento do chma organizacional, de orientação de
p e s c a s ao foco da empresa e de suss imagens no mercado em que a r u r x Estar monvado significa estar
a agir para satisfazer n c ^ s i d a d e s . aumentando ou diminu Je >r.-.e".s;dade. a depender da
s25È>taçào destas, e quanto mais aboií n«ei de satisfação do individuo no trabalho, maior a sua propensão
manifestar um componametss» positivo, no sentido de atender aos objetivos da organização.
cíKSKfeu ilido para a manutenção de i m ambiente saudável e promovedor de qualidade- e excelência.
Paisvxas-chave: Motivação nas orgaaiza^ôes.
fcfevras-chave: Satisfação no traraS-*» *
?-iâa\sas-chave: Auto-realização

Imagens reduzidas em ±7°o

O b s . : A s margens e o Sjpo de letra são estabe ; ecidas peio evento.


36 Manual de ie.umos e Comunicações Cier*tij,car Capítulo l. Resumo

Exemplo 4: Resumo - Evento científico (Tese) Exemplo 5: Resumo - Evento científico (Dissertação)

T a m a n h o de
Geografia (área de conhecimento) Tamanho de
fonte: 12 História do Brás! (área J e conhecimento)
fonte: 12
(2 espaços duplos)
(2 espaços dupios)
DOAÇÕES TESTAMENTÁRIAS E SL A RELAÇÃO COM A FORMAÇAO DO ESPAÇO T a m a n h o de Tamanho de
RURAL DE SERGIPE NO PERÍODO DE 1780-1850 AS CARTAS » £ ALFORRIA E A RELIGIOSIDADE. SERGIPE (1780-1850) "
fonte: 12 fonte: 12
(2 espaços duplos) (2 espaços duplos)

(INTRODUÇÃO) No escravismo doméstico originou-se uma construção social com a presença (INTRODUÇÃO) As cartas de alforria significaram, para o escravo negro, o ganho da liberdade.
autoritária do chefe da família e o uso do escravo negro apresentando características diferenciadas, Ocasiões apresentaram-se preferenciais ao seu recebimento, dentre elas. as disposições testamentárias
principalmente pela existência, em muitos casos, de relações de afetividade e amizade entre escravos e "post mortem " s n cláusulas de inventários, muitas vezes condicionadas a obrigações religiosas a serem
senhores. Muitas vezes, após a morte dos seus senhores, esses escravos recebiam Cartas de Alforria, além cumpridas pek* cativos, que. após apresentação das quitações ao testamenteiro ou pessoa previamente
de bens materiais para o seu sustento e sobrevivência, dentre eles. parcelas de terTas que eram utilizadas estabelecida peto testador, adquiriam a condição de libertos. Em Sergipe testadores preocuparam-se em
para o cultivo de mantimentos como mandioca e hortaliças, geralmente aliados a uma cnaçào de menor prestar contas aesque ficavam a preestabelecer instruções sobre ações e benefícios em fa\ ordesua almae
porte (ovino, caprino e suino). A pesquisa objetivou analisar a importância das doações de parcelas de de como dispor Jc seus bens terrenos, inclusive prescrevendo indicações de procedimentos referentes ao
T a m a n h o de
terras a escravos e ex-escravos e de que maneira elas contribuíram para a formação do espaço rural e local de sepuhjraento. habito mortuário, rito fúnebre e uma serie de obrigações Usadas á reserva de Tamanho de
fonte: 12 virtudes, referendadas nas esmolas aos menos favorecidos, incluindo ex-escravos, e Cartas de Liberdade,
estruturação fundiária de Sergipe, no período de i 780-1850. A sua relevância encontra-se representada no fonte: 12
papel desse herdeiro de terras dentro da formação do setor primário e organização do espaço rural E s p a ç o simples principalmente tm fav or dè cativos domésticos. Comumente pediam a uma plêiade de Santos, ajudados
Espaço simples
sergipano. (METODOLOGIA) Pesquisa descritiva e explicativa, de base bibliográfica e documental. As de entrelinhas pelo Anjo da G o r d a , que intercedessem junto a Deus pelo bem e salvação da sua alma. Alianças eram
estabelecidas estn Deus. em que. através de determinadas atitudes, acreditavam ser possível ganhar de entrelinhas
fontes primárias manuscritas consistiram em relatórios provinciais, ofícios de autoridades jurídicas e
eclesiásticas, cartas pessoais, processos crimes, descrições de viajantes, registros da ocupação de terras, recompensas edestiais. já que a boa ação formava o tesouro providencial da caridade, bem visto aos olhos
contidos no Centro de Microfilmagem t CEMIC) UFS, oriundos dos arquivos Históricos Ultramarino e do divino, ficanáb o cerne da vida humana no medo da morte e no desejo de viver. A pesquisa objetivou a
de Marinha e Ultramar e também da Biblioteca Nacional de Lisboa. Essa documentação foi analise das con&ròes exigidas para doações de alforrias a escrav os negros de Sergipe d'El Rev. enfocando
complementada pelos testamentos "post mortem" e inventários de Sergipe d'El Rev. pertencentes ao a religiosidade jnstà dos doadores, negada pela historiografia brasileira como motivadora de algumas
Arquivo Judician^do Estado de Sergipe (AJES). As fontes secundánas recaíram sobre os jornais da concessões, desaacando-se ai a sua relevância. (METODOLOGIA) Como fontes primarias foram eleitos
época que fazem parte do acervo do instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGS) O material foi os testamentos "post mortem" e inventários, referentes aos anos de 1780-1850. abrangendo 140 e 35
«ausento em fichas documentais e analisado com base nos métodos hipotético-dedutivo. histórico, documentos r e a c t i v a m e n t e , alem de 14 manuscritos da Biblioteca Nacional de Lisboa. Históricos
comparativo e estatístico, utilizando como referencial teórico a História da Mentalidade, do Cotidiano e a Lltramartno e Je Marinha e Ultramar, que retratam a situação de Sergipe entres os séculos XVIII e XIX,
Nova Geografia. (RESULTADOS) Constatou-se que essas doações contribuíram para alterar a paisagem cobrindo principalmente a Zona da Cotinguiba, onde havia a predominância do latifúndio, da
dominante, pois dai em diante terras foram desbravadas, plantadas e ocupadas, abrigando uma população monocultura acncareira e da escravidão. O material foi transcrito em formulários específicos,
Jure que cresceu nas periferias dos engenhos mais associada a ele. originando ao longo do tempo o denomtnados Facha de Testamento e Ficha de Inventário. Os dados ali coletados foram analisados,
segmento da agricultura famtliar em Sergipe, representada pela pequena propriedade, essencialmente criticados e iraarpretados com base na Historia das Mentalidades. (RESULTADOS* Constatou-se a
trabalhada pelo proprietário e sua família. Ao longo do tempo essas parcelas de terras interviram no presença marcante da religiosidade cnstã nas categorias de analise: religiosas diretas, indiretas e
processo de fragmentação da estrutura fundiária observada hoje em Sergipe (CONCLUSÕES) Os condicionais, principalmente no caso das gratuitas puras, havendo ainda relativa diversidade de ocupação
escravos e ex-escravos de Sergipe que receberam parcelas de terras para o uso próprio, foram remendos a e faixa etária erere doadores e agraciados. (CONCLUSÃO) As manumissões serviram para o controle
condição de proprietários na organização fundiária da economia do setor primário. A continuidade desse etico-moral-rebjroso ao longo da v :da do cativo pela expectativ a do ganho da liberdade, ao mesmo tempo
processo resultou que com o tempo procuravam criar famiiia. redes de parentescos, principalmente que algumas detas adquiriram a função de instrumentos utilizados pelos senhores para aplacar sua
conseguidas através de alforrias e casamentos, contribuindo para a formação de uma população negra consciência, ohar o perdão dos pecados e alcançar a satv ação da alma. A admiráv el polínca-ideológica da
livre. que estruturou uma parcela ativa na formação da sociedade sergipana e conseqüente organização do salvação ou conásrnação da alma e a disputa entre as forças do bem e do mal formaram a razão pela qual
seu espaço rural. homens e mulheres se preocuparam em amenizar as culpas acumuladas durante a vida material. Para o
cristão, abria-se ama linha de freme pioneira. a consciência, a qual passou a interferir diretamente no
imaginano. ao estabelecer uma mudança que se operou no nnei das mentalidades religiosas: o
Julgamento FinJ. figurando entre as preocupações do> fieis, servindo, a penitência z a caridade, para
amenizar ou nie«®o suprimir os pecados cometidos na vida matéria!.
Palavra-chave i Sergiped'Ei Rev
imagem reduzida em 47% Paia. ra-chav t arras de alloma
Palavra-chave ? Religiosidade cristã.

Imagem reduzida em 47%

O b s . : Alguns eventos não exigem a presença de palavras-cha^e.


Manual Je R nt-.s t C jrttunicarõe* (ifitijic

Exemplo 6: Resumo - Evento científico (Dissertação)


Tamanho d e
C A P Í T U L O 2
Geegrafia (área de conhecimento)

Resenhas (Resumos Críticos)


fonte: 12
(2 espaços duplos)
Tamanho de
SERGIPE ENTRE OS ANOS DE 1780-1855: A RELAÇÃO CAMPO-CIDADE « fonte: 12
NA FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO

(2 espaços duplos)

Tamanho de
«INTRODUÇÃO) O território que constitui hoje o Estado de Sergipe integrava a Capitania da Bahia de
Tocos os Santos, concedida a Francisco Pereira Coutinho por Carta de Doação de 5 de abril de 1534, ( fonte: 12
regulamentada pelo Foral de 22 de agosto do mesmo ano. Estendiam-se as 50 léguas desde a foz do Rio E s p a ç o simples
São Francisco à Ponta do Padrão, hoje Santo Antônio da Barca, no litoral da Bahia. A ocupação do seu de entrelinhas
í e r r a m o teve inicio com a expedição militar de 1590. liderada por Cristóvão <ie Barros, que fundou o
aro.al de São Cristóvão sob o isti»>que forma a barra do Rio Poxim.juntoa fozdo Rio Sergipe. No século
X Y l l Sergipe contava com ciru» vilas e uma cidade, sendo elas: Lagarto. Itabaiana. Santa Luzia do
Sunhy, Santo Amaro das Brotas, Vila Nova do São Francisco e São Cristóvão respectivamente. Em 1S55,
o núcleo administrativo da Capitania de Sergipe d'El Rey foi transferido da cidade de São Cristóvão para o
arraiai de Santo Antônio do Aracaga. localizado às margens do Rio Sergipe. A pesquisa objetivou analisar
a interdependência do espaço mral-urbano e a prevalência das forças econômicas rurais na formação do
espaço urbano e na configuração e consolidação do território de Sergipe. A sua relevância encontra-se
representada no estudo da ocupação do território sergipano pelos colonizadores hisos impulsionados pela
expansão dos rebanhos e das conseqüências advindas da fixação das fronteiras meridionais e ocidentais.
^METODOLOGIA) Pesquisa descritiva, analítica e explicativa, com base nas correntes teórico-
metodofògicas da História do Cotidiano e da nova Geografia do Comportamento e da Percepção,

2.1 Definição
realizada por meio de pesquisa documental (fontes primárias: testamentos "post mortem". inventários e
manuscritos da éfbca; fontes secundárias: jornais do século XIX», pesquisa bibliográfica e de campo
(entrevista com historiadores e geógrafos de Sergtpe). Como técnica de coleta de dados, priorizou-se o
fíchamento, cujos dados foram analisados e interpretados pelos métodos hipotético-dedutivo,
comparativo, histórico e esutisoeo. (RESULTADOS) No século XVII. a expansão colonizadora
sergipana teve de vencer os mocambos de negros foragidos e a resistência dos mdigenas. A pecuária ai
desenvolvida abrangia muares, c h i n o s . bovinos e o gado miúdo (suínos, caprinos e ovinos), servindo
Os autores divergem quanto à elaboração de resenhas bibliográficas;
para impulsionar o desenvolvimesco e a ocupação do território. Os engenhos localizavam-se nos vales
do> rios, incentivados pela valorização do açúcar nos mercados europeus, cujos canav iais estendiam-se
entretanto, alguns aspectos devem ser considerados. Dentre eles, a rela-
peli zona do Cotinsuiba. Em fins do século XVII. o algodão alcançou as matas de itabaiana. originando
> - .ijçòes comocilà de Genipapc. hoje cidade de Frei Paulo. Os caminhos 'erre^re.- >e jesenvoi veram a ção direta entre o resumo crítico e a resenha bibliográfica, aqui entendida
t u m tk> comercio <JD jado. por Aías rotas: caminho da costa e caminho do iaeto * ranJe mpoi tãncin
desempenharam os nos na vida scsgipana, como estradas que caminhavam iCONCLL SA' 1 1 Nos séculos na forma de um trabalho acadêmico que objetiva apresentar os aspectos
V . II e XIX, a prosperidade de Sergipe favoreceu o crescimento de freguesias, vtias e povoações No
secu'o XIX, o crescimento urbano resultou da criação e expansão de vános órgãos administrativos, qualitativos e quantitativos de uma obra, ou parte dela. "Resenha, recensão
secLâdos nas cidades: do progresso do comércio e do aparecimento de incipientes indústrias A
ú s r j n a ç à o das ruai. os serviços de água e esgoto e a expansão dos transporte? visaram ao seu
jp^reshanientoe promoveram o seudesenvols imento
de livros ou análise bibliográfica são uma síntese ou comentário dos livros
Pali\ni-chave 1: Ocupação do temióno de Sergipe.
Pa^vra-chave 2: Interdependência do espaço rural-urbano.
publicados, feito em revistas especializadas das várias áreas da ciência,
Pa.jvra-chave 3: Prevalência das &>rças económicas.
das artes e da filosofia" (SEVERINO, 2002, p. 131). A análise bibliográfi-
ca (resumo crítico) deve ser entendida como resenha bibliográfica. O seu
Imagem reduzida em 4/°o tamanho pode variar entre 5.000 (parajornais não especializados) e 10.000
caracteres (para publicações científicas) ( AZEVEDO, 2001, p. 31).

Os resumos científicos obedecem à padronização inerente aos even-


tos e podem ser simples ou expandidos. Os simples são aqueles que
2.2 Objetivo
estabelecem a quantidade de palavras entre 300 até o máximo de 500, e
o expandido é aquele em que o assunto pesquisado ou analisado pode ser
Facilitar o conhecimento prévio do conteúdo e do valor de um livro
descrito em até seis folhas, havendo, entretanto, exceções que alcan-
que acaba de ser publicado, permitindo, ao pesquisador ou estudioso,
çam, em muitos casos, dez folhas, passando a apresentar as caracterís-
uma seleção para futura aquisição.
ticas de artigo científico. Geralmente, esses tipos são digitados em espa-
ços simples. Independentemente do tipo, forma ou conteúdo, são redigi-
dos com linguagem impessoal, com verbo na voz ativa, na terceira pes-
soa do singular, podendo usar a partícula apassivadora "se".
40 Manual Jl Rt:u no-; e Comuni',a<iòe.\ C/V '.'/ Capitulo 2: Resí-nl as ii • w m >\ Críticos)

2.3 Requisitos Básicos Quanto à edição:


• erros e acertos quanto à revisão textual;
São estes os requisitos básicos para a elaboração de uma resenha
(SALVADOR, 1976, p. 20): • existência ou inexistência (atualidade de índices, ilustrações, exem-
plos etc.);
a) Conhecimento completo da obra [...];

b) Competência na matéria exposta no livro [...]; • apresentação (capa, folha de rosto, impressão etc.).

c) Capacidade de juízo crítico [...]; Quanto ao conteúdo:


d) Independência de juízo para ler, expor e julgar [...]; • erros e acertos quanto às informações vinculadas (datas, nomes,
e) Correção e urbanidade [respeito à pessoa do autor] [...]: estatísticas etc.);

f) Fidelidade ao pensamento do autor [...]. • seriedade de documentação (extensão, qualidade e atualidade das
referências bibliográficas intermediárias e finais; uso crítico de au-
tores, citações criteriosas);
2.4 Tipos de Resenhas • consistência ou inconsistência (contradição) em relação ao conteúdo;

A resenha pode ser puramente informativa, quando apresenta ape- • disposição do material (seqüência lógica, organização equilibrada).
nas o conteúdo de um livro, denominando-se de resenha descritiva. E crí-
tica, quando se manifesta sobre o valor e o alcance de um livro analisado, Quanto às idéias:
classificando-se como resenha crítica (SEVERINO, 2002, p. 131 -132). • diálogo com as idéias básicas do autor;
• desvelamento ideológico de suas propostas e análise das suas con-
seqüências;
2.4.1 Resenha crítica
• avaliação dos argumentos apresentados.
Uma resenha crítica deve contemplar as seguintes características
(HORIN; SAVIOLI, 1990,2000, p. 426-427): A crítica aparece após a exposição do conteúdo, podendo, entre-
tanto, ser distribuída difusamente ao longo do texto.
• descrição minuciosa da estrutura da obra;
• comentários e julgamentos sobre as idéias do autor e o valor da
obra; 2.4.1.1 Qualidade da crítica
• seleção e filtragem dos aspectos pertinentes ao objeto resenhado. São estas as principais qualidades que devem ser observadas no
momento da avaliação crítica do conteúdo da obra resenhada (AZEVE-
A crítica deve ocupar entre 20% e 30% da extensão total da rese-
DO, 2001, p. 38):
nha. São estes os principais itens que devem ser considerados (AZEVE-
DO, 2001, p. 33-34): • avaliação global justa e imparcial do assunto;
• destaque dos pontos fortes e fracos da obra, de acordo com as
exigências da verdade;
-i2 Miintuil de R sumo* t Con un carões Cirnt jii a\ Capítulo 2: Rescnt u i -\ <ni v CrílUos) ^

• indicação de caminhos a serem seguidos com fidedignidade ao tex- 2.4.1.2 Estrutura de uma resenha crítica
to analisado; • Título: subtítulo de fantasia (com base no conteúdo da obra).
• precisão nos termos e síntese na coordenação das idéias apreciadas.
• Referência da obra (segue a NBR 6023/ABNT).
Em Azevedo (2001, p. 30, grifo do autor), consta um roteiro sintéti-
• Introdução:
co para a análise do conteúdo e da forma do texto com o qual se está
trabalhando: — Comentário sobre o autor (quem é ele; o que faz; onde leciona;
é autoridade em que matéria; obras publicadas; pesquisas de-
1. Estabeleça a suspeita. Duvide da validade daquilo que o autor senvolvidas etc.).
diz. Verifique se os fatos que ele conta são verdadeiros; pergunte
— Apresentação do assunto (contextualização da temática abor-
se as conceituações feitas correspondem ao objeto investigado;
dada).
indague se são válidas as respostas pelo autor aos problemas
levantados. • Resumo da obra (resumo das principais idéias expostas na obra -
2. Compare os argumentos do autor com outros nomes. Isto é im- aspectos qualitativos). Pode ser:
* prescindível para que sua crítica tenha fundamento e não seja um
— capítulo a capítulo;
mero eu-achismo. A sua opinião é importante, mas você não deve
refutar um equívoco com outro equívoco. — grupos de capítulos;
3. Critique o tratamento dado. Há documentação? Há objetividade? — todo o conteúdo.
Há clareza?
• Aspectos quantitativos da obra (relativos à forma, ao estilo e à or-
4. Critique a organização do material. As vezes, o material é bom, ganização da obra).
mas de tal forma disposto que põe a perder boa parte do trabalho.
• Crítica (edição, conteúdo, idéias abordadas etc.).
5. Veja se os objetivos propostos pelo autor foram alcançados no
livro. • Indicação da obra (público-alvo).

6. Todos nós temos nossas concepções. Há uma estrutura ideológi- O resumo da obra representa um item importante da resenha e
ca em tudo que afirmamos: neutralidade não existe. Então, cabe deve ser redigido com cuidado, para que seja fiel às idéias do autor e de
perguntar se os pressupostos do autor estão claros ou se ele as fácil entendimento pelo público-alvo, conforme os exemplos a seguir.
[sic] esconde, mascarando-as [sic]. O que está por trás do texto 0
Que interesse o autor defende? Quem ganha com o triunfo de
suas idéias? O que quer ele. enfim, ao dizer isto? Estas são as
perguntas necessárias.

7. Mostre a validade ou não das propostas do autor. E preciso ter


opinião sobre o livro e comunicá-la ao leitor da resenha.

Uma crítica equilibrada demonstra a validade da obra, incentivando


o leitor a consultá-la.
Manual de Se surta- e Comunicações Cientificas Caoítuh 2 Restnhas í Resumos Críticos)
44

Exemplo 1: Capítulo a capítulo constam todas as idé ias centrais, secundárias, terciárias e pormenores
importantes que fazem parte do seu conteúdo. Ao seu término, apare-
A obra é resenhada por capítulo, individualmente, com suas res- cem as conclusões gerais da obra analisada.
pectivas identificações, nas quais o autor apresenta de forma concisa e
objetiva o conteúdo de cada capítulo, privilegiando-se idéias centrais,
secundárias e terciárias, bem como pormenores importantes. Ao térmi- Manual de monografia, dissertação e tese descreve os aspectos
metodológicos e técnico-operacionais necessários à confecção
no de cada capítulo, aparecem as conclusões do autor.
desses trabalhos, pautados nas exigências normativas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR14724, direcionadas a
Em Globalizando a melhor idade, primeiro capítulo, o autor essas produções acadêmicas e científicas [...].
destaca a importância de projetos que visem à cidadania da
:
população idosa como forma de inseri-la no contexto social, por
meio da sua socialização via Internet, possibilitando, assim, a
ampliação de seus conhecimentos, o contato com outras pessoas,
2.4.2 Resenha descritiva
o exercício da memória visual e a concentração [...].
E estruturada da mesma forma que a resenha crítica, com exceção
do item que trata do julgamento do valor da obra.
Exemplo 2: Grupos de capítulos
Os capítulos são agrupados e identificados, conforme as possibili-
2.5 Aspectos Quantitativos
dades de relacionamento entre os assuntos abordados, com seus conteú-
dos descritos, privilegiando-se idéias centrais, secundárias, terciárias e Representam a quantidade ou a média de páginas resenhadas, de
pormenores importantes. Ao término de cada grupo, aparecem as con- capítulos, de partes, de citações usadas pelo autor da obra analisada,
clusões constantes nos capítulos analisados. como também dos itens da referência, ilustrações e exercícios práticos
e/ou teóricos.
Em Motivação, Gestão de pessoas e Auto-realização na
organização, capítulos 1, 2 e 3 respectivamente, o autor
apresenta uma análise aprofundada sobre a importância da 2.6 indicação e Recomendação
liderança e da criatividade como fatores motivacionais, que
criam, nos indivíduos, expectativas que ao longo do tempo A resenha finaliza-se com a identificação do público-alvo e a reco-
favorecem a ascensão dentro da empresa, com possibilidade de mendação da obra para leitura.
cargos administrativos [...].

2.7 Observações
Exemplo 3: Todo o conteúdo
Nesse caso, a obra é resumida de forma completa, com o uso de O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da reali-
palavra ou frase-chave, que pode ser o nome do autor ou título do livro dade ou um livro, dependendo dos interesses do resenhista (FIORIN;
antes do início do resumo da obra, com o objetivo de identificá-lo. Nele, SAVIOLI. 1990,2000. p. 426-428):
16 Man :ai d j Hesumos e Comuricuções Ciem fi a

• quando for o caso de obra estrangeira, convém indicar o título origi-


C A P Í T U L O 3
nal e o nome do tradutor;
• a redação deve ser direta, sem intertítulos, com a divisão do assun- Aspectos Gráficos e Conteúdos
to se evidenciando pela organização do texto;
• não é aconselhável o uso de citações; quando indispensável, indicar
página entre parênteses e usar aspas;
• pode ser feita sobre uma ou mais obras que tratem do mesmo tema,
independente do autor, editora ou ano de publicação.

2.8 Redação e Numeração 3.1 Título, e Subtítulo (se houver)

A resenha deve ser escrita com linguagem impessoal, observando O título e o subtítulo da resenha bibliográfica (resumo crítico) devem
quanto ao tempo verbal, as mesmas recomendações utilizadas para a ela- figurar na página de abertura, podendo ser os mesmos da obra resumida
boração do resumo. A numeração deve ser feita a partir da segunda pági- ou criados especialmente para essa finalidade, com base no conteúdo ana-
na, com números arábicos, na margem superior direita, seqüencial. Usar lisado, reconhecidos e denominados de título: subtítulo de fantasia. Nos
papel branco no formato A4, uma só face e letra arial ou times new resumos de trabalhos monográficos e similares, dissertações, teses e rela-
tórios de pesquisa, utiliza-se o termo RESUMO (fig. 1), com a sua tradu-
roman (fonte 12 para o texto). Quando publicada em revistas e jornais,
ção para idioma estrangeiro internacional em página diferente.
obedece à numeração e ao espaço preestabelecidos pelo periódico.
Nos resumos científicos e artigos de periódicos (fig. 2 e 3), esses
itens expressam a idéia geral do tema estudado (título) e a abordagem
2.9 Pecados do Resenhista dada a ele (subtítulo). Os demais resumos (indicativo e informativo) apre-
sentam as referências das obras apreciadas, conforme as necessidades
São estes os principais pecados do resenhista: e/ou especificações técnicas do destinatário.
• não ler o livro todo;
• pular parágrafos descritivos ou muito longos; 3.2 Nome(s) do(s) Autor(es)
• copiar tudo que lê, sem reflexão crítica;
Nas resenhas (resumos críticos) (fig. 4,5 e 6) e nos resumos de perió-
• inventar situações, parágrafos ou personagens; dicos especializados e/ou científicos, os nomes dos autores são acompanha-
dos de breve currículo que os qualifique na área de conhecimento do assunto
• comentar sobre a vendagem, estoque ou encalhe do livro;
analisado e/ou pesquisado. "O currículo, bem como os endereços postal e
• resumir sem entender o significado efetivo do conteúdo do livro. eletrônico, devem aparecer em rodapé indicado por asterisco na página de
abertura [exceto para o caso de vários autores diferenciados, quando indi-
ca-se o uso de numeração seqüencial] ou, opcionalmente, no final dos
elementos pós-textuais" (NBR 6022.2003, p. 3).
Manual de t<e.nn os e Comun'u ações Ciem f f ia Capitulo 3: Aspectos Gráficas e Conteúdos

Os resumos de trabalhos acadêmicos e similares, dissertações, te- Exemplo 3: Cabeçalho de resumo científico
ses e relatórios de pesquisa não apresentam a identificação da autoria.
Já nos resumos científicos, eles constam no cabeçalho, com seleção das ATUAÇÃO POLÍTICO-SOCIAL DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES
áreas de conhecimento (quando houver) e respectivos títulos, existindo, R U R A I S S E M T E R R A E M S E R G I P E E N T R E O S A N O S D E 1985-99

entretanto, uma diversidade de estruturação básica, conforme espe- C O S T A . C . L. d o A . ; G O N Ç A L V E S , H. de A.


cificações normativas do evento científico.
Especialista e m M é t o d o s e T é c n i c a s de Elaboração de Projetos Sociais - Pontifícia
Universidade Católica d e M i n a s Gerais - P U C - M G ; Especialista e m Metodologia d o
Exemplo 1: Cabeçalho de resumo científico Ensino Superior - U n i v e r s i d a d e Tiradentes - UNIT; Mestre e m Comunicação e Cultura
- U n i v e r s i d a d e Federal do R i o d e Janeiro - UFRJ.
Mestre e m S o c i o l o g i a : Mestre e m Geografia; Doutoranda e m Geografia - Universidade
Federal de Sergipe - U F S ; Doutoranda era Gestão da Administração e m Educação -
Área de conhecimento European University.

TÍTULO DO ESTUDO OU PESQUISA

N o m e do autor (Curso; Instituição; e-mail).


Exemplo 4: Cabeçalho de resumo científico
N o m e do orientador (Curso; Titulação; Instituição).

ANÁLISE DA I N T E R V E N Ç Ã O DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA:


SUA R E L A Ç Ã O C O M A C U L T U R A DE MASSA E O PROCESSO
D E M O C R Á T I C O E M S E R G I P E . A N O S 2000
Hortência de Abreu Gonçalves
Geografia Mestre em Sociologia; Mestre em Geografia; Doutoranda em
Geografia - Universidade Federal de Sergipe - UFS. Doutoranda em
Gestão da Administração em Educação European University.
Carmen Lúcia Neves do Amarai Costa
SERGIPE ENTRE O S A N O S DE 1780-1855: A R E L A Ç Ã O C A M P O - C I D A D E NA Especialista em Métodos e Técnicas de Elaboração de Projetos
F O R M A Ç Ã O DO TERRITÓRIO Sociais - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-
MG. Especialista em Metodologia do Ensino Superior - Univer-
sidade 1'radentes - UN1T; Mestre em Comunicação e Cultura -
Universidade Federal do Riode Janeiro - UFRJ.
Hortência de A b r e u G o n ç a h e s ( M e s t r e e m S o c i o l o g i a - N P P C S . M e s t r e e m G e o g r a f i a
N P G E O ; D o u t o r a n d a e m G e o g r a f i a N P G E O : U n i v e r s i d a d e Federal de Sergipe - l ' F S ;
Doutoranda em Gestão da Administração cai Educacao - European 1 n:v.'rsryt.
Lilian de Lins W a n d e r l e y ( O r i e n t a d o r a - M e s t r e e m G e o g r a f i a - X P G E O : U t m ersidadc
Federal de Sergipe - U F S ; Doutora e m G e o g r a f i a - U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l de S ã o Pauio -
U N E S P - campus de Rio Claro SP).
3.3 Palavras-chave

Obs.: Em alguns casos, o evento solicita o e-mail pessoal do(s) autor(es). São obrigatórias nos resumos científicos de monografias e simila-
res, dissertações, teses, relatórios de pesquisa, artigos, e devem figurai
Exemplo 2: Cabeçalho de resumo científico logo abaixo do texto. A quantidade de palavras é determinada pelo des-
tinatário. com tradução obrigatória para idioma estrangeiro internacional,
C O M U N I C A Ç Ã O C O M U N I T Á R I A E I D E O L O G I A DE C L A S S E : A quando for o caso.
INFORMAÇÃO E A C O N S T R U Ç Ã O DA RE A L I D A D E SOCIAL

C a r m e n Lúcia N e v e s d o A m a r a l C o s t a ( E s p e c i a l i s t a e m M e t o d o l o g i a d o E n s m o Superior
U N I T : Especialista e m M é t o d o s e T é c n i c a s d e E l a b o r a ç ã o de P r o j e t o s S o c i a i s - P U C -
MG: MestreemComunicacikieCultura - 1'FRJi.
H o r t ê n c i a d e A b r e u G o n ç a h e s i M e s t r e e m S o c i o l o g i a . M e s t r e e m C-CÍ'gr::!~a. D o u : ^ra.ida
e m G e o g r a f i a - U F S : D o u t o r a n d a e m G e s t ã o da A d m i n i s t r a ç ã o e m E d u c a c ã o - E u r o p e a n
University).

O b s . : Quando solicitado, o grifo identifica o<a) expositoria;


Matinal de Resumu* f Comun ,-co < 'it -u 'k .u Capítulo 3: Aspectos Gráficos e Conteúd >s

"RESUMÜ V . T a m a n h o de
fonte: 16 Área de conhecimento
(2 espaços duplos)
(2 espaços duplos)

T Í T U L O D O E S T U D O O U DA PESQUISA
• Tamanho de
(2 espaços duplos)
fonte: 12
Nome do(s) autones) (Grau, Instituição, e - m a i l N o m e do(a) orientadora) e dota) co-
orientador(aHTiruiaçào. Instituição, e-mail). " " ~ '

(2 «spaços duplos)
(I espaço duplo entre as linhas)

(INTRODUÇÃO)

_(METODOLOGlA)_

_( R£ 5 ULTADOS )_
_.(CONCLUSAO)_

Palavra-chave 1 :
Palavra-chave 2:
Palavra-chave 3.

Palavra-chave: . . 4 . Tamanho de
fonte: 12

Imagem reduzida em 47 : o Imagem reduzida em 47%

FIGURA 1 - Resumo de Trabalho Acadêmico e Científico (parágrafo único) FIGURA 2 - Resumo Científico

Obs.: Digitado com tamanho de fonte 12, em parágrafo único ou não - conforme evento
científico. Em geral, a área de conhecimento é fornecida pelo evento.
Manual de Resumo* e Comunicações ~'it nií/icts ( a{ iliiio J: Aspe tos Gráficas e Conteúdos

3 cm 3 cm

Tamanho de
TITULO: SUBTÍTULO DO ARTIGO ( s e houver) T I T U L O DE FANTASIA
* fonte: 16
i2 espaços duplos)
"Nome J e í a i autoria)
Tamanho de
• N o m e tlixal autoria),-« • f o n t e : 10
REFERENCIA DA OBRA «
(2 espaços duplos) SOBRENOME. Ncase. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, ano Páginas. (Série ou
ColeçàoV
RESUMO -• Tamanho de
fonte: 14
|2 espaço> duplos)

Tamanho de
Comentário sobre o
• fonte: 12
autor
Entrelinha
dupla

Apresentação do assunto
Palavras-chave: . . . ; . Tamanho de
f o m e : 12
%

__( filete de3 cm)


T a m a n h o de Tamanho de
'Currículo rnüeroÇi'- p.>>•) c „'loirem,, o «
f o n t e : 10 f o n t e : 10

2 cm

Imagem reauzida em 47° 0 Imagem reduzida em 47 3 0

FIGURA 3 - Resumo de Periódico Cientifico e/ou Especializado (parágrafo FIGURA 4 - Introdução (resenha)
único)

Obs.: Segundo a NBR 6028-2003 (ABNT), o resumo não possui divisão em parágrafos,
sendo recomendado o uso de parágrafo único e organizado conforme as regras gramati-
cais de pontuação. Os resumos críticos, por suas carac*erístícas especiais, não estão
sujeitos a limite de palavras.
Manual de Resumos e Comur calões Científicas Capítulo 3: Aspectos Gráficos e Conieúd<.

T a m a n h o de
Pode ser: Capítulo a capitulo. Grupos de capítulos.Todo o conteúdo . fonte: 12
Entrelinha - ASPECTOS QUANTITATIVOS DA OBRA Tamanho de
dupla fonte: 12
:
- Demonstração da forma e estilo da obra (n de paginas, Entrelinha
E dupla
• capítulos, citações, exercícios, exemplos etc.)
S
Apresentação do conteúdo • CRÍTICA DO RESENH1STA —
u
geral da obra resenhada de Apresentação do julgamento de valor da obra ou dos seus pontos •
M
_ fornia clara, objetiva, concisa e simples _ • positivos e/ou negativos
O

- INDICAÇÃO DO PUBLICO-ALVO

- Especificação do público a que se destina a obra. •

2 cm 2 cm

Imagem reduzida em 47% Imagem reduzida em 47%

FIGURA 5 - Resumo da Obra (resenha) FIGURA 6 - Aspectos Quantitativos, Crítica e Indicação para Leitura
(resenha)

Obs.: Organizado conforme a necessidade (capítulo a capsulo, grupos de capítulos ou


todo o conteúdo). Obs.: Se o autor preferir, a crítica pode vir descrita ao longo do resumo da obra.

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