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279/96)
1º - Aspectos Gerais
A propriedade intelectual é um gênero formado pela propriedade industrial
e o direito autoral. A propriedade industrial foi regulada pela 9.279/96 e
tem por finalidade garantir a exclusividade de uso.
a) formas de proteção
1º – Patente: é o meio adequado para a proteção da invenção e do modelo
de utilidade;
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2º – Registro: é o meio adequado para a proteção de desenho industrial e
marca.
c) Períodos de proteção
d) Marco Inicial
O período de exclusividade da Invenção, do Modelo de Utilidade e do
Desenho Industrial começam a contar da data do depósito no INPI. Já a
marca, tem seu período de exclusividade contado da data de concessão.
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1º – Conceito:
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis,
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou
qualquer criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como
métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo
humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos
encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o
genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos
biológicos naturais
A invenção não tem um conceito definido na lei. Ela, contudo, diz aquilo
que não é considerado invenção.
2º – Requisitos da invenção
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Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17 da Lei
9.279/96.
d) Não impedimento:
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Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos
transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de
animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua
composição genética, uma característica normalmente não alcançável
pela espécie em condições naturais.
A lei estabelece algumas coisas que não podem ser objeto de patente. São
elas:
1) o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e
à saúde públicas;
2) as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer
espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e
os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes
de transformação do núcleo atômico; e
3) o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos
transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade -
novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art.
8º e que não sejam mera descoberta. Para os fins da Lei, microorganismos
transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de
animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua
composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela
espécie em condições naturais.
3º - Quebra de Patente
Aquilo que se costuma chamar de quebra de patente, na verdade se trata de
uma licença compulsória. Nos casos de emergência nacional ou interesse
público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o
titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá
ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva,
para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo
titular:
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Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público,
declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular
da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá
ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não
exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do
respectivo titular.
Por fim, a lei diz que não haverá prejuízo para o titular da patente, porque
ele participará de parte dos lucros decorrentes da comercialização
daquele produto.
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4º - Invenções iguais
Se dois ou mais autores tiverem realizado a mesma invenção ou modelo de
utilidade, de forma independente, o direito de obter patente será
assegurado àquele que provar o depósito mais antigo,
independentemente das datas de invenção ou criação.
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pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos
serviços para os quais foi o empregado contratado.
§ 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição
pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado.
§ 2º Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na
vigência do contrato a invenção ou o modelo de utilidade, cuja
patente seja requerida pelo empregado até 1 (um) ano após a
extinção do vínculo empregatício.
b) Modelo de Utilidade
É o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial,
que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que
resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação:
c) Desenho Industrial
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A lei estabelece também que O desenho industrial é considerado original
quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a
outros objetos anteriores:
Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica
ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores
que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado
visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir
de tipo de fabricação industrial.
d) Marca
1º conceito
É o sinal, visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições
legais:
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Diante do conceito legal, denota-se que o sinal sonoro não poderá ser
registrado como marca.
3º Extensão territorial
Uma vez adquirida a propriedade da marca, o seu titular terá uso exclusivo
em todo o território nacional. Não se fala em propriedade mundial da
marca.
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a) Novidade: aqui, trata-se de uma novidade relativa. Não poderá haver
uma mesma marca dentro de uma mesma categoria de produtos. Assim é
possível, em regra, haver uma marca com o mesmo nome, desde que uma
atue, por exemplo, no ramo de comida e outra no ramo de roupas.
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Marca de alto renome, por sua vez, precisa de registro no INPI para ter
proteção legal. No caso, o registro protege a marca em todos os ramos de
atividade (Ex: Ferrari é protegida em todos os ramos, inclusive fora do
mercado de carros).
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O STJ entendeu que esse registro da marca MULTIMED foi válido mesmo
o nome empresarial da outra empresa sendo igual. Isso porque as formas
de proteção do nome empresarial e da marca comercial não se
confundem. Em regra, a proteção do NOME EMPRESARIAL fica restrita
ao Estado/DF de competência da Junta Comercial em que foi registrado o
ato constitutivo da empresa. Ex: se a empresa “A” registrou seu ato
constitutivo na Junta Comercial de Blumenau, a proteção será apenas em
Santa Catarina. Essa proteção poderá ser estendida a todo o território
nacional, desde que seja feito pedido complementar de arquivamento nas
demais Juntas Comerciais.
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II - pela renúncia, que poderá ser total ou parcial em relação aos
produtos ou serviços assinalados pela marca;
III - pela caducidade; ou
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Se o titular da marca registrada no Brasil industrializa, fabrica, elabora o
produto em território nacional, claramente inicia e faz uso da marca no
Brasil, merecendo toda proteção legal, pois aqui empreende, gerando
produção, empregos e riqueza, sendo indiferente que a mercadoria aqui
produzida seja destinada ao mercado interno ou exclusivamente ao
externo. Produzir no País o produto com a marca aqui registrada atende
suficientemente ao requisito legal de “uso da marca iniciado no Brasil”
(REsp 1.236.218-RJ).
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representá-la administrativa e judicialmente, inclusive para receber
citações.
4º – Aspectos Processuais
a) ação de nulidade: é o meio hábil para impedir o uso irregular de um
bem protegido pela de propriedade industrial. Essa ação poderá ser
proposta tanto administrativamente quanto judicialmente. O prazo para sua
proposição vai variar de acordo com a espécie de bem:
1) patente:
Art. 51. O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou
mediante requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse,
no prazo de 6 (seis) meses contados da concessão da patente.
Parágrafo único. O processo de nulidade prosseguirá ainda que
extinta a patente.
Art. 56. A ação de nulidade poderá ser proposta a qualquer tempo da
vigência da patente, pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo
interesse.
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prazo de 5 (cinco) anos contados da concessão do registro, ressalvada
a hipótese prevista no parágrafo único do art. 111.
b) Foro competente:
Art. 57. A ação de nulidade de patente será ajuizada no foro da Justiça
Federal e o INPI, quando não for autor, intervirá no feito.
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§ 1º O prazo para resposta do réu titular da patente será de 60
(sessenta) dias.
Será de 60 dias.
d) responsabilidade pelo pagamento de honorários e custas: o STJ
entendeu que, caso o INPI conceda indevidamente registro de marca,
deverá ser demandado junto com a empresa detentora da marca irregular.
Dessa forma, em caso de procedência da ação de nulidade, o INPI deve
responder solidariamente pelos honorários advocatícios sucumbenciais
mesmo que, na ação proposta, ele tenha reconhecido a procedência do
pedido formulada na Inicial, é dizer, em ação de nulidade de registro de
marca em que o INPI for sucumbente, cabe a ele reembolsar as
despesas judiciais feitas pela parte autora. Contudo, mesmo no caso de
sucumbência, o INPI é isento de custas (Resp 1.258.662-PR).
5º Direito de precedência
a) na disputa de marcas idênticas ou semelhantes:
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§ 2º O direito de precedência somente poderá ser cedido juntamente
com o negócio da empresa, ou parte deste, que tenha direta relação
com o uso da marca, por alienação ou arrendamento.
6º Aspectos finais
a) bens móveis: Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os
direitos de propriedade industrial:
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Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos
de propriedade industrial.
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