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21/05/2018 Mandioca na alimentação animal

Embrapa Mandioca e Fruticultura


Sistemas de Produção, 8
ISSN 1678-8796 Versão eletrônica
Jan/2003

Cultivo da Mandioca para a Região do Cerrado


Luciano da Silva Souza
Josefino de Freitas Fialho

Início Mandioca na alimentação animal


Raspa de raízes de mandioca
Importância econômica Feno da parte aérea da mandioca
Clima
Solos
Raspa de raízes de mandioca
Adubação
Cultivares
Mudas e sementes Raspa de raízes de mandioca
Plantio
Irrigação As raízes da mandioca destacam-se como fonte de energia, que é
Consorciação e rotação de culturas o componente quantitativamente mais importante das rações
Tratos culturais
alimentícias para diferentes espécies de animais. Apresentam
Plantas daninhas
quantidades mínimas de proteína, vitaminas, minerais e fibra e
Doenças
Pragas são bem aceitas pelos animais.
Uso de agrotóxicos
Colheita e pós-colheita A concentração de energia útil na mandioca e seus derivados é
Mandioca na alimentação animal afetada pela umidade. A raiz de mandioca quando fresca,
Mercado e comercialização apresenta menos de 1.500 kcal de energia metabolizável por
Coeficientes técnicos quilo de massa fresca; quando desidratada, varia de 3.200 a
Referências bibliográficas 3.600 kcal
Glossário
A desidratação é um processo importante para conservar a
qualidade das raízes depois de colhidas, facilita seu uso na
Expediente composição de alimentos, eleva a concentração de nutrientes e
facilita a conservação dos alimentos, além de ser um dos métodos
mais eficientes na redução da toxicidade.

O processo de produção consiste basicamente, logo após a


colheita, no corte das raízes e exposição ao sol. A produção de
raspa deve ocorrer no período adequado à colheita, quando as
condições climáticas são favoráveis (boa insolação, alta
temperatura e baixa umidade relativa).

de energia metabolizável, nível adequado para a maioria dos


animais de todas as idades.

Lavagem das raízes

As raízes devem ser lavadas para eliminar a terra e outros


elementos estranhos aderidos a elas, especialmente quando são
processadas sem a retirada da casca (película externa e córtex).
A lavagem adequada permite obter materiais com boa qualidade,
quanto ao conteúdo de resíduos.

Corte das raízes

As raízes devem ser divididas em pequenos pedaços, usando


maquinário apropriado, para acelerar o processo de secagem,
facilitar o armazenamento, a sua conservação e uso na
preparação de rações alimentícias.

Desidratação das raízes

É a operação mais importante no processo de preparação de


raspas, devido à necessidade de baixar o teor de umidade de 60-
70% nas raízes para 10-14% nas raspas.

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Nos sistemas tradicionais de secagem, os pedaços das raízes são


espalhados uniformemente em uma área cimentada, lona plástica
ou bandejas com fundo de tela, em camadas que proporcionem
no máximo uma carga de 15 quilogramas por metro quadrado.
Para acelerar o processo, o material deve ser revolvido com um
ancinho ou rodo de madeira, no sentido do maior comprimento, a
cada duas horas no primeiro dia. À noite, junta-se e protege-se o
material com uma lona plástica ou similar.

Rendimento

O índice de eficiência na produção de raspa de raízes de mandioca


situa-se de 30-40%, isto é, para cada 1.000 quilogramas de
raízes são produzidos de 300 a 400 quilogramas de raspa,
dependendo da variedade, idade da planta , umidade inicial,
densidade e condições climáticas.

Armazenamento

O armazenamento da raspa seca pode ser feito à granel ou em


sacos de aniagem ou ráfia, com capacidade de 30 a 40
quilogramas, tendo o cuidado de compactar bem o produto e
colocá-lo em local com boa ventilação, alta temperatura, baixa
umidade relativa e protegido da chuva. Para evitar o
desenvolvimento de bactérias e fungos, que ocasionam
transtornos nutricionais e sanitários, o material armazenado deve
estar desidratado de forma homogênea, com umidade que não
exceda 14%.

Utilização

As experiências têm demonstrado que a raspa de raízes de


mandioca pode ser incluída na formulação de rações para animais
domésticos, em substituição parcial ou total dos cereais (milho,
trigo, cevada etc.), graças ao seu valor energético e à sua
palatabilidade.

Feno da parte aérea da mandioca

Feno da parte aérea da mandioca

A parte aérea da mandioca é constituída pelas hastes principais ,


galhos e folhas, em proporções variáveis. É um produto que
apresenta um potencial protéico de muita importância, sendo
também rico em vitaminas, especialmente A, C e do complexo B;
o conteúdo de minerais é relativamente alto, especialmente cálcio
e ferro. Esse material pode ser submetido a diferentes processos
para obtenção de produtos destinados a alimentação animal.

Quando a folhagem se destina a produção de feno para


monogástricos (aves, suínos e cavalos), deve-se utilizar as partes
mais tenras (hastes novas e folhas). No caso da alimentação de
ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos) esta seleção não precisa
ser tão criteriosa, podendo-se utilizar também as manivas.

A alternativa de desidratar a folhagem abre novas possibilidades


para o uso da parte aérea da mandioca na alimentação de
animais, de onde se pode obter um feno que oferece numerosas
vantagens, podendo ser usado diretamente ou em mistura com
outros componentes da ração.

Produção de feno

A fenação é um processo de conservação de forragens, que, além


de manter as qualidades do material após a colheita, facilita seu

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uso na fabricação de alimentos, eleva a concentração de


nutrientes e elimina a maior parte do ácido cianídrico, reduzindo-
o a níveis seguros para a alimentação animal.

O processo de produção consiste basicamente em, logo após a


colheita das ramas, preferencialmente as partes mais tenras
(terço superior), triturar-se o material e expor ao sol, quando as
condições climáticas são favoráveis (boa insolação, alta
temperatura e baixa umidade relativa). A parte basal, por ser
bastante lenhosa, possui muita fibra e poucos nutrientes, além do
risco de, mesmo após a trituração, apresentar lascas que podem
provocar perfurações no estômago dos animais.

Corte das ramas

As ramas devem ser trituradas em pequenos pedaços, usando


maquinário apropriado (máquina de picar forragem, moto-
forrageira etc.), para acelerar o processo de secagem, facilitar o
armazenamento, a sua conservação e o uso na preparação de
rações.

Desidratação das ramas

É a operação mais importante no processo de produção de feno,


devido à necessidade de baixar o teor de umidade de 65-80% nas
ramas para 10-14% no feno.

Nos sistemas tradicionais de secagem, o material picado é


espalhado uniformemente em uma área cimentada, lona plástica
ou bandejas com fundo de tela. Para acelerar o processo, o
material deve ser revolvido com ancinho ou rodo de madeira, no
sentido do maior comprimento, a cada trinta minutos, permitindo
uma secagem mais uniforme e rápida. A depender da insolação,
ao final de quatro horas o material está em condições de ser
armazenado.

Rendimento

A taxa de eficiência na produção de feno da parte aérea da


mandioca situa-se entre 20-30%, isto é, para cada 1.000
quilogramas de ramas são produzidos de 200-300 quilogramas de
feno, dependendo da variedade, idade da planta, umidade inicial,
densidade e condições climáticas

Armazenamento

O armazenamento do feno pode ser feito em sacos de aniagem ou


ráfia, tendo o cuidado de colocá-los em local com boa ventilação,
alta temperatura, baixa umidade relativa e protegido da chuva .
Para evitar fermentações indesejáveis e conseqüente deterioração
do produto, o material armazenado não deve apresentar umidade
superior a 14%.

Utilização

As experiências têm demonstrado que as ramas de mandioca


podem ser incluídas na formulação de rações para animais
domésticos, especialmente ruminantes (bovinos, caprinos e
ovinos), em substituição parcial ou total dos cereais (milho, trigo
e cevada), graças ao seu valor nutritivo.

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