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APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO PENAL MILITAR

1 - Considerando o estabelecido no Código Penal Militar (CPM), Decreto-Lei n. 1.001/69, acerca


do lugar do crime, analise as assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede.
I. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou
em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.
II. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação
omitida.
III. Aplica-se a teoria da atividade para os crimes comissivos e omissivos.
IV. Aplica-se a teoria do resultado para os crimes comissivos e omissivos.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Somente as assertivas I, II e III estão corretas.
b) Somente as assertivas I e II estão corretas.
c) Somente as assertivas II e III estão corretas.
d) Somente as assertivas I e IV estão corretas.

Comentários

Para os crimes comissivos, o CPM adota a teoria da ubiquidade, e por isso os itens III e IV estão
incorretos). Para os crimes omissivos aplica-se a teoria da atividade, devendo o lugar do crime
ser considerado aquele em que deveria ser realizada a ação omitida.
GABARITO: B

2 - Quanto ao lugar do crime dos crimes omissivos, o Código Penal Militar adotou
a teoria:
a) Unitária.
b) da Atividade
c) da Ubiquidade
d) Mista.
e) do Resultado.

Comentários

Nossa resposta é dada pelo art. 5o do CPM.


Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
do resultado.
Aqui está a explicitação da teoria da atividade, a mesma adotada pelo Código
Penal. Atenção à exceção! No caso do crime continuado ou permanente, aplica-se a lei penal mais
grave, caso sua vigência seja anterior à cessação da continuidade ou permanência, nos termos da
Súmula nº 711 do STF.
Para a Doutrina majoritária, os crimes de deserção e insubmissão são considerados crimes
permanentes. Sei que você ainda não conhece essas condutas, mas já vou trazendo os exemplos
para você ir fixando na memória,
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ok?
GABARITO: B

3 - No que tange à aplicação da lei penal militar prevista no Código Penal Militar, assinale a
assertiva correta.
a) Aplica-se a lei penal militar, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional.
b) Considera-se praticado o crime no momento do resultado da ação ou omissão.
c) Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as
aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou ocupados
por ordem legal de autoridade competente, exceto os de propriedade privada.
d) É aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros,
desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares.
e) A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente,
exceto se já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 7º, aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no
território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha
sido julgado pela justiça estrangeira.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 5º, considera-se praticado o crime no
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado.
A alternativa C está incorreta. Nossa resposta está no §1o do art. 7o: Para os efeitos da lei penal
militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros,
onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por
ordem legal de autoridade
competente, ainda que de propriedade privada.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do art. 2o, §1º, a lei posterior que, de qualquer outro
modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença
condenatória irrecorrível.
GABARITO: D

4 - Para o fim da aplicação da lei penal militar, nos termos do artigo 9.º do Código Penal Militar, a
expressão “militar em situação de atividade” refere-se a
a) militar atuando em razão da função.
b) militar em serviço.
c) militar da ativa.
d) militar da reserva.
e) militar reformado.

Comentários

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O militar em situação de atividade mencionado pelo art. 9o do CPM nada mais é do que o militar
da ativa, ao qual são equiparados os militares da reserva ou reformados empregados na
administração militar.
GABARITO: C

5 - Um soldado da polícia militar fazia patrulhamento em via pública quando se deparou com
pessoa que parecia portar drogas. Ao aproximar-se para efetuar busca pessoal, o abordado correu
para evitar a prisão, momento em que o soldado efetuou disparos com a arma de fogo da
corporação para
impedir a fuga, com isso provocando a morte do civil.
Com base na situação descrita e considerando que o Código Penal Militar
prevê que a conduta de matar alguém corresponde ao crime de homicídio simples, assinale a
alternativa correta.
a) O soldado praticou crime militar, motivo pelo qual será julgado pela Justiça Militar do Distrito
Federal.
b) Apesar de o ato praticado pelo soldado não ser crime militar, o julgamento será realizado
perante a Justiça Militar.
c) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu em exercício regular de direito.
d) Por se tratar de crime doloso praticado contra a vida de civil, a conduta do soldado não
caracteriza crime militar, razão pela qual o julgamento ocorrerá na Justiça Comum.
e) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu no estrito cumprimento do
dever legal.

Comentários

Esta é uma questão extremamente polêmica, e por isso coloquei-a nesta aula, para debatermos
do jeito adequado. O primeiro ponto é saber se o ato praticado pelo policial militar é crime, e esse
foi o posicionamento da banca, apesar de haver controvérsias sobre a aplicação ou não de
excludentes de ilicitude. A posição oficial é no sentido de que a tentativa de fuga não pôs em risco
a integridade física do policial, e por isso houve crime. A partir daí precisamos saber se temos um
crime militar ou um crime comum, e aí é que está a confusão, pois, por mais que a competência
para julgar crimes dolosos contra a vida cometidos contra civil, não temos nenhum posicionamento
no sentido de que não se trata
de crime militar, e depois da alteração do CPM de 2017 a coisa fica ainda mais complicada. De
qualquer forma a resposta oficial da banca é a alternativa D! ☺
GABARITO: D

6 - De acordo com o Código Penal Militar, a lei posterior ao fato criminoso que, de qualquer outro
modo, favorece o agente:
a) provoca a anulação de todos os atos formais do processo criminal em
curso.
b) aplica-se retroativamente, exceto se já tenha sobrevindo sentença
condenatória irrecorrível.
c) aplica-se retroativamente, mesmo quando já tenha sobrevindo sentença
condenatória irrecorrível.
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d) aplica-se apenas aos fatos ocorridos a partir de sua publicação.


e) provoca a nulidade absoluta do processo criminal em curso.

Comentários

Você já está cansado de saber disso, mas a lei posterior mais benéfica retroage para beneficiar o
réu, ainda que ele já tenha sido condenado por decisão transitada em julgado.
GABARITO: C

7 - Assinale a alternativa correta com relação ao militar da reserva ou reformado


quando pratica ou contra ele é prati-cado crime militar
a) Não conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou
graduação, para efeito da aplicação da lei penal militar.
b) Não é considerado militar para efeitos da aplicação da lei penal militar.
c) Equipara--se ao militar em situação de atividade, para efeito da aplicação
da lei penal militar
d) Aplica-se a legislação penal comum, considerando-o um civil
e) Conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação,
para o efeito da aplicação da lei penal militar.

Comentários

O art. 13 do CPM é muito claro no sentido de que o militar da reserva, ou


reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da
aplicação da lei penal militar, quando pratica ou
contra ele é praticado crime militar.
GABARITO: E

8 - Com relação ao salário- mínimo, é correto afirmar que o Código Penal Militar
a) não trata deste assunto.
b) diz que, para efeitos penais, salário -mínimo é o maior mensal vigente no
país, ao tempo da sentença.
c) diz que, para efeitos penais, salário -mínimo é o maior mensal vigente no
país, ao tempo do crime.
d) diz que, para efeitos penais, salário -mínimo é o menor mensal vigente
no país, ao tempo do crime.
e) diz que, para efeitos administrativos, salário -mínimo é o maior mensal
vigente no país, ao tempo da indenização.

Comentários

O CPM trata do assunto no art. 17, determinando que, para os efeitos penais,
salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da sentença.
GABARITO: B
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9 - É correto afirmar que para efeito da aplicação da Lei Penal Militar, que no
caso de sentença condenatória irrecorrível, uma lei posterior que favoreça o agente não retroagirá.

Comentários

Você já está cansado de saber que a lei penal mais benigna retroage para favorecer o réu, não é
mesmo? Essa regra se aplica mesmo quando já houve condenação transitada em julgado!
GABARITO: ERRADO

10 - Sobre a aplicação da lei penal militar, é CORRETO afirmar que


a) as leis penais militares devem retroagir em benefício do acusado, mas
uma lei posterior, que reduza a pena de um crime, não se aplica a casos de
condenações já transitadas em julgado, regra que não foi alterada pela
Constituição de 1988.
b) o Código Penal Militar já proibia a chamada “combinação de leis”, vedada
pelo Supremo Tribunal Federal, ao determinar que a aferição da lei mais
favorável deve ser feita pelo confronto do conjunto de dispositivos de cada
lei.
c) a aplicação da lei penal militar no espaço é regida tanto pelo critério da
territorialidade quanto pelo da extraterritorialidade, de modo que o militar
brasileiro, em ação no exterior, deve ser julgado no país onde foi praticado
o crime em tese.
d) o militar que, submetido à jurisdição estrangeira, tenha sido condenado,
por crime militar, a uma pena não privativa de liberdade, não tem direito a
qualquer redução da pena prisional que eventualmente receba no Brasil pelo
mesmo fato.

Comentários

A alternativa A está incorreta porque a retroatividade da lei mais benigna também


atinge as condenações transitadas em julgado. A alternativa B é a nossa resposta,
pois no Direito Penal Militar, assim como no Direito Penal comum, não se admite
a lex tertia, ou seja, não é possível combinar duas leis diferentes para criar uma
terceira. A alternativa C está incorreta porque o art. 7º consagra a aplicação da
territorialidade temperada, pois a lei penal militar é aplicada aos crimes
cometidos no Brasil, sem prejuízo das regras estabelecidas em convenções e
tratados internacionais, além da extraterritorialidade incondicionada, como
podemos deduzir da expressão “ainda que, neste caso, o agente esteja sendo
processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira”. A alternativa D está
incorreta porque, nos termos do art. 8o, a pena cumprida no estrangeiro atenua
a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas.
GABARITO: B

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11 - Sobre a aplicação da Lei Penal Militar, considerando o regramento


estabelecido no Código Penal Militar, marque a alternativa CORRETA:
a) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal.
b) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do
resultado.
c) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença
condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.
d) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade
criminosa, e não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.

Comentários

A alternativa A está claramente incorreta, contrariando as regras da Constituição


de 1988 e do art. 1o do CPM. A alternativa B está incorreta porque, de acordo
com o art. 5o, considera-se praticado crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o do resultado. A alternativa C é a nossa resposta, trazendo
exatamente a regra do art. 2o do CPM. A alternativa D está incorreta porque o local do resultado
também é considerado como local do crime, nos termos do art.
6o do CPM.
GABARITO: C

12 - Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou


seja, não são perpetrados por civis.

Comentários

Os crimes contra a administração militar são crimes militares impróprios, ou seja,


podem ser também praticados por civis, nas circunstâncias previstas no art. 9°,
III.
GABARITO: ERRADO

13 - Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a


teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento
da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o
resultado.

Comentários

Em relação ao tempo do crime, tanto o Código Penal quanto o Código Penal Militar
adotam a teoria da atividade. A teoria da ubiquidade é adotada parcialmente
quando tratamos do lugar do crime, como vimos na aula de hoje.
GABARITO: ERRADO
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14 - De acordo com a legislação penal militar, os crimes culposos contra a vida,


em tempo de paz, praticados por militar em serviço são considerados crimes
militares.

Comentários

Os crimes culposos contra a vida não são contemplados para exceção trazida pelo
parágrafo único do art. 9° do CPM. Falei também que os crimes praticados por
civil com culpa também não são considerados crimes militares. Como você pode
ver, a assertiva menciona crime culposo contra a vida, cometido por militar em
serviço. Neste caso, estaremos diante de um crime tipicamente militar.
GABARITO: CERTO

15 - O Código Penal Militar (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no


crime, adotou o princípio da equivalência dos antecedentes causais, ou da
conditio sine qua non, o qual se contrapõe à teoria monista adotada pelo
mesmo código quanto ao concurso de pessoas.

Comentários

Vimos que o CPM, assim como o CP, adota a teoria monista


temperada no que tange ao concurso de pessoas: haverá apenas um crime, ainda
que haja vários coautores e partícipes, mas a pena será aplicada individualmente.
Também é verdade que o CPM adota a teoria dos equivalentes causais, ainda que
haja também algumas manifestações da teoria da causalidade adequada
(concausa relativamente independente). O erro da questão está em dizer que
uma teoria se contrapõe à outra, pois cada uma trata de um assunto diferente.
GABARITO: ERRADO

16 - A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de meios


violentos por parte do comandante para compelir os subalternos a executar
serviços e manobras urgentes, para evitar o desânimo, a desordem ou o
saque.

Comentários

Esta é exatamente a causa excludente de antijuridicidade inominada, prevista no


parágrafo único do art. 42 do CPM, chamada por alguns de excludente do
comandante.
GABARITO: CERTO

17 - Um adolescente com dezessete anos de idade que, convocado ao serviço


militar, após ser incorporado, praticar conduta definida no CPM como crime
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de insubordinação praticado contra superior será alcançável pela lei penal


militar, a qual adotou, para os menores de dezoito e maiores de dezesseis
anos de idade, o sistema biopsicológico, em que o reconhecimento da
imputabilidade fica condicionado ao seu desenvolvimento psíquico.

Comentários

É verdade que o CPM adotou o critério biopsicológico no art. 51, mas vimos
também que este dispositivo não foi recepcionado pela Constituição de 1988.
Qualquer menor de dezoito anos, independentemente de ter sido incorporado ao
serviço militar, responde por infrações nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
GABARITO: ERRADO

18 - É inimputável o agente que pratica o fato criminoso sem capacidade de


entendimento e sem determinação, em razão de doença mental,
desenvolvimento mental incompleto ou retardado.

Comentários

Estes são exatamente os termos do art. 48 do CPM. Lembre-se das regras que
vimos a respeito do procedimento para declaração de inimputabilidade, previstos
no art. 159 do CPPM. Além disso, é possível também que a pessoa seja
considerada semi-imputável, devendo a pena ser aplicada de forma atenuada.
GABARITO: CERTO

19 - A embriaguez patológica recebe o mesmo tratamento que a embriaguez


voluntária ou culposa no CPM, segundo o qual ambas isentam de pena o
agente, por não possuir este consciência no momento da prática do crime.

Comentários

A embriaguez patológica decorre do alcoolismo, e é tratada como doença,


podendo levar o agente à inimputabilidade, nos termos do art. 48 do CPM.
Lembre-se de que o art. 49 trata da embriaguez acidental, decorrente de caso
fortuito ou força maior, que exclui a culpabilidade do agente ou o torna semiimput
ável.
GABARITO: ERRADO

20 - Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui


disciplinamento singular, entendendo o “cabeça” como o líder na prática de
determinados crimes, é correto afirmar que, havendo participação de oficiais
em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os efeitos
penais, eles devem ser considerados como “cabeças”.

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Comentários

Lembre-se! O oficial que participar em crime de concurso de pessoas necessário


junto com praças será considerado cabeça em razão de sua posição de comando,
ainda que tenha contribuído pouco para a consecução do crime, nos termos do
art. 53, §5° do CPM.
GABARITO: CERTO

21 - O CPM, ao adotar o princípio da participação de menor importância,


estabeleceu uma exceção à teoria monista do concurso de agentes.

Comentários

Essa questão é um pouco polêmica, mas é verdadeira. O princípio da participação


de menor importância determina que a individualização da pena leve em
consideração a medida em que cada agente participou da conduta típica. Por essa
razão dizemos que o CPM adota a teoria monista temperada.
GABARITO: CERTO

22 - O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou circunstâncias de


caráter pessoal, exceto quando elementares do crime, o que significa dizer
que responde por crime comum a pessoa civil que, juntamente com um
militar, cometa, por exemplo, crime de peculato tipificado no CPM.

Comentários

É justamente o contrário, não é mesmo? O civil que comete crime propriamente


militar juntamente com o militar responde por crime militar. A circunstância
especial (ser militar) é elementar do tipo e, por isso, comunica-se ao civil.
Lembre-se de que, como falamos na aula passada, esta regra apenas se aplica
desta maneira à Justiça Militar da União, uma vez que a competência estabelecida
pela Constituição para a Justiça Militar Estadual não abrange o julgamento de
civis.
GABARITO: ERRADO

23 - No CPM, as circunstâncias que atenuam a pena incluem a prática de crime


sob coação a que poderia ter resistido ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior.

Comentários
Haverá atenuação de pena, nos termos do art. 41, se a ordem emitida pelo
superior hierárquico não era manifestamente ilegal, ou se houve coação à qual
era possível resistir. A estrita obediência a ordem de superior hierárquico, bem
como a coação irresistível, isentam o agente de pena, de acordo com o art. 38.
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A banca tentou confundir o candidato misturando o conteúdo dos dois


dispositivos.
GABARITO: ERRADO

24 - No CPM, há crimes em que se procede somente mediante representação.

Comentários

Esta questão trata da ação penal pública condicionada. Entretanto, no CPM a


condição exigida não é a representação do ofendido, e sim requisição do
Comando Militar ou do Ministro da Justiça.
GABARITO: ERRADO

25 - As causas extintivas de punibilidade, previstas na parte geral do CPM,


incluem a reabilitação, o ressarcimento do dano no peculato culposo e o
perdão judicial.

Comentários
Lembre-se de que o CPM não prevê como causas de extinção da punibilidade o
perdão judicial, e nem a graça.
GABARITO: ERRADO

26 - A prescrição da ação penal militar, de regra, regula-se pelo máximo da pena


privativa de liberdade cominada ao crime, possuindo natureza jurídica de
causa extintiva da punibilidade. Entretanto, no crime de deserção, o sistema
do CPM configura duas hipóteses para a questão da prescrição, ora aplicando
a norma geral, ora estabelecendo norma especial, previstas igualmente no
estatuto castrense.

Comentários

O crime de deserção tem norma especial quanto à prescrição, prevista no art.


132. Este dispositivo determina que deve ser aplicado o prazo prescricional
comum, mas a extinção da punibilidade somente ocorre quando o desertor atinge
a idade de 45 anos (se praça) ou de 60 anos (se oficial).
GABARITO: CERTO

27 - No sistema penal militar, a ação penal deve ser, via de regra, pública
incondicionada, salvo em relação a determinados crimes, previstos de forma
expressa e excepcional, que impõem a observância da requisição ministerial;
admite-se, ainda, a ação penal privada subsidiária da pública.

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Em regra, a ação penal é pública incondicionada. Em algumas situações, porém,


é necessária a requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Se, em
qualquer dessas situações, o Ministério Público for omisso no oferecimento da
denúncia, surge o direito de o particular (a vítima ou seu representante legal)
interpor a ação penal. Neste caso pode haver ação penal privada subsidiária da
pública.
GABARITO: CERTO

28 - O CPM prevê, entre outras, as seguintes penas acessórias:


a) Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e Suspensão dos
Direitos Políticos.
b) Indignidade para o Oficialato, Incompatibilidade com o Oficialato e
Inabilitação para o exercício de função pública.
c) Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e Inabilitação para o
exercício de função pública.
d) Incompatibilidade para com o Oficialato, Exação e Perda da Função
Pública

Comentários
A única que traz apenas penas acessórias previstas no art. 98 do CPM é a
alternativa B. Não existem as penas de transferência compulsória, reforma
administrativa, e nem exação.
GABARITO: B

29 - Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes militares
a cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de direitos e de
multa, conforme também prevê o Código Penal comum.

Comentários
Mais uma questão dizendo que o CPM prevê pena de multa. Essa você não erra
na prova, hein?
GABARITO: ERRADO

30 - O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e impróprios, e


sobre infrações disciplinares militares. Entre as sanções penais, está
expressa a possibilidade de se aplicar a pena de multa nos casos de delitos
de natureza patrimonial ou de infração penal que cause prejuízos financeiros
à administração militar.

Comentários
Entre as penas previstas pelo CPM não há pena de multa.
GABARITO: ERRADO

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31 - O Motim se caracteriza quando reunirem-se militares ou assemelhados:


I. Agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la.
II. Recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou
praticando violência.
III. Assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou
violência, em comum, contra superior.
IV. Ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar,
hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se
de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou
prática de violência, em desobediência a ordem superior.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas II e IV estão incorretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Todas estão incorretas.

Comentários

A questão traz quatro assertivas, que correspondem quase perfeitamente aos


quatro incisos do art. 149 do CPM. Minha única observação diz respeito à redação
da assertiva IV: a conduta tipificada é ocupar estes locais ou bens e utilizá-los
para meio de transporte para ação militar ou prática de violência em
desobediência a ordem superior, ou em detrimento da ordem ou da
disciplina militar. A assertiva não mencionou a última frase do inciso, e isso
não a torna incorreta, mas quero chamar sua atenção para este caso, em que é
possível que haja o crime de motim mesmo sem a desobediência de uma ordem
superior direta.
GABARITO: A

32 - Considere as seguintes situações hipotéticas.


I. Um agrupamento de militares armados, em concurso com civis, ocupou
estabelecimento militar em desobediência a ordem superior.
II. Reunidos, militares agiram contra ordem recebida de superior, negando-se
a cumpri-la, todavia, sem a utilização de armamento.
Nesse caso, a situação I configura crime de revolta, sendo que os civis não
ingressam na relação jurídico-penal castrense, nem mesmo como coautores,
e a situação II tipifica o crime de motim, sendo elemento diferenciador entre
as duas situações a existência de armas.

Comentários

A UERR segue a doutrina de Célio Lobão


e não considera possível a coautoria entre civis e militares no crime de motim?
Pois bem, aí está a questão na qual me baseei. Lembre-se de que motim é crime
cometido sem armas, e revolta com armas.
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GABARITO: CERTO

33 - Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina militar, é


irrelevante o fato de o agente ter ou não conhecimento da condição de
superior do outro militar atingido e consciência de que está infringindo as
regras de disciplina e a hierarquia militar.

Comentários

Falamos por diversas vezes que os crimes em que a ascendência hierárquica faz
parte do tipo somente podem ser cometidos se o criminoso tiver conhecimento
da relação hierárquica.
GABARITO: ERRADO

34 - O Código Penal Militar incorpora dentre as figuras típicas, alguns delitos


inimagináveis na legislação comum. Em verdade, o rigor da hierarquia e da
disciplina predispõe que o policial militar tenha comportamentos
irrepreensíveis em relação à instituição e em relação aos seus superiores,
pares e subordinados. Analise as afirmativas abaixo:
I. Os crimes de Motim e Revolta se diferenciam se diferenciam em dois
aspectos. No Motim os militares que se reúnem decididamente não portam
armas, enquanto na Revolta, por serem utilizadas armas de fogo, a pena é
aumentada em até um terço para os “cabeças” ou líderes;
II. As penas aplicáveis aos crimes de Motim e Revolta são aumentadas em
até um terço se resultarem lesão corpora grave e em até dois terços se
resultarem morte;
III. O disciplina militar determina que a violência praticada contra o
Comandante é considerada mais grave do que praticada contra outro
superior qualquer.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas a afirmativa III está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) As afirmativas I, II e III estão incorretas.
d) As afirmativas I, II e III estão corretas.

Comentários

A assertiva I está correta no que tange à utilização de armas. Por outro lado,
tanto no motim quanto na revolta a pena dos cabeças é aumentada em um terço.
Quanto à assertiva II, não existem qualificadoras nos crimes de motim e revolta.
A assertiva III está correta em face da qualificadora prevista no §1º do art. 157
do CPM. O referido dispositivo trata do crime de violência contra superior, e qualificadora
determina pena mais grave se o superior agredido for comandante
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ou oficial general.
GABARITO: A

35 - O crime de recusa de obediência (art. 163 do CPM) é espécie do gênero


insubordinação.

Comentários

O crime de recurso de obediência faz parte do capítulo V, intitulado “Da


insubordinação”. É importante que, além de compreender os crimes, você
também tenha uma boa ideia de como a parte especial do CPM está estruturada.
GABARITO: CERTO

36 - O crime de violência contra superior somente se caracteriza como delito


material com a efetiva lesão ao superior hierárquico direto do agente, tendo
como bem jurídico tutelado a integridade física do militar que exerce as
funções de comando. Somente o militar em atividade poderá ser autor desse
delito.

Comentários

Vimos que, não só no delito de violência contra superior, mas em qualquer dos
crimes tipificados no CPM que envolvam violência, é necessário que haja contato
físico, mas não é necessário que haja lesão decorrente da violência.
GABARITO: ERRADO

37 Considere a seguinte situação hipotética.


O comandante de um batalhão do Exército, após a prisão de um suboficial
por policiais civis, determinou a invasão da delegacia de polícia, a fim de
livrar o suboficial da custódia, considerada, por esse, como irregular. Apesar
da determinação do superior, não houve aquiescência da tropa, que
permaneceu aquartelada sem sujeição às ordens do comandante. Nessa
situação hipotética, a conduta do comandante caracteriza a figura típica de
movimentação ilegal de tropa e ação militar, sendo indiferente o
cumprimento ou não da ordem emanada.

Comentários

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A questão é imprecisa quanto ao nome do crime, mas isto não faria com que você
errasse a questão, não é mesmo? Na realidade, o crime previsto no art. 169 é
chamado de operação militar sem ordem superior. Vimos na aula de hoje que
movimento de tropa é o seu deslocamento de um lugar a outro, enquanto ação militar é o emprego
da tropa em finalidades planejadas. Também vimos que o
crime está consumado quando o comandante emite a ordem irregular, não sendo
necessário que a tropa a dê cumprimento.
GABARITO: CERTO

38 - Considere que, em conluio, um servidor público civil lotado nas forças


armadas e um militar em serviço tenham-se recusado a obedecer a ordem
do superior sobre assunto ou matéria de serviço. Nessa situação, somente o
militar é sujeito ativo do delito de insubordinação, que é considerado crime
propriamente militar, o que exclui o civil, mesmo na qualidade de coautor.

Comentários

O posicionamento mais recente é no sentido de que o civil não pode cometer


crimes propriamente militares na condição de coautor, mas somente como
partícipe.
GABARITO: CERTO

39 - Pedro e Paulo, tenentes da Polícia Militar de Roraima, reuniram-se para espancar antigo
desafeto. Durante a agressão, os dois militares estavam de posse de pistolas
de propriedade da Polícia. Não se pode dizer, entretanto, que os dois
tenentes praticaram crime de organização de grupo para a prática de
violência, pois para tal seria necessário que houvesse pelo menos três
militares reunidos.

Comentários

O tipo penal previsto no art. 150 do CPM é expresso quanto à quantidade de


pessoas necessárias para que o crime seja praticado: dois ou mais militares. Além
disso, eles precisam portar armamento ou material bélico no momento em que
praticam a violência.
GABARITO: ERRADO

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40 - Juliano, Capitão da Polícia Militar de Roraima, tem forte admiração pelo Major
Cláudio, em razão de ocasião em que este, demonstrando grande bravura,
reuniu outros militares para questionar os desmandos de um antigo
comandante de sua unidade. Em razão da convocação da reunião, o Major
Cláudio foi peso, e, em solidariedade, o Capitão Juliano pronunciou-se
publicamente no quartel em sua defesa, enaltecendo seus feitos. O Capitão
Juliano, na situação em questão, praticou o crime de apologia de fato
criminoso ou do seu autor.

Comentários

A conduta do Major Cláudio é tipificada no art. 165 (Reunião Ilícita). Quanto à


conduta do Capitão Juliano, o militar que faz apologia a fato criminoso ou a seu
autor incorre no crime de apologia, mencionado na questão. Lembre-se, porém,
que a apologia só é crime quando praticada em local sob administração militar.
GABARITO: CERTO

41 - No crime de violência contra superior, a utilização de arma é causa de


aumento de pena. Não é necessário, porém, que a arma seja efetivamente
utilizada, mas apenas que o agente esteja de posse dela.

Comentários

Na realidade a majorante aqui é a utilização de arma na prática de violência. Se


o ofensor apenas está de posse da arma mas não a utiliza, portanto, não há que
se falar em aumento de pena.
GABARITO: ERRADO

42 - Mariano, sargento da Polícia Militar de Roraima, em momento de revolta


motivado pelo fracasso da campanha salarial dos policiais, rasgou e pisou na
bandeira de Roraima diante da tropa. A conduta do Sargento Mariano
constitui crime militar, a saber, o desrespeito a símbolo nacional.

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Comentários

Apenas a bandeira do Brasil é símbolo nacional, e não as bandeiras dos estados.


Lembre-se de que o tipo penal não pode ser aplicado ao caso em questão porque
a analogia não é permitida na lei penal militar.
GABARITO: ERRADO

43 - O subordinado que se recusa a cumprir ordem emitida por superior


hierárquico incorre no crime de recusa de obediência, exceto se a ordem for
ilegal, caso em que seu descumprimento é justificável.

Comentários

O Direito Penal Militar rejeita o princípio da obediência cega: se a ordem for ilegal,
não é necessário cumpri-la.
GABARITO: CERTO

44 - No peculato culposo, a reparação do dano, antes da sentença irrecorrível,


acarreta a extinção da punibilidade do agente, tanto no CP como no CPM.

Comentários

A extinção da punibilidade neste caso está prevista tanto no art. 303, §4º, quanto
no art. 123, VI. Lembre-se, porém, de que esta hipótese apenas é aplicável ao
de peculato culposo.
GABARITO: CERTO

45 - O crime militar de corrupção passiva não tipifica a conduta de solicitar para


si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, nem a conduta
de aceitar promessa de tal vantagem.

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O art. 308 do CPM não tipifica a conduta de “solicitar”, mas a conduta de “aceitar
promessa” está prevista no tipo penal militar.
GABARITO: ERRADO

46 - As causas extintivas de punibilidade, previstas na parte geral do CPM,


incluem a reabilitação, o ressarcimento do dano no peculato culposo e o
perdão judicial.

Comentários

Esta questão não é exatamente sobre o crime de peculato, mas serve para que
eu possa enfatizar a importância de conhecer o conteúdo dos parágrafos do art.
303 do CPM. A assertiva está errada porque o art. 123 do CPM não menciona o
perdão judicial.
GABARITO: ERRADO

47 - O jovem do sexo masculino que, no ano em que completa dezoito anos de


idade, deixa de apresentar-se para seleção do contingente das forças
armadas, não comete crime militar, mas apenas irregularidade
administrativa.

Comentários
Este jovem é chamado de refratário. Também comete ilícito administrativo aquele
que se apresenta mas não completa o processo de seleção.
GABARITO: CERTO

48 - Aquele que simula incapacidade física para ser dispensado fraudulentamente


do serviço militar obrigatório comete crime capitulado no Código Penal
Militar. Todavia, se o agente sofre lesão real, ainda que por ele provocada,
não haverá crime, uma vez que o Direito Penal não pune a autolesão.

Comentários

Nesta hipótese estamos diante do crime de criação ou simulação de incapacidade


física. Perceba que a criação da incapacidade também faz parte do tipo, sendo
possível neste caso, a título de exceção, a punição da autolesão.
GABARITO: ERRADO
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49 - A pessoa que concede abrigo ou emprega insubmisso comete crime o crime


militar de favorecimento a convocado. Todavia, se esta pessoa for
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, ficará isento de
punição.

Comentários

Este é o teor do art. 186 do CPM. Chamo sua atenção para o fato de que a
assertiva menciona o insubmisso, mas na realidade o tipo menciona todos os
crimes previstos no Capítulo I:
• Insubmissão;
• Criação ou simulação de incapacidade física; e
• Substituição de convocado.
GABARITO: CERTO

50 - A deserção é crime permanente, crime praticado pelo militar que se afasta


sem licença do local em que desempenha suas atividades. Este crime,
entretanto, apenas se consuma com a decorrência de pelo menos oito dias
contados da primeira ausência, sendo este prazo conhecido como período de
graça.

Comentários

Por meio desta assertiva podemos relembrar vários aspectos do crime de


deserção: é um crime permanente, a conduta tipificada é o afastamento sem
licença do militar do serviço por pelo menos oito dias, sendo este ínterim
conhecido como período de graça.
GABARITO: CERTO

51 - Ao militar que é transferido é normalmente concedido período de trânsito,


ao fim do qual deve apresentar-se na unidade militar de destino. Se o militar
não se apresenta na data determinada, estará configurado o crime de
deserção.

Comentários

Preste bastante atenção aos detalhes. É verdade que pode haver deserção nesta
situação. Entretanto, neste caso também haverá período de graça. Apenas
haverá deserção após a decorrência do prazo de oito dias contados da data em
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que o militar deveria ter se apresentado na unidade de destino. O período de


graça apenas não existe no caso da deserção especial (art. 190). Gostaria
também que você relembrasse as demais hipóteses de casos assimilados à
deserção.
CASOS ASSIMILADOS
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou
férias;
II - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados
daquele em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o
estado de sítio ou de guerra;
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando
incapacidade.
GABARITO: ERRADO

52 - Jurandir é policial militar designado para realizar patrulha em determinado


bairro. Caso Jurandir se ausente sem autorização antes de concluir o serviço,
terá cometido o crime de abandono de posto.

Comentários

Este é um dos exemplos citados pela Doutrina quando trata do crime de abandono
de posto. Chamo sua atenção para o fato de que neste crime não é necessário
que haja um local físico determinado em que o militar esteja desempenhando
suas funções. Neste caso a conduta se enquadra na hipótese de abandono de
serviço, também prevista no art. 195 do CPM.
GABARITO: CERTO

Comentários

53 - O militar que se apresenta embriagado para o serviço comete o crime


capitulado no art. 202 do CPM, independentemente do tipo de droga
utilizada, e ainda que sua embriaguez seja decorrente de caso fortuito ou
força maior.

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A embriaguez pode resultar da utilização de várias drogas diferentes. Para a


configuração do delito, é irrelevante o tipo de entorpecente utilizado. Entretanto,
se a embriaguez resultar de caso fortuito ou força maior, estaremos diante da
chamada “embriaguez involuntária”, que é excludente de culpabilidade.
GABARITO: ERRADO

54 - O oficial que adquire ações de sociedade empresarial comete crime, pois o


exercício de comércio por oficial é vedado.

Comentários

O exercício de comércio por oficial é, em regra, proibido. O mesmo se aplica ao


oficial que toma parte na administração ou gerência de sociedade comercial ou
dela participa. Há, entretanto uma exceção: a aquisição de cotas ou ações de
sociedade anônima ou cotas de responsabilidade limitada.
GABARITO: ERRADO

Comentários

55 - Pedro, tenente da Polícia Militar de Roraima, profere palavras desrespeitosas,


questionando a autoridade do Tenente-Coronel Márcio, comandante de sua
unidade militar. Neste caso haverá crime de desacato a superior, ainda que
Márcio não esteja presente na ocasião.

Comentários

A Doutrina majoritária entende que apenas há crime de desacato quando o


superior está presente. Não é necessário, entretanto, que o desrespeito ocorra
“face a face”, mas somente que o superior perceba a ofensa. É possível que haja,
por exemplo, desacato quando a atitude desrespeitosa ocorrer por meio de
videoconferência. Lembre-se também de que a pena por desacato a superior é
agravada se o superior é oficial general ou o comandante da unidade.
GABARITO: ERRADO

56 - Comete crime o militar que emite cheque sem suficiente provisão de fundos
em favor de outro militar.

Comentários

A emissão de cheque sem fundos é crime nas seguintes circunstâncias: quando


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o cheque for emitido por um militar em favor de outro militar, ou quando o fato
atentar contra a administração militar, nos termos do art. 313 do CPM.
GABARITO: CERTO

57 - O responsável por procedimentos relacionados ao alistamento militar e


convocação que, por negligência, deixa de incluir qualquer nome em lista,
comete crime militar.

Comentários

Este é um exemplo do tipo penal de não inclusão de nome em lista.


NÃO INCLUSÃO DE NOME EM LISTA
Art. 323. Deixar, no exercício de função, de incluir, por negligência, qualquer nome em
relação ou lista para o efeito de alistamento ou de convocação militar:
Pena - detenção, até seis meses.
GABARITO: CERTO

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