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1.2. Justificativa
A escolha do tema e da EPC de Namacata como local de estudo foi motivado pelo facto da
pesquisadora ser docente desta escola, no qual, face ao seu exercício diário, a proponente vem
assistindo um desalento ou desinteresse dos professores na afectividade e na relação com seus
alunos na escola. A pesquisa visa reflectir sobre a importância e contribuição da afectividade no
processo de ensino/aprendizagem, destacando a necessidade de trazer para o ambiente escolar
uma convivência agradável entre todos os que nele estão envolvidos, contribuindo para a
formação integral da criança. Não há como negar a interligação da afectividade e a
aprendizagem, pois na escola a criança se relaciona emocionalmente com os colegas e
professores em sala de aula, o que nos remete a reflectir sobre a necessidade de resgatar este
tema na acção pedagógica como facilitador do processo de ensino/aprendizagem, despertando
no discente a motivação, a segurança e a melhoria no seu desempenho escolar, a partir de
actividades e atitudes que direccionem a um maior conhecimento do aluno e de sua realidade.
1.3. Objectivos
Para Gil (2002:112) objectivo geral “ é a indicação de forma genérica, o que se pretende, que
metas a alcançar”.
Analisar a importância do relacionamento afectivo entre professor e aluno dentro das
Instituições de Ensino.
Para Gil (2002:112) os objectivos específicos " tentam descrever os termos mais claros
possíveis, exactamente o que será obtido num levantamento".
Reflectir o papel da afectividade no ambiente escolar e na relação entre professor e
aluno, considerando sumariamente as teorias pedagógicas;
Compreender as teorias sobre a afectividade na relação professor/aluno;
Propor melhorias na afectividade na relação professor/aluno;
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1.4. Hipóteses
De acordo com Gil (1996:7), diz que hipótese é a proposição estável que pode vir a ser a
solução do problema.
Para Barros e Lehfeld (2000:5), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o
que se desconhece. Esta suposição tem por característica o facto de ser provisória, por ser
tratada para a verificação da sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na
expectativa de que possa ser comprovada.
Para a materialização do presente pesquisa foram produzidas duas hipóteses que estão
intimamente ligadas a reflexão sobre a importância do relacionamento afectivo entre professor e
aluno dentro das Instituições de Ensino. Nesta pesquisa, são propostas as seguintes hipóteses:
Hipóteses 1: A falta de afecto na relação professores/alunos pode afecta no Processo de
Ensino/Aprendizagem dos alunos
Hipóteses 2: A falta da percepção da importância da efectividade por parte dos
professores pode contribuir para a não melhoria do PEA;
Afectividade
A afectividade pode ser definida segundo diferentes perspectivas, dentre outras, a filosófica, a
psicológica e a pedagógica. Neste estudo a afectividade é abordada na perspectiva pedagógica,
tendo em vista a relação educativa que se estabelece entre professor e aluno em sala de aula.
Dantas (1990, p.10) conceitua afectividade da seguinte maneira: “afectividade designa [...] os
processos psíquicos que acompanham as manifestações orgânicas da emoção. A afectividade
pode bem ser conceituada como uma das formas de amor”. Almeida e Mahoney (2007, p.17)
definem afectividade da seguinte maneira: “capacidade, disposição do ser humano de ser
afectado pelo mundo externo e interno por meio de sensações ligadas a tonalidades agradáveis
ou desagradáveis.” No Dicionário Técnico de Psicologia (1996), afectividade é um termo utilizado
para designar os afectos, bem como os sentimentos ligeiros, enquanto o afecto é definido como
a emoção humana associada a ideias. Desta forma, podemos relacionar o aspecto afectivo
directamente com as relações sociais; de acordo com Engelmann (1978,p.130,131).
[...] parece mais adequado entender o afectivo como uma qualidade
das relações humanas e das experiências que elas evocam (...).São
as relações sociais, com efeito, as que marcam a vida humana,
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Assim sendo, a prática educativa na escola deve primar pelas relações de afecto e
solidariedade, proporcionando situações que dê prazer ao aluno de construir conhecimentos e
de crescer junto com o outro.
2.2.2. Afectividade segundo Vygotsky
Para Vygotsky (1996:78), relação professor/aluno não deve ser uma relação de imposição, mas,
sim de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um ser
interactivo e activo no seu processo de construção do conhecimento. O professor por sua vez
deverá assumir um papel fundamental nesse processo, como um sujeito mais experiente. Por
essa razão cabe ao professor considerar o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural é muito
importante para a construção da aprendizagem. O professor é o mediador da aprendizagem
facilitando-lhe o domínio e a apropriação dos diferentes instrumentos culturais.
Segundo o autor, a construção do conhecimento se dá colectivamente, portanto, sem ignorar a
acção intrapsíquica do sujeito. Assim o autor conceituou o desenvolvimento intelectual de cada
pessoa em dois níveis: real e potencial. O real é aquele já adquirido e formado que determina o
que a criança já é capaz de fazer por si própria já possui um conhecimento consolidado. A
abordagem do autor é de fora para dentro, através da internalização, ele afirma que o
conhecimento se dá dentro de um contexto, afirmando serem as influências sociais mais
importantes que o contexto biológico. A aprendizagem acelera processos superiores internos
que só são capazes de actuar quando a criança encontra-se interagida com o meio ambiente e
com outras pessoas. É importante que esses processos sejam internalizados pela criança. A
educação é um processo necessário. É importante que esses processos sejam internalizados
pela criança. A educação é um processo necessário. É importante considerar o principal
objectivo da educação - que é a autonomia moral e intelectual.
Assim, os autores referendados neste estudo, Wallon e Vygotsky (2003), enfatizaram a íntima
relação entre afecto e cognição, superando a visão dualista do homem. Além disso as ideias dos
autores aproximam-se no que diz respeito ao papel das emoções na formação do carácter e da
personalidade.
2.3. O papel da afectividade no processo ensino/aprendizagem
O processo ensino aprendizagem só pode analisado como uma unidade. O
ensino/aprendizagem são faces de uma mesma moeda, nessa unidade, a relação
professor/aluno é um factor determinante para aprendizagem do aluno. Para tornar esse
processo mais produtivo e prazeroso o professor deverá orientar, propiciar e testar actividades
adequadas aos alunos inseridos em sala de aula. O professor deverá planificar actividades que
promovam entrosamentos mais produtivos entre as actividades aplicadas.
Partindo da teoria de Wallon (2003), o desenvolvimento do sujeito se faz a partir da interacção
com grandes variedades de factores ambientais. O foco da teoria é uma relação complementar
entre os factores orgânicos e socioculturais.
A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria activamente do conteúdo da
experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece, e para que o sujeito o aprenda
necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos, e com outras
crianças mais maduras. Em geral o adulto ou outra criança fornece ajuda directa à criança,
orientando-a e mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções verbais em
situações interactivas. Na interacção professor/aluno gradativamente a fala social trazida pelo
professor vai sendo internalizada pelo aluno e o seu comportamento passa a ser então,
orientado por uma fala interna que planeja sua acção. O papel do professor nesse processo é
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Nos dias de hoje, o professor não é apenas aquele que transmite conhecimentos, mas,
sobretudo, aquele que subsidia o aluno no processo de construção do saber. Para tanto, é
imprescindível ser um profissional que domine não apenas o conteúdo de seu campo específico,
mas também a metodologia e a didáctica eficiente na missão de organizar o acesso ao saber
dos alunos. E não apenas o saber de determinadas matérias, mas o saber da e para a vida; o
saber ser gente com ética, dignidade, valorizando a vida, o meio ambiente, a cultura. Muito mais
que transmitir conteúdos das matérias curriculares, organizadas e programadas para o
desenvolvimento intelectual do sujeito, é preciso ensinar a ser cidadão, mostrar aos alunos seus
direitos e seus deveres, subsidiando-os para que saibam defendê-los. É preciso mostrar que
existem deveres e que as responsabilidades sociais devem ser cumpridas por cada um para que
todos vivam com dignidade. Assim, é importante que o professor trabalhe valores, fazendo seu
aluno perceber o outro; perceber quem está ao seu redor, formando alunos que saibam a
importância de respeitar, ouvir, ajudar e amar o próximo.
O educador deve sempre questionar o seu saber, pois este é sempre uma busca e não uma
posse.
Para o autor Freire Paulo (1993:71), “cabe ao professor observar a si próprio; olhar para o
mundo, olhar para si e sugerir que os alunos façam o mesmo e não apenas ensinar regras,
teorias e cálculos”. O professor deve ser um mediador de conhecimentos, utilizando sua situação
privilegiada em sala de aula não apenas para instruções formais, mas para despertar os alunos
para a curiosidade; ensiná-los a pensar, a ser persistentes a ter empatia e ser autores e não
espectadores no palco da existência. O aluno tem que ter interesse em voltar à escola no dia
seguinte reconhecendo que aquele momento é mágico para sua vida.
Sem dúvida o docente de hoje desempenha inúmeros papéis que são importantíssimos para o
desenvolvimento das futuras gerações. Deve, portanto, encarar com muita seriedade sua
profissão, trabalhar para esclarecer seus alunos e fazer com que eles reflictam sobre a realidade
em que vivem. Como profissional em movimento o professor está em constante busca do saber,
aperfeiçoando-se, qualificando-se para exercer de maneira cada vez melhor a profissão docente.
O docente pode trazer situações de mundo para a sala de aula e explorá-las, enriquecê-las
paralelamente com a matéria. Pode trabalhar questões difíceis de forma divertida, trocar
experiências, trazer a família para dentro da escola, criar vínculos com a família mostrando que
todos fazem parte de uma mesma sociedade, considerar a vivência do aluno, seu dia-a-dia, suas
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questões familiares, seu emprego, seu lazer. O professor deve acreditar que todos têm
capacidade de aprender, cada um no seu próprio ritmo. O educador dispõe da oportunidade de
mudar, disciplinar, criar, reconstruir, enriquecer a vida de seres humanos. Para tanto precisa
superar sua omnipotência, sua concepção de dono do saber, de quem se esconde atrás de
avaliações dificílimas e se compraz a reprovar o aluno. Há que ter bem claro que se quisermos
um adulto mais humano e consciente no futuro precisamos investir na formação da criança dos
dias de hoje que chega na escola para possibilitar ao ensinante o desenvolvimento de um
trabalho de construção do saber. Quando Paulo Freire (1996:77), diz: “me movo como educador,
porque primeiro me movo como gente”. Acreditamos que o professor pode levar os educandos a
terem curiosidade de querer fazer e aprender, e que ainda está em tempo de desprendermos do
tradicionalismo arcaico os quais muitos ainda vivem e praticam. Assim podemos afirmar que,
Os alunos não precisam de guias espirituais, nem de
catequizadores. Eles se constroem encontrando pessoas
confiáveis, que não se limitam a dar aulas, mas que se
apresentam como seres humanos complexos e como atores
sociais que encarnam interesses, paixões, dúvidas, falhas,
contradições (...) atores que se debatem como todo mundo,
com o sentido da vida e com as vicissitudes da condição
humana. (Perrenoud, 2005:139).
Diante do exposto, a expectativa que se tem do papel do professor é a de que ele intervenha de
forma activa junto ao corpo discente e consiga atingir a autoridade com autonomia e participação
consciente e responsável em sala de aula. Sua função hoje mudou de paradigma, não é mais
aquele que dá aulas, mas, aquele capaz de assumir, face às exigências da vida, tarefas
diferentes daquelas que tradicionalmente lhes eram atribuídas: transmitir o saber historicamente
acumulado na sociedade. Essas questões nos levam a indagar novamente até que ponto a
formação desse novo professor estará sendo trabalhada para além de ministrar aulas.
O professor, assumindo-se como cidadão, tendo consciência da sua cidadania e dos
pressupostos teóricos que fundamentam sua prática pedagógica, com certeza, irá colaborar na
formação de seus alunos. Segundo Paulo Freire (1996:96),
ainda: “Que o saber tem tudo a ver com o crescer, tem. Mas é preciso, absolutamente preciso,
que o saber de minorias dominantes não proíba, não asfixie, não castre o crescer das imensas
maiorias dominadas (1993: 127).
2.5. A Relação Professor - Aluno
Cabe ao professor, como parte integrante da escola, ter a responsabilidade e o compromisso
com o aluno dando apoio para que este se torne um aluno participativo na escola, na família e na
sociedade como um todo. Libâneo (1994:251) nos afirma que “a característica mais importante
da actividade profissional do professor é a mediação entre aluno e a sociedade.
O aluno precisa ter consciência do seu papel. O afecto entre professor e aluno não pode ser o
mesmo que ocorre na relação entre pais e filhos, a qual por adquire o peso do envolvimento
possessivo. Muitas vezes sentem um pelo outro, o que faz com que não direccione e não
organize o aprendizado. O afecto, desse modo, vai muito além de dar beijinhos, elogiar e
acarinhar. Muitas vezes o afecto deve ser demonstrado de forma diferente, quando o professor é
sincero, é justo e chama a atenção de forma respeitosa, não decepcionando o aluno, valorizando
o conhecimento, preparando aulas, entre outras atitudes.
Para que haja interacção entre professor - alunos e alunos/alunos, é preciso que o professor
transmita os conteúdos de forma clara e compreensível, formule perguntas que o aluno possa
entender. Bem como perceba a importância da interacção, promova situações de diálogo,
aproximação, troca de experiências, construção de elos de amizade, companheirismo e respeito
mútuo. Não se espere total entendimento entre o professor - aluno e alunos - alunos, afinal a
divergência, a contraposição de ideias e também enriquecedora.
O professor deve mostrar-se atentas às manifestações afectivas, nutrir situações emocionais que
favoreçam o equilíbrio na sala de aula, ao elogiar, respeitar, demonstrar afecto, interesse pela
vida do aluno, estará estimulando o envolvimento entre professor - aluno e aluno - aluno. Porém
na maioria das vezes, a criança percebe quando o professor gosta dele e acaba por tirar proveito
dessa situação. O professor deve mostrar que gosta não significa fazer todas as suas vontades,
mas agir com paciência, dedicação e afecto para que o aprendizado se torne muito mais
prazeroso e afectivo. Até porque, quando há autoritarismo, o desinteresse pelo aprendizado
acaba sendo inevitável.
Um dos pontos importantes em todo o processo de ensino - aprendizagem é que o aluno
compreenda o quanto o professor se compromete e se importa com ele. A criança precisa
acreditar em si para melhorar a imagem que ela tem dela mesma. Dessa forma, quando há
incentivo, as pessoas se sentem capazes e essa capacidade deve ser estimulada a todo o
momento.
A interacção do aluno com a escola, possui uma enorme parcela de contribuição para o
crescimento da criança. Como Almeida (1999, p.106) ressalta:
A escola – tanto quanto a família – tem o papel de
desenvolvimento infantil, e a relação professor - aluno, por ser
de natureza antagónica, oferece riquíssimas possibilidades de
crescimento. Os conflitos que podem surgir dessa relação
desigual exercem um importante papel na personalidade da
criança.
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valorização do contacto directo com a situação estudada, buscando-se o que era comum, mas
permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.
A pesquisa qualitativa é entendida, por alguns autores, como uma “expressão genérica”. Isso
significa, por um lado, que ela compreende actividades ou investigação que podem ser
denominadas específicas.
Segundo Triviños (1987), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu
significado, tendo como base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto. O uso da
descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenómeno como também suas
essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as
consequências.
Ainda de acordo com esse autor, é desejável que a pesquisa qualitativa tenha como
característica a busca por:
“ [...] uma espécie de representatividade do grupo maior dos
sujeitos que participarão no estudo. Porém, não é, em geral, a
preocupação dela a quantificação da amostragem. E, ao invés
da aleatoriedade, decide intencionalmente, considerando uma
série de condições (sujeitos que sejam essenciais, segundo o
ponto de vista do investigador, para o esclarecimento do
assunto em foco; facilidade para se encontrar com as pessoas;
tempo do indivíduo para as entrevistas, etc.) ” (Triviños,
1987:132).
Estes foram as motivações que me levaram a usar o tipo de pesquisa para que possa clarificar e
estar mais próximo ao tema: Importância da Afectividade na Relação Professor/Aluno no
Processo Ensino/Aprendizagem. Estudo de Caso na Escola Primária do 1º e 2º Graus de
Namacata para verificar quantos professores desta escola tem afecto aos seus alunos.
A pesquisa assenta na abordagem qualitativa, porque parte do pressuposto que o problema da
pesquisa não só ocorre na Escola Primaria do 1º e 2º Grau de Namacata, mas também acredita
‒ se que este ocorre em varias Escolas da cidade ou da província. Portanto, privilegiou ‒ se a
abordagem qualitativa pelo facto de que a partir de um problema contextualizado para a sua
generalização.
A ser assim, o estudo discute sobre a importância da Afectividade na Relação Professor / Aluno
no Processo Ensino/Aprendizagem para posterior assumir a sua generalização como resultado
do estudo nesta instituição de ensino.
E com base nesta pesquisa, pretende-se explorar as motivações dos inqueridos de modo a que
eles pensem livremente sem interferência de aspectos externos. Assim, com os dados recolhidos
irá se fazer a interpretação dos mesmos.
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2.6.5. Amostra
Amostra segundo Gil (2008:109), subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se
estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população.
Com o presente trabalho pretendeu-se generalizar conclusões referentes à amostra,
estendendo-as para toda a população da qual essa amostra foi extraída.
Neste sentido para a concretização e obtenção de resultados satisfatórios foi realizado, a
pesquisa com uma amostra de 14 elementos, sendo 10 alunos e 4 professores.
Segundo MONTEGRO (2008), é o tipo de amostragem probabilística mais utilizada. Dá
exactidão e eficácia á amostragem além de ser o procedimento mais fácil de ser aplicado
todos elementos da população têm a mesma probabilidade de pessoas sem influência de
certas estruturas.
Usou-se amostragem aleatória simples para facilitar com que todos os membros da comunidade
escolar tenham a mesma probabilidade de serem entrevistados, isto é, para colectar informações
credíveis ou sensibilidades de pessoas com influência.
Entrevista
Segundo Cervo & Bervian (2002), a entrevista é uma das principais técnicas de colecta de dados
e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao entrevistado,
seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto.
De acordo com Gil (1999), a entrevista é uma das técnicas de colecta de dados mais utilizados
nas pesquisas sociais. Esta técnica de colecta de dados é bastante adequada para a obtenção
de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam e desejam, assim como suas
razões para cada resposta.
O autor apresenta ainda algumas vantagens na utilização da técnica de entrevista, tais como
maior abrangência, eficiência na obtenção dos dados, classificação e quantificação. Além disso,
se comparada com os questionários, a pesquisa não restringe aspectos culturais do
entrevistado, possui maior número de respostas, oferece maior flexibilidade e possibilita que o
entrevistador capte outros tipos de comunicação não - verbal.
Para a realização deste Monografia foi usada a entrevista semi – estrutura onde:
Segundo TRIVIÑOS (1987), a entrevista semi-estruturada parte de questionamentos básicos,
suportados em teorias que interessam à pesquisa, podendo surgir hipóteses novas conforme as
respostas dos entrevistados.
Para o estudo usou-se a entrevista semi-estruturada, e está aplicou-se aos funcionários da carreira
docente e aos alunos da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Namacata. Os professores envolvidos
nesta pesquisa têm idade compreendida entre 25 a 45 anos de idade e alunos envolvidos nesta
pesquisa tem idade compreendido entre 8 a 13 anos de idade num guião de entrevista composto por
6 perguntas.
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BARDIN (1977) afirma que a análise de conteúdo possui duas funções básicas: função
heurística - aumenta a prospecção à descoberta, enriquecendo a tentativa exploratória e função
de administração da prova – em que, pela análise, buscam-se provas para afirmação de uma
hipótese.
A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que
serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, essa conclusão que poderá ser
final ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (MARCONI & LAKATOS,
1996).
Neste sentido a entrevista foi feito para os professores e alunos da Escola Primaria 1º e 2º Grau
de Namacata. Garantimos anonimato e a confidencialidade da identidade dos sujeitos
participantes da pesquisa. De referir que, nesta pesquisa, foram entrevistas 14 elementos
dos quais 4 funcionários docentes de idades compreendidas de 25 à 45 anos de idade,
dentre elas 2 funcionários do sexo feminino e 2 de sexo masculino. E 10 alunos de idade
compreendidas de 8 a 13 anos de idade, dos quais 5 do sexo feminino e 5 de sexo
masculino.
Gr
áfico 1: Sentimentos dos alunos no ambiente escolar
Na primeira questão 90% dos alunos responderam que é o lugar onde ficam mais alegre e
destacaram que a escola é o local onde encontram os colegas preferidos, e que ali aprendem
várias coisas, entre elas. Perguntados sobre a relação com a regente da turma e a capacidade
desta perceber as alterações de humor dos alunos (pergunta dois). (Quando o aluno se encontra
com problemas de ordem pessoal (pergunta três)), nesta pergunta 98% dos alunos responderam
que a professor/a percebe quando estão com problemas. Apenas 2% dos alunos suas respostas
foram negativas, porém acompanhada da explicação, “quando a professor/a não percebe que
estou triste eu demonstro para ele/a”. Ou seja, o aluno tem uma necessidade de ser ouvido e
notado pela professora, na maioria das vezes a única pessoa que o aluno tem como referência,
considerando a sociedade acelerada na qual estamos inseridos, onde a falta de tempo é por
muitas vezes a justificativa para a ausência dos pais/responsáveis na formação da criança.
Perante a quarta questão 100% dos alunos responderam que respondem às solicitações do
professor/a. Os conflitos que surgem na sala de aula são resolvidos no mesmo local, na maioria
das vezes sem a intervenção da orientação escolar.
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Apêndices
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Estas atividades permitem que a professora tenha uma visão holística da turma, e a
partir de suas reflexões, possa trabalhar de acordo com a necessidade de cada criança.