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Curso de Capacitação

Formação de Tutores

UNIDADE 1 
Educação a distância:
considerações objetivos

1.1.  O que é Educação a Distância? 1. Conceituar a Educação a Distância (EAD) e


entender suas características e especificida-
1.2.  O papel do estudante na EAD des;

1.3.  Conhecimento e contemporaneidade 2. Apresentar os recursos do Ambiente Virtual


de Aprendizagem e discutir o papel do aluno;
3. Identificar novos paradigmas para a educa-
ção e discutir potencialidades da EAD neste
contexto.
Unidade 1 - Ensino a Distância: considerações

[BEM-VINDO!]
1.1. Caro colega tutor,

Você está agora iniciando um módulo de um curso a distância. Mas o que isso significa?

O que é Educação a Em que ela difere das experiências de ensino e aprendizagem convencionais? O ensino
a distância é mais fácil ou mais difícil, quando comparado ao presencial? Como funcio-
nam seus processos e, principalmente, qual é o papel de cada agente, alunos, tutores,
Distância ? professores, orientadores, etc, no sucesso da aprendizagem?

Afinal, o que é EAD?


Iniciamos aqui, então, nosso módulo introdutório O autor afirma que é importante para o educando
buscando desconstruir preconceitos e perseguindo tornar-se sujeito, capaz de lidar com as facilidades e
uma conceituação que seja ao mesmo tempo útil dificuldades encontradas em seu meio para promo- Assista a esta animação, da UNIVASF,
e consistente. O conceito de educação é amplo e ver o seu bem-estar e o da coletividade. Assim, ele atento às posições dos diferentes
pode significar coisas bastante diferentes. Para preserva, alimenta e fortalece sua experiência inter- usuários. Com qual deles você mais se
tentarmos nos aproximar de uma definição que seja na única, como indivíduo, administrando sua vida, identifica?
suficientemente abrangente, mas ao mesmo clara seus talentos e desejos. A premissa necessária para
e precisa, precisamos entender que a educação se isso é a consciência de si mesmo e do contexto que
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relaciona ao binômio “ensino-aprendizagem”. o cerca, bem como a capacidade crítica e o repertó-
rio para avaliá-lo.

Vamos pensar então: o que é aprender? Também importa desenvolver sua capacidade de
relacionamento social, construindo empatia com o
Podemos entender o aprendizado como a aquisição outro e atuando de forma solidária. Neste processo,
de novos conhecimentos, que ficam armazenados entendemos nosso lugar na sociedade, nos tornan-
em nossa memória para utilização em ocasiões do cidadãos plenos e engajados, capazes de operar
futuras, quando aquele conhecimento for necessá- junto ao nosso próximo e às coletividades que nos
rio. Esa é uma visão bastante tradicional, e relati- cercam. Por fim, é importante que nos conecte-
vamente simplista, do que é aprender, relegando o mos com o universo também de forma metafísica,
educando a mero repositório de informações ca- construindo princípios éticos e relações ambientais
talogadas, que podem ser acessadas via memória saudáveis e sustentáveis, o que Luckesi denomina
quando solicitado. Para Luckesi (2011), a aprendiza- como nossa relação com o sagrado.
O vídeo mostra o potencial da educa-
gem envolve mais o processo de transformação do ção a distância para atingir populações
educando nas suas relações consigo mesmo, com o Freire (2014) reforça alguns destes conceitos, afir-
mando que a aprendizagem está relacionada ao distantes dos grandes centros e afas-
outro e com o mundo, ampliando sua consciência e tadas das instituições de ensino fede-
tomando posse do seu destino. conceito de autonomia, ou seja, ao processo no qual
o indivíduo constrói sua própria capacidade crítica, ral. Também discute como os precon-
estruturando seu próprio aprendizado e se tornan- ceitos podem interferir no acesso da
do mais consciente, metodologicamente rigoroso, população a este tipo de recurso!
engajado e socialmente atuante.
Unidade 1 - Ensino a Distância: considerações

A educação, assim, não se restringe ao conhecimen-


to acadêmico, mas expande a inserção social e a MODELO DE TRANSMISSÃO CULTURAL
capacidade de ação do sujeito.
Parte da premissa de que a sociedade produ-
Considerando estas definições e investigando nossa
ziu, ao longo da sua história, conhecimento
própria experiência cotidiana, podemos perceber eficaz que se pode conservar, acumular e
que aprender é uma capacidade inata do ser huma- transmitir a novas gerações. Esse conheci- MODELO DE TREINAMENTO DE
no! Aprendemos todo o tempo e em qualquer lugar, mento constitui um arcabouço de teorias HABILIDADES
ao estarmos expostos a uma grande quantidade de explicativas sobre a realidade, de complexi-
dade crescente, organizado em disciplinas
informações e relações. A aprendizagem, assim, Considera que o ritmo de produção de
especializadas de caráter científico, artístico
não depende da existência de um mestre ou profes- conhecimentos na sociedade pós-industrial
e filosófico a partir do debate público e da re-
os torna continuamente obsoletos cada vez
sor! Podemos aprender conversando com amigos, flexão compartilhada da coletividade huma-
mais rapidamente. Com isso, o ensino volta-
observando a natureza, passando por alguma ex- na. A função do ensino seria então transmitir
-se para o treinamento e desenvolvimento de
periência ou evento, ou entrando em contato direto às novas gerações estes corpos de conheci-
habilidades e capacidades formais que vão
mento disciplinar.
com informações escritas, imagéticas ou de outros das mais simples (leitura, escrita, cálculo)
tipos. até as mais complexas (solução de proble-
mas, planejamento, crítica). Neste sentido, o
conteúdo disciplinar perde espaço para um
conhecimento útil, aplicado ao cotidiano do
Mas se a aprendizagem acontece cotidianamente
usuário. As habilidades e capacidades não
e de forma autônoma, para que serve o ensino precisam, necessariamente, ter caráter ope-
então? racional, podendo envolver também ativida-
des emocionais e relacionais do educando.

O ensino é um processo de facilitação sistemati- MODELO DE FOMENTO DO


zada da aprendizagem, ou seja, um intermediário DESENVOLVIMENTO NATURAL
(mediador, professor, tutor, mestre) mais experiente
ou com maior conhecimento auxilia o educando Origina-se nas teorias de Rosseau, que con-
a construir esses processos. A forma como isso sideram a importância e força das disposi-
acontece depende da maneira como encaramos o ções naturais do indivíduo para a aprendiza- MODELO DE PRODUÇÃO DE MUDANÇAS
ensino. gem. O ensino deve facilitar o crescimento CONCEITUAIS
do indivíduo, seja físico ou mental, mas deve
Sacristán e Pérez Gomez (1998) apresentam qua- ser dirigido por suas próprias regras. Apare-
ce como contraponto à primazia da sociali- Apoia-se nas proposições de Sócrates e,
tro definições que utilizam conceitos, estratégias e zação no ambiente educacional, admitindo mais recentemente, de Piaget e seus segui-
métodos bastante diferentes, mostrados no quadro ritmos e interesses diferentes, embora possa dores, de que a aprendizagem é um proces-
ao lado. ser considerado demasiadamente idealis- so muito mais transformativo do que sim-
ta e alheio quanto ao papel dos contextos plesmente uma acumulação de conteúdos.
sociais, econômicos e culturais nos quais O educando processa ativamente a informa-
estão inseridos estes indivíduos. ção, sendo o professor um mero instigador
deste processo dialético por meio do qual
seus pensamentos e crenças são transfor-
mados. Para isso, o ensino precisa mobilizar
esquemas já existentes no pensamento do
educando, sob pena de não encontrar resso-
nância e tornar-se, assim, ineficaz.
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Na maioria das instituições educacionais (incluindo Estas possibilidades de comunicação são ainda am-
a universidade), o ensino é visto tradicionalmente pliadas pela criação de instituições sociais (como
dentro do modelo de transmissão cultural. Eventu- os mensageiros e correios, que permitem a troca
almente há um desenvolvimento de habilidades e de cartas, redes de transporte, universidades) ou de
produção de mudanças conceituais, mas são cons- aparatos tecnológicos (prensa, fotografia, cinema,
tantemente secundários em relação ao objetivo prin- rádio, televisão, telefone, celular, internet) que con-
cipal de acumulação de conhecimento. Para isso, correm para a produção e/ou transmissão de novos
toda uma estrutura foi formada com o objetivo de dados e informações.
dar suporte aos processos de ensino-aprendizagem:
professores, sistemas pedagógicos, salas de aula, Há, obviamente, limitações neste tipo de comuni-
materiais didáticos, dentre outros. Esta estrutura cação em relação às formas presenciais. Formas
pressupõe encontros entre educandos e educado- assíncronas são menos dialógicas e interativas. O
res, nos quais o processo de educação acontece. material pode ser lido muito tempo depois de sua
produção e o autor pode não mais se lembrar do
Mas é essa a única maneira possível? Ou seja, é assunto ou mesmo não estar mais vivo. A veloci-
necessária a presença de todos os agentes edu- dade com que as mensagens podem ser trocadas
cacionais no mesmo espaço e ao mesmo tempo também influenciam bastante no nível de diálogo
para que a educação se processe? permitido remotamente. Até o século XIX, as mensa-
gens eram levadas sempre por mensageiros, o que
É nesse momento que introduzimos a discussão significava que a velocidade de transmissão era a
dos processos a distância. Esses processos podem velocidade do meio de transporte mais rápido dispo-
acontecer mesmo que os agentes estejam localiza-
dos distantes uns dos outros (de forma remota) ou
nível. Com a invenção do telégrafo e de seus deriva-
dos, a velocidade de transmissão das mensagens saiba mais
que exerçam estas atividades em tempos diferentes tornou-se muito superior à capacidade humana de
(assíncrona). deslocamento, permitindo que informações fossem
compartilhadas quase que instantaneamente entre O telégrafo elétrico foi inventado por
O primeiro processo de comunicação remota e pontos muito distantes (inclusive entre oceanos). Francis Ronalds em 1816, na Inglater-
assíncrona que podemos pensar é o surgimento Com isso, a interatividade das formas de ensino foi ra. A capacidade de transmissão do
da escrita. A possibilidade de registro da informa- progressivamente aumentada, permitindo, além da telégrafo era limitada, contando com
ção em um código compartilhado permite a outras apenas seis caracteres (ponto, linha e
forma escrita, a utilização de áudio, vídeo e, final- quatro tipos de silêncio), exigindo uma
pessoas acessá-la no futuro (desde que também mente, de informações digitalizadas trocadas em codificação específica para a trans-
dominem o código), adquirindo-a e “dialogando”, de altíssima velocidade! Atualmente, chamamos es- missão de mensagens, sendo a mais
algum modo, com o emissor da mensagem. tas formas de comunicação rápida, que permitem famosa o código Morse de 1837. Os
primeiros cabos transoceânicos foram
trocas de dados, voz e imagem, de Tecnologias de
implantados na segunda metade do
Assim, ao ler um texto (como esse), você está Informação e Comunicação (TICs). Detalharemos século XIX, permitindo comunicação
conversando mentalmente com o seu autor (o melhor este processo histórico na Unidade 2! intercontinental instantânea e abrindo
caminho para várias tecnologias con-
professor) de forma remota (não estamos no
temporâneas!
mesmo lugar) e assíncrona (você não está lendo
este texto no momento em que eu escrevo)!
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Voltemos então à nossa pergunta inicial: O que é Ocasionalmente no


Mesmo local Locais diferentes
Educação a Distância? mesmo local

A Educação a Distância (ou EAD, como passare- Alunos e professores nunca


mos a tratá-la de agora em diante) é um modelo de se encontram fisicamente
educação em que parte ou a totalidade da interação Horários ou virtualmente. Exemplo:
entre educadores e educandos acontece de forma quando o material é distri-
diferentes buído via web e é usado o
remota e, frequentemente, assíncrona. e-mail para mediar a comu-
nicação

Dentro deste conceito, o curso que você está


fazendo tem uma estrutura em muitos pontos
Quando os cursos Quando encontros Alunos e professores estão
semelhante às cartas dos filósofos da Grécia tradicionais em sala de face-a-face ocorrem muito distantes fisicamente,
Antiga, às epístolas dos Apóstolos, aos cursos por aula são combinados apenas no início e no porém ocorrem encontros
Ocasionalmente
correspondência e ao Telecurso 2º Grau! com listas de discus- final do curso, sendo virtuais esporádicos. Exem-
no mesmo horário são para que os alunos os demais encontros plo: chats ou bate-papos
possam tirar dúvidas realizados de maneira
No entanto, atualmente, esta modalidade educativa virtual
utiliza intensivamente TICs digitais e acontece em
um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que
amplia as possibilidades de interação entre os agen- Alunos e instrutores não se
tes do processo de ensino-aprendizagem! encontram no mesmo lugar
(fisicamente), mas encon-
Utilizando estas tecnologias, é possível que os con- Mesmo horário tros ocorrem ao mesmo
tempo de maneira virtual, tal
teúdos sejam apresentados, processados e exerci- como ocorrem nos sistemas
tados das mais diversas formas. Também podemos de videoconferência`
estabelecer relações dialógicas entre os agentes
educacionais e realizar atividades avaliativas. O qua-
dro acima, proposto por FERRAZ1 (1999 apud CAM-
POS, COSTA, SANTOS, 2007:38), apresenta estas
possibilidades no âmbito da EAD contemporânea,
baseada na comunicação virtual e digital.

Ao utilizar o AVA durante este curso, tente refletir so- AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA)
bre a temporalidade e espacialidade das atividades
que estão acontecendo e sobre os diferentes agen-
O AVA é este espaço virtual no qual você adentra para acessar o material disponibilizado, entrar em contato com
tes e processos de aprendizagem envolvidos. colegas e tutores e desenvolver atividades avaliativas! Utilizamos atualmente como plataforma de gestão de con-
teúdos e usuários voltada para a educação o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment ou
1 FERRAZ, C.A.G. et al.. Uma aplicação distri- Ambiente de aprendizagem modular, dinâmico e orientado ao objeto). O Moodle é um programa livre (open source),
buida para a educação a distância na Web. X Simpó- acessado diretamente pela internet, sem que seja necessária a instalação de qualquer aplicativo no seu computa-
sio Brasileiro de Informática na Educação. Anais... dor. Pretende-se que o uso do Moodle seja o mais intuitivo e universal possível, mas caso esta seja sua primeira
vez na plataforma, acesse nosso tutorial simplificado para se familiarizar com os recursos e modos de navegação!
Paraná, 1999.
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TUTOR E TUTORIA

Como na educação a distância o tempo e o


espaço são relativizados, é possível atingir
Nessa concepção, Haidt (1994, p. 61) afirma que: um grande número de pessoas simultanea-

1.2. “quando o professor concebe o estudante como um ser


ativo, que formula ideias, desenvolve conceitos e resolve
mente. Neste sentido, temos cursos em que
um único professor produz material para
dezenas, centenas ou mesmo milhares de

O papel do estudante problemas de vida prática através de sua atividade mental,


construindo, assim, seu próprio conhecimento, sua relação
pedagógica muda. Não é mais uma relação unilateral,
alunos! No entanto, se queremos acompa-
nhar os alunos de uma maneira mais próxi-
ma e cuidadosa, precisamos trabalhar com

na EAD onde um professor transmite verbalmente conteúdos já


prontos a um estudante passivo que os memorizem.”
turmas menores e uma relação mais dialó-
gica. Para isso, existe a figura do tutor, um
facilitador no processo de aprendizagem,
O fato é que, ao exercitar esta capacidade de auto- com formação e experiência na área, que
gestão, esse aprendizado no gerenciamento do seu realiza uma mediação entre o estudante e
tempo e espaço, o discente estará na posição de o material do curso. O contato cotidiano do
A concepção de educação que assumimos, no discente, desse modo, será com seu tutor,
desenvolvimento de nossos cursos a distância, vivenciar aquilo que é de fundamental importância
que apresentará as atividades, participará
busca o desenvolvimento da capacidade de pensa- para o seu desempenho acadêmico e pessoal: a ca- das discussões em fóruns e chats, respon-
mento do estudante para que ele possa aprender pacidade de aprender a aprender e de aprender em derá às dúvidas e auxiliará nos processos
com autonomia. Mas não confunda aprendizagem colaboração. Ele fará seu próprio tempo, seu próprio avaliativos!

autônoma com aprendizagem solitária ou autômata! horário e criará suas próprias condições para estu-
Na Educação a Distância, tanto quanto na conven- dar. Em outras palavras, é o discente quem irá dizer
Veja o quadro comparativo entre
cional, o convívio social é indispensável: o que muda o tipo de estudante que quer ser!
os estudantes da educação
em relação à educação convencional são os meios, convencional e aqueles da EAD!
recursos e princípios que norteiam este convívio no
processo de aprendizagem.
Educação convencional Educação a distância

Lembre-se de que a Educação a Distância não é


uma educação distante. O professor é a autoridade máxima dentro da sala de É centrada no estudante. Se este tem dúvidas em
aula. Sua palavra é lei. Compete a ele fazer a avalia- relação à informação de uma fonte, pode reestudá-la
ção do estudante a qualquer momento e esclarecê-la em outras fontes
Na forma como os cursos são estruturados, é exi-
gido que todos os participantes se comprometam
com este “Estar Junto Virtual”, que os aproxima em O resultado de suas avaliações é incontestável O aluno é co-responsável por sua auto avaliação
torno de um conjunto de interesses comuns. É sob
essas condições que os alunos serão capazes de
ressignificar individualmente aqueles conhecimen- Privilegia as aulas dos professores e se centra no en- Tem com eixo a aprendizagem. Exige maior participa-
tos construídos socialmente. Nesse sentido, nossos sino, que é responsabilidade dos professores, exigin- ção e estudo individual do estudante, em cujas mãos
cursos a distância oferecem um ambiente em que a do-se pouca participação individual ou em grupo. é colocada a responsabilidade pelo próprio desen-
aprendizagem possa ocorrer de forma colaborativa volvimento, permitindo grande interação na escola,
como local, nacional e até internacional
e interativa, sendo mediada pelos diferentes agen-
tes que participam do processo, como é o caso de
vocês, tutores. Os professores/tutores não serão Utiliza pouco material didático (lousa, giz, livros, ca- Utiliza equipamentos avançados nas áreas de teleco-
apenas repassadores de conteúdos, mas sim orien- dernos) e, só mais recentemente e extraordinariamen- municações e informática, e tecnologias de comuni-
tadores e parceiros na construção do conhecimen- te, o computador e alguns recursos audiovisuais. cação interativa, como teleconferências.
to.

Unidade 1 - Ensino a Distância: considerações

É importante observar que as discussões levanta- Hoje, somos todos produtores

1.3. das anteriormente refletem mudanças que ocorrem


de forma ampla no mundo contemporâneo, a me-
de informação, que se torna
rapidamente acessível por um
dida em que nos transformamos de uma socieda- grande número de pessoas.
Conhecimento e de industrial em uma sociedade de informação. A
produção e disseminação de informações e dados

contemporaneidade tornou-se cada vez mais rápida e sua produção,


cada vez mais coletiva. Essa condição faz com que, não
apenas a educação, mas todos os
campos sociais, tenham que ser re-
pensados. Estes dois vídeos comple-
mentam essa discussão:

O que acontece 00:02:10


em um minuto na
internet em 2016?

A imagem ao lado
mostra a significativa
quantidade
de informação
produzida quase que
instantaneamente
na rede mundial de
computadores e
em seus diversos
aplicativos e 00:20:54
plataformas

Fonte: insider.pro
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Pense agora em todas as maneiras diferentes como


recebemos informações hoje em dia! Grande parte
Mais importante do que acumular um grande
número de informações é saber selecioná-las, referências
das empresas e instituições entra em contato co- organizá-las e relacioná-las entre si.
nosco diretamente, sem intermediários, por meio
das redes sociais. Muitas vezes o contato ocorre de CAMPOS, F. C. A.; COSTA, R. M. E.;
Embora muitas vezes esta seja uma tarefa solitária, SANTOS, N.. Fundamentos da educa-
forma ainda mais direta, por meio de mensagens na EAD podemos utilizar as TICs para realizá-la de
em nossos celulares. Pessoas comuns produzem ção a distância, mídias e ambientes
modo coletivo, ou pelo menos compartilhar e trocar virtuais. Juiz de Fora: Editar, 2007.
vídeos registrando eventos ao redor do mundo, aos os resultados de nossas buscas e pesquisas.
quais assistimos também sem que haja um agente
distribuidor organizado. FREIRE, P.. Pedagogia da autonomia:
saberes necessários à prática edu-
Considere a diferença desta produção e distribui- cativa. 49a ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2014.
ção difusa de informações quando consideramos a FÓRUM DA TURMA
estrutura necessária para produzir um jornal, uma
revista, um programa de televisão, um livro! Todos HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso
estes objetos e elementos demandam um enorme de Didática Geral. São Paulo: Ática,
contingente de pessoas e recursos para se mate- 1994.
Como o próprio nome já diz, este é o fórum em
rializarem, e hoje devem competir por atenção com
que você se encontrará com toda a sua turma, de LUCKESI, C. C.. Avaliação da aprendi-
todo o tipo de informação fútil disponibilizada nas
maneira virtual. Nele, você irá conhecer os outros zagem: compontente do ato pedagó-
redes pelo usuário comum.
professores/tutores que atuam nos cursos e terá gico. São Paulo, Cortez, 2011.
Neste universo de conteúdos, é fundamental que o a oportunidade de trocar experiências. Gosta-
ríamos que você se apresentasse, dizendo sua SACRISTÁN, J.G.; PÉREZ GOMEZ,
estudante saiba qualificar a informação que utili-
formação, de onde é, qual a sua experiência com A.I. Compreender e transformar o
za! Embora ela esteja ao alcance de um toque dos
a EAD. Vamos lá? ensino. 4ª ed. Porto Alegre, Artmed,
dedos em quase qualquer lugar, precisamos desen-
1998.
volver com cuidado nossas atividades de pesquisa
e alertar os alunos de fazê-lá!

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