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Serguei Tchakhotine
Tradução de Miguel Arraes
Revisão e atualização de Nélson Jahr Garcia
eBooksBrasil
$dição
Ridendo %astigat Mores
'onte (igital
)))#*ahr#org
%op+right ,
Autor" erguei Tcha!hotine
Tradução" Miguel Arraes
$dição eletr-nica"
$d# Ridendo %astigat Mores
.)))#*ahr#org/
0Todas as o1ras são de acesso gratuito# $studei se2pre por conta do $stado3 ou
2elhor3 da ociedade 4ue paga i2postos5 tenho a o1rigação de retri1uir ao 2enos
u2a gota do 4ue ela 2e proporcionou#6
Nélson Jahr Garcia .789:;<==</
SUMÁRI
Pre>?cio
@ntrodução
%apítulo @ Psicologia3 ciBncia eCata
%apítulo @@ D 2a4uinis2o psí4uico
%apítulo @@@ Re>leCologia individual aplicada
%apítulo @V A Psicologia ocial
%apítulo V Pulsão nE2ero u2
%apítulo V@ D si21olis2o e a propaganda política
%apítulo V@@ A propaganda política do passado
%apítulo V@@@ D segredo do sucesso de Fitler
%apítulo @ ResistBncia ao Fitleris2o
%apítulo A violBncia psí4uica na política 2undial
%apítulo @ As a2eaças da situação atual
%apítulo @@ A construção do >uturo
%onclusão
Notas
&i1liogra>ia
Serguei Tchakhotine
PR%/Á)I
$ste livro te2 u2a histHria 1astante 2ovi2entada# J? a sua pri2eira edição3 e2
78I83 na 'rança3 dois 2eses antes da guerra3 não se >ez se2 incidentes# (epois
de todas as correçes3 o autor rece1eu as Elti2as provas para autorizar a
i2pressão se2 4ue viesse2 aco2panhadas das anterior2ente corrigidas# Para
sua grande surpresa3 veri>icou 4ue o livro3 nesse 2eio te2po3 tinha sido
censurado .na 'rançaK onde a censura não eCiste/" todas as passagens
desagrad?veis a Fitler e Mussolini estava2 supri2idas .e isso dois 2eses antes
da guerra/3 da 2es2a >or2a 4ue a dedicatHria3 assi2 redigida" 0(edico este livro
ao gBnio da 'rança3 por ocasião do 7LD anivers?rio de sua Grande Revolução#6
ou1e;se3 e2 seguida3 4ue a censura havia sido >eita pelo Ministro dos NegHcios
$strangeiros3 então o r# Georges &onnet3 no 4ue concerne dedicatHria# D
Ministro dos NegHcios $strangeiros da Terceira RepE1lica achou 4ue 0estava >ora
de 2oda6K $ isso no ano e2 4ue o 2undo inteiro >este*ava esse anivers?rioK
Mediante protesto do autor 4ue3 >ir2ado na lei >rancesa3 reagiu3 as >rases e as
idéias supri2idas >ora2 recolocadas e o livro apareceu na >or2a srcinal# (ois
2eses depois de sua aparição3 4uando a guerra *? estava declarada3 a polícia de
Paris apreendeu;o nas livrarias# 'inal2ente3 e2 789=3 tendo os ale2ães ocupado
Paris3 con>iscara2;no e o destruíra2#
Nesse ínteri2 ediçes inglesas .entre outras3 u2a popular >eita pela seção
editorial do Partido Tra1alhista/3 a2ericanas e canadenses3 di>undira2 as idéias
enunciadas e3 depois da guerra3 u2a nova tirage2 >rancesa se i2p-s# Aparece
esta edição3 total2ente revista e a2pliada3 u2a vez 4ue a ciBncia da psicologia
o1*etiva3 1ase deste livro3 havia acu2ulado u2 grande nE2ero de novos >atos de
pri2eira i2portOncia e os aconteci2entos políticos tinha2 2udado
consideravel2ente a >ace do 2undo# D autor acreditou Etil ilustrar esta nova
edição co2 u2a vasta 1i1liogra>ia3 co2 gr?>icos3 4ue >acilita2 a co2preensão dos
>atos e das leis cientí>icas enunciadas#
Poder;se;ia talvez reprovar o autor3 por não se ter li2itado a eCpor as idéias e as
de2onstraçes cientí>icas essenciais do principio da 0violação psí4uica das
2ultides63 1e2 co2o por se haver arriscado a >azer re>erBncia atualidade
política do 2o2ento histHrico e2 4ue vive2os e3 até 2es2o3 por to2ar posição
.u2 crítico3 ali?s 1enevolente3 acusou;o de ser 0siste2?tico6/# Justi>icando;se3 o
autor dese*aria dizer 4ue3 na sua opinião3 a 2elhor de2onstração da *usteza das
idéias enunciadas3 4ue trans>or2a a 0hipHtese6 e2 0teoria63 é precisa2ente a
possi1ilidade de >ornecer provas eCtraídas do passado .nesse caso3 por eCe2plo3
aidéias3
histHria da luta de 78I<3 na Ale2anha/
a aplicaçãoe das
es1oços do >uturo3 corro1orando essas
seguindo logica2ente leis enunciadas3 nas realizaçes
pressupostas3 pode;se veri>icar o valor das pri2eiras#
Por outro lado3 a an?lise da eCistBncia atual2ente3 por 2eio das novas nor2as3 d?
a i2pressão da 0to2ada ao vivo6 da realidade concreta# Ade2ais3 parece;nos 4ue3
>azendo u2a crítica pura2ente a1strata3 teHrica3 a1andona2os o leitor a 2eio
ca2inho3 insatis>eito3 pensativo# A crítica deve vir se2pre aco2panhada de
propostas de soluçes pr?ticas3 para ser construtiva# $n>i23 cada ato hu2ano
deve ter3 e2 nosso entender3 u2 ele2ento social3 u2 incita2ento ação3 dirigido
a outre2 se 4uiser2os u2 pouco de psicologia3 4ue pro2ova3 4ue crie o élan
oti2ista3 >onte de progresso#
AhK3 o 2undo est? dividido ho*e e2 dois ca2pos hostis3 4ue tB2 2Etua
descon>iança3 4ue se prepara2 para se arro*ar u2 so1re o outro e trans>or2ar
esta terra 2aravilhosa 4ue viu a aventura hu2ana e onde tantos 2ilagres do
pensa2ento3 da arte3 da 1ondade se realizara2 e2 u2 1raseiro 4ue sH deiCar?
ruínas >u2egantes###
AhK3 tudo se polariza ho*e e2 u2a ou outra direção# $ste livro procura ser o1*etivo3
i2parcial3 e denunciar aos dois ca2pos os >atos se2 circunlH4uios3 perseguindo
dois Enicos o1*etivos" a verdade cientí>ica e a >elicidade de todo o gBnero hu2ano#
Pode;se3 deve;se alcançar issoK
D autor sente;se >eliz e2 agradecer cordial2ente aos seus a2igos M# %h#
A1dullah3 M# t# Jean Vitus3 4ue o a*udara2 a rever o 2anuscrito3 no 4ue respeita
redação e2 língua >rancesa#
erguei
(outor e2 Tcha!hotine
%iBncias
Pro>essor niversit?rio#
Paris3 7 de sete21ro de 78L<#
I'TR$U"#
A derrota das de2ocracias 'ins da cultura hu2ana Perigo de sua destruição
A salvação A tese revolucion?ria A tese cientí>ica realista#
$ssas teoriaspelanão
ultrapassada são real2ente
hu2anidade3 não sãore2iniscBncias de u2a
u2 recuo dis>arçado para etapa in>erior3
u2a época 4ue
se tenta >azer reviver e2 1ene>ício de usurpadores egoístas3 tentativa3 se2 dEvida
vã3 de inverter o sentido da 2archa da FistHriaS Vã3 por4ue e2 contradição
>lagrante co2 tudo o 4ue é a causa do nosso progresso3 co2 a %iBncia3 a Técnica3
a @déia de ociedade#
e3 por u2a coincidBncia >ortuita3 essa tendBncia err-nea se adianta evolução
nor2al e sadia3 se ela não é co21atida e do2inada co2o u2a doença
contagiosa3 o a1is2o então est? prHCi2o e a a2eaça de destruição geral se
prepara3 co2o horrível espectro3 diante de toda a hu2anidade#
Mas3 co2o u2 organis2o invadido pelo 2al3 reage3 luta3 1usca >ugir do perigo3 do
2es2o 2odo os povos3 in4uietos3 sentindo vaga2ente a a2eaça3 co2eça2 a
eCcitar;se3 a i2pelir os seus 2elhores >ilhos e2 1usca do ca2inho da salvação# $
surge3 então3 a tese revolucion?ria# A revolução3 a verdadeira revolução de u2
povo3 é se2pre u2a reação no sentido de sua salvação# uando digo 0verdadeira
revolução63 entendo 4ue u2 putsch3 2es2o vitorioso3 não é ainda u2a revolução#
@sso3 por4ue a pretensa 0revolução6 >ascista ou nazista3 2ontada e2 todas as
peças por u2 indivíduo3 u2 Fitler3 u2 Mussolini3 não é *a2ais co2par?vel
Grande Revolução 'rancesa3 Russa ou %hinesa# %erta2ente3 u2
Ro1espierre3 u2 Bnin3 dese2penhara2 para o seu desenlace u2 papel
i2portante3 2as eles prHprios >ora2 2ovidos pela >orça da onda hu2ana >or2ada3
espontanea2ente3 se2 preparação3 se2 a4ueles c?lculos 4ue caracteriza2 o
2ovi2ento >ascista e nacional socialista# A contra;revolução é se2pre3 ao inverso3
u2 2ovi2ento organizado por indivíduos e3 por isso3 é 2uito 2ais lHgico tratar
>ascis2o e hitleris2o ou o 4ue3 ho*e3 a eles se asse2elha3 co2o 2ovi2entos
contra;revolucion?rios#
A teoria eCtre2ista do 04uanto pior3 2elhor63 para acelerar o advento da idade de
ouro3 outrora *usti>icada3 est? ho*e 2orta# Ds partidos socialistas e de2ocr?ticos
não pudera2 eCplorar as possi1ilidades 4ue se lhes o>erecia23 nu2 passado 2ais
ou 2enos recente# A Elti2a vez >oi no >i2 da egunda Guerra 2undial# Não
tivera2 corage2 de ir adiante3 olhava2 para tr?s e isso vale para todos os
países# D í2peto da resistBncia >oi desperdiçado e2 toda parte# 2a nova e
verdadeira revolução se prepara3 ruge nas entranhas de todos os povos5 u2 2al;
estar se 2ani>esta e est? precisa2ente aí u2 re>leCo coletivo contra a tentativa de
i2por 2archa da hu2anidade u2a direção oposta sua evolução natural3 4ue
se caracteriza pelo reencontro3 no te2po3 do progresso 2aterial e da sede de
li1erdade#
Mas3 essa revolução i2inente3 co2o dever? ser >eitaS Nisso reside toda a
4uestão# (eve ser u2a eCplosão ele2entar3 varrendo todos os o1st?culos do seu
ca2inho3 carregando no tur1ilhão as con4uistas 4ue o progresso hu2ano
acu2ulou3 nu2 rit2o cada vez 2ais acelerado3 nesses Elti2os te2posS Du deve;
se e pode;se canalizar a onda i2petuosa3 lev?;la a 1o2 porto3 se2 2uitos
so1ressaltos3 se2 a destruição de nervos 0vitais63 se2 e>usão de sangue precioso3
se2 u2a guerra 02oderna63 pesadelo pavoroso do nosso te2po3 conse4UBncia
dos progressos técnicos recentesS
i23 essa possi1ilidade de revolução 0seca6 eCiste5 ela é per>eita2ente real3 não
2enos real 4ue 4ual4uer outra 1e2 sucedida até agora pelas ar2as 2ortí>eras3
conhecida h? séculos# $ esse ca2inho nos é indicado pelo realis2o cientí>ico3
pelas deduçes 4ue se pode2 tirar dos nossos progressos cientí>icos 2odernos
1e2 co2o pelo eCa2e pr?tico dos 2ovi2entos anti;sociais do nosso te2po o
>ascis2o e o hitleris2o#
verdade 4ue a ar2a e2pregada por Fitler tanto na sua luta pelo poder na
Ale2anha3 co2o pela hege2onia na $uropa3 e ho*e reto2ada por seus
sucessores3 para o1ter o do2ínio do 2undo3 não era3 de >or2a algu2a3 o produto
de re>letidas 2editaçes e de u2 conheci2ento cientí>ico das 1ases 1iolHgicas
das atividades hu2anas5 longe disso3 esse pintor de paredes não estava
preocupado co2 estudos de ociologia3 de $cono2ia Política3 de (ireito3 co2
dog2as entrecruzando;se3 chocando;se3 acu2ulando 2ais teorias 4ue >atos# Não3
co2o verdadeiro ingBnuo3 co2o ho2e2 novo3 tinha ele apenas u2a intuição
sadia3 u2 1o2 senso 1e2 pri2itivo e se2 escrEpulo# $st? aí o segredo de seu
sucesso contra todos os ho2ens de $stado diplo2ados de seu prHprio país e de
toda a $uropa#
uais são3 pois3 essas ar2as prodigiosas3 a 0pedra >iloso>al6 desse al4ui2ista
político de nosso te2poS e2 conhecer os seus 2ecanis2os3 se2 os
co2preender3 ele 2ane*ava essas ar2as e triun>ava3 por4ue era diga;se3 a 1e2
da verdade o Enico 4ue as utilizava5 era 2onopHlio seu3 seu privilégio3 pois os
advers?rios não as distinguia2 ou3 se as via23 detestava2;nas e a elas
renunciava23 deli1erada2ente3 co2o 1ons intelectuais i2o1ilizados pela sua
erudição ultrapassada#
%onvé2 então li1ertar as principais idéias 4ue estão na essBncia dos
aconteci2entos 4ue vive2os tão dolorosa2ente3 u2a vez 4ue o >ascis2o e seu
herdeiro atual3 o capitalis2o 2ilitante3 viola23 na verdade3 o psi4uis2o das
2assas populares através de sua ne>asta propaganda# ue >azer3 portanto3 para
lhe 1arrar o ca2inhoS
A pri2eira condição é co2preender os 2ecanis2os 4ue constitue2 o alicerce de
sua ação" as teorias da psicologia o1*etiva do 2eu grande Mestre3 o pro>essor
Pavlov3 dão a resposta#
(epois de haver co2preendido3 é 2ister agir# D socialis2o3 a >é nos destinos
hu2anos3 o entusias2o3 1aseando;se nos dados da ciBncia 2oderna3 constitue2
a sua segunda condição# A visão de F# G# Wells nos d? u2a síntese#
$ste tra1alho3 4ue é u2a tentativa de colocar a ação política so1re u2a 1ase
rigorosa2ente cientí>ica3 dese*a contri1uir para a >usão dessas duas >or2as
essenciais do pensa2ento atual#
)apítulo I
Psicologia0 ci1ncia e2ata
As ciBncias do Fo2e2 D iste2a das %iBncias D lugar da Psicologia
&ehavioris2o Pavlov e a psicologia o1*etiva A teoria dos re>leCos
condicionados A sinalização psí4uica A ini1ição A irradiação e a
concentração Ds analisadores As localizaçes cere1rais Ds re>leCos de <
grau .enCertados/ Atores e $spectadores D sono A sugestão Re>leCo de
>i2 Re>leCo de li1erdade Ds caracteres A palavra A orde2 i2perativa
'isiologia evolutiva Ds >en-2enos su1*etivos Ds >atores hu2orais A
Psico>isiologia co2parada As reaçes condicionadas nos protozo?rios A
2icropunctura ultravioleta A 2e2Hria celular D siste2a das reaçes de
co2porta2ento Ds instintos e os pulses Ds re>leCos 1ase da pulsão
co21ativa As 4uatro pulses e a ociologia#
'ig#<
A#
&# D dispositivo
$s4ue2a da para recolher
disposição dosa aparelhos
saliva do cão dentro de u2a
na eCperiBncia sonda graduada#
da >or2ação dos
re>leCos condicionados na casa do cão5 e3 tela para as eCcitaçes visuais5 c3
contato elétrico 4ue se >echa pela 4ueda das gotas da saliva5 23 ta21or Marc+
registrador das gotas da saliva recolhidas .de acordo co2 &u+tendi*! Ps+chologie
des ani2auC3 78<Q3 Pa+ot3 Paris/#
Trate2os de esclarecer a4ui os dados principais da teoria dos re>leCos
condicionados# X77Y $is o >ato capital" .>ig#</ se ali2enta2os u2 cão3 a saliva
escorre auto2atica2ente# u2 2ecanis2o dado pela natureza ao indivíduo3
desde o seu nasci2ento3 u2 re>leCo inato ou a1soluto3 segundo a ter2inologia de
Pavlov .@@@/# H1vio 4ue3 se >aze2os u2 cão 4ual4uer ouvir o so2 de u2a
ca2painha3 essa eCcitação não ter? nenhu2a relação co2 a salivação# Mas3 se
co2eça2os a sincronizar os dois >atos3 a ali2entação e a eCcitação sonora3 se
repeti2os 9=3 L= ou Z= vezes3 pode2os veri>icar 4ue3 depois dessa aprendizage2
do siste2a nervoso do cão3 o so2 da ca2painha apenas3 se2 nenhu2a
ali2entação3 provoca salivação# 2a ligação se esta1elece no organis2o do cão3
entre essas duas eCcitaçes3 u2 novo re>leCo3 arti>icial ou te2por?rio se >or2ou3 o
re>leCo condicionado3 co2o cha2ou Pavlov# Pode;se es4ue2atizar a >Hr2ula
desse re>leCo3 da seguinte 2aneira"
'ator 'ator
'ases $>eito
a1soluto condicionante
nenhu2a salivação
7a#
>ase ; so2 .eCcitação
indi>erente/
salivação .re>leCo
Ia#>ase carne so2
inato presente/
9a# >ase .ApHs Z= salivação .re>leCo
repetiçes da >ase ; so2 condicionado
Ia#/ >or2ado/
Tendo esta1elecido a regra da >or2ação de re>leCos condicionados3 Pavlov estuda
suas 2odalidades so1 todas as >acetas# %onstata 4ue 4ual4uer eCcitação pode
tornar;se u2 >ator condicionante3 isto é3 depois das coincidBncias reiteradas co2 a
to2ada de ali2ento e agir co2o >ator 4ue deter2ina3 por si sH3 a salivação" não
i2porta se o so23 a visão de >iguras3 de sinais lu2inosos3 a percepção gustativa
ou ol>ativa3 a aplicação3 so1re a pele3 de calor ou de >rio3 as irritaçes 2ecOnicas
aplicadas a 4ual4uer parte do corpo3 so1 a >or2a3 por eCe2plo3 de arranhadura3
de pressão3 de contato3 de estí2ulos elétricos etc# $studa3 e2 seguida3 a sutileza
de distinção das eCcitaçes" por eCe2plo3 >az;se tornar agente condicio nante u2
so2 deter2inado .Q== vi1raçes por segundo/ e >az;se perce1er ao cão3 e2
seguida3 u2 outro so2 di>erente do pri2eiro3 de u2 oitavo apenas .Q7< vi1raçes
por segundo/5 a reação de salivação não aparece#
e atua so1re u2 cão3 co2o >ator condicionante3 u2a co21inação >or2ada de
trBs sons3 ser? 1astante produzir u2 deles e o re>leCo se 2ostra ativo" o cão
reconhece seu eCcitante3 poder;se;ia dizer3 segundo a ter2inologia corrente ou da
psicologia introspectiva#
$is ainda u2 regra 2uito i2portant e" se depois de haver2os >or2ado u2 re>leCo
condicionado3 repeti2os3 2uitas vezes3 o eCcitante 4ue se tornou condicional3 se2
dar3 si2ultanea2ente3
vez 2ais o ali2ento3
>raca e desaparece no >i2 odere>leCo
total2ente" algu2eCtingue;se3
te2po a reação
co2osediztorna cada
Pavlov#
Mas3 se3 então3 co21ina2os3 nova2ente3 esse agente co2 a to2ada de ali2ento3
a reação condicionada reaparece" é a revivescBncia do re>leCo3 co2o resultado do
seu revigora2ento3 segundo a ter2inologia de Pavlov# J? se entrevB a analogia
co2 os >en-2enos 4ue conhece2os so1 >or2a de es4ueci2ento e de 2e2Hria#
Pavlov considerou os re>leCos 4ue se >or2a23 durante a vida3 co2o >en-2enos de
sinalização3 Eteis ao organis2o3 por4uanto lhe assegura2 a possi1ilidade de
reagir s 2udanças do 2eio a21iente3 antes de ser a>etado3 irreversivel2ente3
por u2a ação 1rutal dessas 2udanças3 4ue poderia2 constituir u2 perigo para
sua eCistBncia# e o organis2o tivesse de contentar;se unica2ente co2 as >or2as
do co2porta2ento >iCadas pela hereditariedade3 4ue se trans2ite2 de geração
e2 geração3 nenhu2 progresso 1iolHgico3 intelectual e social seria possível#
Graças aos re>leCos condicionados3 co2o a>ir2a 2uito 1e2 Dr1eli .7=8/3 o
organis2o te2 a possi1ilidade de realizar suas reaçes de de>esa3 ou sua
atividade ali2entar3 ou 4ual4uer outra >unção >isiolHgica3 não no Elti2o 2o2ento3
4uando as eCcitaçes correspondentes se apresenta2 i2periosa2ente3 2as3 ao
contr?rio3 desde 4ue a aproCi2ação das eCcitaçes é anunciada#
Assi23 a atividade digestiva das glOndulas pode co2eçar antes 4ue o ali2ento
penetre no canal digestivo5 u2 re>leCo de de>esa pode entrar e2 ação antes 4ue o
agente nocivo a*a so1re o organis2o etc# $sse >en-2eno de sinalização pode
então ser utilizado pelo organis2o para esti2ular a atividade de u2 ou outro
Hrgão3 preventiva2ente3 o 4ue apresenta3 para o organis2o3 certas vantagens#
Dr1eli .7=8/ cha2a a atenção para o >ato de 4ue3 na atividade nervosa superior3
o1serva2os3 continua2ente3 o cho4ue de duas tendBncias antag-nicas" de u2
lado3 a de conservar as ligaçes >or2adas3 de prender;se a u2 co2porta2ento
estereotipado e3 do outro3 a de 2udar a estrutura3 trans>or2ar as relaçes3 a*ustar;
se a condiçes novas#
Na vida hu2ana3 essas duas tendBncias tB23 ta21é23 u2a grande i2portOncia e
deter2ina2 as >or2as do nosso co2porta2ento# >?cil con>or2ar;se ao h?1ito
ad4uirido de viver segundo u2a certa orde23 4ue eli2ina as preocupaçes3
4uando u2a atividade provoca3 auto2atica2ente3 u2a outra3 isto é3 4uando3
graças s ligaçes >iCadas so1 a >or2a de re>leCos condicionados3 se realiza23 de
certa >or2a3 reaçes e2 cadeia de atividades3 4ue se sucede2 rapida2ente e
pode2 repetir;se de u2 dia para o outro# $ssas cadeias de re>leCos condicionados
nos serve2 a cada passo3 4uando eCecuta2os 2ovi2entos >a2iliares3 atos de
tra1alho ha1ituais3 serviços pessoais di?rios3 >or2as de relaçes costu2eiras co2
outras pessoas3 o1*etivos3 ele2entos da natureza etc# o 4ue constitui nossos
costu2es3 nossas atividades ha1ituais3 nosso estereHtipo vital5 esse 2ecanis2o
nos evita es>orços de2asiada2ente grandes e econo2iza o gasto de energia#
(e outro lado3 co21ate2os seguida2ente a su*eição servil a esses h?1itos# 2
ho2e2 adulto não pode agarrar;se a todas as >or2as de co2porta2ento a 4ue se
ha1ituou desde a in>Oncia# (urante toda sua vida3 produz;se u2a trans>or2ação
de velhas ligaçes e2 re>leCos condicionados novos3 por vezes 2es2o3 de
natureza oposta# Ds velhos re>leCos são3 então3 recalcados3 2as é 1astante
en>ra4uecer a tensão de seu siste2a nervoso3 adoecer ou to2ar u2a certa
4uantidade de ?lcool3 para ver ressurgire2 certos 2odos in>antis3 >or2as de
eCpressão3 2aneira de >azer 1lagues etc# $sses >en-2enos são conhecidos
ta21é2 na pr?tica da psican?lise#
%hega2os agora a u2 outro grupo de >en-2enos estreita2ente ligados aos
pri2eiros e 4ue são de grande i2portOncia para a co2preensão de toda a
co2pleCidade dos atos psí4uicos# D >ato principal é o seguinte >or2a;se u2
re>leCo condicionado# Por eCe2plo3 u2 so2 deter2inado produz a salivação e2
u2 cão# 'aze2os aparecer3 diante dele3 u2 gato3 no eCato 2o2ento e2 4ue o
so2 é perce1ido" a salivação não se produz 2ais3 ou 2elhor3 u2a vez co2eçada3
p?ra 1rusca2ente# A >unção do gato pode ser dese2penhada por 4ual4uer outro
eCcitante novo3 desde 4ue se*a 1astante >orte# o >en-2eno de ini1ição# Dra3
Pavlov distingue a ini1ição interna da eCterna# No pri2eiro caso3 descrito h?
pouco3 o eCcitante novo ve2 do eCterior co2o u2 agente de todo i2previsto# $ssa
ini1ição eCterna não se desenvolve3 progressiva2ente3 co2o a ini1ição interna3
2as 2ani>esta;se instantanea2ente# $la se produz3 a cada nova atividade dos
he2is>érios3 provocada por u2a eCcitação auto2?tica ou re>leCa e apresenta u2a
analogia per>eita co2 a ini1ição3 conhecida h? 2uito te2po3 nos outros pontos do
siste2a nervoso central# Na ini1ição interna o processo é o seguinte" depois da
>or2ação de u2 re>leCo condicionado3 pela co21inação da to2ada de ali2ento
co2 a visão de u2 sinal lu2inoso3 su12ete;se o cão a percepçes reiteradas de
u2 outro eCcitante .u2 so23 por eCe2plo/3 se2 lhe o>erecer a ali2entação# $ssa
eCcitação >iCa;se no seu 2ecanis2o cere1ral3 2as não provoca salivação3 é
latente# Ao contr?rio3 torna;se u2 >ator de ini1ição3 se se co21ina agora co2 a
eCcitação ativa o sinal lu2inoso" este Elti2o não provoca 2ais salivação3 perdeu
seu poder eCcitador# o caso de ini1ição condicionada3 assi2 o cha2a Pavlov# As
diversas >or2as de ini1ição interna pode2 ser >acil2ente supri2idas3 ou se*a3 elas
pode23 por sua vez3 ser ini1idas# $sse >ato se produz so1 a in>luBncia de novas
eCcitaçes 4ue surge2 no 2eio 4ue envolve o ani2al3 eCcitaçes 4ue provoca2
nele3 por eCe2plo3 u2a reação de orientação5 a conse4UBncia desta ação é o
resta1eleci2ento do re>leCo ini1ido5 é o 4ue Pavlov deno2ina desini1ição do
re>leCo condicionado3
i2portOncia processo
no 2ecanis2o 4ue ta21é2
das interaçes dese2penha
dos >en-2enos >unção de grande
psí4uicos#
uanto 2ais se >aze2 eCperiBncias so1re os re>leCos condicionados3 2ais se
encontra2 >atos3 de2onstrando 4ue esse processo de ini1ição interna é3 e2 geral3
2uito 2ais inst?vel 4ue o de eCcitação condicionada5 ou por outra3 as
2ani>estaçes da ini1ição interna são 2uito 2ais sensíveis in>luBncia das
eCcitaçes acidentais do 4ue as dos eCcitantes condicionais# $sses >atos são de
o1servação constante5 se algué2 penetra3 diz Pavlov3 no local onde são >eitas
eCperiBncias3 e2 cães3 so1re re>leCos condicionados3 a ini1ição 4ue possa eCistir3
na4uele instante3 nos ani2ais3 >ica pro>unda2ente pertur1ada3 ao passo 4ue a
eCcitação condicionada3 u2a vez 1e2 esta1elecida3 não so>re 4uase ou nenhu2a
2odi>icação#
Pavlov ressalta o princípio te2por?rio dessas ligaçes# e o organis2o3
continuada2ente eCposto s in>luBncias eCteriores3 deter2inantes da >or2ação de
re>leCos condicionados3 não tivesse 2eios de se li1ertar3 2ais ou 2enos
>acil2ente3 dessas ligaçes3 seu siste2a nervoso seria invadido por 2ilhes de
re>leCos acu2ulados3 4ue a1alaria23 seguida2ente3 seus 2ecanis2os de
eCecução3 2Esculos3 glOndulas3 Hrgãos genitais e outros3 causando3 2uitas vezes3
con>litos entre eles3 o 4ue criaria u2 caos e u2a >adiga surpreendente# Pavlov
2ostra a eCistBncia de 2ecanis2os antag-nicos 4ue controla2 e supri2e23
ativa2ente3 co2 o te2po3 toda a estrutura re>leCo;condicionada supér>lua3 inEtil ou
tornada tal e li1erta2 assi2 o organis2o do perigo de superatividade
desordenada# D es4ueci2ento repousa so1re os 2es2os 2ecanis2os#
precisa2ente a signi>icação do processo de ini1ição#
eCcitação
2ediante agustativa
eCcitação.;;;;/ .reação
sonora inata/32a
apenas# d? u2 re>leCo
ligação3 condicionado
entre .####/" salivação
os dois centros a1alados
si2ultanea2ente3 se esta1elece depois de L= a Z= repetiçes# A reação pode ser
provocada pela agulha do 2Esculo .siste2a 7/3 glOndula salivar .</3 aparelho
genital .I/ ou 2a2as .9/# Du orelha5 o olho5 a língua5 @3 pri2eiro siste2a de
sinalização5 @@3 segundo siste2a de sinalização#
&# @ni1ição" u2 re>leCo condicionado auditivo se >or2a ./# 2 eCcitante
visual .b b b/ desencadeia u2 a1alo do centro eCcitado 4ue >reia o re>leCo
condicionado ./" nenhu2a salivação#
%# Neo;re>leCos aparente2ente espontOneos# 2 re>leCo condicionado auditivo
se >or2a ./ por 2eio de algu2a eCcitação espontOnea .na realidade3 talvez
de natureza hor2onal/ .;;;;/ proveniente das pro>undezas do segundo siste2a de
sinalização .@@/3 o re>leCo condicionado e2 re>erBncia é 2odi>icado3 trans>or2ado e
assu2e u2 car?ter novo# a >onte do progresso#
@nsisti2os so1re esses >atos3 por4ue estão inti2a2ente ligados ao co2porta2ento
das 2assas hu2anas3 4uando dos atos conhecidos co2o propaganda política3
4ue engendra2 precisa2ente e>eitos de 4ue ire2os >alar e2 seguida# Vi2os a
eCplicação dada por Pavlov ao >en-2eno do sono3 4ue ele pe e2 relação
>isiolHgica co2 a hipnose e a sugestiona1ilidade A sugestão so1revé2 se a
palavra3 a orde2 atinge u2 2ecanis2o psí4uico 4ue se encontra nu2 estado de
>ra4ueza >isiolHgica# e se analisa2 as possi1ilidades de resistBncia sugestão
u2a 4uestão da 2ais alta i2portOncia3 co2o vere2os 2ais adiante esta1elece;
se3 então3 4ue parte os casos patolHgicos3 de insu>iciBncia congBnita3 de doença
ou de envenena2ento3 elas são3 e2 grande parte3 >unção do grau de cultura3 isto
é3 da ri4ueza e2 cadeias de re>leCos condicionados3 enCertados uns so1re os
outros3 de 4ue se co2pe o 2ecanis2o psí4uico dos indivíduos e2 4uestão# A
ignorOncia é3 portanto3 o 2elhor 2eio para >or2ar 2assas 4ue se presta2
>acil2ente sugestão @sso se2pre >oi conhecido3 2as graças a Pavlov esta2os
agora e2 condiçes de co2preender as razes >isiolHgicas desse >ato
>unda2ental no do2ínio social e político#
2 novo capítulo da >isiologia do siste2a nervoso e da >isiologia geral inaugurou;
se co2 as pes4uisas so1re os re>leCos condicionados" a >isiologia evolutiva3 cu*os
pro1le2as estão sendo estudados nos la1oratHrios da R3 dirigidos pelos
discípulos de Pavlov3 depois de sua 2orte eu o1*etivo é a desco1erta dos
processos 4ue se veri>ica2 na 1ase da a4uisição3 na série ani2al3 ao longo da
histHria >ilogenética das espécies3 dos 2ecanis2os dos re>leCos condicionados e
sua co2paração co2 as 2udanças 4ue ho*e se o1serva2 na ontogBnese#
$s>orça;se por criar3 vontade3 por 2eio da seleção arti>icial e de cruza2entos3
di>erentes tipos do siste2a nervoso# As 2utaçes provocadas eCperi2ental2ente
são ta21é2 encaradas# As pes4uisas so1re re>leCos condicionados e2 indivíduos
de diversas idades3 ad4uire2 ta21é2 grande i2portOncia" é so1retudo
^rasnogors!+ X78Y e seus discípulos 4ue realiza2 essas pes4uisas#
%riticou;se3 por vezes3 Pavlov3 alegando;se 4ue sua teoria re*eita o >ato3 sentido
por todos3 da eCistBncia de >en-2enos su1*etivos# @sso é >also" na realidade3 as
pes4uisas por ele >eitas e2 cães e conduzidas co2 todo o rigor das eCperiBncias
>isiolHgicas cl?ssicas de u2 %laude &ernard ou de u2 Pasteur3 era2 apenas u2a
pri2eira aproCi2ação co2 os >en-2enos su1*etivos5 ali?s3 ele 2es2o se
pronunciou3 2uitas vezes3 clara2ente3 dizendo 4ue seria inad2issível separar os
dois tipos de >en-2enos# %onsiderava os >en-2enos su1*etivos co2o u2a das
2ani>estaçes do estado ativo da 2atéria alta2ente organizada# $sperava o1ter
0u2a tela >isiolHgica3 so1re a 4ual seria u2 dia possível 1ordar toda a
2ulti>or2idade do 2undo su1*etivo do ho2e26#
2 dos novos ra2os dessa >isiologia evolutiva3 a 4ue nos conduz a teoria dos
re>leCos condicionados de Pavlov e 4ue atual2ente seus discípulos desenvolve2
na R3 é o das açes dos >atores internos do organis2o3 de orde2 hu2oral3
so1re os re>leCos condicionados3 tais co2o o siste2a nervoso si2p?tico e os
ele2entos do siste2a endHcrino# Assi23 >oi possível de2onstrar 4ue a eCtirpação
de gOnglios cervicais au2enta as tendBncias de ini1ição5 e3 ta21é23 4ue a
eCcitação da hipH>ise provoca o sono# $2 geral3 o siste2a si2p?tico se evidencia
co2o u2 >ator 4ue controla e regula o estado do cHrteC cere1ral e eCerce3 assi23
in>luBncia so1re os processos 4ue nele se desenrola2# As glOndulas endHcrinas3
co2o os testículos e a tirHide3 tB2 ta21é2 u2a in>luBncia correspondente3 assi2
co2o a eCtirpação do cere1elo e das supra;renais Ao contr?rio3 o estudo de
certas su1stOncias 4uí2icas do grupo das si2pato2i2éticas co2o a e>edrina e a
1enzedrina3 2ostra 4ue elas au2enta2 as atividades >uncionais do cHrteC3
restaurando o siste2a nervoso en>ra4uecido3 au2entando o antagonis2o entre a
eCcitação e a ini1ição e tornando 2ais nítidos os processos de di>erenciação#
Nas p?ginas precedentes3 descreve2os as eCperiBncias cl?ssicas de Pavlov e as
leis >unda2entais 4ue decorre2 de sua teoria dos re>leCos condicionados# $ssa
teoria aparece na 1ase de toda a atividade3 até então deno2inada psí4uica3 do
ho2e2 e dos ani2ais3 dotados de 2ecanis2os superiores5 2ecanis2os 4ue
controlando as relaçes eCistentes entre o 2eio a21iente e o organis2o3
assegura2 a adaptação do Elti2o e sua via1ilidade# eria interessante >azer a
seguinte pergunta" esses 2ecanis2os são privilégio de seres superiores3 dotados
de he2is>érios cere1rais evoluídos ou é u2 princípio de car?ter geral 4ue dirige as
reaçes de todos os seres vivos3 2es2o dos 2ais si2plesS $ssa idéia se i2pe
por si 2es2a3 pois a ciBncia 1iolHgica nos ensina 4ue não h? de2arcaçes
1ruscas na escala zoolHgica e 4ue nossa distinção entre os 4ue deno2ina2os
superiores e os cha2ados in>eriores é co2pleta2ente >ortuita e ar1itr?ria# (e
resto3 os estudos dos 1ehavioristas nos ensinara23 *? h? longo te2po 4ue3 2es2o
nos inverte1rados3 eCiste2 reaçes te2por?rias ad4uiridas3 ao lado de re>leCos
inatos3 a1solutos# &asta3 co2 e>eito3 co2o >oi de2onstrado depois3 aplicar ao
estudo do co2porta2ento dos ani2ais3 e2 todos os degraus da escala da
evolução3 os princípios da eCperi2entação de Pavlov e sua ter2inologia3 para
constatar a presença dos re>leCos condicionados e2 todos os Metazo?rios3
2es2o os 2ais si2ples# Na R3 as pes4uisas so1re re>leCos condicionados
>ora2 ta21é2 estendidas nessa direção3 criando;se la1oratHrios especiais para o
estudo da >isiologia co2parada do siste2a nervoso3 nos insetos 4ue apresenta2
u2 grande interesse3 pois ali se eCperi2enta2 as diversas >or2as de
co2porta2ento deter2inadas pelos 2ecanis2os inatos3 eCtre2a2ente est?veis"
não se conhece caso e2 4ue os re>leCos inatos cederia2 lugar a novas a4uisiçes
do tipo de re>leCos condicionados Dutro grande la1oratHrio se ocupa dos
re>leCos condicionados nos p?ssaros5 são eles ani2ais e2 4ue as duas >or2as de
ele2entos inatas e ad4uiridas são ad2iravel2ente e4uili1radas#
Na psico>isiologia co2parada3 pode;se con>rontar as 2odalidades da 2es2a
>unção nas di>erentes >or2as ani2ais# u1indo;se3 então3 a escala das diversas
espécies3 esta1elece;se trBs tipos principais" os 4ue se li2ita2 a ligar direta2ente
o eCcitante condicional co2 o inato .por eCe2plo3 cães/5 e2 seguida os 4ue
pode2 >or2ar re>leCos condicionados3 assistindo co2o espectadores ou i2itando
.por eCe2plo 2acacos/5 e3 en>i23 os 4ue são capazes de esta1elecer laços
est?veis entre deter2inados sinais ver1ais e os o1*etos .ho2ens/3 o 4ue per2ite
>azer u2a in>inida de de ligaçes novas por 2eio do < siste2a de sinalização# 3
então3 é >?cil a resposta pergunta" 4ual a di>erença essencial entre o ho2e2 e
os outros seres vivosS 3 precisa2ente3 o enCerto dos re>leCos condicionados por
2eio de sí21olos ver1ais a1ia;se isso3 natural2ente3 desde longo te2po3 2as
agora possuí2os u2a eCplicação v?lida para o >ato#
Poder;se;ia dizer 4ue a possi1ilidade de >or2ar re>leCos condicionados é u2a
>unção especí>ica do siste2a nervoso3 de 4ue todos os ani2ais3 2es2o os
%elenterados .2edusas e pHlipos/ são providos# Dra3 os nicelulares
.protozo?rios/3 seres 2icroscHpicos3 a 4ue se poderia atri1uir u2 siste2a nervoso3
se 2ove23 ta21é23 1usca2 evitar o perigo3 reage2 s in>luBnci as do 2eio3 etc#3
e2 outras palavras3 procede2 co2o se raciocinasse23 pois seu co2porta2ento é
racional# Jennings .Q</3 u2 1ehaviorista a2ericano3 *? havia >eito eCperiBncias
so1re in>usHrios3 as 4uais parecia2 provar 4ue u2a reação dessas células
isoladas por ser 2orti>icada e adaptar;se3 te2poraria2ente3 a u2 con*unto de
>atores3 agindo so1re suas >aculdades receptivas# $u prHprio .7L</ X<=Y pude >azer
eCperiBncias nessas células3 co2 todo o rigor de u2a técnica 2oderna e veri>icar
4ue u2a analogia per>eita co2 os re>leCos condicionados de Pavlov3 nos seres
dotados de siste2a nervoso3 2ani>esta;se ta21é2 nas células isoladas3 cu*o
ta2anho é3 aproCi2ada2ente de u2 déci2o de 2ilí2etro ou 2enos ainda $is
u2a eCperiBncia decisiva .>ig# 9/" e2 u2a gota d\?gua3 so1re u2a lO2ina de
4uartzo3 est? colocada u2a Para2écia5 ela ladeia3 se2 parar3 nadando3 2arge2
da gota# No seu percurso3 coloco3 na gota3 u2a 1arreira 2icroscHpica invisível3
constituída de raios ultravioletas 2eu 2étodo de 2icropunctura ultravioleta ou
2icro>otocirurgia .7LI/X<7Y 4ue3 partindo do >ato de 4ue os raios ultravioletas lesa2
a su1stOncia ativa3 per2ite concentrar u2 >eiCe 2icroscHpico desses raios3 so1re
4ual4uer pe4uena parte do corpo celular3 so1re o nEcleo3 por eCe2plo3 ou so1re
os duos vi1r?teis etc# D in>usHrio3 atingido o ponto da gota onde se esta1eleceu a
1arrage2 ultravioleta3 rece1e u2 cho4ue3 titu1eia e evita esse lugar3 desviando
sua tra*etHria usual (epois de ter so>rido3 nesse lugar3 u2 certo nE2ero de
cho4ues3 isto é3 depois de ter sido su12etido a eCcitaçes reiteradas3 4ue
deter2ina2 a >uga3 eCcitaçes co21inadas co2 a percepção da topogra>ia do
local onde elas se eCerce23 ele 2odi>ica a >or2a da tra*etHria" o in>usHrio3 ao
nadar3 evita o lugar perigoso3 descreve agora círculos cu*o centro se desloca
lateral2ente# Tira;se então a 1arreira ultravioleta e o1serva;se 4ue o ani2al
continua a nadar eCcentrica2ente co2o se a 1arreira su1sistisse" conserva a
2e2Hria do local do perigo5 essa reação persiste durante 4uase vinte 2inutos3
depois do 4ue o in>usHrio deiCa de evitar3 pouco a pouco3 a4uele lugar3 daí e2
diante se2 perigo para ele# A le21rança persiste u2 lapso de te2po 2uito curto5
d?;se a eCtinção da reação condicionada ad4uirida# Pode;se provar ta21é2 4ue
u2a espécie de ini1ição atua igual2ente no co2porta2ento do in>usHrio# Assi23
so2os levados a concluir 4ue a >aculdade de apresentar reaçes condicionadas3
te2por?rias3 ad4uiridas3 não é so2ente u2a prerrogativa do siste2a nervoso3
2as3 antes3 u2a >aculdade geral da 2atéria viva3 u2a vez 4ue o corpo do
in>usHrio é >or2ado so2ente de citoplas2a#
'ig# 9
'or2ação de u2a reação condicionada na Para2écia# i3 in>usHrio5 ir3 tra*etHria do
seu 2ovi2ento5 1u33 2icro1arreira de luz ultravioleta5 p3 lugar e2 4ue se achava3
na >ase precedente3 o o1st?culo ultravioleta#
a;1" 7a# >ase a célula nada na peri>eria da gota#
c" <a# >ase ela se choca co2 a 1arreira invisível ultravioleta#
d" Ia# >ase ela suporta o cho4ue de luz ultravioleta e se a>asta de sua tra*etHria#
e" 9a# >ase ela aprendeu a a>astar;se do perigo .a reação condicionada se
>or2ou/#
>" La# >ase a 1arreira é retirada3 2as3 a célula continua a se a>astar .a 2e2Hria
persiste/#
g" Za# >ase ela volta3 pouco a pouco3 zona antes perigosa .es4ueceu3 a reação
condicionada se eCtinguiu/
Mais ainda# A reação citada se >or2ou ao tér2ino de poucos 2inutos3 depois de
algu2as dezenas de eCperiBncias reiteradas# Metalni!o>> .7=I/ 2ostrou3 nu2
interessante estudo3 4ue u2a para2écia pode aprender a distinguir o ali2ento#
%oloca2;se para2écias nu2 2eio 4ue conté2 pH de car2i2 As pe4uenas
partículas indigestas são a1sorvidas do 2es2o 2odo 4ue 2icrH1ios ou outros
ele2entos nutritivos3 2as o >ato não ocorre senão nos dois pri2eiros dias5 no
terceiro3 a célula recusa o car2i23 a1sorvendo3 ao 2es2o te2po3 a ali2entação
nor2al# 'or2ou;se u2a reação condicionada5 o interessante3 poré23 é 4ue ela sH
se veri>icou depois de trBs dias poder;se;ia dizer de eCperiBncias3 durante os
4uais 2ilhares de partículas de car2i2 >ora2 a1sorvidas#
(essas duas eCperiBncias3 tira;se a seguinte conclusão" u2a reação
condicionada3 re>erindo;se ali2entação3 1aseada3 por conseguinte3 na satis>ação
da pulsão ali2entar3 >or2a;se 2uito 2ais devagar3 co2 2ais di>iculdade3 4ue u2a
reação condicionada 2otora pertinente >uga diante de u2 perigo i2ediato3
>ir2ada3 então3 poder;se;ia dizer3 na pulsão de de>esa ou3 co2o eu a cha2o
geral2ente3 pulsão co21ativa#
Pode2os3 depois desta constatação essencial3 a1ordar agora a 4uestão de u2
siste2a de reaçes do co2porta2ento3 4ue caracteriza2 os seres vivos e 4ue
são3 co2o ve2os3 >unção da prHpria 2atéria viva# To2e2os u2 ser eCtre2a2ente
si2ples3 u2a a2e1a3 por eCe2plo e analise2os seus re>leCos ou reaçes
i2ediatas " possível reduzi;las a 4uatro essenciais" ela >oge do perigo3 a1sorve
ali2entos3 2ultiplica;se e pode 2es2o3 en4uistando;se3 dar a1rigo sua
descendBncia3 pois no interior do 4uisto3 consegue dividir;se e2 u2 enCa2e de
pe4uenas a2e1as#
(o ponto de vista 1iolHgico3 no 4ue concerne aos seres vivos e suas reaçes3 é
possível3 portanto3 >or2ular o 4ue segue" a Natureza procura conservar a vida e
para esse >i23 ela a di>erencia segundo dois princípios" o do so2a e o do gér2en#
D pri2eiro3 o indivíduo3 conduz o segundo3 a espécie# D pri2eiro é 2ortal3
descontínuo5 o segundo3 i2ortal3 contínuo# Para garantir u2a certa duração do
indivíduo3 para preserv?;lo do ani4uila2ento3 antes 4ue tenha cu2prido sua
tare>a3 4ue é a de trans2itir o gér2en da espécie3 a Natureza o dotou de dois
2ecanis2os especiais5 do 2es2o 2odo3 para a preservação da espécie eCiste2
ainda dois outros 2ecanis2os# Para a conservação do indivíduo esses
2ecanis2os ou instintos >unda2entais são" o de de>esa ou co21ativo e o de
nutrição# Para a conservação da espécie3 os dois 2ecanis2os inatos nos
organis2os são" o da seCualidade e o da 2aternidade# $sses 2ecanis2os
>unda2entais inatos são geral2ente cha2ados instintos5 pre>iro design?;los de
outra >or2a3 de vez 4ue a palavra instinto é seguida2ente e2pregada e2
di>erentes sentidos3 podendo gerar con>usão# Na verdade3 u2 instinto é antes u2
con*unto 2ais ou 2enos co2pleCo de 2uitos ele2entos inatos 4ue >or2a2 u2a
cadeia# Pre>iro cha2ar pulses esses 4uatro 2ecanis2os de 1ase inatos#
Te2os3 então3 u2 4uadro es4ue2?tico do con*unto do siste2a#
Mecanis2os de conservação do indivíduo"
N 7 Pulsão co21ativa
N < Pulsão ali2entar
Mecanis2os de conservação da espécie"
N I Pulsão seCual
N 9 Pulsão paternal#
Todas as reaçes dos seres se prende2 a esse es4ue2a ou deriva2 dos pulses
4ue aí estão indicadas# Não h?3 propria2ente3 outras reaçes3 apesar de toda a
co2pleCidade aparente das reaçes dos seres superiores e das do ho2e2# A
seriação nu2érica 4ue de2os a esses pulses corresponde sua i2portOncia
1iolHgica" o 2ais i2portante3 por4ue 2ais geral3 é a pulsão N 73 a de luta ou
co21ativa" todo ser vivo deve lutar contra a 2orte3 contra o perigo# $sse perigo é
2ais i2ediato 4ue o da carBncia ali2entar" 4uando u2 perigo3 so1 a >or2a de
agressão3 por eCe2plo3 se 2ani>esta3 é i2ediato e pode levar 2orte3 ao passo
4ue o perigo de u2a 2orte decorrente da >alta de ali2ento3 é antes cr-nico ou
te2poral" não se 2orre de >o2e3 repentina2ente3 pode;se resistir algu2 te2po
2es2o3 passiva2ente e não se perde a esperança de resolver a di>iculdade# Aí
est? por4ue essa pulsão .nutritiva/ pode ser colocada co2o N <# No entanto3 ela
é ta21é2 co2u2 a todos os seres3 en4uanto 4ue a pulsão seCual3 designada
co2o N I3 é 2ais li2itada e 2ais especí>ica3 não é universal5 en>i23 a 2aternal
ou paternal3 e2 seu caso 2ais per>eito3 é 2ais li2itada ainda 4uanto ao nE2ero
de indivíduos3 4ue a ele recorre23 4ue cuida2 de sua descendBncia5 não é
evidente2ente o caso geral# $is por 4ue a coloca2os no n 9#
Dra3 as pulses não são outra coisa senão os 2ecanis2os 4ue estão na 1ase das
reaçes ou re>leCos inatos ou a1solutos3 de 4ue >ala Pavlov e a 4ue cha2a2os de
auto2atis2os#
nas eCperiBnciasX<<Y $stão na srce2
de Pavlov3 4uedose
co2porta2ent
pode o1tero dos seres#associados
re>leCos Vi2os3 poré23ou
condicionados3 derivados de re>leCos inatos ou e2 relação co2 eles# $ 2ostrou;o
Pavlov3 utilizando3 co2 esse o1*etivo3 a pulsão ali2entar ou de nutrição" >oi a
salivação3 e2 ligação co2 a to2ada de ali2ento3 4ue lhe serviu de 1ase $le
2es2o indicou3 contudo3 4ue outras 1ases poderia2 servir a esse >i2# (e >ato3
>izera2;se3 depois3 eCperiBncias e2 4ue as reaçes 2otoras >or2ava2 a 1ase
das reaçes condicionadas (e acordo co2 nosso es4ue2a3 é lícito dizer 4ue se
pode ta21é2 >or2ar re>leCos condicionados3 por eCe2plo3 1ase da pulsão
co21ativa3 ou seCual ou 2aternal# certo 4ue eles não >ora2 tão pro>unda2ente
estudados3 co2o os de Pavlov3 no 4ue respeita pulsão ali2entar#
Pavlov 2ostrou a condição essencial para o sucesso dessa eCperiBncia" é preciso
4ue os dois eCcitantes e2 causa o a1soluto e o condicionante coincida2 no
te2po# D condicionante deve atingir os receptores do indivíduo3 en4uanto u2
re>leCo inato3 portanto3 heredit?rio3 se processa de u2a pulsão# e3 ao contr?rio3
tal processo se eCtinguiu3 se o ani2al3 por eCe2plo3 est? saciado3 seria inEtil
aplicar;lhe u2a eCcitação para criar u2 re>leCo condicionado 1ase da pulsão N
<" o re>leCo não se >or2ar?#
eria de grande interesse conhecer todas as estruturas inatas3 heredit?rias3 nos
ani2ais e so1retudo no ho2e23 4ue pode2 servir de 1ase para a >or2ação de
re>leCos condicionados# ão nu2erosos3 2uito e21ora possa2 ser agrupados e2
4uatro pulses >unda2entais3 4ue resu2i2os3 no es4ue2a aci2a# Pode;se
a>ir2ar3 so2ente3 4ue é possível distinguir3 ainda3 alé2 dessas 4uatro pulses de
>or2a pura3 o grupo dos instintos 4ue3 segundo nossa 2aneira de ver3 são
cadeias3 2ais ou 2enos co2plicadas3 de re>leCos si2ples3 inatos5 depois3 o grupo
de co2pleCos3 4ue não seria2 senão os re>leCos condicionados recalcados no
su1consciente3 ou re>leCos condicionados esta1ilizados3 isto é3 4ue se tornara2
heredit?rios3 se essa possi1ilidade real2ente eCiste3 co2o é *usto acreditar#
Dra3 u2a parte not?vel desses ele2entos inatos3 1ase para a >or2ação dos
re>leCos condicionados3 per2anece certa2ente e2 estado latente3 2es2o durante
toda a vida e sH pode ser desco1erta e2 condiçes especiais# Assi23 u2 2eio de
>azB;los aparecer consiste na a1lação cirErgica ou na paralisia >ar2acolHgica do
cHrteC cere1ral3 portanto3 na eli2inação de estruturas especi>icas para a >or2ação
de re>leCos condicionados" nesse caso3 o1té2;se u2 indivíduo 2odelo3
desprovido de suas estruturas individuais e portador do con*unto de reaçes
inatas3 heredit?rias3 postas a desco1erto#
%ita2os3 2ais aci2a3 o eCe2plo cl?ssico de Pavlov da >or2ação de u2 re>leCo
condicionado 1ase da pulsão ali2entar# .n </#
Ve*a2os3 agora3 u2 outro eCe2plo3 o da >or2ação de u2 re>leCo condicionado3
4ue tenha por 1ase a pulsão co21ativa5 to2e2os u2 cão3 açoite2o;lo co2 u2
1astão 4ue lhe deve ser 2ostrado5 ele >ugir?# e repetir2os isso3 duas ou trBs
vezes3 vere2os 4ue o cão reage3 daí e2 diante3 si2ples vista do 1astão" u2
re>leCo condicionado se >or2ou co2 rapidez 2uito 2aior do 4ue nos casos e2
4ue se usa a pulsão ali2entar# Pode;se escrever a seguinte >Hr2ula"
'ator Reaçã
Pulsão 'atora1soluto
condicionante o
)apítulo II
3a-uinis3o psí-uico
A '$NM$ND G$RA@
D siste2a nervoso
re>leCos Ds rít2icos
Ds re>leCos centros aDs
cronaCia Ade
re>leCos eletroence>alogra>ia
conservação A ini1ição#
Ds
& A $TRTRA
A consciBncia A atenção D inconsciente A psican?lise A narcoan?lise D
segundo siste2a de sinalização de Pavlov As pulses#
% A @NT@fD
Ds re>leCos intuitivos Ds auto2atis2os .re>leCos inatos/ Ds tropis2os Ds
instintos Ds h?1itos Ds ar4uétipos Ds co2pleCos Ds >en-2enos
2etapsí4uicos Ds es4ueci2entos .As re>enaçes/ Ds recal4ues As
>ulguraçes .$spectraçes/ íntese da Psican?lise e dos re>leCos
condicionados#
( A @NT$@GN%@A
Ds re>leCos intelectivos Ds re>leCos i2ediatos Ds heredorre>leCos Ds neo;
re>leCos Ds re>leCos reativos As vitatitudes Ds senti2entos Ds interesses
culturais
psí4uicas# As de>or2açes Ds vícios Ds re>leCos psicolHgicos As alavancas
$ D GRAN($ PRD&$MA
'unciona2ento do 2a4uinis2o psí4uico invent?rio psí4uico (eter2inis2o ou
livre ar1ítrioS
0D es>orço de
notada2ente da atenção
>isiono2iase4ue
aco2panha de u2a
resulte2 de 2odi>icaçes
irradiaçãocaracterísticas3
peri>érica do
>en-2eno da eCcitação cere1ral5 eCiste2 v?rios tipos de atenção 2otora nas
diversas atençes sensoriais# Nota2;se ta21é2 repercusses viscerais da
atenção6#
Por 2eio de eCercício3 a capacidade de concentrar a atenção pode ser aguçada5
pela >adiga3 ela 1aiCa# (epois de >iCar a atenção durante u2 deter2inado te2po3
so1reve2 a i2possi1ilidade de concentr?;la so1re u2a coisa3 e a pessoa torna;se
distraída# A atenção produz >adiga3 e a distração 4ue disso resulta é u2a reação
de desinteresse 4ue 1aiCa o estado de consciBncia e conduz ao sono3 0visto 4ue a
regulação do siste2a de agulhas nervosas3 da dina2ogenia e da ini1ição supe2
o >unciona2ento ativo de u2 centro situado na 1ase do cére1ro3 co2preende;se
4ue a >adiga da atenção diz respeito especial2ente a esse centro5 ora é
precisa2ente 4uando p?ra o seu >unciona2ento 4ue se desencadeia o sono6 X9=Y#
'ala2os *?3 2uitas vezes3 da i2portOncia do inconsciente na vida psí4uica do
ho2e2 e reencontra2os suas 1ases na vida ani2al e2 geral# 0A princípio3
desconhecido por 2otivos religiosos3 o inconsciente apareceu no estudo dos
>en-2enos de auto2atis2o3 de hipnose3 de desdo1ra2ento3 depois revelou sua
i2portante >unção e2 toda a vida psico>isiolHgica# >or2ado de i2agens e
tendBncias instintivas3 cu*a energia 2anté2 a síntese do indivíduo3 te2 papel
essencial na hereditariedade psicolHgica3 no 2etapsi4uis2o etc#6 X97Y Tere2os
ainda 4ue >alar do conteEdo propria2ente dito do inconsciente3 4uando da
classi>icação dos re>leCos# X9<Y A4ui dese*a2os apenas indicar 4ue3 segundo %#
Jung .QI/3 pode;se distinguir duas ca2adas no inconsciente" a individual3 >or2ada
de le21ranças apagadas ou recalcadas e de percepçes 4ue per2anece2
estranhas atenção .su1li2inares/ e a superindividual ou coletiva3 contendo as
2ais re2otas i2agens ancestrais3 os ar4uétipos3 tais co2o os 4ue concerne2 s
>orças naturais3 o ciclo solar ou lunar3 as idéias religiosas etc# e 4ue Platão *? havia
designado so1 o no2e de $idola# X9IY
A 1agage2 do inconsciente individual >or2a;se por u2a atividade co21inatHria3
4ue eCiste ta21é2 na srce2 dos sonhos# Junta2;se a ela3 ainda3 todos os
recal4ues3 2ais ou 2enos intencionais de pessoas3 representaçes e i2presses
penosas# D inconsciente coletivo seria3 ao contr?rio3 0u2a eCpressão psí4uica da
identidade das estruturas cere1rais dos indivíduos na 2assa3 >ora de suas
di>erenças pessoais6 X99Y# ão ele2entos co2uns a todos os indivíduos 4ue
co2pe2 u2a coletividade# Ds recal4ues não são os Enicos a povoar o
inconsciente# Ao lado deles eCiste2 ainda os ar4uétipos3 o 4ue 'reud entendia por
hereditariedade arcaica# $ssas i2agens ancestrais pode2 2ani>estar;se nos
sonhos# H1vio 4ue esses engra2as herdados não são apenas i2agens
verdadeiras ou representaçes de>inidas 2as3 disposiçes nervosas ou
>acilitaçes3 a1erturas de vias3 trans2itidas hereditaria2ente#0
Para se >or2ar u2a idéia 2ais nítida do inconsciente e de suas relaçes co2 o
consciente3 *ulga2os Etil a4ui *untar u2 es4ue2a do (r# Arthur .7=/3 4ue
segundo ele prHprio X9LY é 0u2a si2ples co2paração destinada a >acilitar a
co2preensão do 4ue3 sendo psí4uico3 não pode ser real e 2aterial2ente
representado6# $le co2para nosso psi4uis2o a u2a cu1a .>ig# :/3 contendo todas
as representaçes .diría2os3 co2 Richard e2en .79I/3 engra2as recolhidas no
curso de nossa vida e e2 nHs de>initiva2ente gravadas# Aci2a dessa cu1a3 est? o
$u consciente3 o ho2e2 4ue vB e 4ue3 2unido de u2 pro*etor3 ilu2ina esta ou
a4uela zona da cu1a3 tornando3 assi23 consciente tudo o 4ue é surpreendido pelo
>eiCe lu2inoso pro*etado#
0D 4ue cha2a2os ca2po da consciBncia seria3 assi23 a zona ilu2inada pelo
>eiCe3 a região
2aiore2
cu*o interior as de
i2agens são tornadas
o grau de conscientes#
A
intensidade ou 2enor da to2ada consciBncia3 consciBncia 4ue
pode alcançar3 u2a i2age2 escondida no nosso inconsciente3 4uando a
reencontra2os depende do poder do >eiCe dirigido so1re ela pelo $u consciente#
ão3 co2o disse2os3 i2agens 4ue não pode2os 2ais rever3 nossa 2e2Hria te2
lacunas3 o >eiCe do $u consciente se choca3 seguida2ente3 co2 ca2adas
i2per2e?veis no inconsciente e não consegue clarear as representaçes 4ue
sa1e2os eCistir3 2as3 4ue3 apesar de nossos es>orços3 per2anece2 ocultas na
so21ra#
'ig# :
$s4ue2a 4ue ilustra as relaçes e2 nosso psi4uis2o#
`ona o1scura" todas as i2agens 4ue se encontra2 nesta zona de opacidade
psí4uica são inaclar?veis# $las não pode2 se tornar conscientes# $las são
es4uecidas .0recalcadas6/# M3 o eu consciente" 0>oco ilu2inador6# '3 >eiCe de luz3 ic3
i2agens ilu2inadas atual2ente conscientes# ii3 i2agens atual2ente não
ilu2inadas 2as ilu2in?veis .provisoria2ente inconscientes/# .(e acordo co2
Arthus3 7=/#
A psicopatologia3 isto é3 o estudo das ano2alias da vida psí4uica3 nos revelou
esse i2portante >ato" 4uando u2 indivíduo guarda u2a i2age2 nas pro>undezas
do seu inconsciente3 recolhida por ocasião de u2 aconteci2ento tr?gico ou
penoso e suscetível de despertar;lhe u2 so>ri2ento ou u2a angEstia .caso e2
4ue ela viria a reaparecer no ca2po de sua consciBncia/3 esse indivíduo é
protegido contra essa le21rança dolorosa e o i2pede de to2ar consciBncia das
i2agens desagrad?veis3 a>astando dessas apresentaçes perigosas o >eiCe
lu2inoso do $u consciente# Tudo se passa co2o se u2 anteparo opaco3 no
es4ue2a 4ue reproduzi2os3 viesse interpor;se entre o $u consciente e certos
recantos3 deter2inadas zonas do inconsciente3 i2pedindo3 dessa >or2a3 o >eiCe de
consciBncia de es4uadrinh?;los# D inconsciente se encontra assi2 dividido e2
zonas aclar?veis e zonas o1scuras#
$2 decorrBncia do >ato de 4ue as i2agens escondidas nas zonas o1scuras não
pode2 2ais ser ilu2inadas pelo >eiCe do $u consciente3 essas representaçes
estão condenadas a per2anecer de>initiva2ente inconscientes# $stão assi2
ter2inante2ente su1traídas 2e2Hria3 para se2pre 0es4uecidas6 e delas
dize2os3 >azendo 2enção ao 2ecanis2o 4ue se ope sua passage2 ao ca2po
da consciBncia3 4ue estão recalcadas# .(evería2os dizer3 co2 2aior precisão3
4ue estão eCcluídas/# %ha2a2os dessensi1ilização o >en-2eno 1iolHgico3 e2
virtude do 4ual u2 anteparo se coloca entre certas zonas do nosso inconsciente3
onde dor2e2 as le21ranças 0perigosas6 e o >eiCe lu2inoso do $u consciente#
As dessensi1ilizaçes psí4uicas são3 co2 >re4UBncia3 re>leCos ad4uiridos3
repetiçes de antigos processos3 auto2atica2ente 2es2o 4ue sua 2anutenção *?
não se *usti>i4ue3 diante das circunstOncias atuais# A ação dos re>leCos de
dessensi1ilização é3 portanto3 u2a 2ani>estação do con>lito 4ue eCplode
>re4Uente2ente e2 nHs3 entre nossas tendBncias conscientes3 essencial2ente
variadas e vari?veis3 adaptadas s circunstOncias3 e o $u inconsciente3 reino do
auto2atis2o3 4ue tende a conservar se2pre as >or2as ad4uiridas e 4ue se
caracteriza por u2a propensão i2uta1ilidade#
(e
>eiCeacordo co2do
lu2inoso a i2portOncia das as
$u consciente3 >orças 4ue
zonas intervB2são
o1scuras para tornar
2ais ou i2potente o
2enos a2plas#
As zonas o1scuras 2ais a2plas3 corresponde2 se2pre ano2alias i2portantes na
vida psí4uica da pessoa# e o $u consciente é >orte e as dessensi1ilizaçes raras3
as possi1ilidades de 2e2Hria serão au2entadas# Mas3 se as dessensi1ilizaçes
são nu2erosas3 as zonas o1scuras eCtensas e o $u consciente >raco3 as
possi1ilidades de 2e2Hria serão 2uito reduzidas# o 4ue se produz nos
indivíduos 4ue so>rera2 repetidos trau2as psí4uicos ou 4ue >ora2 víti2as de
circunstOncias in>elizes e 4ue tivera23 desses aconteci2entos3 2uitas
representaçes recalcadas3 zonas o1scuras 2uito eCtensas# X9ZY
Resu2indo3 pode;se dizer co2 %hauchard .<:/ X9:Y 4ue o inconsciente é tudo o
4ue est? >ora do ca2po da consciBncia3 ou se*a"
7 os processos >isiolHgicos 4ue se opera2 nas vísceras5
< toda atividade auto2?tica re>leCa ou instintiva3 1ase dos 4uatro pulses
tratados no capítulo precedente5 X9QY
I toda a 2assa de eCcitaçes recalcadas .le21ranças ou engra2as3 de acordo
co2 nossa ter2inologia/5
9 toda a atividade cere1ral localizada 2uito pouco intensa para atrair u2a
2assa de le21ranças suscetível de i2plicar a i2age2 do $u#
Mas3 ele2entos inconscientes pode2 aparecer no nível da consciBncia3 co2o
certos auto2atis2os so1re os 4uais se >iCa a atenção3 ou engra2as recalcados
4ue retorna2 consciBncia# @nversa2ente3 ta21é23 u2 ato co2eçado na
consciBncia pode ter2inar no inconsciente5 é o caso >re4Uente dos h?1itos ou o
relatado por %hauchard X98Y" 0u2 paciente 4ue ador2ece so1 a ação de cloreto de
etila3 processo r?pido3 é convidado a contar e2 voz alta5 ele p?ra ador2ecido e2
u2 certo nE2ero5 ao acordar3 a>ir2a ter;se detido 2uito adiante5 a partir desse
2o2ento3 havia continuado inconsciente2ente6#
A psican?lise3 so1 o estí2ulo de 'reud e de sua escola3 contri1uiu larga2ente
para nossos conheci2entos so1re o inconsciente# Mas3 seria err-neo identi>ic?;la
co2 as idéias de 'reud# Na realidade3 di>ere do >reudis2o tanto 4uanto o >ato3 da
teoria# u2 2étodo para eCplorar o inconsciente3 cu*a srcinalidade3 segundo
Allend+ XL=Y consiste e2 4ue procede por u2a interpretação# u2 2étodo a>etivo3
4ue >unciona essencial2ente pela via senti2ental e sH acessoria2ente pela via
intelectual e representativa# Parte3 so1retudo3 das pertur1açes do inconsciente e
1usca3 por u2 trata2ento psí4uico apropriado3 co2pensar a lesão psí4uica inicial#
A terapButica psicanalítica di>ere pro>unda2ente da sugestão3 na4uilo e2 4ue visa
aassi2ilação/3
reconduzir a corrigir
consciBncia os ele2entos
u2 co2porta2ento recalcados
vicioso3 .paraasper2itir
a descarregar e2oçessua
latentes# $sse trata2ento deve vencer resistBncias3 trans>erir os a>etos
recalcados3 depois li4uidar esta trans>erBncia# XL7Y 0&reuerXL<Y deter2inou o
princípio da cura psicanalítica" 6o >ato de reconduzir consciBncia u2 ele2ento
a>etivo recalcado3 destrHi o sinto2a nevrHtico 4ue dele depende3 pois tudo o 4ue
pode >azer vi1rar as e2oçes es4uecidas3 2es2o se2 >or2ul?;las eCplicita2ente
na consciBncia3 co2o a conversação3 a leitura3 os espet?culos3 a 2Esica etc#3
possui u2 valor cat?rtico3 isto é3 pode esvaziar o inconsciente de u2a parte de
sua carga dolorosa# 'alou;se3 2il vezes3 dos e>eitos da con>issão3 4ue é u2a
catarse3 2as3 a psican?lise possui esse car?ter inco2par?vel de desco1rir
eCplicita2ente os ele2entos ignorados do paciente3 por conseguinte3 i2possível
de revelar por algu2a 2aneira introspectiva0#
Na evolução individual3 pode;se distinguir >ases caracterizadas pela aparição e2
cada nova >ase de reaçes novas 1ase de pulses ele2entares 4ue se
acu2ula2 progressiva2ente" assi23 depois do cho4ue do nasci2ento e2 4ue o
indivíduo trava conheci2ento co2 o 2undo eCterior3 4ue lhe causa3 pela pri2eira
vez3 eCcitaçes dolorosas e pe e2 >unção os 2ecanis2os da pri2eira pulsão
.de>ensivo;agressivo/3 se desenvolve2 as reaçes a pulses3 nE2ero <
.digestivo/ e precisa2ente nas suas su1>ases la1ial3 dent?ria e anal# (epois da
des2a2a e durante o período lactente 4ue a segue3 são os instintos sociais 4ue
se organiza23 4ue tB2 relaçes co2 a pré;seCualidade in>antil# Ve23 e2 seguida3
a >ase da pu1erdade3 e2 4ue3 ao lado dos pulses 7 e <3 se apresenta2 os
2ecanis2os >ísicos e psí4uicos da pulsão seCual .n I/# $n>i23 são os
2ecanis2os pertinentes pulsão n 9 paternal 4ue caracteriza2 a >ase
seguinte e de>initiva da evolução D1st?culos 4ue se ope2 ao ciclo de
desenvolvi2ento das energias psí4uicas3 causa2 pertur1açes de inconsciente3
paradas ou regresses3 4ue se co2plica2 de 2ecanis2os co2pensadores# Tais
leses iniciais são XLIY 0a renEncia ao es>orço3 as associaçes viciosas .os
co2pleCos/3 atitudes resultantes de con>litos de pulses# Ds 2ecanis2os de
reação são o recal4ue3 a co2pensação ou o desloca2ento .co2 suas >or2as de
pro*eção3 intro*eção3 trans>erBncia3 su1li2ação/5 presta2;se se2pre a u2a
racionalização# Todos esses processos de reação3 incluind o a racionalização3
serve2 para co2pensar a lesão psí4uica inicial6# No decorrer do trata2ento
psicoterapButico3 XL9Y a an?lise3 penetrando cada vez 2ais pro>unda2ente no
psi4uis2o3 atua por u2a espécie de a1lação progressiva das ca2adas da
personalidade" 2ecanis2os cada vez 2ais ele2entares do inconsciente
aparece23 4ue são co2uns a todos" a pulsão seCual3 a pulsão agressiva3 o
narcisis2o3 e con>litos da in>Oncia3 co2o o co2pleCo de dipo etc#
Assi23 a psican?lise se revela o 2étodo por eCcelBncia3 para eCplorar o
inconsciente e interpretar o co2porta2ento3 se*a direta2ente3 se*a
si21olica2ente# Allend+ .9/ XLLY eCplica 4ue o si21olis2o é u2 processo pri2itivo3
dependente da >alta de representaçes a1stratas e do recal4ue" produz;se
auto2atica2ente no inconsciente# so1retudo o sonho 4ue opera por sí21olos#
0D sí21olo per2ite .co2o na ?lge1ra/ lidar >acil2ente co2 conceitos 4ue o
espírito teria 2uita di>iculdade de a1arcar na sua totalidade se2 esse arti>ício#6
Ao lado da psican?lise3 novos 2étodos de eCploração do inconsciente se
desenvolvera2 nos Elti2os te2pos# %onhece2;se esses processos so1 o no2e
de narcoan?lise e são de certa >or2a u2a psican?lise 4uí2ica3 isto é3 4ue
procura23 co2o esta Elti2a3 reconduzir3 por 2eios 4uí2icos3 consciBncia3 s
le21ranças recalcadas a >i2 de neutralizar3 co2 >i2 psicoterapButico3 seu poder
2alé>ico so1re o corpo e o psi4uis2o do ho2e2# D paciente é 2ergulhado nu2
estado de inconsciBncia relativa# $sse estado pode ser o1tido ta21é2 pelos
2étodos da co2oterapia convulsiva" é o eletrocho4ue3 u2a crise convulsiva
resultante da passage2 de u2a corrente elétrica no cére1ro# 0Nos pacientes
assi2 tratados3 a consciBncia3 antes de voltar ao nor2al3 passa por u2 estado
co2par?vel ao 4ue eCiste na hipnose3 período 4ue pode ser utilizado pela
sugestão e2 psicoterapia3 e 2es2o na psican?lise# XLZY Para o1ter igual
possi1ilidade por via 4uí2ica3 e2pregou;se o co2a insulínico ou o cardiazol3 u2
convulsionante# (essas pr?ticas 0nascera2 as idéias de suprir a lentidão da
psican?lise cl?ssica3 pondo o paciente3 co2 o auCílio de u2a droga3 nu2 estado
de se2i;inconsciBncia .segundo estado/ 4ue a1re seu su1consciente ao
eCperi2entador6# .<Q/ XL:Y
a1ia;se *? 4ue u2a ligeira e21riaguez3 devida ao ?lcool3 predispe
lo4uacidade3 >az perder o controle de si 2es2o5 até os selvagens e2pregava2
drogas naturais co2 esses o1*etivos" o pe+otl 2eCicano3 por eCe2plo3 era utilizado
pelos índios para tornar a víti2a incapaz de guardar segredo# No co2eço de
nosso século3 u2a série de drogas >oi e2pregada co2 os 2es2os >ins e essas
atividades trouCera2 a noção do soro da verdade e o seu e2prego e2 >inalidades
*udici?rias e policiais# (esde a Elti2a guerra3 >oi o pentotal3 u2 1ar1itErico3 4ue
ad4uiriu certa cele1ridade3 so1retudo depois 4ue3 e2 789L3 (ela+ prop-s a
introdução da narcoan?lise na pr?tica da 2edicina legal 0a título pura2ente
2édico co2o 2eio de diagnHstico3 depois do >racasso dos processos correntes de
investigação6 .<Q/ XLQY No caso da aplicação da droga3 h? o desapareci2ento da
censura3 4ue est? na srce2 do recal4ue# A adição de u2a a2ina eCcitante do tipo
da ortedrina pode acrescentar depressão hipnHtica u2a eCcitação ver1al 4ue
>acilita a con>issão# XL8Y Viu;se3 ta21é23 4ue a narcoan?lise pode não so2ente
incitar con>issão dos pensa2entos 2ais secretos3 2as3 ainda3 sugerir condutas
ou opinies# %ontudo3 h? a4ui3 co2o no caso da hipnose3 u2 li2ite" o
narcoanalisado 0não >ar? o 4ue est? 2uito e2 desacordo co2 sua consciBncia e2
vigília3 não o1edecer? a u2a sugestão de cri2e# Mais e>icaz3 decerto3 para violar a
personalidade e >azer de u2 indivíduo enérgico u2 >arrapo3 seria o e2prego
repetido dos 2étodos de cho4ue ou de psicocirurgia# XZ=Y (o ponto de vista da
2oral social3 essas pr?ticas são repreensíveis3 da 2es2a >or2a 4ue a4uelas 4ue
denuncia2os nesse livro so1 o no2e de violação psí4uica# 'eliz2ente3 a
psicocirurgia te2 2enor alcance pr?tico e se contenta e2 en>ra4uecer os
processos conscientes e2 >ins terapButicos" desconecta2;se os lH1ulos
pre>rontais do cHrteC cere1ral dos centros até sua 1ase3 onde se encontra2 as
energias principais da vida instintiva3 vegetativa3 e2ocional3 reco1ertas de u2
cHrteC de ini1ição3 XZ7Y 04ue são então retiradas3 dando lugar a u2 estado de
indi>erença3 li1erando o doente da 2elancolia depressiva e3 nos casos dos
doentes agitados3 acal2ando;os# e se pode ad2itir o e2prego dessas pr?ticas
e2 >ins 2edicinais3
processos suaencontrou
intencionais3 utilização u2a
e2 >ins políticos3universal"
reprovação por eCe2plo3
o >atoe2
de certos
4ue a
consciBncia hu2ana se insurge contra essas pr?ticas é u2 sinal recon>ortante na
nossa época3 e2 4ue a noção de >ronteira entre o 4ue é social2ente 2oral e
i2oral se perde cada vez 2ais3 por4ue a possi1ilidade de utilizar3 para o 1e2 ou
para o 2al3 o progresso da ciBncia não é a>ir2ada co2 a >orça necess?ria5 vB;se
isso3 por eCe2plo3 no >ato de 4ue s?1ios não se recusa2 a tra1alhar para a guerra
e a pes4uisar3 e2 seus la1oratHrios3 novas ar2as 2ortí>eras3 u2a atividade 4ue
lhes é i2posta pelos politi4ueiros e 4ue desonra a ciBncia# $ %hesterton te2 razão
de dizer 4ue 0a heresia 2oderna é 4uerer 2odi>icar a al2a hu2ana para adapt?;la
s circunstOncias3 e2 lugar de 2odi>icar as circunstOncias para adapt?;las al2a
hu2ana# ; Parece 4ue o progresso consiste e2 ser e2purrado para a >rente3 pela
polícia 6 XZ<Y
$2 relação co2 o 2undo de reaçes re>leCas do inconsciente3 2as3 ta21é23 co2
o do consciente3 eCiste u2a grande 2assa de outras 4ue >ora2 reunidas por
Pavlov e sua escola3 nos Elti2os anos de sua vida3 so1 o no2e de segundo
siste2a de sinalização# $ste siste2a se 1aseia na >aculdade aparente do cére1ro
hu2ano de reagir espontanea2ente3 poré23 na realidade3 valendo;se de sí21olos
4ue se >iCara23 anterior2ente3 nas estruturas ínti2as do siste2a nervoso central#
A palavra3 os sí21olos ver1ais .pronunciados ou escritos/ tB2 nisso 2uita
i2portOncia# As eCcitaçes aí chega23 são ar2azenadas3 entra2 e2 contato co2
outras depositadas anterior2ente .engra2as/3 co21ina2;se co2 elas e não
volta2 super>ície senão 4uando u2a necessidade correspondente se 2ani>esta
e isso3 2uitas vezes3 so1 a >or2a de co2pleCa cadeia de sinais Nessas cadeias3
re>leCos condicionados pode2 ser co21inados e suceder;se a re>leCos a1solutos
e de todas as categorias (ispensou;se3 então3 a >or2ação de cada elo dessa
co2plicada cadeia de re>leCos3 por u2a ação especial5 utiliza2;se os elos
inter2edi?rios *? preparados 4ue >or2a2 os ele2entos de nossa 1agage2
heredit?ria ou anterior2ente ad4uirida# Dr1ei .7=8/ cita3 co2o eCe2plo de tal
eCploração do princípio do segundo siste2a de sinalização3 o >ato de 4ue se pode
cantar ou tocar u2a 2elodia 4ue u2 2Esico conseguir? eCecutar3 e2 seguida3 no
seu instru2ento3 isto é3 >azer toda a co2pleCa série de 2ovi2entos 4ue são
necess?rios para repetir esse trecho5 ou ainda3 ele a escrever?3 so1 a >or2a de
notas 2usicais3 o 4ue per2itir? a centenas de outros 2Esicos e cantores
reproduzir a 2es2a 2elodia3 e2pregando técnicas de eCecução as 2ais diversas#
Dutro eCe2plo é >ornecido pelas aulas de cultura >ísica# Pode;se utilizar3 para esse
>i23 o ato de i2itação" o pro>essor 2ostra os 2ovi2entos 4ue 4uer ensinar e os
alunos os repete23 i2itando;o# Mas3 pode;se ta21é23 si2ples2ente3 eCpor e2
palavras ou por escrito3 os 2ovi2entos a eCecutar o aluno sa1er? reproduzi;los3
se2 vB;los3 por conseguinte3 se2 re>leCos i2itativos3 poré23 repetindo3 de
2e2Hria3 i2presses
seguida3 so1 2otoras anterior2ente
>or2a de 2ovi2entos recolhidas
correspondentes e os
Todos realizando;as3
ani2ais 4ue e2
possua2 u2a organização nervosa3 pode2 ad4uirir u2 re>leCo condicionado3
associando u2a sensação apresentativa .condicionante/ e u2a sensação a>etiva
.a1soluta/3 4uase si2ultOnea# Nos ani2ais superiores3 a de2ora entre essas duas
sensaçes pode3 depois da a4uisição3 tornar;se 1astante longa" são3 nesse caso3
re>leCos condicionados retardados#
0Ds ho2ens e alguns 2acacos antropHides tB2 aptidão para o sí21olo3 isto é3
para u2a associação 1astante dur?vel e co2pleta entre u2a percepção
apresentativa e outra a>etiva .re>leCos condicionados co2pleCos e de grande
retarda2ento6# %o2o resultado do recurso ao segundo siste2a de sinalização é
possível registrar novas estruturas *a2ais vividas3 cu*o con*unto eCterioriza algo de
novo3 u2 passo adiante3 u2 progresso precisa2ente isso o 4ue3 de certa
>or2a3 se >az típico na vida hu2ana individual e coletiva#
Antes de iniciar o invent?rio das es>eras do inconsciente .re>leCos intuitivos/3 e do
consciente .re>leCos intelectivos/3 dese*a2os repetir3 ainda u2a vez3 4ue na 1ase
de uns e de outros se encontra2 se2pre3 co2o ele2entos indispens?veis
>or2ação de reaçes de todas as categorias3 as reaçes >unda2entais inatas ou
a1solutas3 deno2inadas3 4uase se2pre3 instintos3 4ue os autores >ranceses
cha2a23 s vezes3 de tendBncias3 4ue Wundt designava trie1 e 4ue pre>eri2os
deno2inar pulses3 para evitar con>usão# D1serva2os 4uatro dessas pulses3
cada u2a co2 dois aspectos" positivo .ou captativo/ e negativo .ou o1lativo/# ão
as pulses .co2 a nu2eração 4ue lhes atri1uí2os/ n 7 co21ativo3 co2
agressão .co2o aspecto positivo/3 e >uga3 co2o negativo5 n < digestivo3 co2
a1sorção ./ e repulsão .;/5 n I propagativo3 co2 con*unção ./ e dis*unção .;/5
n 9 protetivo3 conglo2eração ./ e dispersão .;/#
Allend+ .9/ XZIYaplicou o ter2o pulsão noção trie1 de Wundt3 2as3 este
co2preende3 na verdade3 so1 esse no2e3 u2a tendBncia pri2itiva interna e
prHpria3 através do 4ual todo ser vivo responderia s açes do eCterior#
Ds re>leCos 4ue se desenrola2 no inconsciente >ora2 por nHs designados co2o
intuitivos3 por4uanto é por eles 4ue se opera o 4ue ha1itual2ente se cha2a
intuição3 u2a atividade psí4uica 4ue se serve3 co2o 2eios de eCecução3 dos
2ecanis2os do siste2a nervoso 2ais est?veis3 2ais i2ediatos3 dir;se;ia talvez
2ais curtos do 4ue os 4ue são aclarados pelo >eiCe da consciBncia e 4ue
designa2os co2o re>leCos intelectivos3 1ase da inteligBncia# (i>erindo destes3 4ue
são se2pre re>leCos condicionados3 ad4uiridos por u2a eCperiBncia pessoal
durante a vida3 o grupo de re>leCos intuitivos englo1a re>leCos inatos ou a1solutos
de Pavlov3 assi2 co2o re>leCos condicionados 4ue3 servindo;se de ca2inhos não
ilu2inados pela consciBncia3 pode23 contudo3 tornar;se conscientes3 u2a vez
realizados ou3 ao contr?rio3 sendo conscientes3 a princípio3 poderão perder essa
claridade e apro>undar;se na es>era o1scura do segundo siste2a de sinalização
de Pavlov#
'reud acreditou 4ue devia distinguir3 co2o 1ase de todo psi4uis2o 1iolHgico3 u2a
espécie de >orça vital ou de pulsão vital a 4ue deu o no2e de li1ido e 4ue se
relaciona co2 a seCualidade# $ssa >orça dirigiria todas as 2ani>estaçes
psí4uicas3 realizando;se co2o u2a 2ola3 u2 pri2eiro 2ovi2ento3 das 2il >or2as
4ue to2a2 as atividades hu2anas# i1ido seria o agente dinO2ico do
inconsciente# Platão de>endia3 ta21é23 a eCistBncia dessa >orça3 4ue cha2ava
$ros#
Allend+ .9/3 XZ9Y co2o 'reud3 pensa 4ue3 se os ho2ens chegara2 civilização3 >oi
derivando3 para suas artes3 suas indEstrias3 u2a parte da li1ido pri2itiva2ente
ligada apenas satis>ação dos instintos naturais# Não acredita2os 4ue o
postulado de u2 tal deus eC 2a4uina se*a inevit?vel para a eCplicação dos >atos
psí4uicos do co2porta2ento hu2ano# Para Allend+ .9/3 XZLY o inconsciente
apresenta 0dois aspectos di>erentes" u2 ativo3 a li1ido3 4ue tende a perseguir as
>inalidades vitais e 4ue é u2 2otor de ação5 o outro3 passivo3 constituído pelas
i2presses registradas engra2as3 de acordo co2 nossa ter2inologia3 pelos
auto2atis2os esta1elecidos3 pelas associaçes >iCadas3 e 4ue resulta das
eCperiBncias >eitas# (# ()ellshauvers .L7/ os designa3 respectiva2ente3 so1 os
no2es de inconsciente dinO2ico e de su1consciente auto2?tico6#
Não acredita2os 4ue se*a co2patível co2 a nova tendBncia o1*etiva da psicologia
valer;se de u2a noção 4ue poderia evocar a idéia de u2a >orça vital 2isterios a e
>inal2ente 2ística# A nosso ver3 é su>iciente >alar3 unica2ente3 do >en-2eno da
prHpria vida3 4ue se distingue pelos >atos concretos do 2es2o car?ter 4ue o de
todos os >en-2enos naturais3 so2ente apresentando3 entretanto3 u2 grau
eCtraordin?rio de co2plicação3 e2 virtude da eCtre2a co2pleCidade 4uí2ica da
2atéria viva D >ato de eCistBncia de u2 do2ínio do nosso psi4uis2o3 e2 4ue os
>en-2enos concretos da atividade nervosa se desenrola2 se2 nosso
conheci2ento3 não aclarados pela consciBncia e 4ue designa2os pelo no2e de
intuição3 não contradiz essa 2aneira de ver# Não nos inco2oda2os de não sentir
o >unciona2ento de alguns de nossos Hrgãos interiores3 co2o os 2ovi2entos do
intestino3 o rit2o do coração3 a secreção das glOndulas etc# 0Pelo >ato de sere2
latentes3 inconscientes3 total2ente ignoradas do $u diz Arthus .7=/3 0as i2agens
do inconsciente .diría2os 2elhor engra2as/ não são 2enos precisas" os
raciocínios inconscientes3 as associaçes de i2agens inconscientes3 não perde2
ne2 e2 *usteza3 ne2 e2 lHgica6 XZZY
$ isso por4ue esses processos no inconsciente3 esses re>leCos latentes3 so>re2
ta21é2
per2ite3 anoregulação
estado dedovigília3
siste2a de agulhada
pelo centro até a 1ase
e2do
u2cére1ro
4ue
a eCtensão eCcitação3 nascida ponto do
cHrteC3 eCpandir;se3 co2o *? supunha Pavlov3 na citação 4ue vi2os aci2a# A
atividade inconsciente é orientada por u2a e>etividade ele2entar 4ue conhece2os
so1 a designação de pulses# $ é 1astante signi>icativo 4ue esse centro do
siste2a de agulhas se situe na 2es2a região do diencé>alo e2 4ue se encontra o
centro do sono3 de onde parte a vaga de ini1ição3 desorganizadora do siste2a de
agulhas nervosas#
(ese*a2os >azer3 agora3 u2a tentativa de inventariar e classi>icar esses re>leCos
intuitivos3 4ue povoa2 a es>era inconsciente# Para 2elhor separar certas
categorias desses re>leCos3 sere2os o1rigados a inventar neologis2os3 pelo 4ue
pedi2os3 desde logo3 desculpas ao leitor#
psicanalíticas"
1ase de 2uitosd?3 na 2aior
estados parte3 srce2
2Hr1idos a pertur1açes
2entais3 2or2ente daspsí4uicas
neuroses#4ue estãogenial
A idéia na
de 'reud >oi3 precisa2ente3 a de procurar3 através de técnicas especiais
interpretação si21Hlica dos sonhos e de certos atos da vida por 2eio da
provocação de associaçes espontOneas de idéias ca2inhos pelos 4uais esses
ele2entos recalcados podia2 escapar do inconsciente e revelar;se3 dando ao
2édico a possi1ilidade de co2preender a tra2a da con>usão ínti2a dos processos
re>leCos3 no psi4uis2o de seu paciente e de a*ud?;lo a dela se dese21araçar#
D recal4ue te23 ainda3 grande i2portOncia na >or2ação do sí21olo3 co2o
de2onstrara2 Ran! e achs .7<:/# Ds estados a>etivos se eCpri2e2 e2 i2agens
si21Hlicas3 2as3 não são sí21olos diretos e2 relaçes i2ediatas co2 seu
conteEdo5 esses sí21olos to2a2 u2a >or2a dis>arçada3 di>ícil de interpretar3
por4ue u2 recal4ue ha1itual eli2ina sua eCpressão aproCi2ada# a razão pela
4ual o sí21olo constitui u2 2eio de eCpressão das idéias e dos senti2entos
repri2idos#
Ran! e achs .7<:/ X8=Y dize2 4ue o sí21olo é o 2elhor 2eio de dissi2ular o
inconsciente e de adapt?;lo .a >avor da >or2ação de co2pro2isso/ a novos
conteEdos da consciBncia# ervi2o;nos do ter2o sí21olo para designar u2
gBnero especial de representação indireta3 4ue di>ere3 por certas particularidades3
da co2paração3 da 2et?>ora3 da alegoria3 da alusão e de todas as outras >or2as
de representação por i2agens . 2aneira de enig2a/3 de 2ateriais intelectuais3
tendo3 co2 essas outras >or2as3 certos traços co2uns# D sí21olo representa u2a
união 4uase ideal de todos esses 2odos de eCpressão" constitui u2a eCpressão
perceptiva3 su1stitutiva3 destinada a to2ar o lugar de 4ual4uer coisa de oculto co2
a 4ual possui certos caracteres co2uns ou a 4ue est? ligada por laços internos de
associaçes# A essBncia do sí21olo reside no >ato de 4ue te2 dois ou 2ais
sentidos3 da 2es2a 2aneira 4ue nasceu de u2a espécie de condensação3 de
a2?lga2a3 de u2 deter2inado nE2ero de ele2entos individuais característicos#
ua tendBncia a despo*ar;se de todo car?ter conceitual 3 para assu2ir caracteres
perceptuais3 o reaproCi2a do pensa2ento pri2itivo e3 a este respeito3 a
si21olização >az parte3 essencial2ente3 do inconsciente3 2as3 não é 2enos
verdade 4ue relativa2ente >or2ação de co2pro2isso3 o sí21olo so>re
igual2ente a ação de >atores conscientes3 de 4ue depende23 e2 graus diversos3
tanto a >or2ação de u2 sí21olo co2o sua co2preensão#
Por esses Elti2os >atos3 >ala2os de >en-2enos de reevocação dos engra2as do
su1consciente luz da consciBncia3 de processos re>leCos 4ue ressurge2 do <
siste2a de sinalização de Pavlov os 4uais entende2os Etil designar co2o
re>enação .do grego ph?ino2ai3 parecer/ para 2elhor isol?;los de outros re>leCos
intuitivos de 4ue *? trata2os e de outros ainda a conhecer3 4ue se aparenta2 co2
eles3 2as3 na4uees>era
ta21é2 tB2 sinto2as especiais# Re>leCos ativos3
condicionados
recalcados3 do inconsciente3 tornados es4ueci2entos pode2
apresentar;se co2o 2esclados de interesse pelo indivíduo e2 cu*o psi4uis2o se
desenvolve2" isto signi>ica 4ue as pulses3 1ase de 4ue se >or2ara23 são
1astante >ortes3 neste indivíduo3 para se i2pore2 >iCação3 pelos 2ecanis2os
>isiolHgicos do inconsciente3 para nele se tornare2 engra2as# Dra3 o >uturo desses
engra2as depende da estrutura psí4uica 4ue eles aí encontra2# D inconsciente3
sede do segundo siste2a de sinalização3 não é u2a t?1ula rasa 4ue sH te2 de
registrar as novidades 4ue chega2" te2 estrutura prHpria3 deter2inada3 ele2entos
heredit?rios3 engra2as ancestrais3 os ar4uétipos e ta21é2 outros 4ue
antecedera2 os novos e 4ue estão depositados e >or2a2 u2a certa estrutura# 3
so1retudo3 u2 con*unto de ele2entos de natureza dita 2oral 4ue nele do2ina"
vere2os3 2ais adiante3 X87Y o 4ue entende2os a respeito desse ter2o a4ui sH
pode2os 2encionar o >ato de 4ue a 1ase da noção 2oral é de srce2 social e
deriva ta21é2 da >orça recíproca das pulses co2o *? vi2os" X8<Y designare2os
a4ui co2o deCtrípeto a direção no sentido de u2 potencial 2oral 2aior3 por4ue3 no
es4ue2a e2 4uestão3 X8IY est? situado direita e levípeto o inverso .por analogia
co2 os ter2os deCtrHgiro e levHgiro na 1io4uí2ica/# Dra3 o interesse de u2a ação
por nHs dese*ada pode ser 2ais su1li2ado3 2ais 2oral ou 2ais egoísta3 2enos
2oral# No inconsciente da 2aior parte das pessoas3 encontra2;se estruturas
i2plantadas pela educação3 eCperiBncia social etc#3 4ue são de orde2 2oral3 ou
se*a3 4ue as i2pele2 no sentido de u2a atividade e2 consonOncia co2 os
siste2as de re>leCos condicionados3 propícios aos interesses da sociedade
hu2ana e opostos3 por ta1us tornados inconscientes3 aos interesses contr?rios#
(e 2aneira 4ue3 se os engra2as novos3 2arcados pelo interesse pessoal .nesse
caso reevoc?veis/3 e de natureza deCtripeta3 portanto 2oral3 recalcados3 se
deposita2 no inconsciente3 nele encontra2 estruturas convenientes e pode2
tornar;se3 no 2o2ento necess?rio ao indivíduo3 re>enaçes 4ue são evocadas
pelos 2ecanis2os de >acilitação se2 es>orço na consciBncia# Dutros3 ao contr?rio3
de interesse levípeto3 nesse caso grosseira2ente egoístas3 i2orais3 recalcados3
se choca2 co2 estruturas a eles opostas .a censura/3 4ue i2pede2 sua
evocação e são 0ativa2ente es4uecidos6" cae2 no regi2e de u2a ini1ição 2ais
ou 2enos total ou parcial e não pode2 >acil2ent e trans>or2ar;se e2 re>enaçes3
re>leCos condicionados intelectivos atuantes3 ilu2inados pelo >eiCe da
consciBncia#
Mas3 ainda u2a 2odalidade pode ocorrer" é 4uando u2 re>leCo intelectivo
recalcado est? 2uito a>astado dos interesses do indivíduo3 4uando a estrutura
1iolHgica deste Elti2o corre u2 grande risco de so>rer por isso" nesse caso3 a
re>enação é ta21é2 entravada3 as estruturas ini1idoras do inconsciente >aze2
valer os direitos a>etivos da natureza hu2ana e i2pede2 a irrupção de u2 re>leCo
Resta;nos
intuitivos a dizer3
ainda3 algu2as palavras ão
so1re o Elti2o do2ínio dos re>leCos
4ue cha2a2os espectraçes# sonhos durante o estado de sono3
4ue tB2 sido 2elhor eCplorados e2 seguida aos sonhos acordados3 aos
devaneios e s inspiraçes3 so1retudo as artísticas3 2usicais3 poéticas3 etc# %o2o
>or2as de pensa2ento antes e durante sua realização#
Nesses Elti2os casos3 as espectraçes se aproCi2a2 >re4Uente2ente3 das
>ulguraçes e co2 elas se con>unde23 poder;se;ia3 talvez3 distingui;los destas3 no
>ato de 4ue as pri2eiras tB2 u2a duração geral2ente prolongada3 ao passo 4ue3
nas >ulguraçes3 o processo se caracteriza3 2uitas vezes3 por u2a aparição sE1ita
e r?pida# As pri2eiras são ta21é2 2ais ligadas aos estados conscientes5 h? u2a
certa di>erença3 todavia3 entre espectraçes oníricas .no sono/3 de u2 lado e os
sonhos acordados e espectraçes criadoras3 do outro" é 4ue3 nas pri2eiras3 o
estado de consciBncia não é co2pleto3 os 2ovi2entos correspondentes do corpo
são a1olidos3 ini1idos e so2ente as i2agens se apresenta2 consciBncia#
A eCploração dos sonhos to2ou u2a i2portOncia capital por >orça da o1ra de
'reud3 4ue reconheceu no sonho 0u2a estrada real6 para chegar ao inconsciente#
D sonho diz Allend+ .9/ X88Y tira todo seu valor do >ato de 4ue se produz
4uando a síntese consciente se encontra >orte2ente relaCada pelo sono# eus
inconvenientes decorre2 das di>iculdades de interpretação3 2as3 resulta2 de u2a
eCtre2a ri4ueza de i2agens e da grande >acilidade co2 4ue os senti2entos
pode2 atuar e se 2ani>estar3 4uando não são contidos por u2 controle intelectual
severo# Ds sí21olos do sonho são >re4Uente2ente 2uito desviados3 por4ue co2
a di2inuição da síntese intelectual3 as >orças de recal4ue continua2 ainda
atuantes# (as aspiraçes inconscientes 4ue dese*a2 eCpri2ir;se3 das >orças de
recal4ue
es>orço3 u24ueau2ento
persiste2 e2 lutar3 da plasticidade
de representaçes3 i2aginativa
resulta o sonho co2 suas4ue cria3 se2
espantosas
possi1ilidades#
D sonho co2preende ele2entos .i2agens3 sensaçes/ e u2a organização desses
ele2entos so1 >or2a de re>leCos condicionados do tipo intuitivo# 0D sonho realiza
u2 dese*o3 de1aiCo de u2 si21olis2o 2ais ou 2enos co2plicado3 prHprio de
4ue2 sonha" é interpret?vel so2ente por associaçes de idéias# %o2porta3
ta21é23 u2a le21rança3 u2a i2pressão atual3 u2a intenção para o
>uturo# X7==Y $Cpri2e3 s vezes3 u2 dese*o insatis>eito e 4ue continua a recla2ar
satis>ação# To2a3 então3 o signi>icado de u2 prazer alucinatHrio para a2ortecer3
2o2entanea2ente3 a li1ido .pulsão3 na nossa ter2inologia/# Ds eCploradores3
privados3 de ali2entação conta Nordens!*old sonhava2 co2 >estins
supera1undantes#X7=7Y $ntre esses dese*os estão3 co2 >re4UBncia3 os de car?ter
seCual 4ue3 >iltrados pela censura de 'reud e 2ascarados so1 >or2a de sí21olos3
enche2 os sonhos# Ds pesadelos3 4ue parece2 ser di>erentes dos dese*os3 não
são 2ais do 4ue cenas insu>iciente2ente ela1oradas pela censura e das 4uais
certos senti2entos desagrad?veis não pudera2 ser >iltrados# Assi23 4uando u2a
2oça vB3 co2 terror3 e2 sonho3 u2 ladrão >orçar a porta de seu 4uarto e entrar3
a2eaçando;a co2 u2a >aca3 conclui;se 4ue ela est? curiosa do a2or3 2as3 te2e
o de>lora2ento X7=<Y6#
Ao si21olis2o3 4ue dese2penha u2 papel de pri2eira i2portOncia nos sonhos3
voltare2os3 ainda3 no capítulo V@#
No sonho acordado3 o1*eto de estudo de (esoille .99/3 4ue criou u2 2étodo de
eCplor?;lo3 o paciente é levado3 partindo de u2a palavra associativa3 a revelar
tudo o 4ue se passa no seu espírito3 o 4ue conduz a u2a interpretação de seu
inconsciente#
Agora 4ue conhece2os3 e2 toda a sua a2plitude3 os principais enunciados da
psican?lise3 tão i2portante para a co2preensão do co2porta2ento hu2ano3
pode2os tentar colocar as noçes da psican?lise e2 relação co2 as noçes da
doutrina de Pavlov3 so1re re>leCos condicionados# Assi23 o 4ue corresponde3 na
psican?lise3 ao inconsciente3 é o segundo siste2a de sinalização# D recal4ue é u2
ato 4ue3 para Pavlov3 te2 seu corol?rio >isiolHgico na ini1ição de u2 re>leCo3 cu*os
traços se >iCa2 nos 2ecanis2os do segundo siste2a e pode2 reaparecer nas
vias do pri2eiro siste2a de sinalização3 no curso de u2 processo deno2inado3
por Pavlov3 desini1ição e cu*a característica >isiolHgica seria u2a >acilitação#
%ha2a2os re>enaçes esses ele2entos re>leCos 4ue retorna23 2ais ou 2enos
2odi>icados# D si21olis2o 4ue a psican?lise revelou e a 4ue atri1ui u2a
i2portOncia de pri2eira orde23 é u2 >en-2eno3 ali?s co2pleCo3 e2 4ue a
di>erenciação
siste2a3 devedosserengra2as e2 relação
considerada co2o co2 outros *? acu2ulados
deter2inante# no segundo
$n>i23 o 4ue para a
psican?lise é a consciBncia3 atri1uiría2os a u2a >acilitação generalizada nu2a
região 2ais ou 2enos localizada do cHrteC cere1ral3 desloc?vel e2 >unção da
srce2 sensorial das eCcitaçes3 4ue a atinge2 e das coneCes preeCistentes
co2o resultado dos processos 4ue tivera2 lugar anterior2ente#
Alonga2o;nos so1re a 4uestão do inconsciente3 e2 >ace da i2portOncia da
2atéria# Vi2os 4ue é a sede do 4ue se cha2ou a intuição3 a ponto 4ue nos
pareceu lHgico designar co2o re>leCos intuitivos os processos re>leCos 4ue nele se
desenvolve2# Vi2os 4ue a4ueles englo1a2 os auto2atis2os psí4uicos
propria2ente ditos e ta21é2 os diversos grupos de re>leCos condicionados 4ue
ocorre2 se2 4ue a luz da consciBncia os aclare ou e2 4ue ela não intervé2
senão parcial2ente ou 4uando *? se 2ani>esta2 pelos seus resultados#
D pro1le2a
a2plitude3 da hereditariedade
é levantado dosvida
atual2ente na caracteres
cientí>ica ad4uiridos3
da R3 e2 e2relação
toda co2
a sua
os
grandes resultados pr?ticos o1tidos por Mitchourine3 no do2ínio da agrono2ia#
&rach .<=/ diz ta21é2 4ue 0seria i2possível eCplicar a eCaltação progressiva de
virulBncia por 1actérias3 4ue se d?3 sucessiva2ente3 e2 indivíduos da 2es2a
raça3 se não se ad2itisse3 nessas 1actérias3 a hereditariedade de caracteres
ad4uiridos# Para os insetos e verte1rados3 sa1e2os 4ue os ele2entos da
linhage2 ger2inal se separa2 2uito cedo do resto do organis2o# Mas3 a
independBncia a1soluta do so2a e do gér2en3 *? a>ir2ada por Weis2ann e3 e2
nossa época3 por Morgan e sua escola3 precisa ser provada3 2es2o no adulto# $
&rach .<=/ tenta dar u2a sugestão no sentido de 4ue se poderia eCplicar
>isiologica2ente o 2ecanis2o de tal >en-2eno3 partindo;se das interaçes entre
os genes e a produção especial de hor2-nios s sinapses entre os neur-nios# $le
cita $# %hauchard .<8/3 segundo o 4ual3 no ontogBnese3 6as regies a>etadas por
u2a su1stOncia deter2inada tB2 seu 4ui2is2o 2odi>icado e produze2 elas
prHprias essa su1stOncia#0 $ssa idéia não é tão i2prov?vel co2o parecia
pri2eira vista3 desde 4ue se sa1e3 agora3 4ue certos vírus ele2entares não se
reproduze23 2as3 2odi>ica2 as células e2 contato co2 eles até torn?;las
idBnticas a si prHprios# $ &rach .<=/ conclui" 0Faver?3 no descendente
hereditariedade de u2 car?ter ad4uirido3 pelo repetido >unciona2ento dos
neur-nios correspondentes no ascendente6#
0Ds geneticistas a>ir2a a independBncia a1soluta do so2a e do ger2e3 2as3
apHia2;se so2ente e2 eCperiBncias negativas# e3 não o1stante3 ad2itir2os a
hereditariedade de certos caracteres ad4uiridos3 pode;se;? aceitar a in>luBncia
progressiva da repercussão recorrente X7=9Y não so2ente so1re >acilidades de
certos >unciona2entos nervosos3 provocados pelas associaçes ad4uiridas dos
pais e herdadas pelos >ilhos3 2as3 ta21é23 so1re a evolução do siste2a nervoso
nas di>erentes espécies6#
(esigna2os os re>leCos condicionados3 indicados co2o heredit?rios
heredorre>leCos3 os 4uais podia2 instituir;se de>initiva2ente3 co2o resultado de
u2a trans2issão e >iCação heredit?ria 4ue condicionaria3 por sua vez3 o
co2porta2ento# eria da 2ais alta i2portOncia >azer estudos nesse sentido#
(o ponto de vista da srce2 dos re>leCos intelectivos3 >ala2os de re>leCos reativos
i2ediatos e heredorre>leCos# Dutro grupo de re>leCos intelectivos 1astante
nu2eroso é o dos neo;re>leCos5 são re>leCos condicionados 4ue3 recalcados no
segundo siste2a de sinalização e voltando consciBncia no 2o2ento necess?rio3
co2o as re>enaçes3 tB23 ao contr?rio destas3 u2 aspecto novo# As re>enaçes
era2 re>leCos estereotipados 4ue voltava2 inalterados e 4ue não so>rera23 deste
2odo3 4ual4uer
sinalização# 2odi>icação durante
Ds neo;re>leCos3 o seu interna2ento
cu*os ele2entos3 no segundo
tendo de2orado siste2a
nesse de
siste2a3
co21inara2;se co2 engra2as de toda espécie 4ue ali são ar2azenados3 por
ocasião de processos psí4uicos anteriores recalcados# Pode2 não so2ente
co21inar;se co2 estes Elti2os 2odi>icar;se3 co2plicar;se3 to2ar u2a >or2a
co2pleta2ente nova e3 reaparecendo na super>ície3 >igurar reaçes espontOneas3
de car?ter total2ente novo3 talvez 2es2o *a2ais vivido# Assi23 pode2 dar lugar a
progressos na ela1oração e realização de u2 co2porta2ento3 de u2a atitude#
$ssa concepção lança u2a nova luz so1re a vida ativa criadora3 so1retudo social3
cu*a co2pleCidade e ri4ueza perde2 seu car?ter 2isterioso3 eCplorado pelos
de>ensores da idéia da eCistBncia de u2a orde2 espiritualista3 transcendental3 4ue
escaparia a trata2ento co2 os 2étodos eCatos das ciBncias positivas# Não h?
necessidade de ad2itir 4ue a al2a hu2ana se*a u2a t?1ula rasa3 aut-no2a e 4ue
possa 2ani>estar espontanea2ente aspectos e atitudes se2 nenhu2a ligação
co2 a vida precedente do indivíduo e2 4uestão# %once1e;se3 >acil2ente3 4ue u2
ca2inho est? a1erto para co2preender 4ue se trata se2pre de u2a pseudo;
espontaneidade" tudo te2 seus >unda2entos 2ateriais3 tudo se encadeia 2es2o
nesse do2ínio psí4uico superior3 4ue é a inteligBncia#
e passar2os agora a considerar a classi>icação dos re>leCos intelectivos do
ponto de vista de seu conteEdo3 condicionante das atividades hu2anas3 so1retudo
sociais3 ve2os 4ue se poderia dividi;los nos seguintes grupos" a/ re>leCos
reativos i2ediatos5 1/ re>leCos iniciativos3 4ue não se li2ita2 a reaçes
estereotipadas3 2as3 e2 4ue as atividades são caracterizadas principal2ente por
u2a co2plicação crescente3 condicionado pelo enCerto de re>leCos uns so1re os
outros3 por a4uilo 4ue se co2preende so1 o no2e de iniciativa3 daí sua
designação5 e/ ter;se;ia 4ue >alar3 >inal2ente3 dos re>leCos psicagHgicos3 isto é3
de re>leCos 4ue se relaciona2 co2 o do2ínio da ação organizada so1re o ho2e2
isolado e so1re as coletividades hu2anas e 4ue nos interessa2 especial2ente
nesta o1ra3 consagrada aos 2eios de in>luenciar psi4uica2ente outre2#
A propHsito de re>leCos reativos e de sua classi>icação 1ase das pulses3
>ala2os pouco antes .ver aci2a/ X7=LY
Mais adiante3 X7=ZYao >alar2os da psicologia social3 vere2os3 2ais
detalhada2ente3 os re>leCos iniciativos# A4ui3 dese*a2os dizer apenas 4ue eles
ta21é2 são condicionados por 1ases a>etivas3 4ue conhece2os co2o as 4uatro
pulses5 de 2odo 4ue3 ao classi>ic?;los3 deles deve2os valer;nos e distinguir
4uatro colunas5 e2 cada u2a dessas colunas3 h? tipos 4ue pode2 ser
escalonados e2 vertical3 situando;os e2 diversos níveis superpostos# $sses
níveis corresponde2 a atitudes e atividades 4ue di>erencia2os co2o se vB no
es4ue2a X7=:Y# $ntre esses níveis tipo3 as vitatitudes caracteriza2 as atividades
nor2ais de 1ase3 na vida# Nas colunas correspondentes s 4uatro pulses3
encontra2os os 4uatro grupos de vitatitudes 4ue co2 eles se relaciona2" o das
vitatitudes co21ativas3 depois as nutritivas3 e2 seguida as seCuais e3 >inal2ente3
as paternais# A cada u2a dessas categorias corresponde2 re>leCos
característicos#
e su1i2os ao nível seguinte do es4ue2a3 chega2os ao tipo das atividades
senti2entais5 as categorias 4ue aí se relaciona23 se2pre na 2es2a orde23
serão" o senti2ento nacional3 depois o religioso3 e2 seguida o a2or e >inal2ente a
a2izade#
e continua2os aco2panhando o 2ovi2ento ascendente3 o da su1li2ação das
atividades3 alcança2os o nível seguinte3 4ue é o das atitudes deter2inadas pelos
re>leCos condicionados intelectivos do grupo iniciativo3 relacionados co2 os
interesses culturais# Ainda a4ui a divisão3 segundo os pulses3 seria" as idéias
socialistas3 depois a 'iloso>ia3 e2 seguida3 a Arte e3 >inal2ente3 a %iBncia#
%ontinuando a su1ida3 chega;se s eCacer1açes da su1li2ação3 s
eCtravagOncias ou de>or2açes das atividades# A di>erenciação3 segundo as
pulses3 seria então" a anar4uia5 depois3 o 2isticis2o3 e2 seguida3 a
eCtravagOncias artísticas3 co2o o surrealis2o3 por eCe2plo5 e3 >inal2ente3 a
adoração das 2?4uinas3 a 2a4uinocracia# Poder;se;ia de>inir esse nível co2o
co2portando atitudes plat-nicas de grande envergadura3 realizando;se por 2eio
de re>leCos condicionados3 e2 desar2onia co2 os interesses sociais#
Mas3 pode;se ta21é2 considerar3 na classi>icação3 o 2ovi2ento contr?rio
su1li2ação3 4ue seria a degradação3 partindo do nível das vitatitudes# ão as
atitudes e2 4ue a pulsão to2a u2 desenvolvi2ento eCcessivo3 4ue do2ina tudo e
d? causa então a >or2as social2ente negativas# o tipo de atitudes 4ue
corresponde2 ao 4ue cha2a2os geral2ente vícios# $2 razão de sua
classi>icação3 e2pregando;se o critério das pulses3 chega;se" ao despotis2o3
depois avareza e glutoneria3 e2 seguida s depravaçes seCuais e3
>inal2ente3 atitude 2isantrHpica# Poder;se;ia3 ta21é23 de>inir esse nível co2o
co2portando atitudes egoístas degradadas3 realizando;se por 2eio de re>leCos
condicionados3 co2 eCacer1ação desar2-nica de u2a sH pulsão#
No seu livro The process o> persuasion3 consagrado psicologia da propaganda3
%l+de Miller .7=L/ analisa essa >unção3 do ponto de vista da possi1ilidade de dirigir
a opinião pE1lica o indivíduo3 co2o a coletividade por 2eios psí4uicos a 4ue
cha2a alavancas .device/3 partindo;se da teoria dos re>leCos condicionados#
u2a aplicação pr?tica dos enunciados cientí>icos da psicologia o1*etiva3 de 4ue
trata2os neste capítulo# Para ele3 essas alavancas são os verdadeiros
propulsores ou disparadores 4ue desencadeia2 u2a reação3 u2 re>leCo
condicionado" na psicologia o1*etiva3 são as eCcitaçes condicionais ver1ais e
>inalistas#
(o ponto de vista da classi>icação dos re>leCos3 4ue condiciona2 esse
co2porta2ento dirigido das 2assas3 pode2os cha2?;los psicagHgicos se
4uiser2os designar esse co2porta2ento co2o psicagogia ter2o e2pregado
por %h# &audoin .79/3 talvez e2 u2 sentido u2 tanto restrito de u2a orientação
das 2assas conduzidas nu2a direção social2ente positiva3 portanto 2oral3 e2
oposição noção de de2ogogia# Parece;nos 4ue seria talvez 2ais o1*etivo >alar
da psicagogia co2o atividade de direção psí4uica e2 geral#
%l+de Miller .7=L/ concorda co2 J# F# Ro1inson 4ue3 no seu livro \esprit co22e il
se >or2e .7I9/3 a>ir2a 4ue nossa 2entalidade é ainda a dos ho2ens das
cavernas3 apenas reco1erta de u2a >ina ca2ada do 4ue cha2a2os espírito
civilizado#
propagandistas#
Z revela2;se co2o a >orça de ho2ens honestos3 ou co2o índices de
tortuosidade de charlatães e de2agogos#
: re>lete2 os >atores 4ue altera2 os diversos canais de co2unicação 4ue são
os Hrgãos pE1licos" i2prensa3 r?dio3 cine2a3 igre*a3 escola3 cO2ara de co2ércio3
sindicato3 entidade agrícola3 sociedade patriHtica3 partido político3 governo etc#
D 4ue as caracteriza3 so1retudo3 é 4ue opera2 rapida2ente3 valendo;se do
ca2inho de nossos re>leCos condicionados3 1uscando in>luenciar;nos para 4ue
aceite2os ou recuse2os3 auto2atica2ente3 a4uilo 4ue nos trans2ite2#
%o2o eCe2plo dessas açes3 %l+de Miller .7=L/ indica 4ue é precisa2ente pelo
e2prego das alavancas;veneno 4ue os agentes da saEde pE1lica pudera2 reduzir
a taCa de 2oléstias contagiosas na enor2e proporção 4ue se sa1e" é graças
propaganda visando higiene pE1lica 4ue tossi2os e espirra2os usando lenços5
4ue preserva2os nosso ali2ento contra as 2oscas5 4ue evita2os o contato co2
os ger2ens contagiosos5 4ue procura2os >ortalec er a resistBncia de nosso corpo
contra os 2icrH1ios perigosos#
F? 2uito te2po3 reconheceu;se 4ue o >also e2prego3 desonesta e 2aldosa2ente3
de alavanca;veneno é u2 cri2e# eis contra a di>a2ação e a calEnia protege2 o
indivíduo contra a in*Eria5 contudo3 essas leis não protege23 ainda3 contra a in*Eria3
as raças3 os grupos3 as religies e as idéias#
A propHsito das alavancas de con*unto .together;device/3 %l+de Miller .7=L/ diz
4ue elas eCplora2 nosso dese*o de seguir u2 líder# D anEncio3 por vezes3 de
4ualidades 2ais destacadas do líder ou de u2a organização3 >eito por u2
propagandista3 não pode2 con>erir sucesso s alavancas e2pregadas por ele3 se
as condiçes de vida da4uele a 4ue2 se destina23 estão e2 >lagrante oposição
co2 os >ins dessa propaganda# %o2o eCe2plo3 cita as eleiçes presidenciais nos
$stados nidos3 e2 78I<# A ca2panha a >avor da eleição de Fer1ert Foover era
enor2e# Mas3 para 2uitos eleitores3 o no2e de Foover estava conta2inado da
noção de dese2prego# Para esses3 o slogan de Foover3 advogando u2a Nova era
econ-2ica3 4ue era antes u2a alavanca;virtude3 se trans>or2ara e2 alavanca;
veneno 4ue desencadeava u2a eCcla2ação ir-nica DhK +eahK .Pois si2K/
Ter2inando este capítulo3 dese*a2os cha2ar a atenção para algu2as concluses
4ue decorre2 das 4uestes tratadas e 4ue a1re2 u2 horizonte para os grandes
pro1le2as inerentes aos >atos do psi4uis2o#
$2 pri2eiro lugar3 recapitule2os3 e2 poucas palavras3 tudo o 4ue se disse a
propHsito dos 2ecanis2os 4ue controla2 o co2porta2ento hu2ano e tente2os
es1oçar u2a i2age2 de con*unto hipotético do >unciona2ento da 2a4uinaria
psí4uica3 4ue deter2ina esse co2porta2ento#
$stí2ulos eCteriores ou reaçes 4uí2icas internas causa2 dese4uilí1rios
energéticos nos neur-nios# D dese4uilí1rio provoca u2a tensão X77=Y nu2
neur-nio3 a 4ual é levantada3 se co2pensada# As co2pensaçes se >aze2 na
direção de 4uatro tendBncias de 4ue trata2os aci2a e 4ue designa2os co2o
pulses# A co2pensação é realizada se a tensão percorre todo o tra*eto de u2a
tendBncia# A >orça dessas pulses3 4ue é deter2inada pela >acilidade reação3
não é igual#
As pulses são caracterizadas pelos dispositivos anat-2icos dos neur-nios# Ds
dispositivos realiza2 >en-2enos >isiolHgicos estereotipados3 os re>leCos# $Ciste2
re>leCos3
trans2ite2cu*as estruturase2e geração
de geração >or2as de reação
re>leCossão >iCadas
inatos hereditaria2ente
ou a1solutos e se
e outros3
ainda pl?sticos 4ue3 utilizando a tra2a anat-2ica dos pri2eiros3 realiza2 apenas
coneCes 2ais ou 2enos est?veis3 entre as diversas partes do siste2a nervoso
superior e se >or2a23 no curso da vida3 e2 >unção de estí2ulo dos Hrgãos dos
sentidos re>leCos ad4uiridos ou condicionados# Repetindo;se regular2ente e
durante longos períodos3 e2 geraçes consecutivas de u2a 2es2a espécie3
pode2 >iCar;se anato2ica2ente e ser trans2itidos >inal2ente por hereditariedade"
torna2;se3 então3 instintos3 tendo por 1ase u2a das 4uatro pulses citados aci2a
e constitue23 seguida2ente3 cadeias de re>leCos 2ais ele2entares#
A 2aior parte das eCcitaçes e re>leCos condicionados3 inEteis ao indivíduo3 é
ini1ida e cai no es4ueci2ento5 outros são recalcados para a es>era inconsciente3
do < siste2a de sinalização e ai per2anece2 e2 estado latente3 representa2 o
esto4ue de le21ranças3 reevoc?veis e2 caso de necessidade .re>enaçes/5 en>i23
ainda outros3 se choca2 co2 as 1ases da estrutura psí4uica do indivíduo3
2or2ente de orde2 2oral3 ancoradas no seu < siste2a de sinalização psí4uica
a censura são recalcados3 por ini1ição3 para o su1consciente5 trans>or2a2;se3
então3 no 4ue se deno2inou co2pleCos#
$sses Elti2os3 4ue tB2 grande i2portOncia na psican?lise3 ão grupos de re>leCos
ad4uiridos no estado latente e pode2 2ani>estar;se direta ou indireta2ente3
in>luenciando3 4uase se2pre negativa2ente3 as atitudes do co2porta2ento3 4ue
depende2 de diversas pulses e parece2 ter u2 car?ter espontOneo# %o2o u2
re>leCo ad4uirido3 para 4ue se >or2e3 deve ter por 1ase u2 re>leCo inato3 assi23
u2 re>leCo condicionado ad4uirido pode tornar;se a 1ase para a constituição de
u2 re>leCo condicionado de grau superior .re>leCo enCertado/# (esses Elti2os
pode2 nascer re>leCos condicionados de diversos graus de co2pleCidade e 4ue
caracteriza2 os co2porta2entos nos diversos níveis da vida social e cultural#
Partindo de 4uatro grupos de u2 nível de 1ase 4ue englo1a as atitudes instintivas
nor2ais .vitatitudes/3 orientadas nas 4uatro direçes pulses pode;se
distinguir 4uatro grupos de atitudes no nível negativo3 do ponto de vista da 2oral
social5 são os vícios" despotis2o3 glutoneria3 depravação seCual3 2isantropia# $ da
2es2a >or2a3 4uatro grupos3 e2 cada nível de su1li2ação progressiva# No nível
dos senti2entos3 os grupos" nacional3 religioso3 a2oroso3 a2ig?vel5 nível de
interesses culturais" social3 >ilosH>ico3 artístico3 cientí>ico5 nível de de>or2açes ou
eCtravagOncias" an?r4uico3 2ístico3 surrealista3 2a4uinocrata#
Alguns es1oços es4ue2?ticos poderia2 dar talvez u2a co2preensão 2ais >?cil
do processo de >or2ação dos re>leCos condicionados e so1retudo da atividade do
< siste2a de sinalização de Pavlov#
uase todos os aconteci2entos pode2 ser considerados3 pelo ser hu2ano 4ue os
o1serva3 co2o agrad?veis ou desagrad?veis3 co2o Eteis ou i2portunos# e não
conhece eCata2ente as causas desse aconteci2ento3 te2 a i2pressão de 4ue
essa ocorrBncia >oi dese*ada de 2odo preciso por u2 outro ser vivo .divindade3
ho2e2 ou ani2al/ a2ig?vel ou hostil" te2 a i2pressão de >inalidade# @sso >oi u2a
ilusão constante para o ho2e2 nas idades pré;lHgicas# Graças ao progresso
cientí>ico3 essa ilusão se atenuou para a 2aior parte dos aconteci2entos#
$3 en>i23 so1re o livre ar1ítrio3 o1serva" 0A li1erdade >ilosH>ica ou livre ar1ítrio
consiste e2 ter consciBncia de u2 >en-2eno 4ue co2eça e2 si ou3 co2o diz
Renouvier3 X7<<Y 4ue te2 u2 co2eço a1soluto6#
uando o ho2e2 re>lete so1re os >en-2enos conscientes 4ue perce1e e2 si
2es2o3 est?3 desde logo3 inclinado a acreditar 4ue são independentes e
inteira2ente di>erentes dos >en-2enos inconscientes .4ue3 ali?s3 não conhece
direta2ente/ e 4ue são >en-2enos se2 causa3 por4ue sucede2 a >en-2enos
inconscientes#
Achille;(el2as e Marcel &oll .7/ X7<IY dize2 igual2ente 4ue 0não é o 2ecanis2o
aparente de nossos atos 4ue nos >az agir3 são nossas disposiçes 4ue antecede2
nossos atos6# F?3 então3 a ilusão do livre ar1ítrio3 1aseada nu2a aparente
>inalidade3 u2a pseudo>inalidade 4ue 0resulta de u2a con>usão entre os >atos
>uturos e a i2age2 4ue deles >aze2os3 i2agens anteriores a nossos atos6#
%o2o nasceu no ho2e2 a ilusão da li1erdade e a consciBncia do livre ar1ítrioS
&rach .<=/ X7<9Y nos d? a resposta"
Ds ho2ens3 nas pri2eiras eras da hu2anidade3 não tinha2 certa2ente3 4ual4uer
atividade volunt?ria" seus atos era2 ou re>leCos3 ou i2pulsivos# $2 decorrBncia da
vida e2 sociedade3 o indivíduo ad4uiriu não so2ente graus 2ais elevados de
consciBncia e u2 nE2ero consider?v el de re>leCos condicionados independen tes
uns dos outros3 2as ta21é23 a linguage23 >acilitando a representação dos 2eios
de realização3 a possi1ilidade de desencadear séries de re>leCos condicionados
engrenados .dize2os enCertados/ uns nos outros .e2 4ue cada u2 é provocado
pelo precedente/ e3 portanto3 u2a organização cada vez 2ais e>icaz de sua
atividade# i2ultanea2ente3 na espécie hu2ana3 a organização especí>ica da
atividade >oi ad4uirida3 pouco a pouco3 através de u2a organização progressiva
do siste2a nervoso e do cére1ro .no ho2e23 a eCtensão dos lH1ulos >rontal e
pre>rontal >oi conco2itante co2 o nasci2ento e a evolução de sua conduta social
e volunt?ria e da consciBncia re>letida/# (e resto3 essa organização especí>ica dos
centros nervosos >acilita3 nos ho2ens atuais3 a a4uisição individual e progressiva
de sua atividade#
A ilusão do livre ar1ítrio é super>icial e não resiste re>leCão# Mas3 a sociedade se
apoderou3 desde 2uito te2po3 dessa ilusão3 trans>or2ou;a e2 pretensa realidade3
dela se serviu para e2itir *ulga2ento de valor so1re os ho2ens3 para enunciar o
4ue deve ser >eito e o 4ue é proi1ido3 para pro2ulgar as leis sociais e 2orais3 1e2
co2o para deter2inar as sançes e as reco2pensas correspondentes#
2 o1servador in>inita2ente inteligente e in>inita2ente ciente poderia prever todas
as decises de u2 indivíduo e não teria a ilusão do livre ar1ítrio deste# @sso não
i2pede a 2aior parte dentre nHs de ter essa ilusão3 necess?ria3 a>inal3 para a vida
nor2al#
2a sociedade sH é verdadeira 4uando seus 2e21ros são su>iciente2ente ativos
e se sente2 uns para co2 os outros3 respons?veis pelos seus atos# Para u2a
sociedade é preciso 4ue tudo se passe co2o se o livre ar1ítrio não >osse u2a
ilusão3
nascer co2o se >osse>oi3u2a
essa ilusão5 realidade#
so1retudo3 'oi o co2eço
a sociedade3 porda2eio
vidade
e2suas
sociedade
regras 4ue
e >ez
sançes3 1e2 co2o pelos o1st?culos 4ue ela o>erece s tendBncias e aos re>leCos
do indivíduo 4ue o >ez to2ar consciBncia de si 2es2o3 do 2eio3 de seus atos e
responsa1ilidades e 4ue lhe d? a ilusão perpétua de u2a livre escolha#
A >unção da sanção nu2a sociedade não consiste e2 punir 4ue2 in>ringe o
cHdigo social3 2as3 e2 de>ender a sociedade contra as tendBncias individualistas3
acentuada2ente3 anti;sociais3 e2 proporcionar u2 eCe2plo suscetível de
e2ocionar e >azer re>letir os outros 2e21ros de co2porta2ento ainda hesitante e
i2pedi;los3 então3 de i2itar3 posterior2ente3 o delin4Uente#
e o livre ar1ítrio >osse u2a realidade e os ho2ens capazes de criar co2eços
a1solutos3 seu te2pera2ento inato e seu car?ter interviria2 2ais para >azer
o1strução s sugestes sociais# *usta2ente por4ue são irrespons?veis 4ue a
educação3 a >a2ília e as leis tB2 tanta i2portOncia so1re seu co2porta2ento#
ual4uer 4ue se*a3 essa ilusão de li1erdade >az3 agora5 parte integrante de nossa
atividade# Mas3 se é verdade 4ue a consciBncia de nossa li1erdade >oi provocada3
so1retudo3 pela desproporção entre nossa sensação 4ue desencadeia a série de
atos inconscientes e o resultado consciente dessa série de atos5 se é verdade
4ue3 co2 a consciBncia de todos os nossos atos3 não tería2os 2ais essa ilusão
de li1erdade3 tere2os3 contudo3 co2 tanto 2aior >re4UBncia3 essa ilusão3 4uanto
2ais a2iEde3 to2ar2os consciBncia de u2 deles3 en4uanto a série se vai
e>etuando#
$ conclui X7<LY
D ho2e23 para ter3 no 2ais alto grau3 consciBncia da li1erdade e do senti2ento
do livre ar1ítrio3 dever? to2ar3 ao 2?Ci2o3 consciBncia dos aconteci2entos
eCteriores e de seus atos" ser livre é so1retudo ser consciente#
$2 su2a3 de tudo o 4ue disse2os neste capítulo3 cre2os poder a>ir2ar 4ue a
ilusão de nossa li1erdade de escolha repousa na eCistBncia3 no nosso psi4uis2o3
da es>era inconsciente .a1soluta ou auto2?tica/ e da es>era consciente .ou
condicionada/" perce1e2os a eCcitação inicial 4ue atinge nossos sentidos e
constata2os consciente2ente nossa ação e2 resposta3 2as3 não nos
aperce1e2os do processo inter2edi?rio 4ue se desenvolve no inconsciente# $ssa
interrupção da continuidade na consciBncia causa3 e2 nHs3 a ilusão do livre
ar1ítrio#
)apítulo III
Re,le2ologia indi+idual aplicada
A an?lise espectral da al2a o a2estra2ento Ds ani2ais s?1 ios A Pedagogia
A Psi4uiatria D delírio e a terapButica soní>era As Elti2as aplicaçes clínicas
da re>leCologia A psicologia nos negHcios A pu1licidade e o anEncio A
organização cientí>ica do tra1alho A docu2entação A Noogra>ia e o princípio
do cine2atis2o do pensa2ento A organização de si 2es2o A psicagogia#
'alando
psicologiadeindividual
u2 ca2po e2na4ue
est? a aplicação
orde2 de nossos
do dia3 não conheci2entos
é possível atuais
silenciar so1re a da
organização do tra1alho3 cu*a racionalização >ez grande progresso3 desde 4ue R#
W# Ta+lor reconheceu as possi1ilidades e necessidades 4ue eCiste2 nesse
do2ínio# D lado psicolHgico dos es>orços nessa direção3 4ue te2 co2o >i2
principal au2entar o rendi2ento do tra1alho e2 todas as atividades hu2anas3 se
2ani>esta3 so1retudo3 na psicotécnica 4ue procura deter2inar3 pelo 2étodo dos
testes psicolHgicos3 as aptides individuais para atividades pro>issionais3 assi2
co2o in>luenciar >avoravel2ente3 através de certas 2edidas3 a parte psicolHgica
do prHprio tra1alho nas e2presas industriais3 co2erciais3 escritHrios
ad2inistrativos etc# Trata;se3 se2pre3 nesses casos3 de aplicação de nossos
conheci2entos das leis de >or2ação de re>leCos condicionados3 ini1içes etc#
$2 relação estreita co2 o pro1le2a da organização cientí>ica do tra1alho3 coloca;
se o da docu2entação cientí>ica3 4ue est? no >unda2ento de toda nossa cultura#
$sse pro1le2a é da 2ais alta i2portOncia e sua racionalização torna;se cada vez
2ais urgente3 pois3 a acu2ulação de conheci2entos hu2anos e de pu1licaçes
4ue os divulga23 atinge2 u2 volu2e in4uietante .2ais de ce2 2il3 co2 2ilhes
de p?ginas por ano/3 enge ndrando o caos e2 sua classi>icação e e2 sua
utilização e>icaz3 4ue se torna progressiva2ente ilusHria3 causando u2a
especialização eCcessiva e u2a 4ueda da cultura geral# D siste2a deci2al de
classi>icação3 os 2étodos de >ich?rio3 2icro>il2es3 2ecanização etc#3 4ue
per2ite2 u2a certa econo2ia de espaço e de te2po3 co2o ordenar o 2anuseio
de docu2entos3 não são 2ais su>icientes# D 4ue se >az a1soluta2ente
indispens?vel é a orde2 2ental3 a econo2ia das energias psí4uicas a sere2
e2pregadas# preciso poupar as >unçes 2entais e utilizar as 4ue resta2 livres
nu2a 2elhor construção dos elos3 das relaçes entre os engra2as#
A aceitação dos enunciados da teoria dos re>leCos condicionados pode3 nesse
particular3 apresentar vantagens eCtre2a2ente i2portantes3 2or2ente pela
síntese verdadeiro o1*etivo de todos os es>orços da ciBncia# $2 2eu livro
Drganisation rationell e de la recherche scienti>i4ue X7I9Y est? eCposto o princípio
do cine2atis2o do pensa2ento" constatei 4ue a síntese de idéias e de >atos e o
nasci2ento de novas idéias se d? tanto 2ais >acil2ente 4uanto 2elhor isola2os
ele2entos a ela necess?rios e os >aze2os penetrar nos 2ecanis2os cere1rais
co2 certa rapidez# o 2es2o principio do cine2atHgra>o" deiCando u2a série de
i2agens se apresentare2 diante de nossos olhos co2 u2a velocidade 4ue
ultrapasse sete i2agens por segundo conseguire2os >undi;las na nossa
percepção e criar e2 nHs a ilusão do 2ovi2ento das >iguras o1servadas nas
>otogra>ias# %oisa an?loga se passa no nosso cére1ro3 no caso aci2a indicado e
nos dota de u2a >acilidade i2prevista para >azer novos achados#
)apítulo IV
A Psicologia Social
A atividade política As teorias sociolHgicas A psicologia das 2ultides D erro
de Gustave e &on As 2assas e as 2ultides A sociologia ani2al A
2entalidade pri2itiva Ds estados greg?rios Multides3 2assas3 pE1lico A
estrutura da sociedade %ont?gio psí4uico por i2itação $Ce2plos tirados da
Revolução Russa D episHdio das 2?scaras de g?s A*uda >raterna A
eCperiBncia dos 1ales ver2elhos3 e2 %openhague A 2ultidão parisiense As
idéias dos 1ehavioristas D siste2a das pulses D siste2a das atividades
hu2anas Ds vícios A su1li2ação Ds senti2entos Ds interesses culturais
As eCtravagOncias A co2pleCidade das atividades hu2anas As 4uatro
doutrinas >unda2entais na evolução da sociedade hu2ana A escola de 'reud
As idéias de Al>redo Adler A doutrina de ^arl MarC D %ristianis2o A série dos
grandes 2ovi2entos populares na histHria#
Ds atos das 2ultides hu2anas3 os >en-2enos da vida social3 entre os 4uais se
deve3 é claro3 classi>icar ta21é2 as 2ani>estaçes da atividade política3 são3
evidente2ente3 os atos psi4uica2ente deter2inados e3 co2o tais3 su12etidos s
leis 4ue rege2 o siste2a nervoso do indivíduo# e2 o ho2e23 não haveria
política e3 co2o o co2porta2ento político é caracterizado pelo ato3 isto é3 por u2
>en-2eno e2 4ue os 2Esculos3 os nervos3 os sentidos dese2penha2 u2 papel
co21inado3 é i2possível3 tratando;se de política3 deiCar de lado os >en-2enos
1iolHgicos3 1ase e>etiva de todo ato# Ds re>leCos condicionados tB2 neles >unção
preponderante3 senão eCclusiva# %o2 e>eito3 se u2 orador arenga para u2a
2ultidão3 na rua3 nu2 co2ício ou no Parla2ento3 se u2 *ornalista escreve u2
artigo político3 se u2 ho2e2 de estado assina u2 2ani>esto ou u2 decreto3 se
u2 cidadão vai depositar sua cédula na urna ou u2 deputado to2a parte nu2a
votação na %O2ara3 e3 >inal2ente3 advers?rios políticos se en>renta2 na rua e
vão s vias de >ato todos esses atos3 se2 eCceção3 são se2pre atos
2usculares3 deter2inados por processos nervosos3 4ue se desencadeia2 nos
seus 2ecanis2os superiores3 e2 seguida a eCcitaçes3 ini1içes etc#3
relacionadas co2 i2presses 2Eltiplas latentes nos seus Hrgãos5 os 2ecanis2os
de suas co21inaçes são os dos re>leCos condicionados de diversos graus#
evidente3 ainda3 4ue não pode eCistir 4uestão política3 senão onde h?
aglo2erados hu2anos 4ue to2a2 parte na ação# Aparece2 eles co2o ele2entos
2ano1rados ou co2o atores3 se*a e2 >or2a co2pacta as 2ultides3 se*a e2
>or2a di>usa as 2assas# X7IZY
Acredita2os 4ue3 lançando u2 r?pido olhar so1re o con*unto histHrico das teorias
sociolHgicas3 pode;se divisar 4uatro grupos3 e2 >unção dos princípios 4ue
preside2 o enunciado dessas teorias3 pelos seus autores# D pri2eiro grupo3 4ue
se poderia designar co2o os psicologistas Gustave e &on3 Tarde3 ighele3 Mac
(ougall 1aseia2 suas idéias na psicologia introspectiva3 4ue est? ultrapassada
pela ciBncia3 co2o >unda2ento su>ici ente para a co2preensão o1*etiva dos >atos
do co2porta2ento social# 2 outro grupo3 o dos sociologistas3 constituído3
so1retudo3 pelos socialistas ale2ães ^auts!+3 Geiger3 Michels3 re*eita a 1ase
psicolHgica# @sso é co2preensív el3 se se considerar 4ue3 no te2po e2 4ue esses
autores eCpunha2 suas idéias3 a tendBncia introspectiva predo2inava e2
psicologia5 os socialistas te2ia2;na co2 razão3 ali?s3 co2o apresentando o
perigo3 e2 virtude do car?ter vago de suas a>ir2açes3 de >avorecer a proli>eração
da 2entalidade idealista3 inco2patível co2 as ciBncias positivas3 so1re as 4uais
se >undava o 2aterialis2o do seu te2po3 1ase 2es2a de suas idéias sociais e
políticas# $ncontra;se o eCtre2o dessa tendBncia e2 (ur!hei2 4ue se i2p-s
co2o 2estre da sociologia >rancesa3 desde o co2eço de nosso século" trata os
ele2entos sociolHgicos co2o entidades prHprias3 do 2es2o 2odo 4ue certos
econo2istas de nosso te2po lida2 co2 noçes de u2a ciBncia econ-2ica3
e2ancipada de consideraçes >ilosH>icas do passado3 2as3 ta21é2 >alha de
dados psicolHgicos e 1iolHgicos 2odernos3 4ue são as verdadeiras 1ases
cientí>icas de todas as atividades hu2anas3 incluídas a econo2ia e a sociologia#
D grupo de sociHlogos psicanalistas 'reud3 Jung3 Adler te2 >unda2entos 2ais
sHlidos para se aproCi2ar da solução dos pro1le2as sociolHgicos3 por4ue se
>ir2a2 e2 >atos de orige2 psico1iolHgica e psi4ui?trica3 2as3 a psican?lise3
utilizando ainda >re4Uente2ente noçes tiradas da introspecção3 chega a
concluses por vezes conta2inadas de u2 car?ter vago e te2er?rio# As idéias de
Rei)ald so1re a 2assa produtiva3 alé2 de consideraçes psicanalíticas3 reEne23
co2 sucesso3 os princípios dos trBs grupos 2encionados#
$n>i23 nas idéias dos 1ehavioristas a2ericanos e nos >atos da psicologia o1*etiva
de Pavlov 4ue co2eça2 a penetrar na sociologia 2oderna3 surge u2a nova
tendBncia 4ue parece ter todas as condiçes de lançar u2a nova luz so1re o
pro1le2a 4ue nos ocupa# (esigna;la;e2os o1*etivista#
As noçes de 2ultidão3 2assa3 líder3 são ele2entos essenciais da ociologia
hu2ana3 a 4ual >az parte3 natural2ente3 das ciBncias 1iolHgicas e co2o estas3
deve prevalecer;se dos 2es2os critérios de an?lise e de síntese# $sse ponto de
vista3 poré23 é de data relativa2ente recente3 o 4ue é 1e2 de2onstrado pelo >ato
de 4ue a ociologia continua sendo ensinada nas >aculdades de letras ou de
direito# Na 'rança3 não eCiste3 ainda3 a cadeira de ociologia na niversidade# D
resultado de u2 tal estado
é H1vio3 constitue2 de1ase
a prHpria coisas
daéociologia
4ue as 4uestes da psicologia
co2o ciBncia social3 4ue3
do co2porta2ento
das coletividades3 ocasionara2 nu2erosas controvérsias3 con>uses3 to2adas de
posiçes err-neas#
Rei)ald3 na sua o1ra docu2entada .7I=/3 e2preendeu a louv?vel tare>a de reunir
u2a grande parte de pontos de vista3 4ue são sustentados na sociologia das
Elti2as décadas e de con>ront?;los uns co2 os outros3 e2 >unção da psicologia
coletiva# $Cpe os pontos essenciais das teorias de diversos autores3 partindo dos
1iologistas e zoo;sociHlogos3 co2o $spinas3 Trotter3 Alverdes3 &echtere)3
Tcha!hotine3 passando3 e2 seguida3 pelos psicHlogos ighele3 Tarde3 e &on3
Mac (ougall3 'reud3 Jung3 Adler e Rei)ald e chegando aos sociHlogos puros3
co2o Geiger3 ^auts!+3 Michels3 (ur!hei23 R# ev+;&ruhl3 Fard+ e os sociHlogos
1ehavioristas a2ericanos3 (e)e+3 Allport3 &ro)n3 W# ipp2ann3 Gallup5 con>ronta3
a seguir3 essas teorias co2 as idéias levadas pr?tica pelos políticos3 co2o
Trots!+3 Bnin3 Fitler3 Mussolini#
(esse estudo histHrico dos pro1le2as da psicologia das 2assas resulta2 dois
>atos essenciais" de u2 lado3 a con>usão decorre do e2prego de noçes de
diversas procedBncias3 insu>iciente2ente de>inidas" assi23 con>unde2;se3
>re4Uente2ente3 os ter2os 2assa e 2ultidão# (e outro3 os critérios e2pregados
para analisar >atos co2pleCos tB23 2uitas vezes3 u2a orige2 dog2?tica e
carece2 de apoio o1*etivo" dessarte3 2uito s autores >ala2 de u2a al2a coletiva3
de vontade da 2ultidão3 do pensa2ento da 2assa e até de u2a personalidade
coletiva#
(iz;se3 por eCe2plo3 4ue 0a guerra é u2a regressão da al2a social6 .P>ister/# Mas3
&ovet .78/ >az a ressalva 2uito oportuna de 4ue é 2uito perigoso e2pregar u2a
eCpressão co2o al2a social3 2es2o 4uando não passe de u2a 2et?>ora" sa1e;
se co2 4ue >acilidade as criaçes da linguage2 se trans>or2a2 e2 entidades
2eta>ísicas# 0 preciso acrescenta co2 toda nossa energia i2pedir a
ressurreição3 no ca2po das ciBncias sociais3 dessas entidades nascidas de u2a
palavra3 4ue a >iloso>ia positiva te23 tão i2piedosa2ente3 perseguido nas ciBncias
>ísicas6# 'oi so1retudo Gustave e &on .87/ 4ue criou con>usão3 e2pregando a
eCpressão al2a social3 na descrição da psicologia das 2ultides# $screveu3 por
eCe2plo" 0Pelo Enico >ato de os indivíduos se trans>or2are2 e2 2ultidão3
possue2 u2a espécie de al2a coletiva3 4ue os >az sentir3 pensar e agir de u2a
2aneira inteira2ente di>erente da4uela pela 4ual sentiria3 pensaria e agiria cada
u2 deles isolada2ente6# &ovet .78/ re*eita essa >Hr2ula3 dizendo"
0D >ato é 2uito o1servado3 2as3 nada te2 de espantoso# $Cplica;se3
integral2ente3 pela psicologia individual# Ds indivíduos não pensa2 co2o
pensaria2 >ora da 2ultidão3 por4ue u2 estado de espírito não é *a2ais outra
coisa3 senão o 4ue é3 nu2 dado 2o2ento3 e2 dadas circunstOncias5 nunca é o
4ue seria3 se essas circunstOncias não eCistisse26#
2a certa clareza das noçes se pro*eta co2 o advento dos estudos das idéias
1ehavioristas e dos pontos de vista 1iolHgicos# A 1iologia cria as 1ases gerais para
a co2preensão de todos os >atos 4ue caracteriza2 a vida social#
Não h? dEvida 4ue o ponto de partida de toda a an?lise psicolHgica das atividades
coletivas do ho2e2 é a constatação de 4ue nenhu2a sociedade3 2es2o ani2al3
pode ser conce1ida se2 u2 certo respeito pela vida de outre23 o1*eto de u2 ta1u
>or2ulado ou silenciosa2ente ad2itido# $sse ta1u não pertence privativa2ente ao
ho2e2" 2ergulha suas raízes na ani2alidade# X7I:Y Ds >atos relatados por
ighele3 X7IQY segundo os 4uais3 na icília3 durante u2a revolta causada pela
>o2e3 2ulheres 4ue >azia2 parte de u2a 2ultidão3 arrancara2 e tragara2
pedaços de carne hu2ana dos corpos de policiais 2ortos3 não invalida2 a
eCistBncia3 e2 toda sociedade3 desse ta1u" trata;se3 no caso e2 4uestão3 de u2
co2porta2ento patolHgico3 desviado5 apesar disto3 não se deve perder de vista
4ue u2 deter2inado 2eio social pode i2por3 se2pre e a todos3 >or2as
particulares aos >en-2enos 4ue se produze2 e2 seu seio#
A psicologia das 2ultides te2 sido 2uitas vezes o1*eto de estudos avançados#
'oi notada2ente Gustave e &on .87/3 na 'rança3 4ue inaugurou a série de
tra1alhos a esse respeito3 os 4uais data2 *? de 2ais de 2eio século# $le >ala da
al2a das 2ultides3 onde dize2os3 atual2ente3 co2porta2ento e 2Hveis#
(istingue o povo e a 2ultidão e adianta 4ue o 2eio e a hereditariedade i2pe2 a
todos os indivíduos de u2 povo u2 con*unto de caracteres co2uns3 est?veis3 pois
4ue de srce2 ancestral3 2as3 4ue a atividade consciente desses indivíduos3
reunidos e2 2ultides3 desapareceria e daria lugar a u2a ação inconsciente3
2uito poderosa3 poré23 ele2entar# e &on3 cu*as idéias >izera2 escola na
sociologia 2oderna3 te2 tendBncia para atri1uir s 2ultides todos os 2ales de
4ue so>re2os e >azer recair so1re elas toda a responsa1ilidade pelos dissa1ores
da vida política e social de nossa época3 4ue cha2a a era das 2ultides# e
considera2os 4ue essa opinião >oi e2itida por volta do >i2 do século passado3 e2
4ue o co2passo dos aconteci2entos3 co2parado co2 o dina2is2o de nossos
dias3 coloca a4uela época co2o u2 período de estagnação3 >ica2os persuadidos3
de 4ue a opinião de e &on não >ora ditada por u2 preconceito e por u2 eCagero
da real in>luBncia 4ue a atividade das 2ultides pode ter na vida dos $stados# F?3
ta21é23 u2a con>usão das noçes das diversas categorias das coletividades
hu2anas# %o2 e>eito3 parece pueril3 atual2ente3 p-r no 2es2o plano u2a
2ultidão 4ue >az u2 lincha2ento3 u2 eCército des>ilando nu2a parada e u2a
cena da %O2ara dos %o2uns3 na @nglaterra# H u2a certa pertur1ação do espírito
pode *usti>icar a seguinte >rase de e &on" 0into2as universais 2ostra23 e2
todas as naçes3 o r?pido cresci2ento do poder das 2ultides# D seu advento
2arcar?3 talvez3 u2a das Elti2as etapas das civilizaçes do Dcidente3 u2 retorno
aos períodos de anar4uia con>usa3 4ue precede a eclosão de novas sociedades6#
verdade 4ue Platão3 na sua RepE1lica3 *? dizia 4ue o poder das 2ultides é u2a
e21riaguez 4ue prepara >atal2ente o triun>o de algu2a tirania#
Mas3 o 4ue caracteriza3 e>etiva2ente3 a época e2 4ue vive2os é3 e2 pri2eiro
lugar3 u2 decrésci2o da in>luBncia real das coletividades na vida pE1lica" torna2;
se3 antes3 instru2entos dHceis nas 2ãos dos ditadores e dos usurpadores 4ue3
utilizando3 de u2a parte3 conheci2entos 2ais ou 2enos intuitivos das leis
psicolHgicas e3 de outra3 dispondo de >or2id?veis 2eios técnicos 4ue lhes >ornece
ho*e o $stado 2oderno3 não se deiCando >rear por nenhu2 escrEpulo de orde2
2oral3 eCerce23 so1re o con*unto dos indivíduos 4ue >or2a2 u2 povo3 u2a ação
e>icaz 4ue apresenta2os a4ui co2o u2a espécie de violação psí4uica# Pode;se
dizer3 co2 decisão3 4ue3 se2 cessar3 as violenta2 psi4uica2ente# natural 4ue
se*a2 o1rigados3 de te2po e2 te2po3 a recorrer a 2ani>estaçes estrondosas3
e2 4ue eCplora2 e desencadeia2 >orças peculiares s 2ultides5 por eCe2plo3 as
estrepitosas paradas 2ilitares3 eCi1içes espetaculares3 co2o os %ongressos de
Nure21erg3 de Fitler3 ou as arengas de Mussolini3 do alto de seu 1alcão# @sso se
eCplica 2uito si2ples2ente" vi2os3 2ais aci2a3 4ue u2 re>leCo condicionado3 se
não é revigorado de te2po e2 te2po3 isto é3 aco2panhado de u2 re>leCo
a1soluto3 perde sua e>ic?cia5 4uando se e2prega co2o 2étodo de governo a
violBncia psí4uica3 a >orça dos sí21olos 4ue age2 so1re nove déci2os das
2assas3 isto é3 a >orça e>icaz das ordens i2perativas so1re os sugestionados3
so1re os escravos psí4uicos3 desaparece3 pouco a pouco3 se não se toca23
periodica2ente3 as cordas 4ue o 2edo ou o entusias2o são capazes de >azer
vi1rar# (aí por4ue a arte de governar dos ditadores co2preende se2pre duas
>or2as ou >ases essenciais de ação" 7 reunir as 2assas e2 2ultides3
i2pression?;las por u2a chicotada psí4uica3 discursando para elas violenta2ente
e >azendo;as perce1er3 ao 2es2o te2po3 certos sí21olos chave de sua
a>etividade reavivando nelas a >é nesses sí21olos# < dispersar3 nova2ente3 as
2ultides3 trans>or2ando;as e2 2assa3 >azB;las agir3 por u2 certo te2po3
cercando;as3 por todos os lados3 de sí21olos tornados3 nova2ente3 atuantes#
Na 'rança3 as idéias de e &on encontrara2 u2a vee2ente oposição de
(ur!hei2 e de sua escola sociolHgica 4ue se levantara2 contra sua tendBncia
psicolHgica# egundo (ur!hei23 a 2ultidão não é u2 >en-2eno pri2itivo3 pré;
social3 2as3 antes3 u2a sociedade in statu nascendi# X7I8Y D 4ue caracteriza u2a
sociedade evoluída é sua estrutura social >iCada .as instituiçes/ 4ue eCclui a
2ultidão3 privada dessa estrutura# $n>i23 ainda de acordo co2 (ur!hei23 a idéia
de e &on3 so1re a in>luBncia das 2ultid es na vida social3 é eCagerada " os >atos
>unda2entais da vida da sociedade não encontra2 sua solução nos golpes
1ruscos e tr?gicos da rua5 estes não pode2 senão re>orçar os 2ovi2entos da
sociedade3 *? eCistentes3 e2 estado latente#
%orrentes sociais eCerce2 so1re o indivíduo u2a pressão3 4ue se trans2ite s
2assas# $ssa pressão ve23 assi23 de >ora3 2as3 onde h? >or2ação de 2ultides3
pode to2ar o car?ter 2ais pri2itivo dos instintos .>undada e2 pulses/# (ur!hei2
repele a idéia de u2 psi4uis2o coletivo 4ue se 2ani>estaria na 2ultidão# (upréel
entrevB a necessidade de distinguir 2ultides e 2assas3 a 4ue cha2a de
2ultides di>usas#
e aco2panha2os as teorias de e &on3 ve2os 4ue suas a>ir2açes so1re a
do2inação das 2ultides na vida 2oderna3 não são3 de 2odo algu23 aplic?veis
s açes dos ditadores3 2as34ue
veri>ica2os 4ue ele visa a>re4Uente2ente
atingir so1retudoagitadas3
a idéia
de2ocr?tica3 insinuando as asse21léias3
irre>letidas3 caHticas3 i2pe2 soluçes3 atos visivel2ente irracionais3 4ue
agrava23 por vezes3 as di>íceis situaçes políticas3 e2 lugar de re2edi?;las# 2
pouco de verdade eCiste nesta a>ir2ação# A nosso ver3 poré23 é *usta2ente u2a
revolta das 2assas contra u2a opressão psí4uica tornada intoler?vel3 u2a reação
sadia 4ue precede a verdadeira revolução ou 4ue anuncia o seu advento# A 2assa
di>usa passiva3 su12issa3 torna;se 2ultidão3 4ue passa 2ais >acil2ente ação5
agitada3 d? livre curso s suas paiCes3 se não são >readas e canalizadas por u2
tri1uno3 u2 ho2e2 4ue3 identi>icado co2 as aspiraçes da 2ultidão3 sai1a
eCplorar as >orças desencadeadas e dirigi;las nu2 sentido 4ue contenha a
salvação# precisa2ente a tare>a dos verdadeiros líderes ou condutores da
hu2anidade3 nos períodos de >er2entação e de revolta 2ais ou 2enos consciente
das al2as3 sa1er utilizar as energias 4ue se desprende2 para chegar a situaçes
de onde se possa ver desenhar os horizontes lu2inosos do >uturo da hu2anidade3
e2ancipada da escravidão 2aterial e psí4uica# ão os legíti2os pro>etas de
2elhores te2pos#
A >inalidade deste livro é contri1uir3 de u2a parte3 para a co2preensão do
2ecanis2o da opressão psí4uica3 tal co2o a utiliza2 os usurpadores 2odernos e
4ue entrava a 2archa do progresso5 e de outra3 dar ar2as e>icazes aos 4ue3 custe
o 4ue custar3 dese*a2 li1ertar os ho2ens e >azB;los alcançar3 2ais rapida2ente3 o
ideal longín4uo 4ue guia a hu2anidade#
Para co2preender o 2ecanis2o da violação psí4uica3 precisa2os reportar;nos s
noçes eCpostas no capítulo @@ a >or2ação de re>leCos condicionados3 o <
siste2a de sinalização3 o siste2a das pulses3 o siste2a de atividades hu2anas
e orientar o estudo de >atores ativos e das reaçes dos indivíduos3 no seio das
co2unidades# (uas >or2as coletivas apresenta2;se diante de nHs" a 2ultidão e a
2assa ou 2ultidão di>usa# D 2étodo a ser utilizado seria tentar >azer u2 1alanço
dos engra2as no segundo siste2a de sinalização3 dos indivíduos nas 2ultides e
nas 2assas3 separada2ente3 esta1elecer o grau de ho2ogeneidade da
co2posição das 2ultides e das 2assas3 deter2ina r os >atores condicionantes e
registrar as reaçes nos dois casos# (e tal estude3 dirigido co2 os critérios
indicados3 poder;se;ia esperar a pro*eção de u2a luz >avor?vel solução do
pro1le2a#
%o2 a intenção de poder agir 2etodica2ente3 na direção indicada3 dese*a2os
ocupar;nos3 u2 pouco3 de dados conhecidos >atos e idéias dos autores 4ue se
preocupa2 co2 essas 4uestes#
No 4ue concerne aos 2étodos e2pregados para eCplicar a psicologia das
2ultides e das 2assas3 poder;se;ia citar Rei)ald .7I=/ X79=Y3 4ue distingue os
2étodos eCperi2entais3 de u2 lado3 e a pr?tica psicolHgica3 4ue se 1aseia e2
o1servaçes da vida corrente das coletividades3 do outro# Para os pri2eiros3
o>erece eCe2plos de eCperiBncias de grupos >eitas so1retudo por Mode e3
ta21é23 pelos 1ehavioristas dos $stados nidos3 4ue não hesitara2 e2 constituir
até 2ultides arti>iciais5 en>i23 pes4uisas 4ue devia2 responder a certas 4uestes
relativas ao pro1le2a5 o 2étodo de sondage2 da opinião pE1lica de Gallup p-de
ser utilizado3 co2 sucesso3 nesses casos# No do2ínio da pr?tica da psicologia
coletiva3 a 2etodologia aplicada se reportava a o1servaçes siste2?ticas na
escola3 no asilo de alienados3 no instituto de crianças a1andonadas#
D 2étodo de associaçes de idéias3 criado por Jung3 para o estudo da psicologia
coletiva3 revela;se aplic?vel3 co2 sucesso3 nas pes4uisas eCperi2entais3 assi2
co2o nas >undadas e2 en4uetes e o1servaçes#
Para poder algué2 prever as reaçes da 2assas hu2anas a 4ual4uer eCcitação
coletiva e sa1er dirigi;las aos >ins a 4ue se prope3 é necess?rio não sH
>a2iliarizar;se co2 seus traços característi cos nacionais e pro>issionais co2o
ta21é2 conhecer o 4ue caracteriza sua psicologia e a das 2ultides e2 geral#
(esde longo te2po3 o1servou;se 4ue essa psicologia di>ere3 radical2ente3 no
ho2e2 4ue se encontra entre seus se2elhantes e na4uele 4ue se acha isolado#
D pri2eiro é 2ais >acil2ente eCcit?vel e nele os >en-2enos de ini1ição3 o do2ínio
de si 2es2o3 estão en>ra4uecidos#
Dutro traço regressivo característico é a perda de pulses volitivas prHprias"
su12ete;se 2ais >acil2ente s ordens vindas do eCterior# Assi23 na REssia
tzarista3 as autoridades e21riagava2 os cossacos co2 vod!a3 4uando os
enviava2 contra os estudantes nos 2otins universit?rios3 criando neles u2 estado
de
co2regressão volitiva
a *uventude para poder 2elhor i2por;lhes u2 co2porta2ento 1rutal para
revolucion?ria#
Ali?s3 veri>ica;se 4ue esse en>ra4ueci2ento de certas >aculdades críticas e
volitivas ta21é2 se o1serva e2 outros casos de aglo2eraçes hu2anas3 4ue não
as verdadeiras 2ultides5 por eCe2plo3 nos de1ates e2 clu1es e associaçes3
parla2entos etc# Dutro traço psicolHgico característico nas aglo2eração hu2anas3
co2o as 2ultides e 2es2o as 2assas3 reside no >ato de 4ue u2a 2udança
psí4uica se opera >acil2ente no indivíduo pela co2unhão co2 grande nE2ero de
seus se2elhantes3 isso nu2a direção 2ais >re4Uente2ente negativa 4ue positiva#
A i2itação é se2pre u2 >ator psí4uico 2uito i2portante nas situaçes greg?rias# A
identi>icação 4ue e2 tal caso3 o indivíduo >az3 de si 2es2o co2 os de2ais
circunstantes te23 certa2ente3 orige23 co2o a>ir2a Rei)ald .7I=/3 X797Y nu2
estado precoce da in>Oncia" o indivíduo tende a li1ertar;se da responsa1ilidade
intelectual e 2oral 4ue pesa so1re ele3 deiCando;a recair so1re os o21ros do
líder#
Não se distinguindo o ho2e23 e2 princípio3 4uase nada dos irracionais3 os >atos
da sociologia ani2al não pode2 deiCar de atrair nossa atenção# Assi2 é 4ue a
independBncia genética co2pleta das duas >or2as de aglo2erados a sociedade
e a 2ultidão prova nitida2ente a di>erença 4ue as separa" vB;se 4ue3 entre os
ga>anhotos 2igratHrios3 u2a 2ultidão se >or2a no seio da sociedade# X79<Y Trotter
.7Z=/ >ala de u2 instinto greg?rio 4ue se colocaria no 2es2o plano das nossas
pulses# Poder;se;ia asse2elhar a nossa pulsão n 93 1aseando;se no 4ue Trotter
diz do senti2ento altruísta 4ue ele >az derivar direta2ente do instinto greg?rio#
Parece;nos3 no entanto3 4ue essa tendBncia se relacionaria antes co2 a pulsão n
73 4ue i2pele os seres vivos a se congregar para au2entar sua segurança3 e2
>ace do perigo de agressão# egundo Trotter3 todo co2porta2ento hu2ano traria
sinais do valor deter2inado desse instinto greg?rio" sua sensi1ilidade para as
diretivas da coletividade a 4ue pertence23 sua conduta e2 caso de pOnico3 sua
tendBncia a 1uscar e natural2ente se inclinar diante dos dirigentes3 sua
su1ordinação a eCploses violentas dos senti2entos3 conduzindo >acil2ente aos
eCcessos dos a*unta2entos do tipo MD&#
$ so1retudo Alverdes .Q/ X79IY3 na 4ualidade de 1iologista eCperi2entado3 4ue
parece ter chegado 2ais perto da verdadeira i2portOncia desses pro1le2as3
4uando diz 4ue 0nenhu2 >ato sociolHgico pode ser co2preendido se2 4ue se*a
reconduzido sua 1ase psicolHgica6 e 4ue 0nos ani2ais3 são o casa2ento e a
>a2ília3 de u2 lado e a associação e2 entidades 2ais vastas3 de outro3 >or2as
societ?rias 4ue3 e2 certas espécies3 se eCclue2 reciproca2ente e3 e2 outras3
coeCiste2 no te2po e u2as ao lado das outras6#
(ois princípios 1iolHgicos então3 se veri>ica23 4ue não pode2 reduzir;se u2 ao
outro# $ssas >or2as de associação preeCistia2 ao apareci2ento do ho2e2 na
Terra# $ntre as sociedades ani2ais3 Alverdes distingue aglo2eraçes si2ples e
2assas ani2ais3 s 4uais atri1ui u2 por4uB coletivo# $le encontra o pri2eiro
princípio entre os protozo?rios3 entre pe4uenos crust?ceos3 entre os o>ídios e os
le22ings" 2a associação desse tipo pode trans>or2ar;se nu2a sociedade" vB;
se3 nos ga>anhotos 4ue3 pousados e2 2assa3 pode2 levantar;se3 todos de u2a
vez3 para >ugir# A i2itação atua nesse caso e seria3 assi23 respons?vel pela
>or2ação de u2 psi4uis2o greg?rio# Nas >or2igas3 pode;se o1servar o
2ecanis2o de eCcitação do instinto de i2itação 4ue se realiza por 1ati2entos das
antenas 4ue entra2 e2 ação tanto nos casos de trans2issão de ordens para
ali2entação3 agressão ou >uga3 co2o para prevenir a sociedade do perigo ou3
ainda3 para tran4Uilizar as co2panheiras in4uietas# $ssa sinalização de alar2e3
por 2eio de 2ovi2entos de antenas3 propaga;se rapida2ente de u2 a outro
indivíduo3 através de todo o >or2igueiro#
^khler p-de o1servar >en-2enos de i2itação pura2ente psí4uica3 desencadeada3
eCperi2ental2ente3 nos chi2panzés3 na estação de Teneri>e" ele to2ava u2a
atitude3 eCpri2indo u2 intenso pavor e >iCava o olhar nu2 deter2inado ponto5
todos os 2acacos to2ava23 i2ediata2ente3 a 2es2a atitude3 e21ora não
houvesse nada a o1servar# Pode;se re>azer a eCperiBncia na rua3 parando e
olhando o céu3 co2 sinais de vivo interesse5 i2ediata2ente3 transeuntes detB2;se
e >ita2 ta21é2 o céu5 no >i2 de alguns instantes3 u2a 2ultidão est? aglo2erada
no local#
A etapa seguinte3 depois dos >atos da sociopsicologia ani2al3 é a da sociedade
pri2itiva3 cu*os espéci2es >ora2 estudados entre tri1os selvagens ainda
encontradas no 2undo# Antes de tudo3 u2a constatação se i2pe" as 2ultides
pri2itivas não são nu2erosas3 a 4uantidade não é3 pois3 u2a de suas
características essenciais" o e>etivo de u2a tri1o australiana se reduz3 2uitas
vezes3 a algu2as dezenas de indivíduos# %o2o diz (e 'elice .I:/3 eCtraordin?ria
sugestiona1ilidade caracteriza os selvagens# $2 virtude de sua insta1ilidade
2ental .>alta de ini1ição3 irradiação de u2a eCcitação >ul2inante/ certas e2oçes
invadindo3 de sE1ito3 todo o ca2po de sua consciBncia3 produze2 neles u2a
sideração tão violenta 4ue dese2penha2 o 4ue se deno2inou de >ator
provocador da histeria e a>ir2a não se2 razão co2o vere2os e2 seguida pela
nossa eCposição 4ue 0as consideraçes políticas3 sociais3 religiosas ou
>ilosH>icas de nossa sociedade### não estão 2uito longe da crença dos selvagens
e2 entidades 2isteriosas 4ue preside2 os destinos dos ho2ens3 reduzindo;os ao
estado de possessos e de2entes6#
R# ev+ &ruhl .8L/ X799Y cu*os estudos nos >ornecera2 dados preciosos so1re a
2entalidade pri2itiva3 encontra di>erenças capitais entre esta Elti2a e a do ho2e2
civilizado3 2as3 o 4ue te2 u2a enor2e signi>icação é a o1servação de 4ue a
2entalidade do civilizado3 4uando >az parte de u2a 2ultidão3 aproCi2a;se
singular2ente da do selvage25 a 2es2a 2entalidade veri>ica;se nas crianças3
nos nevrosados e3 e2 parte3 ta21é23 no sono# Assi23 a a>etividade dos pri2itivos
se apraz e2 utilizar a >or2a visual de i2agens e2 tudo o 4ue se re>ere2 ao 2edo3
esperança3 ao respeito religioso3 ao apelo a u2a >orça protetora# Na 2ultidão3
são3 ta21é2 as idéias i2agens .ta21é2 e &on/ so1retudo nos casos de
aglo2eraçes religiosas3 4ue predo2ina2# $2 a21os os casos3 trata;se das
i2presses da pri2eira in>Oncia# A representação da >orça protetora >?;la
vener?vel3 te2ível e sagrada para os 4ue nela 1aseia2 sua salvação# As
representaçes dos pri2itivos são 2ais de orde2 i2perativa do 4ue intelectual5 o
indivíduo3 nu2a 2ultidão3 su12ete;se 2ais >acil2ente a ordens# Regressão nas
idéias e a2plitude de noçes caracteriza2 o pri2itivo e o indivíduo nu2a
2ultidão# A21os não se aperce1e2 das contradiçes# 2a dissociação da
personalidade é co2u2 aos dois estados" o indivíduo se sente ele 2es2o e se
identi>ica3 si2ultanea2ente3 co2 os outros 4ue >aze2 parte da coletividade#
G# Fard+ 4ue tratou3 ta21é23 do pro1le2a conclui 4ue a 2entalidade dos
pri2itivos é3 e2 tudo3 idBntica 4ue rege a 2ultidão civilizada" essa coincidBncia
de características torna;se ainda 2ais evidente 4uando se considera a >or2ação
de 2ultides nos ho2ens pri2itivos# A di>erença entre a 2ultidão e a sociedade
nor2al é3 entre os pri2itivos3 tão radical 4ue a pri2eira3 longe de aparecer co2o
u2a 2ani>estação da segunda3 ao contr?rio3 a ela se ope e tenta anul?;
la3 X79LY de 2odo 4ue a natureza de >en-2eno da 2ultidão3 na 4ualidade de
>or2ação patolHgica 4ue a2eaça até a eCistBncia da coletividade3 aparece co2o
alta2ente prov?vel" todos os traços de 2ultidão são a2pliados na 2ultidão
pri2itiva3 co2o acentua Fard+# Assi23 a ho2ogeneidade as 2es2as raças3
religião3 estilo de vida3 o 2es2o nível social3 condiciona2ento intelectual e 2oral
>acilita a >or2ação das 2ultides# e acrescenta2os isso a e2otividade
apaiConada3 2or2ente so1 a >or2a de 2edo e de Hdio3 >iCados hereditaria2ente3
a eCperiBncia de u2 passado inseguro3 conce1e;se 4ue os pri2itivos vivia2 e
vive2 nu2 2undo cheio de in4uietudes e angEstias# Ds 2enores 2ovi2entos
eCteriores provoca2 a aglo2eração so1 a >or2a de 2ultides#
%ertos ele2entos de orde2 >isiolHgica3 co2o a >o2e e a su1ali2entação cr-nica3
torna2 esses estados ainda 2ais agudos# $stão de tal >or2a ha1ituados a esses
estados greg?rios 4ue considera2 dese*?veis3 4ue tB2 se2pre 2ão os 2eios
para atingi;los" tantãs desen>reados3 u2a 2Esica de rit2o 1rutal3 criando a
o1sessão e arrastando até os 2ais cal2os# A agitação3 o cheiro de poeira3 os
gritos e os uivos3 gestos auto2?ticos3 oscilaçes regulares do corpo3 das
eCtre2idades e de ca1eça3 leva2 a u2a espécie de hipnose# (e passage23
poder;se;ia le21rar 4ue3 nos nossos dias3 nos grandes a*unta2entos populares3
e2prega;se 2uitas vezes a algazarra3 a 2Esica3 as grandes paradas3 para atingir
os 2es2os >ins#
$ssas tri1os selvagens 1usca23 na e21riaguez coletiva3 u2 estado de
o1nu1ilação greg?ria 4ue aparece nu2a 2ultidão eCcitada e 4ue le21ra a
e1riedade causada pelos narcHticos#
(a >or2ação das 2ultides entre os pri2eiros3 o ca2inho psicolHgico 4ue >az
co2preender o >en-2eno greg?rio nos povos cha2ados civilizados é direto# (e
u2 lado3 a 2ultidão civilizada se distingue pouco3 e2 princípio3 da pri2itiva3 co2 a
Enica di>erença de 4ue os 2es2os traços característicos aparece2 2ais
en>ra4uecidos3 2enos 1rutais3 se 1e2 4ue se assista3 por vezes3 a eCploses de
paiCes de u2a eCtre2a violBncia3 verdadeira selvageria3 co2o ressalta de u2a
cena
certo de
4uegreve
dos 2ineiros3 descrita
nospor
$2ile `ola3
4ueno
seu ro2ance
os >en-2enos greg?rios pri2itivos3 to2a2 o car?terGer2inal#
de >estas
associadas a ritos religiosos3 e2 4ue u2 >renesi desarrazoado se apodera3 s
vezes3 dos particip antes3 4ue cae2 e2 u2 estado de BCtase coletivo3 BCtase 4ue
leva >re4Uente2ente a 2assacres e a >en-2enos de desgaste e desagregação da
sociedade3 não pode2 ser considerados senão co2o >or2as patolHgicas#
(e outro lado3 a eCistBncia da 2ultidão pri2itiva pode dar lugar criação das
2assas ou 2ultides di>usas e2 4ue a 2entalidade conserva certos caracteres
pri2itivos3 co2o a credulidade3 a preponderOncia da a>etividade so1re os
ele2entos da razão3 as tendBncias con>or2istas3 a presteza para seguir os
líderes5 a di>erença é 4ue não h? cont?gio a>etivo3 indução 2otora3 i2itação" as
reaçes não são tão vee2entes e eCplosivas co2o nu2a 2ultidão# D 2otivo est?
no isola2ento espacial# A gBnese das 2assas e3 portanto3 das >or2as da
sociedade constituída3 >oi esclarecida por Mac (ougall .88/ X79ZY3 e2 cu*a opinião
o isola2ento social pode tornar;se u2 peso insuport?vel para o indivíduo3 4ue se
encontra e2 di>iculdades econ-2icas e 4ue perdeu3 por isso3 a >orça de
resistBncia psí4uica# eria3 segundo Rei)ald3 .7I=/ u2a das causas do sucesso
do nazis2o 4ue levava a u2a >?cil aglo2eração dos ele2entos se2 classe e
desa*ustados# uando u2a certa organização contra1alança os caracteres
caHticos da 2ultidão3 deiCa ela de eCistir3 trans>or2a;se e2 2ultidão di>usa3 e2
2assa3 4ue é *? u2 ele2ento nor2al3 integrado na sociedade#
preciso 2encionar3 ainda3 a idéia de 'ro22 .Z=/3 X79:Y 4ue esclarece o
processo de aglo2eração e 4ue se poderia talvez encarar co2o u2 contrapeso
tendBncia para a li1erdade 4ue3 segundo Pavlov3 teria suas srcens e2 u2 re>leCo
especial inato# 'ro22 .Z=/ >ala do 02edo da li1erdade6 4ue so1reve23
possivel2ente3 co2o u2a conse4UBncia do car?ter 2ecanicista e enervante
ad4uirido por nossa civilização# D indivíduo sente;se isolado e2 u2 2undo
i2enso e a2eaçador# A sensação de li1erdade total provocaria senti2entos de
insegurança3 i2potBncia3 dEvidas3 solidão e angEstia# Para poder so1reviver3 o
ho2e2 precisa 4ue esses senti2entos se*a2 en>ra4uecidos3 aliviados3
a2enizados# 2a tendBncia na direção s?dica e 2aso4uista contri1ui para 4ue o
ho2e2 procure >ugir da solidão 4ue lhe é insuport?vel#
D raciocínio de Rei)ald .7I=/ X79QY é 2uito interessante no 4ue concerne
psicologia da >or2ação da sociedade# 0A sociedade se constitui diz ele e2
decorrBncia do >ato de 4ue a 2aioria consegue do2inar e recalcar suas
tendBncias agressivas6# No início as 2ani>estaçes da pulsão n 7 vão polarizar;se
no eCterior3 so1 >or2a de guerras3 colonização etc# Mas3 u2a parte da
agressividade su1siste3 a4uela 4ue se 2ani>esta so1 >or2a de cri2es# A
sociedade dirige u2a luta contínua e encarniçada contra a cri2inalidade3
1uscando
tra1alho3 au2a
arteco2pensação
so1 a >or2a deassi2
su1li2ação da pulsão agressiva pelo
e as atividades intelectuais3 co2o pelos esportes e3 2ais
direta2ente3 so1 >or2a de vingança coletiva3 pela *ustiça punitiva# No início3 cada
2e21ro da sociedade participa por eCe2plo de apedre*a2ento# Assi23 a
satis>ação de pretenses cri2inosas é desviada por u2a pro*eção so1re os
culpados3 levada a e>eito co2 outros 2e21ros da sociedade# $sse
apazigua2ento coletivo se 2ani>esta3 ta21é23 na participação e2 eCecuçes
pE1licas 4ue revestia23 até >ins do século V@@@3 o car?ter de >estas populares#
Atual2ente3 li2ita;se ao espet?culo de causas céle1res#
A co2pensação da pulsão co21ativa se >az3 nos nossos dias3 ainda e2 outra
direção" tudo o 4ue o indivíduo não 2ais se pode per2itir no seio da sociedade
.a21ição eCagerada do poder3 veleidade de propriedade eCcessiva3 satis>ação de
u2a vontade selvage2 de destruição/ é trans>erido ao $stado3 4ue se torna3
então3 u2a espécie de reservatHrio onde se acu2ula a energia agressiva
potencial dos indivíduos# D $stado pode per2itir;se tudo o 4ue é proi1ido aos
indivíduos# Ds cri2es 4ue co2ete são *usti>icados# o2ent e o $stado pode
continuar a viver nu2a espécie de estado natural 4ue est? ultrapassado pelo
indivíduo#
A an?lise >eita aci2a 2ostra;nos o >en-2eno da evolução psicolHgica ascendente
dos ele2entos greg?rios do ho2e23 a >or2ação da sociedade estruturada# Mas3
por instantes e e2 deter2inadas circunstOncias3 a sociedade se relaCa3 diz (e
'elice .I:/ e os indivíduos 4ue a co2pe2 cede2 a u2a irresistível necessidade
de eCplosão3 es>orça2;se por se su1trair aos costu2es e s leis 4ue viera2
contrariar o livre *ogo de seus instintos" agrega2;se e2 2ultides co2 todas as
suas características a>etivas 4ue pode2 dar lugar realização do co2porta2ento
das 2ultides pri2itivas# Ds entusias2os a>etivos3 0a e21riaguez dessas
2ultides pode conduzir destruição de toda espécie de sociedade6# X798Y$3
nesse caso3 0longe de insu>lar no corpo social u2 vigor novo3 não passa2 de
espas2os de u2 2al 4ue a corrHi e são sinto2as de sua deco2posição
te2por?ria ou de>initiva### provoca2 loucuras3 ao acaso3 arre1ata2entos histéricos
e golpes de >orça6# (esses >atos3 vB;se 4ue3 en4uanto a sociedade representa u2
agregado dur?vel3 a 2ultidão é u2 a*unta2ento passageiro e2 4ue se a1re
ca2inho para u2a intoCicação psí4uica 4ue u2a tirania 4ual4uer pode eCplorar
e2 seu proveito# Poder;se;ia3 ainda3 dizer 4ue 0a sociedade é u2 >en-2eno
nor2al 4ue se apoia na realidade 1iolHgica do indivíduo3 do 4ual é a sua
salvaguarda6# A 2ultidão3 ao contr?rio3 0>en-2eno anor2al3 ani4uila3
provisoria2ente3 essa realidade3 su12ergindo;a3 nu2a 2assa a2or>a3 cu*a srce2
e co2porta2ento atesta2 su>iciente2ente o car?ter patolHgico6#
preciso distinguir3 co2o disse2os aci2a3 entre as noçes de 2assa e 2ultidão#
2a 2ultidão é se2pre
u2a u2a
2assa3 en4uanto
A 2assau2aest?3
2assageral2ente3
de indivíduosdispersa
não é3
necessaria2ente3 2ultidão#
topogra>ica2enie3 os indivíduos 4ue a >or2a2 não tB2 contato i2ediato3 corporal
e esse >ato3 do ponto de vista psicolHgico3 a distingue3 sensivel2ente3 da 2ultidão#
Mas3 h? u2 elo3 apesar de tudo3 entre os ele2entos de u2a 2assa" u2a certa
ho2ogeneidade 4uanto sua estrutura psí4uica3 deter2inada por u2a identidade
de interesses3 de 2eio3 de educação3 de nacionalidade3 de tra1alho etc#
G# Tarde .7L7/ ao contr?rio de outros sociHlogos cha2ou a atenção não sH para o
pro1le2a das 2ultides3 2as3 ta21é23 para o do pE1lico 4ue corresponde3 e2
certa 2edida3 ao ele2ento na sociedade a 4ue designa2os pelo no2e de 2assa#
Tarde contradiz a opinião de e &on .87/3 segundo a 4ual vivía2os nu2a 0era das
2ultides63 dizendo 4ue seria3 antes3 a 0era do pE1lico6# %onsidera o pE1lico co2o
o grupo social do >uturo# 'alando das di>erenças entre o pE1lico .2assa/ e a
2ultidão3 acentua 4ue3 en4uanto o co2porta2ento da 2assa depende de >atores
co2o o cli2a3 o te2po3 a estação .0o sol é u2 dos grandes t-nicos da 2ultidão6/3
o pE1lico não depende deles# D pE1lico pode ser internacional3 2as3 não a
2ultidão# D pE1lico .2assa/ pode >azer nascer o >en-2eno 2ultidão3 co2o a
2ultidão3 ta21é23 dispersando;se3 torna;se 2assa# A >isiono2ia do pE1lico pode
ser di>erenciada segundo a 2ultidão 4ue dele sai5 assi23 os ele2entos piedosos
do pE1lico se reEne2 na 2ultidão dos >iéis da @gre*a3 nas peregrinaçes a ourdes
etc#3 os ele2entos 2undanos nas corridas de ongcha2ps3 nos 1ailes e
1an4uetes3 os ele2entos intelectuais nos teatros3 con>erBncias etc#3 os ele2entos
oper?rios nas greves3 os ele2entos políticos nas reunies eleitorais3 nos
parla2entos5 os ele2entos revolucion?rios nos 2ovi2entos insurrecionais#
2a classi>icação das 2ultides pode ser >eita ta21é2 na 1ase de nossa
di>erenciação de pulses3 co2o ele2entos >unda2entais das a>etividades3
servindo para caracteriza r os re>leCos a1solutos e construir os condicionados# As
realizaçes de entidades sociais3 co2o as 2ultides3 4uase nunca são do tipo
puro3 isto é3 1aseando;se nu2a sH pulsão3 2as3 seguida2ente3 são duas pulses
4ue serve2 de esteio a u2a 2ultidão caracterizada# Assi23 poder;se;ia
esta1elecer u2 4uadro es4ue2?tico de diversas realizaçes nesse sentido3 o 4ual
incluí2os 2ais adiante#
Nesse 4uadro3 as 4uatro colunas verticais corresponde2 s 4uatro pulses5 assi2
co2o as 4uatro linhas horizontais5 nas casas 4ue estão situadas nos cruza2entos
das colunas e linha3 encontra2;se as deno2inaçes das 2ultides3 de 2odo 4ue
se pode3 por eCe2plo3 seguindo a linha < .pulsão n </ até a coluna I .pulsão I/3
encontrar o no2e ca1aré3 pois3 o con*unto de pessoas reunidas >or2a u2a
2ultidão3 cu*a natureza é caracterizada pelas pulses nutritiva .</ e seCual .I/3
4ue as i2pelira2 a procurar esse lugar# e as duas coordenadas são da 2es2a
natureza
interseção.do
da2es2o
linha < nE2ero/3
te2;se u2a 2ultidãoa do tipo1an4uete3
puro5 pore2
eCe2plo3
co2 a coluna <3 encontra;se casa 4ue a na
satis>ação da pulsão < .nutritiva/ deter2ina a reunião#
necess?rio di>erenciar3 4ualitativa e 4uantitativa2ente3 a noção de 2assas da de
2ultides# No 4ue concerne ao >ator 4ualidade3 pode;se ter diversas 2assas
.co2o3 ali?s3 diversas 2ultides/# Assi23 u2a 2assa co2posta eCclusiva2ente de
ele2entos do grupo dos viol?veis .8=3 grupo V/ ou dos resistentes .7=3 grupo
R/ X7L=Y 2es2o no interior desses grupos3 pode haver su1grupos3 por eCe2plo
u2 grupo R@ .intelectuais/3 RD .oper?rios/3 RA .agricultores/ etc# %ada 2assa ter?3
então3 sua característica psí4uica 4ue é preciso levar e2 consideração3 4uando a
te2os diante de nHs3 4uer aglo2erada e >or2ando3 nesse caso3 u2a 2ultidão3
4uer di>usa3 portanto reunida apenas na i2aginação de 4ue2 se dirige aos
ele2entos 4ue a co2pe2#
Por outro lado3 do ponto de vista da 4uantidade3 é necess?rio ainda ter presente
ao espírito 4ue as 2assas3 assi2 co2o as 2ultides3 pode2 nu2erosas ou
pe4uenas3 co2 toda u2a escala entre esses dois eCtre2os 4ue o poder e até a
4ualidade das >orças psí4uicas 4ue as caracteriza23 in>luencia2 o co2porta2ento
do ator3 líder ou orador 4ue a do2ina3 do 2es2o 2odo 4ue o da prHpria 2assa
(epois de haver enunciado as características de noçes de 2ultidão3 2assa3
sociedade
seguida3 ae 2entalidade
>or2as ele2entares
pri2itivade4ue
4ue constitui
deriva23 adepois de ter
orige2 conhecido3
dessas >or2as3e2e3
>inal2ente3 os traços essenciais da psicologia coletiva3 pode2os tentar >azer u2a
classi>icação de todos esses ele2entos# $ssa classi>icação3 so1 >or2a de u2a
estrutura da sociedade3 >acilitar;nos;? a co2preensão de >en-2enos de 4ue
trata2os neste livro# D es4ue2a estrutural a1aiCo pode resu2i;la 2uito 1e2"
ociedade"
A Drganizada .estruturada3 progressiva/5
a/ instituída .4uadros/
7 instituiçes5
< elites5
1/ latente .2assas/
7 os viol?veis .8=/5
< os resistentes .7=/5
& Aglo2erada .2ultides3 regressiva/5
a/ passiva .est?tica3 acé>ala/
7 a2or>a .>ortuita3 indi>erente/5
< caracterizada .intencional3 polarizada/5
1/ ativa .dinO2ica3 ce>alizada/
7 caHtica .histérica/5
< dirigida .est?tica3 paroCística/#
Autores 4ue tentara2 tratar a sociedade hu2ana co2o u2a entidade 1iolHgica de
grau superior3 co2o u2 organis2o de natureza coletiva superpondo;se ao est?gio
de unidade individual3 acreditara2 poder discernir u2 paralelis2o na evolução do
indivíduo e da sociedade X7L7Y# (esse 2odo3 distinguira2;se cinco períodos3 na
vida desta Elti2a3 4ue correspondia2 s cinco >ases de evolução do indivíduo"
2Esica
2e21ros do
>rente3 seguida
%o2itB3 de grandes
2unidos 1andeirasta21é2
de 1raçadeiras ver2elhas e ladeada
ver2elhas# pelos
Trezentos
2etros antes de chegar ao centro3 a Veves!+3 u2a orde2 >oi dada" p-r as
2?scaras de g?sK $ a pe4uena tropa3 atraindo a atenção da 2ultidão3 pela 2Esica
e pelas 1andeiras ver2elhas a tre2ular3 2archa co2 porte 2arcial5 as 2?scaras3
con>erindo aos ho2ens u2 aspecto sinistro3 a2eaçador# $2 poucos instantes3 a
2ultidão est? eletrizada3 polarizada nu2a sH direção3 todas as suas incertezas3 as
apreenses desaparecera23 dissipara2;se3 o di4ue psicolHgico ro2peu;se3 d?;se
a desini1ição5 co2o u2 rastilho de pHlvora3 a notícia se espalha3 0as tropas
revolucion?rias chega2" vão atacar3 co2 g?s3 as casernas do cruza2ento6#
Natural2ente3 não havia g?s3 2as3 apenas as 2?scaras# era si2ples2ente u2
1le>e3 nada 2ais 4ue u2a 2ano1ra psí4uicaK Mas3 isso 1astou3 a notícia >oi
to2ada e di>undida e2 poucos instantes penetra nas casernas prHCi2as e3 ao
>i2 de alguns 2inutos3 viu;se os soldados saíre23 isolados3 de ar2a na 2ão3
acla2ados pela 2ultidão 4ue agora delirava5 eles se *untara2 tropa 4ue
conduzia 2?scaras# 2 4uarto de hora 2ais tarde3 as casernas estava2 vazias3
os soldados con>ratern izava2 co2 a 2ultidão# Nesse recanto da capital3 a causa
da Revolução estava ganha3 se2 e>usão de sangue3 por u2 si2ples golpe
psicolHgico#
$is3 agora3 outro eCe2plo da possi1ilidade de 2ane*ar3 vontade3 as
aglo2eraçes hu2anas3 por 2eio de ar2as psicolHgicas# $2 nove21ro de 787:3
depois da chegada dos 1olchevi4ues ao Poder3 eCcessos3 co2o se sa1e3 não
era2 raros5 a 2ultidão3 supereCcitada3 atacava3 2uitas vezes3 pessoas nas ruas3
se2 nenhu2a razão3 so1 2era suspeita3 levantada não i2porta por 4ue2# a1e;
se 4ue3 2es2o os ani2ais3 nu2 re1anho3 são 2ais sensíveis s reaçes de seus
co2panheiros3 4ue aos estí2ulos eCteriores# X7L9Y As pessoas atacadas corria2 o
risco de sere2 linchadas3 o 4ue aconteceu algu2as vezes# Para evitar esse
perigo3 u2a organização de intelectuais3 si2patizante do Governo soviético3
i2aginou u2 2étodo psicolHgico de ação so1re a 2ultidão3 e2 casos
se2elhantes" u2a alocução direta não era se2pre e>icaz e co2portava3 s vezes3
riscos reais para 4ue2 dese*asse salvar o assaltado# %riou;se3 então3 u2 serviço
4ue rece1eu a deno2inação de A*uda >raternal# $is co2o procedia" se u2 ho2e2
era atacado na rua3 agentes dessa organização3 teste2unhas da cena3 recorria2
ao tele>one 2ais prHCi2o e >alava2 co2 o centro3 onde havia3 noite e dia3 u2
per2anente# $2 seguida3 ho2ens especializados e2 propaganda e 4ue se
2antinha2 disposição do centro3 to2ava2 u2 carro3 se2pre disponível3 na
per2anBncia e transportava2;se3 a toda velocidade3 ao ponto indicado# %hegando
s proCi2idades do lugar3 onde se encontrava a pessoa a2eaçada3 nu2a situação
perigosa3 2isturava2;se 2ultidão3 e2 diversos pontos de sua peri>eria e
co2eçava2 a to2ar parte na contenda3 cada u2 por sua conta3 procurando atrair
so1re si a atenção
tornava2;se3 e a desviar novos
assi23 rapida2ente3 as discusses#
centros de Agitadores eCperi2entados3
atração para a 2ultidão5
recuando3 pouco a pouco3 e2 direçes opostas3 procurava2 a>astar;se3
insensivel2ente3 uns dos outros3 arrastando consigo os 4ue os cercava2 e
deslocando3 desse 2odo3 a 2ultidão a2eaçadora e2 2uitos grupos3 o 4ue
aca1ava por destruir sua coerBncia" a pessoa a2eaçada era3 rapida2ente3
es4uecida e podia desaparecer3 salvando sua vida# $ssa organização era ta21é2
conhecida co2o serviço de socorro espiritual#
Ainda u2a outra >or2a de ação psí4uica so1re a*unta2entos nas ruas 4ue >oi
co2provada" no curso de u2a ca2panha política3 durante a guerra civil3 no sul da
REssia3 havia vitrinas3 nas vias pE1licas3 e2 4ue era2 eCpostos cartazes3 2apas3
>otogra>ias etc# Transeuntes estacionava23 >re4Uente2ente3 diante delas# Ds
propagandistas se 2isturava2 a essas pessoas3 dois a dois3 por eCe2plo e
co2eçava2 a conversar e2 voz alta3 diante da vitrina3 ou 2es2o a discutir# ogo
o pE1lico se *untava e2 torno deles e to2ava parte na controvérsia# Ds dois
ho2ens3 eCperi2entados e2 propaganda3 2unidos de dados e de argu2entos
capazes de causar i2pressão3 podia23 >re4Uente2ente3 dirigir3 vontade3 o
espírito da 2ultidão 4ue se reunia diante da vitrina#
D 4ue é 2uito característico para u2a 2ultidão3 2as3 co2o vere2os 2ais
adiante3 igual2ente para a 2assa3 é a preponderOncia de 2ani>estaçes da vida
a>etiva so1re o raciocínio" a atenção de u2a 2ultidão3 e21ora co2posta de
pessoas 2ais ou 2enos cultas3 disciplinadas e razo?veis3 pode ser >acil2ente
desviada e atraída para açes >Eteis3 2as3 4ue age2 so1re os sentidos3 vista3
ouvidos etc# 2 eCe2plo signi>icativo3 tirado da vida política de u2 povo nHrdico
2uito culto3 e4uili1rado3 os dina2ar4ueses3 é o 4ue se segue# $sse eCe2plo é tão
2ais interessante 4uanto os che>es políticos 4ue acreditava2 ter suas 2assas
inteira2ente nas 2ãos3 graças a argu2entos lHgicos3 1aseados e2 raciocínios3
che>es 4ue a>ir2ava23 orgulhosa2ente3 4ue as eCperiBncias dos 2ovi2entos
populares russo3 italiano3 ale2ão3 não tinha2 valor algu2 para as 2assas
nHrdicas3 organizadas3 havia dezenas de anos3 e2 entidades pro>issionais3
ensinadas a re>letir diante de tudo3 a raciocinar3 a pesar >ria2ente3 devia2
persuadir;se do contr?rio3 por u2a eCperiBncia si2ples e concludente# 2 grande
co2ício de dez 2il pessoas realiza;se3 certo dia3 nu2 1elo par4ue de
%openhague# Nu2a tri1una i2provisada3 u2 *ove2 deputado3 2uito popular3
2uito incisivo na sua argu2entação3 discursa# A 2ultidão o escuta3 nu2 silBncio
religioso5 os cére1ros tra1alha23 segue2 a cadBncia lHgica do pensa2ento do
orador3 estão visivel2ente de acordo# Mas3 eis 4ue3 atr?s da 2ultidão3 ensaiadores
deiCa23 repentina2ente3 escapar e voar para o céu uns cin4Uenta pe4uenos
1ales ver2elhos de criança3 co2 1andeirolas# $3 e2 seguida3 4uase toda essa
2ultidão .8= da assistBncia3 pelo 2enos/ atenta3 raciocinante até então3 volta;se
para o espet?culo 4ue se o>erece a seus olhos3 segue as evoluçes dos 1ales3
acla2a;os3 es4uece o orador e o po1re3 desconcertado3 es>orça;se para retB;la3
recapturar sua atenção5 ahK tra1alho perdido3 os 1ales tB2 u2a ação 2ais >orte
so1re nove déci2os do auditHrio# 'inal2ente3 ele coordena as idéias3 >az u2a
associação entre os 1ales e seu discurso e eCcla2a" 0$is3 co2panheiros3 co2o
esses 1ales so1e2 para o céu3 assi2 ta21é2 nossas esperanças6 etc# etc# H
então a 2ultidão volta;se3 nova2ente3 para ele e pe;se a ouvir sua dissertação
interro2pida# $sse é u2 eCe2plo concludente a respeito da 2entalidade das
2ultides3 2es2o para a4uelas 4ue 2elhor resiste2 sugestão dos sentidos#
Mas3 se as 2ultides estão su*eitas a pulses3 4ue toca2 a a>etividade e2otiva3 é
preciso con>essar 4ue seria >also acreditar se deiCe2 elas conduzir por 2Hveis
2oral ou racional2ente negativos# se2pre e2ocionante poder consignar a
1ono2ia e a disciplina das 2ultides parisienses3 co2o3 por eCe2plo3 nas grandes
2ani>estaçes da 'rente Popular" apesar da e2otividade natural dos >ranceses3
co2o de todo povo latino3 a 2ultidão parisiense 2ostra;se dHcil e >acil2ente
preserv?vel ao pOnico# D contraste co2 a 2ultidão russa de outrora é 1e2
2arcante# $2 7Q893 durante as >estas de coroação de Nicolau @@3 e2 Moscou3
ocorreu u2a terrível cat?stro>e no ca2po de ^hod+n!a" u2a enor2e 2ultidão3
presa de louco pOnico3 arro*ou;se e2 direção s estreitas saídas do ca2po3
derru1ando e es2agando tudo e2 sua correria# Alguns 2ilhares de 2ortos3 tal >oi
o tr?gico resultadoK $2 Paris3 >oi;nos dada oportunidade de teste2unhar u2a
situação angustiosa" os arredores do Velodro2e d\Fiver3 por ocasião de u2
grande co2ício3 estava2 repletos de gente duas entradas estreitas3 ausBncia
co2pleta de polícia no local# A 2ultidão lançava;se na direção das entradas3
co2pri2ia;se3 su>ocava;se3 te2eu;se3 nu2 2o2ento3 a i2inBncia de u2a
cat?stro>e# Dra33 su1ita2ente3 da prHpria 2ultidão partira2 gritos3 rit2ica2ente
destacados 4ue >ora2 logo respondidos e cantados3 e2 coro3 por toda a 2ultidão"
0Não e2purreK Não e2purreK6 D e>eito >oi 2aravilhoso" tudo se canalizou3 a tensão
decresceu3 u2a ini1ição coletiva eCpandiu;se por todos os cére1ros#
(ese*a2os concluir nossa eCposição das principais noçes sociolHgicas3 pelas
idéias dos 1ehavioristas Willia2s &ro)n3 (e)e+3 Allport# Rei)ald .7I=/ diz3 a
propHsito3 4ue3 segundo as idéias desses autores3 o organis2o hu2ano individual
e social torna;se u2a 2?4uina# %o2 e>eito3 pensa2 4ue a di>erença3 no
co2porta2ento do indivíduo isolado e na 2ultidão3 é gradual e 4ue toda ação3
2es2o na 2ultidão3 é condicionada por u2 treino3 u2a aprendizage2# &ro)n
enu2era3 co2o eCe2plo3 alguns espéci2es característicos de 2ultides3 e2 4ue
a eCperiBncia entra co2o >ator decisivo# ão" a reunião na @gre*a3 u2 co2ício
político3 u2 regi2ento e2 ca2panha3 u2a e4uipe de >ute1ol3 u2a seita religiosa#
D co2porta2ento do indivíduo di>ere do 4ue te2 na 2ultidão3 por4ue o a21iente3
nos dois casos3 é diverso# A ação da aprendizage2 e do 2eio a21iente do2ina3
clara2ente3 as pulses de srce2 heredit?ria e instintiva# VB;se 4ue as idéias se
aproCi2a23 sensivel2ente3 das 4ue decorre2 da doutrina pavloviana dos re>leCos
condicionados# Allport .Z/ X7LLY >ala3 direta2ente3 desses re>leCos3 por eCe2plo3
diz 4ue tal re>leCo é a reação de u2 ho2e2 4ue3 nu2a 2ultidã o nazista3 e21ora
sendo hostil ao 2ovi2ento3 >az o gesto de saudação hitlerista3 *unta2ente co2 os
outros participantes da reunião e isso não por i2itação3 2as3 por su12issão e
sugestão do grande nE2ero" é o prestígio es2agador da 2assa3 da 2ultidão 4ue
deter2ina seu gesto con>or2ista# A eCpressão >ision-2ica de outras pessoas na
2ultidão3 assi2 co2o outros sinto2as a>etivos de seu co2porta2ento3
desencadeia23 no indivíduo3 u2a reação re>leCa3 2as3 por via indireta3 não por
indução a>etiva direta3 co2o diria Mac (ougall ou por i2itação .$spinas/3 por4ue
se co2preende 4ue a eCcitação o1servada3 no grupo3 poderia provocar3 ta21é23
outras reaçes5 por eCe2plo3 poderia >azer;nos sorrir ou indignar;nos5 é3 antes3
u2a reação co2pleCa so1re o con*unto da situação3 isto é3 2ediante u2 apelo ao
segundo siste2a de sinalização 4ue conhece2os aci2a3 X7LZY co2 a re>enação
de u2 re>leCo intelectivo 4ue atua3 então3 provocando u2a desini1ição#
$2 geral3 o 1ehavioris2o dos Elti2os te2pos repele3 e2 oposição a Mac (ougall3
a i2portOncia3 para o ho2e23 dos instintos co2o deter2inantes de suas
atividades 4ue entende eCercer;se pelo *ogo dos re>leCos condicionados e da
inteligBncia3 isto é3 pelos re>leCos intelectivos3 segundo nossa ter2inologia#
%onsidera 4ue todas as açes são condicionadas por trata2entos
correspondentes 4ue pode2 ser supri2idas3 trans>or2adas ou 2antidas e
eCercidas vontade#
Vi2os 4ue as noçes de u2a al2a da 2ultidão de inconsciente coletivo3 group
2ind etc#3 2es2o no sentido 4ue lhes d? Mac (ougall3 não pode2 ser
conservadas na psicologia social3 4ue se 1aseia so1re a psicologia o1*etiva# D
1ehavioris2o a2ericano repele;as ta21é2 X7L:Y Ds costu2es ou h?1itos
larga2ente di>undidos tB2 por 1ase o >ato de 4ue3 >re4Uente2ente3 os indivíduos
se encontra2 na 2es2a situação e reage2 de >or2a idBntica# D *ornalista
a2ericano Walter ipp2ann .8Z/ >az sua a >Hr2ula de ir Ro1ert Peel so1re a
idéia da al2a coletiva# X7LQY Para este3 al2a coletiva é 0u2a generalização de u2
a2?lga2a de asneira3 >ra4ueza3 preconceitos3 sensaçes *ustas3 sensaçes
>alsas3 o1stinação e de### recortes de *ornais6#
Para co2preender a ação coletiva3 so1retudo a das 2assas 4ue deter2ina23 a
nosso ver3 os >atos políticos nas 2?4uinas governa2entais de ho*e3 depois de
haver acentuado algu2as características 2arcantes da psicologia das 2ultides
u2 dos aspectos das 2assas populares para co2preendB;las e2 >unção dos
dados
rege2 cientí>icos
2odernos3
doséindivíduos
preciso partir
sãodo
conceito de pelo
4ue os
o co2porta2ento respons?veis das>en-2enos
2ultides#4ue
Vi2os 4ue 4uatro pulses constitue2 os alicerces de todo co2porta2ento e ainda
4ue3 so1re cada u2a delas3 é possível construir re>leCos condicionados# ão as
pulses co21ativa3 ali2entar3 seCual e paternal# Ds 2ecanis2os dos re>leCos
inatos ou a1solutos3 co2 os 4uais os ho2ens vB2 ao 2undo3 são essas pulses#
Partindo desse ou da4uele siste2a de pulsão3 associando o re>leCo inato
correspondente co2 as eCcitaçes provenientes3 durante a vida3 das diversas
super>ícies receptoras dos Hrgãos dos sentidos3 o ho2e2 se apropria de todo u2
con*unto de >en-2enos 4ue nele se desencadeia23 segundo as circunstOncias3
>en-2enos in>inita2ente variados e 4ue preside2 sua adaptação vida# As
atividades são as resultantes de toda essa 1agage2 4ue ele leva consigo# H1vio
4ue reaçes secund?rias nele se prepara23 por4uanto3 so1re re>leCos
condicionados >or2ados3 u2a enor2e 4uantidade de outros de diversos graus
pode ser enCertada5 assi2 todos os siste2as3 de 4ue >ala2os3 entra2 e2 *ogo e
>or2a2 sua personalidade# Vi2os3 ainda3 4ue as palavras são outros tantos
>atores condicionais 4ue concorre2 para a >or2ação desses re>leCos# A educação
dese2penha3 co2o esta2os convencidos3 por essa razão3 u2 papel >unda2ental
na >or2ação do ho2e2 e deter2ina3 e2 grande parte3 seus atos# A i2portOncia
dos diversos siste2as de re>leCos condicionados não é a 2es2a e a velocidade
de sua >or2ação3 sua >orça respectiva é diversa5 di>ere3 ta21é23 e2 cada
indivíduo5 os >atores heredit?rios e as particularidades >isiolHgicas 4ue
deter2ina23 igual2ente3 os caracteres de cada u23 tB2 in>luBncia capital# Pode;
se encontrar3 apesar de tudo3 nas 2ultides3 indivíduos 4ue apresenta2 traços
se2elhantes3 é possível di>erenci?;los e2 grupos3 2ais ou 2enos ho2ogBneos3
tentar in>luenci?;los no 2es2o sentido e isso constitui a >inalidade da política3
pois3 atual2ente3 é a 2ultidão 4ue i2porta#
o1re os 4uatro siste2as de 1ase indicados aci2a3 4ue engendra2 igual nE2ero
de siste2as de re>leCos condicionados3 pode;se enCertar outros re>leCos 4ue deles
deriva2# D1serva;se 4ue essas derivaçes pode2 ser não apenas de natureza
4uantitativa .isto é3 pertencendo ao 2es2o grupo ou nível3 vir acrescer o nE2ero3
a ri4ueza de re>leCos de 4ue o indivíduo dispe/ 2as3 sere2 ta21é2 su12etidas
a u2a variação 4ualitativa3 ou se*a3 dar lugar >or2ação de atividades e2 níveis
ou planos di>erentes#
Para 2elhor ilustrar nossa idéia3 tentare2os construir u2 es4ue2a das atividades
hu2anas3 no 4ual3 e2 4uatro colunas3 da es4uerda para a direita3 colocare2os os
4uatro pulses de 1ase3 e2 orde2 decrescente de i2portOncia e3 vertical2ente3
os respectivos níveis para cada coluna#
%o2o se vB do 4uadro a1aiCo3 partindo;se das 4uatro pulses de 1ase3 pode;se
veri>icar u2a evolução
>alar nas
de duas
direçes3depara 1aiCo e para ci2a#
doNo
pri2eiro
caso poder;se;ia degradação3 u2a 4ueda 2oral nível e3 no
segundo3 de su1li2ação# @sto signi>ica 4ue3 partindo de re>leCos condicionados
relativa2ente pri2itivos3 situados no nível das 1ases ele2entares3 4ue
deno2ina2os vitatitudes3 pode2os ver no pri2eiro caso3 >or2ar;se por u2
processo de su1li2ação >alhada ou de eCacer1ação dos 2Hveis pri2itivos3
co2pleCos de co2porta2ento a 4ue ha1itual2ente cha2a2os de vícios na vida
social 4uotidiana# Tais co2pleCos caracteriza2;se pelo eCcessivo
desenvolvi2ento de u2 sH instinto ou 2ecanis2o inato 4ue dirige as atividades do
ho2e2 para u2 o1*etivo individual3 associal#
aptos su1li2ação3
longín4uo e de 2aioravalor
essasocial6#
troca deD sua >inalidade
conceito seCual porpertence3
de su1li2ação u2 o1*etivo 2ais
segundo
&ovet3 2edicina e pedagogia3 2ais do 4ue psicologia5 co2o se reconhece3 a
su1li2ação por seus e>eitos3 considerados 4uanto ao interesse social3 seu
conceito3 i2plica3 se2pre3 u2 *ulga2ento de valor3 u2a apreciação 2oral3
conse4Uente2ente# P>ister acentua" 0a su1li2ação é u2 desvio 4ue leva a
resultados de elevado valor 2oral# $ a 2oral3 é a 2oral social6#
uanto 2ais se so1e a escada da su1li2ação3 2ais as atividades se distancia2
das 1ases instintivas3 auto2?ticas e ad4uire2 as características de açes
>undadas nos re>leCos condicionados intelectivos3 e2 4ue o segundo siste2a de
sinalização dese2penha >unção >unda2ental#
'ir2ada no alicerce da pri2eira pulsão3 a evolução hu2ana3 so1 a in>luBncia de
>atores sociais3 gera os co2pleCos ou siste2as de re>leCos condicionados3 4ue
caracteriza o senti2ento do clã3 da co2unidade3 4ue d? lugar >or2ação do
senti2ento nacional# o entusias2o3 a corage23 4ue ci2enta2 as unies entre
os ho2ens3 4ue >or2a2 u2a nação3 2as3 é aí3 ta21é23 4ue se encontra a
a2eaça guerreira3 a tendBncia para >azer nascer nos outros o 2edo3 o respeito#
No 4ue toca segunda pulsão nutritiva acredita2os poder a>ir2ar 4ue
representa a 1ase 1iolHgica do essencial ao culto religioso# %o2 e>eito3 se
estuda2os os rituais dos povos 2ais pri2itivos3 se 2ergulha2os na histHria antiga
e na pré;histHria da hu2anidade3 se analisa2os3 en>i23 certas >or2as do culto nas
diversas religies3 >ica2os surpreendidos3 ao veri>icar2os a eCistBncia de laços
nítidos entre os ele2entos do culto e as >unçes nutritivas# Assi2 é 4ue3 e2
2uitos povos da AntigUidade3 por eCe2plo3 a divindade é representada co2
atri1utos de voracidade3 a 4ue é preciso satis>azer co2 o>erendas3 sacri>ícios3
so1retudo de tipo ali2entar" i2ola2;se ani2ais e2 sua honra3 preparara2;se;lhes
iguarias para depositar nos seus altares etc# D *e*u23 co2o prescrição religiosa3
persiste3 ainda3 e2 2uitos países# $2 2uitos povos3 costu2es religiosos >ora2
conservados até ho*e3 co2o os 4ue prescreve2 aos parentes prHCi2os do de>unto
reunire2;se depois do enterro e to2are2 parte nu2 1an4uete >uner?rio3 e2 4ue
são servidos3 s vezes3 pratos especiais .!outia3 na REssia/ Dutro eCe2plo
desse gBnero é o repasto totB2ico dos povos a>ricanos pri2itivos3 4ue consiste
e2 despedaçar a carne de u2 ca2elo e tragar pedaços crus# $sse ritual é
interpretado por 'reud co2o u2a re2iniscBncia do assassínio do che>e da horda
pelos >ilhos# A prHpria @gre*a cristã conserva ritos 4ue se liga2 a atos nutritivos" e2
pri2eiro lugar3 o sacra2ento da co2unhão3 e2 4ue os >iéis rece1e2 pão
consagrado ou hHstias e vinho3 representando a carne e o sangue do %risto# D
dog2a3 é claro3 deu u2a interpretação si21Hlica a esses atos3 2as3 seus laços
co2 a pulsão ali2entar per2anece2 indiscutíveis# Poder;se;ia citar3 ainda3
nu2erosos eCe2plos# A su1li2ação3 no do2ínio da seCualidade3 cria o 4ue se
deno2ina de senti2ento do a2or3 co2o nasce entre os seCos nas co2unidades
civilizadas de cultura avançada# Toda u2a série de atitudes precede a
aproCi2ação ínti2a5 conduze2 a >or2as de a2or 4ue eCige u2a si2patia
intelectual3 2oral3 4ue se traduz e2 sacri>ício pela pessoa a2ada3 e2 açes para
atraí;la" eCpresses 4ue evoca2 sensaçes agrad?veis3 canto3 2Esica3 poesia
etc# A pulsão 2aternal ou paternal su1li2ada conduz ao senti2ento de a2izade5 é
a irradiação do senti2ento de ligação do ho2e2 sua progenitura3 co2 pessoas
4ue a ele não estão ligadas genetica2ente e 4ue não o atrae2 seCual2ente# $sse
senti2ento condiciona atitudes de co2porta2ento e2 4ue a pessoa 4ue inspira a
a2izade é cu2ulada de si2patia5 est?;se pronto a la2ent?;la3 a >azer sacri>ícios3 a
a*ud?;la e2 todas as circunstOncias#
Passe2os agora a u2a su1li2ação ainda 2ais evoluída 4ue3 partindo dos
senti2entos3 atinge interesses 2uito 2ais elevados3 2ais a1stratos" é o nível das
a4uisiçes ou de 1ens da cultura hu2ana3 4ue engendra2 os interesses culturais#
A vida e2 co2u23 o progresso leva2 in>alivel2ente a u2a co2pleCidade 4ue cria3
nos indivíduos3 tendBnc ias ou siste2as de re>leCos condicionados de graus 2ais
altos3 2as3 4ue ainda per2ite2 divisar as 1ases 1iolHgicas 4ue estão e2 sua
srce2# A analise 2ostra a >iCação de 4uatro grandes grupos de con4uistas da
vida social do Fo2e2" o ideal social3 o pensa2ento >ilosH>ico3 a Arte e a %iBncia#
ão os resultados de nossas 4uatro colunas5 volta2os3 então3 s 4uatro pulses
ele2entares co2o 1ase# D ideal social ou a doutrina socialista3 esta1elecida na
2entalidade dos ho2ens so1 a >or2a de co2porta2ento ou de 2ecanis2os de
re>leCos condicionados a ela ligados3 é o desenvolvi2ento lHgico da idéia de
nação 4ue3 co2 o progresso técnico e cientí>ico3 não pode parar a 2eio ca2inho e
é >orçada a eCpandir;se3 envolvendo toda a hu2anidade# Prové23 nesse caso3 das
pro>undezas da pulsão n 7# A 'iloso>ia3 4ue é u2a tendBncia especial do
pensa2ento hu2ano a encarar os >en-2enos de seu prHprio do2ínio3 do ponto de
vista introspectivo e 4ue deve estar unida sede da FistHria3 narração da série
de >en-2enos3 constitui u2 ca2po sui generis3 se2 ligação necess?ria co2 a
ciBncia eCata# 2uito interessante consignar 4ue o pensa2ento e a língua
>rancesa distingue23 2uito clara2ente e co2 *usta razão3 a 'iloso>ia e as
%iBncias3 co2preendendo3 so1 este Elti2o ter2o3 as ciBncias eCatas3 e2 4ue
governa o princípio da causalidade# Mas3 a 'iloso>ia3 en4uanto 2atéria
especulativa3 relaciona;se3 antes3 co2o tendBncia religião3 do 2es2o 2odo 4ue
o senti2ento religioso3 co2o a an?lise precedente nos 2ostrou3 pode ser
vinculada3 pelos ritos do culto3 1ase 1iolHgica da segunda pulsão .nutritiva/#
Parece estranho3 pri2eira vista3 4ue nossas deduçes leve2 a pensar 4ue a
'iloso>ia pudesse desenvolver;se co2o u2a eCcrescBncia dos >en-2enos
psí4uicos 4ue tB2 ligaç es >isiolHgicas co2 a nutrição3 2as3 essa dedução
a>igura;se;nos
inesperado dessa1astante lHgica e Para
conclusão# correspondente
a terceira aos >atos3.seCual/
pulsão apesar de todo pode
nada o
contradizer a interpretação da Arte3 co2o atividade su1li2ada do senti2ento do
A2or# No 4ue concerne 4uarta pulsão .paternal/ pode;se a>ir2ar 4ue seu
desaguadouro lHgico na ciBncia3 no nível das con4uistas da cultura hu2ana por
inter2édio do senti2ento da a2izade nada te2 4ue nos possa espantar" a
a2izade3 alargando;se até a noção de u2 a2or a toda a hu2anidade3 i2plica a
idéia de sua proteção contra todos os perigos eCteriores3 da prHpria natureza5
nasce3 então3 e desenvolve;se a idéia de do2inar as >orças 1rutas da natureza3
inerente pes4uisa cientí>ica3 criando a es>era das ciBncias positivas" >ísica3
4uí2ica3 cos2olHgica3 1iolHgica e3 co2o arre2ate3 as ciBncias aplicadas3 a
técnica# uanto ao es4ue2a3 h? ainda u2 plano3 aci2a dos interesses culturais3
so1 a >or2a3 por assi2 dizer3 de ?gua;>urtada# Pode;se crer e constatar3 ali?s3 4ue
>en-2enos doentios vB2 enCertar;se nos re>leCos 4ue indica2os co2o resultantes
das con4uistas da cultura hu2ana# (e >ato3 h? desdo1ra2entos 4ue ultrapassa2
as >or2as har2oniosas dessas con4uistas e3 tornando;se eCcessivos3
eCtravagantes3 degenera23 conduze2 a co2pleCos negativos3 do ponto de vista
social" u2a hipertro>ia de certos processos leva degenerescBncia# Assi23 da
'iloso>ia pode2 nascer diversas 2ísticas 4ue parece2 inteira2ente privadas de
>unda2ento e se perde2 e2 especulaçes se2 1ase3 ne2 saída# No ca2po da
pri2eira coluna3 o ocialis2o degenera e2 eCtravagOncias anar4uistas5 na
terceira3 a Arte produz o surrealis2o e outros a1surdos se2elhantes5 a ciBncia3
en>i23 na 4uarta3 tornando;se srce2 de u2 eCcessivo desenvolvi2ento da idéia
de técnica3 perde sua característica 2oral a tendBncia pes4uisa pura3
desinteressada para aca1ar serva da indEstria e da corrida ao lucro3 u2a
espécie de 2a4uinis2o ou até de 2a4uinocracia#
$2 correlação co2 o 4ue disse2os no capítulo @@3 poder;se;ia co2pletar esse
es4ue2a3 introduzindo3 ainda3 as noçes 4ue ali desenvolve2os# X7Z7Y No
es4ue2a 4ue se segue3 o conteEdo das casas é inteligível se2 2ais a2pla
eCplicação#
Acredita2os Etil con>eccionar esses es4ue2as para indicar3 sucinta2ente3 os
desdo1ra2entos e as correlaçes de es>eras das atividades hu2anas3 e e2 4ue o
*ogo dos 2ecanis2os do nosso co2porta2ento3 pode;se >azer3 enCertando3 no
curso da evolução geral da hu2anidade3 as reaçes ou re>leCos condicionados3
uns so1re os outros5 são3 nesse caso3 pontos de partida de atos 4ue3 so1 o
aspecto de açes das 2ultides3 se torna2 o1*eto da psicologia social ou coletiva
e3 e2 conse4UBncia3 da política#
H1vio 4ue esse es4ue2a3 co2o os de2ais3 não pretende ser co2pleto e
in>alível3 so1retudo 4uando não se 4uer a>ir2ar 4ue as divises nele indicadas3
signi>i4ue2 4uerealidade3
as reaçes ou suadentre
srce2elas3
se*a2
sãose2pre
nitida2ente distintaseeo
separadas" na 2uitas3 co2pleCas ou 2isturadas
es4ue2a indica so2ente a predo2inOncia de u2a ou outra característica# Por
eCe2plo3 na religião3 notada2ente na cristã3 4ue coloca2os na segunda coluna3
h?3 na 1ase do culto3 outros ele2entos da segunda pulsão .nutritiva/3 da 4uarta
pulsão paternal tais co2o a idéia de 2isericHrdia3 de piedade e de a2or aos
se2elhantes#
%o2o eCe2plo de u2a associação tríplice .religião3 co21atividade e seCualidade/
pode;se to2ar a procla2ação de Mao2é3 da guerra santa3 co2 pro2essas do
paraíso sensual# Na religião cristã3 encontra2;se ta21é2 eCe2plos de
associação da pulsão n < co2 a I" certos cOnticos Virge2 inspira2;se e2 u2
BCtase a2oroso de eCtre2a intensidade# Pode;se 2encionar ainda o grande lugar
4ue ocupa23 no voca1ul?rio dos 2ísticos e 2es2o na linguage2 religiosa
corrente3 os ter2os to2ados por e2présti2o ao do a2or carnal3 as 2et?>oras3
algu2as 2uito audaciosas3 e2pregadas para descrever os arre1ata2entos
divinos0 X7Z<Y# egundo a psicologia conte2porOnea3 h? u2a relação 2uito
estreita entre a vida religiosa e a seCualidade" esta seria 2es2o a >onte da
pri2eira3 de acordo co2 a escola de 'reud#
D 2es2ode
e2prego >en-2eno de co2pleCidade
ter2os tirados e associação
do voca1ul?rio daslinguage2
2ilitar3 pela pulses é assinalado
cristã# 6ãono
Paulo *? descrevia a panHplia do >iel3 >ala de 0ca2panha63 de 0eCército63 de 0soldo63
de 0prisioneiros63 de 01agage263 de 0co2panheiro de ar2as63 do 0co21ate6 e da
0coroa6 4ue ser? a reco2pensa do vencedor# $ssas 2et?>oras torna2;se3 2ais
tarde3 lugar co2u2 Ds cristãos dize2;se guerreiros alistados nu2 eCército de
4ue %risto é o che>e0# X7ZIY Nas co2pilaçes catHlicas encontra;se" 0Marche2os3
ao co21ate3 glHriaK Ar2e2o;nosK A voz do enhor3 %ristãos3 vos cha2a ao
co21ate6 X7Z9Y# $ssas eCpresses guerreiras cul2ina2 na organização do
$Cército da alvação#
Na noção de >orça produtiva3 2assa produtora3 de Rei)ald .7I=/ X7ZLY te2os a
pulsão n < .2aterial3 nutritiva/ associado n 7 .agressiva3 dinO2ica3 vital/ e
talvez até a n I .produção/#
Na pri2eira coluna do es4ue2a3 ideal nacional e social3 eCiste2 ta21é2
ele2entos da segunda pulsão os das doutrinas econ-2icas3 etc# Mas3 para
o1ter u2a certa clareza do pensa2ento a respeito das 1ases 1iolHgicas de
diversas >or2as de atividade do ho2e23 u2 es4ue2a3 co2o o estudado3 te2
utilidade#
2uito interessante constatar 4ue se procura2os nas eCplicaçes do
co2porta2ento hu2ano3 co2o >ora2 dadas pelas diversas doutrinas 4ue o
enca2inha2ento do pensa2ento >ilosH>ico to2ou no decorrer do te2po os
ele2entos 4ue estão na srce2 de tais doutrinas3 aí encontra2;se as 4uatro
noçes >unda2entais3 de 4ue trata2os aci2a# A doutrina cristã esta1elece sua
ética so1re u2a dessas noçes $3 2ais perto de nHs3 'reud e Adler3 por u2 lado
e MarC3 por outro3 1aseia2;se3 para a >or2ulação de suas teorias3 nas trBs outras
noçes capitais 4ue discuti2os h? pouco#
D siste2a do %risto repousa3 inteira2ente3 na coluna 4ue cha2a2os de pulsão
paternal .9/3 u2a vez 4ue a 2isericHrdia3 a co2paiCão3 o a2or ao prHCi2o3
>unda2entos do cristianis2o3 representa2 o a2or generalizado3 o a2or 2aternal3
estendido aos seus se2elhantes e não so2ente prHpria >a2ília3 li2itado3 o a2or
social eCclusivo#
'reud3 o e2inente psicanalista vienense3 acredita 4ue a característica do ho2e2
e de suas reaçes é3 na 2aior parte3 decorrente dos >en-2enos da vida seCual5
deduz 4ue as >or2as de atividade deriva2 dos co2pleCos de srce2 seCual3 4ue
*? se 2ani>esta2 desde a in>Oncia# $ssa concepção te2 co2o 1ase os
2ecanis2os 4ue designa2os na ru1rica da I pulsão3 a da seCualidade#
^arl MarC ou3 antes3 o 2arCis2o re>or2ista acredita poder a>ir2ar 4ue o
pri2u2 2ovens
de >atores de todas
econ-2icos5 istoasé32ani>estaçes do co2porta2ento
4ue as atividades hu2ano
hu2anas repousa23 e2decorre
pri2eiro
lugar3 so1re a nossa 1ase n <3 a pulsão ali2entar#
$n>i23 Adler3 criador da psicologia individual e discípulo de 'reud3 é de opinião 4ue
o 2Hvel preponderante do co2porta2ento hu2ano não reside3 co2o supunha seu
2estre3 na 1ase seCual3 2as3 na sede da do2inação3 na aspiração ao poder3
portanto3 no 4ue cha2a2os pulsão co21ativa n 7#
e tenta2os apro>undar3 u2 pouco 2ais3 os pontos de vista enunciados3 para
2edir;lhes a i2portOncia3 se nos vale2os de u2 critério 1iolHgico3 co2o o 4ue se
acha eCposto neste livro3 ve2os 4ue o erro >unda2ental de todas essas teorias3
consiste e2 4ue tende2 a edi>icar seu siste2a so1re u2 sH aspecto das
atividades hu2anas# ig2und 'reud3 so1retudo3 co2eteu esse pecado# ua
tendBncia para ver o co2porta2ento hu2ano3 4uase 4ue eCclusiva2ente3 so1 o
Ongulo da seCualidade3 trouCe u2 grande pre*uízo a suas teorias3 4ue contB23
a>inal3 2uitas constataçes e idéias do 2ais alto valor .LQ/# Por isso3 o >reudis2o é
>re4Uente2ente co21atido co2 eCagero e sua incontest?vel i2portOncia3
2enosprezada# D 4ue o caracteriza é u2a tentativa de eCplicação da srce2 das
neuroses3 u2a técnica especial de trata2ento3 pela psican?lise e u2a
interpretação3 pela in>luBncia psicosseCual3 dos seguintes >en-2enos" os sonhos3
os atos >alhados da vida 4uotidiana3 as aspiraçes artísticas e religiosas dos
indivíduos3 os caracteres 2orais das grandes raças hu2anas# 'reud vB a srce2
das neuroses na >alta de satis>ação de certas aspiraçes seCuais5 supe 4ue as
aspiraçes erHticas da *uventude são recalcadas no inconsciente" 4ue3 no ho2e23
se 2ani>esta u2a resistBncia contra o retorno das aspiraçes recalcadas
consciBncia e 4ue u2a censura escolhe as aspiraçes capazes de sere2
receptíveis pelo $go# As aspiraçes recalcadas to2a2 >or2as si21Hlicas para
1urlar a censura# e o eu triun>a3 o estado é nor2al5 se a aspiração seCual .li1ido/
consegue a vitHria3 chega;se a estados de perversão seCual5 no caso de u2
co2pro2isso3 são as neuroses 4ue aparece2#
'reud .L8/ de2onstrou 4ue3 na vida di?ria3 se pode o1servar3 >re4Uente2ente3
açes 4ue se 4uali>ica2 co2o atos >alhados ou ga>es3 lapsus liguae etc#3 4ue
teste2unha2 ingerBncia3 na deter2inação desses atos3 de processos 4ue são
estí2ulos do inconsciente e 4ue3 chocando;se co2 as 1arreiras da censura3
eCperi2enta2 u2a des>iguração 2ais ou 2enos patolHgica#
VB;se 4ue 'reud3 dese*ando tratar os >en-2enos conhecidos so1 o no2e de
casos su1conscientes3 auto2?ticos3 e2 outros ter2os3 e2prega a ter2inologia da
psicologia introspectiva3 o 4ue3 co2o *? eCpuse2os3 torna a an?lise o1*etiva dos
>atos 2uito di>ícil3 senão i2possível5 por outro lado3 é de todo evidente 4ue não h?
4ual4uer
Vi2os 4uerazão
outras1iolHgica
4ue torne1asta23
preponderante a terceira
pulses pri2itivas ali?s3 co2o ponto depulsão
partida .seCual/#
para a
edi>icação de siste2as de re>leCos condicionados e são a4uelas 4ue3 a>inal3
>or2a2 os 2ecanis2os do co2porta2ento#
(epois de haver indicado as 1ases da psicologia do indivíduo3 de acordo co2
'reud3 é interessante ver co2o sua teoria se relaciona co2 a psicologia social3
co2o ele eCplica o >en-2eno greg?rio# 'reud levantou u2a hipHtese3 tão srcinal
4uanto sedutora3 so1re a gBnese da pri2eira sociedade# egundo ele3 o pai e
che>e da horda pri2itiva é 2orto por seus >ilhos tornados adultos3 4ue ele
eCpulsou para assegurar;se a posse eCclusiva das >B2eas5 depois da 2orte do
pai3 os >ilhos esta1elece2 u2a união entre si3 a 4ual se torna a pri2eira sociedade
totB2ica3 X7ZZY agrupada e2 torno de u2 sí21olo o tote2# $ste su1stitui o pai3
to2a o car?ter de u2a divindade e3 e2 seu no2e3 se esta1elece2 os ta1us as
interdiçes as pri2eiras leis3 ger2es de todas as instituiçes e aspiraçes
culturais da sociedade hu2ana" a religião3 o direito3 os costu2es#
'reud eCplica o senti2ento o1scuro de culpa1ilidade por u2a instOncia psí4uica
especial3 o superego3 4ue seria u2a identi>icação parcial das aspiraçes psí4uicas
co2 o ideal do pai3 detentor da autoridade e da *ustiça# X7Z:Y $sse superego de
'reud não é 2ais do 4ue o senti2ento 2oral3 4ue se desenvolve 1ase de u2
instinto social# A gBnese da i2age2 do pai3 co2o >onte de poder3 seria assi2
es1oçada" para a criança eCiste apenas" o eu e o 2undo eCterior# D eu são as
sensaçes do prHprio corpo e da 2ãe3 4ue nutre e a 4ue2 o recé2;nascido não
distingue de seu prHprio corpo# $sse eu não produz o 2edo# D 2undo eCterior3 ao
contr?rio3 é u2a >onte de terror# D pai >az parte desse 2undo e3 co2o tal3 aparece
so1 >or2a de gigante3 de 4ual4uer coisa de terrí>ico3 de poderoso# $ssa relação
co2 o pai se renova e2 cada contacto co2 u2 che>e3 u2 líder# $ a revolta contra
o 4ue est? >rente3 o rei3 o che>e3 o líder3 não passa de u2a revolta contra o pai#
Na REssia3 o czar era cha2ado de paizinho .hatiuch!a/#
Assi23 para 'reud3 o protHtipo da 2ultidão é a horda pri2itiva" o pai da horda3 o
protHtipo do líder# Napoleão e Fitler tB2 traços co2uns co2 o pai da horda# A
2assa e a 2ultidão são >or2açes 4ue se desenvolvera2 através de regressão#
(ois >atos caracteriza2 a constituição de u2a 2ultidão" a identi>icação co2 os
outros 2e21ros da 2ultidão e co2 o líder#
Jung3 o discípulo 2ais conhecid o de 'reud3 4ue se separou de seu 2estre3 diz3 a
propHsito da 2ultidão3 4ue ela é u2 ani2al cego3 X7ZQY 2as3 en4uanto e &on .78/
a co2para co2 a criança3 a 2ulher e o pri2itivo3 Jung a coloca e2 paralelo co2 o
alienado3 pois3 a loucura3 segundo ele3 é u2a inundação do cére1ro do indivíduo
pelo conteEdo do inconsciente3 o 4ue caracterizaria ta21é2 a 2ultidão# ustenta
4ue a Enica salvação contra o perigo de ser su12erso pela 2entalidade das
2ultides
acu2ulaçãoest?
no 2inucioso tra1alho
aosde
educação individual3
e aos isto
é3 na
de engra2as 4ue serve2 re>leCos intelectivos processos
de ini1ição3 de acordo co2 nossa 2aneira de ver#
Visto a tendBncia de 'reud de ver toda a psicologia so1 o Ongulo da
preponderOncia e até da eCclusividade da pulsão seCual3 co2preende;se 4ue3
entre os discípulos do prHprio 'reud3 tenha2 surgido opositores3 dos 4uais o
principal >oi Al>red Adler# $ste3 criando sua psicologia individual3 .</ contrapeso da
psican?lise3 co21ate;a no plano das neuroses3 terreno da predileção de 'reud e
4ue tornou céle1res suas teorias# Mas3 co2o acontece3 >re4Uente2ente3 nesses
casos3 Adler3 ao condenar 'reud por essa 2aneira de ver3 cai no 2es2o erro do
eCclusivis2o3 no lado oposto" entende 4ue 'reud co2ete u2 eCcesso ao
enca2inhar 4uase todos os >en-2enos do co2porta2ento hu2ano para u2a
1ase seCual3 2as3 ele prHprio a>ir2a 4ue a vontade de do2inação ou a sede do
poder .Machtrie1/ est? no srce2 de tudo# $3 diz Adler3 .</ nas tendBncias e
veleidades srcin?rias3 retilíneas de natureza co21ativa e agressiva3 é 4ue o
o1*etivo3 a direção3 o >i2 i2agin?rio dos traços de car?ter se deiCa2 2elhor
co2preender# $ssas tendBncias co21ativas eCpri2e2;se pela rapacidade3 a
inve*a3 a procura da superioridade# Mas3 o ho2e23 so1retudo o 4ue se aproCi2a
do tipo nervoso .e poder;se;ia a>ir2ar3 se2 eCagero3 4ue ele2entos ou apenas
traços de leses nevrHticas3 estão latentes e2 todos os ho2ens 4ue vive2 nas
atuais condiçes da civilização/ é ta21é2 portador de u2 senti2ento de
in>erioridade3 4ue pode atingir diversos graus5 esses senti2ento de in>erioridade é
causado por u2a descon>iança de suas prHprias >orças e2 relação s eCigBncias
da vida3 so1retudo social5 torna;se acentuada2ente agudo se o ho2e2 possui
taras orgOnicas de 4ue se aperce1e# $le tenta co2pensar esse senti2ento de
in>erioridade através de criaçes i2aginativas3 as >icçes5 Adler acredita3 então3
4ue u2a vocação3 o desenvolvi2ento de u2a tendBncia psí4uica pode vir de u2a
tal co2pensação# A neurose3 co2o diz %h# &audoin3 .7I/ nu2a >eliz apreciação
so1re o antagonis2o 'reud;Adler3 0pe e2 ação 2ecanis2os de co2pensação de
u2 senti2ento de in>erioridade5 é alé2 do 2ais u2 2eio de do2inação so1re os
outros" por eCe2plo3 u2a 2ãe 4ue 2i2a seus >ilhos para3 inconsciente2ente3
tiraniz?;los6# Na an?lise do co2porta2ento de u2a pessoa e2 estado nevrHtico3
tão co2u2 na nossa época3 Adler assinala3 co2 2uita *usteza3 o >ato de 4ue3
nelas se o1serva3 co2u2ente3 u2a tendBncia >uga3 1usca de su1ter>Egios3
pelos 4uais evita2 to2ar decises nas situaçes 4ue a eCigiria2# (iante da
a2eaça de u2a derrota todos os dispositivos e sinto2as nevrHticos entra2 e2
>unciona2ento e entrava2 a ação# ta21é2 o 2otivo 2uito i2portante 4ue
deter2ina3 e2 nu2erosas pessoas sugestion?veis3 sua atitude política3 co2o
vi2os3 ao >alar da distinção entre os 8= e os 7=# Pelo cho4ue da a2eaça3 e2
2eio a sí21olos hitleristas3 por eCe2plo3 2uitos indivíduos3 so1retudo a4ueles
cu*a vida atual2ente não é risonha e é a grande 2assa de 8= torna2;se
nevrosados#
interessante consignar 4ue o ele2ento social te2 2uita i2portOncia na doutrina
de Adler# &audoin acredita 2es2o 4ue é sua característica principal" a neurose
seria u2a pertur1ação do sentido social3 ao passo 4ue3 segundo 'reud3 resultaria
da >or2ação de pulses perversas e de seu recal4ue >alhado no inconsciente#
Poder;se;ia dizer3 co2 &aldouin3 4ue a psicologia de 'reud é3 antes de tudo3 de
inspiração 1iolHgica e a de Adler3 de inspiração sociolHgica3 entendendo;se a4ui3
natural2ente3 pelo ter2o 1iolHgico a noção da psicologia do indivíduo#
Rei)ald .7I=/ X7Z8Y diz 4ue o 4ue i2porta para Adler é sa1er e2 4ue grau e e2
4ue sentido a tendBncia do ho2e2 de ter consciBncia do seu valor encontra sua
eCpressão na situação greg?ria3 realiza da na 2ultidão3 na 2assa e na sociedade
e2 geral# A posição psicolHgica do indivíduo3 e2 relação aos 2ovi2entos e s
idéias sociais3 é deter2inada pelo senti2ento 4ue eCperi2enta de si 2es2o e de
suas possi1ilidades# Para 'reud3 esse ele2ento individual é decisivo no
co2porta2ento da 2ultidão5 Jung o situa total2ente na pessoa do líder# Para a
psicologia individual de Adler3 o ponto de partida seria ta21é2 o indivíduo3 2as3
ela trans>ere o processo psí4uico do indivíduo para a 2assa# Não ad2ite di>erença
psicolHgica entre o isolado e o 2e21ro de u2a organização greg?ria# Na
psicologia do che>e3 do líder3 para Adler o i2portante é a a>ir2ação viril" é ela 4ue
corpori>ica a idéia 2asculina" sa1e;se 4ue 2uitos lideres trata2 a 2ultidão do alto
e a co2para23 2uitas vezes e de 1o2 grado a u2 ser dotado de caracteres
>e2ininos# u2 2eio de vencer seu prHprio senti2ento de
in>erioridade# X7:=Y egundo Adler3 o car?ter e o co2porta2ento de u2 Fitler ou
de u2 Goe11els seria2 >acil2ente eCplic?veis se se conhecesse2 todos os
>atores 4ue poderia2 deter2inar neles a orige2 de u2 senti2ento de
in>erioridade# Todo seu co2porta2ento seria u2a reação inteligível através das
i2presses dos pri2eiros anos de sua in>Oncia3 do insu>iciente desenvolvi2ento
do senti2ento social3 de u2a >alha ligação co2 a evolução da sociedade3
co2plicada e agravada por suas eCperiBncias na vida posterior# egundo Adler3
Fitler deve ter;se tornado líder 3 por >orça de ressenti2ento# Para 'reud3 Jung e o
prHprio Rei)ald3 essa eCplicação seria unilateral e deveria ser co2pletada por
pulses irracionais do inconsciente3 4ue deveria2 ter precedBncia so1re os
ad2itidos por Adler#
A tendBncia social de Adler é 2ani>esta3 so1retudo3 na sua ação" não se li2ita a
enunciar teorias so1re o valor psicolHgico dos 2Hveis da atividade hu2ana3 4ue
ele polariza no sentido de vontade de poder3 2as3 cria3 e2 Viena e3 2ais tarde3 na
A2érica3 dispens?rios 2édico;pedagHgicos para crianças nervosas e di>íceis#
ainda ele 4ue3 no pre>?cio a seu livro e te2péra2ent nerveuC .</ >ala da guerra
2undial co2o 0da 2ais terrível das neuroses coletivas3 e2 4ue nossa civilização
nevropata se lançou3 e2 virtude de sua vontade de poderio e de sua política de
prestigio### $la se revela co2o a o1ra de2oníaca da sede de do2inação
desencadeada e2 todos os sentidos3 4ue su>oca o senti2ento i2ortal de
solidariedade hu2ana ou dela a1usa3 arti>icial2ente#
Ds 2ovi2entos de 2assa não pode2 ter sucesso3 segundo Adler .I/3 X7:7Y se não
estão e2 consonOncia co2 a evolução da sociedade hu2ana# (eve2 >alhar3 se a
ela se ope2# F? 4uase dois 2il anos3 por eCe2plo3 a evolução da civilização
européia se >ez no sentido da e2ancipação da 2ulher# A su1ordinação da 2ulher
se deu co2o conse4UBncia do advento do >en-2eno das guerras3 4ue arrastou
consigo a razão 2ais alta da >orça 2uscular e da resistBncia3 prerrogativas do
2acho# e3 no decorrer dos séculos3 o sentido social tivesse sido 2ais
desenvolvido3 o terrível período da caça s >eiticeiras 4ue durou 2ais de trezentos
anos3 teria sido poupado hu2anidade# D 2eio3 por eCcelBncia3 para eli2inar da
vida social tendBncias dessa espécie3 a 4ue se deve so2ar ta21é2 a guerra3
seria a educação das crianças no sentido do a2or ao prHCi2o Na >alta dessas
2edidas3 os 2ovi2entos de 2assa servirão se2pre para procurar a satis>ação
das veleidades pessoais >alsas3 condicionadas pelas tendBncias de 1ase social
err-nea#
D 2aterialis2o histHrico rece1e de Adler u2a not?vel restrição3 4uando diz" 0As
reaçes do indivíduo e das 2assas s condiçes econ-2icas de cada te2po
estão e2 >unção de seu condiciona2ento anterior#6
Alé2 do do2ínio da neurose é ta21é2 no dos sonhos3 4ue se choca2 as idéias
de 'reudin>antis
dese*os e Adler" contraria2ente
e u2a ao 4ue
regressão 4ue a>ir2ou
ocorreria no 'reud3
sonho3 não
2as3é u2a
u2a 2era
realização de
tentativa
antecipada de con4uistar a segurança3 tentativa e2 4ue se utilizara2 le21ranças
tendenciosa2ente grupadas3 as 4uais nada tB2 a ver co2 os dese*os li1idino sos
ou seCuais da in>Oncia# Nesse caso3 segundo Adler3 0o sonho consiste e2
apalpadelas 2ais ou 2enos *udiciosas ou >antasistas3 no sentido de co21inar
2eios para atingir a tal >i2 preconce1ido3 para solucionar deter2inado pro1le2a6#
Para 'reud3 o sonho conté2 traços de antigos dese*os recalcados3 portanto3 de
revivescBncias do passado5 para Adler3 o sonho est? voltado para o >uturo
.7I/ X7:<Y 0VB;se3 então3 clara2ente3 na doutrina de Adler3 tanto so1re os sonhos3
co2o so1re as neuroses3 ele2entos de u2 dina2is2o >inalista5 u2 o1*etivo >inal3
é o 4ue caracteriza sua idéia3 o 4ue corresponde ao 4ue vi2os3 no re>leCo de >i23
de Pavlov3 4ue3 a nosso ver3 surge so1retudo do pri2eiro siste2a3 ou se é ele o
protHtipo da apreensão3 co2o acredita Pavlov e pertence3 nesse caso3 ao siste2a
ali2entar .nD </ te23 Adler
e2 a>ir2a
todo caso3
4ue o ta21é23
ele2entos do >ictício3
siste2a4ue
n o7
.co21ativo/# prHprio o1*etivo >inal3 pura2ente
paciente i2agina3 caracteriza;se pelo dese*o de 2ando3 nasce da aspiração
segurança .</# (esco1re as >icçes3 co2o co2pensação pelas di>iculdades
encontradas na vida3 não apenas entre os nevrosados 2as3 igual2ente3 nas
crianças3 nos selvagens3 nos pri2itivos3 pois3 todos esses estados3 e2 relação ao
do ho2e2 sadio e vigoroso3 provoca2 4uestes e eCige2 u2a solução 4ue
considere a Onsia do poder#
$2 su2a3 en4uanto 'reud se 1aseia no prazer3 Adler pre>ere o poder3 co2etendo
o 2es2o erro de seu 2estre3 2as3 e2 sentido inverso5 eCagera ao a>ir2ar 4ue o
senti2ento do prazer seria a eCpressão de u2 senti2ento de poder3 en4uanto 4ue
o de desprazer decorreria de u2 outro de i2potBncia# %onsidera até o co2pleCo
incestuoso3 o céle1re co2pleCo de dipo3 estudado por 'reud3 co2o sí21olo da
sede de do2ínio# Para ele3 nos nevrosados é 0e2 pri2eiro lugar3 a sede de
do2inação 4ue3 tal co2o os outros caracteres3 se serve do a2or co2o de u2
veículo3 para a>ir2ar;se de u2a 2aneira visível e 2ani>esta6# 2a série de
eCe2plos3 1e2 signi>icativos3 são trazidos por Adler3 e2 >avor dessa idéia
.7I/ X7:IY" conhece2;se casos e2 4ue con4uistas a2orosas se >unda2 2ais na
vaidade do 4ue no erotis2o5 a atitude seCual dos nevropatas é3 s vezes3
condicionada pelo senti2ento de sua >ra4ueza e pelo receio de encontrar u2
0parceiro 2ais poderoso65 alguns torna2;se (on Juan ou se prostitue2 pelo te2or
de u2 0parceiro Enico6 4ue a2eaçaria escraviz?;los e não por u2a
supera1undOncia de erotis2o# 2 outro eCe2plo é o da 2ulher 4ue pode a2ar
u2 ho2e2 >raco3 so2ente pela vontade de do2in?;lo e 4ue dis>arçar?3 a seus
prHprios olhos3 o verdadeiro 2otivo e2 piedade" u2a 2ulher pode ta21é2
pretender dese2penhar u2 papel viril e recusar?3 nesse caso3 a 2aternidade e
até o a2or#
Adler3 prosseguindo e2 suas idéias3 considera a ho2osseCualidade co2o u2a
pr?tica através da 4ual o nevrosado procura escapar ao perigo#
$sses >atos li2ita2;se a provar3 no nosso entender3 4ue as >or2as do
co2porta2ento hu2ano são rara2ente circunscritas a siste2as isolados3 4ue são
antes co2pleCas e não per2ite23 2uitas vezes3 discernir senão u2a
preponderOncia3 2ais ou 2enos evidente3 de u2 deles so1re os de2ais#
&audouin3 ali?s3 eCpri2e essa idéia3 co2 2uita clareza3 nas seguintes palavras3
4ue nos parece Etil transcrever" .7I/ 0@ndagando;se a 4ue instinto se liga u2a
deter2inada 2ani>estação 2ais evoluída3 coloca;se 2al a 4uestão3 pois3 alé2 do
plano dos institutos e do das 2ani>estaçes evoluídas3 h? o degrau dos
co2pleCos5 u2a 2ani>estaç ão se prende não a u2 instinto3 2as3 a u2 co2pleCo
e3 e2 cada co2pleCo3 todos os grandes instintos são representados6#
assi2 4ue h?3 se2 dEvida3 laços entre o instinto seCual e o co21ativo3 X7:9Y 4ue
são de srce2 nitida2ente 1iolHgica# Na realidade3 vB;se 4ue os neurosados3 nos
4uais reside a srce2 da neurose3 se2 dEvida3 na 2aior parte dos casos3 e2 seu
senti2ento de in>erioridade e3 co2o de2onstrou Adler3 são3 ao 2es2o te2po3
>re4Uente2ente seCopatas5 a razão est? e2 4ue esse senti2ento de pre>erBncia3
te23 4uase se2pre3 sua causa pro>unda na in>erioridade de certos Hrgãos5
nenhu2 deles é independente dos outros e vB;se3 por eCe2plo3 co2o por 2eio
das endHcrinas3 o universo seCual dos indivíduos pode encontrar;se atingido# (aí3
a evolução do seu car?ter e do seu co2porta2ento# D prHprio Adler p-de
constatar 4ue3 nos indivíduos 4ue apresenta2 pertur1açes >uncionais de seu
aparelho gastrointestinal3 o a2or ao lucro3 a paiCão do dinheiro e do poder3
constitue2 u2 dos principais >atores de sua >or2ação3 de u2 ideal pessoal e
hu2ano#
e nos volta2os3 agora3 para a o1ra de ^arl MarC3 o grande sociHlogo e pai do
socialis2o cientí>ico3 ve2os 4ue sua an?lise penetrante dos >atos sHcio;
econ-2icos3 evidentes e2 sua época3 o leva a veri>icar 4ue os 2ales
eCperi2entados pela hu2anidade provB2 do >ato de 4ue a acu2ulação dos 1ens
2ateriais3 nas 2ãos de categorias restritas da sociedade hu2ana leva ao caos
econ-2ico 4ue provoca3 necessaria2ente3 u2a reação salutar" a organização dos
eCplorados 4ue de>ende2 o direito vida e 4ue >indarão3 inelutavel2ente3 por
vencer a desorde25 criarão u2a nova sociedade socialista3 caracterizada pela
plani>icação da produção e da distri1uição dos 1ens e pela i2possi1ilidade de os
ho2ens eCplorare2 seus se2elhantes#
Para a edi>icação de sua teoria3 MarC repousa seus argu2entos e2 trBs >ontes" a
>iloso>ia ale2ã3 a econo2ia política inglesa e o socialis2o >rancBs# $2
correspondBncia co2 essas trBs 1ases do pensa2ento hu2ano do século @3
esta1elece os trBs ele2entos >unda2entais3 os trBs pilares de sua doutrina .8I/
.7:L/ o 2aterialis2o histHrico 4ue3 to2ando de e2présti2o o 2étodo >ilosH>ico de
Fegel3 aplica a dialética ao estudo das relaçes na sociedade hu2ana5 introduz3
então3 a idéia cientí>ica da evolução .4ue graças s doutrinas de (ar)in3
aca1ava2 de triun>ar na 1iologia3 causando u2a i2pressão pro>unda no
pensa2ento hu2ano3 na segunda 2etade do século passado/3 no do2ínio
sociolHgico3 nas concepçes da histHria e da política3 onde o caos e o ar1itr?rio
reinava2 antes5 2ostra3 de 2aneira 2uito sugestiva3 co2o se desenvolve3 de u2a
>or2a de organização social dada3 e2 conse4UBncia do cresci2ento das >orças
produtivas3 u2a outra >or2a 2ais evoluída3 co2o por eCe2plo3 o >eudalis2o
engendra a época do capitalis2o D segundo aspecto >unda2ental da doutrina
de MarC é sua teoria econ-2ica3 1aseada na crítica do >en-2eno capital# A pedra
angular é a an?lise da noção de 2ais;valia3 contida no valor da 2ercadoria e
proveniente do >ato de 4ue o oper?rio3 e2 razão da dependBncia e2 4ue se
encontra3 é o1rigado3 por seu patrão3 dono dos 2eios de produção3 a criar u2
1ene>ício suple2entar3 não retri1uído pelo capitalista# $sse produto 1ene>icia
so2ente o Elti2o e pro2ove o acrésci2o do poder do dinheiro acu2ulado3 do
capital# A concentração do capital leva a u2a anar4uia da produção" crises3 corrida
louca procura de 2ercados3 insegurança da vida das 2assas#
A terceira parte da doutrina3 a4uela 4ue decorre3 de u2 lado3 da in>luBncia das
idéias da pri2eira Revolução li1ertadora da hu2anidade3 de outro3 das doutrinas
socialistas >rancesas3 é a idéia conse4UBncia lHgica da doutrina econ-2ica de
MarC da luta de classes e de u2a revolução social 4ue vir? inevitavel2ente
destruir o regi2e capitalista e instituir a >or2a socialista da sociedade hu2ana# o
prHprio regi2e capitalista 4ue3 aglo2erando as 2assas oper?rias nas grandes
e2presas3 cria a grande >orça do tra1alho uni>icado nas organizaçes do
proletariado 4ue e2preender?3 u2 dia3 o assalto de>initivo a seus eCploradores#
F? pouco o 4ue dizer a4ui a respeito do ponto de vista 2aterialista aplicado
sociologia por MarC# %o2 os progressos incessantes das ciBncias e2 todos os
do2ínios3 tornou;se u2 truis2o e o 2érito inalien?vel de MarC é o de ter então
visto a possi1ilidade e de a ter sa1ido aplicar3 co2 tanta sagacidade3 aos
>en-2enos sociolHgicos# 'oi a 2es2a visão grandiosa3 aplicada sociologia3 4ue
guiou (ar)in na utilização da idéia da evolução aos >en-2enos 1iolHgicos# Ds
2éritos de MarC e de (ar)in são i2ortais3 so1 esse aspecto# a1e2os3
atual2ente3 poré23 4ue a prHpria hipHtese dar)iniana3 a eCplicação da evolução
4ue (ar)in acreditou poder atri1uir ao >en-2eno da seleção natural3 não 2ais se
susté2 diante da crítica cientí>ica 2oderna5 >atos3 depois o1servados3
especial2ente as variaçes 2utacionistas e a genética3 2ostra2 4ue o >ator da
seleção3 sendo e21ora u2 dos agentes da evolução das >or2as vivas3 não é3
todavia3 o 4ue deter2ina e eCplica tudo5 não é o princípio geral3 co2o acreditava
(ar)in# Assi23 na doutrina econ-2ica de MarC .4ue 2ais cha2a a atenção3
4uando se >ala e2 2arCis2o/ ao lado de a>ir2açes 4ue per2anece2
verdadeiras e i2ut?veis3 eCiste2 outras 4ue não são v?lidas3 e2 >ace dos
2odernos conheci2entos da ciBncia# MarC chegou ociologia e o estudo dos
>atores econ-2icos é u2 pro1le2a sociolHgico pelo ca2inho da >iloso>ia e da
histHria# Dra3 sa1e2os3 atual2ente3 4ue a ociologia é u2a ciBncia do
co2porta2ento hu2ano e 4ue se >ir2a3 por conseguinte3 e2 dados 1iolHgicos#
Mas3 co2o vi2os e2 toda nossa eCposição anterior3 o co2porta2ento hu2ano é
>unção de processos nervosos3 4ue não se li2ita2 a u2a sH es>era de atividade3 a
da pulsão ali2entar3 co2o parece2 ad2itir certos econo2istas5 alé2 disso3 essa
pulsão3 1ase de toda econo2ia3 não é a 2ais i2portante entre as 4uatro pulses
de 1ase3 de 4ue tantas vezes >ala2os neste livro5 não é o 4ue deter2ina3 e2
pri2eiro plano3 as atividades hu2anas# D 4ue indica2os so1 nE2ero 73 a
co21ativa3 do2ina os >en-2enos do co2porta2ento individual e coletivo# certo
4ue >en-2enos de ini1ição pode2 dirigi;lo e >azer atuar os de2ais a eCpensas do
pri2eiro3 2as3 isso e2 casos 2ani>esta2ente patolHgicos ou resultantes de
ensina2entos3 de u2a educação especial3 >unção do grau de cultura atingido pela
co2unidade hu2ana# Não é3 a1soluta2ente3 o caso atual" vere2os3 ainda3 2ais
adiante3 4ue a proporção dos indivíduos 4ue raciocina23 isto é3 4ue pode2 ini1ir
as pulses provenientes de 2ecanis2os auto2?ticos3 so1retudo do siste2a
co21ativo3 e os 4ue3 >acil2ente3 se rende2 sugestão3 aos >atores e2otivos3 não
ultrapassa a proporção de u2 déci2o3 2es2o nos povos 4ue acredita2 haver
atingido o ?pice da cultura# Por essas razes3 so2os levados a constatar 4ue3
nu2a teoria 1aseada na preponderOncia3 nos >en-2enos sociolHgicos3 dos >atores
econ-2icos3 da pulsão ali2entar .e é precisa2ente a conse4UBncia lHgica das
idéias de MarC3 tais co2o >ora2 adotadas e desenvolvidas por seus epígonos3 a
2aior parte dos teHricos do 2arCis2o/ não 2ais corresponde ao est?gio atual dos
nossos conheci2entos# MarC nada te2 a ver co2 a evolução 4ue so>rera2 suas
idéias5 pessoal2ente3 insistiu se2pre na necessidade de utilizar o pensa2ento
cientí>ico3 a dialética3 nas construçes econ-2icas e sociolHgicas3 isto é3 estar e2
dia co2 o avanço das ciBncias positivas# A>inal3 na sua vida de revolucion?rio ativo
e perseguido provou 4ue a luta era o 4ue predo2inava e se2 ela3 no sentido 2ais
concreto da palavra3 não se podia con4uistar u2 2elhor destino para a
hu2anidade# Toda sua teoria da luta de classes 4ue3 co2o a>ir2a3 0não pode ser3
no >undo3 senão u2a luta política63 representa3 se2 dEvida3 a 2elhor prova da
verdade de nossa tese# F?3 nesse caso3 u2a certa contradição no siste2a de
MarC3 4ue se 2ani>esta e2 sua prHpria personalidade e e2 suas concepçes
so1re os 2eios de se chegar ao socialis2o3 so1re a t?tica a seguir pela classe
oper?ria nessa luta# Tal contradição 2otiva a encarniçada controvérsia 4ue separa
os co2unistas dos socialistas;re>or2istas3 os 1olchevi4ues e os 2enchevi4ues3 na
REssia# ns e outros apresenta2;se co2o de>ensores do 2arCis2o# $ estão3
igual2ente3 co2 a razão" é 4ue os segundos se li2itara2 a adotar as construçes
teHricas 4ue lhes >ornecia a teoria econ-2ica de MarC3 ao ad2itir a superioridade
da pulsão ali2entar so1re a co21ativa" daí3 sua tendBncia a evitar os cho4ues3 a
parla2entar3 a convencer a 4ual4uer preço e os resultados o1tidos sua derrota
constante e universal ante os 2ovi2entos cu*a t?tica repousa na utilização do
pri2eira pulsão" os dos 1olchevi4ues3 no 2ovi2ento socialista3 e os dos >ascistas3
co2o >orça de de>esa do capitalis2o# A outra >ração do ca2po socialista3 a 4ue se
poderia cha2ar de ativistas3 adotando as idéias gerais de MarC3 não as segue3
contudo3 cega2ente3 2as3 através da o1ra revolucion?ria de Bnin e construtiva
de talin5 e traz;lhe corretivos5 ad2ite a e>ic?cia do pri2eira pulsão3 inspira;se nos
ensina2entos da prHpria vida3 senão das teorias 1iolHgicas e leva se2pre
vantage23 onde as duas teses se choca23 na vida concreta" é o caso da
Revolução Russa# 3 ta21é23 a Enica esperança para a hu2anidade poder
resistir 2aré >ascista3 Elti2a tentativa capitalista 4ue3 e21ora 4ue1rada
aparente2ente pelo BCito da egunda Guerra 2undial3 ressuscita e to2a novo
alento3 co2o a hidra de 2uitas ca1eças 4ue3 cortadas3 ressurge2 2ais
nu2erosas# D ativis2o socialista é a Enica oportunidade de conter3 de 4ue1rar e
destruir esse 2ovi2ento3 esse retrocesso ao 1ar1aris2o3 verdadeiro perigo para o
progresso hu2ano# $2 conse4UBncia3 os 2étodos propagandísticos de co21ate
dessas duas >raçes socialistas di>ere23 >unda2ental2ente3 co2 desvantage2
para a pri2eira#
Bnin .8I/ os co21atia de 2aneira incisiva3 aconselhando os *ovens 2ilitantes3 por
eCe2plo3 a reto2are2 o espírito audacioso dos grandes enciclopedistas
>ranceses" 0Ds escritos vivos3 ardentes3 engenhosos3 espirituais dos velhos ateus
do século V@@@ 4ue atacava2 a1erta2ente a padralhada reinante3 a>ir2ara2;se
2il vezes 2ais capazes de tirar as pessoas do sono religioso 4ue os repetidores
do 2arCis2o3 >astidiosos3 ?ridos3 4uase inteira2ente vazios de >atos ha1il2ente
escolhidos e destinados a ilustrar3 4ue do2ina2 na nossa literatura e 4ue .é inEtil
esconder/ de>or2a2 >re4Uente2ente o 2arCis2o# Ali?s3 ta21é2 talin ad2ite o
acerto das idéias neste sentido3 co2o se vB de seu artigo so1re lingUí stica .79Z/3
pu1licado e2 78L= e 4ue causou tanto ruído#
Nossa sucinta an?lise do 2arCis2o seria inco2pleta3 se não a pusésse2os e2
con>ronto co2 as noçes sociolHgica s 2odernas3 4ue leva2 e2 conta os Elti2os
avanços da psicologia o1*etiva# precisa2ente a parte >raca de MarC e de seus
continuadores 4ue ainda não estão >a2iliarizados co2 a idéia de 4ue a ociologia
não é u2a ciBncia aut-no2a e2 4ue se pode tra1alhar co2 noçes a priori#
D
daerro principal
letra3 a idéiados sociHlogos segundo
de (ur!hei23 da escolaa2arCista consiste regra
4ual 0a pri2eira e2 4uee to2a23
a 2ais ao pé
>unda2ental é considerar os >atos sociais co2o coisas X7:ZY65 não conce1e2 4ue
u2 >ato social3 4ue se reconhece pelo 0poder de coerção eCterna6 .(ur!hei2/3
para agir so1re o ho2e23 deve ser3 antes de tudo3 transposto e2 >ato psí4uico3
4ue Tarde .7L7/ X7::Y interpreta co2o constrangi2ento psí4uico eCercido por u2
indivíduo so1re outro e tendo co2o protHtipo a relação de pai para >ilho# D 2es2o
2ecanis2o est? na 1ase dos >atos econ-2icos" sua ação não é direta3 passa pela
2a4uinaria psí4uica da4ueles a 4ue2 ela atinge#
^auts!+3 o principal teHrico do 2arCis2o3 considera3 poré23 4ue o car?ter
essencial da 2assa atuante reside no >ato de sua organização ou não
organização3 se2 se aperce1er 4ue todo co2porta2ento do indivíduo isolado ou
agindo nu2a 2ultidão e na sociedade3 e2 geral3 é condicionado pelos processos
nervosos 4ue se desenrola2 nos seus 2ecanis2os psí4uicos#
@sso ta21é2 se vB3 clara2ente3 na circunstOncia de 4ue a organização3 por ela
prHpria3 não protege ainda as 2assas hu2anas contra os piores eCcessos" assi23
no 2ovi2ento nazista3 u2a per>eita organização das 2ultides não as i2pediu de
co2eter cri2es cu*a >ria e calculada 1estialidade so1repu*ou tudo o 4ue se sa1ia
so1re as atrocidades das 2ultides pri2itivas# X7:QY
'alando de 2assas3 ^auts!+ sH as considera constituídas de oper?rios3
>uncion?rios3 dese2pregados3 não 2enciona se4uer o proletariado es>arrapado3
ne2 os pro>issionais li1erais3 ne2 os intelectuais 4ue são3 as 2ais das vezes3 os
4ue 2ais to2a2 parte nas açes de 2assas e entre os 4uais se recruta2 os
líderes5 ele prHprio avalia e2 7= os sindicalizados 4ue to2a2 parte nessas
açes na Ale2anha3 o 4ue corresponde ao nosso c?lculo de 7= de resistentes
violação psí4uica das 2assas3 contra 8= dos 4ue a ela se
su12ete2# X7:8Y Assi23 nos seus estudos3 ^auts!+ e outros autores 2arCistas3
co2o Geiger3 por eCe2plo .Z</3 sH considera2 as 2assas so1 o reduzido Ongulo
da luta de classes# Para este Elti2o3 4ue3 tendo a opor psicologia das 2assas
u2a sociologia das 2assas3 X7Q=Y as noçes desta seria2 insepar?veis do
conceito da revolução# Para poder tratar as 2assas co2o o1*eto da sociologia3
li2ita seu conceito ao de 2assas revolucion?rias e até s dos Elti2os 7L= anos3
depois 4ue ocorrera2 verdadeiras revoluçes3 co2o a Grande Revolução
'rancesa de 7:Q83 a Ale2ã de 7Q9Q3 a Grande Revolução Russa de 787:# A
característica das verdadeiras revoluçes reside e2 4ue leva2 a u2a inversão
dos valores5 Geiger .Z</ X7Q7Y o>erece u2 pe4ueno 4uadro co2parativo das
relaçes eCistentes entre os valores e as ca2adas dirigentes 4ue os suporta2"
)a3ada
Valor4 /or3a4
dirigente4
Príncipes da
(eus @gre*a
@gre*a
Poder $stado No1reza
i1erdade $cono2ia &urguesia
Acrescentaría3os0 de 5o3
grado0 as noç6es relati+as 7
situação atual4 @2perialis2o
&urocraciaX7Q<Y
Drganização
ão 2uito i2portantes as idéias de Geiger so1re o papel das 2assas prolet?rias
na luta 4ue leva2 revolução social es1oçada nestes te2pos# (iz 4ue o
proletariado >or2a u2a entidade unida3 de certo 2odo3 2ecanica2ente3 pelas
condiçes de vida e de tra1alho# A revolta contra essas condiçes intoler?veis
i2pele os indivíduos assi2 2ecanizados pelo processo da produção industrial3 no
sentido da >or2ação de grupos de luta organizados para a 4ueda da atual
sociedade .partidos socialistas3 sindicatos3 unies culturais e *uventudes/# A
tragédia do proletariado consiste e2 4ue ele se encontra e2 u2 con>lito
ineCtric?vel" toda sua eCistBncia est? ligada sociedade 4ue ele co21ate $ssa
contradição lHgica é a chave para co2preender seu co2porta2ento 4ue se
2ani>esta por eCploses3 por açes de 2assa# Mas3 nessas açes revolucion?rias3
na realidade3 não são os organis2os o1reiros 4ue delas participa23 2as3 os
indivíduos 2e21ros de diversas associaçes prolet?rias# $3 então3 e2 tais açes3
o 4ue se o1serva3 são >en-2enos greg?rios prHprios das 2ultides3 4ue se
deiCa2 levar pela sugestão3 4uase hipnHtica3 dos líderes# As verdadeiras
revoluçes3 4ue se segue2 a 2ovi2entos de 2assas populares3 são se2pre
>eitas3 isto é3 organizadas e dirigidas3 pelo 2enos no início3 por pe4uenas
2inorias" >oi assi2 na Revolução Russa e ta21é2 nas contra;revol uçes nazista
e >ascista# A pro>ecia de MarC 2ostrou;se err-nea3 4uando dizia" 0o te2po de
revoluçes por golpes de 2ão3 e>etuados por 2inorias conscientes3 >rente de
2assas inconscientes3 ter2inou X7QIY6#
G# Tarde d? u2a i2age2 do >unciona2ento do 2ecanis2o nu2a 2ultidão e na
sociedade e2 geral"X7Q9Y e se ad2ite 4ue u2 indivíduo3 nu2 estado de
sona21ulis2o3 leve a i2itação de seu 2édiu2 tão longe 4ue caia e2 estado de
transe e hipnotize u2 terceiro e assi2 por diante3 poder;se;ia a>ir2ar 4ue u2a tal
corrente de hipnoses sucessivas e encadeadas3 pre>igura a vida social# Rei)ald
corrige essa i2age23 dizendo 4ue3 na verdade3 não se trata de i2itação3 no caso3
2as3 de u2a in>luBncia psí4uica 4ue a provoca3 a seguir3 in>luBncia 4ue pode
tornar;se u2 constrangi2ento psí4uico a violação psí4uica3 de 4ue trata2os
neste livro Rei)ald .7I=/ X7QLY critica as idéias de ^auts!+3 reprovando;lhe os
seguintes erros" 7/ co2parar as 2assas co2 o proletariado5 </ não considerar a
>unção do líder e de u2a ca2ada dirigente5 I/ >altar a noção da 2assa produtora#
'inal2ente3 o grande 2ovi2ento hu2ano3 o %ristianis2o3 nos d? u2 eCe2plo de
u2 siste2a e2 4ue prevalece2 os ele2entos atri1uídos ao 4uarto pilar
>unda2ental da estrutura 1iolHgica3 4ue caracteriza o 2undo vivo e suas reaçes"
o do instinto 2aternal .ou pulsão paternal3 segundo nossa ter2inologia/# %o2
e>eito3 a PaiCão de %risto3 1ase do dog2a cristão3 é o so>ri2ento de u2 inocente
para a salvação dos outros3 so>ri2ento proveniente do devota2ento e do a2or" é3
nesse caso3 a 2es2a 1ase 4ue d? srce2 ao a2or 2aterno# a propagação
dessa idéia .e2 4ue se encontra23 de resto3 ta21é23 ele2entos de outras
religies3 notada2ente no &udis2o e na do $gito/ te2 seu ponto de partida na
i2itação do ato do Mestre por seus pri2eiros discípulos" o sangue dos 2?rtires
cristãos torna;se a se2ente dessa religião a cada perseguição3 a cada novo
sacri>ício3 e2 4ue se i2ola2 por u2a idéia3 0novos adeptos surge23 2ais
nu2erosos3 e2 torno dos instru2entos de suplício e das >ogueiras6#
A 2oral3 4ue daí nasce e 4ue se propaga3 assinala todos os ele2entos associados
realização dessa >unção 1iolHgica" (eus é o pai da co2unidade hu2ana3 os
ho2ens3 seus >ilhos3 deve23 no >i2 da vida3 prestar contas de seus atos3 a
reco2pensa eterna é pro2etida aos 1ons3 o castigo se2 >i2 aos 2aus
encontra2os aí os princípios da educação3 da pedagogia# D a2or a (eus pai de
todos os ho2ens deve traduzir;se pelo cu2pri2ento da lei do a2or ao prHCi2o3
isto é3 a todos os ho2ens# A religião d? a seus >iéis deveres a cu2prir .os dez
2anda2entos/ e conselhos evangélicos# (e resto3 o &udis2o te2 ta21é2 seu
dog2a de a2or >raternal3 de altruís2o# A distinção esta1elecida entre o 1e2 e o
2al e a sanção reservada conduta 2oral ressalta2 da prHpria essBncia do
1udis2o# X7QZY
No cristianis2o3 essa clara orige2 1iolHgica da verdade evangélica >oi3 e2
seguida3 pouco a pouco3 de>or2ada e desviada de seu sentido pri2itivo pela
gnose ou pela doutrina penetrada de 2istérios3 so1recarregada de e2présti2os
>eitos principal2ente s religies do Driente5 co1riu;se de sí21olos e de ritos3
realçando outras 1ases 1iolHgicas3 i2pressionando >acil2ente as grandes 2assas"
*? indica2os 4ue a segunda pulsão ali2entar in>luiu3 co2o de resto3 e2 outras
religies pri2itivas# Mais tarde3 1ases >ilosH>icas >ora2 acrescentadas estrutura
pri2itiva e3 desde então3 o con*unto >or2a u2 siste2a 2uito co2pleCo3 e2 4ue
atua2 ele2entos de todos os siste2as de 1ase#
A in>luBncia de novas idéias so1re o 2undo antigo >oi de tal >or2a poderosa 4ue é
possível a>ir2ar3 co2 %hateau1riand3 tere2 trans>or2ado total2ente o 2undo e
eCata2ente na direção 4ue caracteriza 1iologica2ente seus >unda2entos" os
costu2es >ora2 a1randados3 a escravidão a1olida3 2elhorou a condição da
2ulher3 os co21ates sangrentos do an>iteatro caíra2 e2 desuso3 a prHpria guerra3
e2 relação aos costu2es anteriores3 >oi hu2anizada#
Dra3 a @gre*a ou a organização de propaganda da religião cristã3 e2pregou
2étodos 2uito e>icazes para a di>usão dessas idéias" alé2 do culto3 instituído na
1ase de u2a propaganda através de sí21olos3 propaganda popular apelando para
as e2oçes3 ao lado de u2 progra2a escrito o $vangelho e2pregou todo u2
eCército de propagandistas3 de religiosos e religiosas de diversas ordens3
>undadas no curso dos séculos e 4ue lhe prestara2 inesti2?veis serviços3
sacri>icando;se e2 verdadeiras ca2panhas 4uando das crises e di>iculdades 4ue
a @gre*a viveu" assi2 >oi na >ase das diversas heresias3 depois do século @@@" o
poderio e a ri4ueza da Drde2 dos &eneditinos3 >oco de cultura intelectual e
artística desse te2po3 seguidos
$la sede2ani>estou
seu a>asta2ento das 2assas de populares3
provocara2 u2a reação# pelo apareci2ento ordens
2endicantes dos >ranciscanos3 dos do2inicanos e de outros ainda3 cu*a nor2a era
sH viver de es2olas3 a >i2 de 2elhor penetrar nas ca2adas populares co2 sua
pregação# Assi2 >oi3 ainda3 no século V@3 4uando as ordens dos Jesuítas3 dos
azaristas e outras >ora2 >undadas3 para de>ender a >é catHlica contra o
protestantis2o nascente#
interessante assinalar u2 >ato 4ue con>ir2a3 de 2aneira elo4Uente3 nossa tese
das 4uatro 1ases 1iolHgicas do co2porta2ento hu2ano e da idéia de 4ue a
religião cristã se ergue da 4uarta3 a 4ue designa2os co2o pulsão paternal# a1e;
se 4ue os religiosos de todas as ordens i2portantes são co2pelidos a pro>erir trBs
votos solenes 4ue se o1riga2 a respeitar" X7Q:Y os de po1reza3 castidade e
o1ediBncia# Reconhece2os3 logo3 4ue são3 respectiva2ente3 nossas trBs pulses
ali2entar3 seCual e co21ativa 2enos a pulsão paternal e2 1ene>ício da 4ual
todos os de2ais deve2 ser supri2idos#
A an?lise dos siste2as de 4ue trata2os3 h? pouco3 se nos coloca2os do ponto de
vista da 1iologia 2oderna3 leva;nos a consignar 4ue3 cada u2 deles te23 e2
algu2 grau3 sua parte de verdade3 pelo si2ples 2otivo de 4ue as reaçes so1re
as 4uais se apoia23 são os re>leCos 4ue deno2ina2os as 4uatro pulses 1ases
do co2porta2ento# D erro3 poré23 reside na tendBncia eCclusiva3 inerente a cada
u2 desses siste2as3 tendBncia inaceit?vel do ponto de vista 1iolHgico" são v?lidos
todos os 4uatro3 é certo5 outra veri>icação a 4ue chega2os nos leva a a>ir2ar 4ue
h? certa escala de i2portOncia 1iolHgica 4ue per2ite classi>ic?;los# Pode;se
ad2itir3 todavia 4ue3 e2 certos casos3 são as tendBncias dependentes de u2
desses siste2as 4ue do2ina23 e2 outros3 as de2ais tendBncias5 2as3 pode2
coeCistir3 ora e2 oposição uns co2 os outros3 ora secundando;os3 a*udando;se ou
co21inando;se 2utua2ente# &ovet .78/ diz 4ue3 no %ristianis2o3 se distingue2
duas aspiraçes >unda2entais" u2a visa a triun>ar do 2al e a outra3 a unir;se co2
o princípio do &e2# @sso signi>ica3 segundo nosso 2odo de ver3 4ue são3
real2ente3 duas pulses associadas 4ue estão na 1ase desse 2ovi2ento" no
pri2eiro caso3 trata;se da pulsão co21ativa e3 no segundo3 da paternal#
e aplica2os essa 2aneira de ver aos >atos da histHria hu2ana3 o1serva2os 4ue
é possível encontrar períodos e2 4ue u2a tendBncia3 u2 siste2a predo2ina ou
até su1*uga os de2ais para dar lugar3 e2 seguida3 a u2 outro siste2a# $ é curioso
ver 4ue3 a esse respeito3 se poderia dispor3 talvez3 os grandes 2ovi2entos
populares e2 u2a orde2 consecutiv a e lHgica3 segundo a >orça ou a i2portOncia
de u2 ou de outro 4ue corresponderia3 de certa 2aneira3 série cronolHgica#
certo 4ue sH podería2os >azer u2a tal veri>icação3 reportando;a nossa prHpria
civilização3 4ue a1range u2 período de 4uase dois 2il anos3 deiCando a1erta a
4uestão de sa1er se
trBsseria
possível
nadesco1rir
>atos an?logos e2 outras# $2 longo3
todo
caso3 divisa2os períodos nossa histHria" o pri2eiro3 o 2ais
caracterizado pelo do2ínio da idéia cristã e pela @gre*a5 o segundo3 e2 4ue o
progresso da ciBncia e da técnica dera2 causa eCpansão da idéia 2aterialista3
4ue caracteriza o período capitalista e o terceiro3 >inal2ente3 4ue apenas co2eçou
e 4ue3 segundo todas as previses3 ser? 2arcado pelo advento do ocialis2o ou
pela 4ueda e destruição de toda a civilização atual5 eCperi 2entar?3 então3 a sorte
de outras civilizaçes 4ue eCistira2 e perecera2 antes da nossa# Nesse caso3 trBs
períodos" cristão3 capitalista3 socialista# surpreendente acentuar3 depois de tudo
o 4ue aci2a eCa2ina2os3 4ue se su1stituir2os3 nesses períodos3 as 1ases so1re
as 4uais acredita2os possível construí;los3 respectiva2ente3 co2o doutrinas
sociais3 chegare2os seguinte orde2" pulsão paternal3 pulsão ali2entar3 pulsão
co21ativa# $ntão3 so2os i2ediata2ente levados a pensar 4ue esta série3 ta21é2
ela3 te2 sua razão de ser" corresponde >orça ascendente das pulses e2
4uestão# %o2preende;se3 assi23 sua srce2" os grandes 2ovi2entos sociais se
sucede23 sendo os pri2eiros a>astados3 do2inados pela >orça crescente dos
posteriores# Assi23 o siste2a paternal3 tornando;se 2ais >raco do 4ue o ali2entar3
o 2ovi2ento capitalista3 1aseado na preponderOncia de >atores econ-2icos3
so1repu*a o 2ovi2ento cristão e ve2os3 de >ato3 4ue a @dade Média dera lugar
Renascença e época dos $nciclopedistas3 da ciBncia e da técnica3 e2 4ue se
apoia o período de do2inação dos interesses econ-2icos ta21é23 a razão
por 4ue3 e2 todos os lugares onde os dois siste2as vB2 a chocar;se3 nas suas
veleidades de do2ínio3 por eCe2plo3 na sua ideologia e na sua propaganda3 o
siste2a cristão não consegue >icar >rente5 o Elti2o eCe2plo é o>erecido pela luta
4ue precedeu o advento do >ascis2o3 entre as ideologias 1urguesas3 ainda
>orte2ente i21uídas de idéias eclesi?sticas e a das organizaçes oper?rias3 tendo
por 1ase a idéia sindical 4ue3 e21ora proveniente de u2a antítese ao 2undo
1urguBs3 surge natural2ente no período capitalista3 pois3 te2 co2o >unda2ento3
pri2ordial2ente3 as tendBncias econ-2icas ou re>erentes segunda pulsão# A
propaganda cristã e 1urguesa idealista não resiste 4uando se choca co2 a
propaganda cha2ada3 e2 geral e in*usta2ente3 2arCista#
$sta2os3 atual2ente3 no li2iar de u2 novo período3 e2 4ue as ideologias e as
propagandas3 tendo co2o >unda2ento a segunda pulsão ali2entar são
viva2ente atacadas pelas 4ue se apoia2 na pri2eira co21ativa# endo esta
Elti2a a 2ais >orte3 o resultado não é di>ícil de prever5 e3 e>etiva2ente3 ve2os 4ue3
por toda a parte3 onde a idéia re>or2ista do 2ovi2ento oper?rio3 idéia 4ue se
1aseia so1re a prioridade do princípio econ-2ico entra e2 colisão co2 a da
propaganda socialista ativista3 assentada so1re a pulsão co21ativa3 a pri2eira é
derrotada# o caso da REssia soviética3 onde assisti2os vitHria dos
1olchevi4ues 4ue3 graças a Bnin3 corrigira23 na pr?tica3 as idéias srcinais de
MarC
isto é3e da
conseguira2 vencer os 2enchevi4ues3
teoria da predo2inOncia das causasos intérpretes Não
econ-2icas# >iéis do 2arCis2o3
pode haver
dEvida 4uanto ao >ato de 4ue a ideologia socialista na REssia te23 co2o
>unda2ento t?tico3 a pulsão co21ativa" todos os 2étodos de luta3 2es2o a
aplicação3 e2 deter2inados períodos3 do regi2e do Terror3 toda a propaganda3
são a>ir2ativas3 autorit?rias3 co21ativas# $st? aí o 2otivo por 4ue conseguira2
vencer e2 seu prHprio país3 do ponto de vista t?tico da luta# D 2es2o >en-2eno
se o1servava ta21é2 nos países totalit?rios >ascistas3 a Ale2anha e a @t?lia3 e2
4ue se vira2 tendBncias socialistas3 e21ora total2ente des>iguradas3 2as3
utilizando o siste2a co21ativo 4ue as levou a to2ar o Poder e a do2inar as
ideologias e as t?ticas de propaganda dos 2ovi2entos o1reiros do tipo social;
de2ocrata 4ue insistia2 e2 opor;lhes couraça 1e2 2ais >raca de raciocínios e
>atos e2otivos3 co2 1ase nos interesses econ-2icos dos povos#
)apítulo V
Pulsão n83ero u3
*Instinto co35ati+o.
A pulsão co21ativa3 1ase do co2porta2ento de luta As 1atalhas in>antis A
i2plicOncia A crueldade A in>luBncia da guerra so1re as crianças Ds *ogos
A educação esportiva e 2ilitar A luta D instinto agressivo As pro>isses
agressivas %analização e su1li2ação do instinto co21ativo A violBncia
corporal A dor A a2eaça A >ascinação D 2i2etis2o de terri>icação D
2edo e a angEstia D pOnico ^hod+n!a A invasão dos 2arcianos Ds
arre1ata2entos greg?rios nos não civilizados Ds derviches Ds ^hl+stes e as
epide2ias de dança Glossolalia e possessão ourdes Arre1ata2entos
greg?rios
uni>or2e nos protestantes
D passo Apsicopatologia
de ganso A disciplina coletiva
A 2Esica Ds adornos
2ilitar guerreiros
D BCtase eo D
entusias2o A corage2 A psicologia e a guerra .o in>erno de Verdun/ D
pro1le2a do che>e Ds líderes D ar4uétipo Wotan dos ale2ães A divinização
do che>e A divinização das 2assas D Marechal PsicHlogo#
de2os
do2ínioodas
nE2ero 7 a da
atividades co21atividade se i2pe co2o pulsão de eleição3 no
políticas#
Para 4ue u2 re>leCo condicionado se >or2e3 é necess?ria a coincidBncia de dois
>atores" o do re>leCo a1soluto ou de u2 auto2atis2o3 1ase de u2a das 4uatro
pulses e o de eCcitação3 cu*a >or2a pode ser escolhida vontade e 4ue se torna
o >ator condicionante3 desencadeando o re>leCo e2 4uestão# Trata;se3 a4ui3 e2
princípio3 de u2a pulsão3 2as >re4Uente2ente3 e2 >ace de u2a deter2inada
co2pleCidade de ele2entos enga*ados 4ue se 2ani>esta23 pode;se3 ta21é23
>alar do instinto 4ue3 recorde2os3 representa3 a nosso ver3 u2a cadeia de
ele2entos si2ples3 co2 os auto2atis2os# Assi23 é possível >alar da pulsão
co21ativa ou agressiva3 2as3 e2 co2pensação3 do instinto de luta3 englo1ando a
noção de luta toda u2a cadeia de atitudes na direção de u2 apazigua2ento da
pulsão co21ativa#
Repita2os3 2ais u2a vez3 as >Hr2ulas 4ue vi2os3 nos capítulos precedentes3
dispondo;as u2a ao pé da outra3 para 2elhor co2par?;las"
Ve2os3 por esse 4uadro3 4ue a analogia é per>eita# %o2 e>eito3 a an?lise 4ue
>are2os3 dentro e2 1reve3 neste e nos capítulos seguin tes3 nos >ornecer? provas
essenciais3 e2 apoio desta teoria# Tentare2os3 ainda3 neste capítulo3 estudar u2
pouco 2ais de perto3 a 1ase 4ue serve edi>icação do re>leCo e2 eCa2e3 isto é3 a
pulsão co21ativa5 no capítulo seguinte3 analisare2os as >or2as de eCcitaçes
condicionadas3 os sí21olos 4ue são associados atual2ente pulsão co21ativa3
na luta de propaganda3 para chegar >or2ação3 nas 2assas3 de re>leCos
condicionados 4ue preside2 a uni>or2ização3 >inalidade Elti2a da luta política de
nossos dias#
Nesse caso3 se se dese*a tratar da pulsão co21ativa e das >or2as 4ue to2a2
suas derivaçes3 as pri2eiras 4uestes3 4ue se apresenta23 são as dos >atores
psicolHgicos 4ue a condiciona2 e de sua evolução genética nos indivíduos#
Tratare2os3 inicial2ente3 do Elti2o pro1le2a# &ovet analisou;o de >or2a
eCcelente3 no seu livro \instinct co21ati> .78/#
Todas as crianças 1riga2# A pri2eira razão desse co2porta2ento é a de>esa# Ds
gestos de de>esa evolue2 co2 a idade5 no co2eço3 são as unhas e os dentes de
4ue se serve a criança" ela arranha e 2orde# Mais tarde 3 co2eça a utilização dos
pés e3 e2 seguida3 das 2ãos3 trans>or2adas na ar2a 2ais pri2itiva o punho5
depois3 prende pelos ca1elos e3 >inal2ente3 ar2a;se de u2 pau 4ue estende a
ação de seu 1raço e ter2ina por atirar pedras# $ssa Elti2a >or2a de luta
>unda2enta;se nu2 instinto eCtraordinaria2ente poderoso" o ato de *ogar pedras
produz3 na criança3 u2 prazer intenso# $3 notada2ente3 na idade de 7= a 7I anos
co2o esti2ulante
corporal do instinto co21ativo puro3 4ue se eCterioriza nos *ogos de luta
co2o o >ute1ol#
W# &ro)n3 u2 1ehaviorista a2ericano3 não considera a guerra de nossos te2pos
co2o u2a 2ani>estação de agressividade das 2assas3 4ue se socorre2 das
tendBncias sadistas do indivíduo" X<=QY a guerra é se2pre precedida3 atual2ente3
de u2 período de preparação psicolHgica das 2assas3 por u2a propaganda
patriHtica apropriada# A validade dessa a>ir2ação é de2onstrada3 ta21é23 pela
introdução3 e2 todos os países3 do serviço 2ilitar o1rigatHrio3 u2a 2edida de
coerção3 por conseguinte# Viu;se3 igual2ente3 e2 787Q3 4ue os soldados das duas
trincheiras >raternizava2 2uitas vezes#
Nu2a conclusão geral do pro1le2a da relação entre o instinto co21ativo e os
*ogos co2o 2eios de educação é interessante constatar3 co2o >ez &ovet3 .78/ 4ue
se pode classi>icar as teorias so1re o seu signi>icado e2 trBs grupos"
7 A teoria at?vica .tanle+ Fall/3 segundo a 4ual os *ogos não tB2 i2portOncia
atual2ente3 os instintos3 4ue neles se 2ani>esta23 são so1revivBncias" a criança
trepa nas ?rvores por4ue seus ancestrais >ora2 outrora orangotangos# e se 1ate3
é 4ue houve u2 te2po e2 4ue o corpo a corpo era u2a o1rigação 4ue o estado
de selvageria i2punha aos pri2itivos# Ds *ogos3 co2o as tendBncias instintivas3
4ue neles se 2ani>esta23 revive2 os grandes capítulos passados da histHria da
civilização hu2ana# Não é u2a preparação para as etapas >uturas# $2 vista disto3
o educador nada te2 a repri2ir ou encora*ar# A criança os desprezar? por si
2es2a3 natural2ente#
< A teoria do pré;eCercício .^# Gross/ diz3 ao contr?rio3 4ue os *ogos tB2
alcance
ter? 4ue atual
lutar epela
positivo# ão
vida# D eCercícios
*ogo preparatHrios"
te2 por >unção e e>eitoacriar
criança se 1ate3
h?1itos# Parapor4ue
evitar
4ue alguns deles se >or2e23 o educador deve opor;se s pri2eiras 2ani>estaçes
do instinto#
I A teoria cat?rtica .%arr/ considera 4ue os *ogos tB2 alcance atual3 2as3
negativo# Teria2 por >inalidade e por resultado eli2inar do indivíduo certas pulses
anti;sociais# A educação deve tender a encora*ar os *ogos de co21ate3 se
dese*a2os li1ertar a criança de sua agressividade# $la luta3 por4ue interessa
espécie 4ue não 2ais se 1ata 4uando >or grande#
Mas3 segundo %laparede .I7/3 essas trBs teorias não se eCclue2 entre si e
pensa2os3 ta21é23 4ue os >ins de cada u2a delas3 di>erenciando;se e
co2pletando;se3 pode2 ser utilizadas nos diversos aspectos educativos" a teoria
at?vica 4ue te2 e2 vista canalizar as pulses pri2itivas na educação esportiva
e 2ilitar3 a do pré;eCercício3 cu*o o1*etivo é >azer desvi?;las na educação 2oral5
e a cat?rtica 4ue procura platonizar3 su1li2ar as pulses na educação paci>ista e
social#
A educação esportiva3 so1retudo desde &aden Po)ell3 co2 sua idéia de
escotis2o3 >ornece o 2elhor eCe2plo do sucesso nos 2étodos 4ue se apoia2 na
pulsão co21ativa3 a >i2 de ultrapassar os seus desdo1ra2entos perigosos para a
sociedade hu2ana# D prHprio &aden Po)ell diz X<=8Y 0D eCercício 2ilitar tende a
destruir a individualidade3 dese*are2os3 ao contrario3 desenvolver o car?ter6#
Mostrando ao *ove2 u2 ideal so1 o aspecto cavalheiresco e prescrevendo;lhe3
co2o o1rigação3 prestar a seu prHCi2o pelo 2enos u2 serviço por dia3 o
escotis2o conduz a u2 >i2 altruístico as >orças acu2uladas# 0&e2 longe de
>or2ar 2?4uinas para os eCercícios de o1ediBncia passiva3 esti2ula as iniciativas
re>letidas6 X<7=Y#
verdade 4ue os esportes 0>aze2 >lorescer todas as 4ualidades 4ue serve2
guerra" indi>erença3 1o2 hu2or3 disposição para o i2previsto3 noção eCata do
es>orço a >azer se2 desperdício inEtil de >orça6X<77Y# Ds esportes prepara2 para a
guerra e 04uando algué2 se sente preparado para u2a coisa3 a eCecuta de 1o2
grado6# Mas3 é so1retudo3 na educação 2ilitar preparatHria 4ue3 ao lado do
treina2ento disciplinar3 eCercita o corpo e d? u2a instrução 2ilitar especial3 onde
est? o perigo3 por4ue3 preparando para a guerra3 se prepara a prHpria guerra" o
eCercício >ísico3 dando ao *ove2 consciBncia de sua >orça encora*a;o >acil2ente a
dela a1usar e a instrução 2ilitar3 concentrando seu pensa2ento na guerra3 leva a
dese*?;la# D eCercício >ísico3 ao contr?rio3 te2 a propriedade de se tornar u2 >i2
e2 si e a organização dos esportes >ornece >orça acu2ulada u2a derivação
ino>ensiva3 podendo criar3 no espírito pE1lico3 sugestes 4ue contraria2 a idéia de
guerra# Por outro lado3 a prHpria escola3 pelo ensino da FistHria3 voltada3 na 2aior
parte3 para os aconteci2entos da vida nacional dos $stados3 desenvolve3
>re4Uente2ente3 na criança3 se2 se aperce1er3 o gosto pela luta3 ao eCaltar as
virtudes guerreiras# Ali?s3 conhece2;se eCe2plos de treina2ento para o co21ate
até entre os ani2ais" assi23 etourneau X<7<Yinterpreta3 co2o 0liçes de u2a
espécie de esgri2a guerreira63 os co21ates singulares o1servados por Fu1er nas
>or2igas#
(epois de ter passado e2 revista os >atos relativos gBnese e evolução da pulsão
agressiva na criança3 co2o se 2ani>esta2 nos *ogos e na educação3 dese*a2os
nos voltar para a an?lise das 2ani>estaçes dessa pulsão 4ue reconhece2os
co2o a 2ais >orte de todas e 4ue indica2os3 por isso 2es2o3 co2o n 73 no
adulto# Vere2os3 e2 seguida3 as possi1ilidades de sua platonização e
su1li2ação#
A necessidade de lutar3 e2
de guarda
se preservar
ou3 ao do
perigo atacando
causado opelas agresses
ini2igas3 se*a3 pondo;se contr?rio3 advers?rio3 é
u2a atividade hu2ana tão velha 4uanto o ho2e2 ou o ser vivo e2 geral# o1 o
no2e de luta3 entende;se3 e2 1iologia3 a resistBncia a toda a sorte de >atores 4ue
a2eaça2 a eCistBncia3 luta contra as >orças 1rutais da natureza3 contra as
inte2péries3 as doenças etc#3 2as3 nu2 sentido 2ais restrito3 a palavra designa
u2a reação contra os perigos 4ue se apresenta2 de u2a 2aneira 2ais ou 2enos
sE1ita e so1 a >or2a de >atores vivos#
A necessidade de lutar coloca o indivíduo3 na vida3 e2 >ace de novas
contingBncias e condiciona3 assi23 novos re>leCos3 novas atitudes e h?1itos 4ue
tB2 por 1ase a pri2eira pulsão# o pri2eiro 2ecanis2o do ser vivo 4ue entra e2
ação ao contato co2 o 2undo eCterior3 apresentando;se este3 geral2ente3 so1 a
>or2a de o1st?culo 4ue o ser deve do2inar# a pri2eira reação da criança 4ue
dese*a tudo ter3 tocar3 e2purrar3 acariciar3 2odelar3 rasgar3 en4uanto os o1*etos de
sua co1iça não se apresente2 so1 a >or2a de algu2a coisa 4ue a
assuste# X<7IY $la leva tudo 1oca# (ese*ou;se identi>icar essa pulsão agressiva
co2 u2 instinto especial de vitalidade X<79Y 4ue teria co2o >i2 preservar a vida#
Não pode2os aceitar essa 2aneira de ver as coisas" para nHs3 todos os pulses
são 2ecanis2os de conservação da vida3 os de ns 7 e <3 de conservação do
indivíduo3 e os I e 93 da espécie# X<7LY A pulsão agressiva .n 7/ seria apenas
u2 desses 4uatro 2eios de preservar a vida#
Dra3 na pr?tica da luta para conservar a eCistBncia3 o ho2e2 pri2itivo3 ainda
aparentado aos 2acacos3 deve ter;se aperce1ido das vantagens 4ue lhe
proporcionava a cooperação co2 seus se2elhantes na caça5 tornou;se greg?rio e
>or2ara2;se h?1itos sociais# 0Teria assi2 se tornado3 a princípio3 u2a espécie de
2acaco;lo1o# @sso a*udaria3 ali?s3 a co2preender por4ue o ho2e2 é ainda tão
i2per>eita2ente soci?vel6 .teoria de %arveth Read/ .7<Q/# X<7ZY
As necessidades da vida greg?ria conduzira23 certa2ente3 ao esta1eleci2ento de
senhas ini1idos 2uito >ortes3 ta1us3 4ue contraporia23 no indivíduo3 os eCcessos
de 2ani>estaçes da pulsão co21ativa3 ao eCe2plo dos ta1us seCuais3 4ue
regeria2 o co2porta2ento seCual entre indivíduos da 2es2a espécie# Assi23 o
instinto co21ativo da hu2anidade nascente deve ter sido3 desde a orige23
regulado e canalizado e2 certa 2edida# egundo Adler .Ia/3 X<7:Y a ini1ição
su1consciente de u2 instinto3 seu recal4ue3 pode traduzir;se3 posterior2ente3 por
>en-2enos 2uito característicos3 dentre os 4uais3 na sua Ps+chologie individuelle3
ressalta os seguintes"
7 o instinto pode converter;se no seu contr?rio3
< desvia;se para u2 outro >i23
I dirige;se so1re a prHpria pessoa3
9 a Bn>ase é dada a u2 instinto de >orça secund?ria#
egundo &ovet .78/3 o instinto co21ativo pode so>rer3 e2 casos se2elhantes3 as
seguintes vicissitudes"
7 pode continuar se2 2udança aparente# A pressão do 2eio social não te2
e>eito# D indivíduo per2anece3 adulto3 o 4ue era e2 criança" o instinto3 tendo
criado o h?1ito3 conserva o 2es2o prazer de lutar e aproveita todas as ocasies#
2 adulto 1elicoso sucede a u2a criança 1elicosa# $sse caso3 o 2ais si2ples3
psicologica2ente3 é 2enos satis>atHrio3 social2ente# $ssa per2anBncia inalterada
do instinto >az da criança nor2al u2 ser inadaptado#
< o ponto 2?Ci2o >oi atingido3 se2 dEvida3 nu2a época ainda 1?r1ara#
I A canalização do instinto3 na es>era social3 te2a o car?ter das guerras da
histHria#
9 poder;se;ia ver u2a platonização do instinto co21ativo na guerra >ria de
nosso te2po5 é preciso esperar 4ue essa platonização se eCpanda no >uturo3
4uando se chegar? a su1li2ar3 total2ente3 a pulsão so1 a >or2a de tra1alho
pací>ico e coletivo de toda a hu2anidade3 e2 1ene>ício da sociedade e da cultura#
2a 4uestão logo aparece 4uando se pensa nas 2ani>estaçes da pulsão
co21ativa" co2o se traduz na escolha das pro>issesS uais as atividades
pro>issionais 4ue se i2pe2 aos ho2ens3 e2 cu*o co2porta2ento essa pulsão
te2 pri2azia so1re as de2aisS Antes de tudo3 pode;se veri>icar 4ue3 na *uventude3
nos 2enores de 7= anos aos de 7L ou 7Z3 é so1retudo o gosto das pro>isses
co21ativas soldado3 guarda3 caçador 4ue se 2ani>esta3 segundo #
Mada+# X<78Y $21ora3 na escolha das carreiras se o1serve3 >re4Uente2ente3 4ue o
>ilho a1raça a pro>issão do pai3 é possível a>ir2ar 4ue isso ve2 2enos por
herança de gostos3 do 4ue por in>luBncia do eCe2plo# A correlação entre a
pro>issão e os gostos dos indivíduos3 poré23 não pode ser negada e2 nu2erosos
casos# &ovet .78/ d? eCe2plos pertinentes incarnação de realizaçes dos
dese*os agressivos ou 2es2o cruéis das pro>isses sociais" pelo instinto puro
soldado3 guarda3 caçador5 pelo instinto desviado carregador3 guia de 2ontanha3
açougueiro3 cocheiro3 dentista3 parteiro3 cirurgião etc#5 pelo instinto su1li2ado3
o1*etivado e platonizado pro>essor# Mas3 na verdade3 encontra;se 0por toda a
parte63 na &olsa co2o no Pal?cio da Justiça3 nos 2ercados co2o nos 2ares3
pessoas 4ue a1raçara2 sua pro>issão por co21atividade#
Rei)ald .7I=/ re>ere;se ao 4uadro de zond X<<=Y so1re a seleção pro>issional3
4ue d? u2a visão 1e2 2inuciosa da classi>icação de u2 grande nE2ero de
atividades3 1aseada nos dados da sociopsicologia# NHs 2es2o pensa2os poder
agrup?;las3 segundo as 4uatro pulses respectivas3 co2o se pode ver do 4uadro
a1aiCo"
Puls6es e respecti+as pro,iss6es
9 : ; <
soldado cozinheiro dançarino s?1io
político hoteleiro artista sacerdote
diplo2ata co2erciante 2Esico pro>essor
lutador engenheiro pintor educador
esportista sacerdote ca1eleireiro do2éstica
piloto tra1alhador cantor 2édico
advogado >uncion?rio escultor en>er2eiro
cirurgião criado ar4uiteto *uiz
carrasco agricultor 2ane4ui2 religioso
2otorista
2arinheiro crítico organizador
detetive
policial
açougueiro
Fa2on .:9/ X<<7Y insiste e2 4ue3 entre o instinto co21ativo e a escolha da
carreira 2ilitar3 haveria u2a relação positiva e direta# (e Mada+3 X<<<Y 4ue se
coloca3 portanto3 so1 o ponto de vista 2ilitarista3 é de opinião 4ue 0a evolução
hu2ana parte da luta para chegar ao tra1alho6# o caso das pro>isses de
advogado e co2erciante3 por eCe2plo3 e2 4ue h? co2ponentes co21ativos3 2as3
a do tra1alho do2ina# $ não são raros os casos e2 4ue 0certas pessoas torna2;
se soldados para se livrar dos cuidados da luta pela vida63 de 2odo 4ue3 co2o diz
&ovet .78/3 2uito >re4Uente2ente3 e2 nossos dias3 não h? 2ais correlação entre o
gosto instintivo da luta e a carreira 2ilitar3 ao contr?rio do 4ue ocorria
antiga2ente#
%onsiderando 4ue o co2porta2ento do tra1alhador industrial conté2 u2a
co2ponente agressiva3 Rei)ald X<<IYadianta 4ue u2a das causas 2ais
i2portantes da revolta das 2assas reside no senti2ento da >alta de satis>ação 4ue
o 2oderno processo de produção cria# Para sentir a alegria do tra1alho3 é
necess?rio 4ue3 ao lado da pulsão seCual .li1ido3 a2or pelo tra1alho/3 este*a
presente3 ainda3 outra pulsão ele2entar a agressiva 4ue é tão irresistível co2o
a >o2e ou a necessidade seCual# %ita eCe2plos" o de carregar u2 peso ou de
derru1ar u2a ?rvore# $ a 2es2a coisa é v?lida para as atividades intelectuais
2ais elevadas" >ala;se3 então3 da 0nitidez cortante de u2 pensa2ento6# $ncontra;
se a pulsão agressiva até nas pro>isses su1li2adas" a de açougueiro é 2uito Etil
do ponto de vista social 4uand o trava u2a grande percentage2 de assassinos5 a
de dentista ou de cirurgião é alta2ente su1li2ada3 2as3 tB23 a21as3 caracteres
s?dicos#
Vi2os 4ue3 na vida3 é 2uito raro encontrar pessoas entre as 4uais deter2inada
pulsão se 2ani>este de >or2a pura3 diz;se3 geral2ente3 de tal pessoa 4ue é u2
ho2e2 co2pleto# Na 2aioria dos casos3 encontra2;se eCe2plos 2ais co2pleCos3
e2 4ue duas ou 2es2o trBs pulses se associa23 se co2pleta2 ou3 ta21é23 e2
4ue u2a delas perde certas características e2 proveito do outra# Assi23 eCiste
u2a ligação entre a pulsão co21ativa e a seCual3 entre o co21ate e o a2or ou3
e2 ter2os de sensaçes psico>isiolHgicas3 entre a dor e a volEpia# %onhece;se3
pela eCperiBncia psicanalítica3 4ue o prazer da crueldade te2 u2 ressai1o
especi>ica2ente
o co21ate co2osensual#
vi2os X<<9Y
est?Ali?s3 no reino ani2al
estreita2ente e nasaocivilizaçes
associado pri2itivas3
a2or# a1e;se
ta21é2 4ue os s?dicos tB2 necessidade de >azer so>rer para esti2ular sua
sensação erHtica# Nas crianças3 o prazer de assistir a chicotadas e de dar te2 u2
lugar consider?vel no despertar de sua vida seCual# 2ais u2a razão para evitar
o costu2e do castigo corporal3 segundo &ovet3 .8/ 4ue é psicHlogo e educador# A
volEpia est?3 >re4Uente2ente3 associada ao so>ri2ento de outre2 e dor
eCperi2entada pela prHpria pessoa# %hegou;se atual 2ente conclusão de 4ue o
sadis2o e o 2aso4uis2o não são antag-nicos3 2as3 encontra2;se na 2es2a
pessoa e daí o 2otivo por 4ue são agora designados por u2 2es2o no2e
algolagnia# X<<LY A volEpia da dor é ta21é23 s vezes3 u2a característica da
poesia ro2Ontica 4ue se co2praz co2 a descrição dos estados 2elancHlicos#
%o2o eCiste2 >re4Uentes laços entre a pulsão co21ativa e a seCual3 ocorre2
igual2ente entre a pri2eiro e a ali2entar su1li2ada3 4ue é o senti2ento religioso3
segundo nosso 2odo de ver# X<<ZY Vi2os 2ais aci2a 4ue3 nas 2ani>estaçes da
vida religiosa3 se encontra3 2uitas vezes3 o espírito co21ativo3 4ue se traduz pelo
e2prego de eCpresses to2adas vida 2ilitar# Aos eCe2plos antes X<<:Y citados3
*unte2os o teCto de u2 coral de utero3 e2 4ue se nos depara2 eCpresses
co2o" 0Nosso (eus é u2a 2uralha3 u2a ar2adura invencível6# D 2es2o se
encontra entre os 2uçul2anos 4ue se intitula2 os guerreiros de Allah5 aos sal2os
do Antigo Testa2ento não >alta23 ta2pouco3 eCpresses 1elicosas X<<QY Mas na
histHria do prHprio %ristianis2o3 aprende;se 4ue %onstantino e2pregava o
la1aru2 co2o insígnia do seu eCército5 4ue3 nas @gre*as orientais3 a procla2ação
da guerra santa servia de>esa do (eus nacional e do $stado3 a @gre*a divinizava
a guerra5 as guerras de %arlos Magno e as cruzadas era2 u2 serviço religioso
0por %risto e pela @gre*a6 X<<8Y# Mes2o nos nossos dias3 vB;se3 2uitas vezes3 e2
política3 realizada a 0aliança do sa1re e do hissope3 do eCército e do clero#
Mas3 ao contr?rio3 o ele2ento religioso so>reu3 ta21é23 in>luBncia so1re o
co2porta2ento >undado na co21atividade3 contri1uindo para seu desvio e
su1li2ação# Assi23 para a @gre*a3 a idéia de eCército ultrapassa a do soldado3 a
organização so1re a co21atividade pura" todos os es>orços são coordenados3 a
2ilícia cristã é hierar4uizada# A 4ualidade principal do soldado torna;se a
o1ediBncia3 da 2es2a >or2a 4ue a intrepidez# $Cercita;se a o1ediBncia3 co2o se
treina a corage2# D eCercício3 a disciplina3 a 1eleza dos planos co21inados >aze2
perder de vista a luta e2 si 2es2a# D instru2ento é tão per>eito 4ue é ad2irado
por ele prHprio3 se2 2ais sonhar;se co2 o >i2 para 4ue >oi >or2ado# $sses >atores
do espírito 2ilita r3 a o1ediBncia3 por eCe2plo3 nada te2 de agressiva por si sH# $
chega;se ao caso co2o o de $rnesto Psichari3 neto de Renan3 4ue veio ao %risto
pela @gre*a3 @gre*a pelo eCército pro>ano e ao eCército pela necessidade de
o1edecer# X<I=Y Mas3 e2 nu2erosas al2as religiosas3 o instinto co21ativo3 4ue
lhe é inerente3 pode aparecer so1 >or2a pri2itiva e grosseira" na i2age2 das
torturas do in>erno pro2etidas aos pecadores ou3 no >ato de os religiosos
assistire23 s vezes3 co2 prazer3 perseguir e torturar outros3 co2o >oi o caso da
@n4uisição3 e o da caça e processo >eitiçaria# A crueldade não é estranha ao
espírito religioso" vB;se no e2prego de torturas contra a carne" >lagelação e
sevícias de toda natureza e2 certas seitas religiosas#
$n>i23 a pulsão co21ativa3 sendo u2 2ecanis2o >unda2ental do ser vivo e3 co2o
tal3 não podendo ser eCtirpado ou supri2ido3 é suscetível de so>rer3 contudo3
certas trans>or2açes e atenuaçes# 0Tudo o 4ue pode2os esperar é su1li2?;lo63
diz tanle+ Fall .:I/ X<I7Y No caso da pulsão seCual3 h? u2 ele2ento 4ue te2
condiçes de desencadear u2 re>leCo condicionado ini1itivo3 proveniente do
interior3 do segundo siste2a de sinalização" é a reação 4ue3 e2 ter2os de
introspecção3 se designa co2o pudor# No do2ínio da pulsão agressiva3 diz &ovet3
.78/3 X<I<Y nada eCiste de co2par?vel e 4ue per2itiria u2a repressão3 diría2os3
todavia3 4ue3 talvez u2 dia3 co2 o advento do Fo2e2 Novo e2 u2 Mundo
trans>or2ado3 u2 e4uivalente do senti2ento do pudor poderia surgir ta21é2 na
es>era da pulsão co21ativa3 u2a espécie de pudor altruísta0# Na velha civilização
chinesa3 por eCe2plo3 a sociedade política não sH conseguira canaliza r o instinto
co21ativo3 2as3 *? entrevira a possi1ilidade de o su1li2ar total2ente" a pro>issão
2ilitar era considerada co2o a 2ais 1aiCa e digna de ser repudiada#
As trans>or2açes ou alteraçes capazes de a>etar a pulsão co21ativa pode2
apresentar as características de desvio3 de o1*etivação3 de su1*etivação3 de
platonização e de su1li2ação# A noção de desvio é nítida nos casos dos casais
se2 >ilhos3 4ue os su1stitue2 por cães ou gatos de esti2ação" a pulsão paternal é
desviada3 no caso# Para a pulsão co21ativa3 h? o desvio so1 a >or2a de esportes
de co21ate" natação3 alpinis2o3 corridas a pé3 >ute1ol# Nos casos de esgri2a3
1oCe e luta é pre>erível >alar3 antes3 de canalização do instinto# &ovet .78/ indica
co2o >or2a de desvio do instinto co21ativo3 particular2ente engenhosa e
>ecunda3 do ponto de vista social3 a 4ue su1stitui a luta pela co2petição# %ontinua
a eCistir u2 advers?rio3 a e2pregar;se a 2es2a energia3 2as esta não se utiliza3
de >ato3 contra o concorrente# Assi23 todo o treina2ento a 4ue a luta visava é
conservado3 a co2petição continua a indicar os 2ais >ortes atenção dos
espectadores3 2as3 a sociedade eli2inou os e>eitos perniciosos# Alé2 disso3 a
co2petição alarga o ca2po da co21atividade# possível disputar o recorde dos
ausentes e3 so1retudo3 concorrer consigo 2es2o3 ultrapassar;se e vencer;se#
Na o1*etivação da pulsão co21ativa3 o ho2e23 e2 vez de se lançar luta3
satis>az;se olhando;a# Nos soldados de chu21o te2;se3 ta21é23 a o1*etivação#
(o 2es2o gBnero é o prazer 4ue eCperi2enta2 tantas pessoas e2 escrever3 e2
ler3 e2 da
ouvir contar de
histHrias
cri2es3dede1atalhas3
de>ant?sticos
aventuras co2o
de eCploradores
os de F# G#ou
de ou
índios3 literatura ro2ances Wells
de JElio Verne# Ta21é2 assistir s corridas3 s lutas de 1oCe5 no te2po de Ro2a3
s lutas de gladiadores5 atual2ente3 s corridas#
A su1*etivação é o prazer de rece1er golpes se2 risco de ver algué2 so>rer#
Adler .Ia#/ pe a conversão do instinto co21ativo 4ue to2a por o1*eto a prHpria
pessoa3 entre os e>eitos do recal4ue# %ita X<IIY a hu2ildade3 a su12issão e o
devota2ento3 a su1ordinação volunt?ria3 a >lagelação e o 2aso4uis2o co2o
resultantes desse >en-2eno# 0A saída eCtre2a dessa conversão do instinto é o
suicídio6#
Platonização ter2o criado por &ovet .78/ para designar3 por alusão ao a2or
plat-nico3 a situação e2 4ue a luta e2preendida contra u2 advers?rio nada te2
de co2u2 nas suas 2ani>estaçes eCteriores3 co2 a 1atalha3 na 4ual vai 1uscar
suas 2et?>oras# Na luta plat-nica são os >ins 2era2ente intelectuais 4ue to2a2
todo lugar# D sí21olo dessa etapa3 na evolução da pulsão co21ativa3 é o *ogo de
Cadrez#
$n>i23 na su1li2ação te2os u2a noção 4ue i2plica3 eCcetuada a trans>or2ação
do instinto3 u2a apreciação 2oral3 isto é3 a adaptação do indivíduo ao 2undo e
sociedade" é3 por seus >rutos3 *ulgados 4uanto a seu valor social3 4ue se
reconhece a su1li2ação# ecrétan X<I9Y *? distinguiu trBs etapas na evolução do
instinto seCual .a2or3 segund o ele/ 4ue se pode aplicar s etapas de su1li2ação
de 4ual4uer pulsão e3 no nosso caso3 co21ativa"
7 o do2ínio da pulsão pri2itiva e egoísta5
< a >or2a co2pleCa e aureolada de preocupaçes altruístas5
ourdes é u2
2ilagre 4ue eCe2plo dos
caracteriza 2ais típicos
as 2ultides nesse do2ínio"
catHlicas# 0A4ui
X<Z9Y $sses reinaininterruptos
1rados a o1sessão dode
Ave3 esses rede2oinhos da 2ultidão 4ue se te2 constante2ente so1 os olhos3
essa visão per2anente de pessoas 4ue so>re2 e de pessoas 4ue se regozi*a23
co2e2 e 1e1e2 so1re a gra2a### D eCtre2o das dores e alegrias é ourdes6#
Tudo o 4ue se passa no resto do universo não te2 a4ui interesse# o2ente
ourdes eCiste5 os *ornais não tB2 2ais razão de ser3 ningué2 2ais os co2pra5
u2 Enico 4ue se vende na $splanada su1stitui a todos3 o Journal de la Grotte5
trata;se de sa1er 4uantos 2ilagres ocorrera2 onte2 e a>ora essa 4uestão nada
2ais te2 valor# 2a nota do &ureau de Veri>icaçes3 inserida no prHprio Jornal3
previne o pE1lico 4ue esses anEncios de cura são pre2aturos e não controlados5
essas reservas não são ad2itidas por nenhu2 leitor## os padres são ainda 2ais
eCagerados 4ue os outros ao pretendere2 enCergar 2ilagres por toda parte5 vi
alguns 4ue se precipitava2 so1re as 2ulheres 4ue era2 carregadas da clínica
2édica e 4ue se supunha2 estivesse 2 curadas para lhes >azer tocar seus terços
e era2 si2ples histéricasK 0%o2o se entender co2 pessoas de se2elhante
2entalidade ru2ores corre23 saídos não se sa1e de onde3 de prodígios
eCtraordin?rios 4ue não se teve te2po de veri>icar3 pois3 ocorrera2 no 2o2ento
e2 4ue as peregrinaçes partia25 os detalhes torna2;se cada vez 2ais
desconcertantes3 2edida 4ue são narrados por novas 1ocas5 a 1arreira de 1o2
senso 4ue a clínica se es>orça e2 opor a essas divagaçes é rapida2ente
ro2pida5 eis u2a verdadeira de1acle da razão#6
Fu+s2ans cita os estranhos propHsitos de u2 padre 4ue 2ostra2 até onde pode
ir essa eCigBncia do so1renatural" 0$le não dizia a (eus 0eu dese*aria63 dizia 0eu
4uero6# 0 preciso co2andar o 1o2 (eus3 acrescentava# D 2ilagre não é 2ais
di>ícil de ser o1tido por u2 cristão do 4ue u2 prato de ervilhas na 2ercearia da
es4uina5 1asta pedir6
$ Fu+s2ans descreve a procissão do antíssi2o acra2ento 4ue se realiza3
grandiosa3 no 2eio dessa o1sessão do 2ilagre### se2 provocar nenhu2a cura"
0Milhares de eclesi?sticos3 2ilhares de >iéis3 u2a vela na 2ão3 estende2;se da
gruta $splanada### e2 duas alas3 precedidas da cruz3 crianças do coro3 suíços
da 1asilica3 de gales prateados so1re >undo azul# A procissão pe;se e2
2ovi2ento# %anta;se u2a 2istura de lati2 e de >rancBs3 u2a 2iscelOnea
co2posta do Magni>icat3 alternando3 versículo por versículo3 co2 esta estro>e"
Virge23 nossa esperança3
$stende teus 1raços para nHs3
alva3 salva a 'rança3
Não a a1andonesK
0$ gasta
2uitas o 4ueoslhe
vezes3 resta de
2ilagres >orças3 lançando o grande 1rado depois do 4ual3
ocorre2"
0FosanahK Ao 'ilho de (avidK6
0A 2ultidão3 os 1raços e2 cruz3 lança >uriosa2ente ao céu esse cla2or de triun>o5
ela sente 4ue >az a Elti2a tentativa#
0$ o antíssi2o acra2ento continua sua 2archa3 indi>erente3 insensível# $stou
desencora*ado5 não tenho 2ais vontade de rezar###6
J# ^# Fu+s2ans indigna;se# 0Não restaria3 diz ele3 e2 2atéria de diverti2ento para
vadios3 senão soltar u2 >ogo de arti>ício na 2ontanha do ca2inho da cruz e pouco
>altou para 4ue essa Elti2a a>ronta >osse co2etida#6 ueiCa;se da o1sedante
inoportunidade dessas Ave Maria3 dessas audate Maria23 desses 0uere2os
(eus 4ue é nosso Pai63 desses 0No céu3 nHs a vere2os u2 dia03 gritados a plenos
pul2es e2 2elodias vulgares3 co2 aco2panha2e nto de >an>arras da co1re3 de
pistes e tro21ones6#
$ Fu+s2ans o>erece ainda u2a Elti2a descrição 4ue nada deiCa a dese*ar s
outras e 4ue parece >eita para evocar3 no nosso pensa2ento3 as evoluçes a 4ue
se entrega23 durante suas solenidades religiosas3 certas tri1os selvagens" é a da
grande concentração noturna 4ue Fu+s2ans cha2a 0a >esta 2?gica do >ogo6#
0Ao longe3 diante de nHs3 a procissão se >or2a### a gruta so1 a 1asílica >la2e*a
co2o u2a >ornalha### e2 u2a indescritível caco>onia de audate Maria23 de Ao
céu3 ao céuK 2isturados a cOnticos e2 línguas estrangeiras3 todos es2agados3
entretanto3 pela 2assa pesada das Aves##
$ isso gira3 gira3 se2 parar3 nu2 alarido de Ave sustentado pelos instru2entos da
>an>arra###6
Arre1ata2entos greg?rios3 nos 2eios protestantes3 são 2uito 2ais raros e 2enos
espetaculares# A ação hipnHtica da 2Esica .Hrgãos3 har2-nios e cantos/ é 4uase
se2pre neutralizada pelo ele2ento intelectual3 a 4ue est? se2pre associada# Mas3
apesar disso3 certos >atores intervB2 nas asse21léias religiosas protestantes3
dando lugar3 ta21é23 a arre1ata2entos greg?rios5 desses >atores3 (e 'elice .I:/
2enciona os seguintes" 0a princípio3 a asse21léia dos >iéis 4ue3 co2o toda
concentração de indivíduos nu2 espaço li2itado3 pode >icar eCposta a
pertur1açes >isiolHgicas e psí4uicas5 e2 seguida3 o poder da sugestão 4ue
e2ana3 s vezes3 de certos oradores5 en>i23 o e2prego consciente ou não de
diversos processos 4ue tende2 a provocar u2a eCaltação contagiosa#6 $sses
2eios de criar e de propagar o entusias2o são de uso >re4Uente e2 algu2as
seitas 4ue acredita2 dever opor;se >rieza das ceri2-nias eclesi?sticas e 4ue
recruta2 seus
persuasão# 2e21ros
%o2o apelando
eCe2plos3 para as e2oçes
poder;se;ia2 citar o2uito 2ais do
$Cército da 4ue para a o
alvação3
Metodis2o do pregador Wesle+3 no século V@@@3 o revivalis2o no 2ovi2ento do
despertar3 no País de Gales3 e2 78=9;L# Ta21é2 a seita3 conhecida so1 o no2e
de pentecostal3 caracterizada por >en-2enos de glossolalia" os e>eitos desse
2ovi2ento religioso3 nu2 ca2po de 2issão na m>rica e4uatorial3 2ostra2
clara2ente as conse4UBncias eCtre2as a 4ue os arre1ata2entos greg?rios são
suscetíveis de chegar X<ZLY
02 traço característ ico da 2aior parte dos agrupa2entos sect?r ios é seu apego
o1stinado a u2 detalhe da agrada $scritura 4ue logo se torna o ponto principal
de seu progra2a# Nas reunies3 a espera >e1ril dos prodígios anunciados
supereCcita os nativos" cOnticos3 danças3 preces3 1rados3 convida2 o enhor a
derra2ar seu $spírito so1re os assistentes# Ds pro>etas da seita circula2 entre
eles pondo;lhes as 2ãos e2 ci2a e tocando;lhes a ca1eça co2 u2a &í1lia# %o2o
resultado dessas pr?ticas3 o1serva2;se converses e2 série e con>isses e2
2assa3 assi2 co2o acidentes histéricos e2 4ue a sugestão e a i2itação
dese2penha2 >unção capital# Ds assistentes rola2 no solo3 to2ados de tre2ores3
de curvaturas3 de paralisias# @sso se propaga3 2es2o nas outras vilas e >inal2ente
0e2 toda parte *? se est? pronto para cair e se cai6# Veri>ica;se o 0acordar de todas
as velhas le21ranças da >eitiçaria dos Nco2is3 co2 sua adivinhação3 suas
sociedades secretas3 e2 4ue se a1sorve2 estupe>acientes6 para o1ter vises etc#
No do2ínio 2oral3 esse retorno não é 2enos acentuado 4ue no do2ínio religioso#
Todos esses >en-2enos atinge2 so1retudo as 2ulheres" o 2ission?rio 4ue
descreve essas cenas3 o1serva 0vi 2ulheres ad4uirire2 o h?1ito de cair por terra
constante2ente6#
G# Fard+ X<ZZY estudou o >en-2eno do gregaris2o nas tri1os norte;a>ricanas 4ue3
segundo ele3 >or2a2 u2a 0população de i2itadores6 deiCando;se arrastar
>acil2ente na direção dese*ada# Mas3 apesar disso3 ela pode do2inar a eCplosão
de pulses 2uito 1rutais e pri2itivas3 contentando;se e2 apresent?;las
si21olica2ente5 u2a ação 2ortí>era real é su1stituída por u2a representação
desse ato# D 2es2o o1serva;se entre os negros australianos no rito de
circuncisão dos *ovens" o operador corre3 desen>reado3 aproCi2a;se3 prende a
1ar1a na 1oca e 2orde;a co2 u2a 2í2ica >eroz3 revirando os olhos3 >ingindo
estar e2 cHlera5 e2 seguida3 tira sua pedra cortante e eCecuta a operação#
$2 tudo o 4ue vi2os3 tratando do >en-2eno dos arre1ata2entos greg?rios e do
estado da 2ultidão3 o1serva2os 4ue o co2porta2ento dos indivíduos 4ue deles
participa2 é caracterizado por >en-2enos de orde2 psí4uica 4ue poderia2
parecer irracionais3 2as3 cu*o 2ecanis2o >isiolHgico nos é atual2ente >a2iliar3
graças ao progresso da psicologia o1*etiva# $is ainda algu2as o1servaçes 4ue
esclarece2 2uito 1e2
4ue esse
>atolongos
A pri2eira
anos naéNova
relatada por (e 'elice
0alguns.I:/3
o1tida
de u2 2ission?rio passou %aled-nia" cana4ues
tivera2 ocasião de assistir a u2a cena de e21riaguez nos 1rancos Viva2ente
chocados co2 o 4ue vira2 pusera2;se a 1e1er### ?gua3 *untos3 i2itando os gestos
e os propHsitos dos colonos# Ao >i2 de pouco te2po3 >icara23 por sua vez3 tão
>uriosa2ente e21riagados 4ue incendiara2 u2a choupana6#
$is3 ainda3 dois >atos de cont?gio psí4uico por sugestão coletiva3 dos 4uais u2
ocorreu e2 u2a tecelage2 inglesa3 e2 7:Q:" X<Z:Y
2a 2oça teve u2a crise de nervos por4ue u2a de suas co2panheiras lhe
introduz3 no corpete3 u2 rato vivo# Na 2anhã seguinte3 trBs outras oper?rias
tivera2 a 2es2a crise5 no outro dia3 seis5 alguns dias 2ais tarde3 vinte e 4uatro#
As pessoas se perde2 e2 con*ecturas so1re as causas dessas estranhar
convulses# D outro caso data da Elti2a guerra" 0e2 seguida a u2 alerta3 u2as
4uarenta pessoas pensava2 estar intoCicadas pelo g?s de guerra e logo sentira2
4uei2aduras nos olhos3 pruridos na garganta3 opressão3 até desordens
gastrintestinais a respeito das 4uais se tornou necess?rio isso não >oi >?cil
tran4Uiliz?;las# Julgou;se aconselh?vel dar;lhes algu2as atençes super>iciais a
>i2 de dissipar sua o1sessão#6
$2 conclusão3 te2os de nos associar s idéias de (e 'elice .I:/ X<ZQY 4uando
diz" 0Nossa civilização atual3 desenvolvendo des2edida2ente as aglo2eraçes
ur1anas3 i2pondo a uni>or2idade de u2a técnica 4ue entra e2 toda parte e
procurando não 2ais deiCar aos ho2ens 4ual4uer possi1ilidade de isola2ento e
re>leCão3 su12ete;os a u2a interação 4ue aca1ar? por tornar;se não 2enos
coercitiva 4ue a4uela eCercida entre os 2ais atrasados dos selvagens6#
$ 04uando esses >en-2enos se desencadeia2 no 2eio de u2 grupo organizado é
para pertur1?;lo e destrui;lo e não para trans2itir;lhe *? não se sa1e 4ue energia
2isteriosa capaz de con>erir aos seus 2e21ros u2a autoridade acentuada# Ds
acessos de >e1re greg?ria são doenças 4ue a2eaça2 de decadBncia e 2orte o
organis2o 4ue ataca2# A 2ultidão não é a >or2a ele2entar de sociedade3 co2o
alguns pretendera23 dizendo ainda 4ue a sociedade3 a ela retornando3 renova sua
coesão e rete2pera seu poder5 essa idéia e4uivaleria a dar saEde causas
patolHgicas e a procurar na desorde2 os verdadeiros >unda2entos de u2a orde2
superior6#
Ta21é2 no do2ínio eCclusiva2ente >isiolHgico do indivíduo3 o arre1ata2ento
greg?rio 0retarda as >unçes orgOnicas e paralisa os centros superiores do
cére1ro3 de cu*o controle o 1ul1o e a 2edula parece2 ser 2o2entanea2ente
retirados# A 2ultidão age 2aneira de u2 anestésico" o contato vital co2 a
realidade a21iente é interro2pido3 a sensi1ilidade é supri2ida e 2es2o a
catalepsia e o co2a pode2 so1revir6#
D 4ue caracteriza antes de tudo o indivíduo é sua passividade pessoal a1soluta"
en4uanto não reto2a o do2ínio de si 2es2o est? entregue a seus re>leCos
auto2?ticos e s sugestes do eCterior3 isto é3 as ini1içes internas não
>unciona23 o ca2inho entre os engra2as do segundo siste2a de sinalização de
Pavlov e os centros desencadeadores da ação dos e>etivadores est? 1lo4ueado#
certo 4ue os >atores 2ateriais3 agindo so1re o indivíduo nas asse21léias3 por
eCe2plo3 u2a sala superlotada3 supera4uecida3 tB2 so1re ele u2a in>luBncia
ne>asta" o ar est? viciado3 as reaçes vaso2otoras desreguladas3 o nervosis2o se
eCaspera nos contatos 2uito prolongados# Ali?s3 nos insetos a irrita1ilidade cresce
co2 e nE2ero e 4uando a aglo2eração est? 2uito co2pacta# X<Z8Y Ta21é2
desordens das glOndulas endHcrinas pode2 so1revir nessas condiçes anor2ais
4ue provoca2 acessos de hipere2otividade3 4ue conduze2 a u2 cont?gio de
desordens nervosas ocasionando rasgos de entusias2o3 loucuras3 pOnicos3
grandes 2edos3 >ugas desordenadas# As vezes3 co2o nota (e 'elice .I:/3
X<:=Y esses acessos causa2 u2 agrava2ento 1rusco de a>ecçes latentes3 4ue
então se traduze2 por leses reais3 a>etando o coração3 o est-2ago3 os pul2es3
os Hrgãos seCuais# A princípio3 esses trau2atis2os psí4uicos a>eta2 o siste2a
cére1ro;espinhal3 depois daí se irradia23 por >en-2enos vaso2otores3 para outros
lugares3 o 4ue causa estados de angEstia3 levando s neuroses e2ocionais3
cicloti2ia3 psicastenia e s crises histéricas# $ssas pertur1açes são
aco2panhadas de insta1ilidade3 auto2atis2o3 ini1içes psicorgOnicas3 >o1ias3
o1sesses3 pulses perversos3 etc#
$sses estados pode2 chegar a 0verdadeiras psicoses co2 alucinaçes3
pesadelos3 pavores3 loucura >uriosa3 suicídios3 2ito2ania de2ente" as víti2as
dessas co2oçes acredita2;se predestinadas a regenerar seu povo e a salvar o
2undo .no caso Fitler/# ua >é na 2issão so1renatural 4ue se atri1uíra23 suscita
u2a raiva i2plac?vel contra os 4ue suspeita2 e2 oposição aos seus desígnios
.*udeus3 co2unistas/# onha2 eCter2in?;los por 4ual4uer 2eio e disso se
ocupa23 por sua prHpria iniciativa ou propagando3 e2 torno3 seu >renesi
destruidor#
(e 'elice relata o1servaçes do (r# econte e do (r# (el2as;Marsalet
.9</3 X<:7Y da 'aculdade de Medicina de &ordéus 4ue3 e2 78I:3 tivera2
oportunidade de seguir3 na clínica3 os e>eitos 2Hr1idos das pertur1açes sociais
de 78IZ5 as 2ani>estaçes doentias não di>ere2 das veri>icadas e2 outros
alienados" delírios de perseguição3 alucinaçes3 vontade de suicídio3 atitudes
paranHicas3 2egalo2ania3 agressividade3 estupor con>uso3 o1sesses 2ísticas3
tudo se2pre co2 u2a coloração especial3 devido in>luBncia das tendBncias
do2inantes 4ue3 do eCterior3 era2 i2postas ao doente#
$ssas ocorrBncias ilustra2 2uito 1e2 o >ato3 conhecido h? 2uito te2po3 de
verdadeiras epide2ias psicop?ticas 4ue eclode2 se2pre durante e depois dos
períodos revolucion?rios3 das grandes crises religiosas e3 so1retudo3 das guerras3
e2 4ue 2es2o as pessoas privilegiadas não estão i2unes de sucu21ir" tal o caso
recente de 'orrestal3 2inistro da guerra dos $stados nidos3 4ue >oi encontrado3
u2 dia3 escondido de1aiCo da ca2a3 gritando e2 altos 1rados" 0os russos3 os
russos dese21arcara2K6 e3 internado nu2a casa de saEde3 suicidou;se3 *ogando;
se pela *anela# A i2prensa e o r?dio3 notada2ente no período da atual guerra >ria3
contri1ue2 e>icaz2ente para criar3 nas 2assas3 estados psí4uicos3 le21rando as
crises dos arre1ata2entos greg?rios#
Pode;se a>ir2ar3 co2 (e 'elice3 .I:/ 4ue tais >en-2enos coincide2 co2 a
intervenção de certas >orças dissolventes" são encontradas3 se2pre3 na srce2
das crises 4ue a2eaça2 a eCistBncia de u2a sociedade# 0$ntre esses agentes de
deco2posição é preciso citar3 inicial2ente3 o ridículo 4ue3 direta ou indireta2ente3
lança o descrédito so1re as instituiçes3 e2 seguida a licenciosidade 4ue tende a
prevalecer contra a disciplina dos costu2es3 en>i23 as lutas e violBncias 4ue não
se sa1e 2ais se são reais ou si2uladas e 4ue su1stitue2 as relaçes nor2ais 4ue
a 2anutenção da coletividade eCige6#
Para criar o 2edo no advers?rio3 para a2eaç?;lo3 os selvagens e as tri1os
pri2itivas *? recorria2 aos adornos3 4ue trans>or2a2 o guerreiro3 dando;lhe u2
aspecto terri>icante o 2es2o princípio usado pela natureza na >ascinação e no
2i2etis2o o>ensivo entre os ani2ais 4ue estuda2os 2ais aci2a# D ho2e2 tenta3
nesses casos3 i2pressionar o advers?rio através de arti>ícios 4ue o >aze2 parecer
2aior" co1re;se de plu2as3 penachos e de toda espécie de o1*etos volu2osos5
pinta e tatua o corpo3 torna;o3 s vezes3 ra*ado co2o o da ze1ra5 veste roupas de
cores 1rilhantes3 salpicadas de o1*etos luzentes e cintilantes3 pe 2?scaras
assustadoras3 2?scaras de co21ate" encontra2;se eCe2plos surpreendentes
entre os orientais na %hina3 no Japão3 na Melanésia5 as plu2agens dos peles
ver2elhas são da 2es2a categoria# [s vezes3 estes en>eita2;se de ca1eças de
ani2ais e veste2 até sua pele#
Ds uni>or2es dos 2ilita res de nosso te2po são heranças3 antes de 2ais nada3
dessas 2?scaras de co21ate5 a seguir3 é u2 2eio de co2por u2a 2assa
uni>or2e3 de i2pressionar pelo nE2ero e pelo rit2o >ator 2uito i2portante na
e>ic?cia do tra1alho hu2ano# Por outro lado3 a 2onotonia 4ue causa a visão de
u2 con*unto de pessoas do 2es2o aspecto é u2 ele2ento propício criação e
conservação da disciplina3 u2a das colunas principais da >orça 2ilitar 2oderna#
(aí por4ue os uni>or2es propria2ente ditos são de srce2 relativa2ente recente#
Na AntigUidade3 os guerreiros3 e2 geral3 não sever2elhas3
vestia2 do2as3
2es2o
espartanos usava23 para o co21ate3 clO2ides isso2odo5
pareceoster
sido antes u2a 2edida para dissi2ular o sangue dos >eri2entos3 para co21ater o
2edo causado pela sua visão#
Ds Ro2anos dava2 s suas tropas signos distintivos3 2as3 ainda não tinha2
verdadeiros uni>or2es# Ao 4ue parece3 u2 dos pri2eiros casos de seu e2prego
nu2a tropa é o de u2 corpo de sete 2il ingleses 4ue to2ara2 parte na 1atalha de
aint;uentin e2 7LL: .ZL/ Ds pri2eiros uni>or2es >ranceses data2 da época
de uís @@@# $2 geral3 os regi2entos levava2 as cores de seus coronéis 4ue
devia2 prover o vestu?rio de suas tropas D uni>or2e tornou;se o1rigatHrio e2
7Z:=# Na Revolução3 os >arda2entos3 4ue era2 até então 2uito co2plicados e
variados3 >ora2 si2pli>icados e uni>icados3 2as3 no Pri2eiro @2pério3 houve u2a
verdadeira eclosão de uni>or2es3 cada u2 2ais 1rilhante 4ue os outros"
Napoleão3 co2 e>eito3 entendia 4ue essa 4uestão era inteira2ente pri2ordial3 para
2anter u2a disciplina severa nos seus eCércitos#
&ovet .78/ X<:<Y relata u2a o1servação de (iC a Meissen" 4uando da guerra de
78793 as crianças cansara2;se rapida2ente de 1rin4uedos de guerra# Mas3
depois do Natal3 e2 4ue lhes >ora2 dados presentes de uni>or2es3 de capacete s
e de o1*etos de e4uipa2ento3 os *ogos de co21ate3 4ue são *ogos de i2itação e2
pri2eiro lugar3 reco2eçara2# D uni>or2e >az o guerreiro pelo desencadea2ento
de u2 re>leCo condicionado correspondente#
A pri2eira idéia da disciplina é3 natural2ente3 a da organização >ísica" onde se
dese*a conseguir u2 e>eito 2aciço3 proveniente do e2prego da >orça de u2a
2ultidão3 a pri2eira tare>a dos 4ue a pretende2 guiar3 ser? o de uni>or2izar os
seus 2ovi2entos3 de orden?;la do ponto de vista do es>orço 2uscular# Pode;se
perce1er3 >acil2ente3 4uando das paradas 2ilitares ou de eCercícios coletivos3
esportivos3 so1 >or2a de gin?stica3 co2o os dos so!ols tcheco;eslovacos3 a
>ascinação 4ue e2ana de u2a 2ultidão ordenada3 eCecutando os 2es2os
2ovi2entos dirigidos# 3 ta21é23 o 2elhor 2eio de privar essa 2ultidão de toda
vontade prHpria3 de hipnotiz?;la3 por assi2 dizer3 de gui?;la# a razão por 4ue3
nu2 eCército3 as 2archas3 e2 >or2ação cerrada3 a passo3 tB2 u2a tão grande
i2portOncia# Ds ale2ães3 partid?rios de u2a racionalização das coisas 2ateriais e
técnicas eCageradas e 4ue cae23 s vezes3 no erro de u2a super organização3
4uando o cuidado pela disciplina se torna u2 >i2 e2 si3 praticara2 se2pre3 co2
o1stinação3 esses eCercícios5 *? no te2po de 'rederico3 o Grande3 inventara2 o
passo3 4ue caracterizava suas tropas nas grandes paradas e 4ue lhes dava o
aspecto3 ao 2es2o te2po >or2id?vel e c-2ico3 para u2 espectador capaz de
>ugir sua >ascinação" é o >a2oso passo de ganso3 e2 4ue os soldados3
2archando e2 >ilas3 dão a i2pressão de 2?4uinas ou de aut-2atos per>eitos#
$sperando poder criar3 co2 a 2ecanização e a 2otorização dos engenhos de
guerra3 soldados aut-2atos3 ro1ots3 o pensa2ento guerreiro ale2ão es>orçava;se
para co2plet?;los3 trans>or2ando ho2ens vivos e2 2?4uinas de destruição se2
al2a# preciso dizer3 natural2ente3 4ue essa 2ano1ra 2ilitar3 de inspiração 2ais
2edieval 4ue 2oderna3 te2 pouco valor real atual2ente3 para a 2anutenção das
tropas e2 ca2panha3 2as3 é certo 4ue te2 u2 valor psicolHgico e2 te2po de
paz3 servindo para i2pressionar as 2ultides de espectadores através de u2a
eCi1ição de >orça 1ruta" conhece2os 1e23 a4ui3 a signi>icação de todos esses
2ecanis2os de violação psí4uica3 4ue são o verdadeiro o1*etivo dos ditadores e
4ue os adestra2 contra todos os princípios da li1erdade e da dignidade hu2anas3
do progresso intelectual e social#
A propHsito do passo de ganso 4ue su12ete e degrada o ho2e23 suscitando a
indignação dos 4ue dese*aria2 lev?;lo a re>letir3 é recon>ortante assinalar a nota
c-2ica3 o>erecida pelo B2ulo de Fitler3 Mussolini5 o ditador italiano3 >ascinado pelo
prestígio crescente de Fitler3 es>orçava;se para alcanç?;lo3 senão ultrapass?;lo"
>ez o eCército italiano aprender o passo de ganso3 declarando 4ue era o passo
ro2ano# AhK os italianos3 povo vivo e ?gil3 ha1ituado 2ais a dançar e a cantar3
aco2odava2;se 2al co2 a lentidão ger2Onica e 4ue2 viu os >il2es das paradas
de novo estilo3 eCecutad as e2 Ro2a3 não p-de deiCar de sorrir do ridículo desse
espet?culo#
A idéia 4ue os ale2ães perseguia23 portanto3 *? antes de Fitler3 era a da
disciplina5 a idéia de violentar as 2assas psi4uica2ente pelo aspecto 2ecanizado
das tropas3 e2pregadas co2o 2eio de propaganda3 >oi u2a invenção de Fitler e
de seus acHlitos# A necessidade da disciplina no eCército não poderia ser posta e2
4uestão# As seguintes eCpresses3 conhecidas de todo o 2undo3 dize23 co2
e>eito" 0a disciplina é a >orça principal dos eCércitos6 ou3 ainda3 0a disciplina é o
ci2ento dos eCércitos6# $2 geral3 pensa;se 4ue a disciplina3 so1retudo se se
eCa2ina2 os regula2entos o>iciais3 .7<8/ 0consiste unica2ente no respeito s
regras de su1ordinação e na realização 2inuci osa de gestos ditados pelos sinais
eCteriores e2 o1ediBncia aos instrutores6# e >osse so2ente isso3 u2
adestra2ento 1e2 si2ples3 tendo co2o >ator a1soluto o receio Enico das sançes3
alcançaria per>eita2ente o >i23 seria u2 caso 2uito si2ples de u2 re>leCo
condicionado pri2itivo3 construído so1re a 1ase da pri2eira pulsão 3 co2
e>eito3 o 4ue pensa2 se2pre os ditadores 4ue eCige2 de seus ho2ens u2a
o1ediBncia cega e 4ue a inculca23 por 2étodos3 s vezes3 de u2a 1rutalidade
inaudita# Na @t?lia3 por eCe2plo3 a regra principal da disciplina3 2uito di>undida3 era
a seguinte >rase" 0Mussolini se2pre te2 razão6#
Mas3 na realidade3 a coisa é 2ais co2pleCa# D capitão Reguert no seu livro es
'orces Morales .7<8/ diz3 2uito *usta2ente" 0uando o corpo est? gelado até a
2edula
4uando pelo
>rioe eo pela
>ogo chuva3
4uando est?e esgotado pelas >adigas e privaçes3
o >erro espalha2 a 2orte a 2utilação no país3 é preciso ainda
conseguir o1ediBncia" sH as >orças 2orais e a disciplina o1tB2;na e é e2 razão de
circunstOncias dessa gravidade 4ue a educação do soldado deve ser esta1elecida#
uanto 2ais u2a tropa é disciplinada3 2ais sua 2oral >ica 2elhor te2perada3
2enos sacri>ícios ter? de >azer para triun>ar6#
$ssa educação 2ilitar te2 por o1*etivo principal3 ao lado dos eCercícios >ísicos
.estí2ulo da >orça 2uscular/ e da instrução técnica de co21ate3 o >ortaleci2ento
da >orça de resistBncia3 so1retudo nervosa3 portanto3 a disciplina# $ndurecer3
acostu2ar;se aos perigos isto é3 i2unizar contra a tendBncia de evitar e de >ugir
dor5 procura;se >azer ceder lugar a u2 outro instinto" o prazer de 2ostrar sua
>orça# Na educação 2ilitar3 canaliza;se3 desta 2aneira3 a pulsão co21ativa3 trata;
se de não esvazi?;la3 2as3 de esti2ul?;la e coloc?;la na estreita dependBncia da
vontade coletiva#
(e >ato3 a disciplina presu2e a eCistBncia de che>es e deve ser o resultado de
u2a convergBncia de todas as vontades para o >i2 visado por eles5 os soldados
deve2 agir no sentido por eles dese*ado5 2es2o na sua ausBncia# Mas3 nesse
caso3 vB;se 4ue u2a disciplina cega não é 2ais su>iciente5 é preciso3 co2o diz
Reguert .7<8/ 04ue se *unte2 o ardente dese*o da vitHria3 a tensão de todas as
energias3 o e2prego da inteligBncia3 tão 1e2 co2o da >orça >ísica# No co21ate3 o
ho2e2 tre2e se2pre e2 >ace do perigo# A disciplina te2 por >i2 repri2ir esse
2edo6#
uando se >ala e2 disciplina3 pensa;se co2u2ente nas puniçes3 por 2eio das
4uais se consegue o1tB;la .7<8/# A a2eaça de punição vale;se do 2edo3 portanto3
do lado negativo da pri2eira pulsão# Platão *? >alava 0desses ho2ens cora*osos
4ue sH o são
é eCigida por covardia6
na 2ilícia de antoX<:IY#
@n?cio(isciplina
de oiola3deo >erro3 o1ediBncia
eCército a1soluta
se2 ar2as0 ta21é2
X<:9Y# Mas3
0não se deiCou de considerar 4ue as 2orais religiosas3 na 2edida e2 4ue >aze2
do 2edo do in>erno o 2Hvel das 1oas açes3 retirava2 a estas todo seu 2érito
2oral e as levava2 a u2 c?lculo se2 grandeza6 X<:LY#
A punição deve ser considerada3 nos eCércitos 2odernos3 não co2o eCpiação3
2as3 co2o u2a advertBncia salutar e u2 eCe2plo# D che>e deve sa1er 4ue a
punição gera o 2edo 4ue não é propício criação do devota2ento5 deve es>orçar;
se por criar3 na4ueles 4ue co2anda3 a convicção de 4ue toda a organização est?
su1ordinada ao senso do dever3 re>leCo condicionado de grau elevado e 4ue ele
prHprio est? su12etido s 2es2as o1rigaçes 4ue seus ho2ens#
$2 su2a3 a >inalidade da disciplina3 co2o 1e2 diz Reguert3 0não é ensinar
papagaios3 2as3 >or2ar ho2ens6 e é *usta2ente essa tendBncia 4ue distingue de
u2a 2aneira 2agní>ica a concepção >rancesa da ale2ã# (e >ato3 a aprendizage2
a 4ue se su12ete o soldado para criar o re>leCo de o1ediBncia não é >?cil3 2as3
apHs esse período3 o indivíduo perce1e 4ue 0a disciplina racional não visa a 2atar
a personalidade e si23 regular e coordenar seus es>orços6# e se co2eça a
su>ocar3 no ho2e23 toda veleidade de re>leCão3 estanca;se o desenvolvi2ento da
iniciativa indispens?vel ao co21ate $2 co2pensação3 0a disciplina consciente
su1stitui a coerção3 a iniciativa inteligente o1ediBncia passiva# D soldado deiCa3
então3 de ser u2a 2?4uina de eCecutar ordens5 torna;se u2 cola1orador do
o>icial6#
Na vida das organizaçes 2ilitares3 a 2Esica3 o rit2o3 tB2 grande i2portOncia3 por
sua ação sugestiva so1re o inconsciente# evidente 4ue u2 tra1alho rit2ado é
2uito 2ais >?cil de realizar" o canto dos 1ar4ueiros do Volga é u2 eCe2plo 1e2
conhecido# Ta21é2 a repetição de certos sons3 a 2onotonia 4ue dela resulta3 são
propícias generalização da ini1ição interna de Pavlov3 a u2 estado 4ue se
asse2elha ao sona21ulis2o e hipnose5 é a tare>a 4ue e2 geral3 a organizaç ão
2ilitar3 nos países totalit?rios realiza# Mas3 a 2Esica3 notada2ente a instru2ental3
pode ta21é2 agir de 2aneira enervante3 eCcitante3 eCaltadora da corage2 e isso
pela acentuação do rit2o# 2 eCe2plo 2uito conhecido é o do nau>r?gio do
transatlOntico Titanic3 e2 787<" a or4uestra 4ue se encontrava a 1ordo tocou
trechos de 2Esica durante o a>unda2ento do navio3 para 2anter a 2oral dos
n?u>ragos e evitar o pOnico# a1e;se3 ta21é23 4ue as tropas se lança23 s vezes3
ao ata4ue ao so2 de clarins e ta21ores# (o2enach .9L/ >ala de tHCicos sonoros3
co2o ingredientes essenciais do delírio da 2ultidão" >an>arras3 hinos3 cOnticos3
gritos destacados# $ncontrara2;se3 entre os vestígios de utensílios dos ho2ens
pré;histHricos3 nas cavernas3 pedras 4ue esses pri2itivos entrechocava2 para
destacar os passos ou cantos3 4uando ia2 co21ater#X<:ZY Ds gritos de guerra dos
Gregos .alalK/3 o cla2or dos Ro2anos3 o 1arditu dos Ger2anos3 são desse tipo#
2a >orte i2pressão é causada pelos3 rit2os o1sedantes e atordoadores dos
instru2entos se2elhantes aos ta21ores usados por certas tri1os a>ricanas e 4ue
eCalta2 a 2assa de guerreiros 4ue se arro*a 1atalha# ue2 4uer 4ue tenha tido
oportunidade de ouvir esse alarido3 4ue possui3 ali?s3 certos ele2entos de u2a
2elodia selvage2 e angustiante3 *a2ais a es4uecer?# 2uito curioso3 2as3
per>eita2ente lHgico3 4ue a propaganda de u2 Goe11els tenha recorrido a
processos an?logos# Todos os 4ue3 a 7L de sete21ro de 78IQ3 escutara23 no
r?dio3 o discurso de Fitler e2 Nure21erg3 le21ra2;se 4ue sua entrada na sala do
congresso3 era precedida de u2a 2ani>estação sonora antes 4ue 2usical >ora
do co2u2# o1re o >undo de u2a 2Esica )agneriana3 ouvia;se u2 ru>ar
assustador3 pesado3 lento3 de ta21ores e u2 passo duro3 2artelando o solo3 não
se sa1e co2 4ue tinidos e co2 4ue respiração o>egante de corpos de tropa e2
2archa# $sse ruído ora au2entava3 ora se a>astava e devia provocar3 nos 2ilhes
de ouvintes3de
senti2ento co2 o coraçãoe angustiado
>ascinação pela espera
2edo3 dese*ado da supre2a cat?stro>e3
pelos encenadores# u2
Parecia .nu2
grau 2ais >orte/ o e>eito da 2Esica das tri1os selvagens de 4ue h? pouco >ala2os
$ra a propaganda hitlerista ce2 por cento3 u2a tentativa de inti2idar3 de
violentar psi4uica2ente os 2ilhes de ouvintes3 e2 todos os países do 2undo"
devia;se i2aginar viva2ente a pesada 2?4uina de guerra ale2ã e2 2archa3
pisando tudo3 destruindo3 a2eaçando3 devia;se i2aginar 1e2 concreta2ente e###
não se 2eCer#
J? disse2os 4ue o instinto de luta3 posto e2 2ovi2ento3 pode 2ani>estar;se de
duas 2aneiras antag-nicas" u2a negativa ou passiva 4ue se eCterioriza pelo
2edo e atitudes de depressão3 de ini1ição3 a outra3 positiva3 4ue leva eCaltação3
a u2 estado de eCcitação e agressividade essa segunda >or2a 4ue
dese*a2os eCa2inar a4ui# A supereCcitação pode levar ao BCtase3 u2 estado 4ue3
co2o seu no2e indica3 conduz a u2a saída >ora de si3 >ora de sua raiz3 a u2
arrou1o# u2 estado 2ental associado3 s vezes3 aos casos patolHgicos de
psicoses5 caracteriza;se pela >iCidez do olhar3 pela i2o1ilidade e perda da
sensi1ilidade# Ds histéricos e os paranHicos 2ísticos dão eCe2plos >risantes" P#
Janet .Q7/ descreveu esse estado de u2a 2aneira eCcelente e2 seu livro (e
l\Angoisse l\$Ctase3 onde se vBe2 clara2ente os laços eCistentes entre esses
dois estados antag-nicos 4ue ocorre23 s vezes3 na 2es2a pessoa# Mas3 u2
estado vizinho3 nada patolHgico3 pode provir ta21é2 de u2a grande eCcitação
2arcada por u2a alegria ou ad2iração causada por u2a pessoa3 u2a coisa3 u2a
idéia e aco2panhada de u2a intensa sensação de 1e2;estar#
D estado 4ue se o1serva 2ais >re4Uente2ente na vida3 deter2inado pelos
aconteci2entos e açes políticas é o de entusias2o# $21ora derivando do
2es2o instinto >unda2ental3 distingue;se do estado est?tico por seu car?ter ativo3
ao passo 4ue o BCtase i2plica se2pre a passividade3 a i2o1ilidade3 a
conte2plação D entusias2o é3 antes de tudo3 >unção da saEde3 da alegria e da
*uventude# A parada dos esportes na Praça Ver2elha3 e2 Moscou3 >ornece disso
u2 teste2unho elo4Uente3 co2o se pode o1servar conte2plando os rostos da
*uventude nos >il2es e2 4ue aparece2# X<::Y
$is por 4ue3 4uando se dese*a criar e conservar esse estado d\al2a3 se*a no
co21ate ou na luta política3 é preciso3 antes de tudo3 to2ar e2 consideração
esses >atores e assegur?;l os# D entusias2o se apodera de u2a tropa ou de u2a
coletividade 4ue dirige u2a ação de propaganda política3 4uando a esperança de
BCito e de vitHria é ali2entada pela evidBncia de u2 sucesso ou por u2a ação
propagandística3 4ue esti2ula a atividade e a esperança# 2a 2Esica alegre pode
ser u2 esti2ulante racional# 0$sse entusias2o se produz3 ainda3 vista de u2
ini2igo indeciso3 hesitante e a ponto de 1ater e2 retirada6 X<:QY#
$n>i23 a corage2 é u2a 2ani>estação da pulsão co21ativa3 so1re o 4ual
enCertara2 ini1içes condicionadas da reação do 2edo# 2 es>orço constante3
u2 verdadeiro adestra2ento3 associado a eCcitaçes condicionadas de orde2
2ais elevada3 aos raciocínios3 cria a corage2#
A corage2 é o 4ue deter2ina3 na 2aior parte dos casos3 o resultado do co21ate3
u2a vez 4ue este é3 ante >orças 2ateriais e4uivalentes3 u2 con>lito de >orças
psí4uicas# D vencedor diz Reguert .7<8/ é a4uele 4ue pode e 4uer ainda
co21ater3 ao passo 4ue o advers?rio não dese*a3 ne2 pode 2ais lutar# $ von der
Goltz >risa 4ue3 nu2 co21ate3 0não se trata tanto de ani4uilar os co21atentes
ini2igos3 2as3 sua corage26# (aí por 4ue os grandes che>es tB2 tido se2pre o
cuidado pri2ordial de eCaltar3 por todos os 2eios e antes de tudo3 através de u2a
propaganda apropriada3 dirigida pulsão co21ativa3 a corage2 de suas tropas e
de i2pedir seu desOni2o# A esse respeito3 as procla2açes de Napoleão a seus
soldados3 antes das 1atalhas decisivas3 são u2 2odelo no gBnero#
As relaçes entre a corage2 e a disciplina são 2uito estreitas" a corage2 2anté2
esta nos piores 2o2entos do co21ate3 2as3 a disciplina3 por sua vez3 pode
engendrar a corage2# 2 1elo eCe2p7o >oi dado pela e4uipage2 do cruzador
russo Variag 4ue saía3 todo e21andeirado3 sH3 contra u2a es4uadra *aponesa3
nu2erosa e potente3 e2 Tche2ulpo3 4uando da guerra russo;*aponesa3 e2 78=L e
>oi natural2ente a>undado# A proeza era tão surpreendente 4ue as e4uipagens de
navios de guerra de outras naçes3 ancorados no 2es2o porto3 e21andeirara2 e
acla2ara2 o Variag na sua saída#
Para criar no soldado disposição a tal co2porta2ento cora*oso3 isto é3 a >aculdade
de
4ue>rear3
ser? de ini1ir onore>leCo
eCposto ca2podode2edo3 0não
1atalha5 é preciso
antes esconder
de tudo 4ual4uer
deve2 ser perigo a
>eitos es>orços
para o1ter sua con>iança5 a su1ordinação volunt?ria resulta dessa con>iança# 3
pois3 dessa 2aneira3 4ue se lhe pode inculcar o espírito guerreiro X<:8Y6# espírito
de ata4ue 4ue3 segundo Napoleão e 'rederico @@3 é a 2elhor >or2a de o1ter
sucesso na luta o 2es2o da pulsão co21ativa#
Para ter u2a idéia da i2portOncia do >ator 2oral nu2a guerra 2oderna3 para
conce1er de 4ue intensidade deve2 ser os eCcitantes condicionados ini1itivos3 a
>i2 de do2inar o re>leCo do 2edo3 *ulga2os Etil dar a4ui trechos do
i2pressionante relato de u2 co21atente da pri2eira con>lagração 2undial3 4ue
pinta os horrores da guerra de trincheiras de u2a 2aneira 2uito viva# $is a4ui u2
eCtrato3 tirado do livro de Reguert .7<8/"
A in>antaria3 so1retudo3 so>reu as piores provas# $2 certos setores3 a luta >oi tão
atroz 4ue os cad?veres a2ontoados 2istur ava2;se na terra e as trincheiras e os
>ossos de ligação parecia2 talhados na prHpria carne hu2ana# Milhares de
ho2ens gelara2 os pés nas noites de inverno e custara2 a ser evacuados3 s
vezes3 *? a2putados# A la2a atingia3 e2 certos lugares3 u2a tal espessura 4ue
atolava3 de 2odo 4ue3 ao sair das trincheiras3 os in>antes parecia2 trans>or2ados
e2 1locos de 1arro# Aprisionados e3 de >ato3 enterrados vivos e2 suas trincheiras3
não tendo 2ais3 >re4Uente2ente3 4ue u2 1uraco co2 u2 pouco de palha
apodrecida para se a1rigar e dor2ir3 separados do 2undo3 o1rigados a estar
alerta dia e noite3 eCpostos 2orte so1 >or2as as 2ais horrendas3 os soldados
desse terrível con>lito3 não o1stante guerreiros3 parece2 ter au2entado os li2ites
da resistBncia hu2ana0#
$ eis u2 trecho de Reguert .7<8/ so1re o 0in>erno de Verdun6"
$le cha2ar?
ordenar? o povo tra1alhai6
0tra1alhai3 s ar2as e se2pre
ou talvez0tra1alhai6
deiCar? destruir os canhes
ou dese*ar? talveze aosgreve
navios"
de
todos contra todos5 convidar? a des>rutar a vida ou i2por? a todos sacri>ícios e
privaçes5 ser? u2 pro>eta de (eus ou talvez3 de2olir? as @gre*as ningué2
sa1e# Mas3 cada u2 sente" o 4ue vir?3 2archar? entre precipícios### 2 1ruto3
2as3 ao 2es2o te2po3 u2 1o2### 4ue despreza o prazer3 2as3 4ue se alegra co2
o 1elo### D 2elhor de seu ser é sua palavra .sic/5 ela te2 u2 so2 cheio e puro3
co2o u2 sino e chegar? ao coração de cada u2#
're4Uente2ente3 ele lança as cartas co2o u2 *ogador e os ho2ens dize2 então
dele 4ue é u2 político autBntico# Mas3 so2ente ele sa1e 4ue são as al2as
hu2anas3 nas 4uais toca co2o nas cordas de u2 piano#
A pro>ecia3 luz do 4ue vive2os e2 seguida3 na realidade3 era verdadeira2ente
surpreendente#
)apítulo VI
si35olis3o e a Propaganda Política
D si21olis2o3 característica de nossa época As insígnias A social;de2ocracia
na Ale2anha D >ascis2o de Mussolini T?tica de Fitler Gleichschaltung
.uni>or2ização ou acertar o passo/ Propaganda de inti2idação por sí21olos
Ds sí21olos políticos D >?scio A cruz ga2ada As trBs >lechas Ds sí21olos
gr?>icos As saudaçes e os gestos si21Hlicos Ds sí21olos sonoros A
guerrilha dos sí21olos D 2ito Ds ritos e a 2agia D culto religioso D
*ornalis2o e a i2prensa A propaganda política3 seus princípios A crítica da
>unção propaganda Planos de ca2panha Traços característicos da
propaganda hitlerista (i>erenciação da propaganda %ontrole de eCecução e
e>eitos %entralização da direção Ds 4uadros de propagandistas Ds 2eios
>inanceiros A eCperiBncia de Fesse e2 78I< A proteção psí4uica das 2assas#
eus advers?rios
se2 ideais >ascistas3
hu2anos3 Elti2os descendentes
se2 progra2a econ-2ico 1e2do capitalis2o e2 desespero3
de>inido3 encontra2 2eios
de su1levar e conduzir as 2assas3 de a1alar as grandes de2ocracias e de
arrancar;lhes3 2uitas vezes3 direta2ente3 o poder#
%o2o se2elhante coisa se tornou possívelS
A resposta é evidente" os advers?rios dos governos de2ocr?ticos não estava2
presos a dog2as err-neos e rígidos5 co2preendia23 intuitiva2ente3 a verdadeira
natureza do ho2e2 e disso tirava2 concluses políticas pr?ticas# certo 4ue
seus o1*etivos políticos são a1solutos e hostis prHpria idéia da hu2anidade5
2as3 triun>ara2 por4ue o socialis2o não sou1e lançar 2ão da Enica ar2a e>icaz
na oportunidade3 a propaganda5 ou3 então3 usou;a contra a vontade e se2
energia#
D >ascis2o
co21ate# adotara plena2ente
%onhece;se a linguage2
o papel consider?vel si21Hlica co2o
dese2penhado instru2ento
pela di>usão da cruzde
ga2ada na ascensão de Fitler ao poder# Na @t?lia3 Mussolini utilizou3 igual2ente3
e2 vasta escala3 a luta dos sí21olos# interessante seguir a evolução dos
2étodos de propaganda3 durante os anos cruciais 4ue precedera2 a @@ Guerra
Mundial# ogo no início3 era o partido social;de2ocrata 4ue dela >azia uso 2ais
intenso# Ds sociais;de2ocratas russos inspirara2;se 2uito 1e2 e2 seus
2étodos3 so1retudo os 1olchevi4ues3 4ue os eCplorara2 ha1il2ente e e2 vasta
escala# A guerra civil e a eCecução do plano 4Uin4Uenal >ornecera2;lhes3
especial2ente3 oportunidade para tanto# Mais tarde3 >ora2 intensa2ente i2itados
pelos co2unistas ale2ães 4ue se contentara23 no 2ais das vezes3 e2 copi?;los
servil2ente5 >oi por isso3 ali?s3 4ue a aplicação desses 2étodos per2aneceu
>re4Uente2ente ine>icaz# Mussolini copiou 2uito dos russos5 o1servou3
atenta2ente3 seus 2étodos e introduziu3 na @t?lia3 2uitos processos 1astante Eteis
para si#
Fitler não se deu 2al co2 a aplicação de sua linguage2 si21Hlica5 inspirou;se3
direta2ente3 e2 Mussolini e nos co2unistas# erviu;se dela de 2aneira lHgica e
conse4Uente e o1teve tanto 2ais vantage2 4uanto seus advers?rios não tinha2 a
2enor co2preensão do 4ue se passava5 deiCara2;no agir3 tran4Uila2ente#
ue >azia então FitlerS
Por 2eio de discursos in>la2ados3 despidos de todo entrave3 atraía so1re si a
atenção5 atacava violenta2ente o governo repu1licano3 criticava3 in*uriava3 pro>eria
a2eaças inauditas" 0As ca1eças vão rolar63 0a noite das longas >acas63 o
docu2ento de &oChei2 XI=QY tais era2 as a2eaças da propaganda nazista 4ue
tinha e 4ue devia ter u2a enor2e in>luBncia so1re as 2assas5 isso3 por duas
razes" e2 pri2eiro
2iséria 2aterial3 lugar3 essas
prestava2 2assas3
atenção tornadas
a todas >acil2ente
as críticas5 eCcit?veis
e2 segundo pela
lugar3 o >ato
de 4ue a propaganda se >azia i2pune2ente3 despertava a convicção de 4ue os
poderes repressivos e os 2eios de de>esa do $stado estava2 inteira2ente
paralisados e 4ue não se podia esperar3 da4uele lado3 o >eliz des>echo para u2a
situação insuport?vel# Fitler e seus adeptos3 reunidos ao so2 do ta21or3 >azia2
ainda u2a coisa 4ue devia re>orçar enor2e2ente o e>eito de suas palavras#
ervia2;se da propaganda si21Hlica e e2pregava23 co2 esse >i23 u2 sí21olo
2uito si2ples do ponto de vista gr?>ico3 a cruz ga2ada3 4ue desenhava2 por toda
parte e e2 grande 4uantidade# $Cata2ente por4ue era de tão >?cil reprodução3 >oi
copiada aos 2ilhes e serviu de sinal eCcitante3 >azendo nascer nas 2assas u2a
certa reação nervosa3 4ue nos é >a2iliar3 agora 4ue conhece2os as eCperiBncias
e as concluses de Pavlov3 a respeito da criação dos re>leCos condicionados#
A palavra de orde2 de Gleichschaltung .uni>or2ização ou acertar o passo/
tornada particular2ente céle1re nesse período3 é u2a eCpressão desse >en-2eno
so1 o aspecto político social# D 2ecanis2o é o seguinte" toda palavra violenta de
Fitler3 >alada ou escrita3 toda a2eaça3 associava;se3 no espírito de seus ouvintes3
a seus sí21olos3 4ue se tornava23 pouco a pouco3 os sinais evocadores de suas
eCpresses3 de suas a2eaças5 encontrados3 por toda parte3 agia2
constante2ente so1re as 2assas3 reani2ava23 se2 cessar3 a inclinação >avor?vel
a Fitler3 2antinha2 o e>eito da Gleichschaltung3 produzido por seus discursos
eCasperados3 da 2es2a 2aneira 4ue se re>orça o re>leCo condicionado de Pavlov3
repetindo3 continuada2ente3 o estí2ulo a1soluto# D governo ale2ão tinha duas
possi1ilidades de reduzir a nada essa reação associativa# Podia ou co21ater os
sí21olos3 en>ra4uecB;los3 torn?;los ridículos3 através de certas açes e
contra2edidas3 ou interdit?;los3 i2pedir o Ta21or3 as in*Erias3 os gritos e as
a2eaças# Não se >ez u2a coisa ne2 outra3 deiCou;se o ini2igo dar3
tran4Uila2ente3 a seus sí21olos3 u2 vigor se2pre renovado#
e algué2 se coloca do ponto de vista político3 pergunta a si 2es2o e2 4ue
repousa3 então3 a possi1ilidade de o1ter u2 1o2 resultado na luta por 2eio de
sí21olosS A eCposição dos seguintes >atos serviria de resposta" do ponto de vista
da >isiologia dos nervos3 pode2;se distinguir dois tipos de ho2e2" os 4ue reage2
rapida2ente3 os ativos e os 4ue reage2 2ais lenta2ente e 4ue co2pe2 a
categoria dos ele2entos passivos# $2 geral3 os 2ais ativos são ta21é2 os 2ais
conscientes# >?cil veri>icar 4ue eCiste2 2uito 2ais ele2entos passivos do 4ue
ativos# D nE2ero dos assistentes nas asse21léias é u2 1o2 critério# As ci>ras
>ornece2 ao pro1le2a u2a solução clara# Pode;se3 por eCe2plo3 evidenciar3
>acil2ente3 4ue3 nu2a cidade de Z=#=== eleitores3 sH eCiste2 cerca de 9 a L#===
pessoas aproCi2ada2ente capazes de ser consideradas co2o ele2entos ativos e
isso tendo e2 conta todos os partidos políticos# $ntretanto3 as LL#=== pessoas
passivas tB2 o 2es2o direito de voto 4ue os outros# deles3 portanto3 4ue3 no
>undo3 depende o resultado das eleiçes#
A propaganda dos partidos te2 co2o tare>a in>luenciar e ganhar para sua causa
os LL#=== passivos3 4ue não vão s asse21léias3 ne2 lBe2 os *ornais políticos de
co21ate5 os partidos oper?rios não dispe2 de 2eios para distri1uir pan>letos e2
nE2ero su>iciente e seus *ornais3 e2 geral longos3 en>adonhos e doutrin?rios3 não
são lidos por ningué2# Não é ta21é2 de espantar 4ue essa propaganda tenha
pouco ou nenhu2 atrativo#
$2 co2pensação3 a propaganda >ascista ale2ã3 2uito dina2izada no sentido
e2ocional3 apoderando;se das ruas3 atingiu seu >i23 pois alcançava a 2assa dos
0LL#===6# $ntre as e2oçes 4ue tinha2 2ais in>luBncia so1re esses ele2entos
passivos3 deve;se 2encionar3 inicial2ente3 o te2or" é 4ue essa propaganda3
através de sí21olos populares3
utilizouoperava
principal2ente poro1teve
inti2idação# 'oieus
co2
essa intenção 4ue Fitler a cruz ga2ada co2 4ue a vitHria#
advers?rios não perce1era2 o princípio decisivo dessa luta5 não tinha2 sí21olo3
acreditava2 poder atuar co2 provas lHgicas e 4uando3 >inal2ente3 apelava2 para
os senti2entos3 era se2pre tentando levar o advers?rio ao ridículo3 o 2enos
e>icaz dos 2étodos3 eCpresso3 co2 >re4UBncia3 so1 >or2as total2ente ineptas e
in?1eis# ua propaganda girava nu2 círculo vicioso e3 assi23 >ora2 vencidos#
D sí21olo pode dese2penhar3 na >or2ação de re>leCos condicionados .co2o
decorre de todo nosso raciocínio/ o papel de >ator condicionante3 4ue3 enCertando;
se so1re u2 re>leCo preeCistente3 a1soluto3 ou so1 u2 re>leCo condicionado
constituído anterior2ente3 ad4uire3 por sua vez3 a possi1ilidade de tornar;se u2
eCcitante3 deter2inando essa ou a4uela reação dese*ada por 4ue2 >az esse
sí21olo so1re a a>etividade de outros indivíduos#
A palavra3 >alada ou escrita3 pode ser utilizada para representar u2 >ato concreto3
Enico e si2ples3 ou u2 con*unto de >atos3 2ais ou 2enos co2pleCos3 assi2 co2o
u2a a1stração ou todo u2 >eiCe de idéias a1stratas3 cientí>icas ou >ilosH>icas# (a
2es2a >or2a3 u2 sí21olo pode ser concreto ou a1strato# $2 política entende;se3
geral2ente3 por sí21olos >or2as si2ples 4ue representa2 idéias3 até 2es2o de
siste2as ou doutrinas 2uito co2pleCas e a1stratas# D es4ue2a seguinte ilustra as
relaçes eCistentes entre u2 sí21olo político e seu conteEdo3 sua signi>icação#
/ig= >
$s4ue2as 4ue ilustra2 a gBnese da cruz ga2ada3 partindo da i2age2 da roda#
Alguns pensa2 4ue é u2 ar4uétipo#
$2 todo caso3 esse sí21olo não te2 4ual4uer relação co2 o nacional;socialis2o5
vendo;o3 pela pri2eira vez3 nada se co2preende5 salta aos olhos3 talvez3 graças
sua >or2a eCtravagante e causa antes u2 senti2ento desagrad?vel3 le21rando o
4ue se eCperi2enta vista de u2a aranha ou de u2 perceve*o# Ds hitleristas
es>orçara2;se para de2onstrar 4ue era u2 velho signo ariano e até nHrdico# Na
verdade3 >oi adotado por Fitler3 eCclusiva2ente por sua >or2a si2ples e
surpreendente3 co2o u2a 1oa 2arca de >?1rica# Ali?s3 não >oi se4uer ele 4ue teve
a idéia de aplic?;lo a seu 2ovi2ento e diz3 no seu livro3 4ue adotou a sugestão de
u2 dentista 1?varo# uando Fitl er .::/ a>ir2a 4ue a cruz ga2ada deve inspirar a
idéia do triun>o do tra1alho produtivo3 0idéia 4ue >oi e per2anecer? eterna2ente
anti;se2ita63 não se pode lev?;lo a sério" parece;nos 4ue 2es2o 0eCplicada63 essa
0verdade6 é di>ícil de aceitar# Mas3 4uando diz 4ue u2a 0insígnia i2pressionante
pode3 e2 centenas de 2ilhes de casos3 acordar o interesse inicial a respeito de
u2 novo 2ovi2ento63 esta2os per>eita2ente de acordo co2 ele#
A propHsito de sí21olos3 eCiste u2a opinião segundo a 4ual alguns3 dentre eles3
estaria2 >iCados ancestral2ente no su1consciente dos ho2ens e agiria2 por si
2es2o3 2aneira de re>leCos inatos ou auto2atis2os3 se2 4ue ha*a necessidade
de >or2ar re>leCos condicionados para torn?;los atuantes# 'ala;se3 então3 de
ar4uétipos# Assi23 4uis;se ver3 na cruz ga2ada3 u2 sí21olo dessa categoria#
Parece;nos 4ue não h? dados su>icientes para essa a>ir2ação3 tanto 2ais 4uanto
os períodos de te2po desde 4ue o ho2e2 e sua cultura .e 2es2o a pré;cultura/
eCiste23 não parece ter sido3 do ponto de vista 1iolHgico3 1astante prolongados
para 4ue caracteres ad4uiridos possa2 >iCar;se hereditari a2ente3 2es2o se3 e2
geral3 a trans2issão desses caracteres >osse u2 >ato co2provado#
A propHsito do sí21olo socialista anti>ascista das trBs >lechas3 não é inEtil >azer
conhecer a4ui sua histHria#
Por volta do >i2 do ano de 78I73 toda a Ale2anha estre2eceu e2 seguida
desco1erta3 nas cercanias de (ar2stadt3 de u2 docu2ento 4ue passou histHria
so1 o no2e de docu2ento de &oChei2# $ra u2 progra2a 4ue os nazistas tinha2
a intenção de aplicar 4uando seu partido su1isse ao poder# 2 docu2ento
sangrento3 cheio de Hdio3 de senti2entos de vingança e a2eaças# Previa u2a
Enica 2edida de repressão" o cepo de eCecução# %ita2os a4ui alguns artigos"
7 0Todo decreto das #A#3 XI7=Y do eCército territorial### ser? o1*eto de o1ediBncia
i2ediata3 se2 discutir a seção da 4ual prové2# Toda oposição ser?3 e2 princípio3
punida co2 a 2orte#
< Toda ar2a de >ogo dever? ser entregue s #A#3 e2 <9 horas# Todo indivíduo
4ue3 eCpirado esse prazo3 >or encontrado na posse de u2a ar2a de >ogo3 ser?
considerado co2o ini2igo do povo ale2ão e das #A# e >uzilado3 i2ediata2ente3
se2 *ulga2ento#
I Todo >uncion?rio e oper?rio a serviço das autoridades ou adidos aos
transportes pE1licos dever?3 a seguir3 se2 interrupção3 reto2ar seu tra1alho# Toda
o1stinação e toda sa1otage2 ser? punida co2 a 2orte#
A ad2inistração das #A# representada por 2i23 XI77Y su1stituir? as autoridades
superiores .os 2inistérios/#
9 As 2edidas de e2ergBncia3 to2adas pela direção das #A#3 tB2 >orça de lei3 a
contar do dia de sua pu1licação e2 cartazes# Toda violação dessas 2edidas ser?3
nos casos particular2ente graves3 punida co2 a 2orte3 alé2 das outras penas
>iCadas3 etc# etc#6
2a enor2e agitação apoderou;se de toda a Ale2anha5 a i2prensa dos partidos
de es4uerda e os oper?rios estava2 especial2ente revoltados3 ouvia2;se3 por
toda parte3 protestos >uriosos#
%inco dias 2ais tarde3 atravessando u2 cruza2ento e2 Feidel1erg3 >ui3 de
repente3 co2o 4ue atingido por u2 raio# Na es4uina do 2uro3 estava pintada u2a
cruz ga2ada3 cortada por u2 grosso traço de giz 1ranco# 2 pensa2ento
atravessou;2e co2o u2 clarão" eis a solução 4ue havia procurado para o
pro1le2a de u2 sí21olo de luta 4ue nos seria ade4uadoK é precisa2ente o 4ue
nos >alta#
$Cpli4uei3 a 2i2 2es2o3 i2ediata2ente3 o >ato psicolHgico" u2 oper?rio
i2pulsivo3 eCcitado pelo caso de &oChei23 não podendo 2ais conter sua e2oção3
i2pelido a reagir violenta2ente3 tinha apanhado u2 pedaço de giz ou u2a pedra e
cortado o signo odioso da cruz ga2ada5 destruindo;a3 desse 2odo3 dava livre
curso sua raiva acu2ulada# ue2 era eleS Não sa1ere2os *a2ais# A i2age2 de
u2 soldado desconhecido de nosso grande eCército oper?rio apareceu3
su1ita2ente3 a 2eus olhos# Preso de grande e2oção3 tracei u2 plano3 si2ples e
claro" devia ser3 assi23 por toda parte5 não poupar3 e2 toda a Ale2anha3 nenhu2a
cruz ga2ada3 dali por diante5 o sí21olo hitlerista 4ue atuava co2o u2 2eio de
desencadea2ento de u2 re>leCo condicionado3 >avor?vel a Fitler3 devia servir;nos
para o1ter o e>eito contr?rio" era preciso 2ostrar o espírito agressivo3 indo2?vel3
de seus advers?rios"
4ue1radas u2 novotodas
re>leCoascondicionado
cruzes ga2adas3 cortadas
cravado3 por 2ãos
a grandes invisíveis3
golpes3 no espírito
das 2assas a vontade de u2a nova >orça3 a da classe oper?ria3 en>i2 acordada
e surgindo e2 toda parteK
Tinha achado a solução3 2as era aplic?velS Podia esperar p-;la e2 pr?tica e2
toda a Ale2anhaS $ra a grande e e2ocionante 4uestão# No dia seguinte3 tarde3
convo4uei alguns *ovens oper?rios3 todos co2panheiros da &andeira do Reich#
'alei;lhes de nossa luta3 eCpli4uei a signi>icação do sí21olo3 in>la2ei;os3 pondo na
2ão de todos u2 pedaço de giz" 0Ao co21ate3 rapazes3 disse;lhes3 cortai o
2onstro de garras co2 u2a >lecha3 co2 u2 raioK6 D traço tornou;se >lecha3 o
car?ter dinO2ico de nossa luta era assi2 2elhor eCpresso#
Vi1rando de alegria3 lançara2;se na noite5 o dese*o de ação3 contido contra a
vontade3 ini1ido pelos apelos orde23 disciplina3 partindo dos che>es3
encontrava >inal2ente livre curso# As noites seguintes passara2 nu2 verdadeiro
delírio# Ds advers?rios sentira23 i2ediata2ente3 4ue algu2a coisa ocorria na
cidade3 a1rira2 os olhos5 novas cruzes ga2adas aparecera23 logo e2 seguida
riscadas por nHs# Ds hitleristas estava2 >uriosos" não podia2 senão >azer novas
cruzes# 2a curiosa guerrilha eCplodiu na cidade#
$2 2inha 4ualidade de ho2e2 de ciBncia3 ha1ituado a traduzir e2 nE2eros a
intensidade de u2 >en-2eno3 2uni;2e de u2 1loco de notas e percorri3 cada
2anhã3 u2a deter2inada rua# %ontava as cruzes ga2adas riscadas e as novas3
recente2ente pintadas# Veri>i4uei u2a certa proporção# Ds dias passara2# A
guerrilha en>urecia;se3 a proporção continuava3 2ais ou 2enos3 a 2es2a# ApHs
u2a se2ana de luta de sí21olos3 so1re os 2uros da cidade3 o 2o2ento esperado
chegou" a proporção entre os dois nE2eros cresceu a nosso >avor3 A princípio
lenta2ente3 de u2a 2aneira oscilante3 depois3 se2pre 2ais rapida2ente3 até 4ue
não houvesse 2ais3 por toda parte3 senão cruzes ga2adas riscadas# TrBs
se2anas havia2 decorrido# A 1atalha estava ganhaK Ds hitleristas estava2
esgotados3 co2preendera2 4ue não tinha2 outra coisa a >azer e a1andonara2 a
partida# $u encontrava3 agora3 2uitos de nossos 2ilitantes 4ue3 os olhos
1rilhantes de entusias2o3 2e con>iava2" 0 eCtraordin?rioK %ada vez 4ue se vB na
rua u2 signo ini2igo riscado3 ani4uilado3 sente;se co2o u2 cho4ue interior"
nossos ho2ens passara2 ali3 estão ativos3 luta2 de >ato6#
A tare>a era3 portanto3 realiz?vel3 eu podia acreditar 4ue essa luta seria coroada de
sucesso5 sB;lo;ia certa2ente 3 se apenas se pudesse provoc?;la e2 toda parte# D
segundo passo devia3 então3 ser tentado" devia;se ganhar para essa causa
nossas organizaçes3 nossos che>es# eria possívelS A idéia era si2ples e3 posta
e2 pr?tica3 tinha dado resultados positivos# Tra1alhadores co2uns
co2preendia2;na rapida2ente e aceitava2;na5 por4ue os che>es não o >aria2S
Tínha2os organizaçes
populares epoderosas5
essa de
rede podia dar;nos3 e2pouco
novas ar2as e>icazes# %heio con>iança3 lancei;2e luta# te2po3
%o2ecei >alando a 2eus 2elhores a2igos socialistas3 de 2inhas tentativas e de
2inhas eCperiBncias" decidiu;se adotar a >lecha co2o sí21olo da 'rente de
&ronze5 nesse entrete2po3 eu o trans>or2ara3 e2 u2a >lecha tríplice3 antes de
tudo para alcançar3 pela repetição do signo3 u2 >ortaleci2ento de sua e>ic?cia3 e2
seguida3 para acentuar a idéia coletiva do 2ovi2ento# Alé2 disso3 o sí21olo das
trBs >lechas eCpri2ia 2uito 1e2 a tríplice aliança entre as organizaçes oper?rias
reunidas na 'rente de &ronze" o partido3 as corporaçes sindicais e a &andeira do
Reich3 co2 as organizaçes esportivas de tra1alhadores5 assi23 as trBs >lechas
si21olizava23 ta21é23 os trBs >atores do 2ovi2ento" poder político e intelectual3
>orça econ-2ica e >orça >ísica# Alé2 disso3 o sí21olo era dinO2ico3 o>ensivo e
le21rava3 ainda3 as trBs 4ualidades 4ue se eCigia2 dos co21atentes" a atividade3
a disciplina e a nião# As idéias li1ertadoras da Revolução 'rancesa estava2
igual2ente eCpressas" li1erdade3 igualdade3 >raternidade#
$3 2ais ainda" o paralelis2o das trBs >lechas eCpri2ia3 de >or2a tangível3 o
pensa2ento da >rente unida" tudo devia ser 2o1ilizado contra o ini2igo co2u23 o
>ascis2o#
$n>i23 o nE2ero trBs aparece tão >re4Uente2ente na vida hu2ana3 nos
pensa2entos3 na vida ínti2a3 na histHria3 4ue se tornou3 de certa >or2a3 u2
nE2ero sagrado# D >ato de 4ue ele se enraizou no do2ínio do su1consciente3 te2
consider?vel i2portOncia para sua e>ic?cia psicolHgica#
$sse sí21olo3 tão >?cil de reproduzir 4ue toda criança podia desenh?;lo3 tinha
2ais a vantage2
so1repor de não
seu sí21olo poder ser
ao nosso3 destruído"
co2o >azía2osDs advers?rios
co2 não nesse
o deles3 pois3 conseguia2
caso3
ter;se;ia a i2pressão de 4ue era a cruz ga2ada 4ue estava cortada por nossas
trBs >lechas#
A superioridade desse sí21olo de luta política so1re todos os de2ais reside
ta21é2 no >ato de 4ue é3 depois da cruz cristã3 o 2ais si2ples# e se coloca2 os
sí21olos gr?>icos 2ais conhecidos nu2a orde2 de co2pleCidade crescente3
o1té2;se a seguinte relação" .>ig# 8/" a %ruz3 a 2ais si2ples de todas3 e2 seguida
o V da egunda Guerra Mundial3 a cruz de orena dos degaullistas3 as trBs
>lechas3 a cruz ga2ada3 depois o crescente do @sla23 a insígnia soviética a >oice
e o 2artelo e3 en>i23 os sí21olos se2pre 2ais co2pleC os" o >eiCe >ascista e as
insígnias dos @2périos" as ?guias3 os lees3 etc#
%o2o sí21olo para a ca2panha do Ne) (eal e2 78II3 serviu a Roosevelt a
?guia azul5 os sí21olos respectivos dos dois partidos políticos3 nos $stados
nidos3 são3 respectiva2ente" o dos de2ocratas o 1urro3 o dos repu1licanos o
ele>ante#
Ao lado dos sí21olos por i2age23 h? outros por letras3 de 4ue os 2ais
conhecidos3 na histHria3 são o # P# # R# .enatus Populus4ue Ro2anus/ 4ue3
na antigUidade3 colocado e2 2uitos lugares3 procla2ava3 por toda parte3 o poder
con4uistador de Ro2a5 o R# '# .Repu1li4ue 'rançaise/ da Revolução 'rancesa3
insígnia o>icial ainda de nossos dias# $sses sí21olos por letras são3 entretanto3
sí21olos de $stados e2 >unção dos 4uais est? sua >orça sugestiva5 são 2uito
a1stratos para prender as 2assas5 e a i2aginação3 sozinha3 2uito
>re4Uente2ente3 não 1asta para criar e2oção#
@nscriçes e divisas são ta21é2 e2pregadas3 2uitas vezes3 na propaganda
política escrita3 so1retudo nos cartazes3 nos des>iles3 ou e2 2uros e >achadas de
edi>ícios# ua utilização inspira;se no eCe2plo da pu1licidade co2ercial e te2 por
o1*etivo 2enos convencer a inteligBncia do 4ue desencadear3 por >Hr2ulas
precisas e surpreendentes3 as paiCes e acordar ta21é2 as a21içes# Nas
inscriçes3 o eCcitante visual co21ina;se co2 o sonoro3 pois evoca as palavras
4ue tB2 u2 >orte valor e2otivo#
/ig= ?
í21olos gr?>icos
co2pleCidade 4ue dese2penhara2 >unção política3 por orde2 de
dos desenhos#
Na luta política3 conduzida na Ale2anha e2 78I<3 lidou;se não co2 u2 sí21olo3
2as3 co2 todo u2 siste2a de sí21olos3 geradores de co2porta2entos e de
estados d\al2a ou3 e2 ter2inologia cientí>ica3 4ue aprende2os nos capítulos
precedentes3 co2o eCcitantes condicionais de re>leCos3 derivando de diversos
siste2as de pulses# (ois princípios3 re>erindo;se so1retudo s pulses 7 e I3
era2 realizados nos siste2as de sí21olos e2pregados na luta pelos dois grandes
grupa2entos" os hitleristas e os socialistas# $sses dois princípios era2 o da
inti2idação e o do ridículo# As >or2as era2" gr?>ica3 pl?stica e sonora# Ds dois
princípios podia2 2ani>estar;se3 e2 cada u2a dessas >or2as#
Assi23 o sí21olo gr?>ico de inti2idação dos hitleristas era a cruz ga2ada5 o dos
socialistas as trBs >lechas# $ra2 reproduzidos e2 toda parte3 a giz3 l?pis3 carvão3
ou e2 cores3 nos 2uros e paliçadas3 nas ruas3 nos veículos3 etc#5 >igurava2 nas
1andeiras3 1andeirolas de papel3 nas vidraças e cartazes3 sendo conduzidos
ta21é2 co2o insígnias5 aparecia23 constante2ente3 na pri2eira p?gina dos
principais *ornais e no teCto de periHdicos3 eCpunha2;se nos anEncios3 pan>letos e
1oletins3 nos volantes3 era2 traçados no chão co2 u2a vara3 pintados no as>alto5
era2 até desenhados nos vidros e21açados e partes e2poeiradas dos
auto2Hveis3 dos 1ondes e vages de estrada de >erro3 co2 os trBs dedos a1ertos#
%riara2 u2a verdadeira o1sessão coletiva e >igurava2 e2 toda parte3 le21rando3
se2 cessar3 população3 a eCistBncia da 'rente de &ronze3 co2o >azia Fitler e2
seu 2ovi2ento3 >alando s 2assas do ardor co21ativo e do poder da grande
organização oper?ria#
/ig= 9:
í21olos gr?>icos trans>or2ados e2 i2agens ridicularizadas pelos advers?rios# A
ga2a da Milícia de Pétain .(e acordo co2 (o2enach3 9L/#
A 2aior parte das >or2as utilizadas pela propaganda política é3 a>inal3 veículo para
os sí21olos# Vi2os3 nas p?ginas precedentes3 4ue os sí21olos gr?>icos3 de certo
2odo3 sinais estenogr?>icos da propaganda 2oderna3 eCplora2 as eCcitaçes
visuais3 tornadas assi2 uni>or2es para as 2assas# Mas3 o 2es2o sentido visual e
ta21é2 o auditivo são ainda utilizados para i2presses 2ais co2pleCas3
prendendo
2odo3 o1terae>ic?cia
atençãoatravés
durantedeu2 te2po 2ais
eCcitaçes 2aisprolongado
pro>undas ee dur?veis#
procurando3 desse o
Ta21é2
ele2ento persuasivo3 o raciocínio3 é 2isturado s i2presses 4ue recorre2
a>etividade5 os sí21olos3 para se eCteriorizare23 e2prega2 até >or2as 2ais
co2pleCas3 valendo;se3 2uitas vezes3 de v?rios sentidos3 ao 2es2o te2po# $ssas
>or2as de propaganda são as do r?dio3 agindo3 então3 pela palavra3 pelo cine2a3
pelo teatro#
Na parte teHrica de nossa eCposição vi2os 4ue Pavlov atri1uía eCtre2a
i2portOncia palavra3 co2o eCcitante condicionante para a >or2ação de re>leCos
condicionados3 2or2ente para a4ueles 4ue povoa2 o segundo siste2a de
sinalização# $2 nossos dias3 o r?dio tornou;se o principal veículo de propaganda
sonora# As in>or2açes3 a 2Esica3 as cançes3 o s!etch >alado3 são outros tantos
ca2inhos de 4ue se serve a propaganda# Vi2os sua enor2e in>luBncia nos
2étodos da Elti2a guerra3 e2 4ue a resistBncia psí4uica das populaçes3 nos dois
ca2pos3 era >ator pri2ordial na luta# Nos Elti2os te2pos é a televisão3 associa da
ao r?dio3 4ue co2eça a tornar;se u2 2eio universal de trans2issão do
pensa2ento e das e2oçes hu2anas" nos $stados nidos3 os receptores de
televisão *? se conta2 aos 2ilhes# A propaganda sonora utiliza3 ainda3 discos
4ue3 co2 o e2prego de alto;>alantes3 instalados nas reunies pE1licas e e2
veículos3 serve2 nas ca2panhas eleitorais e até na >rente de guerra5 e2 787Q3 e2
78I8;9L3 na guerra civil espanhola e chinesa e3 ulti2a2ente3 na guerra da %oréia
e no Vietnã#
/ig= 9@
2 grupo de *ovens socialistas dina2ar4ueses realizando3 e2 %openhage3 u2
ato de propaganda e2otiva e2 >ila indiana#
A propaganda visual pelo teatro e pelo cine2a é ta21é2 i2portante na vida
política# Na Revolução Russa e no >ront das duas guerras3 o teatro a21ulante na
REssia gozava de grande popularidade" os 2elhores artistas não se cansava2 de
contri1uir para trazer alto o 2oral dos co21atentes# Tere2os3 2ais adiante3
oportunidade de nos ocupar de grandes >estas pE1licas espetaculares3
organizadas durante a Revolução 'rancesa e3 na nossa época3 na Ale2anha
hitlerista e na REssia soviética# A propaganda pelo cine2a é so1retudo
característica deste Elti2o país3 onde os >il2es3 ad2iravel2ente 2ontados e
encenados pelos 2elhores artistas3 tB2 4uase se2pre u2 gosto de tendBncia3 isto
é3 >aze2 propaganda3 se*a para >acilitar as tare>as construtivas da vida na REssia3
se*a para di>undir as idéias nascidas da Revolução de 787:#
D sí21olo é conce1ido geral2ente co2o u2a representação 4ue evoca3
instantanea2ente3 u2a idéia ou u2a doutrina3 o sinal 4uase 2ecOnico3 ou 2elhor3
auto2?tico3 4ue sugestiona os ho2ens3 4ue os reEne e2 torno dessa idéia# Mas3
a idéia ou doutrina é u2a criação dos ho2ens3 destinada a esti2ular sua
atividade3 polarizando;a nu2 deter2inado sentido5 conté2 se2pre ele2entos do
4ue Pavlov cha2ou de re>leCo de >i2# Dra3 se u2 ho2e2 tende para u2 o1*etivo
é 4ue ele não se contenta co2 a4uilo de 4ue vive atual2ente3 procura algu2a
coisa de 2elhor3 de 2ais atraente e3 vendo a i2possi1ilidade de atingir esse >i23
na sua época3 cria o ideal3 o P?ssaro azul# a srce2 dos 2itos# A política e os
2itos tB2 pontos de contato 2uito nítidos#
&asta le21rar a eclosão do 2ito revolucion?rio3 no >i2 do século V@@@3 na 'rança5
depois3 nos 2eados do século @3 a cristalização 2ais lenta3 contudo
pertur1adora3 do 2ito socialista e prolet?rio#XI7ZY Nos nossos dias3 a reani2ação
dos 2itos do passado e a criação dos 2itos do >uturo3 caracteriza3 de ora e2
diante3 as propagandas >ascistas3 tanto as de Fitler e Mussolini3 co2o a de
'ranco#
D
0a 4ue
>avorcaracteriza o 2ito
da sociedade e e2é principal2ente sua tendBncia
seu >avor63 segundo coletiva3desocial3
>eliz eCpressão RogereCistente
%aillois3
no seu livro e M+the et l\Fo22e .<I/# As >Hr2ulas 4ue apresenta so1re o
pro1le2a são tão claras 4ue considero Etil citar a4ui essas passagens" 0A
enervação3 por assi2 dizer3 do 2ito é de essBncia a>etiva e repercute nos con>litos
pri2ordiais suscitados3 a4ui e ali3 pelas leis da vida ele2entar# D 2ito representa3
na consciBncia3 a i2age2 de u2a conduta cu*a solicitação ela sente### D 2ito
pertence ao coletivo5 *usti>ica3 2anté2 e inspira a eCistBncia e a ação de u2a
co2unidade3 de u2 povo3 de u2 corpo pro>issional ou de u2a sociedade secreta6
e3 so1retudo3 dire2os nHs3 de u2 2ovi2ento popular3 religioso ou político3 a 4ue a
histHria e a vida social >ornece2 as >ontes da criação dos 2itos3 encontra2 neles
invHlucros 4ue os caracteriza2#
Mas3 nesse caso3 surge a 4uestão principal" 4uais são as necessidades a>etivas
4ue i2pele2 os ho2ens a criar 2itosS
Ainda a4ui a resposta 4ue nos d? %aillois é 1astante sugestiva#
D indivíduo est? preso a con>litos psicolHgicos co2 a civilização# $sses con>litos
são os >atos da prHpria estrutura socia l e o resultado do constrangi2 ento 4ue ela
>az pesar so1re seus dese*os ele2entares# D indivíduo sH poderia sair desses
con>litos por u2 ato condenado pela sociedade# D resultado é 4ue >ica paralisado
diante do ato ta1u e vai con>iar a eCecução ao herHi# $ste é3 por de>inição3 o 4ue
encontra solução para as situaçes 2íticas3 u2a saída >eliz ou in>eliz# D indivíduo
4ue so>re o con>lito e 4ue não pode sair dele3 e2 virtude das proi1içes sociais3
entrega seu lugar ao herHi" este é3 então3 4ue2 viola as proi1içes# Mas3 o
indivíduo não sa1eria ater;se eterna2ente a u2a identi>icação virtual co2 o herHi3
a u2a satis>ação ideal3 >alta;lhe o ato3 eCige ainda a identi>icação real3 a satis>ação
de >ato# D prHprio 2ito não é 2ais 4ue o e4uivalente de u2 ato#
D1serva;se3 atual2ente3 u2a revivescBncia dos 2itos# @sso é devido a 4ue o
2undo est? ator2entado por u2a vida cheia de di>iculdades3 de so>ri2entos3 de
desiluses3 de in4uietudes# $2 su2a3 est? 0privado de alegria6 e3 por essa razão3
0entregue ao do2ínio dos 2itos6# XI7:Y ua >unção é unir o dese*o o1scuro
in>or2ulado de sua satis>ação### D 2ito é u2a participação antecipada 4ue
preenche e reaviva o dese*o de >elicidade e o instinto de poder5 o 2ito é
indissoluvel2ente pro2essa e co2unhão#
Rei)ald3 .7I=/ XI7QY e2 sua crítica3 espanta;se 4ue eu cite %aillois .<I/ e supe
4ue é a >alta da possi1ilidade de eCplicação dos 2itos pela psicologia o1*etiva#
'aço;o3 precisa2ente3 por4ue a interpretação de %aillois3 4ue acho pertinente3 não
contradiz os dados da teoria dos re>leCos condicionados e não é3 no 2eu
entender3 u2a interpretação pura2ente psicanalítica# Ali?s3 certos >atos da
psican?lise não são necessaria2ente inco2patíveis co2 as idéias de Pavlov e as
2inhas de violação psí4uica# o2ente a eCplicação desses >atos3 4ue é dada pela
psican?lise cl?ssica3 parece;2e 2uito si2plista e não assentada su>iciente2ente
so1re os dados cientí>icos atuais" por eCe2plo3 o su1consciente da psican?lise
parece;2e coincidir3 e2 2uitos pontos3 co2 a noção do segundo siste2a de
sinalização de Pavlov# D 4ue re*eito3 ainda3 é a tendBncia de ver3 na >or2a de
4ual4uer sí21olo3 u2a >orça intrínseca 2isteriosa3 u2 ar4uétipo 4ue pode
desencadear re>leCos a1solutos3 isto é3 de srce2 su1consciente# Pensar 4ue o
povo ale2ão era3 antes de tudo3 in>luenciado pelo sí21olo da cruz ga2ada 2ais
do 4ue por outros3 e4Uivale3 segundo penso3 a entregar;se a u2 2isticis2o 4ue
não te2 4ual4uer razão cientí>ica3 co2o3 a>inal3 a tendBncia para >alar de u2a
al2a ou consciBncia de 2ultidão#
A @gre*a e2prega3 ta21é23 sí21olos auditivos3 e4uivalentes aos gritos Feil Fitler3
(uce3 dos >ascistas3 ao 'reiheitK dos socialistas ale2ães5 entre outros" A2é23
Aleluia3 ^+rie $leison da @gre*a grega ou as eCcla2açes %hristosso vos!ress
.%risto ressuscitou/ da @gre*a russa#
%o2o sí21olos3 poder;se;ia2 citar3 ainda3 os totens das diversas tri1os pré;
histHricas ou das tri1os selvagens dos nossos dias3 4ue era2 os atri1utos
constantes de suas crenças religiosas e a respeito das 4uais 'reud e outros
>izera2 estudos tão pro>undos 4uanto interessantes# &astar? indicar 4ue3 nos ritos
dos cultos religiosos3 2es2o atuais3 co2o o cristão3 encontra;se u2a 2ultidão de
sí21olos3 tanto gr?>icos3 co2o pl?sticos ou sonoros3 assi2 co2o ritos3 4ue to2a2
a >or2a de preces coletivas3 de cantos3 de liturgias e sacra2entos5 procisses3
prédicas e 2il outras 2aneiras de in>luenciar os diversos estados d\al2a3 a >i2 de
canaliz?;los nu2a direção de co2porta2ento dese*ada pelos diretores os
padres# As pr?ticas
propaganda e2 geralsão3 na realidade3
e3 so1retudo3 a1soluta2ente
da política# as 2es2as
supér>luo 4ueéas
insistir3 pois da
evidente
a analogia# 'altar ia ainda 2encionar u2 2ovi2ento 4ue e2prega3 para sua
di>usão3 2étodos de propaganda 1aseada no 2es2o princípio3 2as3 4ue o>erece
essa particularidade" sendo u2 2ovi2ento construído ideologica2ente de 2odo
claro so1re a pulsão n 9 .paternal/ utiliza3 contudo3 co2o 1ase3 na sua
organização e >or2as de propaganda3 a pulsão n 7 .co21ativa/# $sse 2ovi2ento
é o do $Cército da alvação3 e2 4ue a organização de cargos é >iel2ente copiada
do 2odelo 2ilitar" encontra2;se generais3 coronéis3 etc# D uni>or2e3 as 1andeiras3
os ta21ores3 as >an>arras3 as paradas dese2penha2 nisso u2 i2portante papel#
ua divisa é angue e 'ogo3 suas cores" ver2el ho e ouro3 seus *ornais inti tula2;
se Grito de Guerra e Pe4ueno oldado# D >undador desse 2ovi2ento3 criado e2
7QZL3 Willia2 &ooth3 era u2 ho2e2 4ue reunia trBs te2pera2entos" o de che>e
de organização3 o de apHstolo e de 1atalhador# 2a carta escrita por ele3 aos
vinte
ela é anos3
cheia adeu2
a2igo3eserve para a co2preensão da gBnese dessa organização"
i2agens eCpresses guerreiras# XI<<Y
Dutra organização religiosa 4ue tirou do siste2a 2ilitar 2uitos princípios para sua
organização3 a disciplina3 a hierar4uia3 o prHprio espírito3 >oi a orde2 dos *esuítas3
criada por anto @n?cio de oiola#
Antes de tratar da propaganda política 2oderna3 propria2ente dita3 não é de2ais
dizer algu2as palavras so1re u2a atividade 4ue est? e2 estreita ligação co2 a
pri2eira" a pro>issão de *ornalista# 2 *ornalista é ta21é2 u2 engenheiro de
al2as3 deve conhecer3 per>eita2ente o instru2ento e2 4ue toca todo o teclado
das pulses e instintos hu2anos3 seus 1as;>onds3 suas su1li2açes5 deve poder
provocar propositada2ente3 nas 2ultides3 os re>leCos condicionados ad4uiridos3
ini1ir uns3 desini1ir outros3 criar novos3 desencadear açes#
Te23 para atingir esses >ins3 u2 instru2ento prodigioso3 a i2prensa# Mas3 e21ora
ela disponha ho*e de 2eios técnicos eCtraordin?rios e 2uito 2ais e>icazes 4ue
outrora3 é preciso acentuar 4ue sua in>luBncia di2inui# (urante a Revolução
'rancesa3 seu papel3 co2o Hrgão de propaganda política3 >oi 2uito grande5 no
curso do século @ e co2eço do nosso3 atingiu seu apogeu3 2as3 desde a
Pri2eira Guerra Mundial3 graças a u2a de2ocratização se2pre crescente da
política3 o e2prego de 2étodos populares3 sugestivos3 co2o ar2a de propaganda3
devido ta21é2 di>usão do r?dio3 a >unção da i2prensa passou a segundo plano5
1asta le21rar a crise de 78IQ ou durante a egunda Guerra Mundial3 e2 4ue
2ilhes de pessoas estava23 dia e noite3 suspensas3 escuta3 nos postos do
T##'# 4ue lhes in>or2ava23 é claro3 2uito 2ais rapida2ente 4ue os *ornais# Por
outro lado3 a 2ultiplicidade dos Jornais3 sua concorrBncia a1erta2ente co2ercial3
seu volu2e >re4Uente2ente de <= e 2ais p?ginas 4ue e21araça a
possi1ilidade de u2a orientação r?pida3 coisa 4ue o ho2e2 atual 2ais aprecia3
tudo isso é causa de u2 certo declínio de in>luBncia da i2prensa 2oderna#
%ontudo3 o papel 4ue te2 é ainda 2uito i2portan te para assinal?;lo a4ui >alando
dos 2eios de propaganda política#
$21ora u2 *ornal político se*a3 e2 geral3 u2 convite ao raciocínio3 u2a vez 4ue
>ornece ao leitor3 antes de tudo3 as in>or2açes so1re os aconteci2entos 4ue lhe
interessa2 ou3 so1 >or2a de artigos3 co2ent?rios 4ue esclarece2 o con*unto de
>en-2enos políticos e2 relação 2ais ou 2enos estreita3 te2 a possi1ilidade .e
dela se serve co2u2ente/ de apelar para a e2otividade do leitor# %hega3 por u2a
in>or2ação 2ais ou 2enos tendenciosa3 4ue cria deter2inado estado a>etivo3 ou
ainda pelo e2prego de palavras ou de rit2os apropriados3 toca certas cordas da
al2a hu2ana3 evocando re>leCos condicionados 4ue o *ornal se prope guiar para
atingir seuse2otivo3
prHprios dispondo
>ins ou osoda coletividade
nu2a 4ue
representa5 pode eta21é2 criar
u2 estado 2aterial orde2 preconce1ida dando;lhe
títulos so1 >or2a de slogans3 de sí21olos# Atual2ente3 os ho2ens são se2pre tão
apressados 4ue não chega2 a ler o *ornal no co2eço do dia3 contenta2;se e2
lançar a vista so1re os títulos dos artigos e das notícias3 antes de tudo so1re os
títulos gerais de u2a ru1rica ou so1re a 2anchete 4ue# e2 poucas palavras .co2o
u2 diapasão/ cria u2a orientação3 u2 estado de espírito3 u2a tendBncia# H1vio
4ue os di?rios políticos3 notada2ente os dos partidos3 atua2 co2 1ase na pulsão
co21ativa# Ds artigos polB2icos co2 os advers?rios >ornece2 as oportunidades#
As possi1ilidades de ação de 4ue trata2os pode2 ser secundadas por i2agens
4ue trans2ite2 idéias e senti2entos co2 eCtre2a rapidez e 4ue são 2uito Eteis
co2o 2eios de evocação dos estados d\al2a dese*ados 2a organização
racional da redação de u2 *ornal visa a criar3 *unto a ele3 ar4uivos de in>or2açes
e de i2agens e classi>ic?;los de 2odo 4ue os ele2entos indispens?veis possa2
ser consultados e2 pouco te2po3 o 4ue contri1ui3 natural2ente3 para as
necessidades do co21ate político por 2eio da i2prensa#
Na R3 ao lado de *ornais3 vendidos ou distri1uídos3 é 2uito di>undida u2a
>or2a especial e gratuita de in>or2açes das 2assas e de 2eio de propaganda" o
*ornal 2ural3 >eito pelos prHprios 2e21ros de u2a coletividade a 4ue se destina5 é
a>iCado nos lugares de tra1alho ha1itual dessa coletividade# $sta >or2a de
propaganda encontra;se espalhada nas usinas3 clu1es3 escolas3 utiliza a
caricatura3 a s?tira3 2as3 ta21é23 a eCpressão poética $ste 2eio de2ocr?tico
de propaganda pela palavra escrita é u2 viveiro para revelar os talentos
*ornalísticos entre as grandes 2assas populares5 é ta21é2 u2 ca2inho para
atingir co2 2ais e>ic?cia a sensi1ilidade dessas Elti2as 4ue3 de 2elhor 1oa
vontade e co2 2aior con>iança3 presta2 atenção palavra dos 4ue pelos
contatos di?rios estão 2ais prHCi2os delas# $ssa >or2a de *ornal 2ural espalha;se
igual2ente por 2ilhes de oper?rios e estudantes no Dcidente#
Antes de a1ordar a eCposição de alguns eCe2plos3 eCtraídos da histHria política
da hu2anidade e 4ue ilustra2 o 4ue aca1a2os de a>ir2ar3 parece;nos
interessante >alar dos princípios da propaganda política 2oderna3 tais co2o
resulta2 de consideraçes teHricas de 4ue trata2os nos capítulos precedentes e
4ue se >unda2 e2 dados das ciBncias 1iolHgicas de nossos dias# $ssa an?lise
ser? Etil para 2elhor co2preender os eCe2plos histHricos# &aseia;se nos
seguintes >atos capitais"
Ds grandes 2ovi2entos de 2assa 4ue caracteriza2 nossa época e 4ue se
eCterioriza2 no ato de votar .eleiçes3 ple1iscito/ ou e2 certas açes de rua
.2ani>estaçes3 2otins revolucion?rios/ não são o resultado de deli1eraçes
conscientes dos indivíduos 4ue co2pe2 a 2assa3 2as3 o e>eito de processos
nervosos >isiolHg icos3 cha2ados na linguage2 cl?ssica volitivos3 desencadeados
consciente2ente por energias vindas do eCterior3 por 2eios de propaganda3
de2agogia3 ou 2elhor ainda3 psicagogia# XI<IY
@sso vale para as verdadeiras de2ocracias 4ue3 co2o a>ir2a23 se inspira2 nas
teses da (eclaração dos (ireitos do Fo2e23 1e2 co2o para as ditaduras
2odernas 4ue3 na verdade3 não são verdadeiras ditaduras3 2as3 ditaduras co2
aspecto pseudode2ocratas# $stas Elti2as são ta21é2 sustentadas pelas
2assas3 2ano1radas3 poré23 sa1ia2ente e enganadas nos seus interesses vitais
violadas psi4uica2ente#
As teorias 1iolHgicas 2odernas3 co2o as eCperiBncias e as estatísticas3 dão3 para
a relação entre os ele2entos 2ais ou 2enos conscientes e ativos3 nas 2assas e
os outros os passivos3 vulner? veis sugestão sensorial a proporção de cerca
de u2 déci2o3 co2o *? vi2os 2ais aci2a A derrota dos 2ovi2entos
de2ocr?ticos na Ale2anha e na @t?lia pelo >ascis2o repousava no
desconheci2ento desse >ato capital# Dra3 dai decorre3 logica2ente3 a idéia de 4ue
esses dois grupos deve23 do ponto de vista da propaganda3 ser tratados
di>erente2ente" os pri2eiros pode2 e deve2 ser persuadidos3 os outros
har2onizados3 a*ustados3 tendo e2 vista sua receptividade especí>ica $ isso
precisa ser estudado a >undo# F? a tendBncia3 entre os políticos de2ocr?ticos3 de
su1esti2ar esse pro1le2a5 ouve;se dizer3 2uitas vezes 4ue3 na propaganda3 é
su>iciente seguir o 01o2 senso6# Nada 2ais errado e 2ais ne>asto para a e>iciBncia
da luta política 4ue essa a>ir2ação" a propaganda política é u2a verdadeira
ciBncia3 pertence ao do2ínio da psicologia coletiva aplicada# Tratare2os3 nos
capítulos seguintes3 das >or2as 4ue a propaganda3 persuasiva ou e2ocional3
pode to2ar e vere2os co2o isso se veri>icou3 no curso da histHria3 li2itar;nos;
e2os a4ui a salientar algu2as regras gerais teHricas 4ue a condiciona2#
3 se2 dEvida3 proveitoso3 para 2elhor co2preender essas regras3 co2eçar por
u2a crítica dos 2étodos de propaganda3 1ase de ação política da 2aioria dos
partidos nos regi2es de2ocr?ticos3 especial2ente dos partidos socialistas5 esses
2étodos cl?ssicos estão e2 evidente contradição co2 os dados cientí>icos ua
propaganda to2a3 >re4Uente2ente3 >or2as entristecedoras5 ela la2enta;se3 acusa
o advers?rio de atrocidade3 de espírito de agressão3 ressalta e2 outros ter2os3
sua aud?cia e sua >orça .>ig# 7I/ u2a t?tica negativa3 pois3 presta3 assi23 se2
perce1er3 u2 serviço propaganda advers?ria# o princípio 4ue cha2are2os de
inti2idação retroativa ou s avessas# A1usa3 >re4Uente2ente3 da ironia3 não >az
senão zo21ar do advers?rio3 2es2o onde u2a ação de luta3 u2a de2onstraçã o
de sua prHpria >orça se i2pe2# 2uito doutrin?ria3 a1strata e e2prega >or2as
4ue as 2assas considera2 >astidiosas e insípidas# uas açes são >ortuitas e
dirigidas so2ente por intuição3 4uase se2pre enganosa5 >alta2;lhe siste2a e
coordenação3 daí por4ue a u2 grande es>orço corresponde3 s vezes3 u2
resultado 1e2 2edíocre 'inal2ente3 o 4ue é grave3 est?3 >re4Uente2ente3
atrasada e2 relação aos aconteci2entos e necessidade de a eles reagir co2
presteza#
/ig= 9;
$Ce2plo de propaganda err-nea" u2 cartaz dos socialistas ale2ães si21olizando
o destino do oper?rio no @@@ Reich hitlerista" princípio da inti2idação s avessas#
%o2ete;se3 constante2ente o erro3 2es2o na propaganda 4ue te2 por 1ase o
princípio da sugestão3 de pensar e agir co2o se cada pessoa reagisse da 2es2a
2aneira 2as3 na verdade3 a 2entalidade dos diversos grupos da população é 1e2
di>erente e a propaganda racional te2 de ser diversi>icada Acredita;se 4ue 1asta
achar u2a >Hr2ula >eliz3 u2 sí21olo ou u2 slogan3 para se ter assegurado o
sucesso3 co2o se >osse u2a 4uestão de pu1licidade co2ercial de u2 artigo
4ual4uer# $s4uece;se 4ue o essencial3 na propaganda racional3 é o plano de
ca2panha# Tal plano co2porta"
a/ a di>erenciação dos grupos de indivíduos a in>luenciar5
1/ o esta1eleci2ento dos o1*etivos psicolHgicos a atingir nos ele2entos de cada
grupo5
c/ a criação de Hrgãos para realizar a ação no sentido desses >ins5
d/ a criação3 por esses Hrgãos3 de >or2as de ação de propaganda#
e/ a distri1uição das açes no espaço e no te2po .esta1eleci2ento de u2 plano
de ca2panha/5
>/ a coordenação dessas açes5
g/ o controle da ca2panha3 especial2ente da preparação das açes e de seus
e>eitos#
(o2enach .9L/ XI<9Y d? u2 con*unto de regras segundo as 4uais deve ser
construída a contrapropaganda $nu2era;as co2o se segue"
7 desco1rir os te2as do advers?rio3 isol?;los e classi>ic?;los por orde2 de
i2portOncia5 depois3 co21atB;los separada2ente5
< atacar os pontos >racos5
I nunca atacar >rontal2ente a propaganda advers?ria3 en4uanto poderosa3
2as3 para co21ater u2a opinião# é preciso to2?;la co2o ponto de partida3
encontrar u2 terreno co2u25
9 atacar e desconsiderar o advers?rio5
L p-r a propaganda do advers?rio e2 contradição co2 os >atos5
Z ridicularizar o advers?rio5
: >azer predo2inar seu cli2a de >orça#
A política3 e2 razão da i2portOncia 4ue ad4uiriu3 e2 nossos dias3 a propaganda
a>etiva3 tornou;se 4uase u2a religião" te23 co2o diz (e 'elice3 .I:/ suas po2pas
e ritos3 seus dog2as e sua >é3 seus vision?rios e seus >an?ticos# D pri2eiro
cuidado de 4ue2 se prope conduzir u2a propaganda política de 2assa é o de
sa1er co2o poder *unt?;las3 e>etiva2ente3 *ogando co2 o e2prego de
estratage2as apropriados3 so1re todos os 2ecanis2os psí4uicos capazes de
tere2 u2a ação so1re os indivíduos 4ue a co2pe2" esses 2ecanis2os são as
disposiçes a>etivas de salvaguarda dos interesses econ-2icos3 políticos3 sociais
e religiosos dessa 2assa eCigidos por suas pulses3 visando de>esa de sua
eCistBncia pessoal e dos grupos ou classes a 4ue pertence2# (ese* o acentuar3
2ais u2a vez3 a4ui3 esse >ato3 e2 vista da crítica de Rei)ald .7I=/ XI<LY 4ue 2e
censura por considerar a possi1ilidade de dirigir a 2assa si2ples2ente co2o u2a
>unção da atividade do líder# Ja2ais a>ir2ei tal coisa3 pois é claro 4ue o estado
psí4uico das 2assas3 4ue é >unção da constelação social e dos caracteres
>isiolHgicos 4ue lhe são inerentes3 é ta21é2 u2 >ator deter2inante para o
sucesso do tra1alho do líder so1re essas 2assas3 4ue não pode ter e>ic?cia por si
2es2a3 >ora do te2po e do lugar#
2a vez atingida essa tare>a de congregar .e2 2ultidão e e2 2assa/ o líder deve
lançar nas 2assas3 diz %l+de Miller3 .7=L/ as palavras de orde2 do tipo palavras;
veneno ou palavras;virtudes ou ainda palavras;teste2unhas3 autorit?rias3
verdadeiras alavancas3 a >i2 de chegar organização das 2assas ordenadas e2
grupos3 caracterizadas por u2 2es2o espírito e prontas a cooperar para atingir os
o1*etivos 4ue as liga2 ao líder#
A pri2eira lei da propaganda diz ainda %l+de Miller3 .7ZL/ é a da conservação do
indivíduo# $3 para >azB;la atuante3 no seu co2porta2ento3 o líder deve e2pregar o
estratage2a psicolHgico seguinte" sugerir o 2edo e >azer entrever3 e2 seguida3 a
saída da situação perigosa3 a possi1ilidade de o1ter a segurança pelas açes 4ue
sugere#
Para >azer adotar pelas 2assas e ta21é2 pelos indivíduos isolados u2a
atitude ou u2a idéia nova3 geral2ente é 2ister torn?;las 2ais >acil2ente
aceit?veis3 pondo;as e2 relação co2 as idéias 4ue lhe são costu2eiras" a
oposição psicolHgica a tudo o 4ue é inesperado3 4ue ro2pera os laços
esta1elecidos3 en>ra4uece então 2ais >acil2ente#
Toda propaganda racional repousa so1re u2 nE2ero relativa2ente restrito de
>Hr2ulas decisivas e concisas 4ue deve2 ser cravadas a grandes golpes no
psi4uis2o das 2assas3 postas de ante2ão e2 estado de i2pressiona1ilidade
2ais acentuada# o princípio da criação dos re>leCos condicionados de Pavlov#
Para evitar o perigo de >adiga pela repetição é aconselh?vel variar os aspectos do
te2a central# 2 eCe2plo dessa regra é o>erecido pela pu1licidade 4ue3
anunciando u2 artigo e2 cartazes3 e2prega a i2age2 da 2es2a pessoa3 2as3
e2 atitudes di>erentes" o ho2e2 risonho3 e2 pi*a2a3 do sal ^ruschen# Ta21é2
nas gravuras dos *ornais in>antis ilustrados3 e2 4ue3 nu2a série de nE2eros
consecutivos3 o 2es2o personage2 .Pi>3 o cão ou Placide e
Muso/3 XI<ZY reaparece2 e2 diversas situaçes3 o 4ue 2anté2 desperto o
interesse do leitor# Assi23 realiza;se a per2anBncia do te2a 4ue continua ligado
variedade de sua apresentação XI<:Y A utilização de u2a >Hr2ula invari?vel
condensada3 co2o conclusão repetida e2 cada discurso ou e2 cada teCto de
propaganda3 é igual2ente e>icaz" a conclusão de cada discurso de %atão no
enado ro2ano é u2 eCe2plo conhecido" %eteru2 censeo3 %arthago delenda
esse XI<QY ou a >Hr2ula repetida de %le2enceau" 0$u >aço a guerra6# XI<8Y
2a condição i2portante a preencher para o sucesso de u2a propaganda 2aciça
é a uni>or2idade e a si2ultaneidade da ação de propaganda e2 2uitos lugares do
país3 de 4ue resulta a necessidade de u2a direção central para cada ação de
grande envergadura (eve;se eCigir igual2ente de u2a 1oa propaganda 4ue ela
se 2ani>este so1 >or2as real2ente artísticas5 a palavra de orde2 de luta contra a
vulgaridade deve ser rigorosa# @n>eliz2ente3 a opinião err-nea de 4ue se pode
o>erecer s 2assas coisas ele2entares3 2edíocres e se2 valor estético é 2uito
di>undida# Não é preciso igual2ente a1andonar3 na propaganda3 a 1ase 2oral5
nesse do2ínio3 do 2es2o 2odo3 a al2a do povo é 2uitas vezes 2ais sensível
4ue a de certos propagandistas con>usos e e21otados#
%o2o diz co2 *usteza (o2enach3 .9L/ XI9=Y 0se2 atos de apoio3 u2a propaganda
não passa de u2 ver1alis2o 4ue cria iluses perigosas6 e volta;se3 no >i2 de
contas3 contra si prHpria3 pois as pessoas3 assi2 logradas3 a>asta2;se e torna2;se
seus advers?rios s vezes encarniçados# (epois do 4ue disse2os so1re re>leCos
condicionados3 so1re suas relaçes co2 os re>leCos a1solutos .nossos
auto2atis2os/ e so1re a necessidade de reaviva2ento do re>leCo condicionado
isto é >acil2ente co2preensível# Mas3 ainda u2a vez3 é preciso insistir so1re o >ato
de 4ue o sucesso da criação do re>leCo condicionado e seu reaviva2ento sH é
possível se o líder 4ue o e2preende leva e2 consideração a disposição
psicolHgica e>etiva das 2assas3 >unção dos >atores sociais presentes#
A luta política não p?ra *a2ais e a propaganda não pode descansar# o 4ue Fitler
co2preendeu 2uito 1e25 não se li2itava a >azer propaganda para as eleiçes5
>azia;a3 continua2ente3 seguindo a regra" não deiCar te2po para re>letire2
a4ueles a 4ue2 se dirigia5 seus advers?rios3 ao contr?rio3 so2ente atuava2 e2
deter2inadas épocas e3 2es2o nos períodos eleitorais3 acolhia23 >re4Uente2ente
co2 alegria3 os dias >eriados para interro2per a agitação e repousar era a
>Hr2ula pre>erida# Na verdade3 era antes para evitar a luta3 4ue os pertur1ava e
não sacri>icar seus h?1itos 1urgueses#
J? vi2os e 2ais adiante vere2os 2elhor3 4ue Fitler3 colocando sua propaganda
sugestiva popular no plano do instinto co21ativo3 apelava para a violBncia
psí4uica3 apoiando;se na violBncia real# (iz no seu livro Mein ^a2p>" 0u2 1andido
resoluto te2 se2pre a possi1ilidade de i2pedir u2 ho2e2 de 1e2 de eCercer sua
atividade política6 e ele prHprio aplicava essa regra na pr?tica" e2 78I7;I<3 suas
tropas de propaganda .as #A#/ i2pedia2 seus advers?rios3 pela violBncia3 de
realizar reunies nos distritos rurais# 2a vez nesse ca2inho diz ele é preciso
>icar coerente e *a2ais vacilar entre a violBncia e a indulgBncia#
Dutra regra da propaganda hitlerista e 2ussolínica era o e2prego do eCagero5
Goe11els3 por eCe2plo3 procla2ava 4ue a 4uantidade de tropas de cho4ue de
Fitler3 e2 &erli23 era de 7=#=== ho2ens3 4uando sH havia
I#===# XI97Y Fado2ovs!+3 seu ínti2o cola1orador3 reco2enda a1erta2ente esse
2étodo3 dizendo" 0é preciso 2ostrar sua prHpria >orça e até 2ais do 4ue se te25 a
propaganda3 pela >orça3 se é 1e2 calculada3 i2pressiona e d? resultados
decisivos3 especial2ente no eCterior6 XI9<Y Ali?s3 essa regra de eCagero não é u2
apan?gio eCclusivo da propaganda hitlerista5 é atual2ente usada ta21é2 por
outros partidos# Por eCe2plo3 os co2unistas não desdenha2 de au2entar o
nE2ero de seus 2ani>estantes e3 ao pu1licar resoluçes3 to2adas nas suas
asse21léias de 2assa3 no Vel d\Fiv especial2ente3 as >aze2 preceder da
seguinte >Hr2ula"
0D povo de Paris3 reunido no VelHdro2o d\Fiver6### XI9IY
J? acentua2os 4ue a propaganda não deve ser >eita co2 a cega adoção de u2
es4ue2a3 2as3 4ue ela deve di>erenciar;se3 de acordo co2 o 2eio a 4ue se dirige#
Fitler tinha e2pregado3 para a propaganda3 tropas de cho4ue especial2ente
organizadas 4ue lhe per2itira2 penetrar >acil2ente nos ca2pos e ganhar para
sua causa os ca2poneses3 de u2 lado3 aterrorizando;os e3 de outro3 por4ue sua
propaganda atuava sozinha3 estando os de2ais partidos 4uase 4ue inteira2ente
desinteressados da população rural# Nu2 artigo do *ornal (eustsche Repu1li!3 e2
78I<3 ieg>ried FkCter3 analisava o pro1le2a da propaganda para os distritos
rurais e distinguia duas zonas principais" u2a cortada pelas grandes vias de
co2unicação3 a 4ue cha2a de zona 2ista e a outra3 onde os ca2poneses >or2a2
u2a ca2ada 2ais uni>or2e da população e onde as idéias de Fitler pudera2
penetrar 2ais >acil2ente $2 conse4UBncia3 era de opinião 4ue os 2étodos de
propaganda popular agressivos3 1aseados no instinto co21ativo3 co2o os
iniciados pelos socialistas e2 78I<3 so1 o signo das TrBs 'lechas e 4ue se
2ostrara2 e>icazes contra a propaganda de Fitler3 devia2 ser e2pregados na
pri2eira zona3 en4uanto 4ue3 na segunda3 precisava2 ser 2odi>icados e
adaptados ao a21iente e 2entalidade rural3 isto é3 to2ar o car?ter de u2a
propaganda 2inuciosa3 2uitas vezes individual3 le21rando os 2étodos dos
via*antes co2erciais ou dos agentes de seguro#
2 outro eCe2plo de propaganda política di>erenc iada é >ornecido pela tentativa
>eita na Ale2anha3 pela 'rente de &ronze3 de dividir3 para as necessidades de sua
propaganda3 o país e2 trBs zonas" a oeste3 co2 u2a população e2 4ue os
senti2entos repu1licanos prevalecia25 a nordeste3 e2 4ue os reacion?rios
prussianos i2punha2 suas idéias e a sudeste3 onde as tendBncias socialistas;
co2unistas 2ani>estava2;se 2ais >orte2ente# $2 >ace disso3 o plano de
propaganda era conce1ido da seguinte 2aneira" os ele2entos das 4uatro pulses
de 1ase devia2 2ani>estar;se3 natural2ente3 e2 toda parte e a propaganda
dirigir;se a interesses econ-2icos3 co21ativos3 de previdBncia3 assi2 co2o as
tendBncias para a alegria e para u2a concepção 2ais leve da vida# Mas3 alé2
disso3
PrEssianaeCercia2
zona nordeste3 2aisenor2e
reacion?r ia3 onde os grandes senhores dedar
terra
ainda u2a in>luBncia3 o car?ter 4ue convinha da
propaganda devia conter so1retudo ele2entos co21ativos ou de inti2idação5 no
sudeste a zona industrial por eCcelBncia ele2entos e razes econ-2icas5 no
oeste acentu?;la no estí2ulo ao dese*o de de>ender as garantias eCistentes e a
vontade de segurança3 alé2 da previdBncia# Ds pulses I e 9 devia2 prevalecer
nas zonas sul e oeste3 os pulses 7 e <3 no norte e este#
J? 2enciona2os 4ue u2a propaganda racional supe u2a organização
propulsora dos serviços 4ue deve2 eCecut?;la5 conhece2;se3 na histHria dos
Elti2os te2pos3 trBs eCe2plos de >or2id?vel organização 2aterial de propaganda"
o escritHrio de ord Northcli>>3 na @nglaterra3 durante a Grande Guerra3 as
instituiçes de propaganda da guerra civil russa e o 2inistério de propaganda do
@@@ Reich# (isso >alare2os co2 2ais detalhes3 poré23 a4ui3 acentuare2os algu2as
regras gerais3 relacionadas co2 o pro1le2a da organização de u2a propaganda
a>etiva 2oderna#
A pri2eira regra consiste e2 u2 controle eCato da eCecução e do alcance das
2edidas adotadas pela propaganda5 nada 2ais i2portante 4ue esse cuidado
>re4Uente2ente negligenciado atual2ente# Ao contr?rio3 é necess?rio veri>icar
constante2ente o e>eito produzido3 esta1elecB;lo co2 a 2aior o1*etividade3
represent?;lo por 2eios tão de2onstrativos 4uanto possível e tirar concluses
pr?ticas para açes ulteriores5 isso aplica;se igual2ente ao conteEdo da
propaganda# Para esse >i23 o tra1alho eCecutado e os resultados o1tidos deve2
ser controlados segundo 2étodo 2odernos" 2apas3 planos es4ue2?ticos e
4uadros sinHticos3 gBnero 2eteorologia política do te2po da guerra civil russa3 e2
4ue era2 usadas cartas político;geogr?>icas especiais para >acilitar a r?pida
veri>icação dos aconteci2entos e esta1elecer suas relaçes >uncionais#
2a organização racional da propaganda eCige ta21é2 a centralização da
direção e so1retudo serviço de in>or2açes3 i2prensa3 etc#3 de vez 4ue3 para dar
os resultados 4ue dela se espera23 deve 1asear;se nu2a visão co2pleta da
situação# 2 estado;2aior 4ue esta1elece e dirige as ca2panhas políticas é u2
Hrgão se2 o 4ual não pode haver 4ual4uer garantia e>etiva de BCito5 e
>re4Uente2ente a razão do insucesso de u2a ca2panha3 co2o se o1serva onde
tudo é deiCado ao acaso3 prové2 da ausBncia desse estado;2aior" 4uantas vezes
não se vB i2provisar u2a ca2panha de propaganda3 constituir u2a co2issão ad
hoc3 con>iar a tare>a a u2a pessoa3 a u2 2inistro3 4ue é so1recarregado de
tra1alho#
Para dirigir a propaganda é preciso dispor de 4uadros" e4uipes de especialistas3
de agitadores3 etc# e 2es2o instruí;los3 instituir cursos de propaganda# Fitler
apreendera 1e2 essa regra3 >or2ando todo u2 corpo3 as #A# co2o verdadeiras
1rigadas de cho4ue de propaganda" >ora2 essas tropas 4ue3 de >ato3 o levara2 ao
poder# Mas3 para 2o1ilizar 2ilitantes propagandistas3 para lanç?;los ao co21ate
no 2o2ento dese*ado3 é preciso dar instruçes concretas e in>la2?;los" é o 4ue
u2a propaganda racional realiza por 2eio de reunies ditas de esclareci2ento e
>eitas para ani2ar os 2ilitantes# A pr?tica da luta na Ale2anha 2ostrou 4ue era o
2elhor 2eio de organizar rapida2ente as ca2panhas políticas#
'inal2ente3 os 2eios >inanceiros dese2penha23 natural2ente3 u2 papel 2uito
i2portante na propaganda3 2as3 ao contr?rio da idéia 2uito di>undida segundo a
4ual não se sa1eria >azB;la e>icaz2ente se2 a 2o1ilização de grandes recursos
pecuni?rios3 a>ir2a2os 4ue h? nisso u2 enor2e eCagero" vira2;se e>icientes
ca2panhas políticas conduzidas co2 2eios irrisHrios o segredo est? na
racionalização das açes e na possi1ilidade de 2o1ilizar psi4uica2ente3 de
entusias2ar as grandes 2assas# $2 geral3 pode;se 2es2o dizer 4ue o dinheiro
para u2a propaganda popular por 2eio de sí21olos3 encontra;se na rua3
1astando so2ente procur?;lo e o1tB;lo" e2 Fesse3 por eCe2plo3 a 'rente de
&ronze >inanciou3 e2 78I<3 toda sua propaganda vitoriosa contra Fitler co2 o
dinheiro recolhido através da venda de insígnias# 2 1o2 princípio é o de 4ue a
propaganda deve poder nutrir;se por si 2es2a#
ue a propaganda3 tal co2o ? analisada e descrita a4ui3 assegura u2 sucesso
4uase certo é de2onstrado pelos >or2id?veis resultados da hitlerista3 2as3
ta21é2 e so1retudo3 por u2a eCperiBncia política >eita e2 Fesse3 e2 78I<3 a
4ual >oi conduzida co2 o rigor de u2 teste cientí>ico de la1oratHrio# Nas eleiçes3
e2 Fesse3 4ue descrevere2os3 2inuciosa2ente3 2ais adiante3 e2 cinco cidades
.D>>en1ach3 (ar2stadt3 MogEncia3 Wor2s e Giessen/ os novos 2étodos de
propaganda da 'rente de &ronze >ora2 e2pregados nas 4uatro pri2eiras3 >icando
a 4uinta a1andonada aos velhos 2étodos social;de2ocratas5 servia3 a Elti2a3
desse 2odo3 de co1aia;teste2unha# Nas 4uatro cidades3 Fitler >oi derrotado3
vencendo e2 Giessen# Mais ainda" eis o 4uadro 4ue d? os surpreendentes
resultados dessa eCperiBncia"
MorgEnci
I=L <= 7#I==
a
)apítulo VII
A Propaganda Política do passado
Ds te2pos antigos msia Menor Grécia Ro2a &izOncio D %ristianis2o D
@slão A Ale2anha na @dade Média A Revolução 'rancesa Ds 2étodos
socialistas A guerra de 7879;7Q Ds segredos da casa %re)e Ds 2inistérios
da
civilpropaganda A Revolução
russa Bnin Russa
A propaganda A 2eteorologia política Dsvag A guerra
1olchevi4ue#
Na verdade3 a idéia da propaganda política é tão velha 4uanto a prHpria política#
Nos te2pos 2ais re2otos3 4uando os che>es de tri1os i2punha2 sua vontade a
seus sEditos3 trans2itia2;lhes sinais3 ordens3 por 2eio de palavras ou gestos 4ue
tinha2 u2a deter2inada signi>icação e 4ue era2 aco2panhadas3 ora de
encora*a2ento3 ora de a2eaça de sançes3 e2 caso de deso1ediBncia" >azia2
política# As alocuçes ao povo reunido3 as discusses nas ruas ou nos edi>ícios
pE1licos3 as inscriçes e2 2uros3 as letras e as >Hr2ulas gravadas na >rente dos
te2plos ou dos pal?cios3 os ritos e as ceri2-nias3 as procisses e2 4ue se
conduzia2 e21le2as3 estandartes3 >lores3 sí21olos de toda espécie5 a 2Esica
aco2panhando essas procisses ou os des>iles guerreiros3 os uni>or2es e
adornos 2ilitares tudo isso eCistia h? séculos3 senão h? 2ilhares de anos e era
propaganda política3 na sua 2aior parte# $ncontra2;se ta21é2 2ani>estaçes
desse gBnero entre as tri1os 2ais selvagens3 2ais pri2itivas#
H1vio 4ue os povos da AntigUidade3 2ais evoluídos3 nos deiCara2 vestígios
1astante nu2erosos 4ue esclarece2 esse ponto e cu*o aspecto con>ir2a3
per>eita2ente3 a aplicação dos princípios 4ue enuncia2os co2o constituindo a
1ase da propaganda política# i2itar;nos;e2os3 a4ui3 a citar alguns eCe2plos
colhidos da histHria do $gito3 da Grécia e de Ro2a# assi2 4ue as inscriçes e
as i2agens de 4ue estão cheios os tE2ulos dos 'araHs3 no $gito3 >aze2 reviver
os detalhes da vida privada e política desse país 2ilenar3 notada2ente seus ritos
religiosos e >uner?rios3 4ue prova2 a 4ue ponto o si21olis2o e a 2itologia
.portanto os 2eios de in>luenciar a i2aginação das 2assas e de deter2inar seu
co2porta2ento/ era2 di>undidos *? na4uelas longín4uas épocas#
Mas3 antes de citar esses eCe2plos 4ue teste2unha 2 u2 estado 1e2 avançado
de cultura política3 acentue2os 4ue essa cultura3 sendo >unção de certas
condiçes realizadas na parte oriental da 1acia do MediterrOneo3 pelas populaçes
ali esta1elecidas3 apresenta traços co2uns nas >or2as de atividade social 4ue
ressalta2 da religião3 da arte e da política3 estreita2ente ligadas a essa época#
claro3 depois do 4ue vi2os nos capítulos precedentes relativos s 1ases
psicolHgicas e sociolHgicas dessas atividades3 4ue as aglo2eraçes so1 >or2a de
2ultides3 sociedades e con>rarias3 apresentava2 o 2eio propício para essas
2ani>estaçes coletivas3 e2 4ue a relação 2ultidão;líder *? dese2penhava papel
decisivo# na Palestina e na íria3 na msia Menor3 4ue se encontra2 os >ocos de
u2 >ervor particular2ente intenso3 cu*a irradiação se estendeu a todo o 2undo
antigo# Recorria;se a 2étodos destinados a provocar acessos de >renesi coletivo3
a >i2 de o1ter os transes e os BCtases 4ue se pedia23 algures3 ingestão de
drogas e 1e1idas >er2entadas XI9QY#
Ds pri2eiros docu2entos a respeito *? se encontra2 no Antigo Testa2ento# 2a
das características das religies sírio;>enícias era a eCistBncia de grupos
especializados 4ue se cha2ava2 pro>etas3 e2 4ue a inspiração coletiva era
provocada3 constante2ente apri2orada3 graças a u2 arre1ata2ento regular" os
2e21ros dessas associaçes agrupava2;se e2 torno de u2 2estre# $ra2
consultados co2o adivinhos e ta21é2 co2o curandeiros# Vivia23 2uitas vezes3
reunidos e2 con>rarias3 to2ava 2 re>eiçes e2 co2u2 e entregava2;se *untos a
pr?ticas destinadas a criar e2 todos3 si2ultanea2ente3 u2 2es2o BCtase# Para
consegui;lo3 e2pregava2 processos 4ue consistia2 so1retudo e2 u2a 2Esica
1arulhenta3 rit2ada pelo ru>ar dos ta21orins3 alé2 de cantos3 gritos3 saltos e
danças# Ta21é2 e21riagava2;se e participava2 dos ritos sangrentos do culto3
4ue levava2 sua eCcitação até ao paroCis2o" nesse estado3 se >lagelava23
retalhava2 o corpo3 e2asculava2;se e3 e2 geral3 se 2utilava2#
Nos cultos religiosos dessas regies orientais3 a satis>ação da pulsão agressiva
era associada erHtica e os eunucos3 4ue se e2asculava2 e2 estado de
de2Bncia3 as inu2er?veis prostitutas3 agrupadas3 s vezes3 s centenas e aos
2ilhares e2 torno dos santu?rios3 entregava2;se a crises de histeria coletiva#
$ntre esses ele2entos eCaltados3 recrutava2;se líderes das 2ultides# $stas não
era2 raras na vida pE1lica desses povos orientais" >ornecia2 o contingente dos
espectadores das procisses religiosas5 essas 2ultides era2 arre1atadas por
esses espet?culos e3 por sua vez3 eCaltava2;se3 so>rendo co2 >re4UBncia u2a
2odelage2 uni>or2e de sua 2entalidade e agindo de con>or2idade co2 ela3 nos
2o2entos decisivos da vida nacional#
Apresenta
cele1radas u2 interesse
pelas especial
2ultides tinha2 sa1er
por >i24ue essasdoceri2-nias
a 2orte co2 de
deus3 seguida procisses
sua
ressurreição# $ssas >estas realizava2;se na pri2avera3 desencadeando3 na
população3 eCpresses de dor alternadas co2 a de eCu1erante alegria" era2 as
0orgias de Adonis6# 0A alegria 4ue sucedia desolação geral parecia u2 1rusco
descanso dos nervos supereCcitados3 co2o o ata4ue do riso histérico e2 4ue
cul2ina u2 acesso de desespero6# XI98YNessas >estas3 a i2age2 do deus ornada
co2o u2 cad?ver3 era eCposta nos santu?rios e conduzida e2 procissão#
surpreendente ver até 4ue ponto a religião cristã seguiu3 nos seus ritos3 as >or2as
*? eCistentes nas religies do Driente cha2adas pagãs3 para si21olizar os
dog2as3 na essBncia3 os 2es2os# A in>luBncia dos cultos >enícios se i2p-s a todo
o 2undo 2editerrOneo e aca1ou por instalar u2a verdadeira unidade religiosa3 e2
4ue o cristianis2o3 por sua vez3 tinha apenas 4ue se introduzir para con4uist?;la
e2 seu proveito#
Mas3 o principal lugar desse culto >oi %reta3 onde u2a 1rilhante civilização
do2inou3 por 2uito te2po3 todo o 2undo $geu# XIL=Y Ta21é2 l?3 havia con>rarias
de entusiastas3 4ue provocava2 a eCaltação coletiva por 2eio de eCercícios
violentos eCecutados ao so2 da cítara e da >lauta e 4ue eles destacava2
entrechocando suas ar2as e gritando# Drganizava2 ta21é2 procisses e2 4ue
dirigia2 a 2archa e o canto agitando os sistros# Ds 2e21ros dessas con>rarias
era2 recrutados entre os *ovens 4ue se preparava2 para a carreira das ar2as#
0$sse >ato diz (e 'elipe .I:/ XIL7Y 4ue 1asta3 se2 dEvida3 para eCplicar a
insta1ilidade3 ao 2es2o te2po >isiolHgica e psicolHgica 4ue aco2panha e 4ue
segue a crise de pu1erdade3 >oi se2pre o1*eto de u2a eCploração 2ais ou 2enos
consciente nas sociedade antigas e 2odernas3 selvagens ou civilizadas# As
instituiçes de nosso te2po não perde23 nesse ponto3 ne2 para as 4ue vigora2
atual2ente nas tri1os atrasadas3 cu*a organização é considerada3 co2 razão3
haver per2anecido inteira2ente pri2itiva# de se pensar 4ue alguns dos regi2es
atuais tB2 levado a eCtre2a sensi1ilidade dos *ovens s sugestes e s
eCcitaçes coletivas até a u2 grau nunca antes atingindo6#
%o2o *? acentua2os3 os cultos do Driente PrHCi2o eCercera2 u2a >orte
in>luBncia so1re a Grécia e so1re Ro2a# A religião grega era3 desde seus
pri2Hrdios3 a co21inação de dois acervos" o 2ais i2portante3 o do $geu3 tri1ut?rio
do Driente3 o outro3 2ais selvage23 o dos invasores vindos do Norte5 seus
co2ponentes3 1?r1aros e2 co2paração co2 a civilização re>inada das
populaçes autHctones3 cedera23 pouco a pouco3 a predo2inOncia s >or2as
2ais evoluídas e 2elhor adaptadas ao 2eio e ao cli2a das regies 2editerrOneas
4ue caracterizava2 as civilizaçes aí esta1elecidas h? séculos# 0 o 4ue ocorre
ta21é2 co2 as di>erentes divindades e 2es2o co2 (ionísios 4ue3 4uando
penetra na Grécia3 2uito te2po depois dos outros3 *? estava in>luenciado3 na sua
p?tria3 a Tr?cia3 por nu2erosos ele2entos trazidos da 'rígia cu*a personalidade
poderosa3 associada a toda e21riaguez do corpo e da al2a3 se i2pregna
progressiva2ente do gBnio 2editerrOneo6# (essa >ecundação da cultura re>inada
do 2editerrOneo pelo espírito guerreiro3 pleno de vigor3 dos invasores 1?r1aros3
nasceu3 na Grécia3 u2a civilização 4ue atingiu o 2ais alto grau de evolução 4ue
se conhece#
&aseando;se nesse princípio3 enunciado 2ais aci2a3 da di>erenciação das >or2as
de co2porta2ento de acordo co2 as pulses ele2entares 4ue lhes serve2 da
in>ra;estrutura3 poder;se;ia a>ir2 ar 4ue3 na Grécia3 país do sol e de 1elezas
naturais3 onde a arte atingiu sua eCpressão 2ais har2oniosa3 era so1retudo o
desenvolvi2ento da pulsão seCual3 ou n I3 4ue do2inava as re>eridas
2ani>estaçes# assi2 4ue3 as >or2as a>etivas da vida coletiva e pE1lica3 tais
co2o as procisses e ceri2-nias religiosas3 inti2a2ente ligadas3 na época3 vida
política3 reveste2 o car?ter de 2ani>estaçes orgíacas" as >estas do culto
dionisíaco3 as >alo>orias e outras procisses3 nas 4uais os sí21olos3 as
eCpresses eCt?ticas e os ele2entos 1urlescos dese2penha2 grande papel3 são
eCe2plos convincentes#
A4ui3 ainda3 co2o no Driente3 a eCaltação co2u23 >ator indispens?vel a essas
2ani>estaçes3 era conservada outrora por grupos eCcitados3 se2elhantes aos
cori1antes da msia Menor e aos %our_tes cretenses 4ue praticava2 eCercícios
violentos3 danças ar2adas3 caças de2oníacas através das >lorestas# $sparta se
so1ressaía nesse gBnero de 2ani>estaçes3 entre as 4uais se pode2 notar ainda
estranhas 2ascaradas3 srcin?rias dos costu2es dos invasores dHricos#
havia
praia3 2es2o
a >i2 deescolas desua
eCercitar oradores# Assi23ultrapassar
voz e tentar o grande tri1uno
o ruído(e2Hstenes ia para a
das vagas nas
te2pestades3 o 4ue lhe seria Etil nas asse21léias populares tu2ultuosas# uas
lutas oratHrias contra 'ilipe .As 'ilípicas/ dera2;lhe u2 reno2e 4ue até ho*e se
2anté2#
A utilização da pri2eira pulsão .co21ativa/ co2o >ator de propaganda política era
relativa2ente pouca por hora da Grécia e encontrava antes sua eCpressão na
atividade guerreira# $21ora o grito de guerra alalaK tenha sido e2pregado co2o
esti2ulante psicolHgico na 1atalha3 eCaltando o dese*o de ata4ue3 a corage2 das
tropas e a2edrontando os ini2igos3 as outras 2ani>estaçes desse gBnero
.uni>or2es3 estandartes3 disciplina eCterior nas de2onstraçes 2ilitares/ não era2
tão desenvolvidas 4uanto e2 Ro2a3 por eCe2plo3 onde o cuidado do2inante era
>azer a eCi1ição da >orça3 >ator psicolHgico destinado a intervir na política eCterna e
interna# a4ui 4ue a apreciação do >ator psicolHgico nos assuntos 2ilita res pode
eCercer;se plena2ente" os ro2anos dava2 a 2aior i2portOncia ao 1rilho dos
uni>or2es3 s 1andeiras3 ?guias e estandartes3 2Esica 2ilitar3 etc# D 4ue o>erece
u2a nota característica direção dos eCércitos ro2anos é o cuidado de
apresentar suas legies co2 o aspecto de te2íveis 2?4uinas coletivas de guerra3
pesadas3 até sinistras3 es2agando tudo na sua 2archa destruidora# Pode;se
encontrar3 na Ro2a antiga3 especial2ente na Ro2a i2perial3 u2 certo ressai1o
das doutrinas de udendor>>3 tão caras ao 2ilitaris2o ale2ão e 4ue Mussolini3
desesperada e inutil2ente3 procurou inculcar nos italianos# 2 2edo salutar para
os advers?rios3 u2a a2eaça e2 cada 2ovi2ento eis a idéia central da >orça
ro2ana#
D e2prego do cla2or ou grito de guerra era 2uito di>undido entre os ro2anos 4ue
o lançava2 no 2o2ento do ata4ue3 aco2panhado de to4ues de tro21etas# $ os
che>es avaliava2 as possi1ilidades de vitHria3 de acordo co2 a intensidade e o
car?ter do cla2or3 e2itido por suas tropas" hesitação e dissonOncia indicava2
u2a e2oção de 2au augErio# Mais tarde3 os ro2anos3 adotara2 até o grito de
guerra dos ger2anos 01arditus6 e 4ue T?cito caracteriza co2o u2a eCplosão
de sons roucos 4ue se torna2 2ais prolongados e 2ais retu21antes3 apertando o
escudo contra a 1oca# A22ien Marcellin descreve;o da seguinte 2aneira" 0$sse
terrível grito co2eçava por u2 sussurro 4uase inaudível3 au2entava
progressiva2ente e ter2inava por eCplodir e2 u2 rugido e2elhante aos das
vagas 4ue se 4ue1ra2 contra os rochedos# $sse 1rado supereCcitava os
soldados XIL9Y6#
A eCpressão 2ais >orte da ação psicolHgica so1re as 2assas3 considerada co2o
>unção pri2ordial do eCército ro2ano e realizada nas ceri2-nias ou paradas 4ue
era2
grandee>etuadas
apHs u2a grande vitHria3
4ue aéestrutura
o triun>ode
deu2
4ue se 1ene>icia
che>e# interessante veri>icar corte*o >or2adou2
nessa
ocasião é 2uito racional do ponto de vista psicolHgico so1re a 2assa de
espectadores3 2uitas vezes até superior ao 4ue se vB e2 nossos dias# 2a vez
4ue3 nu2 capítulo posterior3 a propHsito da luta conduzida contra Fitler3 na
Ale2anha3 e2 78I<3 encontra2os a descrição de u2 des>ile 2oderno desse
gBnero3 XILLY não é inEtil dar a4ui3 a título de co2paração3 a idéia de u2a parada
triun>al e2 Ro2a .IZ/# D triun>o era a 2ais alta reco2pensa para u2 general
vitorioso# Nessa ocasião3 as ruas e as praças3 e2 4ue passava o corte*o3 era2
decoradas de guirlandas3 os te2plos no percurso era2 a1ertos e 4uei2ado
incenso e2 todos os altares# A >rente3 vinha2 os senadores e os altos dignit?rios5
os tro21eteiros3 criando u2a at2os>era propícia ao desencadea2ento do
entusias2o3 os seguia2# (epois3 vinha2 os despo*os dos povos vencidos3
carregados e2 padiolas5 via2;se3 então3 coroas de ouro3 diversas espécies de
sí21olos da ação 1élica e da vitHria 4ue se cele1rava" a enu2eração dos rios
transpostos3 das cidades con4uistadas3 etc#3 podia2 >re4Uente2ente >igurar so1
>or2a de i2agens pl?sticas# Nu2 triun>o de %ésar3 p-de;se ver u2a espécie de
cartaz co2 as céle1res palavras e2 4ue anunciara sua vitHria ao enado" 0Vini3
vidi3 vici6# (epois3 o des>ile das víti2as destinadas ao sacri>ício" ora ani2ais3 co2o
touros 1rancos co2 chi>res dourados3 guarnecidos de >lores e >aiCas3 ora
prisioneiros i2portantes3 acorrentados ou de corda ao pescoço5 chegados ao pé
do %apitHlio3 era2 eCecutados# $2 seguida3 vinha a 2ultidão dos cativos
prisioneiros e dos re>éns3 depois os lictores do general3 revestidos de tEnicas de
pErpura3 assi2 co2o os ho2ens 4ue levava2 vasos e2 4ue se 4uei2ava2
per>u2es5 ao so2 dos cOnticos e dos instru2entos 2usicais 2archava23 2ais ao
longe 2Esicos3 tocadores de cítara e de >lauta# A parte carnavalesca3 destinada a
>azer rir a 2ultidão3 era3 s vezes3 ta21é2 incluída" Appio nota 4ue3 4uando do
corte*o triun>al de %ipião3 era visto3 entre os 2Esicos3 u2 palhaço3 co1erto de u2a
tEnica talar3 ornado de colares e 1raceletes de ouro3 o 4ual se agitava3 gesticulava
e insultava os ini2igos vencidos# $n>i23 vinha o carro do triun>ador 4ue vestia u2a
tEnica e u2a toga preciosa2ente 1ordadas e 4ue estava coroado de louros5 o
carro3 currus3 era puCado por 4uatro cavalos 1rancos3 ornados de coroas#
%onduzia os orna2entos do deus JEpiter %apitoli nus# Atr?s3 vinha2 seus >ilhos e
seus principais lugares;tenentes# Ds soldados 2archava2 na retaguarda3 na
orde2 ha1itual3 ta21é2 coroados de louros3 levando condecoraçes3 cantando
suas proezas e >azendo re>leCes satíricas3 para grande alegria dos espectadores#
Tudo ter2inava nu2 1an4uete#
VB;se 4ue se2elhante espet?culo o>erecia 2ultidão ro2ana a possi1ilidade de
viver diversas e2oçes 3 entre as 4uais se destacava2 natural 2ente as ligadas
satis>ação da pulsão n 7# $ra3 nesse caso3 u2 2eio de propaganda política3 >eita
pelo $stado
a 2es2a e de 2aneira
pulsão3 e>icaz# Dutro
era o>erecer;lhe 2eio de no
espet?culos agircirco#
so1re%onhece;se
a 2ultidão3 aeCplorando
>Hr2ula
para governar as 2assas populares3 a ple1e" o 0pane2 et circenses63 4ue
per2itia3 e2 linguage2 cientí>ica3 apelar para os pulses n < e 7# As tentativas
para i2plantar3 e2 Ro2a3 procisses e >estas3 atuando so1re a pulsão seCual3 tão
di>undidas na Grécia .co2o o culto dionisíaco/ não tivera2 sucesso5 são
conhecidas so1 a >or2a de 1acanais3 4ue degenerara2 rapida2ente3 na $trEria e
e2 Ro2a3 e2 desregra2entos orgíacos da pior espécie e >ora2 proi1idas pelo
$stado# Persistira23 contudo3 trans>or2 ando;se e2 sociedades secretas e >ora2
perseguidas#
Ro2a so>reu3 co2o a Grécia3 u2a >orte in>luBncia da cultura religiosa dos povos
do Driente PrHCi2o3 su1*ugados pelos ro2anos# Assi23 as >estas do país dos
hititas >ora2 propagadas e2 Ro2a3 onde o culto da deusa 'rígia >oi introduzido
e2 <=9 antes de %risto3 no te2plo da Grande Mãe3 no Palatino XILZY# $ssas >estas
pri2averis realizava2;se so1 a >or2a de procisses particulares3 de 4ue o povo
participava# A >esta co2eçava a 7L de 2arço por u2 des>ile3 durante o 4ual se
levava2 ao te2plo rosas recé2;colhidas .isso não le21ra o do2ingo de ra2os da
religião cristãS/# ete dias 2ais tarde3 u2a procissão transportando u2 pinheiro3
evocava a le21rança da 2orte do *ove2 deus Attis .Golgotha/# eguia2;se dois
dias de luto e *e*u2 4ue ter2inava2 a <9 de 2arço3 no dia do sangue .dies
sanguinis/# No 2eio de u2a agitação cada vez 2ais >renética3 u2 sacerdote
.archigallus/ a1ria as veias do 1raço e aspergia co2 seu sangue o si2ulacro do
deus3 o 4ue desencadeava cenas de >renesi coletivo5 >an?ticos3 na 2ultidão3
apoderava2;se de gl?dios e se e2asculava2# Dutros ritos era2 cele1rados3
conhecidos so1 os no2es de tauro1Hlio e crio1Hlio" degolava2;se touros e
carneiros selvagens3 capturados co2 laço3 por ci2a de u2 >osso# >icando e21aiCo
o caçador 4ue era3 assi23 inundado de sangue" sua aparição .si21olizando a
ressurreição do deus/ tinto da ca1eça aos pés pela aspersão sangrenta 4ue
aca1ava de rece1er3 criava u2a e>ervescBncia na 2ultidão# (e 'elice
.I:/ XIL:Y cha2a a atenção para esse >ato3 dizendo 4ue 0pode;se evidenciar a4ui3
2ais u2a vez3 o papel 4ue o sangue é cha2ado a dese2penhar na eCplosão das
pertur1açes psí4uicas 4ue conduze2 aos BCtases individuais ou coletivos6#
Na noite de <L de 2arço3 o deus retornava vida e3 no dia seguinte3 era realizada
a >esta de Filaria .a alegria le21ra nossa >esta de P?scoa/# As cele1raçes era2
>eitas co2 alegria desen>reada5 as pOndegas era2 a regra .do 2es2o 2odo co2o
nas P?scoas ortodoCas/ e todas as li1erdades era2 per2itidas .na noite de
P?scoa3 na REssia3 na @gre*a e3 ta21é23 no dia seguinte3 todos se a1raça23
2es2o 4ue não se conheça2/# 0A causa dessa co2pleta reviravolta deve ser
1uscada3 diz (e 'elice3 .I:/ nu2a reação nervosa inconsciente 4ue conduzia os
>iéis de u2 eCtre2o a outro3 o 4ue denota 4ue3 so1 o do2ínio dos arre1ata2entos
greg?rios3 a 4ue devia2 ter cedido3 perdera2 todo o controle de si 2es2os6# As
>estas ter2inava2 e2 <: de 2arço3 por u2a procissão 4ue conduzia a est?tua da
Mãe e o 2aterial de seu culto 2arge2 de u2 riacho3 onde o Ar4uigalo os lavava
nu2a ceri2-nia3 reconduzindo;os3 e2 seguida3 ao interior do santu?rio# Tanto na
ida co2o na volta3 esse des>ile era aco2panhado de 2ani>estaçes ruidosas3 de
1atalhas de >lores e de cançes o1scenas#
As acla2açes da 2ultidão constituía2 outra >or2a de propaganda e2otiva3
regulada pelos Hrgãos do $stado e larga2ente di>undidas e2 Ro2a" >ora2
organizadas e disciplinadas no @2pério# As palavras usadas para esse >i2 e seu
rit2o era2 regulados# XILQY Tornara2;se3 2ais tarde3 o1rigatHrias e privilégio
eCclusivo do @2perador3 de sua >a2ília e de seus >avoritos# Na Ro2a repu1licana3
as acla2açes era2 ainda a eCpressão espontOnea do entusias2o dos cidadãos#
Nero 2andou >or2ar u2 grupo de L#=== *ovens3 os augustais" reunidos3
aprendia2 a variar e a 2odular os aplausos3 desencadeados 2ediante u2 sinal3
no 2o2ento dese*ado" todos os assistentes devia23 então3 repetir o 4ue os
augustais tinha2 cantado# Todas as >Hr2ulas era2 deter2inadas e reguladas por
2eio de 2Esica# $sse uso propagou;se ta21é2 na corte de &izOncio e até a
@dade Média3 encontrando;se traços na liturgia eclesi?stica# $2 Ro2a3 as
acla2açes era2 igual2ente usadas no teatro e no circo3 onde se eCacer1ava
arti>icial2ente a 2ultidão3 no 2o2ento das perseguiçes aos cristãos3 incitando;a
a pro>erir contra eles gritos de 2orte# curioso 4ue3 depois da 2orte de %-2odo3
se tenha deiCado repetir as 2es2as acla2açes por zo21aria e para insultar sua
2e2Hria# D enado tinha 2es2o ordenado o e2prego de >Hr2ulas precisas de
i2precaçes pE1licas depois da 2orte desse i2perador#
2 sí21olo pl?stico co2o 2eio de propaganda da idéia ro2ana é 2uito
conhecido" a saudação ro2ana de 1raço estendido para a >rente3 4ue Mussolini
ressuscitou para seu 2ovi2ento >ascista e 4ue >oi copiado por Fitler3 se2 4ue se
co2preenda por 4ue razão3 se não é si2ples2ente para utiliz?;la co2o u2 sinal
de ligação de adeptos e atrair so1re eles a atenção dos transeuntes# Nu2a
palavra3 >azB;lo agir co2o eCcitante condicional na >or2ação do re>leCo propício a
Fitler# Ds ro2anos e2preg ava2 esse gesto teatral nos casos de alocuçes
solenes3 especial2ente nos países con4uistados#
No 4ue concerne propaganda de persuasão3 por ocasião das asse21lé ias3 dos
co2ícios eleitorais3 etc#3 revestia;s e3 entre os ro2anos3 das >or2as cl?ssicas 4ue
chegara2 até nHs" a arte oratHria era 1e2 desenvolvida3 encontra2;se as nor2as
e2 uintiliano3 havia cursos de oradores e de tri1unos populares3 etc# %ícero3
céle1re por sua ca2panha oratHria no enado contra o conspirador %atilina3 >ala
ta21é23 nas suas %artas3 da técnica a e2pregar nas eleiçes#
Adotava;se para a propaganda escrita ou so1 >or2a de sí21olos gr?>icos u2a
espécie de cartaz .titulus/ 4ue aparecia nos des>iles" ou3 ainda3 inscriçes nos
2uros .gra>itos eleitorais e2 Po2péia/3 s vezes até caricaturas e in*Erias3 co2o
se vB3 atual2ente3 nos 2uros de nossas cidades3 'inal2ente3 pan>letos tinha2 a
>unção dos nossos 1oletins e cartazes# Até 2es2o o princípio dos *ornais
encontrava;se no diariu2# Natural2ente3 tudo isso era ainda 1e2 pri2itivo3
especial2ente e2 virtude da i2possi1ilidade técnica 4ue se tinha para reproduzir
u2 teCto e2 grande nE2ero de eCe2plares#
Mencione2os ainda 4ue3 e2 &izOncio3 tinha;se co2preendido parece a
necessidade e a possi1ilidade de guiar as 2assas populares3 o>erecendo;lhes
oportunidades de eCteriorizar suas e2oçes e de utiliz?;las para >ins políticos#
assi2 4ue concentraçes gigantescas era2 organizadas no hipHdro2o e u2a
cena3 relatada por TeH>anes3 nas suas %r-nicas3 XIL8Y d?;nos a idéia dos 2étodos
e2pregados para atuar so1re as pulses coletivas3 para >azer propaganda
e2ocional 2aciça# As 2ultides reunidas cantava2 sal2os3 4ue le21ra2 o
co21ate de ão Jorge co2 o dragão3 en4uanto Justiniano @@ es2agava3
pu1lica2ente3 co2 seus prHprios pés3 seu advers?rio vencido3 e-ncio# Dutro >ato
desse gBnero3 ocorrido no 2es2o hipHdro2o3 é conhecido" o di?logo rit2ado
entre a 2ultidão re1elde dos adeptos do partido verde3 contr?rios ao @2perador
Justiniano3 o Grande3 e seu e2iss?rio %allopodius3 4uando da revolta Ni!a#
A histHria dos pri2eiros te2pos cristãos est? cheia de eCe2plos de propaganda
poder;se;ia a>ir2ar 4ue depois disso3 a propaganda so1 >or2a de sí21olos
*a2ais to2ou u2a tal a2plitude3 senão nos Elti2os te2pos# possível 4uase
a>ir2ar 4ue3 então3 a 0propaganda 2oderna63 co2o é atual2ente cha2ada3 era
e2pregada da 2aneira 2ais eCu1erante# ua eCtensão e e>ic?cia são devidas3 e2
grande parte3 a 4ue o sí21olo dessa propaganda3 a %ruz3 era u2a >or2a
per>eita2ente indicada para per2itir u2 2aravilhoso sucesso" alta2ente
e2ocional3 evocando a idéia do sacri>ício3 2uito >?cil de reproduzir# D 2ais
si2ples de todos os sí21olos conhecidos3 esse signo podia espalhar;s e por toda
parte e agir co2o >ator condicionante do re>leCo de reunião3 co2 a 2aior
>acilidade# a1e;se a i2portOncia 4ue to2ou esse sí21olo3 no início das
perseguiçes3 nas catacu21as# Dutras >or2as si21Hlicas a 2agni>icBncia das
liturgias3 a 2Esica e ta21é2 a organização racional 4ue >oi dada 4uase 4ue desde
os pri2eiros te2pos de di>usão da idéia cristã3 co2 a criação dos 4uadros
eclesi?sticos e 2ission?rios são a srce2 do poder da @gre*a3 so1retudo a %atHlica3
na @dade Média e até os te2pos atuais#
D prHprio no2e de propaganda >oi e2pregado3 pela pri2eira vez3 pela @gre*a3 na
eCpressão latina 0de propaganda >ide6 .a >é a propagar/# Mas3 ao recorrer
propaganda
teHricas so1 e2otiva3
>or2a deau2
@gre*a catHlicaounão descuida
de de
>é" >ir2ar
suas
2ani>esto pro>issão o %redo ou concepçes
í21olo de
Nicéia 4ue3 e2 ter2os concisos3 condensa o essencial da >é catHlica# Ve2os3 aí3
pela pri2eira vez3 aparecer u2 docu2ento de propaganda pela persuasão3 co2o
a de>ini2os3 para di>erenciar da propaganda e2otiva# %ontudo3 no Driente
PrHCi2o3 1erço das religies da AntigUidade3 assi2 co2o do %ristianis2o3 persiste
nas tendBncias e2otivas3 deter2inantes do co2porta2ento das 2assas
populares3 4ue to2a3 co2 >re4UBncia3 o car?ter de ação de 2ultides3 so1 >or2a
de ceri2-nias religiosas3 de >estas3 de procisses3 onde estados de
arre1ata2entos greg?rios se 2ani>esta23 co2o de costu2e# As >or2as de
propaganda a>etiva são as 2ais di>undidas nas relaçes entre as 2assas e os 4ue
dirige2 sua eCistBncia# Na 1ase desses >atos3 surge2 os 2ovi2entos populares
4ue3 aparente2ente espontOneos3 procura2 reunir os velhos costu2es e h?1itos
co2 a nova >é3 provocando seguidos con>litos 4ue a1ala2 a vida religiosa e social#
Assi23 no século @@ de nossa era3 vB;se u2 2ovi2ento religioso surgir nas @gre*as
da msia Menor3 conhecido so1 o no2e de Montanis2o3 tirado do no2e de seu
ani2ador3 Montan3 u2 eCaltado 4ue se dizia (eus e cu*os adeptos seguia2 as
regras de u2a dietética especial 3 ritual# XIZ=YMontan sou1e erguer a organização
2aterial de sua co2unidade 4ue prosperou durante alguns séculos e estendeu;se
ao Driente e ao Dcidente até 4ue o i2perador Justiniano3 e2 &izOncio3 veio a
supri2i;la i2piedosa2ente# Nesses 2ovi2entos3 os >iéis praticava2 os BCtases
coletivos3 durante os 4uais os >an?ticos 0pro>etizava263 isto é3 entregava2;se a
glossolalia# Fouve co2unidades de possessos co2 u2 clero >e2inino# Ds adeptos
desse 2ovi2ento tinha2 ta21é2 tendBncias ascéticas e era2 perseguidos3 por
pretendere2 restaurar o direito livre inspiração pro>ética3 4ue a hierar4uia
sacerdotal repri2ia# 0Ds suicídios e2 grupo3 nas suas @gre*as3 denota23 co2o diz
(e 'elice .I:/ XIZ7Y3 o poder dos arre1ata2entos greg?rios3 ha1ituais entre os
seguidores da 0nova pro>ecia e 4ue lhes proporcionava2 BCtases coletivos6#
Apesar dos es>orços da @gre*a para destruí;la3 a religião da Grande Mãe 2antinha;
se no seio das 2assas populares e3 0e2 9I73 o %onselho da @gre*a3 na 2es2a
cidade onde a deusa tinha possuído u2 dos seus te2plos 2ais >a2osos3 so1 a
pressão da 2ultidão e dos 2onges3 teve 4ue se curvar condenando
NestoriusXIZ<Y e concedendo a Maria o título de Theoto!os 4ue ela traria3 desde
então3 e 4ue a >azia Mãe de (eus6#
D entusias2o de outrora3 cu*o Elti2o vestígio era o 2ontanis2o3 teve seu
renasci2ento no @slã# a srce2 das ordens de derviches e das con>rarias de
eCt?ticos no 2undo 2uçul2ano 4ue tivera2 u2a grande pulsão# As ceri2-nias3
4uando das peregrinaçes ao lugar santo3 Meca3 e2 cu*o centro se erguia o
>etiche ^a\1a3 u2 1loco de rocha negra3 co2preendia2 puri>icaçes3 sacri>ícios
sangrentos3 seguidos de repastos rituais .2ais u2a prova para nosso ponto de
vista so1recha2ada
procissão3 a relaçãota)O>
entre 4ue
os ritos religiosos
circulava sete evezes
a pulsão ali2entar/
seguidas XIZIYdae pedra
e2 torno de u2a
santa# A 2archa do corte*o era 2arcada por gritos3 cantos e pelo ruído dos
cí21alos3 o 4ue contri1uía para provar u2a e>ervescBncia coletiva XIZ9Y# A
2ultidão é3 s vezes3 to2ada de pOnico e >oge desa1alada2ente# $ssa corrida
louca de peregrinos 4ue se e2purrava23 e2 desorde2 e se es2agava23 custa a
vida a 2uitos dentre eles# 0$ssas cenas de violBncia aca1a2 pela degola de
2uitos ani2ais 4ue são o>erecidos e2 sacri>ício e cu*a carne é i2ediata2ente
consu2ida3 no solo inundado de sangue e *uncado de detritos#
Na $uropa3 durante a @dade Média o cristianis2o é3 se2 cessar3 agitado por
pertur1açes nascidas no seu seio3 notada2ente nos países ger2Onicos# No
século @@3 u2 eCaltado de no2e Tanchel2 XIZLY se i2pe3 e2 Antuérpia3 co2o
ditador 2ístico e propaga u2 delírio coletivo# Pretendeu ser esposo da Virge2
Maria3 construiu para si u2 te2plo e >azia cantar hinos e2 seu louvor# 6Tanchei2
to2ara o cuidado de apoiar sua tirania e2 2edidas as 2ais ade4uadas para
i2pressionar as 2ultides e su>ocar a 2enor veleidade de insu1ordinação#
uando aparecia e2 pE1lico cercava;se de u2 grande >austo# uas vestes
resplandecia2 de ouro e sua ca1eleira era ornada de u2a coi>a eCtraordin?ria#
Drganizava grandes 1an4uetes para sua co2unidade3 nos 4uais pronunciava
discursos apocalípticos# (oze 0apHstolos63 dirigidos pelo >erreiro Manassé
>or2ava2 seu conselho e trBs 2il soldados co2punha2 sua guarda# $ntregava;se
a orgias co2 as 2ulheres dos seus devotos 4ue era2 to2ados de u2 >renesi de
su12issão" repartia;se até a ?gua de seus 1anhos3 a >i2 de conservar co2o
relí4uia# D eCe2plo de Tanchel2 2ostra co2 4ue rapidez o e2prego de certos
2étodos pode reduzir u2a população a u2a co2pleta passividade diante de
pretenses as 2ais estranhas6#
2a das épocas e2 4ue o >ervor religioso esteve estreita2ente co21inado co2
as reivindicaçes sociais e 2ateriais >oi a das cruzadas3 e2 4ue os
arre1ata2entos greg?rios 2ístico;políticos >ora2 di>undidos na $uropa" assi23 e2
779L3 u2 2onge3 Raul3 pregou3 por 2eio de eCortaçes vee2entes e2 lati23 a
guerra santa e o 2assacre dos *udeus5 >oi seguido co2 tanto 2aior satis>ação
4uanto suas palavras3 não co2preendidas3 parecia2 2aravilhosas# Ds
2ovi2entos populares3 saídos da e>ervescBncia causada pelas cruzadas3 era23
so1retudo na Ale2anha3 se2pre seguidos de 2assacres dos *udeus# No >i2 do
século V3 a 2ania de peregrinaçes to2ou o car?ter de u2a psicose XIZZY3
estendendo;se so1re a Ale2anha 4ue parecia predisposta a epide2ias desse
gBnero# Nesses 2ovi2entos3 u2 >ervor ingBnuo aliava;se a u2a i2piedosa
>erocidade e era2 dirigidos contra os ricos3 os *udeus e os sacerdotes#
D 2ovi2ento de Tanchei2 >oi causado pela 2iséria social e é conhecido3 na
histHria3 co2o u2a XIZ:Y3
2ani>estação deséculo
0socialis2o teocr?tico63 dohostil
2es2o
aos2odo
4ue
o de Fans &khei2 no >i2 do V3 particular2ente padres#
&khei2 era u2 *ove2 ilu2inado3 pastor e 2Esico# $ra 0o pro>eta e o re>or2ador
4ue toda a Ale2anha esperava6# Munidos de velas e cantando hinos3 2ilhares de
>an?ticos acorria2 de toda parte3 a >i2 de ver e ouvir a4uele a 4ue2 saudava2
co2o a u2 se2ideus# 'oi preso pelo &ispo de Wurz1ourg e 4uei2ado vivo#
(e 'elice .I:/ in>or2a 4ue 0apesar da i2piedosa repressão3 persistia23 no 2eio
das 2assas ale2ãs3 trBs tendBncias 4ue dava2 lugar a novas revoltas" pri2e iro3
u2a predisposição natural para os arre1ata2entos greg?rios3 e2 seguida u2a
tendBncia irresistível para ver se2pre3 nas reivindicaçes de orde2 terrena e
2aterial3 a prHpria eCpressão de vontade divina3 en>i2 u2a propensão acentuada
para se entregar3 cega2ente3 s sugestes dos líderes# $sses trBs >atores
contri1uíra23 poderosa2ente3 para provocar3 durante a pri2eira 2etade do século
V@3 dois grandes 2ovi2entos 2ísticos;políticos3 o designado so1 o no2e de
Guerra dos ca2poneses e o dos ana1atistas e2 Munster#6
Na pri2eira3 ce2 2il pessoas 2orrera23 e2 conse4UBncia das repres?lias dos
no1res# %astelos e 2osteiros >ora2 pilhados e destruídos s centenas# $ntre os
líderes3 houve aventureiros co2o GUtz von &erlichingen3 0o ho2e2 da 2ão de
>erro6 e 'lorian Ge+er3 che>e do 01ando negro6# $ste era3 para Fitler3 u2 precursor
e u2 herHi3 pois ele pretendia 2ostrar 4ue sua organização se ligava le21rança
do 2ovi2ento revolucion?rio 4ue >oi a guerra dos ca2poneses XIZQY" durante a
ocupação de Paris3 na egunda Guerra 2undial3 os nazistas apoderara2;se do
iceu Montaigne3 trans>or2ara2;no e2 caserna e 1atizara2;no de 'lorian Ge+er
&urg# A al2a da guerra dos ca2poneses era Tho2as Munzen3 u2 ilu2inado3 4ue
>anatizava as 2assas por 2eio de 2étodos de propaganda3 lançando;as nu2 tal
estado de de2Bncia 4ue3 ar2adas su2aria2ente e cercadas pelas tropas da
no1reza de chlacht1erg3 nas proCi2idades de 'ran!enhausen3 esperava2 u2
auCílio 2iraculoso do céu e >ora2 2assacradas#
Alguns anos depois da derrocada dos ca2poneses e da 2orte de MUnzen3 u2a
grande epide2ia de >renesi greg?rio3 conhecida so1 o no2e de 2ovi2ento dos
ana1atistas3 eCplodia e2 Munster# 0Velhas heresias 2ísticas e an?r4uicas de
@dade Média XIZ8Y encontrara23 na crise da Re>or2a3 u2a ocasião propícia para
dilatar sua in>luBncia# 6As perseguiçes provocara2 u2a intensa eCaltação 4ue
tocava ao delírio# Na Folanda3 por eCe2plo3 houve pessoas a 4ue a anunciada
i2inBncia da cat?stro>e >inal terri>icou a tal ponto 4ue se escondia2 nos ca2pos e
trepava2 nas ?rvores 0para esperar a vinda de Jesus %risto6# $2 A2sterda23
ho2ens e 2ulheres3 depois de ter 4uei2ado suas roupas3 corria2 despidos nas
ruas3 gritando 0(esgraçaK A vingança de (eusK6 Recusava2 vestes3 dizendo ser
preciso 4ue a verdade >osse co2pleta2ente nua XI:=Y# Ds ana1atistas Jean
Matth+s e Jean de e+de3 u2 1elo *ove2 e outros >an?ticos
paraconseguira2
arrastar
a Munster3 a princípio3 as 2ulheres e depois os ho2ens u2 2oti2 4ue p-s a
cidade e2 seu poder# (urante o cerco 4ue se seguiu3 Jean de e+de3 sucedeu a
Matth+s3 então 2orto3 procla2ou;se rei de Munster3 instituiu a poliga2ia e
2anteve a 2ultidão e2 eCaltação por 2eio de >estas e espet?culos sangrentos#
%erta vez3 Jean de e+de arrastou3 diante da asse21léia dos >iéis3 u2a de suas
2ulheres3 de 4ue possuía u2a dEzia3 acusando;a de propHsitos de deso1ediBncia
contra ele# 'orçou;a a p-r;se de *oelhos3 cortou;lhe a ca1eça e pisoteou seu
cad?ver# (urante esse te2po3 seus co2panheiros entoava2 u2 cOntico# Todo
2undo3 e2 seguida3 co2eçou a dançar# A >o2e e a de2Bncia coletiva agravara2;
se# A li1ertinage2 >renética3 4ue não poupava se4uer as 2eninas de doze anos3
atingiu seu paroCis2o" os sitiados co2ia2 coisas i2undas e carne hu2ana#
'inal2ente3 a cidade >oi to2ada e u2 2assacre geral concluiu a histHria dessa
epopéia de loucura coletiva#
e2pre e2 relação co2 a vida religiosa da @dade Média e pri2eiros séculos
seguintes3 ocorria2 arre1ata2entos greg?rios 4ue ter2inava2 e2 epide2ias de
possessão e de >eitiçaria# $spalhara2;se até nos conventos de >reiras e
coincidira23 2uitas vezes3 co2 períodos de guerra e de pilhage23 de peste e
penEria3 4uando as populaçes estava2 esgotadas# $ra2 psiconeuroses
coletivas3 nas 4uais os possessos to2ava2 posturas anor2ais e até indecentes3
contorcia2;se e pro>eria2 1las>B2ias# %o2o nota (e 'elice .I:/ XI:7Y 0o
ro2antis2o ale2ão encontrou u2 gosto doentio pelo 2aravilhoso dia1Hlico na
o1sessão pela 2agia3 nas nostalgias noturnas e nos sonhos de sa1?s cHs2icos3
onde os espíritos ele2entares dança2 ao luar6#
D >undador do 2etodis2o3 no século V@@3 Wesle+3 consigna no seu *ornal XI:<Y os
e>eitos eCtraordin?rios de seus ser2es" os ouvintes era2 sacudidos por tre2ores
e convulses3 soltava2 gritos inarticulados Glossolalia to21ava2 ao solo3
0co2o atingidos por u2 raio6# D prHprio Wesle+ considerava esses e>eitos co2o
possessão de2oníaca3 eCorta va os assistentes a guardar seu sangue >rio e
i2punha a seus discípulos u2a organização 4ue os devia pre2unir contra a volta
de se2elhantes pertur1açes#
%asos de arre1ata2entos greg?rios de 1ase religiosa chegara2 até nossos dias"
vi2o;los3 no 4ue concerne aos 2eios catHlicos3 nas peregrinaçes3 co2o a de
ourdes# $ntre os protestantes3 os 2ais conhecidos são o do 0despertar63 no País
de Gales e2 78=9;L# $sses 2ovi2entos de entusias2o produzira2;se3 ao 2es2o
te2po3 no do2ínio religioso e no plano nacional# A poesia e a 2Esica
dese2penha2 u2 grande papel na sua eCistBncia XI:IY# %o2o acentua (e 'elice
.<:/ XI:9Y3 h? di>erenças de e>eitos desses >en-2enos nos 2eios catHlicos e
protestantes" nos pri2eiros3 srcina2 pertur1açes >ísicas3 nos segundos3 causa23
so1retudo3 2udanças de orde2co2eçava
2oral# D arevivalis2o
reunir;se3 éu2u2a
dostécnica
para 0acordar
as al2as6# uando o auditHrio >iéis entoava u2
cOntico e a asse21léia logo se unia a ele5 ter2inava2 por se eCaltar co2 o prHprio
canto" certos re>res era2 repetidos 7= a <= vezes" u2a 0verdadeira onda 4ue
passa e repassa so1re a asse21léia# XI:LY A e21riaguez3 provocada por u2a
2Esica persistente3 produzia gesticulaçes 1izarras3 crises de l?gri2as e acessos
de entusias2o >renético# Ds discursos trans>or2ava2;se e2 u2a 2elopéia
la2entosa3 le21rando a Glossolalia" esse >en-2eno3 4ue é contagioso3 se
conhece so1 o no2e de h)+l# 2 *ove2 líder gaulBs3 $van Ro1erts3 era u2
apHstolo conceituado nesse 2ovi2ento" 0sua si2ples aparição produzia u2a
i2pressão pro>unda63 provocava avalanchas de preces nas asse21léias e
converses e2 2assa# interessante consignar3 co2o >ez F# &ois XI:ZY3 4ue 0sua
in>luBncia3 4uase co2o a atração de u2 corpo3 se irradiava e2 torno dele3 2as3
co2 u2a intensidade 4ue se en>ra4uecia3 2edida 4ue au2entava a distOncia
dos ho2ens tocados pelo seu cont?gio6# Dutro pregador revivalista reconheceu3
na sua auto1iogra>ia3 4ue não tinha conseguido e2ocionar as pessoas alé2 de
u2a certa distOncia e 4ue3 nu2a sala onde presidia a u2a reunião3 u2a linha
diagonal3 atravessando seu auditHrio3 separava os 4ue se tinha2 deiCado
convencer dos re>rat?rios a seus apelos0# $ concluiu so1re a possi1ilidade de
eCplicar esses >en-2enos3 0pela propagação de ondas ainda 2isteriosas3 4ue o
poder de sugestão3 e2anando de certas asse21léias3 tenha di>undido >ora das
capelas e agido distOncia3 so1re nu2erosas pessoas3 co2 e>eitos atrativos ou
repulsivos3 até provocar3 e2 u2a localidade3 u2 6pOnico e2otivo03 durante o 4ual
pessoas saltara2 do seu leito e se precipitara23 2al vestidas3 para a sala onde se
realizava a reunião###6
(etive2os;nos3 longa2ente3 so1re os arre1ata2entos greg?rios3 tão 1e2
ilustrados por (e 'elice .I:/ e 4ue dão a chave para a co2preensão da in>luBncia
do 2eio no desencadea2ento dos >en-2enos psí4uicos a 4ue cha2a2os de
e>eitos da violação psí4uica das 2assas hu2anas# Vi2os3 ao 2es2o te2po3
desse su2?rio histHrico3 4ue a Ale2anha apareceu co2o u2 país onde3 no curso
dos séculos3 esses >en-2enos encontrara2 a21iente psí4uico 3 >avorecendo sua
eclosão nu2a vasta escala3 co2o no 2ovi2ento nazista3 e2 nossos dias#
Na @dade Média3 na Renascença e na época dos $nciclopedistas e do
Fu2anis2o3 viu;se declinare23 pouco a pouco3 as tendBncias para a propaganda
e2ocional e popular e surgir o racionalis2o3 2ovi2ento 4ue se 2anteve até a
Revolução 'rancesa3 onde se veri>icou u2a verdadeira eCplosão de agitação e de
propaganda3 4ue to2a u2 aspecto tão intenso 4uanto violento e cu*o princípio de
luta ou da pulsão nE2ero 73 co2o o deno2ina2os3 se torna a 2ola 2ais ínti2a e
e>icaz# A partir de então3 é so1retudo a idéia do progresso3 e2ancipadora da
hu2anidade3 4ue se apodera desses 2eios de propaganda popular e os 2ano1ra
co2 2aior ou 2enor sucesso# e eCa2inar2os ligeira2ente os 2étodos da
Revolução é so1retudo o a2plo uso dos sí21olos 4ue nos i2pressiona" a
1andeira tricolor3 co2o sí21olo visual3 os acordes da Marselhesa3 co2o sí21olo
oral e auditivo3 1e2 co2o a palavra 0cidadão63 e2pregada no lugar de 0enhor6 e
4ue data de outu1ro de 7:8<#
D e>eito desses sí21olos so1re a 2assa >oi tão grande 4ue sua in>luBncia persiste
até nossos dias na al2a do povo >rancBs3 propagara2;se até >ora de suas
>ronteiras e é assi2 4ue a Marselhesa se tornou3 para 2uitos povos3 o hino da
i1erdade3 por eCcelBncia# Mas3 a Revolução e2pregou outros sí21olos 4ue
tivera2 grande i2portOncia nos 2ovi2entos populares dessa época# Por eCe2plo3
a >ita tricolor dos revolucion?rios3 a >ita 1ranca ou o tu>o ver2elho dos aristocratas
era2 signos distintivos 4ue3 erguidos3 desencadeava2 deter2inadas e2oçes e
incitava2 a certas açes# interessante relatar a4ui o seguinte episHdio 4ue
2ostra o *ogo co21inado das pulses deter2inando a criação dos sí21olos" no
%astelo de Versalhes3 as da2as da corte distri1uía2 >itas 1rancas3 dizendo aos
o>iciais" 0%onserve;a 1e23 é a Enica legíti2a3 a triun>ante6 e3 aos 4ue as
aceitava23 dava2 sua 2ão e 1ei*ar# u2 1o2 eCe2plo da associação da pulsão
co21ativa seCual# Ds vendeanos pendurava2 seus terços no pescoço3 na lapela
e2 cruz3 associando3 assi23 a pulsão co21ativa s e2oçes religiosas# D 1arrete
de lã ver2elha dos sans;coulottes3 sí21olo popular da Revolução3 te2 u2a ação
tão poderosa3 4uase 2?gica3 a ponto de a 2ultidão 4ue >re2ia de Hdio3 pouco
antes3 contra 0Monsieur Veto63 o Rei3 eCtasiar;se a acla2?;lo3 aos gritos de 0Viva o
Rei63 4uando ele3 a2edront ado diante do povo3 4ue invadira seu pal?cio3 a <= de
*unho de 7:8<3 se co1re co2 u2 1arrete ver2elho XI::Y#
interessante acentuar 4ue3 nessa época3 os sí21olos 4ue se e2pregava2
tendia2 se2pre a revelar3 pri2eira vista3 sua signi>icação3 a evocar3
i2ediata2ente3 a e2oção geradora" por eCe2plo3 os Jaco1inos adota2 o sí21olo
característico do 0olho vigilante63 le21rando 4ue considera2 seu clu1e co2o u2
Hrgão de controle pE1lico3 descon>iando co2 razão e vigiando para 4ue os direitos
do povo revoltado não se*a2 2enosprezados3 ne2 >rustradas suas esperanças#
Nu2 corte*o3 conduz;se3 na ponta de u2a lança3 u2 velho culote co2 essa
inscrição 0Viva2 os sans;culotes6# uando os catHlicos3 tendo arrendado u2a
igre*a3 e2 7:873 4ueria2 cele1rar a 2issa de do2ingo3 os revolucion?rios
pendurara2 na porta u2 >eiCe de varas3 co2 esse cartaz" 0Aviso aos devotos
aristocratas3 2edica2ento purgativo3 distri1uído gratuita2ente3 no do2ingo3 7: de
a1ril6#
$sse eCe2plo 2ostra 4ue a a2eaça da >orça >ísica é3 no decorrer da Grande
Revolução3 o pri2u2 2ovens da ação de propaganda5 ela se 2ani>esta3 ali?s3 e2
proporção
verdadeiroscrescente3
durante todaa aRevolução
2archa dos
seaconteci2entos#
As lanças são
signos3 so1 os 4uais desenrola# 'igura2 e2 toda
parte" nas caricaturas3 nos cartazes3 nos corte*os# 2a esta2pa dessa época3
2ostra uís V@3 coroa na ca1eça3 sentado nu2a 2esa3 co2 u2 sans coulotte de
1arrete ver2elho3 *ogando u2a partida de cartas5 o rei pronuncia as seguintes
palavras" 0descartei as copas3 ele te2 as espadas XI:QY6# Ds clu1es
revolucion?rios >a1rica2 lanças e2 7:87;8< e distri1ue2 ao povo3 realizando3
assi23 a união desse sí21olo co2 sua o1*etivação3 orientando então
deli1erada2ente a propaganda pelo ca2inho da violBncia psí4uica# D
historiador XI:8Y descreve as >or2as si21Hlicas 4ue to2a2 essas lanças"
0###lanças de Q a 7= pés3 de aspecto >or2id?vel e de toda espécie3 lanças e2
>or2a de >olha de louro3 de trevo3 de espeto3 de coração3 de língua de serpente3 de
gar>o3 de estilete3 de chi>res3 etc# Nu2 corte*o via;se u2 coração de vitelo
sangrando3 conduzido na ponta de u2a lança3 co2 esta inscrição" 0coração de
aristrocata6#
D ele2ento 0ação de 2assa63 associ ado ao da co21atividade3 da violBncia3
do2ina toda a Revolução 'rancesa" 2ani>estaçes tur1ulentas contra as
Asse21léias3 a 02archa so1re Versalhes63 a construção de cada>also nas praças
co2prova2;no#
Todavia3 essas tendBncias violentas3 sanguin?rias3 aco2oda2;se co2 a 1ono2ia
do povo parisiense" no 2es2o corte*o3 aci2a citado3 eCecuta2;se danças
patriHticas3 sara1andas3 canta23 a1raça2;se3 conduze2 a ?rvore da i1erdade3
4ue é plantada e2 triun>o e no 2eio da alegria geral# $is u2 eCe2plo e2 4ue os
dois derivados da 2es2a pulsão a a2eaça desencadeando o 2edo e o
entusias2o a desencadear o BCtase são eCplorados pela propaganda#
Mas3
Rougeté so1retudo o %anto
de isle3 e2 de Guerra
tras1ourg3 para oco2o
conhecido $Cército do Reno3o co2posto
Marselhesa3 por
sti2ulus principal
4ue desencadeia o BCtase patriHtico e co21ativo# 'ora2 'ederados de Marselha
4ue a levara23 através da 'rança3 e2 7:8<3 durante sua 2archa para a %apital# D
historiador XIQ=Y descreve a e2oção 4ue invade todos os coraçes3 4uando o
01atalhão de Marselheses dese21oca3 a I= de *ulho3 no 61airro da glHria03 de aint
Antoine3 na Praça da &astilha3 ru>ando os ta21ores3 a 1andeiras tricolor
des>raldada3 co2 porte 2arcial3 cantando o hino3 ainda desconhecido e2 Paris3 do
eCército do Reno# No 1airro revolucion?rio3 o grito 0As ar2asK63 0%idadãos3 >or2ai
vossos 1atalhes63 a invocação gloriosa 0A2or sagrado da P?tria3 conduz3 susté2
nossos 1raços vingadores63 esses apelos vingança3 ao co21ate contra 0essa
horda de escravos3 de traidores3 de reis con*urados6 tudo >ez vi1rar violenta2ente
as al2as# 0As l?gri2as3 diz o *ornal de Fer1ert3 e Pére (uchesne3 rolava2 de
todos os olhos5 o ar retu21ava de gritos de 0Viva a NaçãoK Viva a i1erdade6#
Não é se2 interesse sa1er 4ue os advers?rios da revolução3 os vendeanos3 por
eCe2plo3 se 1atia2 e2 7:8I3 contra as >orças repu1licanas3 cantando3 ta21é2
eles a Marselhesa3 2as3 co2 outras palavras" [s ar2as3 PoitevinsK 'or2ai vossos
1atalhesK Marche2osK D sangue dos azuis aver2elhar? vossos ca2pos0# $sse
>en-2eno não é raro na histHria da propaganda5 e2 nossos dias3 o 2ovi2ento
nazista adotava ta21é2 certos cOnticos revolucion?rios3 so1retudo russos3
adaptando os teCtos a seus prHprios >ins até os acordes da @nternacio nal >ora2
plagiados por Fitler3 4ue era3 co2o vere2os 2ais adiante3 u2 eclético" nada de
srcinal na sua propaganda3 2as3 u2a acu2ulação racional de princípios e de
>Hr2ulas esparsos a4ui e ali#
2 outro canto da Grande Revolução3 4ue teve sua histHria3 é o fa ira3 ta21é2
conhecido co2o %ar2agnole# 'oi cantado pelos 'ederados e pelo povo de Paris3
4uando se reunia3 s pressas3 no %a2po de Marte3 para a grande >esta da
'ederação de 79 de Julho de 7:8=5 traduz 1e2 a idéia central da Revolução e u2
certo oti2is2o popular" 0celui 4ui s\eleve3 on l\a1aissera# $t 4ui s\a1aisse3 on
l\él_vera# AhK fa ira3 ça ira3 ça iraK6 Ao >i2 do dia3 reunidas3 as e4uipes populares3
retornando do %a2po de Marte3 des>ilava2 e2 Paris3 precedidas por u2 ta21or e
u2 pí>aro3 saudados pelos aplausos e pelos gritos de 0Viva a NaçãoK Viva a
i1erdadeK6 Ds ele2entos de violBncia ta21é2 se 2ostra23 pouco a pouco3 nesse
cOntico 4ue é u2 eCe2plo co2pro1atHr io da >acilidade do cont?gio psí4uico3 4ue
se apoia nessa pulsão3 pois acrescenta;se" 0Ds aristocratas ao posteK Ds
aristocratas3 en>orcare2osK (epois da vitHria de 8 Ter2idor3 *ovens3 hostis
Revolução Jaco1ina3 os Muscadins 4ue ostentava2 u2a grande elegOncia e
co21atia2 os sí21olos dos Jaco1inos3 atacava2 2es2o os costu2es
revolucion?rios" en>urecia2;se so1retudo contra o 1arrete ver2elho3 2olestava2
os vendedores de *ornais *aco1ino s e seu canto de união >oi o (espertar do Povo
.7:8L/# Fouve3 então3 u2a espécie de guerra de palavras3 gritando os 2uscadins3
vista dos revolucion?rios3 0Viva a %onvenção63 e eles respondendo 0Viva2 os
Jaco1inos6#
Ao lado da guerra de sí21olos3 descrita aci2a3 4ue le21ra a luta pelo Poder na
Ale2anha3 e2 78I<3 os trBs 2étodos de propaganda 4ue do2ina2 a Grande
Revolução 'rancesa3 são os *ornais3 os %lu1es e as >estas pE1licas5 pode;se dizer
4ue ne2 antes3 ne2 depois dessa época3 os *ornais e a literatura pan>let?ria
tivera2 a i2portOncia 4ue ad4uirira2 durante esse período de lutas políticas# Ds
*ornais3 especial2ente o A2igo do Povo3 de Marat3 ídolo de Paris3 os li1elos3 os
cartazes dos clu1es a>iCados nos 2uros da capital e de outras cidades3
2antinha2 o povo e2 alerta# 0Toda a indignação3 as cHleras e os levantes do povo
estoura23 a princípio3 nos *ornais# $ u2a >orça revolucion?ria se2pre vigilante e
e2 ação" propaga o espírito patriHtico até os ca2pos6# XIQ7Y Ds 2étodos são os
4ue e2pregava Fitler e2 78I<3 4uando pro>eria suas a2eaças" 0^kp>e )erden
rollenK0 .As ca1eças rolarão/# Marat não acreditava na sa1edoria popular3 via3 e2
sonho3 u2 %ésar u2 0tri1uno 2ilitar ### 2arcando as ca1eças a rolar6# Marat dizia"
0$u sou o olho do povo### atacarei os ladres3 des2ascararei os hipHcritas3
denunciarei os traidores#6 $ Fitler" 0$u sou vosso porta;voz3 o Tro22ier .o
Ta21or/### 'uzilarei os recalcitrantes3 4uando chegar ao poder###6 .(ocu2ento de
&oChei2 e2 78I7/#
Marat incita3 e2 seus artigos3 a revolta violenta e escreve3 nu2 pan>leto3 e2 7:8="
0Ai de vHs3 se não recorrerdes s ar2as6# 2 cartaz de <I de *unho de 7:8< diz"
0e recusais nossos conselhos3 nossos 1raços se erguerão e punirão os traidores3
e2 toda parte onde se encontrare23 2es2o entre nHs6# Mais tarde3 no declínio
dos Jaco1inos3 seus advers?rios >aze2 u2a ca2panha pan>let?ria de igual
violBncia e 1aseada nas 2es2as pulses escreve;se 01e1edores de sangue6
slogan 2uito popular na revolução russa3 7<= anos3 2ais tarde# 0&arrere usaria
1otas de couro hu2ano63 0os 2assacradores de sete21ro co2eria2 os coraçes
de suas víti2as63 0u2a 2ulher a1ortaria vendo a carranca de (anton6### etc# .I:/#
Grace*os3 invectivas3 calEnias3 epigra2as e pilhérias3 a1unda2 na i2prensa da
época do (iretHrio#
A outra >or2a de propaganda característica da Revolução 'rancesa é a eclosão
de discursos de agitação3 2antida nos %lu1es o por eles3 so1retudo os *aco1inos#
$3 na verdade3 ali 4ue se gera e 0e >az6 a Revolução# Ro1espierre é dos seus#
$s>orça2;se por >azer propaganda 1aseada na razão3 na persuasão3 para >or2ar
no país u2 espírito pE1lico uni>or2e3 para criar a unidade 2oral da nação# 0D
clu1e é o >er2ento da Revolução diz avisse .8=/ e o espírito *aco1ino é o
patriotis2o3 a >é na revolução3 cada dia acrescido pela o1rigação de lutar contra a
aristocracia dos no1res3 a eclesi?stica3 a 2ilitar e a *udici?ria6# uanto 2ais se
acu2ula2 as di>iculdades3 2ais os *aco1inos são levados a eCplorar a
e2otividade popular5 são eles 4ue3 >or2ando líderes3 >o2enta2 a agitação nas
ruas3 4ue organiza2 a pressão das galerias so1re as asse21léias3 4ue pro>ere2
a2eaças e instiga2 as pulses pri2itivas de 2ultides5 íntroduze2 a pr?tica das
in*Erias no co21ate político3 são >o2entadores da eCaltação3 2ais ou 2enos
sa1ia2ente dirigida# D voca1ul?rio de sua propaganda se restringe cada vez 2ais3
o aspecto de suas sesses torna;se se2pre 2ais tu2ultuoso# A propaganda3 os
2étodos de eCcitação dos *aco1inos3 são descritos por Taine .7L=/3 na seguinte
passage2" 0Tudo é recitado3 decla2ado ou 2elhor gritado3 pu1lica2ente3 e2
pleno dia3 diante das *anelas do rei3 pelos tri1unos populares3 trepados e2
cadeiras### a seguir nos cartazes 4ue se a>iCa2 nos 1airros3 depois nas
proposiçes anunciadas nas sesses e nos clu1es3 depois nas 2oçes 4ue se
levanta2 nos grupos das Tulherias###6
Ao lado do %lu1e dos Jaco1inos3 u2 outro3 2ais de2ocr?tico3 e dos %ordeliers é
co2posto dos 2elhores oradores3 condutores de ho2ens 2ais ativos3 co2o
(anton3 Fe1ert3 Marat3 %a2ille (es2oulins# ão tão revolucion?rios e violentos
4uanto os *aco1inos3 2as3 na sua propaganda3 adota2 a inti2idade5 trata2;se por
0ir2ãos6 e 0ir2ãs63 são 2ais >leCíveis3 2enos teHricos3 2ais ho2ens de ação#
%o2o e>eito de toda essa propaganda >uriosa da violBncia3 a vida política é
do2inada3 cada vez 2ais3 pelo Terror 4ue engendra o 2edo# J? no co2eço da
Revolução3 e2 7:Q83 o 2edo se propaga3 so1retudo nos ca2pos" >ala2os3 no
capítulo 4uinto3 dos pOnicos dessa época3 conhecidos co2o o Grande Medo# $2
>ins de 7:8<3 o 2edo invade até os deputados da %onvenção# Taine .7L=/ diz"
0Ro1espierre advertiu 4ue o partido 2ais >orte é ta21é2 o 2ais certo# Repete;se
4ue é prudente e 2es2o necess?rio3 não contrariar o povo e2ocionado# $ntre os
L== deputados da Planície h? 2uitos desse tipo5 são cha2ados os sapos do
Marais65 torna2;se rapida2ente >igurantes 2udos ou3 antes3 2ane4uins
ho2icidas# o1 o olhar de Ro1espierre3 0o coração3 transido de espanto3 so1e;lhes
garganta63 no seu rosto est? esta2pada 0a palidez do te2or ou o a1andono do
desespero6#
>?cil co2preender 4ue3 tendo construído toda propaganda da Revolução so1re a
1ase da pulsão co21ativa3 o espírito 2ilitar se 2ani>este3 desde 4ue aparece a
a2eaça de co2plicaçes eCternas3 de guerra# Nessa época3 o canto da
Revolução3 fa iraK ter2ina nu2a eCplosão guerreira5 XIQ<Y
0### a 'a+ette diz" venha 4ue2 4uiser3
o patriotis2o lhes responder?0#
e2 te2er ne2 >ogo3 ne2 >la2a3
D fa ira3 ça ira3 ça>rancBs
AhK ira6# se2pre vencer?#
D ano de
pulsão 7Q9Q
e3 e2 e depois
seguida3 a %o2una
tornou;se u2aper2itira2 propaganda
prerrogativa to2ardou2a
4uase eCclusiva nova
2ovi2ento
oper?rio3 dos partidos socialistas# $ so1retudo na Ale2anha3 onde3 co2 a
industrialização3 u2 partido oper?rio3 cada vez 2ais poderoso3 o social;de2ocrata3
surgiu e se desenvolveu3 4ue a propaganda socialista se torna 2ais ativa e3 ao
lado de u2a propaganda de persuasão3 4ue recla2a3 por 2eio de argu2entos
lHgicos3 a adesão ao progra2a do partido3 e2prega ta21é2 a sugestiva3
apelando para a e2otividade" a 1andeira ver2elha3 o cravo ver2elho na lapela3 os
cantos revolucion?rios3 o ter2o 0ca2arada63 são seus sí21olos# Mais ainda"
2odas socialistas penetra2 nesses 2eios5 a 1ar1icha a &e1el o grande tri1uno
ale2ão o chapéu 2ole3 a gravata ver2elha3 são sí21olos de unidade 4ue
atrae2 2ais >acil2 ente as 2assas para o grande partido oper?ri o# (aí as >or2as
de propaganda socialista se espalha2 através do universo" o 7 de 2aio torna;se
a oportunidade de os eCteriorizar3 ao 2?Ci2o3 de *ogar o trun>o da a2eaça contra
oa 2undo
pulsão 1urguBs3
e2pregando
Ds partidosco2o
1ase3 ali?s inconsciente2ente3
vBe2 su1irpor
intuição3
co21ativa# 1urgueses3 descairados3 a 2aré
o1reira3 a 2aré sindical e socialista e3 por inter2édio de seus governantes3 sH
sa1e2 responder pela coerção3 por 2edidas policiais3 criando 2?rtires3 lançando
Hleo no >ogo3 au2entando3 assi23 o papel dos >atores e2otivos na luta política 4ue
se trava#
Mas3 é precisa2ente nas 2assas ale2ãs 4ue o sentido de organização e3
portanto3 a necessidade de sere2 guiadas3 degenera3 2uitas vezes3 e2
su12issão se2 li2ites3 e2 adoração de personalidade3 de líderes3 >ir2a;se
irresistivel2ente e torna;se o >ator predo2inante do co2porta2ento das 2assas3
co2o constata Michels XIQ8Y u2 dos 2elhores sociHlogos ale2ães e pro>undo
conhecedor do partido social;de2ocrata# D culto do herHi é eCpandido e2 alta
escala e encontra guarida 2es2o nas 2assas oper?rias" elas dese*a2 ta21é2
ver encarnado e2 algué2 o tipo ideal de seu poder coletivo e de sua aspiração a
u2 novo estilo de vida# Nesse sentido3 &e1el correspondia para a social;
de2ocracia ao 2onarca 4ue Guilher 2e @@ era para a 1urguesia ale2ã# XI8=Y Mas3
não é sH na Ale2anha 4ue u2 tal estado de espírito caracteriza as 2assas"
constata;se o 2es2o >en-2eno nos $stados nidos3 na @nglaterra3 até na uíça3
para não >alar da R3 onde a personalidade de talin é levada s nuvens#
&ernard ha) XI87Y diz3 nu2 de seus a>oris2os tão 2aldosos 4uão pertinentes" 0A
aristocracia é u2 agregado de ídolos e a de2ocracia3 u2 agregado de adoradores
de ídolos6#
(urante a guerra de 7879;7Q3 natural2ente3 todas as tendBncias internacionalistas
aca1ara23 graças a u2a eCplosão3 nos diversos países3 de senti2entos
patriHticos e até chauvinistas3 inteira2ente espontOneos e se2 4ual4uer direção3
salvo na Ale2anha3 onde o $stado;Maior do $Cército3 inspirando a i2prensa3
procura criar3 consciente2ente3 u2 2ovi2ento de loucura patriHtica3 u2a
verdadeira o1sessão de espies3 para o1ter u2 2elhor rendi2ento da
2o1ilização# Tudo isso conduzido3 é verdade3 de 2aneira 1astante pri2itiva#
Todavia u2 eCe2plo do e2prego 2uito e>icaz de u2 slogan3 na propaganda
antiinglesa3 nessa época3 2erece ser 2encionado" a >rase Gott stra>e $ngland
.enhor3 puni a @nglaterraK/ 4ue os ale2ães e2pregava2 a cada instante3 co2o
inscrição3 alocução3 ao se saudare23 etc# Mas3 eis 4ue no decorrer da prHpria
guerra3 as duas partes >aze23 pouco a pouco3 o1servaçes3 ad4uire2 eCperiBncia
e co2eça2 en>i2 a entrever a i2portOncia do >ator psicolHgico3 tanto so1re a
>rente 4uanto so1re a retaguarda e a possi1ilidade de dirigi;la vontade# J? vi2os3
no capítulo precedente 4ue a idéia do Marechal PsicHlogo3 do 'Uhrer
Propagandista a1re ca2inho durante a guerra e depois desta# %o2o se sa1e3 os
ingleses3 2elhor do 4ue os outros3 apropriar a2;se dessa idéia e criara2 todo u2
2inistério especial da Propaganda3 >rente do 4ual >oi colocado ord Northcli>>#
Pode;se ter u2a noção de sua atividade por u2 livro de %a2p1ell tuart" es
ecrets de a Maison %re)e .79Q/ .Ds egredos da %asa %re)e/ o no2e do
i2Hvel onde se achava o Ministério3 e2 ondres#
$ssa organização >oi criada relativa2ente tarde3 e2 >evereiro de 787Q3 possuindo
so1retudo o o1*etivo de >azer propaganda nos países ini2igos3 es>orçava;se para
lançar con>usão nas linhas co21atentes advers?rias e na população da
retaguarda# Para isso3 era preciso3 antes de tudo3 criar3 por todos os 2eios3 u2a
0at2os>era6 >avor?vel a essa ação# D estudo dos >atores 4ue pode2 deter2inar
essa at2os>era era 1e2 organizada5 ho2ens de grande valor político3 co2o W#
teed e eton Watson3 ou liter?rio3 co2o o céle1re ro2ancista inglBs F# G# Wells3
dirigia2 esse tra1alho# %o2o 1ase de toda a propaganda3 esta1elecera2;se os
seguintes postulados"
7 as operaçes de propaganda não deve2 ser e2preendidas senão apHs o
esta1eleci2ento de u2a linha de conduta política geral 2uito clara5
<# a propaganda *a2ais deve recorrer a 2entiras5
I evitar cair e2 contradiçes e e4uívocos# $ssa propaganda inglesa3 4ue
rapida2ente se espalhou e2 todas as >rentes ocidentais e 1alcOnicas3 eCplorava
principal2ente a a>ir2ação de 4ue a causa dos ini2igos estava perdida3 4ue não
podia2 2ais conservar 4ual4uer esperança de vitHria3 4ue as >orças Aliadas
estava2 au2entando3 se2 cessar5 essas a>ir2açes era2 apoiadas e2 nE2eros3
2apas e outros 2eios persuasivos3 4ue des2oralizava2 o advers?rio# $ssa
propaganda servia;se so1retudo de pan>letos 4ue era2 lançados aos 2ilhes e2
ci2a das trincheiras ale2ãs3 por avies aliados ou 1ales 4ue transportava2 o
2aterial para o prHprio país# %olocava2;se3 ta21é23 entre as trincheiras3 no no
2an\s land3 alto;>alantes3 4ue divulgava2 alocuçes e cançes populares eslavas3
i2pregnadas de nostalgia3 onde havia tropas tchecas ou iugoslavas# Para o >i23
co2eçou;se a e2pregar ta21é2 a T##'#3 e21ora ainda 2uito rudi2entar nessa
época# A ação dessa propaganda >oi tão e>icaz 4ue as deserçes au2entara2 na
>rente ale2ã e so1retudo na austro;hEngara# D $stado Maior ale2ão3 na pessoa
do general undendor>>3 2ostrava;se in4uieto# (eclara ele3 notada2ente" 0A
propaganda ini2iga tra1alhava tão 2etodica2ente e e2 tão vasta escala3 4ue
2uitos dos nossos aca1ava2 por não 2ais poder distinguir suas prHprias idéias
das 4ue lhes era2 inculcadas pelo advers?rio6# $ Finden1urg registra3
2elancolica2ente3 na sua 1iogra>ia" 0$ssa propaganda intensi>icou3 no 2ais alto
grau3 a des2oralização da >orça ale2ã#6
A 2onar4uia austro;hEngara era o calcanhar de A4uiles do 1loco de @2périos
centrais e >oi principal2ente nesse ponto 4ue ord Northcli>> concentrou o >ogo de
sua ação de propaganda# A 1atalha de Piave3 onde os italianos o1tivera2 u2
grande sucesso so1re os austríacos3 >oi ganha3 co2o se sa1e atual2ente3 graças
especial2ente a u2a ação des2oralizante da4uela propaganda so1re as tropas
austro;ale2Os# D des2orona2ento posterior da >orça austríaca nessa >rente e na
1alcOnica3 conduzindo derrocada geral3 resultara2 dessas açes so1re o 2oral
ini2igo#
Assi23 a estratégia dessa propaganda consistia nu2 desloca2ento da coesão
entre os advers?rios aliados3 no en>ra4ueci2ento da resistBncia psí4uica da
retaguarda e na des2oralização dos eCércitos advers?rios# $2pregava a t?tica de
procurar os pontos >racos dos advers?rios e de utiliz?;los co2o o1*etivo de seu
ata4ue# (esse 2odo3 os Aliados concentrara2 seu >ogo de propaganda so1re a
mustria e seu eCército3 os ale2ães3 so1re o eCército tzarista russo# XI8<Y
ativos
4ue seetinha2
2ais perspicazes 4ue seus advers?rios3
proposto3 co2preendia2 indo
a utilidade co2 instru2ent
desse tenacidadeo aos >ins a e
2oderno
dele sa1ia2 servir;se 1e2#
Para voltar ao Dsvag3 2encionare2os3 ainda3 4ue ele 2antinha3 no país3 algu2as
centenas de salas de leitura e de 1i1liotecas populares gratuitas3 através das
4uais a propaganda se in>iltrava na população das cidades e especial2ente nas
vilas# A secção de agitação tinha 2uitos serviços" editava 1oletins3 1rochuras3
2anuais de agitação3 cartazes ilustrados3 caricaturas3 u2 *ornal artístico3
organizava con>erBncias e co2ícios3 enviando ao interior do país oradores 4ue
tinha se2pre sua disposição3 2antinha u2 curso e2 4ue instruía os >uturos
agitadores3 enviados por todo o país3 nos lugares pE1licos3 nos 1ondes e estradas
de >erro3 diante das vitrinas na rua3 nas vilas3 nos 2ercados# $sses agitadores
>or2ava2 e4uipes 4ue utilizava2 co2o unidades t?ticas3 verdadeiros co2andos3
co2o se diria atual2ente3 nessa luta psicolHgica3 4ue é u2a ca2panha de
propaganda# $n>i23 u2 serviço 2usical e artístico tinha por 2issão organizar
>estas populares# concertos3 s!etchs3 etc# 2 outro serviço editava >il2es políticos3
>otogra>ias" 2antinha u2a eCposição per2anente de eCe2plares de propaganda3
etc# e eCistisse então a T##'#3 teria certa2ente dese2penhado u2a i2portante
>unção no con*unto desse grande instru2ento de propaganda 4ue era o Dsvag#
$n>i23 esse 2inistério organizava agBncias e2 todos os grandes centros do país3
co1rindo;o de u2a rede de propaganda# preciso dizer3 todavia3 4ue a
propaganda popular 2aciça3 de 4ue >ala2os nos capítulos precedentes e 4ue é
tão característica da luta política dos Elti2os te2pos3 não era ainda usada5
e2pregando >or2as e2otivas3 a atitude do Dsvag era antes orientada para u2a
propaganda 1aseada so1re a re>leCão e a persuasão# a razão pela 4ual3 agindo
so1re os intelectuais3 ela não chegava a i2pressionar as 2assas populares e
devia3 e2 conse4UBncia3 resultar nu2 insucesso3 2es2o se2 levar e2
consideração 4ue o governo 4ue ela representava não tinha 1ase política sHlida e
devia sucu21ir ante a onda revolucion?ria triun>ante#
No Dcidente3 nos 2eios hostis s idéias da Revolução soviética3 co2o entre os
e2igrados russos3 4ue >ugira2 desnorteados diante da grande desorde23 4ue
a1ria ca2inho na sua P?tria3 procurou;se eCplicar os aconteci2entos co2o
conse4UBncia da agitação revolucion?ria3 conduzida pelos 1olchevi4ues e pelas
ca2adas intelectuais avançadas# $ssa eCplicação é si2plista e3 co2o tal3
>unda2ental2ente err-nea5 reEne3 s vezes3 a tendBncia o>icial de atri1uir post
>actu2 u2a i2portOncia eCagerada atividade dos ele2entos 4ue >ora2
conduzidos pelos aconteci2entos direção da Revolução e 4ue aca1ara2
e>etiva2ente por co2and?;la e canaliz?;la# $ssa tendBncia não se 2anté2 diante
da verdade histHrica3 co2o 1e2 sa1e2 os 4ue to2ara2 parte nos aconteci2entos
não
autorso2ente co2o espectadores3
dessas linhas3 2as3para
4ue >oi convidado ta21é2 na 4ualidade
o cargo de atores3da
de ecret?rio;geral co2o o
grande
organização dos intelectuais russos3 aci2a descrita .o %o2itB de a*uda técnica e
2ilitar/ assi2 co2o do oviet dos Tra1alhadores @ntelectuais e3 2ais tarde3 na
guerra civil3 co2o criador e diretor do Dsvag3 o pri2eiro 2inistério de propaganda
da $uropa#
a1e;se3 co2 e>eito3 4ue a Revolução3 tornada inevit?vel pelas vicissitudes da
guerra3 a situação econ-2ica e social catastrH>ica do país e a deco2posição do
governo tzarista3 eCplodiu co2o u2 aconteci2ento telErico natural3 co2o 0u2
tre2or de terra social6# 4ue levava3 no seu arre1ata2ento torrencial3 toda a
estrutura est?tica e social do grande @2pério3 co2 seu governo3 parla2ento3
instituiçes e partidos políticos# Para dizer a verdade3 os líderes de todas as
agre2iaçes >azia2 >igura apagada e 1asta ler as notas histHricas3 so1re a
Revolução3 de Bnin e Trots!+ para se veri>icar 4ue os 1olchevi4ues não era2
eCceção# Assi2 teste2un ha Molotov" 0Nosso partido sentiu terreno sHlido so1 os
pés3 so2ente depois da chegada de Bnin na REssia3 e2 a1ril de 787:### Até l?3 o
partido não >azia 2ais 4ue procurar seu ca2inho co2 todos os sinais de >ra4ueza
e de dEvida6# XI8IY $ Bnin diz" 0Ds oper?rios e os ca2poneses era2 ce2 vezes
2ais revolucion?rios 4ue nosso partido###
$2 *ulho de 787:3 a direção do partido3 longe de se p-r decidida2ente >rente do
2ovi2ento insurrecional3 procurava deter as 2assas3 >ervilhantes de espírito
revolucion?rio3 de descer s ruas para realizar u2a 2ani>estação ar2ada3 4ue
2arcou3 e>etiva2ente3 a ruptura entre a Revolução de >evereiro3 4ue levou
^erens!+ ao poder e a verdadeira revolução3 4ue se preparava na 2entalidade
das 2assas3 para eCplodir e2 outu1ro e dar o poder a Bnin# VB;se desses >atos
4ue os líderes de partido3 os dirigentes é 4ue era2 conduzidos ou3 2ais
eCata2ente3 i2pelidos pelas 2assas# verdade3 contudo3 4ue a propaganda
1olchevi4ue atuava no >ront3 no eCército 4ue3 apresentando u2a certa estrutura3
>acilitava seus e>eitos5 e esse >ato trouCe seus >rutos no outono de 787:3 4uando
dos aconteci2entos decisivos#
Ds dias de *ulho 2ostrara2 a >orça ele2entar do 2ovi2ento espontOneo das
2assas5 e2 agosto e sete21ro3 a i2portOncia total do governo de ^erens!+
tornava;se evidente5 e2 outu1ro3 a situação estava 2adura para a ação#
Natural2ente3 apHs o triun>o da Revolução de Dutu1ro a propaganda do partido
1olchevi4ue p-de lançar;se total2e nte no sentido de reter e consolidar o poder e
*? aplicar3 aí3 co2 plena e>iciBncia3 co2o sua 1ase de ação3 a pulsão n 73 a
pulsão agressiva" o terror >uncionava co2o ele2ento 0restaurador6 dos re>leCos
condicionados >or2ados# $ então >ora2 os trBs >atores capitais cu*as relaçes
deter2inara2 o desenvolvi2ento posterior dos aconteci2entos" a direção3 o
partido e as 2assas# A propaganda devia3 e2 conse4UBncia3 dividir;se nesses
dois tipos 4ue *? vi2os3 e2 teoria3 anterior2ente XI89Y 7 a propaganda do tipo
persuasivo3 atuando entre a direção e o partido3 a pri2eira inspirando sua elite e o
partido3 >ornecendo;lhe a argu2entação5 e o < a propaganda de tipo e2ocional3
principal2ente3 entre o partido e a direção3 de u2 lado e as 2assas3 de outro5
esse Elti2o in>luenciava3 in>la2ava e i2pelia as 2assas ação para de>ender e
consolidar o novo regi2e# Na Revolução 'rancesa de 7:Q83 o papel de
inter2edi?rio3 correspondendo de certa >or2a ao partido3 era dese2penhado
pelos clu1es de *aco1inos e outros#
Na guerra civil3 4ue se seguiu Revolução de outu1ro3 a propaganda p-de
eCercer3 de dois lados3 a >unção de 4ue >ala2os aci2a# No curso da prHpria
Revolução3 a propaganda do partido 1olchevi4ue3 no dizer de seus historiadores3
co2o Trots!+3 .7L8/ era insu>iciente XI8LY os 2eios e instru2entos a seu alcance
era2 pratica2ente irrisHrios" por eCe2plo3 nos pri2eiros dias de outu1ro3 o
nu2er?rio na caiCa central do partido era apenas de I=#=== ru1los;papel3 então
2uito depreciados# (o lado das ca2adas intelectuais3 as adeses era2 4uase
nulas3 o partido não tinha líderes ne2 2es2o agentes politica2ente instruídos
4ue pudesse2 eCpor s 2assas populares os o1*etivos a alcançar5 no ca2po3 não
havia 4uase nenhu2a organização3 as co2unicaçes estava2 co2pleta2ente
desorganizadas# $3 se apesar de todos esses tropeços3 o partido 1olchevi4ue
p-de i2por;se e ganhar a partida3 é 4ue3 do lado de seus advers?rios3 a
organização 2aterial era ainda 2ais prec?ria# Alé2 disso3 a at2os>era
revolucion?ria3 supera4uecida pela guerra3 a 2iséria e a e>ervescBncia
espontOnea das 2assas3 a>ir2a2;se co2o u2 eCcelente condutor de idéias### os
slogans 4ue corresponde2 s necessidades agudas da classe e da época3 cria2
2ilhes de canais para sua di>usão# Ds *ornais 1olchevi4ues era2 lidos e2 voz
alta3 lidos e relidos3 até se rasgare23 os principais artigos >ora2 decorados3
divulgados3 copiados e i2pressos e2 toda parte onde isso era possível### Ao
2es2o te2po3 a i2prensa 1urguesa distri1uía gratuita2ente 2ilhes de
eCe2plares no >ront e não encontrava leitores#
Mas3 sa1e;se 4ue o governo soviético atri1uiu a 2aior i2portOncia propaganda3
depois da vitHria3 na o1ra de edi>icação da R# Ds 2étodos 2ais variados e
2ais sugestivos >ora2 e2pregados3 4uando das grandes ca2pan has para a
realização dos planos 4Uin4Uenais3 para o rear2a2ento e a di>usão do
Dssoviachi23 a grande organização popular para a aviação e a preparação da
guerra 4uí2ica3 etc# curioso consignar 4ue os 1olchevi4ues3 antigos social;
de2ocratas3 adotara2 os 2étodos de propaganda do partido social;de2ocrata
ale2ão e3 en4uanto este cada vez 2ais deiCou de utiliz?;los3 co2 í2peto e
e>ic?cia3 os 1olchevi4ues russos transplantara2 os 2étodos socialistas cl?ssicos3
e2otivos3 para seu país# Mais tarde3 Mussolini o1servou e estudou os 2étodos
russos .7/ e os copiou3 s vezes 2es2o3 servil2ente3 na @t?lia >ascista5 de l?3
>ora2 reto2ados por Fitler3 4ue os e2pregou e2 grande escala e co2 u2a
inaudita violBncia3 para chegar ao poder na Ale2anha#
Personalidade co2pleta2ente diversa da de Fitler3 Bnin >oi u2 gBnio da
propaganda sou1e conduzi;la a todas as ca2adas da população3 conseguiu 4ue
as 2assas 2archasse2 co2 >ir2eza3 2as3 se2 1rutalidade# J? sua
personalidade3 sua 2aneira de se portar e2 pE1lico3 si2ples e 2odesta3 seus
discursos o1*etivos3 proporcionava2;lhe a si2patia e a con>iança das 2assas#
Não gostava de grace*os3 ne2 utilizava *ogos de palavras# Mas3 s vezes3 u2a
>ina ironia 2arcava sua eCposição# Não apreciava a retHrica no >i2 dos seus
discursos 4ue ter2inava23 >re4Uente2ente3 pela >rase" 0 tudo o 4ue eu 4ueria
dizer3 nada 2ais6# Não te2ia con>essar;se diante dos ouvintes3 de procla2ar seus
erros# Atri1uía as derrotas so>ridas se2pre direção#
Natural2ente3 tanto 1aseou sua propaganda so1re a pulsão co21ativa3 co2o se
valia dos dados da re>leCão3 da persuasão# Não havia contradição entre o 4ue
dizia e >azia# (istinguia clara2ente duas >unçes di>erentes na propaganda3
levadas a e>eito por esses dois tipos de agentes" o propagandista 4ue atinge
se2pre 2enor nE2ero de pessoas .centenas3 diz ele/ por4ue3 segundo
pensa2os3 é a ele 4ue ca1e persuadir3 ganhar >uturos 2ilitantes5 e o agitador3 4ue
trata co2 dezenas de 2ilhares3 4ue deve procurar 2ovi2ent?;los .para nHs3 a
propaganda e2otiva/3 sensi1ilizando;os e arrastando;os# Assi23 cria2;se 2ilhares
de canais3 pelo 4uais se espalha2 >acil2ente as palavras de orde23 lançadas dos
centros3 se elas corresponde2 s necessidades agudas de u2a classe e de u2a
época3 o 4ue era o caso na >ase da Revolução de outu1ro# XI8ZY Bnin tinha
encontrado as duas palavras >atídicas 4ue eCpri2ia2 as duas reivindicaçes
>unda2entais de 2ilhes de soldados ca2poneses do eCército russo " 0Terra e
PazK6.7/
As células de propaganda 4ue correspondia2 idéia de Bnin3 aci2a eCposta e
4ue rece1era2 o no2e de Agitprop3 >ora2 criadas por toda parte3 e2 cada >?1rica3
escritHrio3 escola3 etc#
D ponto de partida da propaganda 1olchevi4ue na R3 >oi3 natural2ente3 o
%redo na >or2a do Mani>esto co2unista3 redigido por MarC e $ngels3 e2 7Q9Q3 no
4ual entretanto3 Bnin >ez as correçes essenciais3 de 2odo 4ue atual2ente a
linha de conduta co2unista ortodoCa é designada co2o 02arCis2o;leninis2o6 e
di>undida co2o nor2a de u2 0realis2o socialista63 4ue talin gostava de acentuar
nos seus discursos e seus escritos3 2enos nu2erosos3 ali?s3 4ue os de Bnin3
onde eCpe as principais idéias do leninis2o 4ue adotou co2o diretivas principais
de sua política#
$sse realis2o é conce1ido co2o u2a ca2panha per2anente de propaganda3
revelando o antagonis2o de interesses das classes do2inantes dos eCploradores
1urgueses e a dos prolet?rios eCplorados# $ssas revelaçes deve2 ser
conduzidas pelos Agitprop3 0e2 todas as 4uestes3 da aparBncia realidade3 4ue
se encontra no nível de luta de classe e não deve2 deiCar desviar os espíritos ou
se enlear e2 eCplicaçes super>iciais e >alsas6 XI8:Y 0A contri1uição >unda2ental
de Bnin diz ainda (o2enach .9L/ >oi 4ue3 segundo ele3 a consciBncia de
classe a1andonada a si 2es2a3 restringe;se luta econ-2ica3 isto é3 li2ita;se a
u2a atividade pura2ente sindical e não se trans>or2a e2 consciBncia política6#
Assi23 a propaganda do tipo 1olchevi4ue pode resu2ir;se e2 duas eCpresses
essenciais" a revelação política e a palavra de orde2# XI8QY Para a pri2eira3 0a
propaganda não vB3 no parla2ento3 2ais 4ue u2a tri1una de onde é possível
>azer 6as denEncias0 co2 u2 ruído retu21ante6 XI88Y
(o2enach .9L/3 >alando de palavras de orde23 distingue dois tipos 4ue são 1e2
claros na propaganda soviética" de u2 lado3 as palavras de orde2 co21ativas
.est?gio preparatHrio/ co2o3 por eCe2plo3 0Todo o poder aos oviets6K e 0Terra e
Paz6K5 de outro3 palavras de orde2 construtivas3 e2pregadas nas ca2panhas3 nos
planos 4Uin4Uenais .est?gio de realização/5 por eCe2plo3 0cu2prir o plano de
cinco anos e2 4uatro63 ou da 0e2ulação socialista6#
A propaganda co2unista co2preendeu 2uito 1e23 2as so2ente pela intuição3 a
necessidade de unir os ideais aos >atos concretos3 através de realizaçes .vi2os
4ue o princípio da 0restauração6 de u2 re>leCo condicionado por u2 re>leCo
a1soluto3 encontra a4ui sua eCpressão real/# No 4ue concerne s palavras de
orde2 construtivas3 a propaganda leninista3 co2o acentua (o2enach .9L/3 pe
sua atenção especial2ente so1re o desenvolvi2ento da produção# 2a
verdadeira 2ística do plano é criada" discursos3 >il2es3 cantos3 e2isses
radio>-nicas3 cartazes3 gr?>icos e2 relevo3 condecoraçes de oper?rios
destacados .oudarni!/3 procla2açes de 2etas atingidas ou ultrapassadas3 tudo
concorre para isso#
Atual2ente3 4uando o período de lutas est?3 desde 2uito te2po3 ter2inado3 e
>indo o intervalo da Elti2a guerra3 a propaganda se eCerce 4uase eCclusiva 2ente
no do2ínio da construção do $stado e da consolidação da nova vida a 4ue as
2assas aderira2# $ntre as ocasies 4ue se presta23 alé2 das ca2panhas
especiais para os planos 4Uin4Uenais3 os e2présti2os3 as necessidades culturais3
é preciso 2encionar as eleiçes3 e2 4ue a propaganda dese2penha u2a
atividade eCtraordinaria2ente
as 4uais a2pla#
%riticara23 no na
Dcidente3
R3 as
eleiçes nos
$stados totalit?rios3 são representadas3 atual2ente3 se2
nenhu2a dEvida3 co2o u2a co2édia3 >alseando a idéia de2ocr?tica# D dia das
eleiçes é apresentado pela propaganda co2o u2a >esta popular3 os eleitores
segue23 >re4Uente2ente3 e2 passeata3 co2 >lores3 cantando3 e2 vestes
nacionais de diversas regies3 os locais de votação ornados de >lores3 de cortinas3
etc# $3 natural2ente3 o resultado é se2pre o 2es2o" 4uase 88 dos eleitores
vota2 nos candidatos da lista governa2ental e3 e2 2uitos colégios eleitorais3 a
unani2idade de votos recai nos dignit?rios do $stado3 so1retudo no grande che>e3
talin#
$vidente2ente3 essa pr?tica não pode ser designada3 se 4uere2os ser o1*etivos3
senão co2o a 4ue cha2a2os3 neste livro3 de violação psí4uica das 2assas# %laro
4ue isso te2 pouca se2elhança co2 os costu2es da 0de2ocracia6 ha1itual do
Dcidente# Mas3 por outro lado3 é legíti2o indagar" nas 0de2ocracias63 as eleiçes
são verdadeira2ente de2ocr?ticasS Não é o 2es2o princípio de violação
psí4uica 4ue se eCerce a4ui ainda3 e21ora so1 outro aspectoS A propaganda
a>etiva3 4ue est? na srce2 dessa violação psí4uica3 não é 4ue deter2ina ta21é2
o resultado das eleiçesS Toda di>erença est? so2ente e2 4ue l? se >az pelo
$stado e2 seu proveito e a4ui por grupos poderosos3 4ue despende2 so2as
enor2es3 2as3 ta21é2 no seu interesse eCclusivo#
%ensura;se 4ue esses 2étodos russos são os 2es2os e2pregados por Fitler#
i2 e não# i23 do ponto de vista técnico# i23 no 4ue toca 1ase >isiolHgica da
propaganda 4ue3 nos dois casos3 é a 2es2a a pulsão n 7 ou agressiva Não3
por4ue Fitler usava so1retudo o 2edo 4ue servia para >azer 2archar as 2assas
na direção dese*ada pelo $stado3 ao passo 4ue3 na R3 a >orça propulsora est?
do outro lado da pulsão co21ativa o entusias2o# Na verdade3 o 4ue se cha2a
0eleiçes6 na R3 não é 2ais 4ue u2a 2ani>estação do 4ue se cha2a3
ha1itual2ente3 ho*e 0cultura popular63 e2pregada para ensinar u2 povo 4ue vir?3
talvez3 u2 dia3 a instaurar u2a verdadeira de2ocracia# essa a razão pela 4ual
as 0eleiçes63 na R3 não são3 apesar de tudo3 u2a co2édia3 0u2a violação
psí4uica6 cl?ssica da de2agogia3 2as3 u2a preparação3 u2 prelEdio para u2a
psicagogia coletiva#
Na con*untura atual3 e2 4ue assisti2os ao advento de gigantescos $stados3 a
possi1ilidade de u2a verdadeira de2ocracia3 co2o é postulada pela lHgica e
co2o >oi se2pre o ideal a 4ue tendia2 as idéias e as esperanças das grandes e
verdadeiras de2ocracias do passado3 est? eCcluída# A verdadeira de2ocracia não
ser? realiz?vel senão nu2 >uturo3 provavel2ente longín4uo3 onde a solução
2icrossociolHgica se i2por? aos ho2ens3 isto é3 a vida e2 sociedades de
pe4uena envergadura3 2as3 ligadas entre si3 natural2ente3 coordenadas3
>ederadas#
J? vi2os X9==Y 4ue a idéia de 'reud talvez se*a verdadeira" a sociedade hu2ana
te2 sua srce2 na sociedade pri2itiva totB2ica3 resultante da revolta dos >ilhos
adultos contra o pai;che>e da horda3 4ue aca1aria pelo assassínio do pai# Mas3 a
i2age2 do pai o tote2 persiste na sociedad e pri2itiva e é e2 torno dela 4ue
se cria2 as leis e a 2oral social# A criança3 tornada adulto3 não pode viver se2 a
autoridade do pai3 1usca;a no líder da coletividade3 no che>e de $stado#
Rei)ald X9=7Y .7I=/ diz3 a nosso ver 2uito *usta2ente3 4ue Bnin3 co2o todo
revolucion?rio sincero3 aspirava a >azer declinar o poder do pai3 para instaurar a
coletividade >raternal3 a verdadeira de2ocracia# Bnin era u2 verdadeiro
de2ocrata# Mas3 para poder realizar essa aspiração3 era o1rigado a valer;se de
u2a disciplina de >erro3 a instaurar a ditadura# Assi23 a do2inação da ditadura se
>ez na vida política e econ-2ica e a de2ocracia se a>ir2ava na vida cultural#
D1serva;se então 4ue3 apesar das enor2es co2oçes 4ue so>reu a REssia3 e2
decorrBncia da Revolução3 as pro>undas raízes da a>etividade3 eCteriorizando;se
na vida social3 não >ora2 atingidas" as relaçes entre as 2assas e o líder não
parece2 ter sido sensivel2ente a>etadas# D co2pleCo do pai do2ina ainda ho*e a
REssia co2unista" a posição de talin é u2 teste2unho elo4Uente disso# Ali?s3 o
conhecido *ornalista a2ericano Walter ipp2ann3 de>ende ta21é2 a idéia da
i2possi1ilidade de realização da de2ocracia direta ou i2ediata e tira seus
eCe2plos na vida política dos $stados nidos#
Mas3 entreve2os3 apesar de tudo3 u2a luz3 4ue nos enche de esperanças3 no >ato
de 4ue a evolução3 na REssia3 se veri>ica no sentido de u2 enor2e cresci2ento
das novas ca2adas intelectuais" o conceito político é3 atual2ente3 na REssia3 o de
4ue as 2assas deve2 ser dirigidas por u2a elite# X9=<Y D $stado considera3
ainda3 co2o elites3 o partido# Mas3 dia vir? e2 4ue a 2assa dessas elites
ultrapassar? os 4uadros de u2 partido#
Voltando ao te2a da propaganda soviética3 tería2os 4ue indicar o advento3 na
es>era política 2undial dos Elti2os anos3 do >en-2eno da 0guerra >ria6 entre os
dois gigantes3 a R e os $$3 de 4ue ainda nos ocupare2os no %apítulo #
)apítulo VIII
segredo do sucesso de itler
D >en-2eno Fitler e a con>iguração política na Ale2anha apHs a Pri2eira Guerra
2undial A distinção entre os 0L#===6 e os 0LL#===6 A propaganda e2ocional
popular e a propaganda da persuasão ReC na &élgica e 'ranco na $spanha
instruçes para a propaganda da 'rente de &ronze %riação do entusias2o
Mein ^a2p> T?tica hitlerista Propaganda anti;se2ita (e2agogia social
Apelo aos >atores e2otivos Técnica da propaganda de Fitler Mussolini#
$is;nos3 agora3 e2 >ace de casos recentes3 tornados cl?ssicos3 de Fitler e
Mussolini3 onde o valor real dos princípios3 cu*o estudo é o1*eto deste livro3 se
encontra de2onstrado ine4uivoca2ente# Tente2os3 então3 es1oçar as etapas e
delas retirar os ensina2entos# No ca2po dos aconteci2entos internacionais3
co2eçou pelo ato de pilhage2 levado a e>eito3 na $tiHpia3 pelo satélite italiano
4ue3 isolado3 po1re3 su12etido s sançes de cin4Uenta e duas naçes3 sH p-de
concluir seu assalto graças a*uda política e e>etiva da Ale2anha hitlerista 4ue
*ogava a chantage2 da guerra# D ultra*e 4ue a 'rança tinha eCperi2entado no
Reno não estava ainda es4uecido3 se2 ter havido as conse4UBncias lHgicas e
legais 4ue o 2undo esperava3 en4uanto os diversos países da $uropa central e
1alcOnica3 1e2 co2o a &élgica3 outrora a2iga da 'rança3 caía23 2ais ou 2enos
a1erta2ente3 na Hr1ita da4uele 4ue se tinha declarado seu 0ini2igo 2ortal63 os
*aponeses se apressava2 a vir 0salvar63 co2 ele3 a civilização européia5
desprezando todos os seus pronuncia2entos e todos os tratados3 Fitler invadiu a
mustria3 aneCou;a Ale2anha e l? instaurou seus 2eios selvagens de terror e
1rutalidade5 en>i23 chegando ao cE2ulo3 organizou a 2atança na $spanha3 >ez
per2anecer nas portas da 'rança essa a2eaça constante e3 valendo;se da
desorientação 2ental dos dirigentes das de2ocracias3 pertur1ados3
desconcertados pela passage2 vertiginosa dos aconteci2entos3 preparou o golpe
>atal3 a agressão Tcheco;$slov?4uia5 por u2a 2ano1ra h?1il de inti2idação3
paralisou seus >iadores3 conseguiu 4ue ela >osse a1andonada e a golpeou3
ani4uilando todo o siste2a de de>esa da 'rança3 a este A hege2onia ale2ã na
$uropa estava instaurada3 a etapa seguinte sua hege2onia no 2undo passou
orde2 do dia# @sso continuava3 progredia3 desenvolvia;se" a arrogOncia3 a
aud?cia não tinha2 2ais li2ites# D sucesso de suas pri2eiras investidas não
di2inuíra sua aud?cia te2er?ria# %o2o >oi isso possívelS Dnde estava o segredo
desse prodígioS 0(ese*ava;se evitar a guerra6 diz;se# Mas3 co2o se chegou a
acreditar real2ente nessa guerra3 e2 sua possi1ilidadeS Não era 1astante
evidente 4ue u2a tal guerra3 se viesse a ocorrer3 seria3 antes de tudo3 u2a
co2pleta derrocada para o regi2e de Fitler e para a prHpria Ale2anha e 4ue3
colocada diante da a2eaça de u2a guerra i2ediata3 ela3 2es2o hitlerista3
pensaria 2ais de u2a vez antes de inici?;laS Tudo era u2 logro u2 i2enso 1le>e3
cu*a srce2 provinha do >ato de 4ue a Ale2anha3 na4uele te2po3 aparecia aos
olhos do 2undo3 co2o u2 1loco unido# @sso era o 4ue i2pressionava os 4ue
estava2 ha1ituados s divises e s lutas de opinies no seu prHprio país# Duvia;
se se2pre repetir" 02as3 a política de Fitler >oi su12etida a ple1iscito na
Ale2anha3 o1tendo 88 dos votos6 $ra verdade3 não se podia negar# eria >also
pretender 4ue ele conseguiu isso pelo terror >ísico# a1ia;se 4ue ele con4uistara o
poder na Ale2anha se2 sangue3 se2 u2 golpe#
$ra u2 >ato 4ue ele se i2p-s ao povo ale2ão e 4ue este o levou ao poder# Não
dize2os 0e2 plena consciBncia63 deli1erada2ente# @sso é outra coisa#
eCata2ente disso 4ue ire2os >alar a4ui# Nossa tese é de 4ue ele venceu pela
0ViolBncia Psí4uica6#
A prHpria uni>or2idade dos ple1iscitos hitleristas3 nesse te2po3 não causava 2ais
e2oção# $sperava;se3 estava;se ha1ituado# Mas3 o 4ue é espantoso é 4ue Fitler
podia ainda especular so1re essa aparBncia3 4ue continuava a desa>iar o 2undo
inteiro3 a procla2ar 4ue não era co2 ele apenas 4ue se teria2 4ue haver3 2as3
co2 todo o povo ale2ão3 co2 :L 2ilhes de pessoas3 4ue agia2 no 2es2o
sentido e 4ue3 de acordo co2 o senso co2u23 de2onstrava23 ipso >acto3 4ue
raciocinava23 analisava2 os aconteci2entos e os aprovava2#
D surpreendente3 e2 todo esse assunto3 não é o prHprio >ato de 4ue u2 grande
povo o seguia e3 4uando interrogado3 lhe devolvia3 se2 >altar nenhu23 2ilhes de
cédulas co2 u2a cruz no lugar indicado pelo 'Uhrer5 inco2preensível3 espantoso3
era 4ue as pessoas de >ora3 os governantes estrangeiros3 os políticos
eCperi2entados3 >icasse2 co2o 4ue hipnotizados pela suposição dessa
coerBncia3 da eCistBncia desse 1loco de :L 2ilhes de pessoas3 aprovando co2
votos# $ essa hipnose do 2undo do eCterior 4ue dava a Fitler a aud?cia de
perseverar no 2es2o ca2inho5 sua >orça3 na realidade >ictícia3 provin ha da
>ra4ueza decorrente da auto;sugestão dos seus advers?rios# A4ui3 ainda se
repetia3 e2 escala internacional3 o >en-2eno 4ue per2itira a Fitler su1ir ao poder
na Ale2anha# Vi2os aci2a" nada de 2ístico3 nada de eCtraordin?rio na
uni>or2idade veri>icada na Ale2anha3 o assunto é da alçada da ciBncia positiva
2oderna 4ue o eCplica3 se2 di>iculdade# Para os 4ue pudera2 seguir a evolução
do 2ovi2ento nazista3 os 2étodos de sua propaganda e seus e>eitos e 4ue estão
igual2ente in>or2ados da doutrina de Pavlov3 não resta dEvida" esta2os e2
presença de >atos 4ue se 1aseia2 precisa2ente nas leis3 4ue governa2 as
atividades superiores do ho2e23 os re>leCos condicionados# claro3 não é preciso
acreditar 4ue Fitler ou seu agente Goe11els tenha2 estudado essa doutrina3 4ue
aplicara2 se2 conheci2ento de causa para alcançar seus o1*etivos# onge de
nHs essa idéia# D 4ue é verdade3 é 4ue Fitler3 e2pírico3 se2 o peso de u2
con*unto de doutrinas sociolHgicas e econ-2icas3 4ue opri2e23 4ue co2plica23
4ue desorienta2 o pensa2ento da 2aioria dos ho2ens de $stado3 tenha# por
intuição3 inconsciente2ente3 aplicado na 2anipulação das 2ultides3 na 1atalha
política3 as leis desco1ertas por Pavlov# $3 co2o seus advers?rios na Ale2anha3
desprezando essas teorias ridicularizava2# ta21é2 sua t?tica3 per2anecendo
>iéis s velhas doutrinas ultrapassadas de luta política3 seguiu;se 4ue ele teve3 4ue
devia inelutavel2ente ter sucesso3 sendo o Enico a e2pregar3 na ação3 2étodos
e>icazes3 u2a vez 4ue era2 racionais# (esconcertante3 inco2preensível apHs
tantas de2onstraçes pr?ticas da *usteza de nossa concepção3 de2onstraçes
>eitas no curso dos anos3 por Fitler3 de u2 lado3 e depois da vitHria da doutrina de
Pavlov na ciBncia3 de outro é 4ue não se tenha i2aginado esta1elecer3 entre
esses dois >atos3 u2a correlação3 4ue não se tenha ainda visto claro e 4ue Fitler
pudesse3 assi23 continuar zo21ando do 2undo inteiro# eCtre2a2ente curioso e
in4uietante veri>icar 4ue a t?tica da violBncia psí4uica 4ue tão 1e2 serviu a Fitler e
a outros ditadores no interior de seus países e 4ue >oi o prelEdio da violBncia real3
eCercida3 por eles3 e2 seguida3 4ue essa 2es2a t?tica se*a depois aplicada3 no
plano das relaçes internacionais e dB os 2es2os >rutos aos 4ue dela se serve2#
u2a lei inelut?vel e todas as palavras sensatas3 todas as 2ano1ras3 todas as
co21inaçes não são senão utopia3 tanto 2ais deplor?vel 4uanto encerra u2
perigo e>etivo#
Mas3 veri>icando 4ue no >ato histHrico da aventura hitlerista3 o princípio da violação
psí4uica das 2assas dese2penhou u2 papel de pri2eira i2portOncia e 4ue as
leis 1iolHgicas desco1ertas por Pavlov3 acerca do psi4uis2o ani2al3 tinha2 aí sua
aplicação incontest?vel3 não dese*a2os a>ir2ar havere2 sido apenas esses
>atores 4ue deter2inara2 tais >atos# H1vio 4ue outros >atores sociolHgicos
devia2 ter concorrido ta21é2 para 4ue tais >atos se veri>icasse2# Nas
eCperiBncias de Pavlov3 no la1oratHrio3 para 4ue os re>leCos condicionados
possa2 >or2ar;se nos cães e causar os e>eitos de 4ue te2os atual2ente eCato
conheci2ento3 era preciso3 igual2ente3 4ue certas condiçes se realizasse2" o
2eio 1iolHgico3 as condiçes de lugar3 de te2po3 os caracteres heredit?rios dos
indivíduos su*eitos s eCperiBncias todos esses >atores não podia2 deiCar de ser
levados e2 consideração#
(o 2es2o 2odo3 no >en-2eno Fitler é preciso ter presente a con>iguração de
diversos >atores 4ue nele atuara2# Assi23 co2o diz 2uito 1e2 Rei)ald
.7I=/3 X9=IY para co2preender a in>luBncia de Fitler3 co2o escritor político3
propagandista e psicHlogo de 2assas3 é necess?rio ter e2 conta as
particularidades do su1stratu23 onde essa in>luBncia devia eCercer;se3 isto é3 os
ele2entos psico;étnicos do povo ale2ão# Fitler corpori>icava certos co2pleCos
pro>undos desse povo# evava consigo os caracteres típicos da classe 2édia
ale2ã 4ue se identi>icava co2 ele# D 4ue caracteriza essa ca2ada das 2assas
ale2ãs3 encontrou sua eCpressão nu2 provér1io popular 4ue diz de u2 ciclista"
0(o alto3 curva sua espinha3 de1aiCo3 pisoteia 2ais e21aiCo56 X9=9Y é a i2age2 da
su12issão aos 4ue estão aci2a e da 1rutalidade co2 os 4ue estão 2ais a1aiCo#
Para nHs ta21é2 a hora alegre e gloriosa da luta soar?### i23 ser? u2a hora
alegre3 u2a hora grandiosa 4ue te2os o direito de pedir no segredo de nossos
votos# (ese*ar a guerra e2 altas vozes3 trans>or2a;se3 2uitas vezes3 nu2 orgulho
vão ou nu2 ridículo tinir de sa1res# Mas3 é preciso 4ue3 e2 silBncio3 no >undo dos
coraçes ale2ães3 viva o gosto da guerra e u2a aspiração para ela#
Du3 ainda3 u2 teCto do conde &oth2er3 u2 dos >undadores de u2a dessas
sociedades >ederadas"
D instinto guerreiro est? atual2ente a2eaçado e2 toda parte# 2 período de paz
prolongada3 o cresci2ento de u2 1e2;estar geral traze2 e>eitos de1ilitantes5
*unte;se a in>luBncia 2uito perigosa 4ue os apHstolos da paz internacional
eCerce2
sociedade 0culta6#
2enos3 Agraças a (eus3
2aneira so1resensíveis5
de da2as as 2assassHsãs
nos4ue so1reosu2a
pinta2 parte da
horrores da
carni>icina3 se2 nada dizer do poder ideal 4ue se 2ani>esta na 2orte herHica do
ho2e23 grande ou pe4ueno5 en>ra4uece2;nos i2pedindo u2a geração de1ilitada
de olhar u2a guerra 4ue vir?3 4ue deve vir e 4ue ser? 2ais terrível 4ue todas as
4ue a precedera2#
Para a @t?lia3 1asta citar as palavras 4ue o grande poeta italiano Ga1riel
(\Annunzio gostava de repetir3 o 4ual rivalizava3 durante a guerra3 co2 Mussolini3
nos eCcessos de u2a linguage2 1elicosa5 aos ru2ores de con>erBncias para u2
ar2istício3 dizia" 0@sso >ede a paz#6
Mas3 apesar de tudo o 4ue >oi dito a propHsito das circunstOncias 4ue
deter2inara2 a su12issão da Ale2anha loucura hitlerista3 dese*ar acusar todo o
povo ale2ão co2o culpado do desencadea2ento da egunda Guerra 2undial e
de atrocidades 4ue >ora2 co2etidas3 por ele3 nessa guerra3 seria in*usto" a 1o21a
at-2ica de Firoshi2a e os horríveis 1o21ardeios das cidades ger2Onicas pela
aviação anglo;saC-nica3 por 0Tapetes de 1o21as6 e 1o21as incendi?rias3
e4Uivale2 aos atos dos pri2eiros e3 alé2 disso3 insisti2os e2 4ue o e2prego
2etHdico da violação psí4uica das 2assas teria certa2ente dado3 e2 4ual4uer
parte3 os 2es2os resultados 4ue na Ale2anha e 4ue toda di>erença reside e2
4ue os dirigentes ale2ães3 co2o 1ons organizadores3 sou1era2 ordenar essa
aplicação onde os outros se 2ostrara2 incapazes#
Rei)ald .7I=/3 X9=QY na sua crítica3 reprovou;2e por não haver tentado pes4uisar
se a >aculdade de so>rer a violação psí4uica era u2a característica dos ale2ães3
ao contr?rio dos outros povos# Na realidade3 eu disse 4ue as leis do
>unciona2ento do siste2a nervoso3 eCistindo e2 todos os ho2ens3 as reaçes
não
4ue pode2
u2a certadeiCar de ser 4uantitativa
di>erença as 2es2as na e2proporção
todos os povos5 contudo3e édos
dos viol?veis 1e2 prov?vel
resistentes
se veri>ica3 2as3 não pode ser tão grande 4ue per2ita reprovar ao povo ale2ão
sua atitude ou consider?;lo o Enico respons?vel pela de>lagração da egunda
Guerra 2undial#
Preocupe2o;nos e2 1e2 analisar o 2ecanis2o histHrico dos sucessos
te2por?rios dos ditadores3 o1tidos por 2eio de ar2as psí4uicas3 pela propaganda#
D ponto de partida3 co2o *? vi2os3 era a circunstOncia de 4ue os ho2ens não
tB23 de >or2a algu2a3 a 2es2a reação diante das tentativas de sugestão 4ue
lhes 4ueira2 i2por# Alguns sucu21e2 e outros resiste2# A proporção entre esses
dois grupos é de cerca de 8= para 7=# 'oi esta1eleci da3 co2o se vB a seguir3 por
2eio de estudos estatísticos na Ale2anha# %o2o critério de resistBncia ou de u2a
certa atividade política 1ase de raciocínio ou3 e2 ter2os >isiolHgicos3 co2o
critério da presença dos processos de ini1ição condicionada3 to2ei as ci>ras do
co2pareci2ento aos co2ícios políticos e2 Feidel1erg3 e2 78I<# Nessa cidade de
Z=#=== eleitores con>rontaçes posteriores esta1elecera2 4ue as proporçes
era2 aproCi2ada2ente as 2es2as e2 outros lugares as concentraçes do
partido social;de2ocr?tico3 o 2ais ativo e o 2elhor organizado3 era2 >re4Uentadas
por Z== a Q== pessoas3 no 2?Ci2o <#===# D nE2ero era o 2es2o para os
nazistas3 não dando os outros partidos centro catHlico3 co2unistas3 li1erais
*untos3 2ais 4ue cerca de 7#===# Adicionando esses nE2eros3 o1té2;se o total de
L#===# Mas3 sendo o nE2ero de eleitores de Z=#===3 podia;se perguntar onde
estava2 os outros LL#===# Dra3 era2 precisa2ente esses ele2entos passivos ou
hesitantes 4ue3 tendo os 2es2os direitos eleitorais 4ue os L#=== ativos3
deter2inava23 evidente2ente3 o resultado de u2a ca2panha eleitoral e o o1*etivo
da propaganda de todos os partidos era ganh?;los3 >azB;los votar e2 sua legenda#
A chave da propaganda política est? aí#
Ds dois grandes propagandistas de nossos te2pos3 Bnin e Fitler3 *? suspeitava2
dessa verdade# D pri2eiro diz3 nos seus tra1alhos" 0D propagandista
revolucion?rio deve pensar nu2a escala de centenas3 o agitador3 e2 dezenas de
2ilhares e o organizador3 o 4ue guia a revolução e2 2ilhes6#
Ple!hanov3 advers?rio doutrin?rio de Bnin3 a 4ue2 este considerava seu 2estre3
encontrou u2a >Hr2ula >eliz para essa distinção5 diz ele" 0D propagandista inculca
2uitas idéias e2 u2a sH pessoa ou e2 u2 pe4ueno nE2ero de pessoas5 o
agitador3 u2a sH idéia ou u2 pe4ueno nE2ero de idéias5 e2 troca3 inculca;as e2
toda u2a 2assa de pessoas6# $ Bnin co2pleta" 0D propagandista age
principal2ente por escrito3 o agitador3 de viva voz6# X9=8Y $ Fitler3 no seu Mein
^a2p> .::/ pensa da 2es2a >or2a3 4uando escreve" 0a tare>a da propaganda é a
de atrair adeptos3 a da organização3 a de captar seguidores3 de >ili?;los ao
partido#6
$ssas duas >unçes da atividade do propagandista político visa2 então a duas
categorias di>erentes de indivíduos# uais são suas característicasS (e onde
provB2S Vi2os 4ue o grande contingente dos 0LL#===6 é >or2ado pelos
indi>erentes3 hesitantes ou ta21é2 preguiçosos3 >atigados3 desgastados3
depri2idos pelas di>iculdades da vida 4uotidiana# Adler considera nossos
conte2porOneos co2o nevrosados# Todas essas pessoas são3 co2o *? vi2os3
seres cu*o siste2a nervoso é inst?vel3 4ue se deiCa2 >acil2ente i2pressionar pela
sugestão i2perativa3 4ue são >acil2ente to2ados pelo 2edo e 4ue3 2uitas vezes3
se alegra2 de poder ser do2inadas e guiadas# $ a grande 2assa dos pe4uenos
1urgueses3 dos 2édios3 2as3 ta21é2 dos ca2poneses e até dos oper?rios cu*a
consciBncia de classe não >oi ainda despertada# 'inal2ente3 u2a grande 2assa
de 2ulheres entra3 ta21é23 nessa categoria3 do 2es2o 2odo 4ue os *ovens# A
propaganda hitlerista3
ta21é2so1retudo3
não sedos
li2itava a apelar para ospara
adultos3 para os
eleitores3 2as para os *ovens dois seCos e 2es2o as crianças#
Fitler dizia aos recalcitrantes" 0e não vindes para nossas >ileiras3 não >az
di>erença3 2as3 vossos >ilhos3 nHs os tere2os3 apesar de tudoK6# $ Mussolini3 co2
seus &alilas não dese*ava >icar atr?s" não havia espet?culo tão revoltante co2o a
visão de >ilas de crianças3 co2 luvas 1rancas3 2archando nos do2ingos pelas
ruas das cidades italianas3 ao so2 de ta21ores# $Cplorando a sensi1ilidade
in>antil3 o gosto de aventuras3 o senti2ento de in>erioridade natural3 os ditadores
instilava23 i2pune2ente3 o veneno nos 2ecanis2os psí4uicos das >uturas
geraçes# A 4ue resultados ne>astos isso levava3 vB;se pelo culto da 2orte3 4ue se
desenvolveu na *uventude ale2ã5 slogans anor2ais era2 espalhados"
02orrere2os por Fitler5 nasce2os para 2orrer pela Ale2anha3 pelo 'Uhrer3 etc#6#
A propaganda de sugestão achava3 natural2ente3 u2 ca2po >értil entre as
2ulheres5 aderia23 apesar das idéias anti>e2inistas do 2ovi2ento nazista3 4ue
procurava encerr?;las nova2ente nu2a escravidão 2edieval#
auv+ .79</ X97=Y >ala de 0zonas 2Hveis6 da opinião e distingue cinco variedades
possíveis entre o derrotis2o e a corage23 to2ados co2o critério para a
di>erenciação dessas zonas" são3 a princípio3 os 4ue tra1alha2 ativa2ente pela
derrota cha2a;los;e2os de pessi2istas ativos5 depois3 são os 4ue espera2 a
derrota e se alegra23 antecipada2ente3 se2 tra1alhar por ela os pessi2istas
passivos5 e2 seguida3 os 4ue te2e2 a derrota3 2as não resiste2 a esse
senti2ento e nada >aze2 para evit?;lo são os passivos a1solutos" é o grupo 4ue
2elhor corresponde ao nosso grupo V .viol?veis 8=/5 a seguir3 os 4ue resiste2
ao te2or da derrota e ali2enta2 a esperança de poder evit?;la os oti2istas
passivos5 e3 >inal2ente3 os 4ue não encara2 4ual4uer possi1ilidade de derrota e
se levanta2 ativa2ente para co21atB;la são os oti2istas ativos#
Assi23 pode;se dizer 4ue3 >azendo agir3 deli1erada2ente3 certas açes tHCicas
so1re o siste2a cére1ro;espinal dos indivíduos3 chega;se a provocar estados de
arre1ata2entos greg?rios3 por 2eios arti>iciais# (esses >atores3 os principais são"
a sugestão 4ue age por i2presses so1re os sentidos3 e2 seguida a pr?tica 4ue
designa2os por Gin?stica revolucion?ria e 4ue consiste na repetição de certos
2ovi2entos 2usculares prHprios para 2ergulhar na vertige2 e nu2 estado 2ais
ou 2enos inconsciente a4ueles 4ue os pratica25 en>i2 as >orças psí4uicas3
cha2adas ocultas3 ainda desconhecidas3 2isteriosas co2par?veis e2issão de
ondas e 4ue pareceria2 poder penetrar direta2ente3 até os centros nervosos#
X9<7Y
2 traço característico da propaganda hitlerista consistia e2 4ue se criava3 e2
torno de seu no2e3 u2a espécie de legenda de herHi nacional5 é H1vio 4ue se
tratava de u2 e2aranhado de eCageros e >re4Uente2ente de inverdades3 2as3
a4ui3
2eio ainda u2a vez3
de do2inar aso 2assas
car?ter da senso;propaganda
psi4uica2ente3 torna;se 2ani>esto
de 2antB;las nu2 estadoco2o
de
escravidão 2ental#
Na verdade3 a personalidade de Fitler3 to2ada o1*etiva2ente3 não serve3 de >or2a
algu2a3 para eCalt?;lo co2o grande ho2e2 de $stado3 co2o che>e 2ilitar3 ou
co2o re>or2ador de grande estilo# Ao contr?rio3 o 4ue se sa1e de sua 1iogra>ia >?;
lo aparecer co2o u2a >igura 1astante 2edíocre3 e21ora caracterizada por u2
siste2a nervoso eCtre2a2ente sensível3 indo até 4uase a 2or1idez# Apesar
dessa sensi1ilidade3 Fitler3 2ovido por u2a sede des2esurada de poder3 não
hesitou e2 a>ogar o 2undo inteiro e2 sangue# (esse lado3 seu car?ter le21ra
2uito o de Mar+ &a!er;$dd+3 a >undadora de %hristian cience3 de 4ue te>an
`)eig d? u2a descrição i2pressionante# D de2-nio de sua atividade
surpreendente3 4ue não a deiCava 2es2o no leito da 2orte3 co2 a idade de Q=
anos3 a1atida pela velhice e pela doença3 era ta21é2 o da sede de poder3
associada do dinheiro# A21os 2ostrara2 u2a energia desen>reada3 4ue surgia
repentina2ente de longos períodos de u2 estado de depressão let?rgica pelo
e>eito do contato co2 as 2ultides5 a21os era2 eCtre2a2ente egoístas3 2as3 ao
2es2o te2po3 capazes de agradar 2ultidão5 e a21os 0eCercia2 u2a atração
so1re os ho2ens3 4ue le21rava a da luz so1re as 2ariposas#6 X9<<Y
No livro de Fitler3 Mein ^a2p>3 .Minha uta/ .::/3 e2 torno de 4ue se >ez u2a
enor2e pu1licidade e 4ue3 do ponto de vista >ilosH>ico3 sociolHgico e 2es2o
político3 não te2 2érito algu23 2as3 4ue3 so1 o aspecto da técnica da propaganda
hitlerista3 te2 certo valor3 o autor eCpe alguns princípios si2ples e 2étodos de
propaganda e2pregados na sua luta#
Nesse livro Fitler3 e2 :== p?ginas3 conta sua prHpria histHria 1astante p?lida3
ali?s3 reduzida e velada para os anos de guerra e se estende3 e2 seguida3 co2
co2placBncia so1re os 2íni2os por2enores da organização e peripécias de seu
2ovi2ento# F? eCageros" ningué2 acreditar?3 por eCe2plo3 4ue 4uarenta de seus
rapazes .os #A#/ tenha2 eCpulsado e 1atido3 até sangrar3 e2 :== oper?rios3
2ilitantes co2unistas e socialistas#
Ds capítulos de Mein ^a2p>3 e2 4ue Fitler .::/ descreve os princípios de
propaganda 4ue e2pregou e sua t?tica3 tB2 u2 certo interesse# As p?ginas e2
4ue >ala da 'rança3 desse 0principal ini2igo6 da Ale2anha3 seu 0ini2igo 2ortal63 o
país dos 01astardos negrHides6 e assi2 por diante3 são 2uito instrutivas para os
>ranceses3 especial2ente 4uando conclui" 0esses resultados .o ani4uila2ento da
'rança/ não serão atingidos ne2 por preces ao enhor3 ne2 co2 discursos3 ne2
por negociaçes e2 Gene1ra3 2as por u2a guerra sangrenta3 pelo gl?dio
ale2ão6# Para isso3 4uere2os reto2a r nossas ar2asK0#.::/# 0Mas então é preciso
4ue todo
Elti2o i2presso3
*ornal3 desde
4ue todo o al>a1eto
teatro e2 4ue toda
e todo cine2a3 as crianças
coluna aprende2 a ler3
de anEncios até o
e toda
paliçada livre se*a2 postos a serviço dessa Enica e grande 2issão3 até 4ue a
invocação pusilOni2e 4ue nossas associaçes patriHticas dirige2 atual2ente ao
céu" 0enhor3 tornai;nos livres6 se trans>or2e no cére1ro da 2enor das crianças
nessa ardente prece" 0(eus Todo Poderoso3 a1ençoa u2 dia nossas ar2as" sB tão
*usto co2o se2pre >oste5 decide agora se 2erece2os a li1erdade3 enhor3
a1ençoa nosso co21ateK6
eu outro ini2igo era a nião oviética" ele a te2ia e odiava;a co2 u2 Hdio tão
intenso 4uanto cego# endo o 4ue diz no seu livro3 >ica;se pas2ado de seus
propHsitos# $is u2 eCe2plo" 0NHs3 os Ale2ães3 >o2os eleitos pelo destino para
assistir a u2a cat?stro>e 4ue ser? a prova 2ais sHlida da procedBncia das teorias
racistas a respeito das raças hu2anas6# Não havia3 co2 e>eito3 para Fitler3
nenhu2a dEvida de 4ue os Russos era2 u2a 0raça de segunda orde26 e
destinada a ser do2inada e guiada pelos Ale2ães# A histHria dos anos 4ue se
seguira2 2ostrou o valor dessa a>ir2ação gratuita de Fitler#
Passe2os3 agora3 parte 2ais interess ante do livro de Fitler3 e2 4ue ele >ala da
propaganda política# (eve;se notar3 antes de tudo3 a i2portOncia 4ue Fitler lhe
dava5 de >ato3 diz3 a esse respeito" é a arte3 por eCcelBncia3 de guiar politica2ente
as grandes 2assas65 e2 78I<3 durante as con>erBncias co2 o %hanceler &rUning3
declara" 0considero essa 4uestão3 antes de tudo3 co2o agitador65 no congresso de
Nure21erg3 e2 78IZ3 eCcla2a" 0a propaganda nos conduziu ao poder3 a
propaganda per2itiu;nos conservar depois o poder3 a propaganda3 ainda3 nos dar?
a possi1ilidade de con4uistar o 2undo6#
$is co2o ele conce1e a t?tica da propaganda X9<IY a tare>a da propaganda não é
a educação cientí>ica de cada u23 2as3 a indicação 2assa dos >atos3
aconteci2entos3 necessidades3 etc### cu*a signi>icação e ensina2entos entra2 no
seu raio de interesses0# $ para 4ue esses ensina2entos não desapareça23 para
4ue os re>leCos condicionados3 assi2 inculcados3 não se eCtinga23 co2o diz
Pavlov3 é preciso 0reaviv?;los63 consolid?;los e o 2elhor 2étodo é o ensina2ento
pelo >ato concreto3 a 0ação direta6" 0greves3 ocupação de >?1ricas3 pilhagens
organizadas3 co21ates de rua3 se se trata de reivindicaçes sociais3 agresses
contra os $stados vizinhos e guerras de con4uista3 se as pretenses 4ue >ora2
anunciadas visa2 a u2a pertur1ação de orde2 internacional6 X9<9Y
Assi23 ve2os 4ue Fitler apreendeu 2uito 1e2 a regra geral3 4ue do2ina tudo3 se
dese*a2os colocar;nos nu2 plano de ação da propaganda se2 escrEpulo3 1asear;
nos so1re o princípio da violação psí4uica nas 2assas# doloroso e a1o2in?vel3
2as3 no 2o2ento e2 4ue u2 dos lutadores ultrapassou a >ronteira da lealdade3
seu advers?rio não te2 2ais escolha3 deve resignar;se a utilizar as 2es2as
ar2as### ou perecer5 o prHprio Fitler diz da propaganda" 0é u2a ar2a terrível na
2ão de 4ue2 a conhece#6 X9<LY
Na verdade3 Fitler não e2itiu 4ual4uer idéia srcinal na sua propaganda5 todas as
>Hr2ulas são retiradas de >ora3 especial2ente dos 2ovi2entos socialistas e do
>ascis2o italiano# Ali?s3 ele prHprio diz no seu livro .::/" 0aprende2os 2uito da
t?tica dos nossos ini2igos63 considera a 0propaganda das atrocidades63 e3 e2
geral3 a de Northcli>>3 durante a guerra de 7879;7Q3 co2o u2a o1ra de inspiração
genial# D 4ue caracteriza portanto3 Fitler3 é a aplicação conse4Uente e e2 enor2e
escala das regras dessa propaganda# Mas3 nesse caso surge o pro1le2a dos
recursos para e2preender essa pu1licidade e2 tão grande e tão vasta escala#
$sse pro1le2a não o>erecia di>iculdades a Fitler3 pois3 ele a>ir2a nu2a
asse21léia nazista e2 &erli2" 0>are2os nossa propaganda s eCpensas de
outros3
para oschegare2os
en>i2 s.o>ontes >inanceiras 4ue até a4ui correra2
nacionais ale2ães65 grande partido reacion?rio/ X9<ZY $ssas so2ente
>ontes são
1e2 conhecidas" os grandes 2agnatas da indEstria# %hegado ao poder3 Fitler
atri1uiu ao seu Ministério de Propaganda enor2es so2as" e2 78I93 o orça2ento
desse Ministério se elevava a 7:= 2ilhes de >rancos e nos anos seguintes3 as
despesas totais co2 propaganda3 no interior e no estrangeiro3 atingira2 L==
2ilhes de 2arcos3 o 4ue e4Uivale a 9== 1ilhes de >rancos atual2ente#
D outro 2eio de 4ue se servia Fitler para >azer penetrar sua propaganda e2 todos
os lugares3 desde 4ue su1iu ao poder3 era a o1rigação3 para todos os ale2ães3
nos dias e2 4ue pronunciava seus discursos3 de escut?;los pelo r?dio5 as *anelas
dos 4ue possuía2 aparelhos receptores devia2 >icar a1ertas3 a >i2 de 4ue os
vizinhos e transeuntes pudesse2 ouvir as suas palavras X9<:Y
uais são as idéias políticas de 4ue se nutria sua propagandaS a1e;se 4ue ela
era 1astante ele2entar e as idéias 4ue eCpunha sH podia2 atuar so1re as
grandes 2assas a2or>as dos 0LL#===63 co2o as cha2a2os e3 ainda3 e2 virtude
do car?ter e2ocional dessa propaganda3 do apelo contínuo pulsão n 73 a 4ue
do2ina nas reaçes de 2edo e entusias2o guerreiro# Goe11els X9<QY declara3
co2 e>eito" 0a propaganda deve procurar si2pli>icar as idéias co2plicadas6 e Fitler
acentua no seu livro .::/" 0para ganhar as 2assas3 é preciso3 e2 proporçes
iguais3 contar co2 sua >ra4ueza e sua 1estialidade65 e 2ais" 0é necess?rio 1aiCar o
nível intelectual da propaganda3 tanto 2ais 4uanto 2aior >or a 2assa dos ho2ens
4ue se dese*a atingir6# a1e;se 4ue a propaganda hitlerista eCplorava o
senti2ento nacional do povo ale2ão3 ou 2elhor3 usava u2a >raseologia
nacionalista e chauvinista" a legenda 0punhalada nas costas do eCército63 durante
a guerra5 0a paz igno2iniosa de Versalhes63 o 0resta1eleci2ento da honra
nacional63 os 0cri2inosos de nove21ro6 tais era2 os slogans da propaganda a
esse respeito# ue não era2 sinceros3 vB;se do >ato de 4ue3 onde não havia
interesse político de provocar u2a agitação3 aco2odava;se 2uito 1e2 a
0opressão dos ir2ãos ale2ães6# a sorte do Tirol do ul3 das 2inorias ale2ãs na
Pol-nia3 era2 eCe2plos co2pro1atHrios# A>ir2ou;se3 >re4Uente2ente3 nos países
de2ocr?ticos3 4ue Fitler conseguiu i2por;se ao povo ale2ão3 graças derrocada
da Ale2anha na guerra3 u2a vez 4ue u2a derrota engendra se2pre a reação#
0$ssa asserção3 co2o 2uito 1e2 diz MUnzen1erg3 no seu livro Propaganda als
Wa>>e .A Ar2a da Propaganda/ .7=Q/3 é >alsa3 por4ue a histHria nos 2ostra 2uitos
eCe2plos e2 4ue u2a derrota 2ilitar provocou revolução popular no sentido do
progresso social6#
Dutra 0idéia6 da propaganda hitlerista3 4ue e2ocionou o 2undo inteiro3 era a das
perseguiçes anti;se2itas conse4UBncia lHgica das 0teorias racistas63 pro>essadas
pelos ignorantes da ciBncia 1iolHgica 2oderna3 4ue estava2 >rente da Ale2anha
de então# 2 eCe2plo dessa propaganda3
social3 era o 4ue
eCplorava3 ao 2es2o te2po3u2
as
idéias racistas e a de2agogia cartaz nazista 4ue representava
*udeu gordo3 >u2ando u2 charuto e segurando os cordes de u2 grupo de
2arionetes" 1an4ueiros da %it+3 1olchevistas3 ho2ens de negHcio a2ericanos3
padres catHlicos3 etc# A 1rutalidade dessa propaganda co2 esses caracteres era
tal 4ue a tornava odiosa e >acilitava a tare>a de 2o1ilização3 no eCterior3 das >orças
anti;hitleristas# $ra o calcanhar de A4uiles da propaganda de Fitler3 4ue não sou1e
2ano1rar co2 ha1ilidade e 4ue3 por seus e>eitos negativos3 destruía3 por si
2es2o3 as vantagens 4ue o1tinha pelos outros 2étodos# 2 eCe2plo
particular2ente odioso dessa propaganda anti;se2ita3 4ue e2ocionou os
intelectuais de todos os países3 era o >il2e nazista D Judeu Uss#
Dutra característica da propaganda hitlerista no 4ue respeita a seu conteEdo
ideolHgico3 para uso interior3 era a desen>reada de2agogia social 4ue ele
e2pregava# Fitler teve a intuição de 4ue3 para con4uistar as 2assas3 não devia
choc?;las desde o princípio" e3 seguindo as idéias 2edievais3 nacionalistas3 deu;
lhes u2 >undo social3 chegou concepção e >or2a hí1rida de u2 nacional;
socialis2o# D socialis2o era3 nesse caso3 u2 engodo3 4ue dava a Fitler a
esperança de atrair as 2assas oper?rias e ca2ponesas3 se2 >erir as classes
2édias3 4ue era2 seu principal suporte# Não hesitou e2 pro2eter a todas as
ca2adas sociais a realização integral de suas aspiraçes integrais" au2ento de
sal?rios para os oper?rios3 garant ia de lucro para os patres3 elevação de preços
para os produtos dos co2poneses3 1aratea2ento dos gBneros ali2entícios para
os citadinos3 e assi2 por diante# Jogou na circunstOncia de 4ue os ho2ens3
presos entre o 2edo das sançes e o atordoa2ento est?tico3 criado arti>icial2ente
pelo ta2;ta2 guerreiro3 pela atuação da propaganda so1re sua sensi1ilidade3 não
veria2 as contradiçes de suas pro2essas e se deiCaria2 prender o 4ue >oi3
ali?s3 o caso# %o2o 1e2 diz MUnzen1erg .7=Q/3 entre os eCtre2os da idéia
socialista 0tudo pertence a todos6 e a capitalista 0tudo pertence a u2 sH03 ele
lançou o slogan 4ue não dese*a dizer coisa algu2a 0a cada u2 o seu6# $nvolvida
por todos os >ogos de arti>ício da propaganda3 essa de2agogia3 apesar de tudo3
teve sucesso# eus dois slogans3 4ue dese2penhava2 o papel de ar2adilha para
os oper?rios e 4ue devia2 *usti>icar3 de algu2a >or2a3 a parte socialista de sua
2arca de >?1rica3 seu pseudo;anticapitalis2o3 era2 .Ge2einnutz vor $igennutz .A
utilidade co2u2 antes da utilidade privada/ e &rechung der `ins!nechtscha>t .o
ani4uila2ento da servidão do interesse capitalista/5 é inEtil adiantar 4ue3 chegando
ao poder3 não cu2priu suas pro2essas#
$2 geral3 pode;se dizer co2 (o2enach X9<8Y .9L/ 4ue a propaganda de Fitler3
encarada so1 esse ponto de vista3 deve ser caracterizada co2o u2a 0verdadeira
artilharia psicolHgica3 onde tudo 4ue te2 valor de cho4ue é e2pregado3 onde3
>inal2ente3 a idéia não prevalece3 contanto 4ue a palavra o >aça6K
$ssa propaganda não indica 2ais o1*etivos concretos5 ela se eCpande e2 gritos
de guerra3 e2 i2precaçes3 e2 a2eaças3 e2 pro>ecias vagas e3 se é preciso
>azer pro2essas3 são de tal >or2a eCcessivas 4ue não pode2 alcançar o ser
hu2ano senão e2 u2 estado de eCaltação e2 4ue responde se2 re>letir#
uanto s idéias 4ue do2inava2 sua propaganda no eCterior3 era2 duas
principais" o pacto anti!o2itern3 o ata4ue desen>reado contra o co2unis2o e
so1retudo contra a nião oviética e a crítica ou antes3 os vitupérios contra as
de2ocracias# Para atingir o pri2eiro o1*etivo3 a4uilo co2 4ue sonhava Fitler era
u2a cruzada contra o rival do $ste3 cu*a >orça au2entava3 se2 cessar e 4ue lhe
1arrava o ca2inho5 nessa cruzada3 sua propaganda e2pregava o slogan 0$uropa3
despertaK63 u2a a2pliação do outro3 4ue lhe >oi Etil3 a seu te2po3 no prHprio país"
0Ale2anha3 despertaK6 %ontra as de2ocracias3 e2 geral3 a propaganda se >azia
cada vez 2ais intensa nos anos 4ue precedera2 a egunda Guerra Mundial#
Natural2ente3 para tornar a i2prensa servil3 o Ministério de Propaganda de Fitler
ali2entava u2a grande parte3 especial 2ente no estrangeiro3 co2 os recursos do
0>undo dos reptis63 a eCe2plo de &is2arc!#
Para incutir nas 2assas as idéias de 4ue trata2os aci2a e 4ue3 segundo a
eCpressão do prHprio Fitler3 era2 despo*adas de todas as controvérsias e
co2plicaçes3 de todos 0 2as3 sH havia u2a possi1ilidade" a 0Persuasão pela
>orça63 a violação psí4uica por u2a propaganda e2otiva 1aseada no 2edo#
Fitler3 ali?s3 4ue2 diz .::/" 0é apenas na aplicação per2anente2ente uni>or2e da
violBncia 4ue consiste a pri2eira des condiçes de sucesso# $3 e2 conse4UBncia3
não havia u2 sH discurso de Fitler 4ue não contivesse o apelo violBncia3 u2a
a2eaça3 a apologia da >orça 2ilitar3 etc# No %ongresso de Nure21erg3 e2 78IL3
eCcla2a" .::/0e algu2 dia 2e decidir a atacar u2 ini2igo3 não o >arei co2o
Mussolini" não entrarei e2 entendi2entos e não 2e prepararei durante 2eses3
2as >arei o 4ue se2pre >iz na 2inha vida" precipitar;2e;ei so1re o advers?rio3
co2o o raio na noite6# u2a linguage2 de inti2idação3 4ue atinge seu paroCis2oK
eus adeptos co2preendera2;lhe 1e2 o 2étodo" vB;se na prece de u2 pastor
evangélico3 4ue diz" 0creio 4ue a li1erdade vir? do Pai celeste3 se acreditar2os na
nossa prHpria >orça6 .::/# Rara2ente a propaganda ousa e2pregar in*Erias3
eCpresses co2o a de Fitler" 0gentalha3 pati>es3 per*uros3 proCenetas3 assassinos3
prostitutas intelectuais3 etc#6# A>inal3 Fitler d? a seus advers?rios a >Hr2ula de 4ue
se serviu e 4ue3 segundo ele3 condiciona o sucesso" 0$ssa t?tica 4ue se 1aseia na
*usta avaliação das >ra4uezas hu2anas3 deve conduzir 4uase auto2atica2ente ao
sucesso3 se o partido advers?rio não aprende a co21ater o g?s as>iCiante co2
g?s as>iCiante# D terror no estaleiro3 na >?1rica3 ter? se2pre pleno BCito3 até 4ue
u2 terror igual não lhe 1arre o ca2inho6# X9I=Y
'alando das regras da t?tica geral a e2pregar3 entende 4ue a unidade do
co2ando é a 1ase de todo sucesso ta21é2 na propaganda política e preconiza 0o
>orte é 2ais >orte 4uando per2anece sH6# Dutra regra é de *a2ais >alar no
condicional" 0sH a a>ir2ação indicativa ou i2perativa conserva a psicose do poder
nos a2igos3 a psicose do terror nos ini2igos6# X9I7Y Aconselha 0*a2ais pedir ou
esperar3 2as3 se2pre pro2eter e a>ir2ar#6 $3 2ais ainda" a propaganda deve
se2pre repetir 4ue os nazistas são os vencedores3 4ue vencerão5 cada tu2ult o é
se2pre apresentado co2o u2a vitHria# $ isso3 co2o diz Fitler3 para 0provocar a
>orça sugestiva3 4ue deriva da con>iança e2 si6# $sse preceito est? estreita2ente
ligado a outra característica da propaganda hitlerista3 o e2prego da velhacaria# A
histHria do incBndio do Reichstag e a 2aneira co2o >oi eCplorado é u2 eCe2plo
>lagrante e 1e2 conhecido# $ntre os o>iciais do eCército3 na i2prensa3 na escola3
nas cançes e no cine2a >este*ava2;se os agentes secretos3 os assassinos
políticos3 co2o herHis#
D 4ue era 2ais característico da propaganda hitlerista é 4ue ela se propunha
deli1erada2ente alcançar a totalidade da população do país e de não se restringir
a in>luenciar os eleitores3 partindo do >ato de 4ue a a21iBncia psicolHgica devia3
por sua vez3 agir so1re estes# (aí por4ue >undava toda sua ação no apelo aos
>atores e2otivos# Fitler .::/ diz no seu livro" 0na sua grande 2aioria3 o povo se
encontra nu2a disposição e nu2 estado de espírito a tal ponto >e2ininos3 4ue
suas opinies e atos são deter2inados 2uito 2ais pela i2pressão produzida
so1re os sentidos 4ue pela pura re>leCão6# $3 para atingir esses >ins3 tudo é 1o2"
assi23 Fitler declara nu2 discurso3 dirigindo;se s 2ulheres" 04uando chegar2os
ao poder3 cada 2ulher ale2ã ter? u2 2arido6# X9I<Y %once1e;se >acil2ente 4ue o
che>e da i2prensa do 2ovi2ento nazista acentue 4ue >ora2 so1retudo as
2ulheres 4ue 2uitas vezes salvara2 o 2ovi2ento nos 2o2entos prec?rios de
sua eCistBncia#
principal2ente a *uventude a 4ue Fitler visa co2o ele2ento sensível e 4ue sua
propaganda pode utilizar >acil2ente co2o veículo de suas idéias e de suas açes#
$la se deiCa >acil2ente >anatizar pelas eCcitaçes repetidas e3 arrastada nu2a
psicose coletiva3 correspondente sua sede de aventuras ro2Onticas3 é 2uito
1e2 capaz de se entregar a violBncias 4ue 0nada tB2 a inve*ar s açes 1rutais
das sociedades secretas de selva a>ricana ou crueldade dos e>e1os
lacede2-nios 4ue se acreditava2 2eta2or>oseados e2 lo1os3 lees e outros
ani2ais >erozes e3 vestidos de pele de urso ou lo1o3 co2etia2 as piores
2aldades3 aterrorizando tanto os 2e21ros de sua tri1o co2o seus
ini2igos3 X9IIY D $stado espartano os utilizava para tare>as policiais3 destinadas a
2anter3 nu2 te2or servil3 a4ueles so1re 4ue2 pesava sua i2piedosa opressão6#
$sses adeptos da licantropia X9I9Y da antigUidade encontrava2 seus i2itadores
no 2undo ger2Onico da @dade Média u2a organização de *ovens do te2po de
Fitler adotou 2es2o o no2e de Wer)ol>3 lo1iso2e2 do >olclore#
0D hitleris2o corro2peu a concepção leninista da propaganda" >ez dela u2a ar2a
e2 si 2es2a3 de 4ue se serve3 indi>erent e2ente3 para todos os >ins# As palavras
de orde2 leninistas tB2 u2a 1ase racional3 2es2o se se liga2 ter2inante2ente
a instintos e a 2itos >unda2entais# Mas3 4uando Fitler lançava suas invocaçes
so1re o sangue e a raça a u2a 2ultidão >anatizada3 4ue lhe respondia pelos 0ieg
Feil63 sH cuidava de supereCcitar3 no 2ais pro>undo dela prHpria3 o Hdio e o dese*o
de poder# $ssa propaganda não designa 2ais o1*etivos concretos5 ela se eCpande
e2 gritos de guerra3 e2 i2precaçes3 e2 a2eaças3 e2 pro>ecias vagas e3 se é
preciso >azer pro2essas3 são de tal >or2a eCcessivas 4ue sH pode2 alcançar o
ser hu2ano nu2 estado de eCaltação e2 4ue responde se2 re>letir0# X9ILY
$2 nossa eCposição so1re as relaçes eCistentes entre o >en-2eno da ini1ição
interna generalizada3 4ue pode ser provocada por certos 2étodos de >or2ação de
re>leCos condicionados e o sona21ulis2o3 vi2os 4ue esse estado .no 4ual a
sugestiona1ilidade au2enta a tal ponto 4ue o indivíduo se torna u2 o1*eto
2ale?vel nas 2ãos de outre2 e o1edece >acil2ente s suas ordens/ pode ser
deter2inado por eCcitaçes repetidas durante u2 te2po 2ais ou 2enos longo e
caracterizadas pela sua 2onotonia# $ra u2 2étodo aplicado co2u2ente por
Fitler5 diz ele3 a propHsito de sua pri2eira grande reunião3 no circo ^rone3 e2
Munich .::/" 0desde a pri2eira 2eia hora3 acla2açes espontOneas3 eCplodindo
cada vez 2ais a1undantes3 co2eçara2 a interro2per;2e5 ao >i2 de duas horas3
dera2 lugar a esse silBncio religioso 4ue3 2uitas vezes3 desde então 2e
penetrava e 4ue per2anecer? inolvid?vel para todos a4ueles 4ue o vivera2#
Duvia;se 4uase u2 sopro nessa 2ultidão i2ensa e 4uando pronunciei 2inhas
Elti2as palavras3 u2a onda de acla2açes re1entou e depois a 2ultidão entoou3
co2 >ervor3 o canto redentor" (eutchland U1er alles# Assi23 o >en-2eno do
despertar3 da desini1ição3 est? a4ui ta21é2 2uito claro# X9IZY
Mas3 era2 so1retudo as eCcitaçes sonoras a 4ue recorria a propaganda hitlerista3
utilizando o >ato 1e2 conhecido de 4ue o rit2o da 2Esica vocal e instru2ental
leva >acil2ente os indivíduos a 2ovi2entos de con*unto3 a 4ue o1edece2 4uase
se2 sa1er e 4ue pode2 atingir u2a eCtre2a violBncia# 0Ds e>eitos >isiolHgicos e
psicolHgicos de u2a gesticulação i2pelida assi2 até 4uase o >renesi3 são
co2par?veis s de u2a intoCicação# A repetição constante de certos gestos i2pe
aos assistentes atitudes de constrangi2ento3 4ue traze2 o risco de lhes causar
pertur1açes circulatHrias e 4ue não deiCa2 de 2anter e au2entar seu
nervosis2o# Alé2 disso3 co2o se trata de eCercícios coletivos3 o cont?gio se
2istura e deter2ina logo u2a supereCcitação cada vez 2ais intensa3 para a 4ual
cada u2 contri1ui co2 sua parte# Não se sa1e3 pergunta (e 'elice X9I:Y .I:/
co2o é di>ícil nos conter2os para não nos associar2os aos aplausos de co2ando
4ue saEda2 algu2a vedete da política ou do teatroS 0$ co2o3 u2a vez dada a
pulsão3 u2a espécie de entusias2o se apodera das pessoas3 >orçando;as a 1ater
pal2asS6 $ acentua 4ue 02ani>estaçes 4ue dão a i2pressão de u2a >orça 1rutal3
livre2ente desencadeadas3 tB2 u2 papel ainda 2ais decisivo na aparição de
>en-2enos greg?rios6# D eCe2plo da eCcitação dos espectadores nos
hipHdro2os3 nos est?dios de >ute1ol3 nos ringues de lutas de 1oCe ou nas pistas
de corridas3 é convincente" u2 entusias2o delirante apodera;se da 2ultidão e a
eCaltação geral degenera3 2uitas vezes3 e2 crise de histeria coletiva# e os
espectadores são incitados a se envolver e2 atos de violBncia perpetrados diante
deles3 por eCe2plo3 nu2 progra2a anti*udaico3 essa histeria coletiva trans>or2a;
se >re4Uente2ente e2 loucura >uriosa3 e2 4ue a 2ultidão3 cada vez 2ais
nu2erosa3 e21riaga;se pela atração da pilhage2 e pela visão do sangue# 0D
sangue3 por sua cor3 seu cheiro e pelas reaçes instintivas 4ue provoca3 atua
so1re o ser hu2ano co2o eCcitante# A o1sessão do sangue3 4ue caracteriza
so1retudo as tradiçes e os ritos das religies orientais3 te2 sido3 ao 2es2o
te2po3 u2a das causas e u2a das conse4UBncias de grandes eCcitaçes
coletivas 4ue se 2ani>estara23 viva2ente3 entre seus adeptos3 >avorecendo
assi23 a eCplosão de pertur1açes greg?rias6#
Na perseverança3 na paciBncia de 4ue dava 2ostra a propaganda hitlerista3 não
est? a 2enor razão do seu sucesso# Fitler diz" .::/" 0Adotei então a seguinte
atitude" pouco i2porta 4ue os advers?rios zo21a2 de nHs ou 4ue nos in*urie25
4ue nos apresente2 co2o polichinelos ou cri2inosos5 o essencial é 4ue >ale2 de
nHs3 4ue se ocupe2 de nHs###6
$2 todos
se2pre os seusdediscursos3
cuidado Mussolini3
2arcar suas co2o
palavras pelaFitler3 recorria
evocação de aaçes
a2eaças e tinha
1rutais e de
penas corporais e2 ter2os >rancos# (iz clara2ente3 por eCe2plo3 nu2 discurso"
04ue2 4uer 4ue procure atacar a 2ilícia nacional3 ser? >uzilado6 .79=/5 >alava
se2pre e2 punhais3 >uzis3 canhes e seu 2étodo de violBncia especí>ico3 de 4ue
era o inventor incontest?vel e 4ue 2arca todo o ridículo e o charlatanesco de sua
>igura de opereta### o Hleo de rícino#
D sí21olo gr?>ico do >ascis2o era o da violBncia o >ascio3 do lati2 >asces3 >eiCe de
varas 4ue3 segundo a cr-nica histHrica3 prové2 do pri2eiro c-nsul de Ro2a3
&rutus3 no V@ século antes de Jesus %risto3 4ue 2andou açoitar seus >ilhos
pu1lica2ente e eCecut?;los a 2achado3 por havere2 conspirado contra o $stado
.79=/# $sse instru2ento de punição3 inspirando o terror3 tornou;se o sí21olo do
poder e2 Ro2a" era u2 >eiCe3 cu*as varas são 2antidas por u2a corda e2 torno
de u2 2achado# Ds lictores3 ao lado do c-nsul3 conduzia2 esse e21le2a para
eCecutar3 no 2es2o lugar3 as suas sentenças" >lagelar3 en>orcar ou decapitar# $sse
sí21olo3 tornado divisa do >ascis2o3 tinha3 e2 co2paração co2 a cruz ga2ada de
Fitler3 a desvantage2 de ser 2uito co2plicado e não podia ser desenhado por
toda parte e por 4ual4uer pessoa# co2o era o caso para a 2arca de >?1rica de
Fitler3 a svasti!a3 as trBs >lechas socialistas ou a %ruz#
Mas3 o 4ue caracterizava principal2ente Mussolini era2 as suas 1ravatas# 4ue
lançava a torto e a direito3 se2 se dar conta do e>eito ridículo 4ue provocava23
co2 2uita >re4UBncia# no eCterior3 devido aos eCageros 4ue lhe era2 tão
peculiares# $is u2 eCe2plo" .7/ e2 *ulho de 78IL3 e2 1oni3 ele se envaidece"
0Aos 4ue pretende2 nos deter co2 >rases e palavras3 respondere2os co2 a >orça
das pri2eiras es4uadras de açãoK Me ne >regoK .Não 2e inco2odo/ 6# $is u2 outro
cu*o sa1or est? no >ato de 4ue Mussolini declarou3 e2 I de 2aio de 78<:3 4ue u2
con>lito 2undial eclodiria e2 78IL3 o 4ue lhe deu oportunidade de cele1rar a
necessidade da guerra# A>ir2a X99<Y 4ue3 e2 78IL3 0a @t?lia ter? 4uatro 2ilhes de
ho2ens e2 ar2asK (ispor? da 2ais >or2id?vel 2arinha do 2undo e de u2a
aviação tão poderosa 4ue o ronco de seus 2otores a1a>ar? todos os ruídos na
Península e 4ue as asas dos avies o1scurecerão os céus da @t?lia6#
D 1le>e se2pre e e2 toda parte eis o essencial da propaganda 2ussoliniana3
co2o a de Fitler" 1le>ava2 se2 li2ite e chegava2 até a culpar os advers?rios de
seus prHprios erros e violBncias# Na sua paiCão 1le>e3 Muss olini ia tão longe 4ue3
certo dia3 evocando a le21rança dolorosa do desastre italiano e2 %aporetto3
eCcla2ou 4ue 0se >osse 2inistro na4uela ocasião3 teria anunciado o desastre
co2o u2a grande vitHria6 X99IY
No seu orgulho e na sua *actOncia é co2preensível 4ue Musolini tivesse desprezo
pelos ho2ens#
2assas" $# ud)ig
0A 2assa .8:/ 4uedeo carneiros3
é u2 re1anho entrevistou3 relatanão
4uando suasest?
palavras so1re as
organizada# Não
pode governar;se por si 2es2a# preciso gui?;la pelas rédeas" pelo entusias2o e
pelo interesse# e algué2 utiliza apenas u2a das rédeas3 estar? eCposto a
riscos6#
edi>icante ver co2o Fitler e Mussolini3 os dois pHlos do eiCo &erli2;Ro2a3
atraía23 cada u2 para si3 o eiCo" durante a agressão da $tiHpia3 Mussolini 4uer
>orçar Fitler a a*ud?;lo na de>lagração da guerra 2undial3 2as3 ele3 >iel sua t?tica
de a2eaça se2 risco real3 se es4uiva .7/" 0u2a política >ir2e3 2as3 prudente3 u2
rear2a2ento progressivo3 2as3 2etHdico3 per2itir;nos;ão3 co2 a a*uda da
diplo2acia3 o1ter3 se2 declarar a guerra3 a satis>ação essencial das reivindicaçes
ale2ãs6# $2 sete21ro de 78IQ3 4uando Fitler se i2pacienta e o pressiona para
decretar a 2o1ilização do eCército italiano3 e2 resposta 2o1ilização >rancesa3 é
a vez de Mussolini tergiversar3 es4uivar;se3 arrastar;se" sa1ia 2uito 1e2 4ue a
população italiana não 02archar?6#
Mas3 a despeito dessas tendBncias para o eCagero3 de sua lo4uacidade e de suas
precipitaçes3 4ue >re4Uente2ente destruía2 o e>eito de sua propaganda3
Mussolini era perigoso3 por4ue3 velho socialista e revolucion?rio3 conhecia 2uito
1e2 os 2étodos necess?rios3 tinha3 co2o diz 2uito *usta2ente ouis Ro+a3 .79=/
o senso de organização das 2assas3 era 2ais inteligente 4ue Fitler# Jung X999Y3
4ue teve ocasião de vB;los *untos3 4uando da visita de Mussolini a Fitler3 conta a
^nic!er1oc!er a i2pressão 4ue teve dos dois" pinta o retrato de Mussolini antes
co2 si2patia3 2as3 repele Fitler # (iz" 0Mussolini dava a i2pressão de ser alegre3
e2 carne e sangue3 Fitler3 ao contr?rio3 enchia de espanto 4ue2 o olhava3
ani4uilava# Não podia des>azer;2e da i2pressão de 4ue tinha diante de 2i2 u2
aut-2ato3 u2 ro1-# Fitler era o tipo de >eiticeiro das 1ordas pri2itivas e3 co2o tal3
tinha ta21é2 sacri>icado sua vida seCual sua 2issão# (eve ser escravo de u2
terrível co2pleCo 2aternal# eu sacri>ício da vida seCual não pode ser
co2preendido senão por u2a idealização eCtravagante da idéia de Mãe# Fitler e
seu nacional;socialis2o per2anece2 se2 eCplicação3 se não leva2os e2
consideração a in>luBncia do seu de2-nio interior3 co2o era o caso ta21é2 de
Napoleão na ca2panha da REssia6#
Mussolini tinha ta21é2 u2 culto ili2itado da violBncia# a1ia3 por eCe2plo 4ue3
nu2a revolução3 0o des2onte da enor2e 2?4uina governa2ental deve ser r?pida3
tanto no centro3 co2o na peri>eria6# Não tinha escrEpulos e não hesitava3 servindo
aos interesses capitalistas3 e2 iludir as 2assas co2 >alsas i2itaçes dos ideais
socialistas# Ao escut?;lo3 era a @t?lia >ascista a 0verdadeira de2ocracia6# Duvia;se
dizer3 2uitas vezes3 na4uele ocasião 4ue Mussolini e o >ascis2o era23 apesar de
tudo3 u2 >en-2eno de soergui2ento3 de revolta das classes 2édias3 4ue
representava2 u2 aconteci2ento lHgico da evolução 2aterialista de nossa
histHria# u2 erro" Ro+a te2 razão3 ao a>ir2ar 4ue 0Mussolini sustenta ta21é2 a
ação sindicalista3 4uando lhe apraz6 e 4ue Mussolini 0não é o resultado do
2ovi2ento >ascista3 2as sua causa e seu ani2ador6 X99LY .79=/# @sso se torna
ainda 2ais evidente luz de sua propaganda3 onde a a2eaça3 o recurso
violBncia e 2entira tB2 papel preponderante3 senão eCclusivo#
A propaganda custa caro e Mussolini3 co2o Fitler3 não tinha escrEpulos de to2ar
dinheiro para esse >i23 aos 4ue tinha2 u2 interesse no seu regi2e os
capitalistas" u2 conhecido industrial contri1uiu co2 u2 2ilhão e 2eio de liras para
organizar a >a2osa 02archa so1re Ro2a63 ação propagandística de a2eaça# .79=/
A propaganda >ascista3 co2o a de Fitler3 não tinha progra2a3 ne2 social3 ne2
econ-2ico" dese*ava3 custasse o 4ue custasse3 0do2inar a princípio3 esperando
4ue as idéias venha23 4ue os pro*etos se a>ir2e23 4ue o ideal do partido saia
lenta2ente do caos onde >erve e se >unde6#
Todos esses traços torna2;se co2prensíveis3 4uando se conhece a histHria de
Mussolini# eva ele3 desde a *uventude3 u2a vida di>ícil e aventurosa .79=/" passa
noites seguidas ao relento3 é até o1rigado a 2endigar3 u2 dia3 u2 pedaço de pão5
seu te2pera2ento 2eridional o lança na luta social" torna;se socialista3
revolucion?rio e 2es2o eCtre2ista e anti2ilitarista5 conhece a prisão5 não
a1o2ina o regicídio3 é hostil religião e ao clericalis2o e até 1las>e2ador# utador
político nato3 teve BCito e2 penetrar no 2ovi2ento socialista e su1ir a u2 posto
destacado" torna;se redator che>e do Avanti3 *ornal o>icial do partido# Mas3 ve2 a
guerra e o ativis2o de Mussolini se ope tendBncia oportunista3 não
intervencionista e >raca dos dirigentes do partido# ua arre1atada propaganda pela
participação da @t?lia na Guerra3 ao lado dos Aliados3 provoca ata4ues dos seus
co2panheiros3 4ue aca1a2 por acus?;lo de venalidade e o eCpulsa2 do partido
.79=/# 'erido no seu orgulho3 esti2ulado pela sede de vingança3 declara u2a
guerra i2piedosa aos antigos ca2aradas# Nu2 artigo do Popolo d\@talia3 e2 <L de
nove21ro de 78793 lança;lhes o desa>io" 0estou precisa2ente a4ui para estragar a
>esta# D caso Mussolini não est? encerrado3 co2o pensais# %o2eça# %o2plica;se#
To2a vastas proporçes# $ age e2 conse4UBncia# Arro*a;se na luta co2 u2a
vee2Bncia inaudita5 o 4ue o caracteriza3 principal2ente3 é 6a ausBncia co2pleta
de e21araço na eCpressão de seu pensa2ento3 o desencadea2ento de i2agens
e da linguage2 na polB2ica0# Por eCe2plo3 não hesita e2 escrever" 6esse ho2e2
não 2e agrada5 2as3 antes 4ue a n?usea 2e a1ata3 4uero chicote?;lo até
sangrar0 .79=/# 0$spancar6 é u2a de suas palavras >avoritas# Tornando;se che>e
do governo3 diz3 re>erindo;se a seus advers?rios" 0espanc?;los se2
2isericHrdia6# X99ZY
$sses apelos contínuos violBncia3 essas a2eaças a2pliadas por u2a
propaganda técnica h?1il3 criava2 u2 estado de espírito tenso 4ue levava ao
cri2e5 de 4ue o 2ais chocante é o do líder socialista3 a 4ue2 Mussolini 2ais
te2ia3 Matteoti# %esari Rossi3 ínti2o de Mussolini3 propagandista 4ue ocupava u2
posto de responsa1ilidade >oi o seu autor5 >oge e >az no estrangeiro revelaçes3
denunciando;o co2o pai espiritual desse cri2e revoltante# Pinta;o .79=/ co2o u2
ho2e2 dEplice3 super>icial e i2provisador3 0alternada2ente cético e senti2ental3
generoso e cruel3 resoluto e hesitante3 intransigente e 2oderado6# ua principal
preocupação seria a de 2isti>icar todo 2undo para se 2anter no poder#
$sta2os per>eita2ente de acordo co2 Ro+a 4uando diz 4ue 0o >ascis2o é o *ogo
de u2 diletante do capricho3 u2 *ogo conduzido por 2ão de 2estre3 por u2
ho2e2 4ue se vinga de haver so>rido 2uito3 de haver sido desprezado3 renegado
por a4ueles por 4ue2 lutou# u2 *ogo de Mussolini 4ue se e21riaga co2 o
sucesso3 pois 1e1e a volEpia da >orça3 de seu desdé2 pelos outros3 da autoridade
4ue espalha o sorriso e 4ue >az verter l?gri2as###6 .79=/#
%o2 ele3 o *ogo caiu# Ali?s3 Mussolini sa1ia;o e dizia;o# Genevi_ve Ta1ouis .798/
relata 4ue $rnst ud)ig reproduziu3 no seu livro so1re Mussolini3 u2a conversa
4ue teve co2 o (uce# Nu2 2o2ento de sinceridade3 raro nele3 disse;lhe 4ue o
>ascis2o devia3 necessaria2ente3 ter2inar co2 ele# 0(epois de 2i23 o dilEvioK6 Na
edição italiana3 essa declaração3 é claro3 >oi pudica2ente supri2ida#
)apítulo I
Resist1ncia ao itleris3o
D pri2eiro golpe e2 Feidel1erg A luta contra a inco2preensão e a rotina 0A
ca1eça est?### podre6 As eleiçes e2 Fa21urgo3 no Wurte21erg e na PrEssia
D triun>o
dedo6 Ae2 Fesse
grande 2a
2aré Dnova
golpeesperança
de $stadoede
a decepção
von PapenDDplano
<= dedeJulho3
0agarrar
o o
edan dos %he>es A 2eia vitHria As conse4UBncias A dé1Ocle#
$2
>aleidois dias3 visitei
a nossos os centros
dirigentes3 eCpus2ais i2portantes
os novos do ul
2étodos3 e do Deste
2andei da Ale2anha5
convocar *ovens
ca2aradas da &andeira do Reich e os iniciei nas >or2as de co21ate por sí21olos#
Tive a sorte de ganhar para essas idéias alguns ho2ens ativos3 entre os che>es de
segundo plano5 era so1retudo a *uventude 4ue adotava co2 entusias2o os novos
2étodos e 4ue os aplicava3 e2 seguida3 co2 a>inco# Ds 2uros dessas cidades
>ora23 rapida2ente3 co1ertos por nossos sí21olos3 a saudação 'reiheit ecoou nas
ruas e nos co2ícios# A i2age2 si21Hlica das trBs >lechas3 perseguindo a cruz
hitlerista3 apareceu nos *ornais locais do partido3 assi2 co2o os dísticos curtos e
incisivos 4ue se colocava2 ainda nos pe4uenos cartazes# Ds secret?rios do
partido e os che>es da &andeira do Reich dessas cidades3 >alara2;2e do alegre
entusias2o 4ue se apossava das e4uipes 2Hveis dos nossos *ovens 2ilitantes3 do
ardor co2 4ue se lançava2 na luta de propaganda# Melhor ainda3 eis u2 relato de
u2 dos nossos agentes" 0(esde 4ue a ca2panha de giz .no2e 4ue se havia dado
distri1uição
ação/ >oi de>lagrada3 todo
de 1oletins3 2undo se
so2ente trans>igurou#
alguns ca2aradasAntiga2ente
nossa tínha2os3 para
disposição3 eraa
se2pre u2 pro1le2a di>ícil3 estava;se so1recarregado5 agora3 h? se2pre 2ais
volunt?rios do 4ue os necess?rios para a colage2 dos cartazes3 para as >lechas3
até 2es2o para a distri1uição dos 1oletins# No 2o2ento3 estão todos co2 o dia1o
no corpo6# @sso não era de espantar" o novo 2étodo tinha a enor2e vantage2 de
entusias2ar os 4ue to2ava2 parte na sua aplicação5 u2 pe4ueno risco pessoal
dava u2 gosto u2 pouco ro2anesco de aventura e correspondia a u2a
necessidade pro>unda de atividade3 especial2ente na *uventude# 2 certo nE2ero
de 2ilitantes3 apanhados e2 >lagrante delito3 >oi preso pela polícia5 tornara2;se
2ais prudentes3 2as3 o entusias2o trans1ordava#
$2 Feidel1erg3 tudo estava e2 e1ulição3 a cidade inteira se achava so1 o signo
das trBs >lechas e3 no prHprio dia das eleiçes3 todos os cartazes do ini2igo
estava2 reco1ertos pelos nossos3 4ue i2pressionava23 a2eaçava2 e
zo21ava2# $is a4ui alguns eCe2plos"
0Fitler !o22t nicht an die Macht3
die $iserne 'ront steht auK der WachtK6
.Fitler não chegar? ao poder"
a 'rente de &ronze 2onta guarda#/
ou"
0ollt das Putschen ihr nur )agen
die $iserne 'ront holt aus zu2 chlagen6#
.$vitai o golpe3 a 'rente de &ronze est?
pronta a atacarK/
D to2 ir-nico"
0Wer Goe11els hkrt und Fitler !ennt3
sagt" Finden1urg )ird Prsident6#
.ue2 ouve Goe11els e 4ue2 conhece Fitler3
dir?" Finden1urg ser? eleito presidente/#
Pouco antes dos dias das eleiçes3 cartazes nazistas espalhara2;se e2 todas as
colunas5 representava2 u2a enor2e ca1eça de Fitler a1aiCo da 4ual >igurava a
inscrição" 0Fitler ser? eleito presidente#6 No dia seguinte3 pela 2anhã3 so1re todos
esses cartazes3 estava desenhado co2 carvão u2 grande ponto de interrogação3
na cara de Fitler ?1ado3 véspera das eleiçes3 os 2uros estava2 co1ertos de
u2 dos nossos cartazes 4ue ironizava2"
0Adol>3 2ach dir !eine orgen3
&ist erledigt Montag MorgenK6
.Adol>o3 não tenhas iluses3
tua conta ser? acertada segunda pela 2anhã/#
$sse dístico teve pleno sucesso" a 2ultidão lia;o e ria# Mas3 o 2elhor é 4ue as3
crianças se apoderara2 ta21é2 desses versos e espalhara2;no por toda a
cidade3 cantarolando o re>rão" se2 suspeitar3 >azia2 nossa propaganda# A eleição
estava ter2inada# Nossa palavra de orde2 tinha sido cu2prida as 2assas de
nosso partido dera2 prova de u2a disciplina dura# A alegria atingiu o auge na
sede sindical de Feidel1erg3 na prHpria noite das eleiçes# As salas3 cheias de
gente3 co1ertas de nuvens de >u2o e eCalando o cheiro acre da cerve*a 4ue corria
e2 a1undOncia3 ecoava2 de risos3 de gritos >elizes de 'reiheit e de cançes
aco2panhadas3 co2o estri1ilhos3 dos dísticos de nossos cartazes3 tornados tão
populares# A todo 2o2ento3 via2;se pessoas erguer o punho3 a1raçar;se e
>elicitar;se3 2utua2ente3 pela vitHria#
A nota >inal3 inesperada3 coroou esses dias" s trBs horas da 2anhã 4uando toda
cidade dor2ia e todo 2undo acreditava 4ue o co21ate tivesse ter2inado3 nossas
e4uipes partira2 e2 ca2panha para colar cartazes co2 u2 novo dístico"
0(urchge>allen3 durchge>allen
ist der Adol> 1el den WahienK6
.(esprezado3 derrotado3 est? Adol>o nas eleiçes/#
No dia seguinte3 e2 toda a cidade3 despertava3 triun>ante3 a atenção3 e sua
aparição inesperada provocava alegria e u2 riso galho>eiro na população5 a pronta
resposta da 'rente de &ronze causou nas 2assas u2a i2pressão pro>unda#
$u estava satis>eito" o novo 2étodo de propaganda tinha suportado a prova de
>ogo5 é o 4ue 2e >oi relatado de todas as partes do sul da Ale2anha# (ois dias
depois das eleiçes3 rece1i u2 telegra2a de &erli2" 0Venha i2ediata2ente3 o
segundo escrutínio se >ar? utilizando seus 2étodos#6 %heio de esperança3 parti
para &erli2# Por 2inha iniciativa3 representantes de todas as regies do Reich
>ora2 convocados por telegra2a3 u2a seção de nossos novos 2ilitantes >oi
instruída para >azer u2a de2onstração dos novos 2étodos A con>erBncia 4ue >iz
para os nossos3 os 2ais ativos de toda Ale2anha3 e a 4ue2 esclareci o valor e as
>or2as de nossos novos 2eios de co21ate3 encontrou u2 terreno >avor?vel# 0
u2a saída6 eis o 4ue dizia2 todos5 cheios de con>iança e de ardor3 voltara2 e
pusera2 2ãos o1ra# $ eu3 4ue ia dirigir a ca2panha de propaganda no co2itB
central3 pus;2e igual2ente a tra1alhar Não se devia perder u2 dia3 u2a hora# A
i2age2 si21Hlica3 so1 a 4ual a luta devia ser travada3 >oi3 e2 seguida3 i2pressa e
enviada a todo o Reich" apareceu nos *ornais co2 a eCplicação dos novos
sí21olos e3 ao 2es2o te2po3 >oi espalhada e2 cartazes3 e2 2uitos 2ilhes de
eCe2plares# Toneladas de giz >ora2 co2pradas e distri1uídas entre as
organizaçes através do Reich# Ds 2uros das cidades co1rira2;se das trBs
>lechas# D e>eito >oi >ul2inante3 inaudito# (e u2a sH vez3 respirou;se livre2ente
por toda parte3 via;se3 en>i23 u2a saída3 u2a possi1ilidade decisiva de co21ate#
RelatHrios so1re os resultados da nova propaganda3 so1re o entusias2o de
nossos co21atentes3 chegava2 e2 grande nE2ero ao %o2itB %entral# D relato
so1re o e>eito causado so1re os advers?rios era se2pre o 2es2o
0desconcertados63 0surpreendidos63 0perpleCos6# Ds *ornais da 1urguesia >alava2
da atividade 4ue invadia 1rusca2ente as 2assas organizadas da 'rente de
&ronze# $ntretanto3 viu;se logo chegare2 in>or2es so1re as di>iculdades e os
con>litos inesperados no prHprio seio de nossas organizaçes# urgira2
divergBncias de opinião entre a direção da &andeira do Reich e a da 'rente de
&ronze3 de u2a parte3 e os escritHrios do partido social de2ocrata3 de outra# $u
havia previsto o perigo e3 depois da con>erBncia de &erli23 tinha;2e logo
es>orçado para 2anter contato co2 os principais che>es do partido3 para despertar
seu interesse e sua si2patia co2preensiva para as novas idéias3 a >i2 de
con4uist?;los# Procurei u2 ca2inho de cola1oração co2 o escritHrio central de
recruta2ento do partido# (ese*ava chegar a u2 plano de ca2panha coordenado e
co2u2# Mas3 todas as 2inhas tentativas >ora2 in>rutí>eras" a direção do partido
recusava organizar u2a con>erBncia e2 4ue eu teria podido esclarecer nossos
o1*etivos5 os altos >uncion?rios do partido per2anecia2 invisíveis estava2 se2pre
e2 viagens de con>erBncia através do Reich" para dizer a verdade3 não eCistia
nenhu2a direção 2etodica2ente organizada5 de plano de ca2panha3 ne2 se
>alava# No pretenso escritHrio central de recruta2ento3 encarregado de toda
propaganda e da distri1uição de cartazes e 1oletins3 encontrava2;se ho2ens se2
eCperiBncia e se2 a 2enor co2preensão de propaganda política# Tentar >alar co2
eles3 esta1elecer contato era tra1alho perdido" não passava2 de si2ples
1urocratas e conhecia2 apenas u2a coisa" a caiCa do partido lhes >ornecia u2a
grande so2a 4ue devia2 e2pregar na i2pressão de tantos 2ilhes de 1oletins
co2o se2pre anti4uados3 p?lidos3 cheios de la2entaçes3 >astidiosos até a 2orte
e de tantas centenas de 2ilhares de cartazes ilustrados 2al >eitos3 ine>icazes e
se2 talento3 4ue >azia2 erguer os o21ros e parecia2 >re4Uente2ente ridículos#
2a vez i2pressos3 devia2 ser enviados aos secret?rios do partido nas
províncias# Tendo cu2prido essa tare>a3 estava2 satis>eitos# @sso não era u2
estado;2aior ade4uado para a luta por 2eio de ar2as intelectuais3 era apenas u2
escritHrio de eCpedição de i2pressos e2 grande 4uantidade# Tinha23 ali?s3 ouvido
>alar de 2inha con>erBncia3 2as3 ali2entava2 certos escrEpulos de princípio" a
psicologia e3 e2 su2a3 a ciBncia e a política3 não se a*ustava2 a seu espírito#
Para 2eu grande espanto3 vi3 na4uela ocasião3 pela pri2eira vez3 de 2aneira
clara3 4ue nada tinha a >azer ali#
Restava apenas u2a coisa" tra1alhar co2 todas as nossas >orças e tentar3 por
nossa prHpria conta3 instruir os 4uadros do partido# Para a >rente3 se2pre para a
>renteK Tra1alh?va2os3 se2 descanso3 no nosso escritHrio central de propaganda#
Mas3 logo o1servei u2 certo relaCa2ento 4ue3 co2o se2pre3 vinha de ci2a5
2ano1ras de 1astidores e intrigas aparecera2# As >estas de P?scoa se
aproCi2ava2 e todo tra1alho cessou3 de repente# @a tudo e21ora3 aos pedaços3
2as3 não se 4ueria ouvir >alar e2 luta# %orri de u2 lado para o outro3 >alei da
loucura 4ue era perder trBs dias inteiros e2 pleno co21ate5 co2parei a situação a
u2a grande 1atalha3 e2 4ue o estado;2aior é o1rigado a tra1alhar noite e
ta21é2 no do2ingo5 podia 2ostrar 4ue os advers?rios não dor2ia2 era tudo
e2 vão a1ria2;se grandes olhos3 zo21ava;se de 2i2 co2 1ono2ia3 >este*ava;
se3 dançava;se3 *ogava2;se cartas# %orri sede sindical" encontrei;2e e2 plena
>esta 1urguesa# (a2as en>eitadas passeava2 nas salas3 nossos che>es3 e2
so1recasaca preta3 u2 grande charuto na 1oca3 ria2 e se divertia23 dizendo
trocadilhos# Precipitei;2e para a casa de u2 de nossos 02arechais6 encontrei;o
no *ardi23 co2eçando a estru2ar canteiros de rosas# Tinha u2 ar 2uito
estupe>ato ao 2e ver surgir3 a <== 4uil-2etros de &erli2 e >alou dos assuntos
2ais pre2entes se2 entusias2o e se2 ardor co21ativo# Rangendo os dentes3
voltei a &erli2# Tentava tra1alhar3 2as3 estava 2anietado" o 2ecanis2o da
organização estava parado# o2ente trBs dias depois3 tudo se poria e2 2archa#
Nesses intervalos3 viera2 as intrigas# Na direção da &andeira do Reich
reapareceu3 de repente3 o 0che>e6 Dtto Forsing3 4ue se tinha eclipsado havia
algu2 te2po voltou para tra1alhar contra as novas idéias declarou 4ue elas
era2 2uito 2odernas3 02uito perigosas63 4ue >eria2 os regula2entos da polícia
.sicK/ e 4ue3 alé2 disso3 lhes parecia2 ridículas" corria;se o risco de surgir3 so1
>alsa aparBncia3 aos olhos do pE1lico# $Cigiu 4ue todo desenvolvi2ento da nova
propaganda >osse suspenso# A2eaçou o %o2itB %entral 4ue3 repentina2ente3
ad2irado co2 sua prHpria corage23 se su12eteu# Tudo o 4ue tinha sido posto e2
2archa parou 1rusca2ente3 todas as ordens relativas propaganda de 4ue >o2os
encarregados por parte dos nossos escritHrios do interior 4ue se i2pacientava23
devia2 ser anuladas3 eCcelentes cartazes de u2 novo gBnero e de eCecução
artística3 ao 2es2o te2po 4ue e>icazes3 no 2ais alto grau3 pro2etidos a
províncias3 e recla2ados por elas3 >ora2 su1ita2ente interditados por nossos
prHprios che>es# Argu2entou;se 4ue não havia 2ais dinheiro eu era o che>e da
propaganda3 2as3 tinha sido gasta se2 2eu conheci2ento3 u2a grande
i2portOncia" centenas de 2ilhares de 2arcos3 4uase todos os 2eios disponíveis5
despendera2;se para i2pri2ir 1rochuras escandalosas3 contendo anedotas so1re
a vida ínti2a dos che>es nazistas# (ese*ava;se enviar aos pro>essores das
escolas3 aos sacerdotes e aos o>iciais5 era u2 tra1alho enor2e3 u2a e2presa
cartazes
zo21ava2 dedos
todas as cores3 contendo
advers?rios3 dísticos3
era2 colados 4ue parte5
por toda >alava2 de versos
seus nosso poder ou
>iCava2;se
>acil2ente na 2e2Hria e os popularizava2 rapida2ente# Nossas colunas
2archava2 nas ruas co2 u2 passo retu21ante3 co2 1andeiras a >lutuar3
assu2indo ares de 1ravura e nossas cançes era2 saudadas pelos gritos de
alegria e de triun>o da 2ultidão#
$n>i23 via;se3 e2 tudo3 o nosso poder# Tra1alh?va2os agora3 ta21é23 criando3
e2 torno de nHs3 u2 0cli2a de >orça63 co2o diz (o2enach" nossos sí21olos3
nossas insígnias3 1andeiras3 uni>or2es3 cOnticos3 tudo estava i2pregnado da
vontade de lutar e de vencer3 tudo eCalava con>iança e2 nossas hostes# $3
>inal2ente3 todo 2undo tinha co2preendido 4ue a 2elhor de2onstração de sua
>orça era a unani2idade ostentada e2 toda parte#
de uni>or2es
colunas# Nos >oi supri2ida
nossos e etodos
*ornais os partidos
ta21é2 tivera2
na i2prensa per2issão
1urguesa de 2archar
2oderada3 e2
dessa
época3 atacou;se >orte2ente Fitler e von Papen por essa 2edida" zo21ava;se
deles3 dizendo 4ue nada tinha2 podido encontrar de 2ais Etil# Grace*ava;se
errada2ente" Fitler do ponto de vista de sua t?tica3 tinha *ogado u2 lance de
Cadrez inteira2ente *usto# %o2 u2a coisa apenas ele não havia contado"
acreditava;se na posse de u2 2onopHlio3 1aseava;se no >ato de 4ue3 até então3 a
i2previdBncia psicolHgica e a i2perícia da técnica de propaganda de seu principal
advers?rio3 o partido social;de2ocrata3 se havia2 revelado constante2ente#
$ntão3 Fitler 2archava e nHs 2arch?va2os ta21é2" e2 grande po2pa e
esplendor3 2Esica na >rente3 saudados pelos gritos de alegria da 2ultidão5 nossas
>or2açes3 1andeiras >lutuando na dianteira3 nova2ente 2unidos de uni>or2e3
>ora2 1uscar3 na estação de (ar2stadt3 a 1andeira das trBs >lechas3 vitoriosa e2
Fa21urgo# $sse ato si21Hlico 2arcava a vontade de atacar3 de au2entar nossas
>orças e2 Fesse# (epois desse co2eço3 organizei as 2ani>estaçes segundo
princípios novos# Parti da seguinte idéia" nu2a 2ani>estação pE1lica3 tinha;se ao
vivo3 na rua3 por assi2 dizer3 os dois grupos de ho2ens de 4ue >ala2os" os ativos
.os 0L#===63 segundo nossa ter2inologia/ 2archava2 no des>ile5 os hesitantes ou
passivos .os 0LL#===6/ >or2ava23 na calçada3 u2a cerca de espectadores3 de
curiosos# D >i2 da 2ani>estação3 assi2 co2o de toda a propaganda desse novo
gBnero3 era captar os passivos3 esti2ul?;los e arrast?;los conosco# Para isso3 era
preciso >azer crescer 3 ao 2?Ci2o3 a curiosidade 4ue se 2ani>estava nesse grupo
de ho2ens3 despertar suas si2patias para nossas idéias e o1*etivos3 incutir;lhes a
>é e2 nossa >orça e incit?;los a se associare2 nossa ação3 a >azer causa
co2u2 conosco# Para esse >i23 u2 des>ile devia representar3 de u2a certa
2aneira3 u2 livro de 2uitas p?ginas ilustradas3 reunidas de 2aneira lHgica3 4ue
produzisse u2 e>eito se2pre crescente3 a >i2 de arrastar3 2es2o
involuntaria2ente3 os espectadores nu2a torrente de idéias deter2inadas e
i2pression?;los pelo arre2ate >inal" vote2 conoscoK D livro era dividido e2
capítulos3 por sua vez su1divididos e2 grupos si21Hlicos 4ue se seguia2 e2
intervalos preesta1elecidos3 constituídos de >or2açes da &andeira do Reich3 de
>or2açes dos sindicatos3 de nossos desportistas3 etc#" era racional5 assi23 apHs
cada grupo3 o espectador podia respirar3 para se deiCar 2elhor i2press ionar pelo
grupo seguinte# Ds 4uatro capítulos característicos era2" a/ a tristeza da
atualidade5 1/ a luta de nossas >orças contra ela5 c/ a ironia contra o ini2igo5 d/
nossos o1*etivos e nossos ideais# $nu2erados na 2es2a orde23 os 4uatro
senti2entos >unda2entais para 4ue se apelava3 sendo" a/ a co2paiCão5 1/ o 2edo
.nos advers?rios/ e a corage2 .nossa/5 c/ o riso5 d/ a alegria# Ds espectadores
eCpunha2;se3 assi23 a percorrer toda u2a ga2a de senti2entos#
D pE1lico >oi a princípio su12etido ao senti2ento depressivo3 a angEstia5 inspirei;
2e3 para esse >i23 nu2a cena de Dpéra de uat\ ous3 do corte*o de in>elizes5
se2 2Esica3 nu2 silBncio sinistro3 2archava2 as víti2as da guerra3 os Hr>ãos3 as
viEvas e os inv?lidos5 os 2utilados era2 transportados e2 viaturas5 as víti2as da
crise capitalista3 os dese2pregados3 os se2 asilo e os >a2intos3 seguindo;se3
en>i23 as víti2as do nazis2o os espancados3 os >eridos3 4ue 2archava2 co2
2uletas e co2 os 2e21ros pensados# A 2ultidão estava i2pressionada3
e2ocionada3 suspirava3 cheia de angEstia e de revolta3 so>ria visivel2ente#
$ eis3 de repente3 u2a saída3 u2 raio de luz3 u2a esperança era2 os
li1ertadores3 4ue si21olizava2 nosso poder e nosso ardor co21ativo pela
li1erdade do povo3 pela a1olição de todas as in*ustiças sociais" co2 2Esica na
>rente3 ao so2 de 2archas 2ilitares e co2 passo cadenciado3 des>ilava2 as
>or2açes e2 uni>or2e3 tendo3 entre eles3 grupos si21Hlicos representando a
>orça e a capacidade co21ativa de nossos ca2aradas na vanguarda u2a dEzia
de *ovens >ortes3 uni>or2izados3 levando3 aci2a de suas ca1eças3 trBs >lechas
enor2es de 2etal 1rilhante3 luzindo ao sol# Ao rit2o da 2Esica3 eCecutava;se3 so1
co2ando3 u2 2ovi2ento na >rente das >lechas3 ao grito si2ultOneo de 'reiheitK
%ada trinta segundos3 esse 2ovi2ento era repetido# @sso produzia3 so1re todos3
u2 e>eito dinO2ico enor2e3 os espectadores se alegrava23 era2 arrastados3
gritava2 'reiheit e vi1rava2 de e2oção# (e u2 sH golpe3 o 0cli2a de >orça63 co2o
o cha2a (o2enach .9L/3 >oi criado#
eguia;se u2 ca2inhão3 carregando u2 1onito *ove2 da &andeira do Reich3 co2
u2 estandarte ver2elho das trBs >lechas na 2ão3 e o 1raço direito levantado para
a saudação 'reiheit# $stava cercado de clarins3 ornados de 1andeirolas ver2elhas
co2 as trBs >lechas# 2 outro ca2inhão apresentava u2a evocação e2ocionante3
0a so21ra de &e1el6" nu2a tela3 estava pintada u2a silhueta negra3
representando a ca1eça do grande tri1uno e2 per>il ilu2inado por u2 pro*etor
colocado no ca2inhão# Na carroçaria de u2a outra viatura3 ornada de ra2os
verdes e de >aiCas ver2elhas3 vinha a (eusa da i1erdade u2a 2oça alta e
1onita3 vestida de ver2elho e co2 u2 1arrete >rígio na ca1eça3 o olhar para >rente3
tendo na 2ão es4uerda u2a grande 1andeira ver2elha co2 as trBs >lechas e3 na
direita3 u2a espada apontada para >rente# i21olizava a >igura da Marselhesa3 de
Rude3 do Arco do Triun>o3 e2 Paris# %larins soava2 e2 torno dela e atr?s se
erguia toda u2a >loresta de 1andeiras ver2elhas3 >lutuando ao vento3 levadas
pelos *ovens socialistas .a cor ver2elha d? u2 e>eito >isiolHgico intenso/# A seguir3
u2 grupo de 1onitas *ovens3 vestidas de 1andeiras ver2elhas co2 trBs >lechas3
tendo a esp?dua direita desco1erta5 agitava2 1andeiras ver2elhas e carregava2
archotes era2 as 0Tochas vivas da i1erdade6# Vinha2 depois 2uitos grupos3
provocando a alegria e o entusias2o dos espectadores3 4ue chegava2 ao delírio#
Para dar ao espírito3 tenso até o eCtre2o 2ister 2udar a 4ualidade das e2oçes"
era o o1*etivo do terceiro 0capítulo6 do des>ile# %ontinha grupos 4ue zo21ava2 do
ini2igo" a e2oção da 2ultidão era3 agora3 orientada e2 outra direção# A princípio3
u2 roci2 puCando u2a carroça de carrasco3 e2 cu*a 1orda se 1alançava u2a
1oneca derri1ada co2 uni>or2e das #A# e co2 traços de Fitler5 a carroça era
seguida de u2 grupo de ho2ens 4ue cantava2 alternada2ente cançes
populares Muss\i denn et Adol>3 ade3 echeiden tut )eh .Adol>o3 adeus3 a
separação é cruel/ e eCecutava2 gestos de adeus in>antis# (epois3 vinha2 os
ca2poneses e2 tra*es nacionais3 4ue trazia2 e2 seus >orcados grandes cruzes
ga2adas traspassadas5 u2 auto2Hvel de cor 2alva trazia adolescentes
e>e2inados co2 uni>or2e das #A# alusão s tendBncias especiais do capitão
Rkh23 che>e do $stado;Maior das #A# $2 seguida3 grupos 4ue cantava2 ?rias
e2 voga do >il2e D congresso se diverte3 co2 palavras adaptadas3 natural2ente3
tais co2o"
/ig= 9E
%artaz anti;hitlerista da 'rente de &ronze 1aseado no 2es2o princípio 4ue a
>igura 7L#
Dra3 tudo isso de nada serviu3 os nE2eros são convincentes" todos os partidos3
2es2o os do centro catHlico3 perdera2 votos# Ds nazistas perdera2 cerca de
Z==# D Enico partido vitorioso >oi o nosso3 o social;de2ocrata# %ontra toda
eCpectativa3 sua votação cresceu3 e2 (ar2stadt3 de 7#L== votos#
Tínha2os u2a prova verdadeira2ente irre>ut?vel de 4ue nossa vitHria era3 de >ato3
o resultado da aplicação *udiciosa de 2edidas de propaganda rigorosa2ente
calculadas# Ds nE2eros seguintes no;lo indicava2 e2 cinco cidades de Fesse"
D>>en1ach3 (ar2stadt3 MogEncia3 Wor2s e Giessen# A con>erBncia de
0esclareci2ento6 dos 2ilitantes do partido3 o >unciona2ento de todo o novo
aparelho de propaganda3 >oi realizada nas 4uatro pri2eiras3 2as3 não e2 Giessen
escolhi eCpressa2ente essa cidade co2o u2a espécie de co1aia;teste2unha
e aconteceu 4ue Giessen >oi a Enica cidade e2 4ue o partido social;de2ocrata
teve u2a derrota3 en4uanto nas de2ais3 consegui2os u2 au2ento 1e2 sensível
de votos# Podía2os concluir 4ue a vitHria era >unção de 2edidas organizadas de
2aneira 1e2 deter2inada# Alé2 disso" o co2eço da propaganda3 nas 4uatro
pri2eiras cidades3 ocorreu na orde2 seguinte" D>>en1ach <L de 2aio5 (ar2stadt
<: de 2aio5 MogEncia I= de 2aio5 Wor2s Z de *unho#
Ds votos ganhos nessas cidades estão na 2es2a orde2" D>>en1ach I#I==
votos5 (ar2stadt 7#L==5 MogEncia 7#I==5 Wor2s Z==# (evía2os concluir
4ue3 co2 esses 2étodos3 o resultado era 4uestão de te2po#
Assi23 a eCperiBncia de Fesse vencera de 2aneira a1soluta# 'inal2ente tínha2os
nas 2ãos 2eios seguros para resolver o pro1le2a" derrotar Fitler#
$n4uanto a luta
su1ita2ente3 de eleitoral
u2 novoe2 Fessee2
aspecto atingia
todo oo auge3
Reich"avon
situação
Papen3política
tendo revestira;se3
dissolvido o
Reichstag3 convocou o povo para novas eleiçes e2 I7 de *ulho# A direção do
nosso partido encontrava;se diante de pro1le2a da preparação3 no 2ais 1reve
prazo possível3 de nova ca2panha eleitoral# D resultado positivo de Fa21urgo e
os sucessos3 agora geral2ente visíveis3 4ue havía2os o1tido e2 Fesse3 graças
aos novos 2étodos3 parecia2 su>icientes para tirar os che>es do partido de seu
sono#
Agora3 4ue a i2prensa hostil e 1urguesa da Ale2anha e os grandes *ornais
estrangeiros3 especial2ente o Manchester Guardian3 cha2ava2 a atenção para a
ressurreição da social;de2ocracia e2 Fesse e atri1uía23 se2 rodeios3 luta por
sí21olos e aos novos 2étodos de propaganda e2pregados pela 'rente de
&ronze3 agora3 en>i23 os che>es do partido e2 &erli2 es>regava2 os olhos3 a1ria2
os ouvidos e parecia2 inclinados a ta21é2 aderir5 dignava2;se agora3 a
interessar;se por novas idéias# Meu a2igo3 o e2inente deputado socialista de
Fesse3 (r# %arl Mierendor>> e eu prHprio3 >o2os cha2ados a &erli2 para
entendi2entos pedia2;nos 4ue 2antivésse2os conversaçes co2 o co2itB
supre2o do partido3 a respeito dos novos 2étodos de co21ate# Mais u2a vez a
esperança retornava" ía2os3 en>i23 talvez3 alcançar nossos o1*etivos#
Tra1alha2os co2 todo a>inco3 todas as eCperiBncias da luta eleitoral e2 Fesse
>ora2 levadas e2 consideração3 u2 plano de organização >oi ela1orado para a
ca2panha eleitoral do Reichstag3 todas as açes3 todas as palavras de orde2 e
todo progresso técnico >ora2 eCa2inados a >undo e esclarecidos# Apresenta2o;
nos diante do co2itB do partido# Tra1alho perdido# Vi3 desde logo3 4ue não
podía2os contar co2 sua co2preensão# D co2itB aceitou3 é verdade3 os novos
sí21olos e ordenou a luta3 2as3 sua vontade co21ativa não passava de u2 1le>e#
Ah3 não se podia 2isturar vinho novo co2 o velhoK Não tinha2 2ais a corage2 de
con>iar s >orças *ovens3 vigorosas e desco2pro2issadas3 a direção da luta e de
lhes dar assi2 a responsa1ilidade de se ha1ilitar para dirigir os assuntos# A velha
cor*a 4ueria >azer tudo3 esperava tirar proveito pessoal das novas idéias# Pela
aplicação de 2étodos cu*a e>ic?cia era agora incontest?vel3 dese*ava resta1elecer3
nas 2assas3 sua autoridade a1alada# Adotou as >or2as3 revestiu;se da roupage2
dos novos sí21olos3 2as3 seu espírito per2anecia o 2es2o" 2es4uinho3 tí2ido3
incapaz de se p-r altura da situação3 das eCigBncias da época e do co21ate#
Não tinha 4ual4uer plano3 não co2preendia 2es2o a necessidade de tB;lo3 e3
4uando se servia dos novos 2étodos3 2isturava;os aos velhos processos
ine>icazes3 de 2aneira a en>ra4uecer o entusias2o e a e>iciBncia das >orças
*ovens#
2a co2issão >oi constituída para deli1erar so1re tudo# $2 vez de eCa2inar logo
o plano *? pronto3 4ue lhe >ora su12etido e ganhar te2po3 dese*ou pri2eiro reunir;
se3 alguns dias 2ais tarde e reco2eçar a discutir os 0novos pontos de vista6# $ra
co2pleta loucura e u2a perda de te2po ruinosa# A pergunta de u2 de seus
0che>es6 caracterizava a 2entalidade desses ho2ens" indagou a 2eu a2igo" 0No
>undo3 por 4ue e2prega ele .isto é3 eu/ u2a tal atividadeS (ese*a o1ter u2 posto
entre nHsS6 Toda esperança de captar3 de persuadir esses ele2entos era vã3 sH
nos restava u2a oportunidade" tentar através de nossa prHpria atividade3 por
nossa prHpria atuação3 2ais intensi>icada3 to2ar;lhes a iniciativa# $ra 2uito di>ícil
e co2plicava a situação5 de >ato3 est?va2os e2 plena luta contra o poderoso
advers?rio e era preciso ainda trav?;la nas nossas prHprias >ileiras3 contra nossos
prHprios che>es incapazes# (esencora*ado3 regressei a Fesse#
$21aiCo3 na luta su1li2e3 na e>ervescBncia do espírito desperto das 2assas3
curei;2e rapida2ente do desgosto3 de 2eu a1ati2ento 2o2entOneo3 causados
pelo insucesso e2 &erli2# Tratava3 agora3 de levar a luta a 1o2 ter2o3 a luta e2
Fesse e de tirar as concluses# %ontinua2os a luta e saí2os vencedores#
Ds pri2eiros dias depois da vitHria passara2;se co2o nu2 delírio# Mas3 todos os
preparativos >ora2 i2ediata2ente >eitos a >i2 de triun>ar na nova luta eleitoral
para o Reichstag3 4ue devia travar;se igual2ente e2 Fesse3 seis se2anas 2ais
tarde# H1vio 4ue tudo se passava de acordo co2 os novos 2étodos e se2
atenção pretensa atividade do escritHrio central do partido e2 &erli23 4ue
continuava a >a1ricar papelada e a inundar co2 ela o país# $le dese*ava ta21é2
centralizar a luta por sí21olos3 a >a1ricação e a distri1uição de insígnias3 de
1andeiras3 etc# (essa 2aneira3 tudo >oi natural2ente retardado# $is a4ui u2
eCe2plo" para 7=#=== 2e21ros organizados do partido3 tínha2os distri1uído3 e2
duas se2anas3 2ais de L=#=== insígnias e2 Fesse5 aplicada a 2es2a proporção
ao Reich3 signi>icava pelo 2enos cinco 2ilhes de insígnias# Mas3 0por prudBncia63
o escritHrio central enco2endara apenas cerca de u2 2ilhão5 deveria ter
enco2endado
insígnia e >azere2
u2dez
1o2esta1eleci2entos3
2as3 >oi
para ganharau2
u2vinté2
e2não
cada
negHcio3 a >a1ricação con>iada sH 4ue
p-de natural2ente se desincu21ir 1e2 e2 tão pouco te2po e os pedidos de
insígnias das trBs >lechas3 4ue chegava2 então de todos os pontos do país3 não
pudera2 ser atendidos3 de tal 2odo 4ue alguns distritos >ora2 o1rigados a
>a1ric?;las3 no Elti2o 2o2ento# Acontecia o 2es2o co2 as 1andeiras3 >lO2ulas e
todo o resto# Nova2ente3 &erli2 a1arrotava todo o país de papel 2uitos 2ilhes
de 1oletins 2al >eitos e inEteis >ora2 distri1uídos5 depois das eleiçes3
a2ontoava2;se s dezenas de 2ilhares por toda parte3 nas secretarias do
partido3 4ue se recusava2 >re4Uente2ente a distri1uir esse re>ugo3 *ulgando;o
se2 e>eito e 2es2o pre*udicial# Todos os partidos tra1alhava2 por 2eio de
cartazes ilustrados3 eCceto o nosso 4ue se contentava e2 distri1uir os 4ue
restava2 das eleiçes prussianas# A Enica coisa positiva era 4ue os sí21olos
tinha2 sido3 en>i23 o>icial2ente reconhecidos e e2pregados na luta e 4ue a
'rente de &ronze to2ava parte3 nova2ente3 nesse co21ate# Mas3 se2pre e por
toda parte o con>lito entre as organizaçes do partido e as da 'rente se alastrava#
$ra evidente 4ue isso precisava aca1ar# No curso da ca2panha3 >alei nas grandes
con>erBncias de 0esclareci2ento63 organizadas pela 'rente de &ronze nas diversas
cidades da Ale2anha# (evia ta21é2 >alar e2 &erli23 a organização 1erlinense
tinha preparado tudo3 2as a con>erBncia >oi interditada pela direção do partido#
D co2ando da 'rente de &ronze co2preendeu en>i2 4ue as coisas não podia2
continuar co2o estava23 era preciso encontrar nina saída para assu2ir a
liderança e>etiva da luta nas 2ãos# 'oi então 4ue a2adureceu3 entre nHs3 o plano
cha2ado de 0agarrar pelo dedo6" a direção do partido devia encarregar;nos da
organização3 e2 4uatro lugares do país3 de grandes des>iles;2odelo se2elhantes
ao de (ar2stadt# Ds delegados das circunscriçes vizinhas devia2 seguir para
esses locais3 a >i2 de ver co2o as passeatas si21Hlicas era2 preparadas# Toda a
luta por sí21olos estava estreita2ente ligada s passeatas# NHs sH segura2os3
por assi2 dizer3 u2 Enico dedo# Por u2a atividade intensi>icada ao 2?Ci2o3 e por
2eio de u2a série de estratage2as3 pro2ete2os3 a nHs 2es2os3 atrair3 e2
pouco te2po3 todo o 1raço e3 depois3 todo o corpo3 todo o aparelho de
propaganda e3 >inal2ente3 de nos apossar2os dele# $stava seguro do sucesso#
(epois de u2a luta encarniçada3 no escritHrio central do partido3 e graças a u2
estratage2a3 o che>e da 'rente de &ronze o1teve3 en>i23 4ue esse assunto
passasse para suas 2ãos#
Tínha2os então 0agarrado o dedo6# Tratava;se3 agora3 de não perder te2po# ogo
4ue possível3 todo o Reich devia estar in>or2ado das diretivas técnicas da luta por
sí21olo# $u tra1alhava dia e noite e3 no >i2 de 4uarenta e oito horas3 tinha
preparado a 1rochura de propaganda3 intitulada Princípios de propaganda
2oderna3 ilustrada co2 desenhos e >otogra>ias5 4uatro dias depois3 estava
i2pressa e pronta para distri1uição# Mas3 a direção do partido tinha perce1ido o
assunto e interditou3 de repente3 o >olheto3 cu*a ela1oração ela prHpria havia
solicitado anterior2ente# Recusei então3 não vendo 4ual4uer sentido e2 redigir
instruçes para u2 plano 4ue >ora re*eitado# Dra3 a direção do partido decidiu
destruir a 1rochura *? >eita3 i2pressa e recla2ada de toda parte3 co2 o ridículo
argu2ento de 4ue os nazistas poderia2 aprender co2 ela algu2a coisa# Não >oi
senão apHs longos entendi2entos 4ue nossa direção conseguiu retirar o veto e
distri1uir a 1rochura#
Munidos da autorização para organizar os des>iles;2odelo3 co2 a >ir2e vontade
de nos servir dela no sentido de enca2inhar3 ao 2es2o te2po3 toda a luta por
sí21olos para u2a crescente atividade3 parti2os e2 ca2panha# ogo e2
seguida3 tropeça2os e2 o1st?culos tra2ados pelo partido# Por toda parte3 seus
escritHrios entravava2 o tra1alho da 'rente de &ronze" não 4ueria2 deiCar
escapar de suas 2ãos o direito de iniciativa 4ue não eCercia2 de >or2a algu2a e
de 4ue3 ali?s3 não sa1ia2 2es2o co2o servir;se# Alé2 disso3 opusera2;se3 de
repente3 ao e2prego dos pe4uenos cartazes3 2eio de propaganda notoria2ente
e>icaz e 1arato3 4ue pode ser reproduzido rapida2ente e2 2ilhes de
eCe2plares5 vi2o;nos o1rigados3 2uitas vezes3 a 2andar i2pri2i;los no interior3
por nossa prHpria iniciativa e se2 o conheci2ento do partido3 o 4ue era 2uito
di>ícil3 pois3 os >undos especiais para esse >i2 nos >altava2# As di>iculdades3 os
o1st?culos e os entraves estava2 se2pre e2 nosso encalço" precisava2 ser3
assi2 2es2o3 evitados#
(essa vez ainda3 as 2aravilhosas 2assas oper?rias ale2ãs sou1era2 re2ediar a
situação# Graças a seu sadio *ulga2ento 3 co2preendera2 u2 grande nE2ero de
erros co2etidos pelos che>es5 nu2 passo 2arcial3 suas colunas des>ilava2
através das cidades ale2ãs3 >azendo vi1rar o ar de 1rados 'reiheit# Tra1alhava;se
se2 descanso3 voava;se de avião de u2a cidade a outra3 incitava;se a 2assa#
Todos usava2 agora nossa insígnia3 a i2age2 si21Hlica das trBs >lechas 1rilhava
e luzia e2 toda parte5 nos des>iles3 era conduzida e2 >or2as variadas5 centenas
de 2eios di>erentes de co21ate >ora2 inventados so1 o novo signo3 as 2assas
estava23 en>i23 e2 plena e>ervescBncia# A noite3 trBs >lechas enor2es3 >eitas de
lO2padas elétricas3 1rilhava 23 por eCe2plo3 nas paredes das sedes sindicais3 as
ruas estava2 2agni>ica2ente en>eitadas de 1andeiras ver2elhas co2 as trBs
>lechas3 con>etes de papel3 i2itando;as3 *uncava2 o chão# Por volta da pri2eira
se2ana de *ulho3 tornou;se raro encontrar3 nos dias de nossos des>iles3 nas ruas
das grandes cidades3 hitleristas co2 a cruz ga2ada na lapela5 as insígnias
ini2igas e as ca2isas pardas desaparecia2# $2 &erli23 por eCe2plo3 u2 certo
nE2ero de ho2ens das #A# >oi arrastado nos p?tios das casas pela 2ultidão 4ue
lhes tirou as calças pardas e os deiCou3 assi23 na rua5 e2 'ranc>ort;sur;le;Mein3 a
polícia teve 4ue levar e2 casa os ho2ens das #A# e2 auto2Hvel# A vaga popular
su1ia su1ia apesar de tudo3 prodigiosa3 irresistível co2o u2a 2aré encapelada#
Nos 2eados do 2Bs de *ulho3 veri>i4uei 4ue os nazistas estava2 e2 pleno recuo3
2antinha2;se na de>ensiva e2 toda parte3 a iniciativa do ata4ue estava e2
nossas 2ãos3 do lado da 'rente de &ronze# 2 docu2ento secreto3 assinado por
Goe11els3 enviado a todas as organizaçes e che>es de propaganda nazistas de
todo o Reich3 estava assi2 redigido" 0### Ds che>es de nossa i2prensa e de nossa
propaganda deve2 conseguir3 no 2ais 1reve espaço de te2po possível3 4ue o
partido saia da de>ensiva e to2e a o>ensiva contra os partidos 2arCistas e do
centro6#
Tiro de 2eu >ich?rio u2 co2ent?rio de u2 *ornal de &aden# co2 data desses dias3
e eis o 4ue se lB"
0### Todas essas açes >ora2 eCecutadas co2 u2 entusias2o desconhecido
durante 2uito te2po no seio de nosso partido# $Ciste2 ca2aradas
dese2pregados 4ue3 se2 u2 vinté2 no 1olso3 >aze2 a pé as viagens de ida e
volta e2 2uitas horas3 para to2ar parte nessas 2ani>estaçes# %o2 suas
crianças3 as 2ulheres se posta23 por todos os lugares3 co2o espectadoras3 e
au2enta23 pelos 1rados de 'reiheit3 o entusias2o dos des>ilantes# %ontrariados3
os 1urgueses vB2 essa agitação5 não consegue2 co2preender co2o essa
reviravolta se produziu# Para eles3 a cessação das 2ani>estaçes hitleristas3
i2postas pela 'rente de &ronze3 é u2 enig2a6#
$is ainda algu2as citaçes"
0A i2pressão geral de 4ue o >ascis2o do2ina a vida o>icial de ^arlsruhe e seus
arredores est? co2pleta2ente dissipada3 depois da enor2e ostentação de >orça
da 'rente de &ronze nessa cidade3 a 8 de *ulho###
eCta;>eira3 a 'rente de &ronze organizou3 e2 D>>en1urg3 u2a 2ani>estação3 a
4ue co2parecera2 ta21é2 os co2unistas### etc#6
Provas evidentes de nossa vitHria3 4ue3 a cada dia3 2ais se pro*etava3
acu2ulava2;se e2 2inhas 2ãos# A 7< de *ulho3 o *ornal de Goe11els3 (er Angri>>3
trazia na pri2eira p?gina3 e2 grandes caracteres3 en4uadrado de ver2elho3 o
seguinte trecho la2uriento" 0Ds assassinos ver2elhos 4uere2 >azer perecer
<=#=== ho2ens nas cha2asK6 $2 1oa horaK $n>i2 os >a2osos herHis tinha2 agora
outra linguage23 era a sua vez de conduzir a 0propaganda de inti2idação s
avessas6# ra2os nHs agora 4ue atingía2os seus nervos3 4ueiCava2;se
população3 designando;nos co2o os 2ais poderosos# Muito 1e2K $ra u2 sinal
evidente
lutar se2da con>usãode
descanso3 nascente 4ue eu ao
não conceder esperava#
ini2igo Tratava;se então dedeavançar3
u2 Enico segundo repousode
para se re>azerK
Nu2a rua de &erli23 u2 1oleti2 nazista caiu nas 2inhas 2ãos# $2 ci2a3
>igurava23 e2 grossos traços3 as trBs >lechas e a palavra 'reiheit# Ve*a23 ve*a23
agora estava2 2es2o recorrendo a nossas idéias3 a nossos sí21olosK Todos os
seus Hrgãos3 seus *ornais e revistas recreativas ilustradas estava2 cheias de
ata4ues contra as 0trBs >lechas63 contorcia2;se3 co2o ver2es3 so1 o golpe das
>lechas3 tentava2 por todos os 2eios possíveis parar nosso sí21olo na sua
2archa triun>al#
Provas desse gBnero se 2ultiplicara2 dai e2 diante" e2 Mannhei23 por eCe2plo3
perce1i3 a 7: de *ulho3 u2 grande cartaz nazista3 cu*o to2 era a1soluta2ente
de>ensivo3 chora2ingas5 não era2 2ais os donos a1solutos3 seguros de sua
vitHria3 agora era a vez de se la2entare23 de pintar o dia1o nos 2uros e suplicar
população 4ue 0pensasse6 e2 tudo o 4ue acarretaria nossa vitHria# $ra23 agora3
inocentes ovelhas e nHs os lo1os 2ausK $les prHprios dizia2K $ra per>eitoK $ra
eCtraordin?rioK A con>iança nas nossas >ileiras au2entava incessante2ente3 todo
2undo se re*u1ilava3 >alando co2 í2peto3 co2 e2oção3 ouvia;se3 a voz do povo
vi1rando nu2a tonalidade di>erente#
Mes2o o Vor)Urst conduzia3 en>i23 a insígnia das trBs >lechas na pri2eira p?gina
e lançava co2 paiCão" 0Ata4ue2osK6 verdade 4ue u2a outra co2unicação
>igurava ao lado3 e2 grossos caracteres" 0proi1ido 2ani>estar;se6 co2 u2 su1título
traindo sua verdadeira orientação psicolHgica" 0No ca2inho da razãoS6
A coisa inaudita e ineCplic?vel era 4ue os 2elhores dirigentes do partido social;
de2ocrata3 vivia2 e2 da
de pOnico3 decorrente u2e>ervescBncia
estado de angEstia contínuo
popular 4ue se e2ani>estava
singular3 nu2a at2os>era
a cada passo#
Ne2 se2pre co2preendia2 a i2portOncia do 4ue se passava diante dos seus
olhos5 co2 e>eito3 não se achando e2 contato co2 as 2assas3 >icava2
estupe>atos co2 o >ato de a propaganda ociosa e te2ível dos nazistas3 co2 seus
uni>or2es e 2ani>estaçes3 voltar;se de repente contra eles prHprios e 4ue esse
>ato se revelava su1ita2ente co2o nosso prHprio trun>o# Ds nazistas3 então3 co2
Fitler >rente3 co2eçara2 a assediar Finden1urg e von Papen co2 telegra2as e
reivindicaçes histéricas" 0Proi1i i2ediata2ente e a todo preço as 2ani>estaçesK6
$ra preciso3 custasse o 4ue custasse3 deter nosso avanço3 4ue se tornava
irresistível# Ds 0herHis pardos6 perdera2 su1ita2ente a corage23 enganara2;se
nos seus c?lculos3 pensava2 4ue possuía2 o 2onopHlio#
ou1e2os então de u2a notícia estarrecedora" nossos prHprios círculos dirigentes
estava2 de acordo co2 os nazistas3 eCigia2 a 2es2a coisa# A 7Q de *ulho3 o
%onselho de $stado prussiano adotou3 co2 os votos do centro catHlico e dos
social;de2ocratas3 u2 pro*eto assi2 conce1ido" 0D %onselho de $stado considera
indispens?vel revigorar3 alé2 da restrição decretada so1re li1erdade de
2ani>estação3 a interdição do uso de uni>or2es6# A 7: de *ulho3 a direção do nosso
partido tinha3 de >ato3 nu2 telegra2a assinado por Wels e &reitscheid3 pedido a
Finde21erg 4ue declarasse a proi1ição das 2ani>estaçes#
(ois dias depois3 perce1i per>eita2ente 4ue a situação evoluía para dois pontos
essenciais" e2 pri2eiro lugar3 a direção dos nazistas tinha sido e>etiva2ente
*ogada na de>ensiva a o>ensiva estava3 daí por diante3 e2 nossas 2ãos e2
segundo lugar3 os che>es do partido social;de2ocrata so>ria2 de u2a psicose de
angEstia# Para responder a esse estado de coisas3 era preciso to2ar
i2ediata2ente as seguintes 2edidas" divulgar3 por toda parte3 a ascensão da
nossa vitHria3 providBncia capital para nossa propaganda toda a i2prensa
estrangeira devia ser in>or2ada3 se2 de2ora5 dever;se;ia >ornecer;lhe >atos3
docu2entos e provas e2 a1ono dessa notícia3 a >i2 de i2pressionar o 2undo
inteiro5 teria sido3 do ponto de vista psicolHgico3 u2 golpe 2uito e>icaz3 contra o
2ovi2ento hitlerista5 alé2 disso3 nosso rit2o de ata4ue devia au2entar
progressiva2ente os des>iles3 2ais intensi>icados e levantado seu espírito
agressivo3 aproCi2?va2o;nos3 a largos passos3 do ponto cul2inante da
ca2panha# A idéia de 4ue não tería2os talvez 2ais necessidade de eleiçes3 4ue
a sorte poderia ser decidida antes3 i2punha;se cada vez 2ais# Nossa grande
recepção i2prensa devia ocorrer a 7Q de *ulho3 tudo estava previa2ente
preparado para esse >i2" u2a eCposição ilustrativa de nossas 2ani>estaçes3 toda
nossa coleção de sí21olos3 as >or2as características de nossa nova propaganda
e da de Fitler estava2 ordenadas siste2atica2ente5 provas autBnticas de 4ue
Fitler tinha sido *ogado por nHs na de>ensiva3 >igurava2 entre os docu2entos# A
7:3 eu devia assistir ao des>ile de Magde1urg3 segui para l? a >i2 de organiz?;lo5 a
7Q pela 2anhã3 estava e2 Mannhei23 para preparar a grande 2archa dos
archotes# A noite do 2es2o dia3 devia ser dado3 e2 &erli23 através da i2prensa3
o golpe decisivo contra Fitler# To2ei o avião para &erli2# Ao descer no ca2po de
Te2petho>3 rece1i a notícia da interdição das 2ani>estaçes#
'oi u2 grave revés para nHs e Fitler aproveitou;se disso# Não havia te2po a
perder5 apesar de tudo3 a luta na i2prensa devia ser conduzida até o >i2#
$ncontrei3 no escritHrio3 os nossos ho2ens presos de viva e2oção a direção
estava desencora*ada e não 4ueria 2ais prosseguir3 a >undo3 na ação pela
i2prensa# Tudo >oi e2 vão5 a2eaçava2;2e3 se co2eçasse esta ação so1 2inha
responsa1ilidade# Veri>i4uei3 >inal2ente3 4ue3 na4uela hora3 não se pode ria per2itir
4ue a i2prensa olhasse por tr?s dos nossos 1astidores5 nessa situação3 toda
providBncia era inEtil# Trincando os dentes3 vi;2e o1rigado a renunciar
ca2panha# Não restava 2ais nenhu2a esperança" tudo estava perdido#
$3 entretanto3 não estava tudo perdido3 a sorte nos dava ainda u2 prazo3 o instinto
prodigioso da classe oper?ria deiCava entrever u2a saída5 havia3 assi2 2es2o3
u2a possi1ilidade de agir# A interdição das 2ani>estaçes pE1licas >oi u2 terrível
golpe para nHs" os nazistas reco1rara2 o Oni2o5 co2eçara2 a atacar;nos na sua
i2prensa co2 a antiga vee2Bncia5 podia2 realizar suas 2ani>estaçes nos
par4ues e est?dios3 per2itidos pelo governo3 tendo os 2eios para alugar esses
locais custosos3 graças a seus >inanciadores os 1ares e 2agnatas da indEstria#
H a classe tra1alhadora >icava paralisada pelo decreto#
To2ei3 i2ediata2ente3 contra2edidas# (evía2os poder contornar a interdição3
para >azer valer3 nas ruas3 nosso espírito co21ativo" nossos ho2ens rece1era23
então3 orde2 para e>etuar3 ininterrupta2ente3 2ani>estaçes dispersas3 cha2adas
0passeios dos sí21olos65 nas ruas principais3 nossos correligion?rios circulava23
e2 grande nE2ero3 e2 suas 1icicletas en>eitadas de >lO2ulas co2 as trBs >lechas5
nas calçadas3 conduzindo insígnias das trBs >lechas3 passeava2 sH ou dois a dois3
saudando;se e saudando os ciclistas co2 o 1rado de 'reiheit# Ds transeuntes
podia23 assi23 ver 4ue est?va2os se2pre presentes e 4ue não nos deiC?va2os
inti2idar#
Apesar de tudo3 a e>ervescBncia nas nossas >ileiras continuava e os espíritos
estava2 2uito agitados# $2 &erli23 tinha;se pro*etado3 para 78 de *ulho3 u2
grande des>ile da 'rente de &ronze3 partindo de cinco 4uarteires para o centro da
cidade5 nessa ocasião3 &erli2 devia perce1er3 pela pri2eira vez3 a >orça integral
de nossas 2ani>estaçes5 contava eu co2 u2 2ilhão de espectadores e de
participantes esse des>ile podia3 ou 2elhor3 devia ser o prelEdio do grande
des>echo# %o2 a interdição das 2ani>estaçes3 tal plano >oi superado# Para
contra1alançar o e>eito3 a 'rente de &ronze convocou o povo para u2a gigantesca
reunião nas salas e *ardins de Fasenheide# J? s sete horas3 enor2e 2ultidão
lotava tudo# Ds oradores >alava2 de di>erentes tri1unas# D ponto cul2inante >oi
atingido3 4uando a ca2arada inglesa3 $llen Wil!inson3 deputada tra1alhista3
entregou aos 1erlinenses a 1andeira ver2elha das trBs >lechas 4ue os
tra1alhadores ingleses nos tinha2 enviado3 e2 sinal de solidariedade >raternal#
2a grande agitação reinava entre as I=#=== pessoas 4ue enchia2 os *ardins# Ds
1rados 'reiheit ressoava23 se2 cessar3 e as cançes revolucion?rias levava2 os
espíritos ao ponto de e1ulição# Ter2inada a reunião3 as 2ultides se derra2ara2
nas ruas3 gritando 'reiheit3 assi2 co2o os slogans 0Fitler;Judas6 e 0Fitler deve
re1entar63 4ue u2 orador se2 escrEpulos3 pertencente direção do partido3 lhes
tinha lançado no espírito e eCortado a 4ue repetisse2# A agitação 4ue se apoderou
da 2ultidão era tão grande 4ue3 se atingisse &erli2 inteira3 evidente2e nte todos
os espíritos estaria2 in>la2ados e2 alguns dias e a revolução eCplodiria# 2a
idéia 2e perseguia3 se2 parar" 0Von Papen intervir?3 von Papen deve agir co2
rigor3 senão est? perdido#6
Na 2es2a noite3 Finden1u rg outorgou plenos poderes a von Papen para dar seu
golpe de $stado na PrEssia e li4uidar o 2ovi2ento#
Na 2anhã seguinte3 o Ru1icon era atravessado# Nosso escritHrio >oi alar2ado s
nove e 2eia da 2anhã5 chegou;nos a notícia da prisão do 2inistro do @nterior3
evering e do che>e de polícia Grzezins!+# (evia;se esperar3 a todo 2o2ento3 4ue
a ação contra nHs e o partido >osse desencadeada# e as intençes de von Papen
>osse2 sérias3 todos os nossos Hrgãos centrais seria2 ocupados e2 2enos de
2eia hora e postos >ora de ação#
von Papen"
$stado de graças
<= de *ulho3
sua t?tica3
estavao partido social;de2ocrata3
2oral2ente durante
desacreditado3 a opropaganda
golpe de
co2unista caía so1re ele co2 toda vee2Bncia5 por outro lado3 no partido de Fitler3
2ani>estava2;se sinto2as de deco2posição# Von Papen acreditava3 agora3 poder
agir sozinho# Tendo3 no espírito3 a idéia >iCa da i2portOncia decisiva da
propaganda3 copiava Fitler e2 tudo# Monopolizou o r?dio para seus discursos3 o
4ue lhe dava u2 trun>o so1re Fitler3 acreditou ta21é2 >azer agir a alavanca 4ue
Fitler tinha se2pre dese*ado3 até a4uele 2o2ento3 co2o u2 2eio decisivo" a
convocação do povo para novas eleiçes3 e2 cu*a realização e2pregaria3 ao
2?Ci2o3 sua prHpria propaganda# Tratava;se de o1ter u2a 2aioria pessoal 4ue
esperava *untar o centro catHlico# $ntão ele3 von Papen e não Fitler3 criando u2a
1ase 0parla2entar63 poderia investir;se de plenos poderes3 2odi>icar a constituição
.>alava nisso se2 cessar/3 dissolver o parla2ento e esta1elecer sua prHpria
ditadura# $ra u2 sonho presunçoso3 2as von Papen conseguiu3 e2 todo caso3
dissolver outra vez o Reichstag e >iCar novas eleiçes para seis de nove21ro#
Dra3 a propaganda de von Papen não teve 4ual4uer e>eito# Ne2 o >ato de dispor
dos 2eios do $stado3 ne2 as grandes so2as investidas e2 sua propaganda
servira2 para coisa algu2a# 2a vez 2ais3 estava de2onstrado 4ue a
propaganda isolada3 se2 4ual4uer 1ase política3 não é su>iciente" a propaganda
política e a pu1licidade co2ercial não são3 apesar de tudo3 a 2es2a coisa#
Von Papen ganhara votos s eCpensas dos hitleristas3 2as3 nu2a proporção 2uito
pe4uena5 e2 co2pensação3 Fitler >oi3 desta vez3 incontestavel2ente derrotado
perdeu 2ais de dois 2ilhes de votos e I9 cadeiras no Reichstag# Não era3
todavia3 u2a vitHria de von Papen3 2as3 si2ples2ente o resultado das tendBncias
de dissolução 4ue se 2ani>estava2 nas >ileiras hitleristas e 4ue era2 provocadas3
por sua vez3 pela derrota de I7 de *ulho e por seu erro político de 7I de agosto3
4uando Finden1urg tentou con4uist?;lo para sua causa e 4uando ele deiCou
escapar essa ocasião 0de agarrar u2 dedo6#
D grande vencedor de seis de nove21ro era o partido co2unista 4ue to2ara
votos dos social;de2ocratas e dos nazistas# $ra u2 sinto2a claro3 se 1e2 4ue
se2 a 2enor i2portOncia pr?tica# Ds verdadeiros vencidos era2 nova2ente
nossos che>es pela pri2eira vez perde2os 4uase u2 2ilhão de votos é então
4ue a des2oralização nascida do <= de *ulho ganhou as 2assas u2 grande
nE2ero de nossos partid?rios passou para os advers?rios e outros se
desinteressara2# Ainda desta vez a propaganda do partido não tinha progredido#
Na luta política3 usava2;se sí21olos3 é verdade3 4ue desde então3 era2 o>iciais3
2as3 não havia 4ual4uer entusias2o3 nenhu2 élan3 não se acreditava 2ais nas
palavras de orde2 do partido3 ne2 4ue ele >osse capaz de lutar5 o >ato de 4ue não
tivesse se desagregado era devido unica2ente >orça de coesão3 4ue tinha
ci2entado
resistBncia as
dasorganizaçes
2assas3 1e2durante
co2o adezenas
de4ue3
anos3 tenacidade
de tudo3 eu2 2ilagre
enor2e
crença de apesar
poderia3 assi2 2es2o3 acontecer# Via;se chegar3 ineCoravel2ente3 a Elti2a luta
se2 li2ite3 ne2 trégua3 e cada u2 se preparava para cu2prir seu dever5 era
preciso então uni>icar >orças#
(esde >i2 de *ulho3 eu 2e retirara da política3 reconhecend o3 per>eita2ente3 4ue
todo tra1alho Etil era perdido# H havia u2a coisa a >azer3 procurar salvar o
2ovi2ento oper?rio3 antes de tudo# Ds antigos che>es >alira23 era preciso a>ast?;
los# $n4uanto estivesse2 >rente do 2ovi2ento3 tudo seria inEtil# $ra nessa
direção 4ue eu3 agora3 tra1alhava# 'alava nisso aos oper?rios e2 todos os locais
onde podia# AhK não era 2ais possível contar co2 a di>usão3 e2 4uantidade
1astante3 das 2inhas idéias" nossas asse21léias era2 >re4Uentadas por u2
nE2ero de pessoas se2pre decrescente3 poucos assistia2 a elas3 alé2 dos
>uncion?rios 1e2 pagos do partido e dos sindicatos 4ue estava2 prontos para
a1solver os verdadeiros culpados de nossa derrota3 se algué2 tentasse dizer;lhes
a verdade e lev?;los a to2ar partido contra os che>es5 de seu lado3 sH havia
recusa3 Hdio e suspeita# (e resto3 dependia2 econo2ica2ente dos che>es#
Mes2o depois da derrota de nove21ro3 per2anecia2 incorrigíveis3 continuava2
recusando;se a pensar co2 independBncia e sH tinha2 u2a esperança" poder
>icar vegetando#
Nessa época3 no *ornal (as Tage1uch3 apareceu u2 artigo A1aiCo Wels %ia#3
onde idéias 2uito *ustas era2 eCpostas so1re os che>es do partido social;
de2ocrata3 so1re a causa de sua >ra4ueza e de suas >altas# D clã 4ue gravitava
e2 torno dos dirigentes do partido logo suspeitou 4ue >osse eu o autor desse
artigo3 o 4ue não era verdade3 se 1e2 4ue aprovasse inteira2ente essas idéias#
eguira2;se ata4ues contra 2i2#
uando e2 outu1ro perguntara2;2e3 na 4ualidade de especialista e2
propaganda3 4ue possi1ilidades e>icazes haveria para as eleiçes de Z nove21ro3
não podia eu propor senão u2a 2edida3 a Enica capaz de3 talvez3 revigorar3 no
Elti2o 2o2ento3 a corage2 e a esperança das 2assas" os dirigentes do partido
devia2 2ostrar corage2 revolucion?ria3 apelando para os 2ilitantes através de
u2a procla2ação cu*o teor seria 0Pater3 peccavi63 isto é3 devia2 con>essar suas
>altas e declarar 4ue estava2 prontos a trans>erir a responsa1ilidade da luta para
novas >orças ainda não utilizadas# $ra u2 2eio herHico3 2as3 ta21é23 o Enico3
4ue tinha a possi1ilidade de produzir u2 e>eito psicolHgico# $ssa 2aneira de agir3
e2pregada co2o 2eio de propaganda3 cha2a;se cat?rtica3 resgatadora3
puri>icadora# Bnin aplicava esse 2étodo repetida2ente3 4uando con>essava
pu1lica2ente as >altas co2etidas3 dizendo" 0%o2eti erros3 sou culpado3 con>esso
2inha >alta3
u2 não
osco2ovedor3
co2eterei 2ais#6 (o ponto de vista da 4uase
propaganda3
produzia e>eito a depressão 2udava então se2preisso
e2
e2oção e nu2 estado d\al2a de onde podia2 *orrar u2a nova corage2 e novas
>orças# Mas3 não havia Bnin entre os che>es social;de2ocratas3 2inha proposta
não podia ser levada a sério#
(aí e2 diante3 os aconteci2entos se precipitara2" era a derrocada# A princípio3
veio a 4ueda de von Papen todos os seus pro*etos a nada conduzira23 a
situação per2aneceu indecisa3 nos 2eios 4ue cercava2 Finden1urg pensava;se
4ue3 de u2a parte3 era preciso >azer certas concesses opinião pE1lica3 2as3 de
outra3 ta21é2 procurar o apoio dos 2ilitares não se podia *a2ais sa1er co2o
iria2 ter2inar as coisas# Na pessoa do general von cheleicher tinha;se u2
ho2e2 4ue parecia reunir as duas características# tanto 2ais 4ue o h?1ito de
destruir seus antigos co2panheiros e che>es Fer2ann MUller3 Grkner3 &rUning
era;lhe3 por assi2 dizer3 >a2iliar# Von chleicher3 então3 derru1ou von Papen e não
tardou a instalar;se e2 seu lugar# %orte*ava a direita3 olhava para a es4uerda3
parla2entava co2 Fitler3 dirigia;se ta21é2 aos sindicatos oper?rios3 1alançava;
se entre uns e outros3 até 4ue Goe11els3 i2pressionado pela derrota de Z de
nove21ro3 tentou consertar a situação3 organizando u2 grande ta2;ta2 de
propaganda3 por ocasião das eleiçes parciais para a asse21léia de ippe;
(et2old .7L=#=== ha1itantes ao todo/# Ds nazistas tivera2 sua pe4uena vitHria
nessas 0eleiçes;piloto63 o 4ue tinha u2 sentido 2era2ente psicolHgico# Mas3
acreditou;se3 na Ale2anha3 4ue as possi1ilidades de Fitler au2entava2 e
Finden1urg3 cansado de tantas >lutuaçes3 veio a negociar nova2ente co2 Fitler#
$ste aproveitava a lição de 7I de agosto5 desta vez3 não deiCou escapar a
oportunidade# a1ia 2uito 1e2 4ue seu destino estava por u2 >io a derrota de Z
de nove21ro proporcionava cada vez 2ais a dissolução de suas hostes3 o
ro2pi2ento co2 Gregor trasser era u2 sinto2a a2eaçador3 as intrigas nos seus
círculos i2ediatos >ervilhava2# Não tinha u2 segundo a perder# Aceitou a o>erta e
tornou;se chanceler do Reich#
(esta vez3 não se enganara nos seus c?lculos aos olhos das #A# e para os
2ilhes de seus partid?rios na 1urguesia3 sua resolução3 do ponto de vista
psicolHgico3 era u2a vitHria# Graças a u2a nova onda de propaganda3 ha1il2ente
encenada por Goe11els3 as 2assas >ora2 lançadas nu2 delírio eCtre2o3
re*u1ilava2;se3 acreditando 4ue a hora da prosperidade tinha chegado#
As perseguiçes aos advers?rios detestados co2eçara23 co2o conse4UBncia
desses aconteci2entos# Golpe so1re golpe se sucedera2" a dissolução do
Reichstag3 seu incBndio co2o 2eio de propaganda e co2o desculpa para
provocar o terror3 por ocasião das eleiçes3 o >echa2ento do partido co2unista3 as
prises3
0>esta doastra1alho6
perseguiçes
a 7 dede2aio3
*udeus3 a >a2osa 0ca2panha contra aoper?rios3
corrupção6
o ani4uila2ento dos sindicatos a a
dissolução e a destruição total do partido social;de2ocrata# $3 >inal2ente3 os
assaltos contra os prHprios aliados os %apacetes de Aço e o partido nacional;
ale2ão3 a 4ueda de Fugen1erg e3 por >i23 a do partido catHlico do centro3 do
partido populista 1?varo e do partido de2ocrata#
Ds aconteci2entos se desenrolava23 so1 nossos olhos3 co2o nu2a tela de
cine2a# ua evolução ad4uirira u2 aspecto singular3 4ue não tivera e4uivalente3
ne2 na REssia3 ne2 na @t?lia# $ra u2a galopada louca e2 4ue a 1urguesia ale2ã
perdia co2pleta2ente o ru2o# Ds po1res 0che>es6 social;de2ocratas deiCara2;se
levar ao che>e nazista co2pleta2ente a1atidos3 atordoados3 deslu21rados#
%o2o u2 2iser?vel re1anho de carneiros3 dera2;lhe seus votos3 dívida 4ue ele
pagou co2 u2 ponta;pé" apesar do >ato de 4ue seus senti2entos se revelara2
su1ita2ente 0per>eita2ente nacionais63 ele os enCotou# 2 2inistro nazista deu;
lhe esse epit?>io" 04ue se cale2 e 4ue tenha2 vergonha6# A Né2ésis da histHria
disse a Elti2a palavra# %olhera2 o 4ue se2eara2# Nenhu2 verdadeiro socialista
se co2padeceu do seu destino#
Mas3 os socialistas o>iciais dos outros países deveria2 ter tirado u2a conclusão
dessa derrocada inaudita do seu partido ir2ão da Ale2anha" é 4ue a social;
de2ocracia ale2ã su1esti2ara errada2ente a psicologia5 a causa desse erro >atal
reside no 2edo 4ue ela tinha de consignar o desapareci2ento do dog2a da
i2uta1ilidade das leis sociais e econ-2icas3 da >atalidade de seu desenvolvi2ento
segundo a orde2 rígida3 indicada por MarC3 o pro>eta3 cu*o D %apital se tornou
u2a espécie de 1í1lia nesses 2eios# Para os social;de2ocratas3 toda a ciBncia e
toda a pr?tica li2itava2;se ao estudo e solução das 4uestes de classe e das
condiçes econ-2icas# X9L<Y
)apítulo
A +iol1ncia psí-uica na política 3undial
Ds pri2Hrdios D ple1iscito do arre A reocupação da RenOnia A guerra da
$tiHpia A chantage2 da guerra A guerra da $spanha A idéia da 0guerra total6
D Anschluss A Tcheco;$slov?4uia A crise de sete21ro de 78IQ A
capitulação de Munich A @@ guerra 2undial A 1o21a at-2ica de Firoshi2a D
plano Marshall e o pacto do AtlOntico A 0guerra >ria6 A guerra civil na %hina e a
vitHria da %hina popular A guerra da %oréia#
J? 2enciona2os3
propaganda a propHsitododaentusias2o
na de>lagração guerra da da
$spanha3
1ravuraaee>ic?cia dos 2étodos
da resistBncia5 de
as >or2as
são3 geral2ente3 as 2es2as 4ue encontra2os nos eCe2plos recolhidos da luta na
Ale2anha3 e2 78I<# interessante3 todavia3 su1linhar 4ue o desencadea2ento
do re>leCo condicionado3 4ue se 1aseia no 2edo3 o outro aspecto da 0pri2eira6
pulsão3 tão e2pregada na propaganda hitlerista no interior e no eCterior antes do
con>lito real3 antes de u2a guerra3 esse desencadea2ento é 2enos e>icaz3
4uando a guerra *? >oi de>lagrada# Viu;se3 é verdade3 por ocasião da retu21ante
derrota das divises italianas na 1atalha de Guadala*ara3 4ue os 2étodos de
propaganda3 então e2pregados3 pelos repu1licano s3 srcinara2 o pOnico3 4ue se
apoderou dos italianos e 4ue os >ez >ugir desnorteada2ente diante de u2
>antas2a" o aviso3 pelos alto;>alantes3 instalados e2 >rente s linhas ini2igas3 da
chegada de avies russos# Mas3 e2 geral3 o e2prego do princípio da inti2idação
é 2enos e>icaz3 certa2ente3 4uando o perigo *? tenha chegado" o 2elhor eCe2plo
é o da população de Madrid ou de &arcelona 4ue *? não eCperi2entava2 o 2enor
pOnico3 4uando os avies voava2 aci2a de suas ca1eças" a vida continuava3
estava;se acostu2ado# D valor da propaganda do 2edo é especial2ente real
onde .>ato paradoCal/ não eCiste a2eaça i2ediata5 daí por4ue era o instru2ento
da predileção da propaganda de Fitler# por isso 4ue a idéia principal de
udendor>>3 a da guerra total3 não passa de u2 >ator psicolHgico 1astante restrito e
4ue sH age na preparação da guerra5 Fitler 4ue3 no co2eço3 era 2uito ligado a
udendor>>3 parece ter co2preendido 2uito 2elhor essa verdade do 4ue seu velho
pro>essor 2ilitar# Tornou;se a idéia 2estra de toda sua atividade#
Mas3 volte2os s cenas dos aconteci2entos# $n4uanto as peripécias da guerra
na $spanha >azia2 oscilar as possi1ilida des de sucesso3 tanto de u2 lado3 co2o
do outro3 trBs novos >atores se inserira2 na tra2a da guerra internacional 4ue3 na
verdade3 não passava de u2a guerra psicolHgica e2 surdina# $sses trBs novos
ele2entos era2" a agressão *aponesa contra a %hina3 o1ra do 2ilitaris2o >ascista
*aponBs3 a assinatura solene do $iCo Ro2a;&erli23 estendido a TH4uio3 e a
situação interior na REssia oviética# $sses trBs ele2entos tinha23 cada u23 u2
papel psicolHgico consider?vel3 nessa guerra latente e vale2 a pena ser
acentuados3 na an?lise da situação# Todos trBs atuava2 e2 >avor do $iCo >ascista3
incitando;o a u2a atitude cada vez 2ais agressiva3 se2pre orientada3 1e2
entendido3 no sentido da chantage2 da guerra# Mas3 a vantage2 desses
ele2entos para os >ascis2os reduziu;se relativa2ente co2 rapidez# A resistBncia
inesperada da %hina esgotava as >orças do Japão e a tentativa 4ue este >azia para
2edir a >orça de resistBncia da REssia oviética 2ostrou;lhe 4ue nada tinha a
esperar da4uele lado5 e2 poucos dias3 no lago ^hassan nesse recanto 2ais
sensível do i2enso país soviético3 por4ue o 2ais distante dos centros e o 2ais
propício ao Japão3 por ser prHCi2o de suas 1ases a reação da R3
despertar o 2edo3
4ue3 se2 essa ele2entode
propaganda decisivo
Fitler# de
as u2a tal propaganda5
2assas sentindo
votaria2 contra vaga2ente
este3 decidiu o
ple1iscito se2 preparação3 de >or2a i2ediata# Para 4ue2 conhecia Fitler e seus
2étodos3 estava claro 4ue *a2ais ele renunciaria a essa ar2a tão segura3 e 4ue
i2pediria3 custasse o 4ue custasse3 esse ple1iscito# 'oi o 4ue aconteceu" a 7I de
2arço3 as tropas ale2ãs entrara2 na mustria3 apoderara2;se de Viena3 se2
resistBncia3 prendera2 chuschnigg e con>raternizara23 no &renner3 co2 os
italianos# Alar2adas3 as de2ocracias ne2 sonhara2 e2 pronunciar palavras de
condenação#
Para 1ater o >erro en4uanto 4uente3 u2a ação 2ilitar e de propaganda contra a
Tcheco;$slov?4uia >oi anunciada i2ediata2ente depois do Anschluss# $sse pais
estava cercado 2ilitar2ente3 u2a ca2panha de i2prensa3 de in*Erias3 de
reivindicaçes3 de a2eaças >oi de>lagrada e se a1ateu so1re a Elti2a 2uralha das
de2ocracias na $uropa %entral# Acreditou;se ter chegado a véspera do pior# A
'rança reiterou suas a>ir2açes de a*uda eventual ao seu pe4ueno aliado# Mas3
nesse ínteri23 u2a parte da i2prensa >rancesa3 notoria2ente prH;>ascista3
1aralhava as cartas3 destruía no eCterior i2pressão produzida pela advertBncia
>rancesa e Fitler continuou a a>ir2ar3 sua entourage3 4ue a 'rança sH >azia
1le>ar# A 2o1ilização tcheca de <7 de 2aio p-s >i23 provisoria2ente3 a essa
situação insustent?vel e eis 4ue a a2eaça se dissipou i2ediata2ente" dentes
cerrados3 pro>erindo 2aldiçes3 Fitler hesitou3 recuou diante da aud?cia e da
resistBncia de u2 pe4ueno povoK ue lição para os grandesK AhK 2as3 ainda desta
vez3 não houve conse4UBncias# $2 lugar de i2por3 segundo a proposta da R3
a orde2 e a cessação das provocaçes por u2a ação con*unta de todas as
potBncias3 cansad as de toda essa agitação3 >ez;se pressão so1re a Tcheco;
$slov?4uia e3 diante da propaganda ha1itual de inti2idação no país dos udetos3
tergiversou;se3 reani2ara2;se as esperanças e a arrogOncia de Fitler3
ter2inando;se por *ogar Hleo no >ogo3 ao enviar ord Runci2an e2 2issão a
Praga# $ co2 4ue incu21BnciaK A de en>ra4uecer a resistBncia ao 1le>e3 de provar3
ainda u2a vez3 por essa ação incoerente3 toda a incapacidade das de2ocracias
para co2preender o verdadeiro 2ecanis2o do 4ue se passava# (epois de tantos
eCe2plos3 de tantas de2onstraçes convincentesK eria de espantar a 2archa
4ue3 desde então3 to2ara2 os aconteci2entos3 nessa corrida para a guerra3 4ue
se tornou cada vez 2ais inevit?velS
As peripécias dessa grande crise européia 4ue disso resultou e2 sete21ro e cu*o
desenlace provisHrio >oi a capitulação de Munich3 são u2a eCcelente ilustração do
valor dos princípios enunciados neste livro3 a respeito da vida política" se rever2os
a se4UBncia desses dias tr?gicos3 veri>ic a2os 4ue3 na realidade3 as con>erBncias
entre as 4uatro grandes potBncias3 das 4uais tudo dependia3 não era2 2ais do
4ue u2a negociata destinada a autorizar ou a i2pedir os ditadores3 os >ascis2os
hitlerista e 2ussolínico3 a tirar3 ainda u2a vez3 sua >orça de propaganda da
renovação do re>leCo condicionado 4ue lhes era propício e 4ue deter2inava a
violação psí4uica pela ação da violBncia real3 pelo recurso ao re>leCo a1soluto#
$stava aí todo o sentido da partida de p-4uer 4ue >oi *ogada diante de toda a
hu2anidade# D 4ue i2portava a Fitler era dar ao 2undo u2a de2onstração de
sua >orça au2entada3 para aterroriz?;lo e 4ue1rar3 para o >uturo3 toda veleidade de
resistBncia# Por outro lado3 era;lhe ainda u2a vez necess?rio i2pressionar seu
prHprio povo3 4ue co2eçava a 2ani>estar3 nova2ente3 sinto2as de lassitude3
renovar seu do2ínio so1re o co2porta2ento das 2assas ale2ãs# a razão por
4ue3 se2 con>essar3 natural2ente3 insiste e2 4ue3 custe o 4ue custar3 lhe se*a
o>erecida oportunidade de >azer u2a grande eCi1ição guerreira3 entrar co2 grande
estrépito na Tcheco;$slov?4uia3 se possível3 co2 o ruído do canhão e co1erto de
avies violando os céus da pe4uena repE1lica# uando e2 Godes1erg3
%ha21erlain >az;lhe ver 4ue suas eCigBncias na Tcheco;$slov?4uia era2
aceit?veis3 e2 princípio3 4ue a @nglaterra e a 'rança se >aze2 >iadoras de sua
eCecução3 e2prega u2 ardil" diz 4ue descon>ia e 4uer3 de 4ual4uer >or2a3 >azer
2archar suas tropas3 ocupar as >orti>icaçes3 >iCa o prazo3 co2o u2 verdadeiro
ulti2atu23 não consente 4ue se*a prorrogado#
Mas3 ao 2es2o te2po3 ele prHprio te2 2edo" não dese*aria3 de >or2a algu2a3
4ue o assunto se tornasse sério3 sa1e 1e2 4ue u2a guerra generalizada conduzi;
lo;ia a seu >i23 seus generais >aze2;lhe co2preender 4ue não se prestarão a essa
tare>a# (aí3 suas hesitaçes5 2as3 co2preendeu 4ue %ha21erlain era 2uito velho3
4ue 4ueria a paz a todo preço3 4ue seus co2pro2issos co2 a 'rança o
e21araçava23 4ue seu Hdio nião oviética era 2ais >orte 4ue sua apreensão
co2 a Ale2anha ou 4ue sua repugnOncia pela 2entalidade totalit?ria5 e Fitler
*ogou sua cartada co2 u2a tenacidade 4ue aca1ou por vencer a resistBncia de
%ha21erlain 4ue3 não o1stante3 devia contar co2 a opinião pE1lica e a >orça
crescente da oposição no seu prHprio país# Pouco preocupadas e2 co2preender
o 2otivo real da o1stinação de Fitler e 2es2o incapazes de co2preendB;la3 e2
razão de sua 2entalidade3 as duas de2ocracias cedera2 a suas eCigBncias3
2es2o antes de Munich" tendo >icado acertadas3 na noite de <: para <Q de
sete21ro3 a*ustara2 co2 Fitler3 por ocasião da visita do e21aiCador >rancBs e2
&erli2 na 2anhã do dia <Q3 a i2ediata ocupação3 pelo eCército ale2ão3 dos
territHrios e >orti>icaçes3 e o ple1iscito nas outras regies# Ao 2es2o te2po3 Fitler
era posto a par de 4ue3 na noite de <Q3 o general Ga2elin3 nu2a visita a M#
Dsus!+3 2inistro da Tcheco;$slov?4uia e2 Paris3 >oi o1rigado a aconselhar o
$stado;Maior do seu país a evacuar a linha Maginot tcheca antes do prazo >iCado
por Fitler# Assi23 se2 derra2a2ento de sangue3 Fitler realizava seu plano de
propaganda" re>leCo a1soluto .ocupação 2ilitar/ 2ais re>leCo condicionado
por eCe2plo3
de outro3 via;se3 esposar
M# 'landin de u2 lado3 M# de
a tese decertos
^erelisintelectuais
>icar de acordo co2 os co2unistas3
notoria2ente paci>istas e
até então radical2ente anti;hitleristas# Na verdade3 a grande respons?vel pela
capitulação de Munich é e per2anece sendo a 2aioria conservadora de M#
%ha21erlain#
M# (u>> %ooper3 Pri2eiro ord do Al2irantado3 no seu discurso de de2issão 4ue
a1alou a %O2ara dos %o2uns3 depois da capitulação de Munich3 enunciou3 e2
linguage2 clara e cora*osa3 esses erros# Atacou o co2porta2ento hesitante e
portanto perigoso" 0(izia2;nos se2pre 4ue não devía2os3 a nenhu2 preço3 irritar
M# Fitler5 era particular2ente perigoso >azB;lo3 antes 4ue ele >izesse u2 discurso
pE1lico3 por4ue3 se >osse a tal ponto irritado3 poderia dizer coisas terríveis3
tornando i2possível todo recuo posterior# Parece;2e 4ue M# Fitler *a2ais >ez
discursos se2 4ue estivesse so1 a in>luBncia de u2a consider?vel irritação e o
acrésci2o de u2a nova irritação não >aria3 a 2eu ver3 grande di>erença3 en4uanto
a co2unicação de u2 >ato solene teria produzido u2 e>eito cal2ante# D pri2eiro;
2inistro acreditou 4ue era necess?rio >alar3 co2 Fitler3 u2a linguage2
2ansa2ente razo?vel# Acreditei 4ue ele é 2ais sensível linguage2 do punho
>echado# F? dias3 eCigi a 2o1ilização da >rota 1ritOnica# Pensei 4ue aí estava a
espécie de linguage2 4ue M# Fitler co2preenderia 2ais >acil2ente3 do 4ue a
cheia de 2esuras da diplo2acia ou >rases no condicional3 de >uncion?rios#
olicitara 4ue algu2a coisa >osse >eita3 nesse sentido3 no >i2 de agosto# 'izera
antes 4ue o Pri2eiro Ministro >osse a &erchtesgaden###6
Assi23 co2preende;se3 >acil2ente3 4ue todos os protestos3 avisos3 dé2arches das
de2ocracias3 aos olhos de Fitler3 não passava2 de ostentação3 4ue a >achada de
toda essa política era3 co2o diz 'a1re;uce .L</3 de cartolina# (uas vezes3
es1oçou Fitler u2 2ovi2ento de recuo3 de hesitação3 durante a crise# A pri2eira
vez3 4uando3 na noite de <Z de sete21ro3 a R a2eaçou a Pol-nia3 4ue se
preparava para invadir a Tcheco;$slov?4uia5 Fitler não ousou aconselhar a
Pol-nia a prosseguir e desencadear a guerra# A segunda3 a <Q3 4uando sou1e da
2o1ilização da >rota inglesa# M# (u>> %ooper disse3 no seu discurso" 0uarta;>eira3
pela 2anhã3 Fitler estava3 en>i23 disposto a recuar u2a polegada3 ante as
representaçes da Grã;&retanha so1re o Elti2o apelo do Pri2eiro;Ministro# Mas3
dese*aria rele21rar %O2ara 4ue essa 2ensage2 não era a pri2eira notícia 4ue
ele rece1era nessa 2anhã# (e 2adrugada3 se inteirara da 2o1ilização da >rota
1ritOnica6#
Assi23 todo o desenvolvi2ento dessa >or2id?vel crise nos co2prova a *usteza dos
princípios a4ui enunciados3 co2o >atores deter2inantes do *ogo dos ditadores#
interessante acentuar3 ainda3 alguns >atos psicolHgicos3 o1servados durante a
crise e 4ue co2pleta2eoao
4uadro# Antes de tudo3
os are>leCos
rapidezeco2 4ue3 graças as
técnica da pu1licidade T'3 se >or2ava2 se 2ani>estava2
reaçes3 se deter2inava o co2porta2ento# A propaganda hitlerista e prH;Fitler3
nos países de2ocr?ticos3 utilizou essas novas possi1ilidades co2 pleno
rendi2ento3 so1retudo di>undind o notícias >alsas e declarando >alsos certos >atos
verdadeiros e autBnticos5 é esse u2 novo aspecto da luta nos 2o2entos de crise
aguda da política internacional 4ue se precisa considerar da4ui por diante" e>eitos
inteira2ente inesperados pode2 ocorrer#
Muito interessantes são as o1servaçes so1re o co2porta2ento das 2assas e
das 2ultides# A eCcitação3 a ansiedade estava2 espalhadas por toda parte
durante as duas Elti2as se2anas de sete21ro3 4ue precedera2 ao desenrolar da
crise5 e essa eCcitação vinha crescendo co2 a psicose causada pelos discursos
irradiados de Fitler# Ve2 então a 2o1ilização" i2ediata2ente3 co2o
desencadeada por u2 gesto3 u2a cal2a i2pressionante reinou5 u2a ini1ição
coletiva espalhou;se3 e2 poucas horas e durou alguns dias3 até s 7Z horas da
tarde de <Q# $ntão3 u2 0degelo6 geral se seguiu3 u2a onda de alegria3 u2a nova
eCcitação a1riu;se e >oi sH nesse 2o2ento 4ue 2uitos se aperce1er a2 de todo o
perigo pessoal por 4ue tinha2 passado e ta21é2 os sinto2as de u2 verdadeiro
2edo se 2ani>estara2# 'oi o >en-2eno da desini1ição dos re>leCos
condicionados3 anterior2ente ini1idos# Muitas dessas pessoas 4ue3 durante a
2o1ilização estava2 cal2as3 raciocinava2 assi2" 0Não é possível3 se o país
dese*a conservar sua independBncia3 suportar a atitude dos estados totalit?rios5 e
se o pior nos é i2posto3 2elhor seria lutar do 4ue ser escravizado63 essas 2es2as
pessoas tornara2;se3 2uito tarde3 paci>istas >errenhas3 levadas pela vaga de
oti2is2o se2 li2ites e condenava2 os 4ue3 2ais senhores de si3 procurava2
resguard?;las do eCcesso de alegria5 os aconteci2entos 4ue so1reviera23 a partir
de então3 lançara2 u2a ducha de ?gua >ria" a necessidade de se ar2ar a todo
transe3 procla2ada por toda parte3 desde a4uela ocasião3 a destruição total da
independBncia da Tcheco;$slov?4uia por Fitler3 os pogro2s contra os *udeus na
Ale2anha3 as veleidades de ata4ues irredentistas dos >ascistas italianos contra a
'rança3 co2andados pelo ditador de Ro2a e 4ue se revelara2 e2 cenas
escandalosas do Parla2ento italiano3 tudo isso provava 4ue a agressão contra a
hu2anidade continuava e 4ue3 1e2 ou 2al3 cedo ou tarde3 seria preciso to2ar
posição no cho4ue 4ue per2anecia inevit?vel#
interessante notar 4ue as reaçes das 2assas3 na Ale2anha3 não tinha2 u2
car?ter tão nítido 4uanto nos países de2ocr?ticos# @sso é co2preensível3 4uando
se considera 4ue as autoridades hitle ristas 2antivera2 o povo na ignorOncia dos
aconteci2entos" ele não era in>or2ado3 senão de 2aneira 2uito inco2pleta e
4uase se2pre de>or2ada5 assi23 escondera2;lhe a notícia da 2o1ilização da
>rota inglesa" a propHsito da 2o1ilização >rancesa3 espalhou;se o 1oato de 4ue
tinha por >i2 contra1alançar as 0astEcias co2unistas 4ue >orçara2 a guerra65 a
pri2eira nota de Roosevelt sH >oi pu1licada3 na Ale2anha3 vinte e 4uatro horas
depois de rece1ida3 ao 2es2o te2po 4ue a resposta de Fitler e a pu1licação do
segundo despacho >ora2 retardadas até depois da convocação da con>erBncia de
Munich#
As conse4UBncias de Munich era2 graves" podia2 resu2ir;se e2 trBs >atos
principais" a hege2onia da Ale2anha na $uropa central era o1tida3 a 'rança
estava isolada e a posição de Mussolini consolidada# $ra 1e2 claro 4ue o apelo
das de2ocracias sua 02ediação6 >oi rece1ida por Mussolini co2 alegria3 co2o
u2 2eio de se recuperar#
No 4ue concerne ao isola2ento da 'rança3 tornou;se evidente3 se levados e2
consideração os ruídos 4ue circulava2 co2 insistBncia a propHsito das
reivindicaçes coloniais de Fitler" Genevieve Ta1ouis3 geral2ente 1e2 in>or2ada3
relatou;as no seu artigo de \Deuvre3 de <= de outu1ro" 0repete;se 2uito 4ue ele
.%ha21erlain/ pensa 4ue3 nesse caso3 seria talvez a 'rança 4ue3 co2 a restituição
das antigas col-nias ale2ãs3 poderia apaziguar o ReichK6 (epois de in4uiriçes
rigorosas a todos os parla2entares da @nglaterra3 se2 distinção de partido3 a
respeito das col-nias inglesas3 alguns evitava2 considerar pe4uenos presentes
para o insaci?vel Mr# Fitler da4uele lado3 pois3 o 2ais si2ples e 2ais lHgico era
olhar de soslaio para o lado dos 0a2igos6#
Nos círculos 4ue se eCtasiava2 co2 o acordo de Munich3 procurava;se3 ainda3
co2 >re4UBncia3 desculpar os 4ue capitulara23 invocando a idéia de 4ue a
coeCistBncia nu2 2undo de estados >ascistas e de2ocr?ticos seria possível3 4ue
todo con>lito de ideologia devia ser a>astado# e2 acentuar o >ato de 4ue os
prHprios ditadores
interessante ver 4ue negava2 essainglBs
o conservador possi1ilidade3 e2 todas
2uito conhecido3 as ocasies3
Mr# Winston é
%hurchill3
no seu discurso irradiado3 endereçado aos a2ericanos e2 7Z de outu1ro3
a>ir2ava" 0(iz;se 4ue não deve2os deiCar;nos arrastar a u2 antagonis2o teHrico
entre ditaduras e de2ocracias3 2as3 esse antagonis2o não é 2ais teHrico" é3
agora3 u2 >ato# er? isso u2 apelo guerraS3 perguntava %hurchill# Não3 digo
4ue3 ao contr?rio3 é a Enica garantia da paz#6 uisera23 inutil2ente3 negligenciar a
2oral3 inclinando;se diante da >orça .na verdade3 so2ente u2a a2eaça/3 o
co2porta2ento hu2ano e2 4ue o >ator 02oral6 entra atual2ente3 luz da
ciBncia 1iolHgica3 do 2es2o 2odo 4ue #os >atores 02ateriais6 não pode ser
a1straído3 sendo ele ta21é2 u2 >ator 2aterial# $3 a esse respeito3 o acordo de
Munich não poder? *a2ais ser considerado co2o u2 >ato 2oral# %onsagrou a
violação psí4uica3 >oi >eito e2 detri2ento de u2 pe4ueno povo 4ue se2pre
cu2priu consciente2ente seus deveres hu2anos e sociais" a Tcheco;$slov?4uia
não >oi se4uer ad2itida na discussão do seu destino3 noti>icara2;na da sentença#
Mas3 co2o disse %hurchill3 no discurso 4ue 2enciona2os aci2a" 0A li1erdade3
ideal das de2ocracias3 conté2 >orças 2orais de tal intensidade 4ue os ho2ens
4ue conduze2 este ideal no seu coração3 sa1erão tirar do in>ortEnio u2a nova
con>iança e2 si e u2a nova esperança#6
$ssa nova esperança co2eçava a renascer# $ >ora2 os prHprios ditadores 4ue se
encarregara2 disso" pelos golpes 1rutais reiterados desde Munich3 a invasão de
Praga3 as >a2osas reivindicaçes italianas so1re Nice3 a Tunísia3 a %Hrsega3
(*i1outi3 a agressão contra a Al1Onia3 Me2el >ora2 de tal sorte 4ue até os
ho2ens 2ais pací>icos co2eçara2 a co2preender a necessidade da resistBncia#
$3 4uando a grande te2pestade a @@ Guerra Mundial eCplodiu3 a 7 de
sete21ro de 78I83 essa resistBncia ocorreu" as duas velhas de2ocracias da
$uropa3 a 'rança e a @nglaterra3 erguera2;se3 unOni2es3 contra a invasão da
Pol-nia por Fitler" a taça da paciBncia trans1ordou# A REssia oviética3 ainda não
preparada para to2ar parte na luta e descon>iando dos $stados ocidentais a seu
respeito .Munich3 a i2olação da Tcheco;$slov?4uia3 a 2arcada hostilidade
durante a guerra russo;>inlandesa3 indo até a preparação de u2 corpo
eCpedicion?rio para a 'inlOndia contra a R/3 2antinha;se >ora do con>lito3 2as3
preparava;se >e1ril2ente para a guerra3 estando persuadida de 4ue3 depois da
Pol-nia e do Dcidente3 Fitler se precipitaria so1re a >ronteira russa3 o 4ue
aconteceu3 de >ato3 e2 << de *unho de 7897#
curioso notar 4ue o grande escritor inglBs M# G# Wells3 pro>etica2ente3 anteviu
as coisas tal co2o acontecera2# No seu apaiConado ro2ance3 The shape o>
things to co2e .7ZI/3 escrito e2 78II3 descreve a guerra 2undial .de>lagrada e2
78I8K/3
Fitler e2co2 u2ade
*aneiro eCtraordin?ria clarividBncia"
789= .enganou;se situa
de 4uatro seu desencadea2ento
2eses apenas e isso sete por
anos
antes da guerraK/# 'ala de u2 sE1ito ata4ue de Fitler contra a Pol-nia3 por causa
da 4uestão de (antzig3 prevB 4ue a 'rança e a @nglaterra3 aceitando o desa>io3
nela se envolverão3 4ue a REssia se a1ster? a princípio3 4ue ocupar? u2a parte
da Pol-nia e dos países 1?lticos3 o 4ue >oi >eito de surpresa e causou estupe>ação
no 2undo inteiro3 sete anos 2ais tarde5 predisse 4ue u2a guerra sino;*aponesa
precederia o con>lito 2undial3 4ue a guerra se generalizaria e 4ue a REssia
oviética e os $stados nidos to2aria23 e2 seguida3 parte ativa na guerra contra
Fitler#
%inco anos terríveis 2antivera2 o 2undo inteiro se2 respirarK ue horrores3
so>ri2entos3 loucuras coletivas e individuaisK
Não era 2ais 4uestão de propaganda3 da violBncia psí4uica3 a violBncia nua e
crua agia e2 sua plenitude# A pri2eira 0guerra >ria6 da histHria entre o advento
de Fitler ao poder na Ale2anha e a @@ Guerra Mundial caracterizada pelo
e2prego3 por Fitler3 de seu arsenal de propaganda3 co2o preparativo para sua
agressão aca1ou dando seus >rutos" a verdadeira guerra co2eçou# $ssa
pri2eira 0guerra >ria6 >oi perdida pelas de2ocracias3 não pudera2 evitar a
verdadeira guerra3 e2 virtude da >alta de energia dos seus dirigentes3 de sua
inco2preensão dos verdadeiros >atores 4ue atua2 na luta política e de sua
política interior e4uívoca3 .acentuada hostilidade contra os 2ovi2entos socialistas
e populares e posição >avor?vel ao capitalis2o/# $ tudo isso apesar das
advertBncias 4ue lhes >ora2 >eitas" a luta da 'rente de &ronze contra Fitler na
Ale2anha3 a luta ar2ada das organizaçes oper?rias3 e2 Viena3 contra (ol>uss
e2 78I93 o Z de >evereiro de 78I93 na 'rança3 são teste2unhos disso#
Não te2os 2uita coisa a dizer relativa2ente >unção da propaganda no período
da guerra# claro3 na prHpria luta3 as duas partes desenvolvera2 ta21é2
atividades de propaganda3 antes co2o ar2a t?tica do 4ue co2o estratégica3 2as3
e2 todo caso3 a envergadura das açes desse gBnero não era 2uito grande e não
dese2penhou papel decisivo 3 co2o >oi o caso no >i2 da pri2eira guerra 2undial#
verdade 4ue3 desta vez3 o r?dio teve grande i2portOncia3 entre todos os
1eligerantes3 atingindo 2ilhes de ouvintes e dando in>or2açes3 ahK3
>re4Uente2ente 2entirosas3 2as3 4ue 2antinha23 assi2 2es2o3 esperanças nas
grandes 2assas# $2 co2paração co2 o r?dio3 a in>luBncia da i2prensa recuava
para segundo plano e a i2agística era inteira2ente 2edíocre" isso saltava aos
olhos so1retudo nos países ocupados pelos hitleristas3 4ue não havia2
2ani>estado a 2enor sensi1ilidade nos 2étodos de trata2ento psicolHgico das
populaçes" seus cartazes e seus 1oletins era2 espantosa2ente grosseiros e
ine>icazes#
)apítulo I
As a3eaças da situação atual
D recuo das de2ocracias D processo da >icção da 0de2ocracia direta6 As
verdadeiras culpa1ilidades A situação real 'ascis2o e ocialis2o uta
ideolHgica D pro1le2a do ocialis2o D pro1le2a da li1erdade A agonia do
capitalis2o D declínio do 2arCis2o A Tecnocracia de &urnha2 $ste e Deste
D despertar da %hina e da jndia A ascensão da REssia oviética A criação
de u2a intelligentsia nova A propaganda na R A Parada dos $sportes A
0guerra >ria6 A >icção do 0perigo russo6 D des2orona2ento da (N A
>ra4ueza da DN A loucura dos ar2a2entos Ds dois >atores principais de
nosso te2po" a 1o21a at-2ica e a violação psí4uica D espectro da Terceira
Guerra Mundial D pseudo;paci>is2o e as pseudo;de2ocracias A >o2e do
2undo#
teHricos do 2arCis2o
atual2ente3 cl?ssico#
a ciBncia do Fo2e23 Pode;se3 luz deper>eita2ente3
co2preender3 >atos positivoso 4ue
co2onos
e oo>erece3
por4uB
desse tr?gico encadea2ento# Parece enca2inhar a hu2anidade para sua
perdição3 ou3 pelos 2enos3 >azB;la recuar para a idade 2édia3 co2 esse corretivo
cruel 4ue seria u2a idade 2édia de novo tipo5 algu2a coisa co2o a 4ue >azia3
outrora3 o escritor russo AleCandre Ferzen assi2 de>inir o tzaris2o" 0Genghis;
^han ar2ado do telégra>o6# D 4ue espera a hu2anidade3 se o perigo de u2a nova
guerra não >or a>astado e se o gBnero hu2ano so1reviver a essa cat?stro>e3 é pior
ainda" a degradação do ho2e2 ao nível do aut-2ato3 e2 4ue todas as reaçes3
todos os re>leCos seria2 antecipada2ente deter2inados3 regidos pelo 4uerer de
u2a pe4uena pseudoelite3 i21uída de idéias cri2inosas de do2inação5 o
avilta2ento do pensa2ento hu2ano ao nível de u2 instru2ento de opressão
psí4uica3 u2a per2anente violação intelectual3 o a1astarda2ento da arte
glori>icação da violBncia e da a1surda idéia da predestinação dos 0che>es6# uanto
2ais se pensa na 0lHgica6 dos aconteci2entos a 4ue conduze2 as idéias 4ue
do2ina2 atual2ente os $stados3 2es2o os 4ue se dize2 0de2ocr?ticos63 2ais
se vB toda a >ra4ueza desse a2ontoado >ortuito3 e2 gritante contradição co2 u2a
evolução salutar e possível da hu2anidade# $ssas idéias sH poderia2 constituir o
ponto de partida de u2a evolução negativa para o nada3 para a destruição total de
nossa civilização" não seria a pri2eira vez 4ue u2a civilização teria sido destruída
a histHria nos >ornece 2Eltiplos eCe2plos" o $gito3 a &a1il-nia3 os @ncas3 a
AtlOntida# D grande perigo real consistiria e2 4ue3 antes 4ue os povos se
resta1elecesse23 antes 4ue por 2eio de terríveis revoluçes não se li1ertasse2
do *ugo3 poderia2 ser arrastados a guerras destruidoras e2 4ue pereceria2# As
tendBncias nacionalistas dos $stados atuais os leva23 necessaria2ente3 ao
isola2ento se2pre 2ais pronunciado3 concorrBncia3 rivalidade3 conduzindo
>atal2ente luta e destruição recíprocas3 e2 4ue tudo soço1raria#
D 2ais estranho é 4ue nossa civilização se deiCe conduzir para sua perdição3
apesar de nessa evolução ne>asta para o crepEsculo da hu2anidade nada haver
de 2ístico3 de 2isterioso3 de inco2preensível5 todo o 2ecanis2o é si2ples e claro
e3 por conseguinte3 não é u2a utopia procurar o re2édio3 a possi1ilidade de
resistir evolução e de orient?;la no sentido oposto" da salvação# A ciBncia do
ho2e2 e de suas reaçes nos >ornece ho*e os 2eios é preciso apenas aprender
a utilizar3 *udiciosa2ente3 essas ar2as3 co2 tenacidade e lHgica#
D recuo das idéias especi>ica2ente hu2anas3 das idéias de2ocr?ticas3 4ue
o1serva2os no 2undo3 não é u2 >en-2eno natural3 2as total2ente arti>icial#
(eve;se a 4ue os ho2ens de $stado3 4ue atual2ente dirige2 os destinos das
co2unidades3 não estão altura de sua tare>a3 4ue estão e2 atraso e2 relação
ao progresso da ciBncia3 4ue se >ir2a23 e 2eus *ulga2entos3 so1re o 4ue se
deno2ina de 0ciBncias6 hu2anistas e econ-2icas5 en4uanto as atividades
hu2anas3 4ue lhes dize2 respeito3 são3 antes de tudo3 da alçada das ciBncias
1iolHgicas3 das ciBncias da natureza hu2ana# Tudo o 4ue constitui a 1ase das
noçes sociolHgicas3 econ-2icas3 >ilosH>icas conte2porOneas deve so>rer u2a
re>or2a3 u2a co2pleta revisão# Todas essas noçes surgira2 na 2etade do
Elti2o século3 e2 4ue a teoria dar)inista e u2 2aterialis2o pri2itivo tinha2 a
pri2azia# 'ora2 essas doutrinas 4ue >izera2 eclodir3 no do2ínio econ-2ico e
sociolHgico3 por eCe2plo3 as idéias de ^arl MarC3 4ue estão3 ho*e3 na 1ase de toda
a política# Nesse ponto3 não desagrada2 aos anti2arCistas as idéias econ-2icas3
de 4ue se serve23 na pr?tica3 4ue tB2 sua >onte3 ta21é23 nas teorias 02arCistas6#
Dra3 o dar)inis2o co2o tal não se susté2 atual2ente diante da crítica e arrasta3
na sua 4ueda3 tudo o 4ue havia engendrado" u2a revisão co2pleta se i2pe e
essa revisão deve ser condicionada pelas desco1ertas 1iolHgicas
conte2porOneas3 so1retudo no 4ue concerne natureza das leis 4ue deter2ina2
o co2porta2ento hu2ano#
e2 essa revisão co2pleta de nossas noçes sociolHgicas3 co2 1ase nos dados
cientí>icos 2odernos3 a hu2anidade corre o risco de 4ue a pertur1ação 2ental de
ho*e não so2ente se perpetuaria3 2as3 aca1aria por conduzir a u2a gigantesca
cat?stro>e de toda nossa civilização# (e 'elice .I:/ X9L:Y o>erece u2a visão 4ue
corresponde3 per>eita2ente3 situação real e2 4ue o 2undo atual2ente se
encontra3 graças aos erros da4ueles 4ue3 estando >rente dos agrupa2entos
hu2anos3 deveria2 pes4uisar e co21ater3 co2 BCito3 os 2ales 4ue atinge2 nossa
civilização" 0(esloca2ento progressivo de antigos grupos >a2iliares3 sociais e
religiosos3 cu*as tradiçes atuava2 co2o sedativos so1re os caracteres e os
costu2es5 a agitação cada vez 2ais >e1ricitante de u2a civilização e2 4ue tudo
est? su1ordinado ao desenvolvi2ento da 2?4uina3 di>usão pela i2prensa e pelo
telégra>o se2 >io3 de in>or2açes sensacionais3 supereCcita2 u2 pE1lico incapaz
de reagir5 a perpétua in4uietude 4ue crises econ-2icas e políticas 2antB2 nos
espíritos3 en>i23 os perigos 1e2 evidentes 4ue con>litos claros e latentes >aze2
correr os ho2ens e as naçes e 4ue os a2eaça2 de ani4uila2ento# $ssas são as
causas e ta21é2 os siste2as de u2 estado patolHgico3 4ue se agrava por si
2es2o3 2edida 4ue se prolonga e 4ue parece envolver a hu2anidade nu2
círculo in>ernal3 de cu*a tirania certos indivíduos3 se2elhantes ao lucros3 2ovidos
por u2a >uriosa vontade de escapar3 a todo preço3 das alucinaçes 4ue os
o1seda23 aca1ara2 por i2aginar 4ue so2ente u2a guerra de eCter2ínio total
poderia nos arrasar6#
0Nosso te2po diz (e 'elice .I:/ e2 razão das pertur1açes 4ue o agita23 é
particular2ente propício eclosão de >en-2enos de arre1ata2entos greg?rios# $
isso tanto 2ais 4uanto nos de>ronta2os co2 o deli1erado e2prego de certos
2étodos destinados a provocar3 nas 2assas3 u2a e>ervescBncia contagiosa6#
$ constata;se3 co2o característica de nossa época3 0a dei>icacão da raça3 do
$stado3 do partido3 até 2es2o de certas personalidades 4ue encarna2 os sonhos
de hege2onia3 o reapareci2ento3 so1 designaçes cristãs3 de divindades cruéis3
adoradas outra pelas tri1os 1?r1aras3 a restauração do culto de velhos sí21olos
2?gicos###6 $ tudo isso3 apesar dos progressos da ciBncia3 apesar da vitHria do
pensa2ento 0de2ocr?tico6# (iga2os antes3 não 0apesar de63 2as3 0por causa de6#
Por causa do triun>o da idéia pseudode2ocr?tica#
D escritor e pu1licista norte;a2ericano Walter ipp2ann3 no seu livro Pu1lic
Dpinion .8Z/ X9LQY3 >az o processo da de2ocracia3 analisando suas >altas 4ue3
segundo ele3 são inerentes sua prHpria natureza3 co2o é ad2itida e2 toda parte
e 4ue não seria3 na verdade3 2ais do 4ue u2a >icção# (iz 4ue3 a despeito da idéia
geral2ente di>undida de 4ue a autoridade e a de2ocracia estaria2 e2
contradição3 encontra;se a pri2eira ta21é2 na segunda# ua >onte é de orde2
1iolHgica" sua raiz est? na relação entre o pai e o >ilho X9L8Y# Nisso3 a opinião de
ipp2ann vai ao encontro da psican?lise# Assi23 o 2undo é dirigido pelos
sacerdotes3 os senhores3 os o>iciais3 os reis3 os líderes de partido3 os che>es 4ue3
co2o vi2os3 encarna2 a idéia do pai# $2 cada instituição social eCiste a
hierar4uia .na A2érica deno2ina;se 02?4uina6 ou ta21é2 0organização6/# A
02?4uina6 se 2anté2 e2 con*unto por u2 siste2a de privilégio 4ue cria u2a
escola de interdependBncia 2aterial# $ssa 1ase 1rutal e i2plac?vel é co2u2
de2ocracia e ao poder a1soluto# A Enica di>erença entre os dois siste2as reside
e2 4ue3 na pri2eira3 a tradição te2 u2a certa in>luBncia3 Ds insucessos da
de2ocracia no continente europeu seria2 ocasionados por u2 eCcessivo
desenvolvi2ento do individualis2o3 co2 sua >alta de con>iança na co2unidade#
egundo ipp2ann3 trBs >atores são respons?veis pela organização" a
dependBncia da autoridade de terceiros3 de 4ue2 o1te2os nossos conheci2entos
do 2undo .unseen environ2ent/ o 4ue *? ocorre na in>Oncia5 e2 seguida3 a
dependBncia 2aterial nu2 siste2a de privilégios e a necessidade de grandes
2odelos3 de estereHtipos3 da tradição# Ds 2eios pelos 4uais u2a coletividade
hu2ana pode agir direta2ente so1re u2a situação eCterna são li2itados# Ds
ele2entos atingidos por esses 2eios pode2 deslocar;se3 pode2 >azer greve3
1oicotar ou >este*ar# Mas3 as 2assas nada pode2 construir3 inventar3 negociar ou
ad2inistrar# ão incapazes de açes nu2a grande parte da vida social# A >icção da
0de2ocracia total6 4ue não se realiza e2 parte algu2a e 4ue não pode ser
realizada3 é3 segundo ipp2ann .8Z/3 o ini2igo perigoso da verdade de2ocracia e
essa >icção deveria ser eli2inada# Re>ere;se s palavras de Anatole 'rance3 no e
2anne4uin d\osier" 0A 2oral não te2 sua srce2 na religião ou na >iloso>ia3 2as no
h?1ito3 a Enica >orça 4ue pode 2anter os ho2ens ani2ados dos 2es2os
senti2entos co2uns# Pois3 tudo o 4ue é o1*eto de discussão divide os ho2ens e a
hu2anidade
prHpria 1ase não pode
de sua eCistir so1 a condição de não re>letir so1re o 4ue constitui a
eCistBncia6#
so1retudo Rei)ald .7I=/ X9Z=Y 4ue nos >ornece u2a pertinente an?lise do 4ue
representa a de2ocracia do nosso te2po# (iz 4ue3 para a de2ocracia3 as
relaçes entre o líder e a 2ultidão são de i2portOncia capital# A social;de2ocracia
e a de2ocracia3 e2 geral3 são hostis a essa noçes# Dutrora3 co2preendia;se
co2o líder .%arl+le3 Nietzsche/ eCclusiva2ente u2a grande personalidade# 'ora2
os ditadores do século 4ue colocara2 o pro1le2a e2 pri2eiro plano3 2as3 no
sentido pe*orativo3 de 2odo 4ue3 nos 2eios de2ocr?ticos3 as prHprias noçes de
líder e ta21é2 da 2ultidão3 são consideradas co2o saídas de u2a 2entalidade
reacion?ria e >ascista# $3 no entanto3 o velho 2odelo de2ocr?tico de 7:Q8
des2oronou;se na pr?tica política na 'rança3 na @t?lia3 na Ale2anha# Nos $stados
nidos3 o1serva;se 4ue o poder político deslizou do %ongresso para o Presidente#
Bnin recla2ava3 co2 vee2Bncia3 a instauração do poder total e direito do povo3
2as3 a de2ocracia direta sH p-de ser realizada nas pe4uenas nacionalidades3
co2o a uíça e os países escandinavos#
No Dcidente3 a de2ocracia é ad2itida3 e2 princípio3 2as3 na realidade3 os
regi2es de partidos con>ere2 aos líderes u2 poder 4ue te2 pouco a ver co2 o
princípio de2ocr?tico e3 nesses países3 ve2os 4ue a 1urocracia assegurou3 para
si3 u2a eCistBncia prHpria e incontest?vel# Assi23 vB;se 4ue o ideal da de2ocracia
a co2unidade >raternal dos cidadãos co2 direitos iguais não est? realizada e
não é 2es2o realiz?vel# Rei)ald indaga das razes 4ue i2pede2 sua realização
e as vB3 so1retudo3 e2 trBs direçes" são3 a princípio3 as di>erenças 1iolHgicas dos
ho2ens3 e2 seguida as dos do2ínios econ-2ico3 político3 social e cultural e3
en>i2 a tendBncia entre eles a renunciar a decises prHprias3 a deiCar a
responsa1ilidade e o tra1alho a u2 terceiro e a colocar;se na dependBncia deste#
As raízes dessas tendBncias deve2 ser procuradas na a>etividade3 4ue *? se
delineia na criança entre u2 e cinco anos" é então 4ue se >or2a o senti2ento da
dependBncia do pai 4ue lhe concede sua proteção3 seus cuidados e 4ue a pune#
Na >a2ília3 tudo se >az no sentido de 4ue a vontade da criança se*a 4ue1rada3
para 4ue se torne dHcil e su12issa# A escola continua a 0educação6 na 2es2a
direção# Re>leCos condicionados apropriados se >or2a23 de 2odo 4ue o ho2e2
2aduro cai3 a cada passo3 nu2a situação de dependBncia e2 relação a 4ue2 te2
2ais eCperiBncia3 4ue é 2ais poderoso3 2ais velho3 e2 relação ao superior3 ao
che>e# Torna2;se todos3 no seu inconsciente3 os sucessores e su1stitutos ao pai e
ele os segue3 e2 plena consciBncia ou inconsciente2ente#
A relação 0líder;2ultidão63 esta1elecida no sentido indicado3 é3 segundo Rei)ald
.7I=/ X9Z7Y3 a 2aior ini2iga da idéia de2ocr?tica# Mes2o depois de cada
revolução3 essa relação é rei2plantada so1 nova >or2a e solapa os 2ais seguros
di4ues da de2ocracia# $spalha;se a crença de 4ue a de2ocracia co2eça >ora dos
ca2pos de concentração# Mas3 não passa de u2a ilusão" encontra2;se3 a cada
passo3 nos países 0de2ocr?ticos63 instituiçes 4ue concorre2 para esvaziar o
ideal de u2a verdadeira co2unidade# D ideal realizado é o do pai onipotente e2
relação ao >ilho 4ue dele depende3 do Enico respons?vel e2 relação ao
irrespons?vel3 do líder e2 relação ao liderado# a verdadeira razão de se
encontrar tão rara2ente realizado o princípio de2ocr?tico da autono2ia#
Parece i2possível o1star as leis 4ue a2eaça2 a idéia de2ocr?tica do interior da
natureza hu2ana# A salvação est? no conheci2ento do perigo do siste2a
autorit?rio do seio da de2ocracia3 co2 todas as suas raízes e ra2i>icaçes#
$ncontrar;se;ão3 então3 >orças 4ue sa1erão adaptar o princípio da autono2ia s
leis da divisão do tra1alho e da especialização# Pois3 u2 país e2 4ue a autono2ia
não é realizada3 por eCe2plo3 na escola3 entre os >ugitivos ou entre os prisioneiros3
não é u2a de2ocracia#
Assi23 concluí2os 4ue a organização3 cu*as raízes deve2 ser procuradas na
tendBncia do ho2e2 para do2inar as >orças do inconsciente3 est? de acordo co2
a concepção de2ocr?tica# Mas3 o sucesso dessa tendBncia é >unção do volu2e3
das di2enses 4ue to2a2 as instituiçes hu2anas5 4uanto 2aiores >ore2 estas3
4uanto 2ais o auto2atis2o de seu >unciona2ento se torna indispens?vel e a
relação patriarcal 0pai;>ilho6 se encarna na de 0che>e;su1ordinado6 ou de 0líder;
2ultidão63 2enos a psicologia do indivíduo te2 condiçes de dese2penhar u2
papel i2portante# Rei)ald .7I=/ X9Z<Y3 te2 razão 4uando diz 4ue3 atual2ente3 a
relação patriarcal caracteriza a organização 2oderna3 se*a do $stado3 do eCército
ou de u2a e2presa industrial# (aí por4ue3 segundo pensa2os3 o gigantis2o est?
e2 oposição co2 a concepção de2ocr?tica3 razão por 4ue3 para nHs3 as
potBncias 4ue se dize2 de2ocratas não o são 2ais" na verdade3 constitue2
>alsas de2ocracias ou de2ocracias aparentes3 0de2ocratoidias6#
A an?lise do sociHlogo ale2ão Michels .7=9/3 autorizado conhecedor da histHria e
das relaçes no partido social;de2ocrata3 conduz s 2es2as concluses" a
i2possi1ilidade da de2ocracia total3 isto é3 do reino das 2assas# (iz X9ZIY 4ue3
cada partido político persegue o o1*etivo de aglo2erar3 no seu seio3 u2 2?Ci2o
de >iliados e isso traz a necessidade de organização# Mas3 o poder dos líderes
cresce e2 >unção do desenvolvi2ento da organização# assi2 4ue cada partido
tende para a criação de u2a oligar4uia# D Partido Tra1alhista inglBs ad2ite até
2e21ros não socialistas# Mas3 as 2assas não pode23 por si 2es2as3 gerir os
assuntos e3 no 2o2ento e2 4ue o povo escolhe representantes3 perde sua
li1erdade# Na uíça3 procurou;se evitar essa situação pelo re>erendu2# D
pro1le2a da de2ocracia total
Naera
a 4uestão
o líder central
para Bnin
co2o eo >oi
nessedo
pro1le2a 4ue ele es1arrou# srce23 é conce1ido servidor
partido de 2assa3 2as3 o desenvolvi2ento da organização o transporta para o
cEpula do partido#
A organização diz Michels i2pele inelutavel2ente para a 0cultura6 dos che>es e
das elites5 assi23 >or2a;se toda u2a casta de líderes das 2assas oper?rias# $
não é3 senão3 u2a ín>i2a 2inoria 4ue3 na verdade3 to2a parte nas decises do
partido# A enor2e 2assa dos seus 2e21ros te23 e2 relação organização3 a
2es2a indi>erença 4ue se vB na 2assa de eleitores para co2 o parla2ento# A
causa da >or2ação de u2a casta no partido reside na apatia das 2assas e na sua
necessidade de seguir u2 líder# D resultado é 4ue3 geral2ente3 no partido3 se
instala o voto indireto3 procedi2ento 4ue3 na vida do $stado3 é co21atido
violenta2ente pelo partido# Neste3 são as co2isses 4ue se torna2 instOncias
decisivas# D 2es2o >en-2eno se o1serva nas sociedades por açes3 nas 4uais3
apesar de todos os direitos dos acionistas3 são pratica2ente postos >ora das
decises e a ad2inistração torna;se todo;poderosa# @dBntico processo encontra;se
e2 todos os grupos e associaçes dos nossos dias# A direção do partido torna;se
i2possível se2 u2a certa parcela de poder ditatorial3 pois3 so2ente nesse caso
se chega a assegurar u2a r?pida trans2issão e u2a eCecução precisa das
ordens na luta# 0D i2portante >ator de conservação da tradição torna;se
indispens?vel tanto nas 2assas revolucion?rias3 co2o nas conservadoras6#
a razão por 4ue se evita trocar3 co2 >re4UBncia3 os titulares dos postos de
co2ando3 2as3 o >ato de >avorecer a >or2ação de u2a casta de líderes
pro>issionais é o co2eço do >i2 da de2ocracia# Pois3 u2a representação 4ue
perdura i2pele inelutavel2ente no sentido de u2a do2inação dos representantes
so1re os representados# Michels3 co2o W# ipp2ann e &urnha23 aca1ou por
*usti>icar e até ad2irar o >ascis2o e Mussolini#
(esse 2odo3 pelo 4ue >icou dito3 ve2os 4ue a idéia tão >ecunda de 'reud3 4ue
pode ser resu2ida na >Hr2ula 0líder;pai63 d? u2a eCplicação 2uito sedutora da
1ase 1iolHgica das noçes e2 >oco" o o1st?culo 2ais grave para a realização da
idéia de2ocr?tica da igualdade de direitos >raternais reside na preponderOncia da
relação 0pai;>ilho6 nos laços entre ir2ãos e na >orça das disposiçes e>etivas# A
esse >ato3 associa;se3 ainda3 a dependBncia 2aterial3 4ue >or2a a tra2a da
su1ordinação a>etiva3 segundo W# ipp2ann .8Z/# X9Z9Y
D sociHlogo itali ano Pareto >oi 4ue2 poder;se;ia dizer >o2entou a eclosão da
idéia >ascista na $uropa# X9ZLY D cli2a e2 4ue o >ascis2o e o nacional;socialis2o
pudera2 desenvolver;se >oi >ornecido por Pareto3 cu*o conceito de u2 novo
2a4uiavelis2o se encontra no reconheci2ento apenas da capacidade3 co2
eCclusão de toda 2oral# o1retudo os círculos intelectuais >ora2 atraídos para
essa doutrina3a4ue punhaAsasrelaçes
elites noentre
pri2eiro
essaplano3
elite eeCpri2indo
a idéia deda
4ue
elas >or*aria2 histHria# as de2ais ca2adas
população repousa23 segundo Pareto e ta21é2 de acordo co2 George orel3 na
violBncia# $ >oi a prHpria @gre*a %atHlica 4ue3 criando as ordens religiosas3 deu
srce2 >or2ação dessas 0elites6# X9ZZY
e so2os sinceros3 deve2os reconhecer 4ue o 2es2o princípio a1riu ca2inho3
ta21é23 nas 0de2ocracias63 especial2ente nos $stados nidos3 onde ele se
associa3 >re4Uente2ente3 co2 a hipocrisia de u2a >alsa 2oral 0cristã6# de te2er
4ue a 2es2a evolução possa atingir3 ta21é23 a REssia3 se essa tendBncia
2oderna3 conhecida co2o 0realis2o63 não encontra sua co2pensação na
renovação de u2 socialis2o ativo e cientí>ico#
$2 tudo o e4ue
psicolHgicos precede3
ilustr?;los co2es>orça2o;nos por >azer valer Vi2os
>atos políticos conte2porOneos# os novos
4ue odados
recuo
ininterrupto das de2ocracias diante das ditaduras era u2 >ato indiscutível por4ue
a4uelas não tinha2 ainda co2preendido3 e2 toda sua eCtensão3 a idéia de 4ue a
diretriz das ditaduras é o cresci2ento se2 li2ites3 no sentido de u2a espécie de
gigantis2o 4ue le21ra3 e2 1iologia3 o cresci2ento canceri>or2e# Ds ditadores não
pode2 parar na sua carreira desen>reada para u2 poder se2pre 2ais a2plo3 para
sucessos espetaculares3 4ue dão alento aos 0aut-2atos63 aos 0LL#===6 e lhes
inculca2 u2 salutar respeito pelos dirigentes# $stes3 por sua vez3 são
0conduzidos6 por essas 2assas inconscientes e sugestion?veis# >also a>ir2ar3
co2o se >ez3 co2 >re4UBncia3 no ca2po adverso3 4ue os regi2es >ascistas era2
verdadeiras ditaduras3 se2elhantes3 e2 todos os pontos3 s da histHria antiga e
da @dade Média3 estas apoiadas na eCistBncia de 0escravos >ísicos63 2ovidos pelo
2edo i2ediato3 por u2a coerção 2era2ente corporal# Nada disso se encontra nos
>ascis2os3 4uehu2anos
não era2e2
verdadeiras ditaduras3 2as3 antes3 pseudode2ocracias#
Ds ele2entos 4ue se 1aseava2 era2 0escravos psí4uicos63 ho2ens
4ue so>ria2 continuada2ente u2a espécie de violação psí4uica e cu*a
2entalidade estava su1*ugada" 2arionetes 2ano1radas3 2ais ou 2enos3
ha1il2ente#
Ds ditadores sa1e2 2uito 1e2 4ue3 se u2 dia3 e2 seguida a u2a >alsa 2ano1ra3
esses 0aut-2atos psí4uicos6 lhes escapasse23 caísse23 por eCe2plo3 so1 a
in>luBncia de outra >orça do 2es2o gBnero3 poré23 2ais h?1il3 seria o seu >i2# (aí
por4ue deve23 para per2anecer no poder3 0re>rescar6 se2pre o re>leCo
condicionado das 2assas3 so1re o 4ual seu 2ando est? construído3 0reani2ar a
>la2a63 >azendo vi1rar 3 se2pre e se2pre3 a corda do re>leCo inato do 2edo ou do
BCtase3 ocasionado por u2a vitHria3 4ue desencadeia o >renesi# sua razão de
eCistir# H h? u2 2eio de co21atB;los caso se concorde e2 4ue co21atB;los
signi>ica salvar a hu2anidade é i2pedir o processo psí4uico e2 4uestão3
recusar;lhes o sucesso a 4ue aspira23 resistir;lhes3 dizer 0não6K
$2 decorrBncia disso3 os 4ue não o >aze23 os dirigentes das de2ocracias são
culpados do nosso declínio3 do perigo 4ue corre a hu2anidade# ão 2uito 2ais
culpados do 4ue os prHprios ditadores" estes nada 2ais >aze2 do 4ue o1edecer
lei intrínseca de sua eCistBncia3 co2o >az o 1andido 4ue ataca o viandante# D
dever da co2unidade é organizar u2 serviço de polícia 4ue i2peça o 1andido de
eCecutar seu cri2e# D 1andido é u2 >en-2eno anti;social3 4ue deve ser eli2inado
da vida coletiva3 4ue deve ser co21atido3 co2o se co21ate o incBndio3 a
inundação e outras cala2idades# e a4ueles 4ue tB2 a o1rigação de velar para
4ue esses >lagelos não ocasione2 danos co2unidade3 >alta2 a seu dever3
deserta23 >aze2 causa co2u2 co2 o 1andido ou não tB2 senso de
responsa1ilidade ou de previdBncia" são os verdadeiros culpados e 2erece2 ser
*ulgados# por aí3 então3 4ue a re>or2a deve co2eçar# Vi2os3 no relato da luta
anti;hitlerista na Ale2anha3 4ue não havia pro1a1ilidade algu2a para a vitHria
so1re Fitler3 en4uanto o destino da de2ocracia ale2ã estivesse nas 2ãos de
che>es tão ineptos e se2 energia co2o os Wels3 &reitscheid e %ia# $ra preciso3
antes de tudo3 a>astar da cena esses tristes senhores# D 2es2o >ato se repete
atual2ente e2 escala européia e 2es2o 2undial# Mas3 4ue se cuide para 4ue a
re>or2a3 a depuração3 não venha2 2uito tarde3 4uando a sorte estiver lançada3
4uando a guerra geral3 a destruição total3 estivere2 na orde2 do diaK Ai reside o
perigo# A luta entre a idéia de2ocr?tica popular3 4ue é progressista3 e a totalidade
antiprogressista3 é inelut?vel" essas duas >orças não pode2 coeCistir3 tais co2o a
?gua e o >ogo# D cho4ue >inal3 cedo ou tarde3 vir?# Tratar;se;ia so2ente de sa1er
se esse cho4ue ser? u2a guerra real ou u2a guerra 0seca65 isto é3 a rendição3 no
Elti2o 2o2ento3 do antiprogressis2o capitalista 2ilitante#
Mas3 co2o 1ater o perigo3 co2o dirigir o >ator 4ue a2eaça causar a perdição da
hu2anidade3 de sua culturaS ue >azerS
Aí est? toda a 4uestão#
(epois de tudo o 4ue disse2os3 est? claro 4ue não se trata de co21ater o
totalitaris2o co2 as ar2as de guerra na 2ão atual2ente o risco de u2a guerra
total e 2undial é 2uito grande e pode revelar;se >atal hu2anidade5 e isso tanto
2ais 4uando eCiste u2 2eio seguro de conduzir vitHria por outro ca2inho a de
4ue trata2os neste livro a via das ar2as psí4uicas# ão tão reais e e>etivas
4uanto as outras3 por4ue 1aseadas nas >orças 1iolHgicas >unda2entais dos
indivíduos e das 2assas#
políticos
con4uistasatuais# A nosso
da cultura ver3 esse
hu2ana3 tendocon>lito se trava
por 1ase3 co2ono*? plano das 2ais
disse2os3 altasou
a pulsão
2es2o o instinto n 7" é o pro1le2a do ocialis2o# (aí por4ue os ditadores
políticos e >inanceiros não estão inteira2ente errados3 do seu ponto de vista3
4uando se procla2a2 resoluta2ente hostis ao 0co2unis2o6 e declara2 ser sua
prHpria atitude dirigida contra essa doutrina# e identi>ica2 o co2unis2o co2 o
socialis2o e2 geral3 de 4ue o pri2eiro não é 2ais do 4ue u2a >ração política3 é
*usto# Apenas3 construindo toda sua ação so1re os princípios da propaganda e
precisa2ente da propaganda i2oral 4ue utiliza a 2entira3 as ditaduras do dinheiro
evita2 con>essar 4ue não visa2 so2ente ao co2unis2o5 todo ho2e2 1e2
in>or2ado sa1e 4ue é o ideal socialista3 o ideal de2ocr?tico por eCcelBncia3 4ue
elas dese*aria2 atingir e eCter2inar# Mas3 não ousa2 dizer as coisas tais co2o
são e a>ir2ar 4ue é o ideal socialista 4ue os inco2oda3 por4ue elas prHprias
apresenta23 s vezes3 propositad a2ente3 seus 2ovi2entos co2o socialistas"
assi23 *? o no2e de 0nacional;socialis2o6 de Fitler ou a >rase de Mussolini 0a @t?lia
é a verdadeira de2ocracia63 co2prova2" atual2ente3 ta21é23 2uitos dirigentes
nas de2ocracias capitalistas3 se procla2a2 0socialistas6# $ isso por4ue sa1e2
2uito 1e2 4ue3 se2 as 2assas populares3 4ue dese*a2 o socialis2o3 nada
representa2# 2a parte dessas 2assas3 a 2enos consciente3 >rustrada pelos
erros e processos ha1ituais3 pela inatividade dos dirigentes 4ue se dize2
de2ocratas3 perde a paciBncia e3 enganada3 acredita 4ue tais políticos3 2ais
dinO2icos e ousados 4ue3 na verdade3 são seus ini2igos3 >arão co2 4ue3 2ais
rapida2ente3 se*a atingido o ideal a 4ue aspira# Para captar a con>iança dessas
2assas3 esses políticos deve2 ca2u>lar;se de 0socialistas63 pelo 2enos no no2e#
$ssa é a razão por 4ue3 4uando >ala2 de seus ini2igos3 os cha2a2 se2pre de
0co2unistas6 ou 02arCistas6" ao atentar para eles e sua i2prensa3 desco1re;se3 s
vezes3 4ue políticos 1urgueses notHrios seria2 co2unistas 02ais ou 2enos
dis>arçados6#
Assi23 esse antagonis2o ideolHgico3 4ue separa o capitalis2o do socialis2o3 é o
>ator 4ue deter2ina o >uturo do 2undo# A luta entre os dois princípios est? travada3
prossegue e nada pode >azB;la parar3 senão co2 a vitHria de u2 ou de outro" é
inerente natureza hu2ana3 ao progresso3 ao destino da hu2anidade# Vi2os os
>atores 4ue cria2 essa luta e a deter2ina23 eCa2ina2os ta21é2 as
possi1ilidades dos dois partidos e2 cho4ue# Mas3 u2a luta i2plica a eCistBncia de
u2 o1*eto e2 torno do 4ual possa >erir;se3 supe u2a >inalida de# %o2o se sa1e3
*oga;se co2 a verdadeira li1erdade do ho2e23 dos povos3 li1erdade 4ue constitui
.desde o co2eço3 ponto so1re o 4ual te2os insistido/ o prHprio sentido de sua
eCistBncia e 4ue se a*usta3 ali?s3 s tendBncias da natureza hu2ana# Pavlov >ala
até de u2 re>leCo inato de li1erdade3 co2u2 aos seres vivos a acredita poder
discernir sua natureza pura2ente >isiolHgica# Aceitaría2os3 co2 2aior 1oa
vontade3 4uecultura#
produto da é u2a a4uisição
Mas3 u2ahu2ana3 u2are>leCo
vez 4ue condicionado
tendBncia para a superior3
cultura é u2
u2a
propriedade das coletividades hu2anas3 esses re>leCos3 dela e2anando e
condicionando;a3 por sua vez3 te2 u2 eCtraordin?rio poder3 co2preensível3 ali?s3
pois3 co2o vi2os no decorrer de nossa an?lise3 é da alçada da pulsão n 73 a 2ais
i2portante3 a 2ais >orte3 1iologica2ente3 de todas as pulses#
Mas3 não 1asta enunciar o o1*etivo >inal da luta a li1erdade é de evidente
interesse para a propaganda3 ta21é23 tentar entrever as >or2as i2ediatas dessa
li1erdade3 os >ins concretos 4ue ela supe# Para 2elhor co2preendB;los3
tente2os deter2inar a situação geral da hu2anidade# uais são as grandes
linhas da atual situação social3 econ-2 ica3 cultural e políticaS uais são as
grandes idéias;>orça 4ue estão e2 *ogo na luta travada para a li1ertação do
Fo2e2 e de 4ue a propaganda3 co2o 2eio de co21ate3 não é evidente senão
u2a das >or2asS ual é o conteEdo da propaganda3 encarado do ponto de vista
racional3 pois3 no >inal de contas3 se a propaganda pode e deve servir;se das
alavancas psí4uicas de 4ue >ala2os3 e por e2 2ovi2ento os 87= dos ho2ens3
haver? de ser >eita pelo Elti2o déci2o3 pelos 2ilitantes3 os i2unizados3 4ue
re>lete2 e 4ue raciocina2# onge de nHs o conceito de 4ue se pode >azer
propaganda co2 u2a idéia 4ual4uer ou 2es2o se2 idéia algu2a3 4ue 1asta ter
u2a técnica apropriada# Ds 7= deve2 ser esclarecidos e guiados por u2a idéia3
2es2o 4ue tenha u2 interesse li2itado3 egoísta3 co2o é o caso dos >ascis2os5
2as3 para >azer 2archar os 08= 63 os 2ilitantes precisa2 conhecer e aprovar a
idéia diretora# Para isso3 u2a uni>or2ização é necess?ria# Para caracterizar esses
grandes conceitos3 poder;se;ia talvez apenas e2pregar as palavras trans>or2adas
e2 slogans" %apitalis2o3 MarCis2o3 DN3 Paz3 ocialis2o# ão as idéias
essenciais# Analise2o;las3 rapida2ente#
No 4ue concerne ao %apitalis2o3 não h? dEvida" sua idéia central *? viveu sua
época5 est? ultrapassada pela evolução hu2ana# o1re isso3 todos estão acordes"
as duas ditaduras >ascistas hitlerista e 2ussolínica 4ue devia23 e2 grande
parte3 sua ascensão ao apoio dos 2eios capitalistas e 4ue3 a>astando todos os
escrEpulos de orde2 2oral3 sou1era2 eCplorar3 ha1il2ente3 a pertur1ação dos
senhores do dinheiro diante da 2aré 2ontante do ideal socialista e das
organizaçes oper?rias3 as ditaduras não negava2 o >ato de 4ue o capitalis2o
est? e2 agonia# %avou sua prHpria sepultura3 deiCou;se a>undar no e2aranhado
das contradiçes de 4ue é o centro e a srce2# ^arl MarC previu essa etapa3
analisando as leis dos >en-2enos econ-2icos no seu %apitaK3 2as3 co2eteu
talvez o erro de não antever seu tão 1reve ter2o# @sso é co2preensível3 pois o
progresso cientí>ico e a técnica tB2 a con>or2acão de u2a par?1ola e não de u2a
linha reta3 tornando;se3 assi23 a aceleração cada vez 2ais sensível# Por outro
lado3 as duas guerras 2undiais au2entara23 enor2e2ente3 a rapidez desse
processo e >ora2 os 2ais i2portantes >atores entre os 4ue contri1ue2 para o
prHCi2o >i2 do capitalis2o# (iz;se3 e2 vão3 4ue a concentração dos capitais3 nos
trustes ou nas 2ãos dos governos3 não passa de u2a >or2a de capitalis2o
renovado3 2odernizado3 não h? dEvida algu2a 4ue a idéia de plano3 de econo2ia
dirigida3 é estrutural2ente oposta ao capitalis2o3 ou 2elhor3 não é co2patível co2
sua eCistBncia# ue os trustes possa23 a longo prazo3 do2inar a econo2ia das
naçes avançadas3 é di>ícil supor3 u2a vez 4ue provoca2 reaçes do prHprio
$stado3 e2 u2 país alta2ente capitalizado3 co2o os $stados nidos" sa1e;se 4ue
'#(# Roosevelt3 u2 dos ho2ens de $stado dos 2ais lEcidos do nosso te2po3 era
contra os trustes# uis;se ver3 por outro lado3 u2 retorno psicologia capitalista3
no >ato de haver a revolução russa3 no decorrer dos anos3 2oderado sua política
econ-2ica3 reconhecendo3 ao indivíduo3 certos direitos de posse3 renunciando a
tratar todos os cidadãos no 2es2o pé de igualdade3 no 4ue concerne s suas
necessidades 2ateriais3 co2o >oi o caso no co2eço da Revolução3 no período do
0co2unis2o de guerra6# Mas3 es4uece2;se 4ue3 nas épocas de cala2idades
sociais3 de con>litos3 todas as naçes to2a2 2edidas restritivas dos direitos 2ais
sagrados do indivíduos# pueril acreditar 4ue o socialis2o *a2ais tenha encarado3
no progra2a de regi2e de a1undOncia a 4ue tende3 a possi1ilidade de i2por
restriçes por >idelidade a u2 princípio a1strato# Na verdade3 o 4ue ele prega3
co2o doutrina3 é 4ue se deve i2pedir os ho2ens de eCplorar uns aos outros# @sso3
precisa2ente3 o distingue do capitalis2o#
^arl MarC3 raciocinando co2o s?1io3 ergueu;se contra o capitalis2o5 ou 2elhor3
previu3 depois da an?lise3 4ue essa >or2a de vida das sociedades hu2anas 3 pela
prHpria lHgica dos >atos3 est? destinada ao insucesso e dever? desaparecer para
per2itir 4ue a hu2anidade viva5 e2 seguida co2o político3 procurou os 2eios de
acelerar esse processo inevit?vel e de tornar sua realização 2enos dolorosa# ua
ação3 sua doutrina3 >ora2 1atizadas de 02arCis2o65 pouco a pouco3 essa
deno2inação teHrica tornou;se u2 slogan de luta política# uando3 atual2ente3
e2 2arCis2o3 é preciso esclarecer3 antecipada2ente3 o 4ue se entende por isso#
$2 pri2eiro lugar3 é a o1ra de MarC3 sua doutrina5 e2 segundo3 é so1retudo o 4ue
se depreende atual2ente de todo o con*unto das teorias econ-2icas e políticas de
seus discípulos3 1ase dos progra2as dos partidos oper?rios5 e3 en>i23 é o slogan
4ue os partidos 1urgueses lança2 na luta3 por pura de2agogia3 para designar o
ideal verdadeira2ente de2ocr?tico e2 geral5 2as3 isso se2 nenhu2a razão"
encontra2;se >re4Uente2ente ho2ens 4ue se dize2 anti2arCistas e 2aldize2
essa doutrina3 2as3 4ue3 postos contra a parede3 con>essa2 nunca ter lido MarC e
nada sa1er de suas idéias# e procura2os sa1er 4ual o valor de MarC e de sua
o1ra3 considerada do pri2eiro ponto de vista veri>ica2os 4ue >oi ele u2 dos
pri2eiros a encarar os pro1le2as econ-2icos e sociolHgicos so1 o Ongulo da
ciBncia
o1ra dede seu te2po5
(ar)in por isso3
4ue3 co2o sua o1ra
pioneiro3 deu per2anecer? i2ortal3u2a
$volução 1iolHgica co2o1ase
é i2ortal
seguraa e
2uito contri1uiu para sua di>usão# Mas3 o dar)inis2o co2o tal3 isto é3 a tentativa
de (ar)in no sentido de encontrar u2a eCplicação para os >atos de evolução3 para
de>inir os >atores 4ue a deter2ina23 não 2ais resiste crítica cientí>ica da
atualidade5 da 2es2a >or2a3 u2a parte das idéias de MarC não se a*usta 2ais ao
est?gio atual da ciBncia5 no seu te2po3 não se teria *a2ais acreditado 4ue a
sociologia econ-2ica >osse3 na verdade3 u2 ru2o da 1iologia e 4ue3 co2o tal3
devia e2pregar seus 2étodo s de an?lise e de síntese# Ali?s3 o prHprio MarC3 4ue
insistia se2pre na necessidade de u2 socialis2o cientí>ico3 >icaria espantado3 se
pudesse assistir as 1atalhas escol?sticas a 4ue se entrega23 s vezes3
atual2ente3 seus discípulos3 considerando co2o u2a espécie de &í1lia3 isenta de
erros3 sua doutrina3 4ue não é senão u2a tentativa da eCplicação3 de acordo co2
a ciBncia de sua época# 2 desses i2portante erros3 de 4ue MarC é 2enos
respons?vel do 4ue os seus co2entadores e os pro>etas 2odernos3 4ue dera2 ao
2arCis2o seu novo aspecto consiste e2 encarar o co2porta2ento hu2ano do
ponto de vista eCclusiva2ente 02aterial6 ou3 con>or2e *? o de>ini2os3 co2o sendo
da alçada da 0segunda6 pulsão ou da nutrição5 segundo essas idéias os >atores
econ-2icos prevalece2 e2 tudo# Dra3 se2 >azer3 para isso3 u2a apologia das
doutrinas 0idealistas63 2as3 per2anecendo per>eita2ente dentro do do2ínio do
2aterialis2o cientí>ico3 pode2os colocar;nos entre os 4ue contradize2 essa
teoria# Nossa posição decorre so2ente de pes4uisas cientí>icas3 positivas e
eCperi2entais# D co2porta2ento hu2ano é u2 >en-2eno co2pleCo3 na 2aioria
dos casos3 ou3 ao lado desses >atores 4ue se reporta2 0vida econ-2ica63
eCiste2 outros3 não so2ente do 2es2o valor3 2as3 de >orça e i2portOncia
2aiores e3 portanto3 nitida2ente >isiolHgicos3 nesse caso3 2ateriais#
ue essa verdade se*a evidente3 est? provado3 ali?s3 pela eCperiBncia econ-2ica
e sociolHgica dos Elti2os te2pos" os econo2istas declarava23 por eCe2plo3 no
co2eço da guerra de 78793 4ue ela não poderia durar senão poucas se2anas3
4ue toda a estrutura 2undial devia des2oronar# A>ir2ou;se 4ue a eCperiBncia
1olchevista3 na REssia3 era u2 a1surdo econ-2ico3 4ue os planos 4Uin4Uenais
era2 u2 a1erração3 4ue *a2ais a >o2e e as di>iculdades econ-2icas da
população per2itiria2 realiz?;los# Dra3 todo u2 povo suportou3 durante longos
anos3 os 2ais duros sacri>ícios 2ateriais e não sucu21iu3 2uito ao contr?rio# $
4ue os dirigentes soviéticos3 contra todas as prediçes dos teHricos 2arCistas3
aprendera2 a tocar certas cordas da al2a hu2ana3 independentes das 0cordas
econ-2icas6 e pudera2 provocar reaçes 4ue per2itira2 o 2ilagre5 2ilagre 4ue3
segundo os dados cientí>icos 2odernos3 não constitui prodígio algu23 2as3 é u2
e>eito >isiolHgico 2uito natural# A propaganda popular dese2penha3 a4ui3 u2 papel
inteira2ente decisivo# D 2es2o >ato era v?lido para a Ale2anha5 grace*ou;se até
ase2ana3
esse respeito3
2archaspretendendo 4ue 1asta
2ilitares e se*a2 4uea os
levados ale2ães
2arcar ouça23
passo3 u2ase
para 4ue vez por a
sinta23
despeito das di>iculdades econ-2icas3 satis>eitos e >elizesK
@sso3 4uanto ao valor das teorias 2arCistas de nossa época# $vidente2ente3 o
con*unto dos >atores econ-2icos3 na vida social3 deve ser revisto e relacionado
estreita2ente co2 os dados das ciBncias 1iolHgicos3 notada2ente3 co2 as da
psicologia o1*etiva 4ue trata2 do co2porta2ento#
Ve2os3 dessa an?lise3 4ue o grande erro do 2arCis2o reside no >ato de não haver
entrevisto a i2portOncia pri2ordial do >ator psí4uico na vida social e no processo
da produção#
G# Tarde X9:7Y .7L7/ *? vira clara2ente" 2es2o a 2iséria e o processo da
produção não tB2 u2a ação i2ediata3 2as3 deve2 passar pelo >iltro do
psi4uis2o# Tarde d? u2 1o2 eCe2plo para >azer valer esse >ato" >ala da
>ascinação 4ue Paris eCerce so1re as populaçes dos ca2pos# u2a verdadeira
hipnose cr-nica 4ue atrai os agricultores do interior para a capital# Ds oper?rios da
cidade acredita2 poder dese21araçar;se do espírito 1urguBs3 co21atendo a
1urguesia# Mas3 na realidade3 suas aspiraçes ínti2as pode2 torn?;los3 a eles
prHprios3 1urgueses" a1urguesa2;se3 pouco a pouco3 no a21iente da cidade3
>or2ando u2a espécie de aristocracia3 co2o tal precisa2ente considerados pelas
2assas aldeãs3 4ue os ad2ira2 e inve*a2# Psicologica2ente3 o oper?rio da
cidade representa3 para o ca2ponBs3 o 4ue o patrão é para o oper?rio# a 2ola
do 2ovi2ento dos ha1itantes rurais para as aglo2eraçes ur1anas e
especial2ente para Paris3 A cidade torna;se3 para essas 2assas3 u2a espécie de
líder#
Fenri Manse2
tra1alhar X9:<Y
ser.9I/ diz 4ueincessante2ente
i2pelido a >alta de alegriapelo
no tra1alho ani4uila o As
constrangi2ento# h?1ito de
2assas
oper?rias sH vB23 então3 o pro1le2a do tra1alho3 so1 o Ongulo de u2a redução3
ao 2?Ci2o3 da duração e da intensidade do es>orço# $ os organizadores da
produção são continua2ente colocados diante da 4uestão" 4ue novo 2otivo se
deveria encontrar para su1stituir o 4ue se dilui3 4ue não 2ais atraiS F# de Man
pensa 4ue tudo se reduziria invenção de processos para a criação da alegria no
tra1alho# $ viu;se 4ue diretores de >?1rica procurara2 seguir esses conselhos3
introduzindo3 nos locais de tra1alho3 diverti2entos ou procurando distraçes para
os tra1alhadores" r?dio3 especial2ente 2Esica3 >lores3 gatos e espelhos
especial2ente nos locais de tra1alho onde h? 2ulheres3 etc# Mas3 todos esses
tru4ues são arti>iciais e co2o diz 2uito 1e2 Rei)ald X9:IY .7IZ/3 o essencial
consistiria na co2preensão da >unção psicolHgica do ato do tra1alho5 vere2os3
2ais adiante3 X9:9Y 4ue a verdadeira alegria do tra1alho sH aparece 4uando o
oper?rio pode
se entrever
1ene>icia4ue
seu es>orço
e 4ueé sua
u2aaspiração
>onte de 1e2;estar
legíti2a social3
de 4ue
ele prHprio real2ente sensação de
li1erdade3 de poder dispor de si 2es2o3 est? satis>eita#
ue a produção 2oderna3 >azendo do tra1alhador u2 escravo da 2?4uina e de
seus e2pregadores3 não leva e2 consideração seu psi4uis2o3 est? de2onstrado
por >atos o1*etivos de 4ue Rei)ald .7I=/ enu2era trBs sinto2as essenciais" a
estatística das nevroses provenientes de acidentes de tra1alho3 a cri2inalidade3
so1retudo entre os *ovens3 especial2ente nos $stados nidos3 onde a divisão das
tare>as e2 atos parciais de nivelação 2ecOnica .tra1alho e2 cadeia/ atinge seu
apogeu e3 en>i23 a ocorrBncia das guerras 2undiais#
Mas3 4ue o 2arCis2o3 co2o 2ovi2ento de 2assa3 leva a classe oper?ria ta21é2
a u2 i2passe3 ressalta nitida2ente da esclerotização 1urocr?tica dos partidos
oper?rios3 especial2ente os 4ue se dize2 0social;de2ocratas6# A casta
1urocr?tica3 co2o diz Michels X9:LY .7=9/3 se intercala co2o u2a parede divisHria
entre os líderes e a 2assa dos partid?rios# Alé2 disso3 a 1urocracia e os líderes
dispe2 da caiCa do partido3 seus 2eios de ação são 2uito superiores aos das
prHprias 2assas# A iniciativa e a co2petBncia trans>or2a2;se nu2a especialidade
pro>issional dos Hrgãos do partido3 en4uanto s 2assas ca1e2 so1retudo as
virtudes passivas da disciplina# Na propaganda o>icial dos partidos oper?rios3
per2anece v?lido o o1*etivo srcin?rio" a revolução no direito e nos costu2es da
sociedade5 esse >i2 se 2anté2 se2pre na 2entalidade das 2assas3 2as3 na
pr?tica di?ria3 o i2pulso direto para a ação é suplantado por u2a nova pulsão3 4ue
se 2aterializa na tendBncia de conservação da prHpria organização3 co2o u2 >i2
e2 si 2es2o# A 1urocratização e a dog2atização do cristianis2o são3 ali?s3 u2
eCe2plo cl?ssico desse >ato# Ds 2ovi2entos oper?rios tB23 ta21é23 atual2ente3
necessidade so1retudo de >uncion?rios eCperi2entados3 de tesoureiros >iéis3 de
oradores h?1eis e de escritores# $ssa evolução no sentido da 0tecnicidade6 nu2
partido político3 diz Michels3 est? e2 relação co2 a necessidade 4ue sente2 as
2assas de sere2 guiadas pelos líderes e de consagrar;lhes u2 culto#
$ ter2inare2os essa acusação do 2arCis2o3 tal co2o é atual2ente3 por u2a
a>ir2ação de %harles Pisnier .7<</5 0Ds ho2ens 4ue3 durant e 2uito te2po3
acreditara2 na *usteza de u2a doutrina3 não consente23 de 1o2 grado3 4ue ela
deiCe de eCistir# Ao contr?rio do 4ue se diz3 >re4Uente2ente3 não são3 de 2odo
algu23 as doutrinas vivas 4ue nos dirige2# o2os guiados pelos 2itos 4ue se
deco2pe26#
$2 not?vel livro3 editado durante a guerra nos $stados nidos3 The Managerial
Revolution3 &urnha2 .<</ analisa a situação no 2undo3 através de conceitos tão
novos 4uanto inesperados# 'az o processo do regi2e capitalista3 cu*a 2archa
para a 4ueda constata3 solidarizando;se
a 4ueda desse co2
a an?lise
deveriadelevar
MarC3 2as re>uta a tese
2arCista3 segundo a 4ual regi2e necessaria2ente ao
advento do socialis2o# (eclara 4ue o capitalis2o deu srce2 a duas classes3 se2
as 4uais não teria podido eCistir# ão" de u2 lado3 a classe oper?ria e de outro3 a
dos dirigentes técnicos3 no sentido a2plo do ter2o3 co2preendendo os
ad2inistradores3 especialistas3 engenheiros;che>es3 organizadores da produção3
especialistas e2 propaganda e3 en>i23 todos os 4ue designa co2o 2anagers ou
diretores5 diz 4ue3 na verdade3 são esses diretores 4ue ganha2 cada vez 2ais
i2portOncia na produção3 4ue assu2e2 os postos de co2ando e torna2;se u2a
classe3 consciente de suas >unçes e poderes# A>ir2a 4ue3 co2 a 4ueda do
capitalis2o3 a revolução 4ue se processa so1 nossos olhos3 não é a revolução
social3 esperada e pro>etizada pelos 2arCistas3 2as3 a Revolução 0diretorial6#
egundo &urnha23 a classe oper?ria3 apesar das 2uitas oportunidades 4ue se
o>erecera23 durante os Elti2os decBnios3 não se 2ostrou capaz de to2ar as
rédeas do poder e de dirigir as e2presas e os $stados# Para ele3 a REssia não é
u2 $stado socialista3 2as3 diretorial3 e2 4ue u2a nova classe social de
1urocratas poder;se;ia dizer 2elhor3 de tecnocratas dirige todas as atividades
do $stado# A 2es2a coisa se 2ani>esta3 segundo ele3 nos $stados nidos3 onde3
contudo3 a luta entre o capitalis2o e a nova classe dos diretores ainda não atingiu
o est?gio e2 4ue se encontra na nião oviética#
0Ds aconteci2entos da REssia provara23 de 2aneira concludente3 a >alsidade da
asserção de 4ue a a1olição da propriedade privada dos instru2entos de produção
1asta para garantir o esta1eleci2ento do socialis2o# %o2 e>eito3 a a1olição
desses direitos não so2ente deiCou de garantir o esta1eleci2ento do socialis2o#
2as3 ne2 se4uer deiCou o poder nas 2ãos dos oper?rios 4ue3 atual2ente3 não
detB2 nenhu26# &urnha2 é i2piedoso e incisivo3 4uando diz" 0A >iloso>ia 2arCista
do 2aterialis2o dialético >oi *untar;se s outras especulaçes 2eta>ísicas
ultrapassadas do século dezenove6#
MarC3 na sua an?lise do processo capitalista3 não previu o enor2e progresso
cientí>ico e técnico de nossos dias3 sua in>luBncia so1re a produção3 co2 as
conse4UBncias 4ue daí decorre2 industrialização e2 escala gigantesca3
dese2prego de 2ilhes3 >or2ação de trustes e não encarou3 por essa razão3 o
advento e a i2portOncia social de u2a vasta classe de >uncion?rios e de
tra1alhadores de escritHrio# Rei)ald .7I=/ X9:ZY ressalta 4ue3 e2 decorrBncia da
organização e do enor2e cresci2ento nu2érico das 2assas e2pregadas na
indEstria e do au2ento de sua i2portOncia na vida política e social3 >or2ou;se u2a
1urocracia ta21é2 gigantesca3 4ue te2 o controle da organização e da
distri1uição da produção5 a industrialização da agricultura não >az eCceção# $ MaC
We1er X9::Y entrevB 4ue u2a 1urocracia3 u2a vez 1e2 esta1elecida3 a>ir2a;se
co2o u2 grupo social de
eCtre2a2ente est?velpara
e cori?ceo3
4ue2 di>ícil
dispede desse
de2olir#aparelho
0$la é
u2 >ator de poder pri2eira orde2
1urocr?tico# Dnde a 1urocratização da ad2inistração se >ir2ou3 est? criada u2a
>or2a de relaçes de poder pratica2ente in4ue1r?vel3 pois3 o >uncion?rio est?
ligado3 indissoluvel2ente3 sua atividade pro>issional por toda a sua eCistBncia
2aterial e ideolHgica# u2 2ecanis2o 4ue >unciona3 auto2atica2ente3 se2
descanso6#
D 4ue caracteriza3 segundo &urnha23 a sociedade diretorial3 é 4ue 0o 4uadro
econ-2ico e2 4ue se esta1elecer? a do2inação social dos diretores3 >ir2a;se na
posse3 pelo $stado3 dos 2ais i2portantes instru2entos de produção6# Por essa
razão3 a econo2ia diretorial poderia ser 4uali>icada de 0eCploração corporativa63
e2 contraposição 0eCploração privada6 do siste2a capitalista# 0$2 decorrBncia
dessa estrutura econ-2ica3 a indEstria não te2 2ais necessidade de >uncionar
visando ao lucro# Por 2eio de u2a direção centralizada do $stado3 de u2a 2oeda
dirigida3 do 2onopHlio do co2ércio co2 o eCterior3 do tra1alho o1rigatHrio3 da
>iCação dos preços e dos sal?rios independente2ente da livre concorrBncia3 a
econo2ia pode ter outros >ins 4ue não o lucro6#
egundo &urnha23 é u2a verdadeira classe3 essa dos (iretores" 0A posição social
dos diretores3 curvados nas 2esas de tra1alho3 o1riga;os a se de>endere23 ao
2es2o te2po3 contra os capitalistas e contra a pressão das 2assas3 incapazes3
uns e outros3 de agir e>icaz2ente3 se2 os escritHrios#6
No 4ue concerne política internacional das sociedades diretoriais3 &urnha2
prevB 4ue estarão 0e3 co2 e>eito3 *? estão3 atual2ente .$$ e R/3
co2petindo pelo do2ínio do 2undo6 e pensa 4ue3 u2a vez consolidada a
estrutura da sociedade diretorial# sua >ase diretorial .o totalitaris2o/ ser? seguida
de u2a outra de2ocr?tica# $ eis por4ue"
%entralizando e coordenando a econo2ia3 >ica;se o1rigado a considerar o estado
de espírito do povo3 as necessidades dos oper?rios e a 2aneira co2o reage2 a
respeito de seu tra1alho# Mas3 co2o o co2prova3 e2 particular3 a REssia3 é di>ícil3
so1 u2a ditadura totalit?ria3 conhecer o verdadeiro estado de espírito das
pessoasK Ningué2 te2 o direito de dar u2a in>or2ação o1*etiva e o grupo
dirigente >ica3 cada vez 2ais3 inclinado a co2eter erros psicolHgicos3 4ue pe2 a
2?4uina social e2 perigo de des2orona2ento#
2a dose 2oderada de de2ocracia per2ite 4ue a classe dirigente se*a in>or2ada
co2 2ais eCatidão#
As naçes so1eranas3 e2 nE2ero relativa2ente elevado3 serão su1stituídas por
u2a 4uantidade relativa2ente pe4uena de 0uperestados63 4ue vão partilhar o
>acil2ente
ca2adas daresolvida3 a vida na a1undOncia torna;se então possível3 para largas
população#
A revolução política caracteriza;se pelo >ato de 4ue3 ao tornar;se a produção de
energia at-2ica u2 ele2ento de poder e3 nesse caso3 possível >ator de pressão
diplo2?tica3 o dese*o de guardar os segredos dos processos de >a1ricação das
ar2as at-2icas in>luenc iar? grande2ente o e4uilí1rio de >orças# J? é sinto2?tico
4ue3 na co2issão da DN3 encarregada de estudar o pro1le2a at-2ico3
divergBncias pro>undas entre os dois protagonistas $$ e R aparece2 e
i2pede2 seu Etil tra1alho# (ivergBncias as 2ais agudas e di>íceis de conciliar são
as relativas ao controle at-2ico internacional" o plano a2ericano X9QLY prope 4ue
0todas as etapas at-2icas perigosas .do ponto de vista das >acilidades de
>a1ricação das ar2as at-2icas/ se*a2 su1traídas co2petBncia dos $stados e
con>iadas a u2a autoridade internacional# eria u2 2odelo de governo 2undial
nu2 assunto de i2portOncia 2undial# @nspetores internacionais teria2 a 2issão de
desco1rir as atividades clandestinas6# X9QZY $ssa li2itação dos direitos de
so1erania nacional não é aceita pela R# $2 co2pensação3 sua tese sustenta
a idéia de se p-r >ora da lei a ar2a at-2ica3 co2o condição inici al3 destruição do
esto4ue de 1o21as e u2 controle li2itado a inspeçes periHdicas#
(epois3 0u2 país precavido para não ser posto >ora de co21ate3 desde as
pri2eiras horas da guerra3 deve ter dispersado previa2ente seus centros vitais3
Enica 2edida de de>esa passiva conce1ível# 2 tal progra2a não poderia ser
eCecutado segundo os 2étodos capitalistas e de livre e2presa# A intervenção do
$stado e3 se2 dEvida3 sua pressão3 seria2 condiç es necess?rias# Nu2 país tão
centralizado co2o os $stados nidos3 o progra2a não poderia ser realizado se2
acarretar despesas desproporcionais aos recursos do orça2ento nor2al .essas
despesas >ora2 esti2adas e2 I== 2ilhes de dHlares 4ue3 necessaria2ente3
acarretaria2 repercusses sociais6 X9Q:Y# 2 estado de ansiedade3 4ue paralisa
todos os e2preendi2entos de u2a certa envergadura3 resulta de todos esses
>atos3 divulgados e co2entados e2 toda parte3 e2 inu2er?veis relatos3
con>erBncias3 e2isses radio>-nicas e de1ates" vive;se so1re u2 vulcão
psicolHgico#
J? >ala2os3 no decurso desta o1ra3 do outro >ator 4ue caracteriza nosso te2po a
violação psí4uica# Atual2ente3 a violação psí4uica das 2assas est? e2 ponto de
se tornar u2a ar2a de eCtre2o poder e espantosa2ente perigosa# As recentes
desco1ertas cientí>icas contri1ue2 para esse perigo nu2a 2edida até agora
insuspeitada3 2es2o nesse do2ínio# a televisão 4ue a2eaça se tornar u2
terrível veículo de violação psí4uica# D psicHlogo a2ericano (ouglas Watson
construiu u2 aparelho3 deno2inado hipnodisco3 4ue per2ite sugestionar 2ilhes
de seres hu2anos por u2a espécie de tele;hipnose# Veri>icou 4ue3 se se
trans2ite3 pela televisão3 a i2age2 de u2a espiral 4ue se 2ove3 os espectadores
cae2 2uito rapida2ente nu2 estado de passividade sonolenta 4ue se asse2elha
hipnose# Perce1e;se3 >acil2ente3 4ue é u2 2eio para sugestionar as grandes
2assas#
Assi23 a idéia torna;se >a2iliar3 agora 4ue os dois grandes 2edos se encontra23
se co2pleta23 de 2odo 4ue se pode dizer3 atual2ente3 4ue o 2undo é 0violado
psi4uica2ente por 2eio da 1o21a at-2ica63 4ue se torna u2a o1sessão3 u2a
eCcitação 4ue desencadeia o re>leCo condicionado coletivo do 2edo#
(essa >or2a3 o 2undo vive3 atual2ente3 a angEstia dos horrores de u2a eventual
guerra at-2ica# [ 2edida 4ue passa o te2po3 ele se vai ha1ituando idéia de sua
>atalidade3 ou antes3 so>re a preparação psicolHgica para a guerra3 >eita pela
i2prensa3 r?dio3 cine2a3 discursos3 declaraçes e co2porta2ento de políticos
respons?veis3 pelos insucessos de seus concili?1ulos so1 a >or2a de con>erBncias
internacionais3 en>i23 por todas as peripécias da 0guerra >ria63 4ue atinge seu
auge# Na realidade3 essa 0guerra >ria6 su1stitui a guerra real3 co2o esta
ali2entava3 *? e2 78I83 a 0guerra dos nervos6 e# co2o 1e2 diz (o2enach
.9L/3 X9QQY 0a propaganda atual é a guerra continuada por outros 2eios6#
Assi23 o senador a2ericano Ad)in %# Johnson3 não 2ede as palavras e3 nu2
discurso no enado e2 2arço de 78L73 >az a1erta2ente c?lculos 0at-2icos63
dizendo 4ue a R não teria I== 1o21as at-2icas antes de 78Z=3 pois3 est?
0atr?s dos $stados nidos na produção dessa ar2a 2ortal63 e re>ere;se ao
Pro>essor re+3 PrB2io No1el e céle1re s?1io at-2ico3 4ue teria declarado 4ue os
russos precisaria2 de 0cerca de <== 1o21as at-2icas3 antes de se lançare2
nu2a
de 9==guerra
a 2il# 2undial6#
egundo Ds $stados nidos
M# Johnson3 disporia23
os $stados nidosatual2ente3
co2eteria2dedois
u2erros
esto4ue
2ilitares i2perdo?veis" de u2 lado3 superesti2ando o potencial de guerra dos
soviéticos e3 do outro3 su1esti2ando o sucesso de seus 2étodos de guerra >ria3 e
o senador se pronuncia por u2a supressão das 0a*udas6 $uropa Dcidental pelos
$stados nidos3 a >i2 de 4ue possa2 organizar sua 0casa6 para co21ater3 co2
2aior e>ic?cia3 0na guerra >ria6#
%o2o se vB por esse eCe2plo3 dos dois lados utiliza2;se 2étodos 4ue não
pode2 levar ao apazigua2ento# D Enico 2eio seria u2a in>or2ação verídica3
2as3 esta não eCiste3 pois3 nas condiçes atuais3 a distinção entre in>or2ação e
propaganda per2anece di>ícil# (e u2 lado3 na R X9Q8Y 0u2a censura rigorosa
a>asta toda possi1ilidade de contato co2 o eCterior3 todas as in>or2açes e
co2ent?rios são orientados no 2es2o sentido pelas senhas do $stado e do
partido5 a literatura3 a educação3 o cine2a3 as artes pl?sticas3 a prHpria ciBncia3
ressalta2 de u2a sH doutrina e são e2pregados3 igual2ente3 na propaganda# (o
lado a2ericano3 a circulação das in>or2açes é3 certa2ente3 2uito 2ais livre e a
censura3 na aparBncia3 não eCiste# Mas3 a opinião ali é talvez 2ais dependente
4ue3 e2 outros lugares3 dos instru2entos de di>usão e2 X2assa5 e estes3
governados pela lei do lucro3 tende2 a agradar as 2assas e a orient?;las no
sentido de seus preconceitos#
%erta2ente3 as in>or2açes são >ornecidas3 e2 nE2ero consider?vel se2 4ue
4ual4uer controle do $stado intervenha para o1st?;las ou de>or2?;las0# Mas3
*usta2ente 0elas são tão precisas e 2inuciosas 4ue ningué2 te2 te2po de lB;las3
o 4ue torna conveniente3 para co2odidade do leitor3 resu2i;las# 2a vez ad2itido
esse princípio3 tenta;se seguir a natural inclinação do pE1lico para a si2pli>icação3
1asta dar títulos3 sonoros3 tanto 4uanto possível3 e surpreendentes3 isto é3
de2agHgicos5 daí para cair na propaganda pura e si2ples é apenas u2 passo 4ue
se est? se2pre prestes a dar# X98=Y e se acrescenta 4ue certas 0cadeias6 de
*ornais e revistas estão ligadas a interesses >inanceiros3 veri>ica;se 4ue a seleção
das notícias ta21é2 produz3 se 1e2 4ue de u2a 2aneira 2enos radical e 2ais
sutil3 seu e>eito de propaganda#
As conse4UBncias de toda essa situação 2ani>esta2;se so1 >or2a de u2a apatia
geral3 de u2a lassidão para encarar a construção de u2a vida 2elhor sinto2as
de u2 crescente pessi2is2o# Ds *ovens são3 so1retudo3 atingidos por esse 2al
4ue envenena todo seu co2porta2ento3 causando3 e2 uns3 u2a atitude de vida3
privada de esperanças *uvenis3 de pro*etos e de planos audaciosos3 4ue
caracterizava23 antiga2ente3 a 2entalidade 2oça5 e2 outros3 u2a tendBncia a
ridicularizar e a zo21ar dos grandes ideais3 e a desinteressar;se das atividades
sociais5 e2 outros3 ainda3 propensão para des>rutar as possi1ilidades de u2a vida
>rívola3 se2 escrEpulos3 dedicada a prazeres >Eteis3 depravação3 e a saciar
satis>açes de tipo 1aiCo e grosseiro# espantoso ver as atitudes das crianças
nas escolas3 seus *ogos3 inspirados3 a cada passo3 e2 assuntos guerreiros3
>açanhas de gangsters3 contínuas riCas3 o e2prego3 a toda hora3 de in*Erias3 a
pre>erBncia para se eCpri2ir e2 gíria3 a >alta de solidariedade# Todas essas
atitudes3 conse4UBncia do pouco caso dos pais3 dos adultos3 são ainda
condicionados por leituras de u2a i2prensa in>antil envenenada 4ue3
2aca4ueando os 0c-2icos6 a2ericanos3 inunda2 a vida das crianças de
pu1licaçes ilustradas de 2au 4uilate3 descrevendo e visualizando histHrias
i2agin?rias3 a1surdas de gangsters sanguin?rios ou de tipos tão idiotas 4uanto
dis>or2es ou3 ainda3 na sua estupidez3 das ine>?veis personagens ani2alizadas de
Walt (isne+#
2 produto típico dessa propaganda a2ericana é o Readers (igest3 pe4uena
revista3 insípida e si2plista3
todos através
da 4ual invade o 2undo3 u2a vez 4ue é
pu1licada e2 4uase os países e e2 todas as línguas3 contri1uindo
e>icaz2ente para a criação de u2 estado de espírito hostil nião oviética e ao
alarga2ento do >osso entre os dois 1locos3 au2entando as possi1ilidades de u2
con>lito ar2ado3 supre2o perigo para toda a hu2anidade#
D ponto cul2inante dessa propaganda tão ne>asta 4uanto odiosa3 >oi atingido3 no
>i2 de 78L73 pelo *ornal a2ericano %ollier\s3 4ue não hesitou e2 editar u2 nE2ero
especial dedicado a u2a >ant?stica reportage2 da guerra 4ue deve vir3 segundo
os dese*os dos chauvinistas a2ericanos3 entre a R e os $stados nidos e
4ue aca1a3 natural2ente3 pela destruição e ocupação da nião oviética# D
espantoso é 4ue3 na con>ecção desse nE2ero3 cheio de Hdio3 de ingenuidade e de
asneiras3 tenha2 to2ado parte *ornalistas 2uito conhecidos3 e2inentes escritores
e até s?1ios#
A réplica da R não se >ez esperar" podia;se pensar 4ue os russos
responderia2 ta21é2 por u2a propaganda agressiva e 1elicosa do 2es2o
gBnero3 2as3 co2o propagandistas3 2ostrara2;se 2ais astuciosos" no *ornal
Novos Te2pos3 editado e2 língua inglesa e2 Moscou3 apareceu u2a série de
artigos3 e2 4ue se 2ostrava aos leitores o 4ue so1reviria se o desar2a2ento e a
condenação da 1o21a at-2ica >osse2 realizados depois de u2 %ongresso prH
paz das cinco grandes potBncias# Para honra de u2a grande parte da opinião
pE1lica a2ericana3 é preciso dizer 4ue a iniciativa do %ollier\s >oi acolhida co2
reprovação e até co2 indignação#
Tudo isso cria u2 cli2a de açes ruidosas3 pretensiosas3 se2 >or2a3 ne2
>inalidades3 desviando e dese4uili1rando os espíritos das pessoas3 suas atividades
epsi4uica2ente
todo seu co2porta2ento# u2chegar
as 2assas3 4uando a21iente dos 2ais
o 2o2ento3 propíciosa para
encher;lhes violar
ca1eça3
*og?;los3 co2o dHcil re1anho3 na carni>icina 4ue se prepara#
$3 entre2entes3 os la1oratHrios e as >?1ricas 0tra1alha2 63 os cére1ros dos s?1ios
procura2 e se es>orça2 para >or*ar ar2as cada vez 2ais 2ortí>eras3 cada vez
2ais apocalípticas5 nos seus discursos3 o Presidente Tru2an vangloria;se3
>re4Uente2ente3 de 0ar2as >ant?sticas6 disposição dos $stados nidos# Nesse
ínteri23 as 2?4uinas ruge2 dia e noite3 >a1ricando esto4ues astron-2icos de
engenhos de guerra5 os 1ilhes a>unda2 na goela de Moloch insaci?vel3 tragando
irreparavel2ente as energias acu2uladas dos cére1ros e dos 1raços3 as
econo2ias realizadas3 as esperanças de u2a vida 2elhor3 2ais 1ela3 2ais
razo?vel3 har2oniosa e >eliz#
ltrapassadas3 as invençes do radar .para corrigir os tiros das ar2as/3 avies de
reação supers-nicos3 >oguetes teleguiados3 até a 1o21a at-2ica de Firoshi2a
tornou;se u2 nada3 pois3 1o21as de u2a >orça decuplicada surgira25 a 1o21a F3
os venenos 4uí2icos supertHCicos .7== g# 1asta2 para 2atar dois 1ilhes de
vidas hu2anas3 portanto toda a população da terra/3 a guerra 1acteriolHgica3 >ala;
se de raios cHs2icos e 4ue sa1e2os 2ais3 do 4ue é ultracon>idencial3 escondido
no >undo das cO2aras secretas de la1oratHrios su1terrOneos e no >undo dos
cére1ros dos inventores a soldo dos poderosos#
$ *? o 4ue é3 ali?s3 lHgico sinto2as de espionite aparece2# 0Fo2ens de
$stado6 revolve2 o cére1ro3 i2aginando leis para captar os agentes capazes de
rou1ar segredos de ar2a2entos alheios e eles prHprios organiza2 redes de
espionage2 para enviar ao territHrio advers?rio# A descon>iança do $stado3
2es2o e2 relação aos seus prHprios cidadãos3 est? na orde2 do dia# J? as
polícias caça2 o ho2e2 s?1io3 engenheiro3 >uncion?rio3 etc# suspeitado de ter
2antido contato co2 pessoas do outro ca2po# (a4ui a pouco3 serão
encarcerados ou eli2inados os s?1ios 4ue conhece2 os segredos de >a1ricação
das ar2as de guerra# J? 0co2isses para a supressão de 2ano1ras secretas
antinacionais6 >aze2 interrogatHrios3 4ue provocaria2 o riso das pessoas
sensatas3 se não >osse tão triste# J? a propaganda contra a guerra é tachada de
0su1versiva6 e 4ue2 a >az é 2olestado ou *ogado na prisão# (a4ui a pouco e
isso ser? lHgico serão presos os suspeitos de tere2 idéias so1re a con>lagração3
e2 desacordo co2 a dos 0ho2ens de $stado6 4ue se ocupa2 dos assuntos da
guerra tida co2o inevit?vel#
$ tudo isso para salvaguardar os princípios sacrossantos da 0de2ocracia6 4ue na
verdade3 não passa de u2a pseudode2ocraciaK
D 4uadro da situação atual3 e2 4ue o 2undo se de1ate3 não estar? co2pleto se
não
pouco2encionar2os3 entre
e>iciente3 eCiste e seos >atorespara
es>orça 4ue>ir2ar;se
o caracteriza23 a4uilo
no tu2ulto dos 4ue3 e21ora
aconteci2entos3
das açes e dos co2porta2entos# $sse >ator é a atividade dos 2ovi2entos prH;
paz# @nteressa;nos3 natural2ente3 e2 pri2eiro lugar3 co2o ele2ento de orde2
psí4uica3 podendo3 a priori3 tornar;se u2 >ator suscetível de inverter a situação e2
>avor do 2ovi2ento contra a guerra# Nada de paz3 1e2 entendido3 pois3 a
verdadeira paz não se decreta3 não se conclui 1ase de tratados# A verdadeira
paz instalar;se;? auto2atica2ente3 4uando u2a nova estrutura econ-2ica e
social do 2undo3 2ais ade4uada situação real dos nossos dias3 >or encontrada e
ganhar3 pelo 2enos3 os principais países#
Mas3 i2pedir3 a guerra3 o1struir seus preparativos3 assegurar3 por esse 2eio3 a
so1revivBncia do gBnero hu2ano3 é u2a tare>a tão necess?ria 4uanto realiz?vel#
eCe4Uível através de u2a ação con*unta de todos os ho2ens de 1oa vontade e
co2petBncia# u2a ação de pressão a ser eCercida so1re os governos pelos
2ovi2entos de opinião pE1lica3 2o1ilizada para esse >i2# @n>eliz2ente3 não se
pode esperar grande coisa da parte dos inu2er?veis co2itBs3 associaçes e
>ederaçes paci>istas# u2 verdadeiro enCa2e de organizaçes# ão
discordantes3 >re4Uente2ente doutrin?rias3 s vezes partid?rias# Muitas3 dentre
elas3 concorre2 entre si3 descon>ia2 u2a das outras3 suas atividades se li2ita23
2uitas vezes3 a protestos >Eteis ou a procla2açes 4ue atinge2 poucas pessoas3
visto 4ue por >alta de 2eios >inanceiros3 o alcance de u2a propaganda de suas
idéias3 >eita3 na 2a*or parte3 so1 >or2a de a2adoris2o3 se2 conheci2entos
teHricos e pr?ticos dessa >unção3 per2anece li2itada e3 por conseguinte3
inoperante# Ds governos ignora2 suas atividades e não leva2 e2 consideração
suas reco2endaçes# Todavia3 u2a >er2entação nesse sentido3 e2 todos os
países3 não pode ser negada# evado a sério3 uni>icado e canalizado3 o
2ovi2ento3 e2 seu con*unto3 poderia dar resultado apreci?veis# $ntre eles# $ o
dos Partid?rios da Paz3 se chegar a assegurar sua independBncia política e se
li2itar sua ação a u2 Enico o1*etivo" preservar da guerra a hu2anidade3 >azB;la
so1reviver3 se2 preocupaçes co2 as divergBncias políticas3 sociais3 religiosas#
Para esse >i23 encontrar;se;ão centenas de 2ilhes de pessoas de todos os
países e de todas as condiçes3 co2o de2onstrou a eCperiBncia do Apelo de
$stocol2o3 no egundo %ongresso Mundial da Paz3 organizado por esse
2ovi2ento#
%éticos e detratores 2aldizentes insinuara23 a propHsito dessa ação3 4ue seria
o1ra do partido co2unista3 procurando >alsear o ideal paci>ista e 4uerendo >azer
correr ?gua no seu 2oinho# $ssa crítica é >alsa3 pri2eiro3 por4ue entre os
signat?rios do Apelo e entre os participantes dos trBs congressos 2undiais desse
2ovi2ento3 encontra2;se nu2erosas personalidades de todas as cores3 de todas
as opinies3 naçes3 raças e religies3 sincera2ente a2igas da paz# ue esse
2ovi2ento encontre 2uitas si2patias entre os co2unistas3 4ue i2portaK (iría2os
2es2o" tanto 2elhor3 se é possível atrair para as idéias paci>istas as pessoas do
outro lado da cortina de >erro# $stas3 acusadas de 2a4uinaçes perigosas3 de
desígnios guerreiros3 não seria2 os advers?rios3 no caso de u2a guerra eventualS
$ entãoS %o2o 4uerer a>ast?;losS Ao contr?rio3 se eles se declara2 solid?rios
co2 as idéias paci>istas3 se dese*a2 tra1alhar para tornar i2possível a guerra 4ue
se te2e3 seria3 então3 per>eito" 1astaria pegar;lhes na palavra e organizar3 co2
eles3 a ação salvadora#
$Ca2ina2os3 nesse capítulo3 a situação do 2undo3 na hora atual3 co2 todos os
>atores essenciais 4ue a deter2ina2# @sso est? de acordo co2 os pontos de vista
enunciados nesta o1ra3 no 4ue toca s in>luBncias desses >atores so1re o
psi4uis2o e o co2porta2ento dos conte2porOneos >unçes de 2ecanis2os
cere1rais cu*as engrenagens são respons?veis pelas atividades dos indivíduos e
das coletividades hu2anas# $sses 2ecanis2os constitue2 os pontos de ata4ue
de eCcitaçes provenientes do 2undo eCterior e provoca2 reaçes 4uer
i2ediatas3 4uer 2odi>icadas3 retardadas3 ou 2es2o aparente2ente espontOneas
dos 2ecanis2os e2 4uestão#
Passa2os e2 revista as a2eaças 4ue espreita2 os ho2ens e 4ue3 a>inal de
contas3 são se2pre de orde2 1iolHgica3 concernentes prHpria eCistBncia do
indivíduo3 da espécie3 salvaguarda das instituiçes e das criaçes da sociedade
hu2ana# Ds perigos 4ue se apresenta23 pode2 ser3 ta21é23 o1*eto de u2a
atividade propagandística3 salvadora e é por isso 4ue são tratados a4ui#
Nossa an?lise dessas a2eaças não estaria co2pleta3 se o2itísse2os o perigo
4ue3 e21ora parcial2ente previsto3 no seu te2po3 por Malthus3 co2eça a
aparecer nos estudos dos s?1ios 1io;sociHlogos conte2porOneos#
2 certo neo2althusianis2o3 pregando a necessidade de restrição natalidade3
de instaurar u2 regi2e de procriação plani>icada3 se i2pe aos ho2ens
clarividentes co2o u2a necessidade a1soluta3 se dese*a2os >azer depender o
nE2ero de ho2ens so1re a terra da possi1ilidade de nutri;los e3 dessa 2aneira3
prevenir as destruiçes parciais do eCcesso de população pelas guerras#
D s?1io a2ericano Willia2 Vogt .7Z</3 nu2 livro recente3 a 'ai2 du Monde3
eCp-s os dados esta1elecidos pela ciBncia e as concluses 4ue deles decorre23 a
respeito do e2po1reci2ento do solo 4ue se 2ani>esta e2 2uitos países# (ever?
tornar;se3 nu2 >uturo 1astante prHCi2o3 u2 >ator tão a2eaçador de eCtinção do
gBnero hu2ano3 4uanto os 0progressos6 2ilitares at-2icos# Vogt insiste e2 4ue o
cresci2ento da população é 2ais r?pido 4ue o au2ento da produção de
ali2entos# (esigna esse >ato co2o a 1ancarrota 1iolHgica do regi2e e adverte
4ue3 dentro de cin4Uenta anos3 a A2érica do ul ser? devastada por u2a
ineCor?vel penEria 4ue arrastar? para a 2orte dezenas de 2ilhes de ho2ens e
trans>or2ar?3 nu2a centena de anos3 todo esse continente e2 u2 deserto# $ssa
pro>ecia esconde u2a terrível a2eaça para o 2undo inteiro3 pois3 Z= dos
produtos ali2entares e das 2atérias;pri2as necess?rias ao consu2o do Velho
Mundo3 são atual2ente >ornecidos pela A2érica3 especial2ente pela A2érica
atina# D solo desse continente3 2altratado por u2a eCploração rapace e
inco2petente3 esgota;se a olhos vistos e até ho*e não >ornece3 a 2ilhes de
nacionais3 senão a ali2entação3 calculada e2 2enos de 7 # L== calorias por
ca1eça e por dia3 o 4ue é insu>iciente para a so1revivBncia# 2a das causas
essenciais desse >en-2eno reside na >alta de u2a 4uantidade su>iciente de
chuvas# A não utilização dos >ertilizantes naturais3 os 2étodos pri2itivos de
agricultura3 os aguaceiros tropicais3 o sol 4ue tudo 4uei2a3 a destruição das
>lorestas3 são os >atores 4ue conduze2 ao desastre# (essas o1servaçes3 Vogt
conclui 4ue3 so2ente a solução do pro1le2a agr?rio3 co2 o sentido social de
distri1uição das terras s co2unidades3 dando;lhes os 2eios 2ateriais e a
educação técnica para utiliz?;los3 poderia 1arrar a 2archa para a ruína de u2
continente inteiro#
)apítulo II
A construção do ,uturo
D oti2is2o ativo A reativação do ocialis2o A política3 ciBncia 1iolHgica A
política eCperi2ental A organização do >ator 2oral A idéia da paz i2posta e
sua propaganda
da ciBncia A %onspiração
e dor intelectuais no Grande
e2 geral (ia3 deoperacionais6
Ds 0grupos F# G# Wells D papel social
%iBncia;Ação;
i1ertação %D'DR%$ (outrina de %D'DR%$ o1reviver;%onstruir;
$Cpandir;se uta pela Paz" os cinco grupos >uncionais %on>ederação Mundial
dos Povos olução dos pro1le2as econ-2icos e sociais .conclusão de
%D'DR%$/ A 2icrossociologia A desintegração at-2ica Drganização
cientí>ica do tra1alho As trBs etapas As idéias tecnocr?ticas A %i1ernética
D (ireito vida (eclaração dos (ireitos do Fo2e2 N$%D $speranto A
$ducação Ativa D Fo2e2 Novo nu2 Mundo Novo %o2o organizar a
propaganda progressista Propaganda do tipo persuasivo Propaganda do tipo
e2ocional D 2ito do Progresso e da i1erdade Ds sí21olos correspondentes
M?Ci2as para a organização da propaganda progressista Plano ping>ield
ondagens da opinião pE1lica .2étodo Gallup/ i2unização contra a violação
psí4uica Propaganda da cultura popular#
ho2ens
los contradessas açesautorit?rias3
as toCinas se2pre possíveis so1re 4ue
agir de 2odo seu apsi4uis2o3
proporçãoédo
preciso
déci2oi2uniz?;
se
inverta3 4ue os 0L#===6 se torne2 07=#===63 0<=#===63 0L=#===6 e 4ue a
percentage2 dos outros3 dos passivos3 dos sugestion?veis3 dos 0viol?veis63
dire2os nHs3 decaia# Mas3 co2o alcanç?;loS ue >azer para chegar a esses
resultadosS A nosso ver3 trBs ca2inhos concorre2 para isso" a educação3 a
eu1iHtica3 e a pro>ilaCia psí4uica#
Vi2os3 nu2 dos pri2eiros capítulos3 4ue a >or2ação dos re>leCos condicionados
se d? >acil2ente nos *ovens e 4ue os re>leCos3 cha2ados retardados3 o>erece23
so1retudo3 a oportunidade de >or2ar a >aculdade de eCercer a ini1ição interna
condicionada3 isto é3 a 1ase do 4ue cha2a2os vontade3 na vida corrente# $3
então3 a capacidade de reter certas reaçes3 de eCercer a 0vontade6 de resistir#
precisa2ente o 4ue se torna necess?rio3 4uando surge a necessidade de do2inar
as reaçes do eCterior3 provocadas pela vontade de outre2# uanto 2ais essa
>aculdade >or solida2ente esta1elecida no organis2o do ho2e2 e é esta a
tare>a da educação e eCata2ente da educação ativa3 4ue preserva os *ovens da
0ro1otização6 pela educação tradicional tanto 2ais segura2ente passar? para o
grupo dos 0L#===6#
Vi2os ta21é2 4ue u2 ho2e2 esta>ado3 doente ou >a2into3 co2 o siste2a
nervoso a1alado3 en>ra4uecido3 sucu21e 2ais >acil2ente sugestão# $ntão3 a
2elhoria das condiçes de eCistBncia3 u2 sal?rio condigno3 repouso assegurado3
a>astadas as preocupaçes de orde2 >a2iliar e de tra1alho3 en>i2 garantidos
todos os >atores de u2a vida 2aterial racional e higiBnica3 a eu1iHtica3 ou a vida
sã3 não tarda a consolidar a resistBncia do ho2e2 e a li1ert?;lo3 2ais >acil2ente3
da ação das >orças ini2igas3 4ue procura2 >azB;lo seu escravo >ísico e psí4uico#
$n>i23 o terceiro
psí4uica ca2inho
é a pro>ilaCia para e2ancipar
psí4uica# o ho2e2
o cuidado do perigo
4ue deveria de u2a violBncia
ter a co2unidade de
inculcar3 constante2ente3 e2 todos os seus 2e21ros3 a noção da verdade3 do
1o2 e do 1elo3 a >é no progresso hu2ano e e2 suas prHprias >orças3 os princípios
do dever social3 por 2eio de 2étodos de propaganda3 especial2ente de orde2
de2onstrativa e persuasiva# Nesse caso3 os ho2ens estarão pre2unidos contra o
perigo de cair >acil2ente so1 in>luBncias eCteriores3 através de eCcitantes
condicionais3 solida2ente esta1elecidos nos 2ecanis2os de seu co2porta2ento#
Não se deiCarão 2ais arrastar por aventureiros egoístas#
Mas3 é verdade 4ue3 para atingir o >i2 proposto e2ancipação das 2assas do
perigo da ação psicolHgica de outre2 é necess?rio te2po# A educação3 a
eu1iHtica3 a propaganda pela persuasão são tare>as de longo alcance3 4ue não se
pode pretender eCecutar e2 prazo curto" >az;se 2ister3 para isso3 u2 constante
es>orço3 dirigido pela ciBncia5 não pode ser >eito se2 o $stado# a razão
essencial por 4ue o poder deve ser3 antes de tudo3 assegurado aos ele2entos
de2ocr?ticos e ativos3 4ue tB2 o cuidado de salvaguardar os interesses da
co2unidade#
$is3 então3 os >ins a 4ue se prope o ocialis2o ativo# Mas3 para a ele chegar3
para ter a possi1ilidade de entrar no 1o2 ca2qnho3 é preciso lutar ainda3 deter o
grande cho4ue das >orças do passado coligadas e aparente2ente triun>antes de
nossos dias# preciso vencB;las# $ é nisso 4ue o valor do ocialis2o ativo se
torna decisivo# (eve;se organizar3 antes de tudo3 para conduzir u2a luta
destrutiva5 não h? escolha" ele deve destruir3 ani4uilar o capitalis2o co2 suas
tendBncias >ascistas e totalit?rias3 se não pela >orça 1ruta3 então 2ais
segura2ente e co2 2uito 2enos sacri>ícios3 por 2eio de u2a ação psí4uica#
Vi2os 4ue essa ação sH pode se apoiar na >orça da 0pri2eira6 pulsão3 por 2eio de
re>leCos condicionados3 acionados por >or2as e>icazes e 2odernas de
propaganda3 e2pregando3 de u2 lado3 a a2eaça e3 de outro3 o entusias2o# A
eCplicação encontra2o;la na psicologia o1*etiva 2oderna3 na teoria dos re>leCos
condicionados de Pavlov5 o 0co2o6 é >ruto da pr?tica dos grandes 2ovi2entos
populares" é preciso conhecB;la3 dela eCtrair as >or2as correspondentes aos >ins
procurados# $ssas duas tare>as são *usta2ente da alçada das duas novas
atividades ou disciplinas" a pri2eira relaciona;se co2 a política3 considerada co2o
ciBncia 1iolHgica3 a segunda3 não é3 senão3 u2a política eCperi2ental#
A 1ase da política encarada co2o ciBncia 1iolHgica est? na idéia de 4ue são as
paiCes 4ue 2ove2 as 2assas# $ essas paiCes decorre2 dos laços a>etivos
entre os >atores vivos3 os indivíduos 4ue >or2a2 as 2assas e os líderes 4ue as
dirige2# Assi23 a pulsão seCual3 principal ele2ento da a>etividade3 dese2penha
u2 papel capital na política# X987Y D ho2e2 cu*a pulsão seCual est? en>ra4uecida
ou opri2ida não te2 corage2 de se a>ir2ar" pode ser u2 sEdito3 2as3 di>icil2ente3
u2 cidadão# 2 ho2e2 cu*as necessidades seCuais per2anece2 insatis>eitas3 o
4ue constitui >re4Uente2ente a srce2 de u2a aguda irrita1ilidade3 est? se2pre
inclinado a satis>azer sua necessidade de a>eição e2 outra parte e de encontrar
u2a co2pensação das a>etividades ini1idas na sua relação co2 o líder da 2assa
de 4ue >az parte# Tais ho2ens se torna23 então3 inadaptados na co2unidade de
pessoas 4ue goze2 de direitos iguais" 4uere2 opri2ir os outros ou ser3 eles
prHprios3 do2inados#
A política eCperi2ental não >az 2ais 4ue aplicar3 *udiciosa2ente3 pr?tica política
as >or2as possíveis de ação3 1aseadas nas leis encontradas pela pri2eira# (eve
aplic?;las co2o u2 s?1io >az suas eCperiBncias e2 la1oratHrio" recolher os dados
.in>or2açes/3 reunir os >atores e2 *ogo3 preparar as >or2as de ação3 disp-;las no
te2po3 agir3 controlar os e>eitos3 sacar as concluses# Nesse caso3 u2a ação ou
ca2panha política pode dar os resultados previstos3 isto é3 corresponder ao plano
traçado3 conduzir aos >ins propostos# então 4ue se pode3 co2 segurança3 dirigir
a vida política# %ita2os u2 eCe2plo disso ao descrever3 no capítulo @3 a luta de
propaganda na ca2panha eleitoral de Fesse e2 78I<3 e2 4ue3 e2pregando os
2es2os 2étodos de ação de Fitler e usando3 alé2 disso3 de u2a direção
eCperi2ental cientí>ica3 conseguiu;se vencB;lo3 4uando ele era *ulgado3 até então3
irresistível#
(e tudo o 4ue disse2os3 até agora3 neste capítulo3 a respeito do ocialis2o ativo3
pode;se deduzir 4ue ele se distingue dos siste2as socialistas 02arCistas63 por4ue3
se2 deiCar o ca2po da o1*etividade3 1aseando;se3 solida2ente3 ao contr?rio3 e2
dados 1iolHgicos os 2ais 2odernos3 introduz3 na construção do co2porta2ento
hu2ano3 o >ator 02oral63 não co2o e2anação das teorias idealistas3 2as3 co2o
valor e4uivalente dos >atores 2ateriais# Veri>ica 4ue este >ator é tão 02aterial6
4uanto os outros3 e2 nada divergindo deles en4uanto 2otivo de ação3 pois age3
co2o os outros3 so1re 0o o1*eto hu2ano63 pelos 2es2os 2ecanis2os3 os
siste2as de re>leCos condicionados# (isso resulta 4ue todas as 0idéias6 4ue
deriva2 desse >ator 2oral .co2o3 por eCe2plo3 a da Paz/ não são3 de >or2a
algu2a3 conceitos 2ais ou 2enos a1stratos5 constitue2 realidades >isiolHgicas3
tão positiva2ente esta1elecidas co2o 4ual4uer outra realidade e 4ue pode2 ser
tratadas pelos 2es2os 2étodos# A propaganda dessas idéias3 2artelada no
espírito dos ho2ens3 até tornar;se u2a verdadeira o1sessão3 poderia ser a*ustada
da 2es2a 2aneira3 pelo 2étodo da violação psí4uica# Mas3 esse 2étodo3 4ue era
e2pregado por Fitler e Mussolini e2 >inalidades negativas3 anti;hu2anas3 de
isola2ento nacional e de guerra3 teria3 se adotado pelo socialis2o3 a desculpa de
ser indispens?vel para salvar a hu2anidade do perigo 4ue corre# Para edi>icar
rapida2ente o socialis2o3 a verdadeira de2ocracia3 ser? preciso e2pregar o
2es2o 2étodo de o1sessão provocada3 4ue age a4ui não 2ais pelo 2edo3 2as3
pelo entusias2o3 a alegria3 o a2or# 2a propaganda violenta da não;violBnciaK
@sso é possível3 é até 2ais >?cil do 4ue >oi a ação de propaganda de Fitler3 4ue
reuniu 2ilhes de ho2ens e2 torno da idéia da grandeza agressiva da Ale2anha3
dos anti;se2itis2o3 da 2issão divina do prHprio FitlerK %o2o 2ais e>icaz3 2ais
atuante3 seria a idéia hu2ana da 2oral3 do socialis2o3 da PazK Mas3 é necess?rio
agirK a pri2eira coisa a >azer a chave de tudo o 2ais é organizar a
propaganda de u2a Paz i2posta aos 4ue dese*are2 ro2pB;la os provocadores
de guerra os capitalistas e suas criaturas >ascistas# A idéia da ronda da Paz3 do
pacto universal de de>esa da cultura3 a aliança de todos os ho2ens >iéis A idéia de
i1erdade3 de Fu2anidade# 2a aliança e>icaz3 atuante e3 se >or necess?rio3 de
advertBncia e de a2eaça#
Dra3 na prHpria ação3 é preciso distinguir dois lados" de u2a parte3 a decisão
to2ada3 a vontade de agir e3 de outra3 a organização dos 2eios dessa ação3 a
técnica de ação# ue precisaria3 nesse caso3 para 4ue a ação se tornasse u2 >ato
consu2ado3 >ato 4ue devesse trans>or2ar a situação atual3 insustent?vel no
2undo inteiro3 resta1elecer o valor do (ireito3 >azer do1rar a >orça 1ruta3 devolver
hu2anidade angustiada a esta1ilidade psí4uica3 a esperança3 a >é na
possi1ilidade de atingir os >ins su1li2es de nossa culturaS
uais são as >orças capazes de realizar o 2ilagre do nosso soergui2ento3 de se
erigir e2 2uralha e>icaz contra a 2orte coletiva3 contra a destruição de nossa
cultura3 contra a 1ar1?rie 4ue invade o 2undoS Não são as 2assas populares
o1*eto da co1iça de aventureiros se2 escrEpulos 4ue3 utilizando 2eios de ação
so1re os 2ecanis2os psí4uicos ínti2os dessas 2assas3 >ornecidos atual2ente
pela ciBncia3 violando;os3 procura2 envolvB;las3 para lanç?;las no a1is2oS Não
>ora2 essas 2es2as 2assas populares 4ue3 *? tantas vezes na histHria da
hu2anidade3 salvara2;na por u2a reviravolta sE1ita dos seus instintos3 1eira do
a1is2oS Tentou;se3 e2 vão3 soterrar os 2ovi2entos populares5 eles eCiste2 e2
toda parte3 e2 >or2a latente e ressuscita2 nos 2o2entos oportunos# $ssa 2ística
da de>esa contra o perigo e a 2orte é inerente ao organis2o dos povos3 pois é de
orde2 1iolHgica# ue se utilize3 então3 esse 2ovi2ento pro>undo das 2assas3
capazes de todos os heroís2os3 de todos os devota2entos# Mas3 4ue não se
eCtinga a >la2a sagrada no >undo das al2as pela inação3 pela pusilani2idade3 por
u2a propaganda dissi2ulada e2 1ene>ício do cansaço e do a1andono#
D grande apHstolo da renovação da raça hu2ana3 o pensador inspirado3 4ue viu
através da 1ru2a as grandes linhas da vida hu2ana do >uturo3 F# G# Wells3 >ala3
e2 2uitas de suas o1ras i2ortais3 da conspiração a1erta .Dpen %onspirac+/ .7Z9/
4ue ele enaltecia nos Elti2os anos de sua vida e 4ue é3 segundo ele3 o ca2inho
para chegar aos >ins su1li2es da vida de u2a ociedade prHspera e >eliz# PrevB
4ue colocar as 2assas populares nesse ca2inho de salvação 0ser? o1ra3 e2
pri2eiro lugar3 de u2a Drde2 de ho2ens e de 2ulheres3 ani2ados de espírito
co21ativo3 religiosa2ente devotados idéia3 4ue se es>orçarão para esta1elecer
e i2por u2a nova >or2a de vida raça hu2ana .7ZI/6#
$spíritos escarnecedores tentara2 ironizar as idéias pro>éticas de Wells3 dando3
por sua vez3 i2agens caricaturais3 des>igurando as antecipaçes da vida >utura3
eCagerando e de>or2ando tendenciosa2ente as >or2as e2 4ue Wells i2aginava
a evolução da sociedade hu2ana# Nada o>erece2 de positivo e2 troca3 nenhu2
traço 4ue atraia e eleve a 2oral3 a alegria de viver3 a esperança do advento de u2
2undo 2elhor# Ao contr?rio3 e2 1usca de u2 e>B2ero sucesso *unto ao pE1lico3
pronto a aplaudir o >ogo de arti>ício de u2 espírito grace*ador3 4ue caracteriza2 os
2eios intelectuais insensíveis3 esses autores Aldous FuCle+3 co2 seu D 2elhor
dos 2undos .The &rave Ne) World/ .:Q/ contri1ue2 para a depressão
psí4uica3 para u2 pessi2is2o contagiante3
série depara
u2 desencora*a2ento dos
ho2ens3 *? 1astante so>ridos pela cala2idades e de desiluses
universais#
Ds 4ue dese*a2 contri1uir para a renovação do ideal socialista3 para o advento de
u2a verdadeira de2ocracia no 2undo3 para a >elicidade e a har2onia universais3
deve2 to2ar as o1ras de Wells co2o u2 testa2ento para suas atividades no
>uturo3 deiCar;se guiar por suas idéias revigorantes e sedutoras3 espalhar e2 torno
de si u2a at2os>era de >é no sucesso dos e2preendi2entos hu2anos e de
entusias2o construtivo#
evidente 4ue é 4ueles 4ue tB2 possi1ilidade de rece1er 2ais instrução3 de
gozar dos 1ene>ícios intelectuais da cultura3 4ueles cu*os 2ecanis2os do
pensa2ento estão carregados de 2ateriais acu2ulados durante anos de estudo e
de 2editaçes3 aos intelectuais e aos pioneiros da ciBncia 4ue incu21e3 e2
pri2eiro lugar3 o dever de 2ostrar o ca2inho3 de aventurar;se nas regies
ineCploradas do Mundo Novo3 de esclarecer e servir hu2anidade e cultura#
$2 sete21ro de 78993 alguns dias antes da li1ertação de Paris3 a consciBncia
desse dever levou u2 grupo de s?1ios3 engenheiros3 escritores3 2édicos e outros
intelectuais a criar a %iBncia;Ação;i1ertação .A/# $ssa associação3 consciente
do papel social da ciBncia3 na hora atual3 esta1eleceu3 co2o >inalidade3 ser u2
la1oratHrio de idéias construtivas3 considerando3 co2o de2onstra seu no2e3 4ue
a li1ertação do 2undo de todas as cala2idades e de todas as opresses depende
da %iBncia3 4ue deve se tornar ativa3 sair de sua 0torre de 2ar>i263 de seus
la1oratHrios e 1i1liotecas3 para se lançar3 ar2ada das Elti2as con4uistas das
ciBncias eCatas3 na luta por u2 destino 2elhor para a totalidade dos ho2ens#
Para alcançar
precisaria e>etiva2ente
recorrer ao princípio essa direção
dos grupos cientí>ica para
operacionais dos aassuntos hu2anos3
Paz3 e2 analogia
co2 o 4ue >oi realizado pelos ingleses3 durante a segunda guerra 2undial# $sse
>ato é pouco conhecido e vale a pena ser relatado#
a1e;se 4ue3 e2 certo 2o2ento da guerra3 as destruiçes por torpedea2ento3 e
e>etuadas por su12arinos3 das unidades co21oiadas 4ue a1astecia2 a @nglaterra3
>ora2 de tal a2plitude 4ue a curva de suas perdas in4uietava os governantes3
pois via2 aproCi2ar;se o 2o2ento e2 4ue não poderia2 continuar a luta# Apesar
de toda a técnica e todo o devota2ento3 os 2arinheiros especializados nesses
pro1le2as de co21oios não conseguia2 2odi>icar o rit2o das perdas# 'oi então
4ue os governantes ingleses cu*o sangue >rio e o espírito prag2?tico3 nessas
tr?gicas circunstOncias3 é digno de ad2iração pensara2 o seguinte" 0J? 4ue os
especialistas3 os técnicos3 nada consegue23 diri*a2o;nos 4ueles cu*o *ulga2ento
nos inspira con>iança" a ho2ens de ciBncia poré2 estranhos ao pro1le2a e 4ue o
olharão por u2 novo Ongulo6#
'oi aos 1iologistas 4ue eles recorrera2 para resolver essa 4uestão vital#
%o2eçara2 a4ueles3 antes de tudo3 por se in>or2ar *unto aos técnicos e 4uando
tinha2 recolhido toda a docu2entação necess?ria concernente con>iguração
dos co21oios3 o rit2o das destruiçes3 etc#3 tratara2 o pro1le2a co2o se >osse
1iolHgico3 elevando;o do plano técnico para o plano especulativo3 especi>ica2ente
cientí>ico# endo o co21oio se2elhante a u2a col-nia celular3 a2eaçada por u2
agente tHCico .torpedea2ento su12arino/3 tratava;se de encontrar a con>iguração
a dar ao co21oio para 4ue3 não sendo acrescida sua super>ície sensível e3 e2
conse4UBncia3 per2anecendo3 se2 2odi>icação3 o tra1alho dos navios 4ue
protege2 o co21oio3 a concentração e2 navios protegidos >osse
consideravel2ente au2entada# Propusera2 u2a certa con>iguração3 u2a certa
estrutura de acordo co2 o 1o2 senso3 a lHgica e os ensina2entos eCtraídos das
o1servaçes 1iolHgicas e >ora2 encarregados de o1servar sua aplicação#
D resultado é 4ue3 e2 7L dias3 as perdas dos co21oios estava2 reduzidas de
L=#
Ds ingleses cha2ara2 grupos operacionais a essas co2isses3 co2postas de
técnicos e ho2ens de ciBncia3 2ulto >re4Uente2ente estranhos s 4uestes a
resolver# $sses grupos operacionais dese2penhara2 u2 grande papel na
conduta técnica da guerra e outro ainda 2ais a2plo3 pois a guerra não apresenta
apenas pro1le2as de localização e >aze2os a4ui alusão ao eCtraordin?rio
sucesso do radar ou de destruição3 2as3 ta21é2 4uestes de conservação e
proteção de vidas hu2anas3 de higiene3 de ali2entação3 de proteção de casas e
esta1eleci2entos de toda espécie#
$2 toda parte3
2ostrara2;se parae>icazes#
Hrgãos todos esses pro1le2as3 esses grupos operacionais
Dra3 é interessante
grupos3 registrar
depois do >i2 4ue tendera2
da guerra3 2uitos ele2entos
a unir;se3pertencentes a estes
a organizar;se cinco
e2 escala
2undial3 criando organizaçes nacionais no seio desses grupos e con>ederando;
os3 e2 seguida3 e2 unies 2undiais# Assi23 se >or2ara2 a 'ederação
@nternacional das Mulheres (e2ocr?ticas co2 Q= 2ilhes de 2e21ros3 a
'ederação indical Mundial .:L 2ilhes de tra1alhadores sindicalizados/3 a
'ederação Mundial da Juventude (e2ocr?tica .9L 2ilhes/ e3 >inal2ente3 as
'ederaçes @nternacionais dos Pro>essores Pri2?rios3 dos universit?rios3 dos
intelectuais3 dos artistas e das >orças culturais e2 geral# Ds Elti2os grupos não
estão ainda tão centralizados co2o os trBs pri2eiros3 2as as tendBncias para se
>undire2 estão 1astante desenvolvidas ta21é2 entre eles#
A idéia3 estudada e propagada3 pela %D'DR%$3 nas suas duas con>erBncias
internacionais e e2 todas as suas pu1licaçes3 con>erBncias e cartazes3 era
precisa2ente esti2ular u2a *unção dessas grandes >ederaçes3 4ue conta2 co2
dezenas de 2ilhes de 2e21ros3 tendo e2 vista u2a ação co2u2 e3 portanto3
e>iciente3 pela paz# A razão3 o>erecida pela %D'DR%$3 era 4ue3 se se consegue
essa *unção3 u2 1loco de L== 2ilhes de ho2ens e 2ulheres unidos e
organizados se >or2aria para se opor3 resoluta2ente3 loucura de u2a nova
guerra5 os governantes de todos os países seria2 o1rigados3 então3 a re>letir e
não se arriscar na aventura" u2a propaganda dentro dessa orientação deveria ser
lançada por esse 1loco# A idéia >oi to2ada e realizada através da constituição3 no
Pri2eiro %ongresso de Paris3 e2 78983 do %o2itB Mundial dos Partid?rios da Paz3
pela coleta de assinaturas para o Apelo de $stocol2o3 desse %o2itB3 e pelos
%ongressos Mundiais posteriores# $sse %o2itB deveria ter3 e2 seguida3 a tare>a
de atrair3 para sua Hr1ita3 o 2aior nE2ero de organizaçes interessadas e2
co21ater o perigo da guerra3 4uais4uer 4ue >osse2 as coloraçes políticas3
religiosas3 culturais# 'inal2ente3 reunir todos os 4ue dese*a2 so1reviver3 4ue não
4uere2 ser conduzidos3 co2o u2 re1anho3 ao 2assacre tão estEpido 4uanto
cri2inoso#
A etapa seguinte3 encarada pela %D'DR%$ no seu progra2a;reco2endação3 é
a luta por u2a nova estrutura do 2undo3 econo2ica2ente 2ais racional e
social2ente 2ais *usta5 por isso 2es2o3 2ais est?vel3 e 4ue seria capaz de
trans>or2?;lo3 garantindo aos cidadãos de todos os países o 1e2;estar e3 e2
conse4UBncia3 u2a vida pací>ica3 har2oniosa e >eliz# Não se trata de utopia" a
ciBncia e a técnica3 o est?gio de nossos conheci2entos e o grau de nossas
possi1ilidades e>etivas nos assegura2 sua via1ilidade# Atingir esse o1*etivo seria
ta21é2 a 2elhor segurança3 2ais e>iciente do 4ue todos os tratados de paz3 para
li4uidar as guerras3 pois a paz não pode ser si2ples2ente decretada" toda a
histHria nos 2ostra 4ue 4ue2 dese*a >azer a guerra te2 apenas 4ue rasgar u2
tratado a verdadeira paz se instala auto2atica2ente3 u2a vez as 4uestes
econ-2icas e sociais resolvidas e2 escala 2undial e as tenses de interesse
canalizadas e apaziguadas#
$ntre os pro1le2as da organização racional do 2undo >uturo3 coloca;se3 e2
pri2eiro lugar3 o de sua estrutura# Tendo e2 vista o car?ter universal da ciBncia e
das realizaçes técnicas 4ue atua2 no sentido da uni>icação do 2undo3 é claro
4ue a solução desse pro1le2a reside na instituição de u2a %on>ederação Mundial
dos Povos# As principais razes 4ue 2ilita2 e2 >avor desse Mundo nido >ora2
1e2 de>inidas no conhecido livro de $2er+ Reeves .7I</ \Anato2ie de la PaiC#
J? eCiste3 a esse respeito3 u2a a1undante literatura e até pro*etos 2inuciosos e
concretos3 concernentes s >unçes de diversos organis2os indispens?veis a
essa instituição# 2 pro*eto desse gBnero3 1astante avançado3 >oi ela1orado por
u2 grupo de s?1ios dos $$# so1 a direção de M# Futchins3 da niversidade de
%hicago#
@ndica2os a4ui apenas u2a idéia principal3 re>erente a esse pro1le2a e nascida
no seio da %D'DR%$ .>ig 78/ Pensa2os 4ue o Hrgão supre2o da %on>ederação
Mundial dos Povos3 sua Asse21léia Geral3 deveria ser constituída por trBs
categorias de representantes3 4ue corresponderia2 aos trBs ele2entos essenciais
e2 sua estrutura" o ele2ento geogr?>ico nacional3 o de interesses hu2anos gerais
e o da cultura# D pri2eiro co2preenderia os representantes dos $stados nacionais
é o Enico ele2ento 4ue co2pe a DN atual seria2 os 2andat?rios dos
governos e talvez ta21é2 dos Parla2entos" sua tare>a seria so1retudo contri1uir
para a solução das 4uestes econ-2icas e políticas nacionais no 4uadro 2undial#
D segundo ele2ento seria constituído pelos representantes dos grandes grupos
>uncionais3 as con>ederaçes 2undiais3 de 4ue >ala2os aci2a5 o o1*etivo da ação
dessa categoria de representantes seria so1retudo a salvaguarda dos interesses
de orde2 social# $n>i23 o terceiro ele2ento se co2poria de personalidades
verdadeira2ente e2inentes de nosso te2po3 no do2ínio das atividades culturais"
s?1ios3 escritores3 artistas3 2édicos3 técnicos3 etc#3 4ue teria2 co2o tare>a
de>ender os interesses da cultura hu2ana# D1*etara;se 4ue a presença3 no
parla2ento 2undial3 desse Elti2o grupo de pessoas estaria e2 contradição co2 o
princípio de2ocr?tico3 segundo o 4ual u2 organis2o de representação coletiva
não deveria conter senão os eleitos3 2andat?rios das coletividades de orde2
in>erior# A essa o1*eção3 respondere2os 4ue se trataria3 no Elti2o caso3 ta21é2
de representantes de coletividades3 2as3 co2 u2a di>erença essencial" en4uanto
nos dois pri2eiros casos3 haveria representantes de coletividades eCistentes no
espaço3 no terceiro3 os representantes seria2 de coletividades eCistentes no
te2po5 u2 $instein não é apenas u2a grande personalidade3 2as3 ta21é23 a
síntese de u2a plBiade de grandes s?1ios 4ue o precedera2 e 4ue >or2ara2 sua
visão cultural3 no
u2a con4uista da4ue respeita
cultura eCpressão
hu2ana# (a 2es2a da continuidade das idéias
>or2a3 por eCe2plo3 u2cientí>icas
Gandhi o
Elti2o elo dos grandes 2oralistas e o 2es2o co2 relação aos grandes 2Esicos3
pintores3 engenheiros3 >ilHso>os3 etc# (ir;se;ia3 talvez3 4ue a di>iculdade estaria e2
deter2inar 4ue2 poderia ser considerado u2 0grande ho2e26 e3 co2o tal3
2andat?rio no aerHpago 2undial# $ssa é u2a 4uestão de por2enor técnico3
dese*a2os indicar a4ui apenas o princípio essencial# Nesse caso3 so2ente o
parla2ento 2undial poderia ser u2 verdadeiro centro onde todos os interesses
hu2anos encontraria2 sua eCpressão e integração3 o 4ue garantiria u2a
co2pleta har2onia de todas as necessidades e de todas as aspiraçes das
coletividades hu2anas#
/ig= 9?
$s4ue2a estrutural de %D'DR%$ para a estrutura do $stado 'ederal Mundial#
P23 Asse21léia egislativa Mundial5 G2#3 Governo Mundial5 $2#3 %onselho
'ederal Mundial5 $n3 $stados Nacionais5 r$3 representantes das $stados .atual
DN/5 G>3 grupos >uncionais5 7# 2ulheres .>e22es/5 t3 tra1alhadores5 73
intelectuais .>orças culturais/5 e3 educadores5 *3 *uventude5 c#o#n#i#3 con>ederaçes
das organizaçes intelectuais nacionais5 r>3 representantes dos grupos >uncionais5
ec3 elites culturais5 re3 representantes das elites culturais .os grandes ho2ens/# A
estrutura de u2a con>ederação das organizaçes intelectuais nacionais é indicada
a1aiCo do es4ue2a5 c3 con>ederação5 >3 >ederaçes5 A;P###3 associaçes >ederadas#
2 outro grande pro1le2a da segunda etapa da construção do Mundo Novo é o
da solução >eliz do pro1le2a econ-2ico e social# A4uelas consideradas pela
%D'DR%$ dirige2;se na direção da descentralização e do
descongestiona2ento dos centros da produção# Todos esses pro1le2as
encontrara2 sua eCpressão nas concluses da <# %on>erBncia internacional de
%D'DR%$# $is as 4ue se relaciona2 co2 a econo2ia racional e a *ustiça
social#
Resolução <L A produção3 a distri1uição e o consu2o deve2 ser estudados e2
>unção das necessidades hu2anas e não da troca 1aseada no lucro3 4ue
caracteriza o regi2e capitalista# $2 conse4UBncia3 2edidas para u2 acrésci2o de
produção e u2a repartição 2ais e4Uitativa se i2pe2 co2o pri2eiras
providBncias concretas no plano da econo2ia 2undial# 2a política de con*unto3
para a produção agrícola e sua divisão entre as naçes3 capaz de erguer o nível
ali2entar 2édio surge e2 pri2eira linha3 %o2o tare>as posteriores3 deveria2 ser
eCa2inadas" a in>or2ação3 a di>usão e3 na proporção de sua eCpansão3 o estudo
de todas as 2edidas positivas a sere2 to2adas para o levanta2ento do nível de
vida 2édio 2undial#
<Z Ao estatis2o tecnocrata3 4ue degrada o ho2e23 u2a vez 4ue reduz sua
responsa1ilidade social3 %D'DR%$ ope as soluçes cooperativas3 sindicalistas
edaco2unit?rias e o princípio >ederalista3 para coordenar as atividades econ-2icas
sociedade hu2ana#
<: &aseando;se3 e2 conse4UBncia3 na necessidade de organizar as
coletividades e2 ter2os hu2anos3 ao 2es2o te2po3 e>icazes3 u2a
descentralização das instituiçes ad2inistrativas3 a introdução do princípio
>ederalista3 e2 todos os do2ínios e e2 todos os escales3 assi2 co2o a luta
contra a 1urocracia3 se i2pe2 i2periosa2ente#
<Q %onsiderando 4ue a vida econ-2ica dos povos não se pode desenvolver ao
acaso e deve ser regulada segundo os princípios de u2a plani>icação das açes e
recursos3 %D'DR%$ *ulga 4ue essa plani>icação não est? necessaria2ente
ligada a u2a eCcessiva centralização3 contr?ria plena realização do indivíduo3
2as pode ser realizada co2 a conservação da estrutura econ-2ica 1aseada no
princípio do cooperativis2o3 associando;a ao princípio >ederalista#
<8 Tendo e2 vista os eCtraordin?rios progressos da ciBncia e da técnica3
tornando possível a instauração de u2 regi2e de a1undOncia inco2patível co2 os
princípios do siste2a de lucro capitalista3 %D'DR%$ declara a necessidade de
estudar3 se2 de2ora e de to2ar 2edidas tendentes passage23 tanto 4uanto
possível se2 pertur1açes violentas3 da econo2ia atual3 4ue conduz destruição
u2a parte da produção e2 1ene>ício dos eCploradores3 a u2a orde2 de coisas
4ue assegure o 1e2;estar de todos e a *ustiça social e cogite3 desde *?3 da
revogação de todas as leis tendentes a restringir a produção3 4ue ainda
per2anece2 e2 vigor#
I= %D'DR%$ considera 4ue a tendBncia para os lazeres 2ais prolongados3
*udiciosa2ente conduzidos co2 >inalidades culturais3 é o 2elhor estí2ulo para o
tra1alho3 su1stituindo o princípio da eCploração do ho2e2 pelo sal?rio3 4ue
caracteriza o regi2e capitalista#
I7 %D'DR%$ considera 4ue u2a organização cientí>ica do tra1alho é a
garantia de e>ic?cia e 4ue deve >ir2ar;se não so2ente e2 disposiçes técnicas
per>eitas e no e2prego dos 2étodos psicotécnicos de seleção dos indivíduos 2ais
aptos para cada espécie de tra1alho3 2as3 ta21é23 no >ator 0entusias2o pelo
tra1alho6 4ue deve ser despertado nos tra1alhadores3 li1ertando seu psi4uis2o do
senti2ento de opressão pela vontade de eCploração de outre2#
I< Tendo e2 vista 4ue3 para a e>ic?cia do tra1alho produtivo3 >onte do 1e2;estar3
a disciplina representa u2 >ator de i2portOncia capital3 %D'DR%$ entende 4ue
não é por u2a disciplina i2posta pela coerção 4ue se alcançaria esse >i23 2as3
por u2a disciplina consentida3 1aseada na li1erdade e no senti2ento da dignidade
hu2ana#
II As eCigBncias 1iolHgicas do ho2e2 não pode2 continuar su12etidas s
variaçes >antasistas das antigas 2oedas# A 2oeda de consu2o do a2anhã não
ser? 2ais u2 instru2ento de troca3 ne2 u2a 2edida do lucro3 tal co2o a
conhece2os# u2 instru2ento de consu2o 4ue assegura ao ho2e2 u2a parte
da produção glo1al con>iada ao seu livre ar1ítrio de consu2idor# $ssa parte
constituir? o direito de consu2ir tão larga2ente e tão *usta2ente 4uanto per2itir a
produção hu2ana3 cientí>ica3 organizada no sentido de sua eCtensão e li1ertada
do estrangula2ento do 2ercado#
I9 %D'DR%$ *ulga 4ue a eCploração das ri4uezas naturais da terra deve ser
garantida a todos os povos3 segundo suas necessidades naturais3 e2 har2onia
co2 os princípios >iCados pelo $stado 'ederal Mundial#
IL 2a vez 4ue o pro1le2a da ali2entação te2 pri2azia no plano da eCistBncia
1iolHgica
eCecutivose deter2ina a econo2ia3
para o Drgão %D'DR%$
2undial reivindica a.'A=/3
de a1asteci2ento atri1uição
4ue de poderes
deve ser
considerado co2o o pri2eiro organis2o econ-2ico concreto3 prelEdio do $stado
'ederal Mundial#
Nas resoluçes <Z;<Q3 aci2a citadas3 vi2os 4ue as soluçes econ-2icas e
sociais propostas condena2 a atual tendBncia de >or2ação de $stados;gigantes e
de centralizar a produção3 a distri1uição e a ad2inistração e2 entidades 4ue
envolve2 o destino de dezenas e até de centenas de 2ilhes de seres hu2anos#
$ssa tendBncia conduz3 >atal2ente3 >or2ação de $stados 0diretoriais6 de 4ue
>ala &urnha2 .<</# Poder;se;ia dizer 4ue tal $stado é o produto de u2a espécie
de acro2egalia social3 u2 estado doentio3 conhecido na patologia individual
hu2ana e 4ue leva ao gigantis2o3 caracterizada por u2a desar2onia de >unçes
e cresci2ento" a secreção de u2a glOndula é hipertro>iada3 ao passo 4ue outras
são atro>iadas#
%ondena2os essa tendBncia3 1aseando;nos3 so1retudo3 na eCistBncia de u2a
in>luBncia negativa de u2 tal gigantis2o no psi4uis2o hu2ano# >atal 4ue3
nesses $stados;2onstros3 a li1erdade dos cidadãos se*a 2enosprezada" torna2;
se3 inelutavel2ente3 ro1-s# $ o 2es2o >en-2eno se o1serva na produção
2oderna" u2 tra1alhador de u2a usina gigante3 tra1alhando e2 cadeia3 é
psi4uica2ente degradado" seu interesse pelo tra1alho3 4ue ele é o1rigado a
realizar3 desaparece3 o senti2ento de responsa1ilidade di2inui e até se eCtingue
total2ente3 tra1alha eCclusiva2ente so1 a pressão do 2edo de perder seu ganha;
pão# Auto2atizado3 é lHgico 4ue a li1erdade não 2ais se encontre nessas
e2presas e nesses $stados 2onstros diretoriais e 4ue as 2assas hu2anas3
nessas condiçes3 se torne2 >acil2ente a presa da violação psí4uica e dos
arre1ata2entos greg?rios" psicoses de 2assas#
D Enico re2édio para esse >atal estado de coisas3 do ponto de vista social e
psí4uico3 reside na 2icrossocialização3 na descentralização3 na constituição de
pe4uenas entidades sociais e produtoras3 co2o são as cooperativas3 pois u2
2elhor >uturo para a hu2anidade est? condicionado luta por u2 estado psí4uico
sadio e seguro3 4ue eli2inaria os >lagelos da sociedade hu2ana o cri2e e a
loucura#
Nas 2icrossociedades3 a 2entalidade 4ue caracteriza os estados de 2ultidão te2
2enos possi1ilidade de se >ir2ar3 a e21riaguez greg?ria suporta3 co2 2ais
>acilidade3 u2a su1li2ação3 a psicagogia su1stitui a violação psí4uica3 as relaçes
hu2anas são 2ais >ir2es# Gasser X98<Y vB3 no retorno co2una3 a 2enor célula
política e social3 a salvação3 o Enico re2édio contra os dissa1ores políticos de
nosso te2po# $ssa é3 co2 e>eito3 a a21iBncia e2 4ue o ho2e2 social possui
ainda possi1ilidade direta de se orientar >acil2ente no *ogo dos >atores 4ue
deter2ina2 a situação3 de participar3 ativa2ente3 dascon>ia
açesa para do2in?;las e de
conhecer e *ulgar pessoal2ente os ho2ens a 4ue2 direção dos negHcios
4ue condiciona2 seu destino#
2a pe4uena o1ra de Maucorps .7=</ so1re a psicologia dos 2ovi2entos sociais
d? u2a apreciação concisa e clara das tendBncias sociolHgicas 2odernas 4ue
a1range23 de u2 lado3 as 1ases psicolHgicas do co2porta2ento social3 as
crenças e as atitudes3 a opinião pE1lica3 a persuasão e a propaganda3 e3 de outro3
as técnicas sociolHgicas e as relaçes do indivíduo e do grupo# u2a verdadeira
sociologia eCperi2ental 4ue se pro*eta# Ds estudos 2icrossociolHgicos de &urcitch
.Z8/ e os 2étodos sociolHgicos de Moreno .7=:/ o>erece2 u2a 1ase sHlida e
apreci?vel para a realização da re>or2a capital da sociedade hu2ana3 de 4ue
trata2os a4ui3 e 4ue se i2pe i2periosa2ente co2o u2a verdadeira
socioterapButica#
%o2 a 1o21a de Firoshi2a3 o 2undo entrou nu2a nova era a eCploração da
grande desco1erta da desintegração at-2ica# $spere2os 4ue seu lado negativo
o e2prego para >ins 1élicos aca1e por ser a1olido e ceda lugar aos 1ene>ícios
4ue deve2 decorrer desse prodigioso achado#
2a vez 4ue >aze2os a4ui u2a r?pida apreciação dos principais >atores de 4ue
depende a construção do Mundo Novo3 acredita2os Etil relacionar alguns dados a
respeito da utilização da energia nuclear3 co2o se apresenta na hora atual#
%olhe2os esses dados na con>erBncia de M# &ertrand Goldsch2idt .Z9/ so1re as
conse4UBncias da desco1erta da energia at-2ica3 >eita no %entro $uropeu da
'undação %arnegie para a Paz @nternacional3 e2 a1ril de 7898#
razo?vel acreditar 4ue3 so2ente da4ui a I= anos ou a 2eio século3 a energia
at-2ica vir? reunir;se3
energia utiliz?vel de 2aneira
e co2eçar? 2es2opr?tica3 s principais
a suplantar >ontes
o carvão# conhecidasdade
A esperança
produção de co21ustíveis nucleares 1aseia;se no >ato de 4ue se apresenta2
co2o sendo 2ilhes de vezes 2ais e>icazes3 e2 igual peso3 4ue o carvão#
di>ícil ter u2a visão >utura do 4ue ser? u2a civilização e2 4ue a energia at-2ica
atingir? seu pleno desenvolvi2ento# D e2prego de u2 co21ustível 4ue3 co2 igual
produção de energia3 pese trBs 2ilhes de vezes 2enos do 4ue o carvão não
pode deiCar de provocar certas pertur1açes# A possi1ilidade de tornar ha1it?veis
e eCplor?veis novas regies do glo1o é u2 dos aspectos 2ais i2pressionantes3
assi2 co2o a de construir >oguetes interplanet?rios3 graças a esses novos
co21ustíveis3 deve ser ta21é2 encarada3 da 2es2a >or2a 4ue navios e grandes
avies 2ovidos pela energia at-2ica#
A aplicação dos corpos radioativos arti>iciais >or2ados nu2a pilha at-2ica de
1aiCa potBncia assu2e3 atual2ente3 u2a grande i2portOncia3 nos variados
do2ínios da técnica e da ciBncia3 e2 particular na 1iologia e na 2edicina# Ds
isHtopos radioativos de todos os ele2entos conhecidos pode2 ter duas utilizaçes
di>erentes" l pode2 servir de ele2entos assinalados ou 2arcados3 per2itindo3
graças sua radioatividade3 o1serv?;los no estado de traços i2ponder?veis5 <
os radioele2entos pode2 ser utilizados co2o >ontes de irradiação e servir nas
aplicaçes radioterapButicas# Pode;se dizer 4ue os ele2entos 2arcados
radioativos representa23 provavel2ente3 o 2ais poderoso instru2ento de
pes4uisa depois da invenção do 2icroscHpio#
Nu2erosas pes4uisas estão e2 curso para aco2panhar o co2porta2ento de
corpos Eteis e2 traços no organis2o3 co2o as vita2inas e os hor2-nios5 da
2es2a >or2a3 no estudo da circulação do sangue3 per2itindo3 na gangrena3
deli2itar co2 eCatidão as partes atacadas5 o radio>Hs>oro pode ser >iCado ao 1acilo
de ^och e estudos so1re a tu1erculose estão e2 anda2ento# A ação destrutiva
so1re as células 1iolHgicas da irradiação dos radioele2entos per2ite esperar sua
utilização cada vez 2ais di>undida nas doenças e2 4ue as células se 2ultiplica2
2uito rapida2ente3 e2 particular o cOncer#
A aplicação dos ele2entos 2arcados não se li2ita 1iologia" vastos horizontes
a1re2;se para eles ta21é2 na indEstria#
2a das características 2ais not?veis de nossa época é a tendBncia 4ue se
2ani>esta3 e2 todos os do2ínios da vida pr?tica3 no sentido de racionalizar o
tra1alho3 de torn?;lo 2ais e>iciente e 2enos penoso# Pode;se seguir essa
tendBncia3 desde os pri2Hrdios da civilização# $sse processo acentuou;se3
notada2ente3 nos >ins do século passado e co2eço deste# Na histHria desse
2ovi2ento3 assinala2;se trBs etapas 4ue se pode localizar e2 trBs >ocos distintos#
$ssa evolução se desloca na direção Deste;este#
A pri2eira etapa situa;se nos $stados nidos3 no >i2 do século precedente3 e2
4ue o grande re>or2ador dos 2étodos de tra1alho3 '# W# Ta+lor e sua escola3
ela1orara2 e realizara2 as leis de u2a organização cientí>ica do tra1alho# $ssa
etapa caracteriza;se pela preponderOncia das re>or2as do lado técnico" por u2a
disposição racional dos ele2entos do tra1alho na produção3 eleva;se
sensivel2ente seu rendi2ento# Mas3 o ho2e2 não é aí considerado senão co2o
u2 acessHrio da 2?4uina e tratado co2o tal" o 2ovi2ento não chega a >azer o
tra1alhador >eliz3 o 4ue não é possível atingir3 se o ho2e2 se torna escravo da
2?4uina#
Ds 2étodos a2ericanos3 i2portados pela $uropa3 não encontrava2 eco nos
2eios oper?rios5 ao contr?rio3 a classe tra1alhadora se insurgiu contra sua
aplicação na $uropa 2ais evoluída 3 do ponto de vista social3 4ue o Novo Mundo3
estrutural2ente capitalista# (eve;se assinalar u2a 2udança de atitude dos
oper?rios3 depois da pri2eira guerra 2undial# Na Ale2anha3 so1retu do3 as idéias
de Ta+lor se propagara23 poré2 ligadas a u2 novo ele2ento 2ais con>or2e co2
as tradiçes sociais européias" a consideração ao >ator hu2ano# A $uropa3
especial2ente a Ale2anha3 torna;se o segundo >oco3 a segunda etapa da
evolução da organizacão cientí>ica do tra1alho# $2 relação co2 esse >ato3
aparece23 então3 institutos e2 4ue se estuda o >ator hu2ano3 co2o u2a
deter2inante no processo de tra1alho# 2a nova ciBncia3 a psicotécnica3
desenvolve;se3 escritHrios de eCa2es de aptides para o tra1alho3 escolas para os
1e2 dotados3 centros de orientação pro>issional são a1ertos e2 grande nE2ero#
D slogan 4ue se di>unde então é" 0The right 2an on the right place6# X98IY
Mas3 pouco a pouco3 vozes se levanta23 estudos aparece23 u2a violenta crítica
entre os prHprios psicotécnicos se >az sentir5 a 4uestão não est? resolvida#
>orçoso constatar 4ue3 2uito e21ora cada tra1alhador este*a e2 seu verdadeiro
lugar3 seu tra1alho não d? o rendi2ento esperado3 se ele não eCperi2enta alegria
no tra1alho3 não se sente dono de si 2es2o3 de seu tra1alho3 de seu destino#
Poré23 a idéia se propagou 2ais longe3 para o este# Na REssia oviética3 os
2étodos de racionalização ta+lorianos e da psicotécnica penetrara2 e caíra2 nu2
solo >értil para sua >ecunda aplicação# l? 4ue a idéia da organização cientí>ica do
tra1alho se >ir2a solida2ente e o>erece resultados surpreendentes na produção
industrial3 na agricultura3 nas co2unicaçes3 etc# 2 2ovi2ento autHctone3 4ue
procura au2entar o rendi2ento e conhecido so1 o no2e de sta!hanovis2o3 se
desenvolve# ? é 4ue se >iCa o terceiro centro e se localiza a terceira etapa da
organização cientí>ica do tra1alho# A razão est? e2 4ue3 nesse país3 veri>icara2;
se condiçes 4ue per2ite23 ao 2ovi2ento da racionalização do tra1alho3
encontrar a solução de>initiva de suas aspiraçes" é a alegria no tra1alho o
terceiro >ator 4ue3 ao lado da organização técnica e da psicotécnica3 pode atuar#
D oper?rio te23 en>i23 o senti2ento de tra1alhar para si 2es2o3 para seu $stado3
de ser dono de seu destino#
$ssa histHria das trBs etapas da racionalização do tra1alho nos 2ostra clara2ente
4ue3 nesse do2ínio3 os >atores psicolHgicos tB23 ta21é23 u2 papel decisivo a
dese2penhar# $3 co2o a solução do pro1le2a do tra1alho est? estreita2ente
ligado política3 co2preende;se 4ue as repercusses da propaganda política na
psicologia das 2assas oper?rias são to2adas e2 consideração pelos políticos3
pelos líderes avisados# Mas3 pode;se dizer 4ue a co2preensão da i2portOncia
desses >atores data relativa2ente de pouco te2po# D capitalis2o cl?ssico3 4ue
considerava o oper?rio 4uase co2o parte da 2?4uina3 não cuidava de sua
psicologia" o tra1alhador industrial3 especial2ente nos $stados nidos3 não
interessava ao e2pres?rio senão do ponto de vista de seu rendi2ento e3 u2a vez
gasta sua >orça de produção3 por u2a espécie de s)eating;s+ste2
o2ente na.2étodo
de
>azer suar/ era lançado >ora co2o u2 li2ão espre2ido# $uropa de
apHs guerra é 4ue se p-de ver 2ais claro e especial2ente depois 4ue os estudos
psicolHgicos >ora2 postos e2 relevo e2 todos os do2ínios3 e2 4ue se tratava de
co2preender o co2porta2ento dos ho2ens# %hegou;se conclusão de 4ue o
tra1alho 4ue visa apenas a o1ter u2 produto palp?vel não te2 sentido para o
oper?rio" no prHprio processo de tra1alho3 as suas necessidades a>etivas
per2anece23 na 2aior parte3 insatis>eitas3 o 4ue representa u2 handicap na sua
econo2ia psí4uica#
D grande erro de MarC >oi precisa2ente o de não ter considerado esse >ator
psí4uico# verdade 4ue3 na sua época3 a psicologia cientí>ica não havia atingido
ainda3 2es2o de longe3 o desenvolvi2ento atual3 especial2ente depois do
advento da psicologia o1*etiva3 1aseada nas desco1ertas de Pavlov# Para MarC3 o
tra1alho era condicionado pela 2iséria e pelas necessidades eCteriores e a
li1erdade co2eçava onde o tra1alho ter2inava# Rei)ald .7I=/ X989Y ope;lhe a
idéia de 4ue 0a verdadeira li1erdade se encontra onde o tra1alho é >eito de 1o2
grado3 por4ue aparece ao tra1alhador cheio de signi>icação3 proporcionando;lhe
u2 prazer6# A atividade é3 para o ho2e2 de ho*e u2a necessidade psicolHgica3
portanto >isiolHgica# A pulsão agressiva3 segundo Rei)ald3 é trans>or2ado3
canalizado e2 co2porta2ento de tra1alho3 co21inando;se co2 ele2entos
a>etivos3 isto é3 co2 a pulsão n I3 segundo entende2os# %aracteriza so1retudo
as populaçes 1rancas dos países nHrdicos#
egundo MarC3 a condição essencial para 4ue o es>orço hu2ano atin*a sua
>inalidade prHpria3 4ue proporciona satis>ação e senti2ento de li1erdade3 seria a
di2inuição das horas de tra1alho# Rei)ald te2 inteira razão3 opondo a MarC a
idéia de 4ue 0ne2 a di2inuição do prHprio tra1alho3 ne2 o au2ento de sal?rio3
ne2 u2 >i2 patriHtico3 religioso ou social 1asta2 para su1stituir a pulsão a>etiva
4ue pode e deve provir do prHprio processo de tra1alho6# so1retudo o tra1alho
coletivo te2 condiçes de proporcionar a satis>ação psí4uica# D >ato de 4uerer
atingir o 2es2o o1*etivo esti2ula3 au2enta o rendi2ento e a intensidade da
satis>ação# Rei)ald .7I=/ X98LY aponta co2o eCe2plo o tra1alho do 2arinheiro
4ue ad4uire3 >re4Uente2ente3 u2a relação pessoal co2 seu navio3 apesar das
di>iculdades dos a>azeres do 2ar# D laço a>etivo pode tornar;se de tal >or2a >orte
4ue o navio3 a >?1rica ou a 2ina pode2 assu2ir o car?ter de u2 >etiche# $ não
são3 nesse caso3 apenas o capitão3 o e2pres?rio ou o diretor da 2ina 4ue
dese2penha2 o papel de líder3 2as3 ta21 é23 o navio3 a >?1rica e a 2ina# Pode;
se 2es2o deter2inar o1*etiva2ente3 o cresci2ento da intensidade a>etiva3
2edindo3 por 2eio de dina2-2etro3 o rendi2ento do tra1alho do oper?rio# $sses
laços desaparece2 siste2atica2ente3 co2 o advento do tra1alho ta+lorizado3
2as3 o ho2e2 não pode privar;se disso na sua vida e no seu tra1alho5 no do2ínio
do tra1alho3 o ditado popular 0ne2 sH de pão vive o ho2e26 *usti>ica;se
plena2ente# VB;se 4ue isso se realiza3 na tendBncia de todo oper?rio para ter3 ao
lado de seu dever pro>issional3 u2a 0ha1ilidade63 sua 02ania63 so1 >or2a de
pe4uenos serviços3 de ocupaçes pessoais acessHrias3 do do2ínio artístico3
2usical3 etc# A >utura psicologia das 2assas teria co2o tare>a3 segundo Rei)ald3
procurar3 inicial2ente3 as 1ases a>etivas do tra1alho coletivo5 e2 seguida3 estudar3
pelos 2eios psicotécnicos e3 para cada pro>issão3 os 2étodos racionais de
produção 2ais apropriados a preencher as necessidades a>etivas do tra1alhador5
e3 en>i23 encontrar3 e2 ligação estreita co2 a produção e a psicotécnica3 u2
e4uilí1rio entre as eCigBncias da utilidade pr?tica e as necessidades a>etivas do
ho2e2#
As idéias e as aplicaçes da organização cientí>ica do tra1alho servira2 de
esti2ulantes para o apareci2ento3 nos $stados nidos3 depois da pri2eira guerra
2undial3 de u2 2ovi2ento conhecido co2o tecnocracia# Grupos de engenheiros3
através de estudos analíticos e estatísticos dos >atos econ-2icos e técnicos3
esta1elecera2 4ue3 os progressos técnicos 2archando3 a passo cada vez 2ais
acelerado3 a 2ão;de;o1ra necess?ria decresceria e o dese2prego au2entaria de
2aneira alar2ante# o2ente u2a política econ-2ica total2ente re>or2ada
poderia evitar u2a cat?stro>e# egundo pensava23 a direção dos negHcios do
$stado deveria ser con>iada aos técnicos e toda a vida econ-2ica3 política e social
orientada e2 1ases cientí>icas# A idéia tecnocrat a não para aí3 2as3 desenvolve3
cada vez 2ais3 a 0tendBncia a regular os pro1le2as hu2anos3 sH levando e2
conta o 4ue é calcul?vel3 o 4ue é represent?vel e2 ci>ra e ressalta de o1servação
estatística6# Al1ert &éguin .7L/ de>ine 2uito 1e2 essa tendBncia e2 poucas
palavras" 0$Ciste3 no 2undo de ho*e3 u2a raça particular3 dispersa através das
naçes3 e2 ca2pos advers?rio s3 ativa nos partidos de es4uerda co2o de direita3
u2a raça positiva e 2ística3 oti2ista e desa1usada3 con4uistadora" a raça dos
tecnocratas# ão pessoas 4ue3 conce1endo para o Fo2e2 esperanças
des2esuradas e pro2etendo;lhe a posse total das energias >ísicas3 despreza2;no
e considera2;no *usta2ente destinado a ser instru2ento da realização do grande
plano de con4uista# $2 troca de u2a >elicidade talhada e2 2edida tão pe4uena
.a prHpria 2edida do desprezo/3 os ho2ens serão ad2itidos a servir cada u2
segundo o plano 2antido e2 segredo# Ds tecnocratas3 cu*a 2ística oculta se
2anté2 aci2a das >or2as e das idéias políticas3 pretende2 conduzir as
sociedades hu2anas3 se2 outra lei 4ue a da e>ic?cia cont?1il e da estatística
so1erana# Não deiCara2 de perce1er todo o interesse 4ue pode apresentar3 na
sua 2aneira particular de ver3 a utilização de 2?4uinas capazes de operar
4ual4uer c?lculo 2ais rapida2ente 4ue o cére1ro hu2ano3 e de acelerar a
su1ordinação de nossa espécie ao deus %i>ra# D 4ue *? tentava2 i2por por velhos
2étodos3 parecepor
decretos o1tidos agora 2ais prHCi2o
u2a 2?4uina da concretização
tB2 oportunidade e não
de eCercer u2aignora2 4ue
>ascinacão
2aior so1re espíritos h? 2uito inclinados a venerar a a1stração e a o1*etividade3 a
con>undi;los co2 a *usteza e a *ustiça6#
Muito recente2ente3 u2 2ate2?tico a2ericano3 Winer .7ZL/3 tirou concluses3 de
u2 lado3 da tendBncia tecnocrata e3 de outro3 dos progressos realizados na
técnica eletr-nica de teleco2unicaçes e das 2?4uinas aut-2atos# $sses
progressos dize2 respeito aos servo;2ecanis2os" são 2?4uinas 2odernas 4ue
não so2ente eCecuta2 2ovi2entos 2uito co2plicados3 2as3 capazes de assu2ir
>unçes de controle e de direção na eCecução das tare>as para 4ue são
construídas5 essas 2?4uinas su1stitue2 então o ho2e2 e2 algu2as de suas
>unçes 2entais3 aliviando seu tra1alho#
$sse novo do2ínio da técnica de organização rece1eu o no2e de %i1ernética .do
grego ^u1erno3 governar e ta21é2 !u1ernétes3 piloto de u2 navio5 por outro lado3
o 2ecanis2o regulador das 2?4uinas é cha2ado3 e2 inglBs3 governor/#
interessante 4ue *? Platão e2pregara essa palavra ci1ernética todavia no
sentido político de governo# Mais tarde3 A2p_re ta21é2 a utilizou igual2ente no
2es2o sentido# (entro desse espírito3 a idéia de u2a política cientí >ica 1aseada
nu2a 0>ísica social6 >oi eCposta ainda por Augusto %o2te#
Trata2os a4ui de u2a zoologia arti>icial3 segundo o no2e pitoresco dado a esse
4uarto reino3 o1ra do ho2e23 por u2 grande 2ecOnico# A %i1ernética nasceu da
con>luBncia de diversos ele2entos3 provenientes da >ísica3 das 2ate2?ticas3 da
>isiologia e da psicologia# %hauchard .I=/ designa;a 2es2o por 0psico>isiologia
co2parada6" u2 estudo do co2porta2ento co2 2ecanis2o 4ue o eCplica2 e as
propriedades psicolHgicas 4ue daí e2erge2 e acentua 4ue3 0co2 a a*uda de
circuitos eletr-nicos3 o gBnio hu2ano realizou estruturas 4ue apresenta2 u2a
grande analogia de >unciona2ento co2 as estruturas nervosas e não so2ente
nervosas ele2entares3 2as3 as cere1rais6# D prHprio Wiener o>erece3 segundo
Al1ert &éguin .7L/3 a seguinte característica dessas 2?4uinas" contB2
0organis2os produtores não de energia e2 ação3 2as de instruçes 4ue
co2anda2 o início da ação dessas energias6#
(essas servo;2?4uinas cite2os" a $niac3 a grande calculadora a2ericana3 4ue
pesa I= toneladas e conté2 7Q#=== tu1os eletr-nicos 4ue le21ra23 de certa
>or2a3 os neur-nios do cére1ro# A 2?4uina de ler para os cegos 4ue pode
es4ue2atizar e >azer a1straçes por seleção3 a 2?4uina de regular os tiros das
1aterias antiaéreas3 4ue aponta3 atira e corrige3 auto2atica2ente3 seus erros de
pontaria" ao contr?rio do antigo canhão3 4ue enviava o o1us3 4uando se apoiava
so1re a gaCeta3 ela 0a*usta por previsão das hipHteses3 levando e2 conta até a
livre vontade do piloto3 cu*as escolhas eventuais presu2e6# 0esse instru2ento é
2aravilhoso diz &éguin
e poder.7L/
pois parece dotado3 ao 2es2o te2po3 de
2e2Hria3 previsão de decisão3 até a4ui reservado iniciativa hu2ana6#
$2 seguida3 a 2?4uina de traduzir3 4ue reté2 o dicion?rio da língua 4ue se lhe
ensinou# Gre+ Walter construiu u2a tartaruga eletr-nica 4ue3 u2a vez esgotada
sua carga elétrica3 vai3 por si 2es2a3 na o1scuridade3 recarregar;se
auto2atica2ente# $n>i23 o ho2eostato de Ash1+ 4ue aprende a reagir e2
condiçes novas# Ash1+ pensa 4ue ser? possível construir u2 ro1- capaz de *ogar
Cadrez3 co2 a condição de 4ue se lhe >orneça2 as regras do *ogo#
D 4ue caracteriza ainda esses 2ecanis2os é u2a precisão a1soluta e u2a
rapidez de tra1alho3 algu2as dezenas de 2ilhares de vezes 2aior do 4ue a
nossa# u1stitui e4uipes de estatística3 de previsão e plani>icação 4ue
dese2penha2 u2a grande >unção nas >?1ricas gigantes#
Artigo 7 se
li1erdade DseCerce
ho2ense2nasce2
todos eosper2anece2 livres social
do2ínios3 >ísico3 e iguais
e e2 direitos# ua
intelectual# ua
igualdade se estende a todos os direitos3 civis3 políticos e econ-2icos#
Artigo < A >inalidade de toda organização social é a conservação e a realização
das direitos naturais e i2prescritíveis do ho2e2# D direito >unda2ental do ho2e2
é o direito vida3 independe de toda condição de idade3 seCo3 raça3 nacionalidade3
religião e deve ser reconhecido e realizado integral2ente e2 cada u2#
Artigo I D direito vida i2plica o direito i1erdade3 o direito Proteção3 o
direito aos 2eios de su1sistBncia3 o direito instrução e o direito ao repouso#
Artigo 9 D direito li1erdade i2plica o direito de poder >azer tudo o 4ue não
cause dano a outre23 não tendo a li1erdade de cada u2 outro li2ite senão a igual
li1erdade de todos os de2ais# $sses li2ites sH pode2 ser deter2inados pela lei#
condenação
pelas >or2asde
poru2
elaindivíduo senãoantes
esta1elecidas nos casos
do atoeCpressa2ente
incri2inado# previstos e2 lei e
Artigo Q D direito proteção veda3 so1 4ual4uer >or2a3 coletividade e indivíduo3
a eCploração do ho2e2 pelo ho2e2#
Artigo 8 D direito aos 2eios de vida i2plica3 para todo indivíduo3 o direito
segurança integral# (esde seu nasci2ento até a 2orte3 cada u2 deve ser
2aterial2ente protegido contra todos os riscos3 4ual4uer 4ue se*a a sua natureza3
pela instituição de garantias sociais3 >igurando3 e2 pri2eiro lugar3 u2 2íni2o vital
de eCistBncia#
Artigo 7= D direito instrução i2plica a igualdade de todas as crianças diante da
instrução nu2 regi2e de educação 4ue dB a cada u23 co2 u2a cultura geral
co2u23 os 2eios apropriados para per2itir o desenvolvi2ento de suas atividades
especiais e para elevar3 ao 2?Ci2o3 a eCpansão de suas >aculdades >ísicas3
intelectuais e 2orais#
Artigo 77 D direito ao repouso i2plica3 >ora do período eCigido para o
cu2pri2ento das tare>as sociais3 a organização desse repouso3 de 2aneira a
proporcionar a cada indivíduo o 2eio de dedicar livre2ente sua atividade3 de
acordo co2 sua escolha#
Artigo 7< D direito vida assi2 garantido a todos3 v?lidos e inv?lidos3 e
realizado por todos e2 todos os do2ínios e2 4ue se eCerce a atividade hu2ana3
traz3 e2 contrapartida3 da parte de todos os ho2ens v?lidos3 u2a contri1uição
coletividade3 so1 a >or2a de u2a >unção social# @nclui3 especial2ente3 para todo
indivíduo e2 condiçes de tra1alhar3 o cu2pri2ento de u2a tare>a cu*a 4ualidade
e natureza serão deter2inadas para cada u23 segundo as aptides individuais e
as necessidades coletivas#
D direito vida e os novos (ireitos do Fo2e2 >or2a2 a prHpria 1ase desse
est?gio de organização da sociedade hu2ana 4ue realiza a verdadeira
de2ocracia# A autenticidade desses enunciados é assegurada pelo >ato de 4ue a
ciBncia3 cha2ada a orientar o co2porta2ento individual e coletivo3 conduz lHgica e
inelutavel2ente concretização do princípio de u2 governo para o povo e pelo
povo# $>etivado esse princípio3 todo o resto decorre auto2atica2ente" o
esta1eleci2ento do 1e2;estar para todos3 a realização total do indivíduo3 o
desapareci2ento das guerras3 a solidariedade de todos os 2e21ros da
coletividade hu2ana#
A DN adotou3 e2 789Q3 u2a declaração universal dos (ireitos do Fo2e2# Não
estando3 a nosso
Mundo Novo3 ver3 co2pleta
acredita2os Etil ereproduzir
não atendendo
a4ui ao todas
teCto as
donecessidades do
pro*eto3 >or2ulado
na4uela época por Rodrigues3 4ue 2elhor corresponde s idéias eCpostas nesta
o1ra3 1e2 co2o as de %D'DR%$#
'alando dos (ireitos dos Fo2ens3 entende;se 4ue é a instituição coletiva do
(ireito 4ue deles deve cuidar" a organização *urídic a3 no seio da sociedade3 deve
esta1elecer as idéias 4ue as assegure2 e velar para 4ue essas leis se*a2
e>etiva2ente o1edecidas# As idéias a esse respeito e2itidas por Rei)ald .7I=/3
X98:Y 4ue estuda a gBnese da *ustiça penal na sociedade hu2ana e a
possi1ilidade de estender seus princípios orde2 internacional3 são
eCtre2a2ente sugestivas# (iz 4ue a agressividade3 no seio das co2unidades
nacionais3 >oi do2inada pela *ustiça penal" a paz no interior dos $stados >oi
assegurada por esse 2eio# Mas3 os $stados conservara2 a possi1ilidade3 o direito
de lesar a co2unidade internacional da 2aneira 2ais grave" a guerra# A prHpria
*urisdição penal nasceu de u2a situação típica de 2ultidão" a da *ustiça su2?ria3
do lincha2ento# (e resto3 este não é eCclusivo dos $stados nidos3 e21ora l?
se*a 2ais >re4Uente do 4ue e2 outros lugares" >oi aplicado na @t?lia3 depois da
4ueda do regi2e >ascista e ta21é2 e2 outros países e2 relação aos
0cola1oracionistas6# Ds vestígios dessa instituição se encontra2 2es2o na pr?tica
*udici?ria nor2al# Ds Elti2os anos dera2 eCe2plos evidentes dessas pr?ticas
odiosas" 1astaria citar os processos políticos tendenciosos e verdadeiros
assassínios legais3 perpetrados nos $stados nidos3 contra os negros" o
recentíssi2o caso de Mac Gee3 negro acusado de violação de u2a 2ulher
1ranca3 apesar da >alta de indícios co2pro1atHrios3 e eCecutado3 não o1stante a
indignação e os protestos do 2undo inteiro3 1e2 co2o o de sete *ovens negros de
@llinois3 2assacrados e2 circunstOncias an?logas# A razão desses erros *udici?rios
deve ser procurada na alta a>etividade coletiva e na >rouCidão dos *ulga2entos3
co2o e>eitos típicos de u2a situação greg?ria#
ue o 2es2o >en-2eno se 2ani>este e2 escala 2undial3 não pode espantar"
&ernard ha) diz3 co2 *usteza" 0Atingi2os3 atual2ente3 o est?gio de organização
internacional# A grandeza e a co2pleCidade dos pro1le2as3 4ue se coloca2 diante
do ho2e23 ultrapassa23 clara2ente3 sua capacidade política e sua grandeza
d\al2a6#
%o2o organis2o 4ue pode e deve contri1uir para a di>usão da cultura e2 escala
2undial3 >oi >undada3 e2 Paris3 e2 nove21ro de 789Z3 a N$%D Drganização
das Naçes nidas para a $ducação3 a %iBncia e a %ultura 4ue é u2a das
instituiçes especializadas das Naçes nidas .DN/# (a pri2eira con>erBncia
constitutiva da N$%D participara2 4uarenta e sete naçes5 trinta e u2a
assinara23 então3 o ato constitutivo# Atual2ente3 4uarenta e seis $stados são
2e21ros da N$%D#
D progra2a da N$%D >oi de>inido3 e2 princípio3 pelo artigo 7 da sua carta
constitutiva" 0A Drganização se prope contri1uir para a 2anutenção da paz e da
segurança3 estreitando3 pela educação3 pela ciBncia e pela cultura3 a cola1oração
alteração das >or2as perigosas do instinto co21ativo e2 tendBncias ino>ensivas
.esportes/3 sociais .serviço cívico e cavalheiresco/ ou 2orais .virtudes 2onacais e
herHicas/ ou a a1sorção total do instinto co21ativo pelo instinto do a2or
su1li2ado .conversão religiosa/ e conclui" 0Para os 4ue adota2 o ideal do
paci>is2o3 os 2étodos da educação paci>ista se con>unde23 assi23 co2 os de
u2a educação integral6#
Voltando ao pro1le2a da educação paci>ista3 pode;se distinguir3 co2 &ovet
.78/3 XL7<Y trBs 2étodos" 7 o do silBncio ou esgota2ento3 4ue seria de natureza
de>ensiva e pro>il?tica3 2as 4ue ele *ulga insu>iciente5 < o da inversão3 4ue é
o>ensivo;de>ensivo e 4ue seria perigoso5 I o da derivação3 4ue é o>ensivo3 2as3
di>ícil de realizar# D pri2eiro entende 4ue é preciso deiCar a criança ignorar3
durante o 2aior te2po possível3 as lutas3 as 4uerelas3 as disputas3 as guerras3 da
2es2a 2aneira 4ue procura2os esconder;lh e os apetites3 as paiCes3 os cri2es
a 4ue a 1usca da voluptuosidade arrasta os ho2ens# 0$ssa escola renova a
tradição 4ue *usti>ica os velhos ta1us do pudor 4ue consiste2 e2 por u2 véu
so1re as coisas do seCo6# D 2étodo do silBncio é >also3 segundo &ovet .78/3 pois
conté2 o erro de acreditar 4ue o gosto da criança pela 1atalha prové2 de >ora#
@gnora 4ue a pulsão co21ativa é inata# $ 2enciona o Précis d\enseigne2ent
paci>iste3 de A# (elauss .I8/ XL7IY 4ue diz" 0no >undo3 o o1*eto de toda educação é
ensinar;nos a do2inar os re>leCos# Não dese*a2os >a1ricar aut-2atos paci>ist as3
2as3 espíritos a2igos da paz6# D 2étodo de inversão do instinto co21ativo é
anti2ilitarista ativo e pode ser resu2ido no slogan 0guerra guerra6# %o2o recorre
ao Hdio contra o eCército3 &ovet cha2a;o de su1li2ação >alhada#
$n>i23 o 2étodo de derivação procura3 no instinto co21ativo3 o 4ue pode ter de
grande3 1o2 e >ecundo# Willia2 Ja2es .Q8 a/ XL79Y assinala3 co2o u2 e4uivalente
psicolHgico do heroís2o guerreiro3 o ascetis2o dos santos# Mais tarde3
0preconizava a instituição de u2 serviço cívico i2posto a todos os *ovens para
per2itir levar a 1o2 ter2o os tra1alhos de interesse pE1lico3 herHicos ou
o1scuros3 2as3 eCigindo de todos co2pleta a1negação e per>eita disciplina6#
Pierre %oresole p-s e2 pr?tica as >or2as recentes de u2 serviço civil volunt?rio
internacional3 4ue se di>undiu e eCecutou u2a o1ra tão Etil 4uanto no1re#
$s1oça2os3 neste capítulo3 a visão de u2 Mundo Novo# Mas3 surge u2a pergunta
natural e essencial" co2o chegar a eleS ue >azer e co2o3 para concretizar essas
aspiraçes de >elicidade coletivaS
Antes de tudo3 pode;se a>ir2ar 4ue3 2aterial2ente3 é possível5 disso nos d?
esperança a utilização *udiciosa e racional da desco1erta da energia at-2ica e de
sua eCploração# Mas3 ta21é2 a e>etivação de outras idéias3 4ue pode2 concorrer
para 2udar a >ace do 2undo e da hu2anidade3 4ue *? >ala2os neste livro3 nos
leva a prever as possi1ilidades da realização da grande tare>a anunciada" o
neo2althusianis2o no do2ínio de2ogr?>ico3 o cooperativis2o3 na econo2ia5 o
2undialis2o3 nas relaçes internacionais5 a educação ativa3 na >or2ação do
ho2e2#
Ganha;se u2 pouco de oti2is2o 4uando se re>lete3 e2 escala 2undial e histHrica3
4uando se pensa na evolução da sociedade hu2ana 4ue conduziu instituição do
$stado# ua evolução 2ostra a >orça 1ruta posta lenta2ente e2 segundo plano3
pela aplicação de novas >orças5 e2 2atéria de *ustiça penal3 por eCe2plo3 a
evolução é >?cil de seguir e3 para ela3 &ovet .78/ XL7LY cha2a a atenção"
0A vindita >a2iliar cedeu vingança eCercida pela sociedade3 4ue reserva para si a
aplicação da lei de talião# D $stado conduz o gl?dio e3 nas suas 2ãos3 essa ar2a
de co21ate torna;se o instru2ento da *ustiça# D gl?dio desaparece3 a pena é
despo*ada de tudo o 4ue le21rava a luta pri2itiva5 a prHpria idéia de sanção3 4ue
nascera do talião3 desapareceu6#
0No $stado nacional3 diz ta21é2 Rei)ald .7I=/3 XL7ZY a >or2ação da sociedade
realizou;se pelo recal4ue e pela su1li2ação da agressividade# Ao 2es2o te2po3
esta se desviou contra u2a 2inoria5 os ele2entos anti;sociais3 4ue não
consegue2 do2inar seus dese*os hostis sociedade3 co2o o >aze2 os outros# D
4ue i2porta agora é conseguir realizar o 2es2o princípio e2 escala 2undial3
criando u2 direito penal internacional6#
claro 4ue3 na nossa era3 de tendBncias de2ocr?ticas3 é preciso con4uistar as
2assas e 4ue esses ideais as guie23 da 2es2a 2aneira 4ue guia2 os espíritos
2ais esclarecidos# preciso ta21é2 4ue as 2assas não se deiCe2 desencora*ar
pelos o1st?culos 4ue se antepe2 a toda o1ra hu2ana3 4ue se*a2 capazes de se
entusias2ar e de conservar u2 oti2is2o duradouro na 2archa para os >ins
lu2inosos da hu2anidade# (e acordo co2 tudo o 4ue disse2os3 não h? dEvida
4uanto resposta a esta 4uestão# D ca2inho est? traçado" a trans>or2ação do
ho2e2 atual nu2 Fo2e2 Novo#
Ds valores intelectuais3 2orais e espirituais des2oronara2 no nosso século de
técnica# $ não causa espanto3 diz (e 'elice .I:/ XL7:Y 4ue os 4ue >ora2
despo*ados se li2ite2 atual2ente satis>ação dos seus instintos 1rutais e 4ue os
regi2es políticos3 a 4ue estão su12etidos3 os reduza2 a não ser 2ais do 4ue
engrenagens de u2a 2onstruosa 2?4uina de 4ue o $stado se serve
indi>erente2ente para >a1ricar ou para pulverizar# (e 'elice XL7QY *ulga 4ue o Enico
re2édio possível para essa despersonalização do Fo2e23 cu*as conse4UBncias
precipitara2 o 2undo nu2 a1is2o de dores3 seria o recurso religião cristã cu*a
irradiação espiritual não teria cessado de se prolongar e de se estender desde o
princípio de nossa era# Parecer;nos;ia3 contudo3 4ue as guerras e a di>usão das
idéias de u2 2aterialis2o eCagerado antes nega2 essa asserção# (e 'elice
de>ende3 so1retudo3 o protestantis2o3 cu*o culto3 segundo ele3 0nada teria 4ue
pudesse reduzir o ho2e2 ao auto2atis2o e 2ergulh?;lo nu2a espécie de
hipnose3 2as3 4ue eCigiria3 de cada u23 inteiro do2ínio de si e u2a per>eita
lucidez6# A essas a>ir2açes tería2os3 a contragosto3 de o1*etar 4ue os cantos3 a
2Esica de Hrgão e as prédicas nos te2plos protestantes di>ere2 pouco3 nos seus
e>eitos so1re os >iéis3 dos de 4ual4uer outro culto religioso e pode2 levar aos
2es2os estados de arre1ata2ento greg?rio3 co2o e2 outros lugares# D prHprio
(e 'elice 2ostra;o e2 seu livro .I:/# Alé2 disso3 >oi precisa2ente a Ale2anha
protestante 4ue atingiu o auge da4uilo 4ue o autor reprova nossa atual
civilizaçãoK &asta ler o espantoso livro de $ugene ^ogon .QZ/ so1re os ca2pos de
concentração hitlerista durante a Elti2a guerra3 co2 todos os horrores
inconce1íveis ali perpetrados3 para >icar estarrecido#
Mas3 esta2os inteira2ente de acordo co2 (e 'elice3 4uando vB o grande 2al do
nosso te2po na despersonalização dos indivíduos# $ tudo concorre para isso" a
2ecanização eCcessiva e2 todos os do2ínios3 a >e1re de velocidade3 o
gigantis2o dos $stados3 o nacionalis2o eCacer1ado dos dirigentes3 a
su1ordinação da ciBncia 4ue a reduz ao papel de serva de pe4uenos 1andos
dirigentes3 a educação tradicional 4ue ro1otiza as geraçes 4ue surge23 a
hipocrisia na designação dos atuais regi2es co2o de2ocracias3 o e2prego da
violação psí4uica das 2assas co2o 2eio de eCplor?;las# Nada h? de espantoso
4ue3 nessas condiçes3 as 2assas hu2anas degenere23 desça2 social2ente3 se
despersonalize23 caia2 nos 1raços de aventureiros e usurpadores3 procure2
co2pensaçes nos arre1ata2entos greg?rios# Mas3 os 0indivíduos presos a u2a
e21riaguez de 2ultidão 2ostra2;se clara2ent e in>eriores ao 4ue aparenta2 ser
no seu estado nor2al6# XL78Y
$ (e 'elice es1oça as etapas dessa regressão"
A princípio3 a srcinalidade prHpria de cada u2 se apaga3 diante dos caracteres
at?vicos do povo e da raça5 depois os traços distintivos de u2 grupo étnico
4ual4uer desaparece23 por sua vez3 so1 a pulsão dos instintos ele2entares do
ani2al hu2ano# Assi23 os arre1ata2entos greg?rios reconduze2 os 4ue a ele
estão su12etidos3 ao nível da 1esta pri2itiva5 por isso3 todas as 2ultides se
parece2# As di>erenças entre civilizados e selvagens3 entre eCaltados3 religiosos e
2ilitantes políticos3 se dissipa2# ns e outros não se possue2 2ais e estão
prontos a ser literal2ente possuídos não i2porta por 4ue ne2 por 4ue2#
$2 >ace dessa so21ria i2age2 da situação atual3 pensa2os3 apesar de tudo3 4ue
a trans>or2ação e>etiva do ho2e2 e2 Fo2e2 Novo pode ser atingida3 se*a pela
educação apropriada .tare>a a longo ter2o/3 se*a 2ais rapida2ente pela ação
do 1ehavioris2o e2 geral# Mas3 co2o diz 2uito 1e2 Rei)ald .7I=/3 XLI<Y a
verdadeira saída para as di>iculdades atuais e a solução de>initiva do pro1le2a
4ue nos ocupa poder? vir de u2a 2udança radical do espírito do ho2e23 4ue não
procurar? concentrar todas as suas energias na estrutura da sociedade3 sua
organização e a técnica3 2as aprender? a analisar e o 2odelar sua vida interior3
a*ustando;se ao progresso da ciBncia do ho2e23 acrescentare2os#
A necessidade de re>or2ar3 no sentido indicado3 todos os 2étodos de
ad2inistração do $stado3 é tanto 2ais i2perioso e 2es2o urgente3 4uanto a
propaganda política tornou;se3 e2 2uitos casos3 >unção do prHprio $stado3 u2a
das 2olas principais de sua ação# uando o $stado não dirige3 direta2ente3 a
propaganda e a in>or2ação3 tolera;a nas 2ãos de grupos ou partidos 4ue a
utiliza2 vontade3 se2 se preocupar co2 as devastaçes psí4uicas 4ue causa2
na população# $2 parte algu2a3 se suspeita ainda dos perigos 4ue daí decorre2#
Ningué2 se d? conta3 de 4ue3 co2o diz J# Monnerot .7=Z/3 XLIIY 0os poderes
destruidores3 contidos nos senti2entos e ressenti2entos hu2anos3 pode2 ser
utilizados3 2anipulados por especialistas3 co2o são3 de 2aneira convergente3 os
eCplosivos pura2ente 2ateriais6#
upe23 nas de2ocracias3 4ue o eleitor é livre nos seus *ulga2entos e e2 seus
atos3 4ue est? su>iciente2ente protegido pelas instituiçes li1erais do $stado3
contra as ingerBncias policiais3 os a1usos do poder3 dos ricos3 das >acçes3 2as
es4uece2;se de 4ue não est? de >or2a algu2a protegido contra ele 2es2o3
contra u2a eCplosão de suas pulses e instintos3 desencadeados por outre23
i2unizado contra o veneno de natureza psí4uica# Não i2agina2 a espantosa
a2eaça 4ue pesa so1re o 2undo3 e2 razão das possi1ilidades 4ue decorre2 do
princípio da violação psí4uica das 2assas pela propaganda política# (o2enach
.9L/ XLI9Y>ala de 0verdadeiras epide2ias psicolHgicas63 consciente2ente
provocadas5 0*?6 diz ele 0engenheiros de al2as >a1rica23 e2 série3 indivíduos
de 2entalidade teleguiada6# Muito ao contr?rio3 a li1erdade de propaganda é
considerada co2o u2a condição sine 4ua non da de2ocracia#
$vidente2ente3 essas o1servaçes e raciocínios levanta2 críticas entre os
ho2ens não iniciados nos tra1alhos de 1iologia 2oderna3 so1retudo os políticos#
$sses estão ha1ituados a tratar os pro1le2as da sociologia hu2ana co2 os
critérios de u2a 0ciBncia6 econ-2ica e política co2u23 isto é3 aut-no2a3 se2
ligaçes co2 as ciBncias da Natureza# Argu2enta;se3 >re4Uente2ente3 nesses
2eios3 4ue as eCperiBncias de la1oratHrio se re>ere2 aos ani2ais e 4ue seria até
0o>ensivo6 para os
o seres
gBnerovivos#
hu2ano 4uerer co2par?;lo 4ueles e deduzir leis
co2uns a todos Tais raciocínios são3 é claro3 ingBnuos e provB2
do senti2entalis2o e não da pes4uisa cientí>ica o1*etiva# (iz;se ainda 4ue os
ho2ens se distingue2 dos ani2ais precisa2ente por4ue estes se deiCa2 adestrar
vontade3 isto é3 so>re2 >acil2ente 0a con>or2ização63 de acordo co2 as leis dos
re>leCos condicionados3 en4uanto os ho2ens raciocina2 e pode2 su1trair;se
consciente2ente a essa ação de outre2#
A 1iologia de2onstra 4ue isso é >also" co2o vi2os anterior2ente3 as pes4uisas
estatísticas e os >en-2enos3 o1servados no curso dos Elti2os anos3 2ostra2 4ue3
in>eliz2ente3 apenas 7= dos ho2ens são capazes de resistir técnica de
propaganda a>etiva3 4ue se 1aseia nas leis dos re>leCos condicionados3
sucu21indo os 8= violação psí4uica#
D >ato é3 se2 dEvida3 doloroso3 2as seria ainda 2ais terrível se proviesse de u2a
característica inata3 1iolHgica# Dra3 não é o caso" a di>erença indiscutível 4ue se
veri>ica entre os ho2ens é devida a 4ue não tB2 todos a 2es2a histHria
individual5 uns3 2ais >avorecidos pelo destino3 pudera2 apropriar;se dos
conheci2entos e utilizar seus 2ecanis2os psí4uicos para garantir sua >aculdade
de discernir3 de se de>ender contra a violação psí4uica3 outros a 2aioria 2ais
pri2?rios e2 decorrBncia de sua educação3 do2inados pela necessidad e da luta
pela eCistBncia e pelas condiçes sociais de sua vida3 4ue >or*a2 seu psi4uis2o3
torna2;se >acil2ente presa das 2a4uinaçes dos aventureiros e usurpadores e
são incapazes de lhes resistir3 2es2o se seus interesses i2ediatos e vitais a isso
se ope2#
$sse >en-2eno é >acilitado pelo >ato 1iolHgico3 salientado por J# Monnerot
.7=Z/3 XLILY segundo o 4ual 0indivíduos reduzidos a u2a vida ani2al3 .precisaria
dizer3 ta21é2
certo calor psicolHgica
hu2ano3 isto é3 eao2oral2ente/ isolada3
4ue *? reuniu 2uitosadere2 ao 4ue
indivíduos# desprende
ente2 u2
a atração
social3 de 2aneira direta e 1rutal6#
ta21é2 a tr?gica razão do e2preendi2ento político totalit?rio3 4ue >alseia tudo3
torna ilusHria toda li1erdade de2ocr?tica3 4ue ro1otiza os ho2ens# $ é3 então3 4ue
se levanta o pro1le2a" 2as3 deve isso per2anecer se2pre assi2S Não h? saída
para esse i2passe3 onde os progressos da ciBncia e da técnica3 4ue >ornece2
ar2as e>icazes aos governos de partidos e aos aventureiros3 encurrala2 as
2assas hu2anasS i23 h? u2a saída" a inversão dessa proporção de 7 para 7=
e é realiz?vel#
%onstitui3 na realidade3 a tare>a 2ais i2portante de u2 verdadeiro governo
de2ocr?tico3 por4ue3 en4uanto as 2assas de cidadãos não >ore2 2a*orit?rias3
en4uanto os 4ue as co2pe2 não >ore2 independentes e donos de suas >orças
psí4uicas3 >alar de de2ocracia é u2 arti>ício# Ne2 o 2ais li1eral dos cHdigos3 ne2
u2a alta cultura técnica3 ne2 o 1e2;estar 2aterial3 poderão3 por si sHs3 li1ertar os
ho2ens de u2a servidão psí4uica3 ante a violação organizada# A condição sine
4ua non é a total 2udança da 2entalidade hu2ana" u2 Fo2e2 Novo deve surgir
e2 nosso planeta# H então3 o progresso e seus 1ene>ícios serão assegurados#
para a criação desse Fo2e2 Novo 4ue deve2 tender os es>orços dos 4ue dirige2
os destinos hu2anos#
Mas3 co2o pode ser isso realizadoS uais são as condiçes de sucesso nesse
ca2inhoS D 2étodo 2ais seguro reside3 evidente2ente3 na educação3 co2o
disse2os" por ela os ho2ens ad4uire2 esses siste2as de re>leCos condicionados
4ue se torna2 sua prHpria natureza e 4ue condiciona2 seu co2porta2ento# Mas3
atençãoK J? disse2os e ainda insisti2os no >ato de 4ue são eCata2ente os
2étodos e2pregados na educação tradicional 4ue constitue23 na realidade3 o
grande perigo" são eles 4ue ro1otiza2 as novas geraçes3 4ue os torna2
trans>or2?veis e2 aut-2atos e de>or2a2 seu psi4uis2o no sentido anti;social3
antide2ocr?tico# $2 co2pensação3 os novos 2étodos de pedagogia ativa3 4ue
to2a2 e2 consideração as características 1iolHgicas dos indivíduos3 4ue
eCercita2 sua capacidade de >rear as pulses 2era2ente a>etivas e concorre2
para a eCpansão >eliz de todas as >orças psí4uicas positivas dos indivíduos3 estão
aptos a garantir s 2assas hu2anas sua evolução no ca2inho aci2a indicado#
Maisonneuve .7==/ insiste so1re o >ato de 4ue a propaganda# para ser e>icaz3
deve ter i2ediato sucesso3 pois seus e>eitos são pouco dur?veis# ta21é2 a
razão3 segundo ele3 pela 4ual a propaganda 2oralizadora te2 tão pouca ação
so1re a vida privada dos ho2ens# Nesse Elti2o caso3 não é senão 0u2a educação
verdadeira3 cu*os e>eitos não são 2ais i2ediatos3 super>iciais e an-ni2os3 4ue
pode ter BCito" seus e>eitos se veri>ica2 a longo prazo3 por u2a ação duradoura e
pro>unda so1re u2a personalidade6#
Assi23 ve2os 4ue a via 2ais segura e 2ais e>icaz da educação é lenta" ao aplic?;
la3 te2;se u2a tare>a de longo alcance# $3 todavia3 é preciso agir co2 rapidez" a
separação entre o progresso técnico e o psi4uis2o das 2assas au2enta3
incessante2ente3 a passo cada vez 2ais r?pido# (aí o ca2inho da 1oa
propaganda3 da cultura popular3 tornar;se vi?vel e até indispens?vel# ela 4ue3
e2pregada *udiciosa2ente3 não so2ente por instituiçes3 senão ainda por
ho2ens pro1os e clarividentes3 pode acelerar o processo necess?rio e 2es2o
resolver toda a 4uestão da i2unização das 2assas populares contra o perigo da
0violação psí4uica6 4ue a>eta a li1erdade do seu discerni2ento3 a re>leCão e o
co2porta2ento 4ue daí decorre2#
Mas3 to2ando esse ca2inho3 é preciso ver clara2ente 4ue espécie de atitudes se
pode e2pregar *unto s 2assas3 depois3 4uais são as características dessas
2assas 4ue3 evidente2ente3 deve2 ser consideradas3 se dese*a2os >azer u2
apelo e>icaz a seu psi4uis2o e3 en>i23 4uais serão os 2eios a aplicar#
No 4ue toca pri2eira dessas trBs 4uestes3 o 4ue i2porta é 4ue o conteEdo da
cultura popular3 4ue lhe o>ereça2os se*a i2pec?vel do ponto de vista 2oral# @sso
não 4uer dizer 4ue deve conter dog2as 2orais3 >azer3 de certa >or2a3 ser2es de
2oralidade" tudo o 4ue é doutrin?rio3 tendencioso3 insípido3 repele e o1té2 u2
e>eito contr?rio# D Enico princípio 2oralizador deve ser a a1stenção de toda
2entira3 de toda de>or2ação# (epois3 ve2 a estética" as idéias e os senti2entos
o>erecidos s 2assas nunca deve2 ter u2a >or2a grosseira ou >eia as 2assas
são instintiva2ente sensíveis a isso e3 e21ora aceitando as >or2as vulgares3 se
lhe são i2postas através do uso da técnica da criação de re>leCos condicio nados
deter2inados3 sente2 a vulgaridade e a>ir2a2;se capazes de re*eit?;las na
pri2eira ocasião 4ue se lhe o>ereça para u2a intervenção esclarecida#
$2 segundo lugar3 o conheci2ento das 2assas é i2portante" claro 4ue não se
pode consider?;las co2o u2a aglo2eração a2or>a de indivíduos idBnticos e2
todos os casos3 igual2ente in>luenci?veis pelos 2es2os 2étodos e pelas 2es2as
i2presses# D princípio geral per2anece o 2es2o3 2as3 é preciso3 apesar de
tudo3 di>erenciar3 no 4ue toca sua distri1uição e2 grupos sociais deter2inados3
sua etnicidade3 característica do te2po e2 4ue vive23 aos aconteci2entos3 etc#
$n>i23 a terceira 4uestão é a dos 2eios a e2pregar para se dirigir aos 8=# $ntre
esses 2eios3 é preciso distinguir os 2ateriais e os hu2anos# Ds pri2eiros são
2uito variados" todas as >or2as de co2unicação das idéias e dos senti2entos3
entre os ho2ens3 pode2 concorrer para isso3 con>erBncias3 co2ícios3 livros3
*ornais3 1rochuras3 1oletins3 cartazes3 peças teatrais3 cine2a3 r?dio3 televisão3
2ani>estaçes de todos os gBneros3 eCposiçes de arte e toda a ga2a da
propaganda por sí21olos" ca2panhas de giz3 volantes3 insígnias3 1andeiras3
slogans3 etc# ass)ell3 2ith e %ase+ .Q8/ dão u2a co2pleta eCposição dos
2eios utilizados pela propaganda no 2undo inteiro3 co2o veículo para a di>usão
das idéias e das e2oçes" a divisão estatística das di>erentes >or2as de di>usão
o>erece indicaçes preciosas#
No 4ue concerne ao >ator hu2ano 4ue deve atuar nessas ca2panhas3 é o grupo
4ue cha2a2os os 0i2uniz?veis63 os 07=6 4ue3 por sua >or2ação anterior e sua
preparação3 são capazes de resistir investida de outre23 de evitar
consciente2ente a 0violação psí4uica63 de raciocinar3 antes de tudo ão eles 4ue
deve2 atuar *unto ao grupo dos 8=3 lutar contra a passividade destes3
trans>or2?;los e assi2il?;los3 a si prHprios3 arrast?;los ação#
Trata;se3 antes de tudo3 de desco1rir os 7= nas 2assas3 de selecion?;los# Para
chegar a isso3 eCiste2 trBs possi1ilidades" os 4ue se apresenta2
espontanea2ente3 nas organizaçes para atuar3 depois os 4ue vB2 s
con>erBncias3 aos co2ícios3 so1retudo do tipo 04ue raciocina63 e2 su2a3 os 4ue se
interessa25 >inal2ente3 ainda eCiste u2 2étodo para encontr?;los" é 4uando3
depois de u2 2eeting3 convida2;se os presentes 4ue dese*a2 voluntaria2ente
>or2ar e4uipes ativas#
Ve23 e2 seguida3 a necessidade de detectar suas aptides e possi1ilidades" u2a
2etHdica o1servação de seu co2porta2ento3 na eCecução de tare>as 4ue lhes
se*a2 destinadas3 leva a isso# $n>i23 seu aper>eiçoa2ento nos cursos de
instrução3 de organização e de 2étodos de propaganda é indispens?vel para
>a2iliariz?;los co2 os progressos recentes e as pr?ticas da técnica e da psicologia
aplicada# preciso ta21é2 prever a necessidade de >ornecer;lhes docu2entação
co2pleta e 1e2 coordenada3 4ue lhes >acilitar? a tare>a de 4ue >ora2
encarregados#
Mas3 alé2 desses conheci2entos técnicos e do conteEdo das 2atérias3 4ue
serve2 para a propaganda é de pri2ordial i2portOncia para sua atividade o
prHprio espírito no eCercício dessa atividade e e2 4ue deve3 a cada 2o2ento3
1uscar inspiração#
J? disse2os 4ue a propaganda da cultura popular deve to2ar e2 consideração3
para 4ue se*a e>icaz ao 2?Ci2o3 o e2prego do siste2a da pulsão n 7 ou
co21ativa" então ter? possi1ilidades3 não so2ente de en>rentar propagandas
hostis3 4ue poderia2 adotar o 2es2o princípio e3 nesse caso3 a2eaç?;la de
insucesso3 2as3 so1retudo3 conseguir instalar;se nas 0al2as6 da4ueles a 4ue2 se
dirige para trans>or2ar;se no 4ue a psicologia introspectiva cha2aria de 0idéia;
>orça63 istooé3co2porta2ento
dese*ado3 a estrutura psí4uica condicionada3
social2ente desencadeada3
v?lido3 proveitoso para o no 2o2ento
progresso social
e 2oral da coletividade hu2ana# Mas3 *? vi2os 4ue3 no siste2a 1ase da pulsão
n 7 ou co21ativa3 o 2edo constitui a peça angular3 so1re ele se >ir2a todo o
c?lculo psicolHgico para a ação# $vidente2ente3 é desolador# preciso sa1er3
poré23 4ue h? u2 correlativo positivo do 2edo3 4ue lhe é oposto e tão e>icaz
4uanto ele" o entusias2o construtivo# Prové2 igual2ente3 da pulsão co21ativa3
2as3 não é i2oral3 degradando co2o o 2edo3 2uito ao contr?rio3 é reani2ador3
elevando o 2oral#
%o2o ad2ir?vel eCe2plo da propaganda criadora do entusias2o3 da >é nos
destinos lu2inosos da hu2anidade3 pode;se citar o >il2e soviético Mitchourine 4ue
todo *ove2 deveria assistir# $ a vida ardente de u2 1iologista 4ue3 2ovido por
u2a >é in4ue1rant?vel na ciBncia3 persevera3 através de 2il o1st?culos3 desiluses
e tentaçes3 no ca2inho da pes4uisa para o 1e2 da hu2anidade# Alé2 da 1eleza
inteira2ente eCcepcional das i2agens da natureza3 esse >il2e i2pressiona pela
sua 1eleza 2oral3 seu inacredit?vel dina2is2o3 o entusias2o vi1rante da
*uventude3 o idealis2o contagiante#
Mas3 apelando para o entusias2o3 suscitando;o3 não se deve perder de vista 4ue
ele se en>ra4ueceria3 desapareceria3 se os sucessos evidentes3 os resultados3
>alhare2" assi2 ta21é2 ocorre co2 o 2edo" se a a2eaça não é seguida de
sançes reduz;se e desaparece# Não se acredita 2ais# (aí por4ue o entusias2o
não deve ser suscitado3 se não se pode o>erecer o espet?culo de realizaçes
positivas#
Não se deve ta21é2 recorrer3 co2 >re4UBncia3 a cada pe4uena ocasião 4ue se
o>erece3 por4ue3 então3 sua intensidade 1aiCa" o cuidado da 2edida deve se2pre
estar presente no espírito dos organizadores da cultura popular# Dutro o1*eto de
cuidado" u2a per>eita técnica nas açes 4ue se e2preende" o insucesso3 a
ina1ilidade desencora*a2 e ocasiona23 >re4Uente2ente3 a ironia" sa1e;se 1e2
4ue3 na ação3 é o ridículo 4ue 2ata# a razão por 4ue3 >rente dessas açes a
sere2 eCecutadas3 deve2 estar ho2ens co2 conheci2entos técnicos especiais
per>eitos#
Preenchidas todas essas condiçes3 pode;se esperar 4ue a tare>a 4ue a cultura
popular poderia assu2ir3 notada2ente a se suprir a lentidão da educação
2etHdica e de contra1alançar a 1rutalidade da propaganda política3 é
per>eita2ente capaz de ser atingida
Mas3 aí ta21é23 insisti2os ainda3 é preciso se2pre estar e2 guarda3 poder
desco1rir as tentativas de investidas psí4uicas da propaganda" se2 isso3 corre;se
o risco de ser violado psi4uica2ente3 2anipulado co2o na >ísica se >az co2 o
>erro 2agnetizado3
interesse# Para poderXLIZY de tornar;se
resistir aut-2ato
a esse perigo3 nas 2ãos
a cultura dos procura
popular 4ue nisso
dartB2
s
2assas a 0>aculdade crítica6 de 4ue >ala W# G# u22er e 4ue constitui ta21é2 a
1ase do pensa2ento criador# F? u2a oposição3 co2o diz %l+de Miller3 entre esta e
o treina2ento5 a nosso ver3 isso corresponde a di>erença entre a 1agage2 do
segundo siste2a de sinalização e2 engra2as no nosso psi4uis2o3 cu*o
apareci2ento3 no nível da consciBncia3 *ulga2os espontOneo3 e os auto2atis2os
e re>enaçes re>leCas condicionadas3 4ue >or2a2 nossos h?1itos e nossas
reaçes estereotipadas co2uns# D treina2ento3 diz %l+de Miller3 constitui a delícia
dos co2andos dos eCércitos3 das ad2inistraçes governa2entais3 das igre*as3 das
>?1ricas e escolas .tradicionais/# D treina2ento nos é Etil para poder2os eCecutar3
>acil2ente3 as atividades de rotina na vida3 co2o3 por eCe2plo3 2archar3 lavar
louça3 guiar auto2Hvel3 e por4ue3 pela possi1ilidade de eCecutar assi2 açes
estereotipadas3 nosso espírito >ica livre para o pensa2ento criador3 e21ora a
educação corrente não nos ensine e geral2ente nãoassi2
nos encora*e a usar essade
li1erdade# 0D treina2ento pe3 na nossa 2edula3 por dizer3 u2 esto4ue
endereços e d?3 assi23 a nosso cére1ro te2po de re>letir3 a >undo3 so1re os
pro1le2as 4ue esse treina2ento seria incapaz de resolver por si sH6# D
pensa2ento criador ou nossa >aculdade crítica é a garantia Enica contra o perigo
de ser 2anipulado e violado psi4uica2ente# 0%onhecer esse >ato3 signi>ica ter
desenvolvido3 e2 si 2es2o3 o 0re>leCo de re>leCão6# Munid os desse re>leCo3
consegui2os escolher3 avaliar e apreciar as idéias 4ue nos são dirigidas e
trans2itir aos outros a4uelas 4ue *ulga2os Eteis0# $ %l+de Miller conclui 4ue
0co2o no caso da 1o21a at-2ica3 nossa tare>a principal é poder utilizar o
conheci2ento ad4uirido so1re a essBncia da propaganda e seus 2étodos6#
No %ongresso de $ducação Nova3 e2 Paris3 no ano de 789Z3 apresenta2os u2a
2oção assi2 >or2ulada3 4ue >oi ta21é2 adotada pela egunda %on>erBncia
@nternacional de %D'DR%$3 e2 789Q"
Graças aos 2étodos de u2a política partid?ria3 a propaganda política a>etiva e
o1sessional3 4ue cria o perigo da# 0violação psí4uica6 das 2assas3 >az co2 4ue os
princípios de2ocr?ticos se trans>or2e2 nu2 engodo3 na vida social de todas as
naçes# preciso pre2unir os *ovens3 desde a escola3 contra esse perigo3
a1rindo;lhes os olhos para essas pr?ticas e para os 2ecanis2os psicolHgicos por
elas respons?veis e i2uniz?;los3 de algu2a >or2a3 contra esse perigo#
%l+de Miller .7=L/ pensa a 2es2a coisa3 4uando diz XLI:Y 0e esta2os
su>iciente2ente >a2iliarizados co2 as 4uatro alavancas6 da persuasão3 de 2odo a
reconhecB;las 4uando as ve2os ou ouvi2os e2pregadas3 nossas reaçes terão3
cada vez 2enos3 a tendBncia de se tornar auto2?ticas# $sse reconheci2ento3
trans>or2ado e2 h?1ito3 criar?3 e2 nHs3 u2 novo re>leCo condicionado 4ue3 por
sua
antesvez3
de auto2atica2ente3
to2ar u2a decisãonos
prHi2pelir? a avaliar3
ou contra algu2a nu2a
coisa3dada situação3
a analisar antesosde
>atos3
nos
e2ocionar2os3 de acreditar ou de >azer a4uilo 4ue dese*a de nHs 4ue2 tenta nos
persuadir0# %o2 e>eito3 deve2os criar o h?1ito de analisar3 pronta2ente3 as 4uatro
alavancas 2encionadas XLIQY $ Miller diz3 ainda XLI8Y 6uando le2os ou ouvi2os
u2a 0palavra;veneno63 deve2os suscitar3 i2ediata2ente3 as seguintes 4uestes"
4ue se passaS 4ue signi>ica essa palavraS e2 4ue toca 2eus prHprios re>leCosS
Não suscitar? essa 0palavra;veneno63 no 2eu cére1ro3 >alsas i2agensS ue2 a
e2prega e co2 4ue intençãoS ue se 4uer 4ue eu >açaS ue conse4UBncias
decorrerão se eu seguir seus dese*osS0
o procedi2ento a reco2endar3 4uando se est? e2 presença da propaganda3 e
4ue pode tornar os alvos dessa propaganda i2uniz?veis contra a violação
psí4uica#
)onclusão
%oncluses gerais D despertar As condiçes da salvação Ds re>leCos
construtivos A 1io;sociologia da 2oral D antagonis2o" cultura contra a vida
1iologica2ente sã A idéia do pessi2is2o 0co2pensado6#
evidente
isto é3 a 4ue
seu osco2porta2ento
preceitos 2oraisnadize2
vidarespeito
social# Aatividade
2oral social
co2eçado ho2e23
onde o
co2porta2ento do ho2e2 se caracteriza pela renEncia satis>ação de pulses
egoístas e2 1ene>ício de outre25 encontra;se onde atua a ini1ição condicionada
interna3 e2 relação aos outros indivíduos ou coletividades3 precisa2ente co2o
eCpressão da constelação de engra2as no seu segundo siste2a de sinalização#
Vi2os 4ue a diversidade do co2porta2ento é deter2inada pelas atividades
hu2anas 1ase de 4uatro pulses" co21ativa3 nutritiva3 seCual e paternal# D >ato
capital e o1*etiva2ente de2onstr?vel e2 eCperiBncias de la1oratHrio é o seguinte"
essas pulses e3 e2 conse4UBncia3 os siste2as de re>leCos condicionados
correspondentes não são iguais e2 relação sua >orça ou >acilidade de >or2ar
re>leCos condicionados# endo a agressiva a 2ais >orte das pulses3 ve23 e2
seguida3 e2 escala decrescente" a nutritiva3 depois a seCual e3 en>i23 a paternal#
Recorde2os o eCe2plo 4ue ilustra esse >ato" o re>leCo condicionado 1ase da
pulsão nutritiva se >or2a apHs cin4Uenta a sessenta repetiçes da operação
necess?ria para a sua constituição5 o re>leCo de 1ase co21ativa3 *? o é3 depois de
u2a ou duas repetiçes#
e3 ao contr?rio3 se co2para2 as pulses do ponto de vista da 2oral .isto é3 co2o
ele2ento sociolHgico/3 nota;se u2a inversão" a pulsão paternal3 a 2ais altruísta3 é
a 2ais 2oral5 a pulsão seCual *? o é 2enos3 por4ue se li2ita s relaçes
recíprocas de dois seres apenas5 a nutritiva3 2aterialista e egoísta3 ainda 2enos5 e
2enos 4ue todas3 é a pulsão n 7 ou co21ativa" recorre3 e2 atitude eCtre2a3
violBncia3 até 2es2o ao assassinato#
Dra3 do 4uadro de pulses e suas derivaçes3 4ue se pode assi2 construir .e 4ue
est? reproduzido adiante/3 deduz;se u2a regra 2uito si2ples" 4uando te2os de
>azer
2oral u2
4ue*ulga2ento3 do pontodeiCar;nos
outra3 pode2os de vista 1iolHgico3 ou escolher
guiar pelo u2a ser?
>ato de 4ue atitudepossível
2ais
considerar 2oral a atitude deter2inada por re>leCos condicionados 1ase da
pulsão >isiologica2ente 2ais >raca e2 relação 4uela 4ue se re*eita .>ig# <7/# A
regra prag2?tica seria3 então" o 4ue se situa direita do 4uadro é 2oral e3 i2oral3
o 4ue se dirige para a es4uerda#
$is alguns eCe2plos" se se sacri>ica o a2or .pulsão I/ vantage2 2aterial .n </3
te2os u2a i2oralidade .caso da prostituição3 por eCe2plo/#
e se pre>ere o a2or .n I/ ao dever paternal .n 9/3 é se2pre do ponto de vista
social3 portanto 1iolHgico3 i2oral .co2porta2ento de u2a 2ãe desnaturada/#
e se renuncia violBncia .n 7/ e2 1ene>ício de vantagens 2ateriais .n </3 ser?
u2a atitude 2oral .atitude civilizada/#
/ig=:9
(iagra2a de2onstrativo da possi1ilidade de u2a 1ase 1iolHgica da noção da
2oral# 73 <3 I3 9 as 4uatro pulses# As ordenadas indica2 a >orça da pulsão# As
linhas prolongadas ./ re>ere2;se intensidade relativa das pulses5 as linhas
pontilhadas .;;;;/ a seu valor 2oral .do ponto de vista social/# A1aiCo3 a >lecha na
direção da direita para a es4uerda indica o decrésci2o do valor 2oral5 a >lecha
inversa" a su1li2ação#
e se escolhe o a2or .n I/ e2 lugar de vantagens 2ateriais .n </ trata;se de
ro2antis2o ou idealis2o3 age;se3 nesse caso3 de acordo co2 a 2oral# $ assi23
por diante#
'ala2os3 2ais aci2a3 do enCerto de re>leCos condicionad os e da constituição de
siste2as superiores de co2porta2entos# %onsegue;se distinguir3 então3
gra>ica2ente3 os di>erentes níveis ou est?gios do nosso es4ue2a#.7/ Assi23 se se
apresenta2 casos e2 4ue a escolha a >azer é entre atitudes 4ue se situa2 e2
di>erentes níveis3 podere2os procurar nas direçes de su1li2ação ou degradação#
A regra para a escolha de u2a atitude co2 a pre>erBncia 2ais 2oral seria3 então"
o 4ue est? 2ais alto3 no es4ue2a3 é 2ais 2oral do 4ue o 4ue est? 2ais a1aiCo"
assi23 o co2porta2ento 4ue indica2os co2o atitude correspondente ao
senti2ento nacional3 seria 2oral3 por4ue 2ais Etil coletividade do 4ue a si2ples
atitude de de>esa individual5 o co2porta2ento social .no nível 2ais aci2a/ é 2ais
2oral 4ue a atitude eCclusiva2ente nacionalista# No siste2a da pulsão I3 por
eCe2plo3 o >ato de pre>erir o a2or sensual .nível A/3 pura2ente instintivo3 ao a2or
su1li2ado ro2Ontico .nível aci2a/ seria i2oral5 sacri>icar a a2izade .nível &/3 no
4uadro da pulsão 9 atividade cientí>ica .nível %/3 isto é3 a u2a atitude de servir
ao con*unto da sociedade hu2ana3 seria u2 ato superior3 do ponto de vista do
valor 2oral#
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99I# Genevieve Ta1ouis .798/
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