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Aula 00

Regimento Interno p/ Senado Federal - 2016 - (com videoaulas)

Professores: Fabrício Rêgo, Victor Dalton

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Regimento Interno do Senado Federal 2016
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AULA 00 – Disposições Preliminares


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1


SUMÁRIO ............................................................................................... 1
APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 3
MÉTODO DA AULA ................................................................................... 5
INTRODUÇÃO: O PODER LEGISLATIVO E O SENADO FEDERAL ...................... 9
PODER LEGISLATIVO ..............................................................................11
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS .................................................................15
O REGIMENTO INTERNO .........................................................................25
A SEDE DO SENADO FEDERAL .................................................................25
QUORUM ...............................................................................................27
REUNIÕES PREPARATÓRIAS ....................................................................29
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO SENADO FEDERAL.............................35
QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................39
LISTA DE QUESTÕES – SEM COMENTÁRIO ................................................46
GABARITO ............................................................................................50
MAPAS MENTAIS DA AULA ......................................................................51

Olá, estudioso do Estratégia Concursos! Como vai?

Já está se preparando para trabalhar no Senado Federal? É melhor ir se


acostumando com a ideia, pois essa é nossa meta para você! Veja bem onde
será seu local de trabalho:

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Seja muito bem-vindo ao curso de Regimento Interno do Senado

Federal (RISF) voltado ao tão desejado concurso para ingresso nas


carreiras deste órgão legislativo. E por que o Senado? Alguns podem se
perguntar... Gente, as casas legislativas federais (Câmara dos Deputados e
Senado Federal) são as mais cobiçadas para se trabalhar em um cargo estável
não só pelos altos vencimentos pagos aos servidores, mas também pela
qualidade de vida laboral que elas oferecem, pela oportunidade de participar
ativamente do funcionamento do nosso país, prestando um serviço que
impacta diretamente na vida de todos os brasileiros. É realmente um sonho!

A abertura de edital ainda permanece sem data prevista, mas é certo que
sua publicação não está longe. Basta olharmos para o quadro de vagas
divulgado pelo próprio Senado Federal, são muitos cargos vagos
(http://www.senado.gov.br/transparencia/LAI/secrh/quadro_efetivos.pdf).
Independente de onde esteja o seu estudo, no início ou já avançado, isso
favorece o candidato em matérias como a nossa, devido a sua extensão, o que
possibilita um melhor domínio do conteúdo sem o prazo da prova "apertando
os miolos". Portanto, controle a ansiedade e foco nos estudos.

Lembrando que nosso estudo será composto, também, por vídeoaulas.


Além disso, em alguns dias lançaremos aqui no Estratégia Concursos o
curso de Regimento Comum do Congresso Nacional, fique atento!

Permitam-nos realizar a nossa apresentação, bem como a apresentação


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do método de trabalho que estamos propondo para sua aprovação.

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APRESENTAÇÃO

Eu sou Victor Dalton Teles Jesus Barbosa. Minha experiência em


concursos começou aos 15 anos, quando consegui ingressar na Escola
Preparatória de Cadetes do Exército, em 1999. Cursei a Academia Militar das
Agulhas Negras, me tornando Bacharel em Ciências Militares, 1º Colocado em
Comunicações, da turma de 2003.

Em 2005, prestei novamente concurso para o Instituto Militar de


Engenharia, aprovando em 3º lugar. No final de 2009, novamente me graduei,
desta vez em Engenharia da Computação, sendo o 2º lugar da turma no Curso
de Graduação. Decidi então mudar de ares.

Em 2010, prestei concursos para Analista do Banco Central e Analista de


Planejamento e Orçamento, cujas bancas foram a CESGRANRIO e a ESAF,
respectivamente. Fui aprovado em ambos os concursos e, após uma passagem
pelo Ministério do Planejamento, optei pelo Banco Central do Brasil.

Em 2012, por sua vez, prestei concurso para o cargo de Analista


Legislativo da Câmara dos Deputados, aplicado pela banca CESPE, e, desde o
início de 2013, faço parte do Legislativo Federal brasileiro. Meu cargo é
Técnica Legislativa, cujas especialidades são o Regimento Interno da
Câmara e o Regimento Comum do Congresso Nacional. Além disso, sou
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Especialista em Planejamento e Orçamento Governamental e em Direito


Constitucional.

Por fim, sou coautor do Livro Missão Aprovação, publicado pela Editora
Saraiva, que conta 10 histórias de sucesso em concursos públicos. Quem sabe
algumas dessas histórias não podem inspirar você em sua trajetória? Conheça
a obra!

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Gostaria de dizer também que é uma satisfação enorme falar sobre a


minha casa para vocês. Sim, minha casa, pois o Senado, em conjunto com a
Câmara dos Deputados, compõe o Congresso Nacional. Em minha vida
pessoal e profissional, nunca vi dois órgãos distintos tão unidos, rs. Deputados
e Senadores caminham de um lado para o outro, como se estivéssemos em
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uma única instalação. E já te adianto algo: Câmara e Senado são


cemitérios de concurseiros. Ou seja, morre o concurseiro, e vive o feliz
servidor de carreira! Rs.

E é com a experiência de quem trabalha em uma Assessoria Partidária,


circulando por todos os setores da casa, e inclusive, comparecendo às
Comissões, sessões plenárias da Câmara e do Congresso Nacional, que eu me
apresento para “conversar” sobre o RISF com vocês. Agora é com você
Fabrício!
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E eu sou Fabrício Sousa Rêgo. Sou Bacharel em Direito, além de ter tido
uma breve passagem pelo curso de Jornalismo. Profissionalmente, ocupo o
cargo de Oficial de Justiça Avaliador Federal no Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios, em Brasília, certamente um dos melhores
tribunais do país para se trabalhar.

Minha carreira no serviço público começou aos 21 anos quando, então,


ingressei no cargo de Técnico em Regulação da Agência Nacional de Aviação
Civil. Antes disso, havia sido aprovado para o cargo de Oficial de Diligências do
Ministério Público do Tocantins, para o qual só fui nomeado mais tarde, mas
não assumi. Após a conclusão do meu curso superior, prestei alguns concursos
de tribunais e logrei êxito em três: Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região e Supremo Tribunal Federal, ambos para o cargo de Analista Judiciário
- Área judiciária, bem como para o cargo que ocupo atualmente no TJDFT.
Dentre eles, fui nomeado e exerci o cargo no STF, tendo atuado em gabinete
de Ministro daquela Corte, passagem que rendeu muitos aprendizados. Em
termos de pós-graduação, meus estudos estão, hoje, no Direito Processual
Civil.

Tenho a honra de ser coautor do livro "Lei do Processo Administrativo


Federal Esquematizada", pela Editora Método, 2013.

MÉTODO DA AULA
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Minha breve palavra de incentivo a você, caro amigo, é que a estratégia


de estudo, associada à disciplina, são fundamentais para a aprovação. De
nada adianta estudar "de cabo a rabo" todo o edital, lendo todos os livros
possíveis e impossíveis, sem possuir uma tática, um foco, uma preparação
otimizada, direcionada para aquilo que de fato importa. E aqui está o pulo do
gato do nosso curso: tenho a missão de otimizar o seu aprendizado em

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Regimento Interno do Senado Federal. O que te proponho é um estudo


sistematizado. Explico.

Em primeiro lugar, sempre tenho como estratégia dar um enfoque


diferenciado para o estudo dos regimentos internos. Parto do pressuposto de
que as matérias "comuns" todos os demais concorrentes que estão aptos a
serem aprovados possuem o domínio. Por outro lado, feliz ou infelizmente,
poucas pessoas dão importância ao estudo do regimento, mas depois se
questionam por que não conseguem a tão sonhada aprovação.

Pois bem, aqui já começa um diferencial, uma tática: dar muita


importância a esse requisito do edital, Regimento Interno. Mais do que mera
decoreba, entendê-lo, pensar o regimento. É nessa disciplina que você, que
sonha em ingressar para o corpo de servidores do Senado Federal, irá tirar a
diferença de pontuação em relação à massa. Onde ninguém está dando tanta
atenção, ou ao menos a atenção devida, é onde você irá se diferenciar.

Calma, sei que já deve estar afoito para entrarmos no conhecimento


propriamente dito da matéria, mas essa introdução é importante para todo o
desenvolvimento do nosso curso, para captar o "espírito da coisa". Continue
lendo!

Nessa linha de raciocínio, nos deparamos com um regimento do Senado


totalmente diferenciado. Em primeiro lugar, a sua extensão pode, num
primeiro momento, assustar: são 95 páginas de lei seca, 413 artigos!!!
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Comparativamente, e de forma bruta (sem considerar os incisos, alíneas,


parágrafos), podemos rapidamente observar que a nossa Constituição Federal
vigente, a de 1988, possui 250 artigos, pouco mais da metade do regimento.
Ou seja, não se trata de uma norma pequena, essa a que nos propomos
estudar. Seguimos o raciocínio...

O Regimento do Senado está longe de ser uma norma de simples leitura


apenas com sua letra seca. Ele está permeado de conceitos e ligações com
algumas outras normas, tais como: Regimento Comum, Regimento da Câmara
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dos Deputados e, sem dúvida, com a Constituição Federal. Além disso, há


pinceladas de outras matérias jurídicas, como Direito Administrativo.

Alguém pode perguntar: Ah, professor, então eu tenho que estudar


tudo isso para aprender o RISF?. A resposta é sim e não. Sim: se você
quiser entender bem o RISF e estar preparado para as inevitáveis relações que
o examinador pode fazer numa questão de prova, intentando saber o seu
aprofundamento da matéria, o domínio do funcionamento da Casa onde
pretende trabalhar, é fundamental fazer o estudo comparativo com as normas
acima. Não: se você quiser decorar o texto do regimento, sabendo
exatamente o que cada artigo diz, você não precisa ter grandes conhecimentos
das demais normas.

Não obstante, desaconselho de forma veemente a segunda resposta.


Pense comigo: o Senado Federal é o órgão do sonho de muita, mas muita
gente espalhada pelo Brasil inteiro, pelos motivos já elencados. São milhares
de candidatos. Ou seja, a concorrência, por si só, já torna o concurso difícil,
independente da prova aplicada. A banca examinadora, sabendo disso, precisa
utilizar-se de critérios mais rígidos para escolher os melhores. Assim, natural
que ela use todas as ferramentas que o RISF possua.

Veja: você se prepara longamente, compra todos os cursos oferecidos


pelo Estratégia Concursos, investe muito dinheiro para correr o risco de no
dia da prova ficar pra trás por conta de algumas questões de RISF que o
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examinador resolveu se aprofundar e exigir um conhecimento além?! Eu nunca


quis correr esse risco!

E aqui entra a tarefa do Estratégia Concursos e minha, pessoalmente.


Estou aqui para detalhar ao máximo o tão denso texto do Regimento do
Senado. Mas não é um simples detalhamento: te convido a pensar o
regimento, a entender seu funcionamento, suas entranhas, a esmiuçar seus
termos técnicos. Para isso irei sim me valer da Constituição e demais normas

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necessárias e te passar todo esse conteúdo em suas mãos, pronto a ser


absorvido por você.

Para tanto, claro, irei me valer de mapas mentais, gráficos


explicativos, questões inéditas e também as que já foram cobradas,
eventualmente de algum julgado do Supremo Tribunal Federal (STF) que
afete o entendimento, tudo com o propósito de tornar o regimento algo mais
palatável a você, amigo estudioso. A partir daí, a leitura do RISF seco
possibilitará uma compreensão infinitamente mais ampla.

Ah, professor, estou começando agora meus estudos e ainda não


estudei Constituição e Direito Constitucional, então fico com medo de
não conseguir acompanhar o curso!, algum aluno pode exclamar!
Respondo: essa é minha tarefa, caro aluno, trazer os pontos em comuns das
matérias, de forma com que se familiarize com o RISF sempre tendo como
pano de fundo o que a Constituição preceitua, em linguagem clara, simples.
Por isso, te digo: será um curso completo e direcionado desde para quem já
tem familiaridade com o RISF e Direito Constitucional, assim como para quem
está iniciando e não conhece ainda nada dessas disciplinas.

Portanto, eis aqui minha proposta de tática para trabalharmos o


Regimento Interno do Senado Federal e, nessa disciplina, te dar o melhor em
termos de qualidade de conteúdo, marca peculiar do Estratégia Concursos.

Resumo do nosso método:


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1. Análise de cada artigo do RISF;

2. Explicação detalhada da correlação dos institutos do


regimento com outras matérias, tais como: RCN, RICD,
CF/88, Constitucional, Administrativo, etc.;

3. Atualizações jurisprudenciais, sobretudo do STF, acerca de


determinados pontos que possam contribuir para o
entendimento do RISF;
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4. Mapas mentais inéditos para revisão durante;

5. Questões de concursos anteriores comentadas, além de


questões inéditas;

6. Destaques aos pontos importantes, possíveis "cascas de


bananas";

Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

INTRODUÇÃO: O PODER LEGISLATIVO E O SENADO


FEDERAL

Inevitável retomarmos alguns temas que servirão de base para


avançarmos com segurança no nosso estudo do RISF, o que faremos em todo
o curso, mas com ênfase maior nesta primeira aula.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) nos traz já no seu artigo segundo


o seguinte:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e Texto da


CF/88 terá
sempre
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o essa cor.

Judiciário.
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Cristalina a mensagem da CF/88: não existe hierarquia entre as três


importantes funções do Estado, que é criar leis, executá-las e, em havendo
conflitos, pacificá-los, respectivamente. Aqui nós temos o princípio da
separação dos poderes, onde cada um é responsável por sua função
originariamente definida pela Constituição.

No entanto, poder demais é sempre perigoso, não é verdade? Em um


Estado que tem como fundamento a harmonia entre os poderes, um regime
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democrático de direito, deve ter algo que possibilite uma amenização nos
poderes, do contrário teríamos o risco de um ou outro "Poder" dominar os
demais. Para tanto foi estabelecida a teoria dos freios e contrapesos.

A ideia é que um "Poder" seja responsável por "cuidar" do outro, de


forma que há, ao menos na teoria, um balanceamento entre seus poderes e
deveres. E como isso é feito, na prática?

Como já dito, cada órgão tem sua função na repartição de poderes dentro
da União, o que é conhecido como função típica. Como forma de balancear
isso, foram também definidas funções atípicas, ou seja, que pertencem
originalmente a outro "poder" mas a Constituição autoriza sua prática,
evitando assim a ingerência de um poder sobre o outro, ao mesmo tempo em
que há um certo nível de controle entre eles. Vejamos:

Poder Executivo tem como função típica a administração do Estado.


Como função atípica legislativa temos que o Executivo pode editar normas, tais
como medidas provisórias (art. 62 da CF/88) e leis delegadas (art. 68 da
CF/88). A função atípica jurisdicional é, por exemplo, o julgamento dos
processos administrativos que são de sua competência.

Poder Legislativo tem como função típica criar leis e fiscalizar o


funcionamento do Estado (através das Comissões Parlamentares de Inquérito,
fiscalização de contas, etc.). Como função atípica executiva tem-se que o
Legislativo é o responsável por administrar suas próprias estruturas, abrir
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concursos para prover seus cargos, cuidar de seus próprios servidores. Já a


função atípica jurisdicional é o julgamento, pelo Senado Federal, do crime de
responsabilidade cometido por alguns agentes políticos (art. 52, I e II da
CF/88).

Sobre esse ponto, vale desde já registrar que o RISF traz um capítulo
especial dedicado à função atípica do SF como órgão jurisdicional, inclusive
com título nesse sentido. Do art. 377 a 382 do regimento pode-se verificar o

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detalhamento das competências constitucionais do SF no que tange a essa


matéria.

Poder Judiciário tem como função típica julgar, exercer a função


jurisdicional. Já como função atípica legislativa, os órgãos do judiciário são
responsáveis por elaborar o seu próprio regimento interno. No âmbito da
função atípica executiva, ele administra seu patrimônio e pessoal.

Gente, esse princípio da separação dos poderes é tão fundamental para a


sobrevivência do Estado Democrático que o Constituinte o fixou como cláusula
pétrea, ou seja, não poderá haver proposta de emenda à constituição
que intente abolir ou modificar a separação dos poderes (art. 60, §4º,
III da CF/88).

Alguns exemplos práticos da teoria de freios e contrapesos:

O Congresso Nacional que autoriza o Presidente da República a


declarar guerra (art. 49, II, CF/88);

O CN, diretamente ou por qualquer uma de suas casas, fiscaliza os


atos do Poder Executivo (art. 49, X);

Por outro lado, caso o Presidente da República envie ao CN projeto


de lei de sua iniciativa exclusiva, não poderá, por parte dos
parlamentares, realizar qualquer emenda que importe em aumento
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de despesas previstas no projeto (art. 63, I, CF/88).

PODER LEGISLATIVO

Como é composto o Poder Legislativo? A resposta está no artigo 44 da


CF/88:

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso


Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal.

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Então vemos a existência de um Congresso Nacional formado por duas


Casas Legislativas (como também são chamadas), o que se traduz em um
sistema bicameral em âmbito federal (nos estados e municípios o sistema é
unicameral). Acerca da formação da Câmara dos Deputados (CD), recomendo
a leitura do art. 45 da CF/88.

O Senado Federal (SF) tem a função de representar os Estados e o


Distrito Federal, ao passo que a CD tem função representar o povo. Veja:
ambos são eleitos pelo povo através de eleições diretas, sendo que a única
diferença é acerca das funções constitucionais de cada Casa, o que é refletido
em suas respectivas competência.

A CF/88 nos diz ainda que os Senadores serão eleitos pelo princípio
majoritário. O que vem a ser isso? Bem, para um Senador ser eleito deverá ser
o candidato mais votado dentro do seu estado-membro ou do DF. Então
poderá haver segundo turno para Senadores? Não, nunca haverá segundo
turno para o Senado Federal, haja vista que para esse cargo adotamos o
sistema majoritário simples.

O sistema oposto a esse e aplicado à CD é o proporcional, onde, na


prática, o deputado é escolhido pelo número de votos do partido. Não me
aprofundarei nesse tema a fim de não sair do nosso foco.
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O STF decidiu recentemente, em maio de 2015, que a perda


de mandato em função da mudança de partido político não
se aplica ao sistema majoritário, sob pena de violar a
soberania popular (vide Informativo nº 787). Assim, se um
Senador trocar de partido durante seu mandato, ele não o
perderá.

Cada Estado mais o DF terá três Senadores eleitos, formando um total


de 81 Senadores em exercício, sempre. As eleições para o Senado ocorrerão a
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cada 4 anos, mas nunca haverá a mudança completa de sua composição. Isso
porque a cada eleição será renovado 1/3 ou 2/3 do Senado. Explico.

Se na última eleição foi escolhido, por exemplo, 1 Senador por Estado ou


DF, na próxima serão escolhidos 2 por cada unidade federativa, e assim
sucessivamente. Então quer dizer que o mandato eleitoral do Senador é maior
do que 4 anos? Bingo! O mandato dos Senadores será de 8 anos, de forma
que a cada eleição haverá uma "mixagem" entre Senadores novos e antigos.
Assim, numa eleição serão eleitos 54 Senadores, enquanto na seguinte serão
27.

Isso ocorre para sempre haver eleições para o Senado, caso contrário
seriam apenas a cada 8 anos. Aqui surge uma curiosidade: por que o mandato
é de 8 anos, e não de 4, como o dos deputados? Segundo Octaciano Nogueira
no livro "O Senado Federal em perguntas e respostas", publicado pelo SF,
trata-se de uma questão histórica. Até o ano de 1889, o mandato dos
Senadores era vitalício, enquanto o dos deputados era de 4 anos.
Posteriormente (1889 em diante) o mandato dos Senadores passaram a ser de
9 anos, o que equivalia a 3 legislaturas, e, apenas com a Constituição de
1946, houve a mudança para os padrões atuais.

Ademais, cada Senador será eleito juntamente com dois suplentes. É uma
eleição automática: elegendo o Senador X, os seus suplentes estarão também
eleitos "por tabela". O nome dos suplentes deve ser sempre adicionado aos
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materiais de campanha dos Senadores. Veremos mais à frente como o RISF


regulamenta a atuação do suplente.

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Está tramitando no Senado uma Proposta de Emenda à


Constituição, PEC 18/2015, que propõe a votação popular para
escolha dos suplentes. A proposta é que o suplente seja o
candidato mais votado não eleito e, do segundo suplente, o
seguinte. A PEC foi aprovada na Comissão de Constituição e
Justiça e seguirá para apreciação do Plenário, em dois turnos.

(Todos os mapas mentais estarão compilados ao final da aula para


revisão)

Vamos à Constituição ver como estão dispostos os artigos elucidados


acima:

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de


representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no
Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a
representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
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estabelecido por lei complementar,


proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para
que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados.
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de
representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
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§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três


Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito
Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Vamos agora conhecer e fixar alguns conceitos fundamentais na


continuidade do nosso estudo e com os quais estaremos sempre lidando
durante o curso.

LEGISLATURA: é o tempo correspondente aos trabalhos legislativos,


que corresponde a 4 anos. Funciona como um marco de início e fim de
trabalhos. Observe que, no caso dos deputados federais, o tempo coincide com
o seu mandato. Já no caso dos senadores, que tem mandatos de 8 anos, estes
possuem duas legislaturas em seus mandatos. Portanto, fique atento pois ao
se falar em legislatura, tecnicamente não se trata de mandatos dos
parlamentares, mas sim de trabalho legislativo.

Quando se inicia uma legislatura? Em 1º de fevereiro do ano subsequente


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às eleições, sendo marcada pela primeira reunião preparatória, quando tomam


posse deputados e senadores eleitos. (veremos os detalhes dessa reunião logo
mais)

As legislaturas são numeradas, seguindo uma ordem. Atualmente estamos


na 55ª, que se iniciou em 1º de fevereiro de 2015 e se estende até o dia 31
de janeiro de 2019.

MESA: o que vem a ser esse termo que tanto lemos por aí? A Mesa
(escrita com inicial maiúscula, caso contrário significará o objeto) é o órgão

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máximo do Senado Federal, tanto administrativamente quanto nas


atividades legislativas. A Mesa do SF está prevista no art. 46 do RISF e é
composta por um Presidente, que será o Presidente do Senado, dois Vice-
Presidentes e quatro Secretários, todos Senadores. Por ora, deixo apenas esse
esclarecimento para que saibam do que se trata este termo, já que falaremos
dele logo mais, sendo que a formação da Mesa e outros detalhes serão
trabalhados no decorrer do curso.

SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA (SLO): corresponde, grosso modo,


a um ano de atividades legislativas. Esse ano é dividido em períodos
legislativos, os quais são: 2 de fevereiro a 17 de julho - RECESSO - 1º de
agosto a 22 de dezembro. Então, a sessão legislativa ordinária corresponde
aos dois períodos.

O SF ou a CD podem alterar essas datas, de acordo com a conveniência,


através de resolução/ mudança regimental? NÃO! Essas definições estão na
CF/88, art. 57, e só podem ser alteradas mediante emenda à Constituição.

E se o dia 2 de fevereiro recair num sábado, em determinado ano? Bem,


nesse caso a reunião será transferida para o primeiro dia útil subsequente,
o que também vale para a reunião de 1º de agosto, ambas incluindo sábado,
domingos e feriados.

Texto do
Vamos ver como o RISF tratou a matéria? RISF terá
00000000000
sempre
essa cor.
Art. 2º O Senado Federal reunir-se-á:
I - anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de
1º de agosto a 22 de dezembro, durante as sessões
legislativas ordinárias, observado o disposto no art.
57 da Constituição;
II - quando convocado extraordinariamente o
Congresso Nacional (Const., art. 57, §§ 6º a 8º).

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Ademais, o §2º do art. 57 da CF/88 traz uma diretriz importante: sem a


aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO), não haverá
interrupção da sessão legislativa no dia 17 de julho.

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á,


anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão
transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,
quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
(...)

00000000000

SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA (SLE): é a que funciona no


período do recesso, sempre decorrente de uma convocação extraordinária.
As hipóteses estão previstas no art. 57 da CF/88. Aqui é importante frisar que
a convocação será do Congresso Nacional (CN).

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A primeira delas é por convocação do Presidente do Senado, nos


seguintes casos: 1 - caso seja decretado estado de defesa; 2 - decretação de
intervenção federal; 3 - pedido de autorização para a decretação de estado de
sítio; 4- e, por fim, para compromisso e posse do Presidente e Vice-Presidente
da República. (quando da análise das competências veremos um pouco dos
institutos acima referidos)

Art. 57. (...)


§ 6º A convocação extraordinária do Congresso
Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de
decretação de estado de defesa ou de intervenção
federal, de pedido de autorização para a decretação de
estado de sítio e para o compromisso e a posse do
Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da
República;

A segunda hipótese de convocação de sessão legislativa extraordinária


será:

Art. 57. (...)


§ 6º A convocação extraordinária do Congresso
00000000000

Nacional far-se-á:
(...)
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a
requerimento da maioria dos membros de ambas as
Casas, em caso de urgência ou interesse público
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com
a aprovação da maioria absoluta de cada uma das
Casas do Congresso Nacional.
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Veja que nessa segunda possibilidade de convocação de sessão legislativa


extraordinária, sempre deverá haver a aprovação pela maioria absoluta
de cada uma das Casas, ou seja, da CD e do SF.

A Constituição diz ainda que só haverá deliberação sobre matéria para a


qual foi convocada, salvo se houver medidas provisórias em vigor na data da
convocação, quando elas serão incluídas automaticamente na pauta.

Por fim, uma questão: os parlamentares receberão verbas indenizatórias


por participação nessa sessão legislativa extraordinária, não é? NÃO! A CF/88
proíbe em seu §7º do art. 57 o pagamento de qualquer parcela indenizatória
em razão da convocação. É uma pena! Rs.

Um estudioso desse nosso curso estava atentamente lendo o nosso


material e ficou com a seguinte dúvida (captei no ar!! Rs): Professor, se o CN
será convocado extraordinariamente para empossar o Presidente e o Vice, e
levando em conta que nessa mesma eleição foram eleitos senadores e
deputados federais, quer dizer que os novos deputados e senadores também
tomarão posse e, ao mesmo, receberão o compromisso do Presidente e Vice-
Presidente da República? Respondo: parabéns, você está atento ao estudo!
Mas não é bem assim.

O mandato dos parlamentares possui um atraso em relação ao mandato


00000000000

do Presidente. O mandato do Presidente começa 1º de janeiro do ano


subsequente à eleição, ano 1, e termina no dia 31 de dezembro do ano 4
(mesmo ano em que houve novas eleições, em outubro). Já o mandato dos
parlamentares começa sempre no dia 1º de fevereiro do ano subsequente à
eleição, ano 1, e termina no dia 31 de janeiro do 5º ano, um mês depois da
posse do Presidente e do Vice. (visualize melhor no mapa mental anterior)

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Então, os responsáveis pelo ato de empossar o Presidente e o Vice-


Presidente da República serão os parlamentares ainda da legislatura
anterior. É claro que há que se levar em conta a peculiaridade dos senadores,
já que nem todos sairão neste período por conta da renovação parcial.

Pessoal, para prosseguir preciso de um reforço na ATENÇÃO de


vocês para evitar confusões durante o estudo do regimento. Venham
aqui comigo e fique tranquilo que logo mais terá um mapa mental
resumindo tudo!!

SESSÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA ou apenas SESSÃO


ORDINÁRIA: essa sessão é prevista no RISF e corresponde a um dia
legislativo, dia de atividades. O art. 154, §1º do regimento nos traz essa
definição, vejamos:

Art. 154. As sessões do Senado podem ser:


I - deliberativas:
a) ordinárias;
(...) 00000000000

§ 1º Considera-se sessão deliberativa ordinária, para


os efeitos do art. 55, III1, da Constituição Federal,
aquela realizada de segunda a quinta-feira às quatorze
horas e às sextas-feiras às nove horas, quando houver
Ordem do Dia previamente designada.

1
Art. 55, III da CF/88: Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: (...)III - que deixar de
comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer,
salvo licença ou missão por esta autorizada;
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Veja: antes estávamos nos referindo a sessão LEGISLATIVA ordinária,


que é algo maior, um ano legislativo. Aqui estamos vendo a sessão
ordinária, que é um dia de atividades. Não vamos entrar aqui nas minúcias da
sessão ordinária, mas é importante desde já conhecer as duas definições para
se familiarizar com os termos. Portanto, quando estivermos nos referindo à
sessão de trabalho, reuniões do dia, será apenas sessão ordinária ou sessão
deliberativa ordinária, pois é assim, inclusive, no texto do RISF. Por outro lado,
para falarmos do ano de trabalho, sempre utilizaremos sessão legislativa
ordinária.

SESSÃO DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA ou SESSÃO


EXTRAORDINÁRIA: aqui nós temos uma sessão de atividades fora do dia
ou hora agendado para as sessões ordinárias. É muito importante
entender que em nada se assemelha com a sessão LEGISLATIVA
extraordinária, da qual já tratamos. Sobre a nomenclatura, repito o exposto
anteriormente: quando estivermos nos referindo à sessão de trabalho
extraordinária, fora do padrão das ordinárias, será apenas sessão
extraordinária ou sessão deliberativa extraordinária, pois é assim, também, no
texto do RISF. Por outro lado, para falarmos de convocação extra do
Congresso Nacional, prevista na CF/88, sempre utilizaremos sessão legislativa
extraordinária.

Vejamos como isso está exposto no RISF:


00000000000

Art. 154. As sessões do Senado podem ser:


I - deliberativas:
(...)
b) extraordinárias;
(...)
§ 2º As sessões deliberativas extraordinárias, com
Ordem do Dia própria, realizar-se-ão em horário
diverso do fixado para sessão ordinária, ressalvado
o disposto no § 3º.

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§ 3º O Presidente poderá convocar, para qualquer


tempo, sessão extraordinária quando, a seu juízo e
ouvidas as lideranças partidárias, as circunstâncias o
recomendarem ou haja necessidade de deliberação
urgente.

Assim como a sessão ordinária, trataremos dos detalhes da sessão


extraordinária em momento oportuno.

SESSÕES PREPARATÓRIAS: essas sessões antecedem a abertura


oficial dos trabalhos, da SLO, e servem para empossar os novos membros
do SF bem como proceder è eleição da Mesa da Casa. No RISF, tais sessões
recebem o nome de REUNIÃO PREPARATÓRIA, sendo o sessão preparatória
é a forma com que dispõe a CF/88. Como nosso estudo é RISF, fiquemos com
o nome utilizado por ele. A data da reunião será sempre dia 1º de fevereiro,
um dia antes da abertura da sessão legislativa ordinária, mas já em
nova legislatura. Ainda nesta aula iniciaremos o estudo completo das reuniões
preparatórias.A

Após essa sopa de letrinhas, sugiro a você fazer uma pausa, descanse a
mente e, ao voltar, leia novamente do início dos temos apresentados. Isso
dará um tempo para o cérebro processar e, depois, fixar o entendimento.
00000000000

Sugiro não apenas decorar os termos, pois na hora da prova, com tanta
pressão, poderá se confundir. Sou adepto da memorização através do
entendimento.

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O REGIMENTO INTERNO

O RISF vigente foi instituído pela Resolução nº 93, do ano de 1970,


tendo sido alterado ao longo desse tempo. A última alteração sofrida pelo RISF
foi mês de setembro de 2015, já incorporada ao regimento consolidado.

Como uma norma legal, o regimento interno se enquadra na espécie


de ato normativo primário, ou seja, ele é previsto na CF/88,
especificamente no art. 59, inciso VII, no mesmo artigo onde são previstas
outras normas primárias, tais como emendas constitucionais, leis
complementares, etc.

Obviamente que a competência privativa para a edição do regimento


interno é do próprio órgão, no caso, o Senado. No art. 52, inciso XII, a CF/88
nos traz essa competência de maneira expressa. A sua votação será exclusiva
no Senado, bem como a promulgação e publicação.

Além de regular o algumas questões administrativas da Casa, o RISF


constitui-se de verdadeiro instrumento para condução do processo legislativo
no Senado, o que aumenta sua importância.

A SEDE DO SENADO FEDERAL

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A sede do Senado Federal é Brasília, mais especificamente no Palácio do


Congresso Nacional (vide foto na abertura do curso, para quem não conhece).

Isso está expresso no primeiro artigo do RISF, vejamos:

Art. 1º O Senado Federal tem sede no Palácio do


Congresso Nacional, em Brasília.

Parágrafo único. Em caso de guerra, de comoção


intestina, de calamidade pública ou de ocorrência que
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impossibilite o seu funcionamento na sede, o Senado


poderá reunir-se, eventualmente, em qualquer outro
local, por determinação da Mesa, a requerimento da
maioria dos Senadores.

E a Constituição, o que fala a respeito? Ela fala de uma forma indireta,


observem:

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á,


anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a
17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

Continuando, no parágrafo único nós vemos que em alguns casos o SF


poderá reunir-se em qualquer outro local, por determinação da mesa, a
requerimento da maioria dos senadores.

O RISF NÃO AUTORIZA a


mudança de sede,
apenas a reunião em
local diverso, ou seja, o
seu funcionamento
temporário em outro
local que não a sede.
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Assim, vejamos as situações provisórias em que tais reuniões são


autorizadas. Vamos listá-las:

Em caso de guerra;

Comoção intestina, vale dizer, comoção interna;


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Calamidade pública; ou

Ocorrência que impossibilite o seu funcionamento na sede.

Está claro, portanto, que são situações temporárias e altamente


excepcionais, exigindo que a maioria dos senadores realizem o pedido e, após,
que a Mesa determine.

Foto: Senado Federal em pleno funcionamento!


00000000000

QUORUM

Uma vez que já iniciaremos logo mais o estudo que demanda esse
conhecimento, falaremos agora sobre os quoruns, o que são, quais os tipos,
como funcionam.

O quorum é a exigência mínima de número de senadores que devem estar


presentes para deliberações, aprovação de matérias ou instalação de reunião.
Podem ser de maioria simples; maioria absoluta e quoruns qualificados.

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A regra geral para as votações no SF e na CD é de maioria simples


de votos, o que é previsto diretamente no art. 47 da CF/882, a não ser que
haja disposição em contrário.

A maioria simples nada mais é do que o voto da maioria para


aprovação, desde que presentes na votação a maioria absoluta dos
membros. No SF a maioria absoluta é de 41 senadores. Assim, por exemplo,
para as situações que exijam a maioria simples de voto da Casa, basta ter ao
menos 41 senadores na votação e, dentre eles, a metade vote favoravelmente,
ou seja, 21 senadores, sendo estes a representação da maioria simples, nessa
ocasião. Exemplos: aprovação de projetos de lei ordinária, resolução e
medidas provisórias.

O quorum de maioria absoluta é aquele que exige o voto da maioria


absoluta dos membros para a aprovação da deliberação,
independentemente do número de presentes. Como já sabemos, a
maioria absoluta do SF é 41 senadores. Por exemplo: para que uma matéria
que exija maioria absoluta seja aprovada, é necessário 41 votos favoráveis,
independente da quantidade de parlamentares presentes na sessão. Exemplos:
aprovação de projetos de lei complementar, decreto legislativo.

Importante frisar que o quorum é exigido no RISF não apenas para


deliberações ou aprovações, mas também para instalação de sessões, como
poderemos constatar no andamento do estudo. 00000000000

Vejamos agora uma tabela produzida pelo SF e retirada do site, onde


facilmente podemos identificar o número de cada quorum fracionado com que
nos depararemos durante o estudo do RISF.

2
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros .
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Quorum SENADO (81 MEMBROS)


Maioria simples A maioria, presente a maioria absoluta dos senadores
Maioria absoluta 41
3/5 49
2/3 54
1/6 14
1/10 9
1/20 4
1/3 27
2/5 33

Vale destacar que o art. 288 do RISF declina uma série de quoruns
específicos para deliberações do SF em suas competências constitucionais.
Como se trata de estudo inicial e conceitual, permitam-me apresentar esse
conteúdo mais à frente, oportunidade em que trarei um quadro detalhado da
matéria.

REUNIÕES PREPARATÓRIAS

Como já afirmado, as reuniões preparatórias antecedem a inauguração da


sessão legislativa ordinária. A fim de continuarmos o estudo, vamos analisar o
que nos diz a CF/88 bem como o RISF.

Art. 57 (...)
00000000000

§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões


preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro
ano da legislatura, para a posse de seus membros e
eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2
(dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo
na eleição imediatamente subseqüente.

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Art. 3º A primeira e a terceira sessões legislativas


ordinárias de cada legislatura serão precedidas de
reuniões preparatórias (...)

IV - a primeira reunião preparatória realizar-se-á:

a) no início de legislatura, a partir do dia 1º de


fevereiro;
b) na terceira sessão legislativa ordinária, no dia 1º de
fevereiro;

V - no início de legislatura, os Senadores eleitos


prestarão o compromisso regimental na primeira
reunião preparatória; em reunião seguinte, será
realizada a eleição do Presidente e, na terceira, a dos
demais membros da Mesa;

VI - na terceira sessão legislativa ordinária, far-se-á a


eleição do Presidente da Mesa na primeira reunião
preparatória e a dos demais membros, na reunião
seguinte;

00000000000

E aí, notaram alguma diferença? Claro, né? Na CF/88 fala-se em reunião


preparatória apenas na primeira sessão legislativa, sendo que no RISF estipula
uma na primeira e outra na terceira legislatura.

De fato, são várias reuniões preparatórias, cada uma com um objetivo.


Isso pode ser concluído do texto do RISF. Veja: no início da legislatura, antes
de ser aberta a sessão legislativa ordinária, será instalada a primeira reunião
preparatória, a qual empossará os novos integrantes do SF (inciso V do art.
3º).

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Na sequência, haverá outra reunião preparatória, agora para eleição do


Presidente do Senado. Por fim, haverá uma terceira reunião preparatória para
eleição dos demais integrantes da Mesa Diretora do Senado.

Na terceira sessão legislativa ordinária, ou seja, dois anos após e já no


ano 3 da legislatura, haverá mais duas reuniões preparatórias: uma para
eleição do Presidente e uma segunda para eleição da Mesa Diretora.

DAS REUNIÕES PREPARATÓRIAS

Art. 3º A primeira e a terceira sessões legislativas


ordinárias de cada legislatura serão precedidas de
reuniões preparatórias, que obedecerão às seguintes
00000000000

normas:

I - iniciar-se-ão com o quorum mínimo de um sexto da


composição do Senado, em horário fixado pela
Presidência, observando-se, nas deliberações, o disposto
no art. 288;

II - a direção dos trabalhos caberá à Mesa anterior, dela


excluídos, no início de legislatura, aqueles cujos
mandatos com ela houverem terminado, ainda que
reeleitos;

III - na falta dos membros da Mesa anterior, assumirá a


Presidência o mais idoso dentre os presentes, o qual
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convidará, para os quatro lugares de Secretários,


Senadores pertencentes às representações partidárias
mais numerosas;

IV - a primeira reunião preparatória realizar-se-á:


a) no início de legislatura, a partir do dia 1º de
fevereiro;
b) na terceira sessão legislativa ordinária, no dia 1º de
fevereiro;

V - no início de legislatura, os Senadores eleitos


prestarão o compromisso regimental na primeira reunião
preparatória; em reunião seguinte, será realizada a
eleição do Presidente e, na terceira, a dos demais
membros da Mesa;

VI - na terceira sessão legislativa ordinária, far-se-á a


eleição do Presidente da Mesa na primeira reunião
preparatória e a dos demais membros, na reunião
seguinte;

VII - nas reuniões preparatórias, não será lícito o uso da


palavra, salvo para declaração pertinente à matéria que
nelas deva ser tratada.

00000000000

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Tanto o regimento quanto a


CF/88 falam em reunião
preparatória "a partir do dia
1º de fevereiro", não
havendo nenhuma
obrigatoriedade de ser neste
dia. Por outro lado, a SLO deve
ser iniciada obrigatoriamente
no dia 2 de fevereiro, nada
impedindo que as reuniões
preparatórias, por exemplo,
ocorram neste dia. Estamos
estudando como marco o dia
1º/2, mas é preciso que esta
peculiaridade esteja clara. A
única exigência
constitucional é que a
preparatória ocorra antes
da abertura da SLO e que
esta, por sua vez, seja no dia
2/2.

O primeiro ponto a ser estudado é o quorum mínimo para abertura da


reunião preparatória do dia 1º de fevereiro, que é de 1/6 da composição
do SF. Já sabemos que essa fração corresponde a 14 senadores presentes
para início dos trabalhos.

O art. 288 citado no inciso I do art. 3º se refere aos quoruns para


00000000000

deliberação lá constantes e, como já dito, será trabalhado posteriormente.

Uma vez que será escolhida uma nova Mesa, a anterior deverá dirigir os
trabalhos da reunião. Serão excluídos dessa composição da Mesa os senadores
que tiverem encerrado os seus mandatos no dia anterior, 31 de janeiro (fim da
legislatura anterior - vide mapa mental). Por óbvio, caso eles fossem
integrantes da mesa, já não farão parte do corpo parlamentar.

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Professor, e no caso de ser um senador reeleito que seja membro da


Mesa? Excelente, amigo!!! Pensemos: o senador Fulano de Tal era integrante
da Mesa, mas seu mandato de 8 anos terminou. No entanto, esse mesmo
senador foi reeleito, então, na prática, ele vai continuar no senado. Será que
nesse caso ele pode compor a mesa, uma vez que não teria havido alteração
de sua condição de senador com a reeleição? NÃO!

Isso porque, caro aluno, o mandato dele terminou e a instalação da


reunião preparatória é justamente para empossar e tomar compromisso dos
senadores eleitos na última eleição. Ora, como, no nosso exemplo, o senador
Fulano de Tal irá empossar-se a si mesmo? No caso, o mandato dele acabou
"ontem", dia 31 de janeiro, e enquanto ele não tomar posse novamente, não
estará investido no seu novo mandato.

Então, a reunião iniciar-se-á com a Mesa "antiga", excluídos dela


eventuais senadores reeleitos, esta é a mensagem que deve ser guardada.

E se todos os membros da Mesa tiveram seus mandatos encerrados ou


faltarem? Nesse caso, assumirá a Presidência o senador mais velho dentre os
presentes e ele mesmo convidará para os lugares de Secretários outros
senadores pertencentes às representações partidárias mais numerosas.

00000000000

1 - Não será o senador


mais idoso da Casa, mas
sim entre os presentes!
2 - veja que o RISF nada
fala em preencher os
cargos de Vice-
Presidentes!

Por fim, o RISF afirma que nessas reuniões não será permitido o uso da
palavra pelos senadores, a não ser que seja para alguma declaração pertinente
ao ato.

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COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO SENADO FEDERAL

Caro aluno, vamos começar a nos familiarizar com as competências do


Senado Federal? Como esta aula tem a proposta de apresentar uma visão
geral, acho propício já iniciarmos com o que preceitua a CF/88 sobre o assunto
justamente para que se inicie essa familiaridade com o tema.

Registro que pontualmente trabalharemos, durante a aplicação do RISF no


curso, com a explicação de cada competência, conforme elas forem se
apresentando. Não obstante, vale, desde já, a leitura de tão importante artigo
constitucional para o desenvolvimento do nosso curso.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
República nos crimes de responsabilidade, bem como os
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza
conexos com aqueles;
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral
da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade;
00000000000

III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição


pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo
Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

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IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição


em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão
diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República,
limites globais para o montante da dívida consolidada
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as
operações de crédito externo e interno da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder
Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a
concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o
montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei
declarada inconstitucional por decisão definitiva do
00000000000

Supremo Tribunal Federal;


XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento,
polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de
lei para fixação da respectiva remuneração, observados

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os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes


orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos
termos do art. 89, VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do
Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
componentes, e o desempenho das administrações
tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e
dos Municípios.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e
II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal
Federal, limitando-se a condenação, que somente será
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal,
à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para
o exercício de função pública, sem prejuízo das demais
sanções judiciais cabíveis.

Faça bom proveito do material de estudo. Se ainda não baixou o seu RISF,
faça o quanto antes. Segue o link:
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/regimento-interno#/

Espero que tenha gosta da aula, nos vemos em breve!


00000000000

Bons estudos,

Fabrício Rêgo

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Complemento do aluno

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QUESTÕES COMENTADAS

Chegou a hora de praticarmos o que foi visto na aula de hoje, mas não só,
aprender mais. Para tanto, gostaria de te sugerir um método para estudar as
questões abaixo. Ué, professor, mas não é só responder e ver se acertou ou
não?! Sim, tecnicamente é isso, claro. Não se trata de nenhuma receita
mirabolante o que vou dizer, apenas uma forma de, a meu ver, tirar melhor
proveito dos exercícios.

Eu vejo os exercícios além de mera prática para mensurar o aprendizado.


Os vejo como material de estudo e de onde posso tirar grande proveito em
aprendizado. Sempre foi essa minha forma de estudo e há conhecimentos que
até hoje eu me lembro de ter aprendido com a prática de questões utilizando
este método. Então vamos lá.

Sugiro você ler a questão. Se for uma questão fácil e você já tenha o
domínio da matéria, ótimo, ela servirá mesmo para exercitar. De toda forma,
leia a questão, pense a respeito dela, se sabe ou não responder. Caso haja
uma dúvida mínima sobre a resposta, vá em busca dela. Isso mesmo, pesquise
a resposta. Mas veja: não digo pra colocar a questão no Google e ver o
gabarito. Não! 00000000000

Procure no material, na CF/88, no RISF, enfim, onde a questão é tratada e


leia sobre o assunto. Tendo encontrado a resposta, volte à questão, leia
novamente, confirme se é isso mesmo, e responda. Faça isso para cada item
em questões de múltiplas escolhas.

Sim, eu sei, é trabalhoso. No entanto, com isso você revisou a matéria e,


além disso, aprendeu um monte de coisas novas. Mas não é essa a justificativa
para o método.

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Ele se justifica pelo fato de nosso cérebro se fixar muito em traumas. Ao


ler uma questão e não saber respondê-la, ou ter dúvidas, cria-se uma lacuna
de inquietação no cérebro (trauma é uma palavra exagerada!!). Quando você
parte em busca das respostas, o seu cérebro, com essa lacuna, vai captar com
certa obsessão todo o conteúdo que for lido, pois é um processo natural dele
querer se livrar do incômodo gerado pela lacuna, processo de cura. Ao se
deparar com a resposta correta e voltar para a questão, respondê-la, você
repassou todo o conteúdo e, assim, concluiu o ciclo do aprendizado.

Utilize isso em todas as matérias, faça um teste, e confirme você mesmo


os resultados.

Por fim, gostaria de creditar a apresentação desse método a mim ao


Professor Carlos Elias de Oliveira, o qual, hoje, é Consultor Legislativo
do Senado Federal aprovado no último concurso para a área de Direito Civil,
Processo Civil e Direito Agrário, tendo sido, antes, aprovado para diversos
cargos, incluindo Advogado da União.

Resumo do método:

1. Leia a questão e tire dela tudo o que precisa;

2. Pesquise em materiais, leis, livros, a resposta para cada item;

3. Retorne à questão, leia novamente e responda! Simples


00000000000

assim!

Abaixo seguem as questões comentadas e, ao final de todas, as mesmas


questões sem os comentários. Opte pela maneira que entender ser melhor,
fazer já vendo os comentários ou resolver e apenas depois ver a resposta.

1 - (CESPE - TJDFT - Juiz Substituto - 2016 - alterada) A convocação


extraordinária do Congresso Nacional Realizada pelo presidente do Senado
Federal, em caso de relevante interesse público, está na margem de sua
discricionariedade política, prescindindo-se, assim, de confirmação. ( )

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Resposta: ERRADO - A resposta está no art. 57, §6º, II da CF/88. Em todas as


possibilidades de convocação previstas neste inciso haverá aprovação da
maioria absoluta de cada uma das Casas.

2 - (CESPE - TRE-RS - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015 -


alterada) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, composto
pela Câmara dos Deputados, onde atuam os representantes dos estados, e
pelo Senado Federal, que se compõe de representantes do povo. ( )

Resposta: ERRADO - Nessa questão o examinador trocou os conceitos. Vamos


lembrar: CD - representantes do povo; SF - representantes dos estados e DF.

3 - (FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Área Administrativa - Analista


Judicial) A Constituição da República dispõe que são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Nesse contexto, destaca-se que:

(A) há exclusividade no exercício das funções legislativa, administrativa e


jurisdicional, respectivamente, pelos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, em respeito ao princípio constitucional da separação dos Poderes;

(B) há exclusividade no exercício das funções legislativa e administrativa,


respectivamente, pelos Poderes Legislativo e Executivo, mas a função
jurisdicional, em nível municipal, é exercida, em regra, pelo Poder Legislativo;

(C) não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, podendo, por
exemplo, o Legislativo, afora sua função típica (normativa), praticar atos no
exercício de função jurisdicional, como as decisões finais dos Tribunais de
Contas que têm natureza de título executivo judicial;

(D) não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, podendo, por
exemplo, o Judiciário, afora sua função típica (jurisdicional), praticar atos no
exercício de função normativa, como a elaboração dos regimentos internos dos
Tribunais; 00000000000

(E) não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, podendo, por
exemplo, o Executivo, afora sua função típica (administrativa), praticar atos no
exercício de função jurisdicional, como impeachment de membro do
Legislativo.

Resposta: A letra D é a correta. A previsão constitucional está no art. 96, I, a,


sendo competência privativa dos tribunais elaborar seus regimentos em função
atípica legislativa. Comentários a outras assertivas: Letra B - em nível
municipal não existe função jurisdicional. Letra C - o TCU, a despeito de ter o
nome de Tribunal, não exerce função jurisdicional.

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4 - (CESPE - TCE-RN - 2015) A respeito de conceito, classificações e


princípios fundamentais da Constituição, julgue o item a seguir.

O princípio da separação de poderes apresenta a dimensão positiva, que traça


a ordenação e a organização dos poderes constituídos, e a dimensão negativa,
que fixa limites e controles na relação entre os poderes. ( )

Resposta: CERTO. É o desenho do sistema de freios e contrapesos.

5 - (FCC - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015)


Adotar-se-á o princípio majoritário na eleição para

(A) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador


de Estado, Senado Federal, Prefeito e Vice-Prefeito.

(B) Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Câmara dos


Deputados, Prefeito e VicePrefeito.

(C) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e


Câmaras Municipais.

(D) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador


de Estado, Senado Federal e Câmara dos Deputados.

(E) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Prefeito


e Vice-Prefeito.

Resposta: Letra A - Acredito que essa questão não tenha gerado grandes
dificuldades. No entanto, basta constatar que em todas as outras alternativas
há a "Câmara dos Deputados" e já sabemos que ela se pauta pelo sistema
proporcional.

6 - (FCC - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015) A


Constituição prevê, diretamente, a competência do Senado Federal para
00000000000

aprovar a escolha de indicados para os cargos de:

(A) Ministros de Estado e dos Tribunais Superiores, Governador de Território e


Presidente do Banco Central, sempre em votação secreta.

(B) Ministros dos Tribunais Superiores, Integrantes do Conselho Nacional do


Ministério Público, Diretores do Banco Central e Presidentes da Caixa
Econômica Federal e do Banco do Brasil, sempre em votação secreta.

(C) Ministros do Tribunal de Contas da União, Defensor Público-Geral da União,


Advogado-Geral da União e Chefes de Missão Diplomática de caráter
permanente, sempre em votação pública.

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D) Ministros do Superior Tribunal de Justiça, Procurador-Geral da República,


Diretores do Banco Central e parte dos Integrantes do Conselho Nacional de
Justiça, sempre em votação secreta.

(E) Governador de Território, todos os Integrantes dos Conselhos Nacionais de


Justiça e do Ministério Público e Presidente do Banco Central, sempre em
votação pública.

Resposta: Letra D - A aprovação será sempre por voto secreto, mas


precedida de arguição pública, conforme prevê o art. 52, III da CF/88. Quanto
ao integrante do CNJ, a disposição está contida no art. 103-B, XIII, da CF/88,
sendo o SF responsável por indicar um cidadão de notável saber jurídico e
reputação ilibada. Já a aprovação do Ministro do STJ está prevista no art. 104,
P.U. da CF/88.

7 - (MPE-MS - Promotor de Justiça Substituto - 2015) Nos crimes de


responsabilidade, processar e julgar os membros do Conselho Nacional do
Ministério Público compete:

A) Ao Supremo Tribunal Federal.


B) Ao Superior Tribunal de Justiça.
C) A Câmara dos Deputados.
D) Ao Senado Federal.
E) Ao Congresso Nacional.

Resposta: Letra D - Conforme prevê art. 52, II, da CF/88.

8 - (IESES - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015)


Quanto ao Congresso Nacional é correto afirmar que:
00000000000

a) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos,


pelo sistema majoritário, em cada Estado.

b) O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados, eleitos,


segundo o sistema proporcional.

c) Na Câmara Federal nenhuma das unidades federativas terá menos de quatro


ou mais de oitenta Deputados.

d) Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e


de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.

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Resposta: Letra D - Essa assertiva é a transcrição literal do art. 47 da CF/88,


sem tirar nem por.

9 - (IESES - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015)


Compete privativamente ao Senado Federal, EXCETO:

a) Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em


operações de crédito externo e interno.

b) Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo


contra o Presidente e o VicePresidente da República e os Ministros de Estado.

c) Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada


inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.

d) Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a


escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.

Resposta: Letra B - Todas as demais alternativas são competência do SF,


exceto a B, que é da CD, conforme art. 51, I da CF/88. Vejamos as demais:
art. 52, VIII, X, IV da CF/88.

10 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Administração 2008)


O Senado Federal, durante as sessões legislativas ordinárias, reunir-se-á
anualmente:

(A) de 1º de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.


(B) de 2 de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
(C) de 15 de fevereiro a 17 de julho e de 15 de agosto a 20 de dezembro.
(D) de 1º de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 20 de dezembro.
(E) de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

Resposta: Letra E - Essa é, em princípio, fácil. Mas se o candidato não estiver


dominando o conteúdo, ele poderá se confundir com as datas, objetivo da
00000000000

questão.

11 - (FGV - Senado Federal - Consultor de Orçamento 2008) A Mesa do


Senado se compõe de:

(A) Presidente, Vice-Presidente e quatro Secretários.


(B) Presidente, dois Vice-Presidentes e cinco Secretários.
(C) Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários.
(D) Presidente, Vice-Presidente e três Secretários.
(E) Presidente, três Vice-Presidentes e quatro Secretários.

Resposta: Letra C - Resposta no art. 46 do RISF.

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12 - (FUNCAB - PC-RJ - Delegado de Polícia - 2012) Acerca das Reuniões


ou Sessões do Poder Legislativo, qual das hipóteses abaixo NÃO possui
previsão constitucional?

A) Sessão Extraordinária.
B) Sessão Ordinária.
C) Sessão Conjunta.
D) Sessão Preparatória.
E) Sessão Interventiva.

Resposta: Letra E - Questão que busca confundir o candidato com as


nomenclaturas. Na nossa aula não falamos apenas de sessão conjunta, que é a
sessão do Congresso Nacional, sendo que a interventiva não existe.

13 - (FCC - TRF 2ª Região - Analista Judiciário - Taquigrafia - 2012) No


que concerne ao Poder Legislativo, de acordo com a Constituição Federal
brasileira de 1988, cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias,
a partir de 1o de fevereiro, no primeiro ano de legislatura, para a posse de
seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de

(A) 01 (um) ano, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição


imediatamente subsequente.

(B) 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição


imediatamente subsequente.

(C) 02 (dois) anos, permitida uma recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.

(D) 01 (um) ano, permitida uma recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.

(E) 06 (seis) meses, permitida uma recondução para o mesmo cargo na


eleição subsequente. 00000000000

Resposta: Letra B - Essa questão retirou sua inspiração do art. 57, §4º da
CF/88, em sua literalidade.

14- (FCC - MPE-MA - Analista Ministerial - Direito - 2013) Segundo a


Constituição Federal brasileira, no tocante às reuniões é correto afirmar:

(A) A sessão legislativa só poderá ser interrompida para posterior aprovação


do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

(B) O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 28


de fevereiro a 21 de julho e de 1o de agosto a 23 de dezembro.

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(C) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão


conjunta para, dentre outros assuntos, conhecer do veto e sobre ele deliberar.

(D) Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias para eleição
das respectivas Mesas, para mandato de um ano, vedada a recondução para o
mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.

(E) A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente da Câmara


dos Deputados.

Resposta: Letra C - Também literalidade do art. 57, §3º, IV, da CF/88

LISTA DE QUESTÕES – SEM COMENTÁRIO

1 - (CESPE - TJDFT - Juiz Substituto - 2016 - alterada) A convocação


extraordinária do Congresso Nacional Realizada pelo presidente do Senado
Federal, em caso de relevante interesse público, está na margem de sua
discricionariedade política, prescindindo-se, assim, de confirmação. ( )

2 - (CESPE - TRE-RS - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015 -


alterada) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, composto
pela Câmara dos Deputados, onde atuam os representantes dos estados, e
pelo Senado Federal, que se compõe de representantes do povo. ( )

3 - (FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Área Administrativa - Analista


Judicial) A Constituição da República dispõe que são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Nesse contexto, destaca-se que:

(A) há exclusividade no exercício das funções legislativa, administrativa e


jurisdicional, respectivamente, pelos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, em respeito ao princípio constitucional da separação dos Poderes;
00000000000

(B) há exclusividade no exercício das funções legislativa e administrativa,


respectivamente, pelos Poderes Legislativo e Executivo, mas a função
jurisdicional, em nível municipal, é exercida, em regra, pelo Poder Legislativo;

(C) não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, podendo, por
exemplo, o Legislativo, afora sua função típica (normativa), praticar atos no
exercício de função jurisdicional, como as decisões finais dos Tribunais de
Contas que têm natureza de título executivo judicial;

(D) não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, podendo, por
exemplo, o Judiciário, afora sua função típica (jurisdicional), praticar atos no
exercício de função normativa, como a elaboração dos regimentos internos dos
Tribunais;
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(E) não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, podendo, por
exemplo, o Executivo, afora sua função típica (administrativa), praticar atos no
exercício de função jurisdicional, como impeachment de membro do
Legislativo.

4 - (CESPE - TCE-RN - 2015) A respeito de conceito, classificações e


princípios fundamentais da Constituição, julgue o item a seguir.

O princípio da separação de poderes apresenta a dimensão positiva, que traça


a ordenação e a organização dos poderes constituídos, e a dimensão negativa,
que fixa limites e controles na relação entre os poderes. ( )

5 - (FCC - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015)


Adotar-se-á o princípio majoritário na eleição para

(A) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador


de Estado, Senado Federal, Prefeito e Vice-Prefeito.

(B) Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Câmara dos


Deputados, Prefeito e VicePrefeito.

(C) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e


Câmaras Municipais.

(D) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador


de Estado, Senado Federal e Câmara dos Deputados.

(E) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Prefeito


e Vice-Prefeito.

6 - (FCC - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015) A


Constituição prevê, diretamente, a competência do Senado Federal para
aprovar a escolha de indicados para os cargos de:
00000000000

(A) Ministros de Estado e dos Tribunais Superiores, Governador de Território e


Presidente do Banco Central, sempre em votação secreta.

(B) Ministros dos Tribunais Superiores, Integrantes do Conselho Nacional do


Ministério Público, Diretores do Banco Central e Presidentes da Caixa
Econômica Federal e do Banco do Brasil, sempre em votação secreta.

(C) Ministros do Tribunal de Contas da União, Defensor Público-Geral da União,


Advogado-Geral da União e Chefes de Missão Diplomática de caráter
permanente, sempre em votação pública.

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D) Ministros do Superior Tribunal de Justiça, Procurador-Geral da República,


Diretores do Banco Central e parte dos Integrantes do Conselho Nacional de
Justiça, sempre em votação secreta.

(E) Governador de Território, todos os Integrantes dos Conselhos Nacionais de


Justiça e do Ministério Público e Presidente do Banco Central, sempre em
votação pública.

7 - (MPE-MS - Promotor de Justiça Substituto - 2015) Nos crimes de


responsabilidade, processar e julgar os membros do Conselho Nacional do
Ministério Público compete:

A) Ao Supremo Tribunal Federal.


B) Ao Superior Tribunal de Justiça.
C) A Câmara dos Deputados.
D) Ao Senado Federal.
E) Ao Congresso Nacional.

8 - (IESES - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015)


Quanto ao Congresso Nacional é correto afirmar que:

a) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos,


pelo sistema majoritário, em cada Estado.

b) O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados, eleitos,


segundo o sistema proporcional.

c) Na Câmara Federal nenhuma das unidades federativas terá menos de quatro


ou mais de oitenta Deputados.

d) Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e


de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.
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9 - (IESES - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015)


Compete privativamente ao Senado Federal, EXCETO:

a) Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em


operações de crédito externo e interno.

b) Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo


contra o Presidente e o VicePresidente da República e os Ministros de Estado.

c) Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada


inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.

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d) Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a


escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.

10 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Administração 2008)


O Senado Federal, durante as sessões legislativas ordinárias, reunir-se-á
anualmente:

(A) de 1º de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.


(B) de 2 de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
(C) de 15 de fevereiro a 17 de julho e de 15 de agosto a 20 de dezembro.
(D) de 1º de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 20 de dezembro.
(E) de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

11 - (FGV - Senado Federal - Consultor de Orçamento 2008) A Mesa do


Senado se compõe de:

(A) Presidente, Vice-Presidente e quatro Secretários.


(B) Presidente, dois Vice-Presidentes e cinco Secretários.
(C) Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários.
(D) Presidente, Vice-Presidente e três Secretários.
(E) Presidente, três Vice-Presidentes e quatro Secretários.

12 - (FUNCAB - PC-RJ - Delegado de Polícia - 2012) Acerca das Reuniões


ou Sessões do Poder Legislativo, qual das hipóteses abaixo NÃO possui
previsão constitucional?

A) Sessão Extraordinária.
B) Sessão Ordinária.
C) Sessão Conjunta.
D) Sessão Preparatória.
E) Sessão Interventiva.

13 - (FCC - TRF 2ª Região - Analista Judiciário - Taquigrafia - 2012) No


que concerne ao Poder Legislativo, de acordo com a Constituição Federal
00000000000

brasileira de 1988, cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias,


a partir de 1o de fevereiro, no primeiro ano de legislatura, para a posse de
seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de

(A) 01 (um) ano, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição


imediatamente subsequente.

(B) 02 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição


imediatamente subsequente.

(C) 02 (dois) anos, permitida uma recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.

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(D) 01 (um) ano, permitida uma recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.

(E) 06 (seis) meses, permitida uma recondução para o mesmo cargo na


eleição subsequente.

14- (FCC - MPE-MA - Analista Ministerial - Direito - 2013) Segundo a


Constituição Federal brasileira, no tocante às reuniões é correto afirmar:

(A) A sessão legislativa só poderá ser interrompida para posterior aprovação


do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

(B) O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 28


de fevereiro a 21 de julho e de 1o de agosto a 23 de dezembro.

(C) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão


conjunta para, dentre outros assuntos, conhecer do veto e sobre ele deliberar.

(D) Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias para eleição
das respectivas Mesas, para mandato de um ano, vedada a recondução para o
mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.

(E) A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente da Câmara


dos Deputados.

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E D C A D D D B E
11 12 13 14 00000000000

C E B C

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