SOLUÇÕES: SEPARAÇÃO
EXPERIMENTO: separações por destilação simples, extração e cromatografia
O experimento está separado em três técnicas (cada uma com suas características),
todas tem por objetivo separar substâncias diferentes que estão misturados em soluções.
1- DESTILAÇÃO SIMPLES
Introdução
Teoria da destilação
Pressão do vapor: se um líquido for introduzido num espaço fechado no qual havia
sido feito vácuo, o líquido evaporará até que o vapor atinja uma pressão determinada que
depende apenas da temperatura . Essa pressão é chamada pressão de vapor do líquido, e
sempre aumenta com o aumento de temperatura. A variação da pressão de vapor com a
temperatura é dada de forma aproximada pela seguinte expressão:
a
log P = c −
T
onde a e c são constantes para a substância. Essa expressão significa que o gráfico do
logaritmo da pressão de vapor versus o inverso da temperatura absoluta é uma linha reta.
Podemos assim determinar, de forma aproximada, a pressão de vapor de um líquido a
qualquer temperatura conhecendo apenas a pressão de vapor em duas temperaturas
diferentes (dois pontos no gráfico já determinam a linha reta ).
pressão externa exercida sobre o líquido ( por exemplo, a pressão atmosférica ), bolhas de
vapor começam a se formar no interior do líquido. Dizemos que o líquido entra em ebulição e
a temperatura na qual isso ocorre é chamada ponto de ebulição naquela pressão. Se o
líquido for uma substância pura, a temperatura não se altera durante a ebulição; ao
aumentarmos o fornecimento de calor provocamos uma ebulição mais forte, isto é, forma-se
mais vapor por unidade de tempo, mas a temperatura permanece constante.
Um ponto importante a ser observado é o seguinte: para manter um líquido em ebulição
aquecendo-o com um banho de óleo é necessário que a temperatura do banho de óleo esteja
acima do ponto de ebulição do líquido ( 20 a 30°C acima produz bons resultados práticos );
isto ocorre porque o líquido, estando na temperatura de ebulição, precisa receber uma
quantidade adicional de calor ( chamado calor de vaporização ) para transformar-se em vapor.
Naturalmente, o banho de óleo só pode transferir calor para o líquido se estiver mais quente
que ele.
Procedimento experimental
Destilação simples
termômetro, de modo que o bulbo deste fique na altura da saída do vapor para o
condensador.
Coloque um béquer na saída do condensador e recolha o destilado (álcool). Este será
usado na cromatografia como eluente (solvente p/ fase móvel).
Termômetro
Saída de água
Entrada de água
Condensador
Balão
Cacos de Porcelana
Béquer
Banho
Tripé
Bico de Bunsen
Química Experimental – Laboratório 5
2- CROMATOGRAFIA
Introdução
O fato de que diferentes substâncias tem diferentes solubilidades em um dado solvente
pode ser usado de diversas maneiras para efetuar a separação de substância de misturas nas
quais elas estão presentes. Uma técnica muito utilizada que depende dessas diferenças de
solubilidade é a cromatografia.
Na técnica cromatográfica a mistura é depositada sobre alguma substância adsorvente,
sólida que pode ser uma tira de papel de filtro, uma camada delgada de sílica gel sobre um
pedaço de vidro; algum adsorvente finamente dividido empacotado em um tubo de vidro, etc.
Os componentes de uma mistura são adsorvidos sobre o sólido em graus variados
dependendo da natureza do componente, natureza do adsorvente e da temperatura. Um
solvente é então passado através do adsorvente sólido sob pressão aplicado ou gravitacional
ou por efeito capilar. Quando o solvente passa sobre a amostra depositada, os vários
componentes tendem, em graus variados, a serem dissolvidos e arrastados do sólido. A
velocidade com a qual um componente irá mover-se, depende de sua tendência relativa de
ser dissolvido no solvente e adsorvido no sólido. O efeito líquido é que quando o solvente
passa lentamente através do sólido, os componentes separam-se um do outro e movem-se
como zonas. Com a escolha própria do solvente e adsorvente, é possível separar muitas
misturas complexas por esta técnica.
O nome dado a um tipo particular de cromatografia depende de maneira como o
experimento é conduzido. Assim nós temos os tipos de cromatografia: em coluna, chamada
delgada, papel e a gás.
Neste experimento veremos a técnica de cromatografia em coluna, camada delgada e
papel para separar diferentes tipos de mistura: indicadores ácido - base; corantes e
pigmentos.
Na cromatografia em coluna solvente (fase móvel) flui através do adsorvente (fase
estacionária). Na cromatografia em camada delgada e no papel o solvente sobe através do
adsorvente por ação capilar.
Nos 3 tipos citados, o solvente tende a carregar a amostra com ele.
Na cromatografia em camada delgada e na cromatografia em papel, quando o solvente
percorreu uma distância L cm, o soluto, agora espalhado como uma banda ou zona difusa,
percorreu uma distância menor, chamada D cm. D/L é para uma dada substância sob
condições específicas, uma constante independente da quantidade relativa da substância ou
outras substâncias presentes. D/L é chamado valor de Rf para aquela substância sob
condições experimentais:
Procedimento Experimental
Procedimento
Coloque em um béquer de 150mL, cerca de 5mL de etanol e tampe com um vidro de
relógio.
Corte um pedaço de papel de filtro de dimensões tais que, quando dobrado e colocado
no béquer, não encoste nas paredes do mesmo. No papel de filtro, faça pontos com as
Química Experimental – Laboratório 5
canetas hidrográficas e aplique com auxílio de um capilar o resíduo obtido na destilação a 1cm
de altura da base do papel (observe na figura).
Coloque o papel no béquer e deixe eluir. Quando o solvente subir até próximo da altura
do papel, retire-o do frasco e assinale com um lápis a altura atingida pelo solvente. Deixe o
papel de filtro secar ao ar.
Calcule os Rf dos componentes (manchas) de cada uma das amostras de tinta.
Antes Depois
Altura do
Eluente
(solvente) Cálculo do Rf para
duas manchas, a e b:
a
papel ou
placa com sílica L
Da
Da Rf =
L
b
Db Db
Amostras devem ficar Rf =
Altura do 1 2 3 4 1 4
acima da linha do eluente 2 3 L
Eluente
(solvente)
Introdução
2) Extração com solventes quimicamente ativos. Este tipo de extração depende do uso de um
reagente que reaja quimicamente com o composto a ser extraído, e geralmente é
empregado para remover pequenas quantidades de impurezas de um composto orgânico
ou para separar os componentes de uma mistura. Incluem - se, entre tais reagentes,
soluções aquosas diluídas (5%) de hidróxido de sódio ou potássio; solução 5 ou 10% de
carbonato de sódio; solução saturada de bicarbonato de sódio (cerca de 5%); soluções
diluídas de ácido clorídrico ou sulfúrico concentrado. Pode-se empregar uma solução
diluída de hidróxido de Sódio (e também, soluções de carbonato e bicarbonato de sódio)
para remover um ácido orgânico de sua solução em solvente orgânico ou para remover
impurezas ácidas presentes num sólido ou líquido insolúvel na água. Assim, uma solução
etérea de um ácido orgânico pode ser convertido em seu sal de sódio que é solúvel em
água e insolúvel em éter. A solução de hidróxido de sódio também pode ser usada para
extrair compostos fenólicos. Uma solução de bicarbonato de sódio converte ácidos
carboxílicos a seus sais, mas não é suficientemente alcalina para formar sais com
compostos fenólicos. Assim, temos um método elegante de separar ácido carboxílico de
fenol . Primeiramente o ácido carboxílico é removido da solução no solvente orgânico por
meio de uma extração com a solução de bicarbonato de sódio são convertidos rapidamente
em seus respectivos ácidos carboxílicos e fenol pelo tratamento com HCl concentrado.
3) Extração contínua de líquidos ou sólidos por solventes.
3.1. Extração contínua líquido - líquido.
3.2. Extração contínua de um sólido por um líquido: aparelho de Soxhlet (verificar a
literatura para se familiarizar com os aparelhos usados em 3.1 e 3.2)
Procedimento Experimental
Meça em uma proveta, 25mL de gasolina e transfira para o funil de separação. Adicione ao
funil de separação 25mL de H2O destilada.
Tampe o funil, inverta e abra a torneira do mesmo para prevenir qualquer sobre pressão.
Em seguida, feche a torneira e agite suavemente durante alguns instantes.
Coloque o funil no anel de ferro, retire a tampa e aguarde a separação das camadas.
Recolha a fase aquosa em um béquer.
À gasolina que restou no funil, adicione 25mL de H2O destilada e repita o procedimento.
Recolha a fase aquosa no béquer e a gasolina recolha em uma proveta.
Meça o volume da gasolina e calcule o teor de etanol na gasolina.
Fase 1
Funil de Separação
Fase 2
Torneira
Erlenmeyer
Proveta Graduada
Suporte