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Gerenciamento de

Riscos
Professor: Me. Robson Edgard Faria
Objetivos

 Planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de


uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos sobre essa
organização ao mínimo possível, reduzindo ao mínimo os efeitos das perdas
acidentais, enfocando o tratamento aos riscos que possam causar danos
pessoais. ao meio ambiente e à imagem da empresa.
Gerenciamento de Riscos

Definição
 É a ciência, a arte e a função que visa a proteção dos recursos humanos,
materiais e financeiros de uma empresa, quer através da eliminação ou
redução de seus riscos, quer através do financiamento dos riscos
remanescentes, conforme seja economicamente mais viável.
Gerenciamento de Riscos

 Qual é a importância de gerenciar os riscos?


Terminologia
Terminologia

Risco (Hazard)
 Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos.
 Esses danos podem ser lesões à pessoas, danos aos equipamentos e instalações, danos ao meio
ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção.
 Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos.
Terminologia

Risco (Risk) determinado evento (acidente);


 Expressa uma probabilidade de
possíveis danos dentro de um período
 Chance de perda que uma empresa
específico de tempo ou número de
pode sofrer por causa de um
ciclos operacionais.
acidente ou série de acidentes.
 Pode ser indicado pela probabilidade
de um acidente multiplicada pelo
dano em reais, vidas ou unidades
operacionais.
Quando pensamos em risco estamos não
somente com o funcionário!
 Incerteza quanto à ocorrência de um
Terminologia

Segurança Perigo (Danger)


 É frequentemente definida como  Expressa uma exposição relativa a
isenção de riscos. um risco que favorece a sua
materialização em danos.
 Entretanto, é praticamente
impossível a eliminação completa de
todos os riscos.
 Segurança é, portanto, um
compromisso acerca de uma relativa
proteção da exposição a riscos.
 É o antônimo de perigo.
Terminologia

Dano Causa
 É a gravidade da perda:  É a origem de caráter humano ou
 Humana;
material relacionada com o evento
catastrófico (acidente ou falha),
 Material; resultante da materialização de um
 Ambiental; risco, provocando danos.
 Financeira.
 O qual pode resultar, caso o controle
sobre um risco seja perdido.
Terminologia

Perda Incidente
 É o prejuízo sofrido por uma  Qualquer evento ou fato negativo
organização, sem garantia de com potencial para provocar danos.
ressarcimento ou outros meios. É também chamado quase-acidente:
situação em que não há danos
Sinistro
macroscópicos.
 É o prejuízo sofrido por uma
organização, com garantia de
ressarcimento por seguro ou por
outros meios.
Desambiguação
Exemplo

 Um operário desprotegido pode cair de uma viga a três metros de altura, e


sofrer um dano físico, como por exemplo, uma fratura na perna. Se a viga
estivesse colocada a 90 metros de altura, ele, com certeza, estaria morto. O
risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos.
Entretanto, a diferença reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com
a queda.
Natureza e identidade de riscos
Natureza e identidade de riscos
RISCOS ESPECULATIVOS

 Envolvem uma possibilidade de ganho ou de perda. Podendo ser divididos em


três tipos:
 Riscos administrativos;
 Riscos políticos;
 Riscos de inovação.

 Perceba a diferença, aqui existe a possibilidade de ganho.


OS RISCOS POLÍTICOS:

 Por sua vez, derivam-se de leis, decretos, portarias, resoluções, etc.;


emanados do Governo Federal, Estadual e Municipal, os quais podem ameaçar
os interesses e objetivos da organização.
 Cite uma situação em que ocorra um risco político. Como pode haver ganho? E
prejuízo?
OS RISCOS DE INOVAÇÃO:

 Referem-se às incertezas decorrentes, normalmente, da introdução (oferta)


de novos produtos no mercado e da sua aceitação (demanda) pelos
consumidores.

 Novamente, o que pode fazer com que haja ganho ou perda?


Riscos Administrativos

 Os riscos administrativos estão relacionados ao processo de tomada de


decisão.
 Uma decisão correta leva aos lucros, em contrapartida, uma decisão falha
pode levar ao colapso empresarial.
 Com relação a esse tipo de risco, há uma dificuldade em prever
antecipadamente e com precisão o resultado de uma decisão.
 A incerteza quanto ao resultado e uma das definições de risco.
Riscos Administrativos

 Podem ser subdivididos em:


 Riscos de mercado;
 Riscos financeiros;
 Riscos de produção.
Riscos Administrativos

 Riscos de mercado: são fatores que tornam incerta a venda de um


determinado produto ou serviço, a um preço suficiente que traga resultados
satisfatórios em relação ao capital investido;
 Riscos financeiros: dizem respeito às incertezas em relação às decisões
tomadas sobre a política econômico-financeira da organização;
 Riscos de produção: envolvem questões e incertezas quanto a materiais,
equipamentos, mão-de-obra e tecnologia utilizados na fabricação de um
produto ou ainda na prestação de um determinado serviço.
Riscos Puros

 Existem quando há somente uma chance de perda e nenhuma possibilidade


de ganho ou lucro.
Riscos Puros

 Os riscos a propriedade
 Incêndios, explosões, vandalismo, roubo, sabotagem, acidentes naturais e danos a
equipamentos e bens em geral.
 Os riscos às pessoas
 Doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho que levam a incapacidade
temporária, invalidez ou morte de colaboradores.
 Os riscos por responsabilidade
 Pagamento de indenizações a terceiros, responsabilidade ambiental, assim como
pela qualidade e segurança do produto ou serviço prestado.
Riscos Puros

 As organizações possuem bens tangíveis e intangíveis expostos à perda.


 As perdas podem ser tangíveis, quando se referem a prejuízos mensuráveis,
ou intangíveis, quando se referem a elementos de difícil mensuração como a
imagem da empresa.

Cite um caso recente de acidente que esteve e está em


alta nas mídias. Quais foram as perdas tangíveis e as
intangíveis?
FUNDAMENTOS MATEMÁTICOS DE
CONFIABILIDADE
ÁLGEBRA BOOLEANA

 A álgebra Booleana foi desenvolvida pelo matemático George Boole para o


estudo da lógica.
 Suas regras e expressões em símbolos matemáticos permitem aclarar e
simplificar problemas complexos.
 Ela é especialmente útil onde condições podem ser expressas em não mais do
que dois valores, tais como “”sim” ou “não”, “falso” ou “verdadeiro”, “alto”
ou “baixo”, “0 (zero)” ou “1 (um)”, etc.
ÁLGEBRA BOOLEANA

 A lógica Booleana é largamente aplicada em diversas áreas como:


 computadores e outras montagens eletromecânicas, que incorporam um grande
número de circuitos “liga-desliga”.
 É também utilizada em análises de probabilidade, em estudos que envolvem
decisões, e mais recentemente, em Segurança de Sistemas.
Álgebra Booleana

 Os números 1 e 0 não são valores quantitativos: 1 + 1 não é igual à 2. Eles são


meramente símbolos. Não há valores intermediários entre os dois como nos
cálculos de probabilidade.
Operações Lógicas

 Precisa-se de secretária: Com no mínimo 1,65 m de altura e


que seja fluente em Inglês ou Alemão. Salário R$ 5.200,00.
Para a vaga acima, apareceram as seguintes candidatas:
a) Uma mulher com 1,67 de altura mas que não tem fluência em nenhum
idioma além do português
b) Uma mulher com 1,66 de altura que fala inglês fluentemente
c) Uma mulher com 1,63 de altura com fluência em inglês, francês e
alemão
d) Uma mulher com 1,70 de altura com fluência em francês
e) Uma mulher com 1,65 de altura com fluência em alemão
Pergunta-se: Quais das candidatas acima estão aptas a
disputar a vaga?.
Tabela Verdade

 OU (OR): A B A+B
V V V
V F V
F V V
F F F
Tabela Verdade

 E (AND): A B A.B
V V V
V F F
F V F
F F F
Tabela Verdade

 Negação: (ocorre
inversão da entrada) A A
V F
F V
Portas Lógicas
Portas Lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta
porta? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São iguais?
Portas Lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta
porta? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São iguais?
Portas Lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta
porta? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São iguais?
Portas Lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta
porta? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São iguais?
Portas Lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta
porta? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São iguais?
Portas Lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta
porta? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São iguais?
Operação lógica NOT

 Conceito
 É a inversão (ou
complemento) do sinal de
entrada.
 Apresenta apenas um sinal de
entrada.
 Exemplos
 Se A = 0, então: NOT A = 1.
 Se A = 0110, então:
?????????
NOT A = 1001.

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Expressões lógicas

 É uma expressão algébrica formada por:


 variáveis lógicas (binárias);
 símbolos representativos de operações lógicas;
 parênteses; e
 sinal de igualdade.
 Pode ser representada pela fórmula ou por um
diagrama interligando os símbolos correspondentes às
operações.
 Prioridades
 AND tem prioridade sobre OR

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Expressões lógicas

Como seria um sistema de segurança que poderia ser representado por esta 41
associação de portas? Qual o risco associado à cada ocorrência(A e B)? São
iguais?
Exercício

 Monte a associação de portas lógicas e a tabela verdade que representa o


sistema de segurança de um carro. Considere que um motorista ao dirigir
colide contra outro veículo, considere que seu automóvel possui além dos
cintos de segurança o airbag? E o motorista estava de cinto ao colidir.
CONFIABILIDADE(R)

 É a probabilidade de um equipamento ou sistema desempenhar satisfatoriamente suas


funções específicas, por um período de tempo, sob um dado conjunto de condições de
operação.
 A confiabilidade difere do controle de qualidade no sentido de que este independe do
tempo, enquanto que ela é uma medida da qualidade dependente do tempo.
 A confiabilidade pode ser considerada como controle de qualidade mais tempo.
CONFIABILIDADE (Q)

A probabilidade de falha (Q), até certa data t, é denominada “não


confiabilidade”, e é o complemento de R (expresso em decimal); isto é:

Q=1–R
CONFIABILIDADE(Exemplo)

Se a probabilidade de falha de um sistema é de 5%, ou seja, Q = 0,05 a


probabilidade de não haver falha (confiabilidade) será:

R = 1 – 0,05 = 0,95 ou 95%.


CONFIABILIDADE- Taxa de Falhas

 A frequência com que as falhas ocorrem, num certo intervalo de tempo, é


chamado taxa de falha e é medida pelo número de falhas para cada hora de
operação ou número de operações do sistema.
CONFIABILIDADE - Exemplo

 Quatro falhas em 1.000 horas de operação representa uma taxa de falha de


0,004 por hora.
 O recíproco da taxa de falha, ou seja, 1/ λ, denomina se Tempo Médio Entre
Falhas (TMEF).
 No exemplo anterior, TMEF = 250 horas.

 Se em um sistema ocorrer 6 falhas em 500 horas de operação, qual será a


taxa de falha por hora? Qual o TMEF?
CONFIABILIDADE - Falha

a) Falhas prematuras: ocorrem durante o período de depuração ou “queima”


devido a montagens pobres ou fracas, ou componentes abaixo do padrão, que
falham logo depois de postos em funcionamento.
a) Esses componentes vão sendo substituídos gradualmente, verificando-se a
diminuição da taxa de falha prematura, até a taxa de falha total atingir um nível
praticamente constante. Este nível é atribuído às falhas casuais.
b) Falhas casuais: resultam de causas complexas, incontroláveis e, algumas
vezes, desconhecidas. O período durante o qual as falhas são devidas
principalmente a falhas causais, é a vida útil do componente ou sistema.
c) Falhas por desgaste: inicia-se quando os componentes tenham ultrapassado
seus períodos de vida útil. A taxa de falha aumenta rapidamente devido ao tempo
e a algumas falhas causais.
Taxa de Falha X Tempo
Cálculo da Confiabilidade

 Verificou-se que um número relativamente pequeno de funções satisfaz à


maioria das necessidades na determinação da confiabilidade.
 As distribuições normais (taxa de falha crescente) e exponencial (taxa de
falha constante) são as de mais ampla aplicabilidade.
Cálculo da Confiabilidade

 Trataremos somente da distribuição exponencial, por ser ela aplicável a


sistemas e equipamentos complexos, e a sistemas onde há reposição dos
componentes que falharam.
 Entretanto, lembramos ao leitor que, apesar das distribuições mencionadas
terem aplicabilidade universal, não devem ser aplicadas em todos os casos.
 Quando em dúvida, deve-se empregar os processos padrões da Estatística
para determinar a distribuição.
Cálculo da Confiabilidade

 De acordo com o conceito de taxa de


falha constante, durante a vida útil de
um grande número de componentes
similares, aproximadamente o mesmo
número de falhas continuará a ocorrer,
em iguais intervalos de tempo, se as
peças que falham são respostas
continuamente.
 A expressão matemática indica a
probabilidade (ou confiabilidade) com
que os componentes operarão, num
sistema de taxa de falha constante, até
a data t, sem falhas, é a Lei
Exponencial de Confiabilidade, dada
por:
Cálculo da Confiabilidade

 A proporção t/T é de extrema importância: quando t = T (seja para 1 minuto,


como para 10.000 horas, por exemplo) a confiabilidade será: R = e-1 = 0,368
(36,8%).
 Para aumentá-la é necessário que a proporção t/T seja diminuída.
 Quando o TMEF for aumentado, a taxa de falha (que é recíproco) será
reduzida.
Cálculo da Confiabilidade(R)?
 Consideramos, por exemplo:
 TMEF = T = 0,25 x 105 horas
 t = 1.000 horas
 e = 2,718
Confiabilidade de Sistemas
 Sistemas de componentes em série
 Consideremos agora um equipamento ou sistema composto de n componentes
em série, ou seja, a falha de qualquer um dos componentes significa a quebra
do equipamento do sistema. Admitimos que a falha de um componente seja
independente da falha de qualquer outro.
 Sejam: ri (i= 1,2,3, ...n), as funções de confiabilidade dos componentes; e, R,
a função de confiabilidade do equipamento.
 Demonstra-se que:

Esta expressão é chamada Lei do Produto de Confiabilidade.


Sistemas de componentes em série

 Seja um sistema de 5 componentes em série, e cada um deles com


confiabilidade de 90% (ri = 0,90). A confiabilidade total desse sistema será:
 R = 0,905= 0,59 (59%)

Outro sistema, de 25 componentes em série, e cada componente também com confiabilidade igual a
90% (ri = 0,90), teria uma confiabilidade total de?
Sistemas de redundância paralela
 Redundância é a existência de mais de um meio de execução de uma determinada tarefa.
De modo geral, todos os meios precisam falhar, antes da quebra do sistema.
 Por exemplo, consideremos um sistema simples de 2 componentes em paralelo:
Sistemas de redundância paralela
A1 com confiabilidade r1 = 0,90; e, A2 com
confiabilidade r2 = 0,80.
As respectivas probabilidades de falha são:
A1 : q1 = 1 – r1 = 1 – 0,90 = 0,10
A2 : q2 = 1 – r2 = 1 – 0,80 = 0,20

A probabilidade de falha total do sistema será:


Q= q1*q2
Portanto, Q = 0,10 x 0,20 = 0,02; e a confiabilidade total, ou
probabilidade de não haver falha, é:
R= 1 - Q = 0,98
que é maior do que as confiabilidades individuais dos
componentes (r1 = 0,90 e r2 =0,80) agindo sozinhos.
Calcular a confiabilidade RAC do sistema:

É possível um sistema real tal como este? Descreva!


Calcular a
confiabilidade
RAC do
sistema:

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