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VOLUME 2
Estudantes de Graduação e
de Pós-Graduação
Coordenadores Científicos / Scientific Coordinators
Antonio Herman Benjamin
José Rubens Morato Leite
Colaboradores Técnicos
Ana Paula Rengel, Fernando Augusto Martins, Flávia França Dinnebier, Kamila Guimarães de
Moraes, Marina Demaria Venâncio e Paula Galbiatti da Silveira.
C749j Congresso Brasileiro de Direito Ambiental (21. : 2016 : São Paulo, SP)
Jurisprudência, ética e justiça ambiental no século XXI [recurso
eletrônico] / 21. Congresso Brasileiro de Direito Ambiental, 11.
Congresso de Estudantes de Direito Ambiental, 11. Congresso de
Direito Ambiental dos Países de Língua Portuguesa e Espanhola, 5
Prêmio José Bonifácio de Andrade e Silva ; org. Antonio Herman
Benjamin, José Rubens Morato Leite. – São Paulo : Instituto O Direito
por um Planeta Verde, 2016.
2v.
Conteúdo: v. 1. Conferencistas e Teses de Profissionais –
v. 2. Estudantes de Graduação e de Pós-graduação.
Modo de Acesso: <http://congresso.planetaverde.org/>
Evento realizado em São Paulo, de 04 a 08 de junho de 2016.
ISBN 978-85-63522-36-8 (v. 1) – 978-85-63522-35-1 (v. 2) –
978-85-63522-34-4 (Coleção).
1. Direito Ambiental – Congressos. I. Benjamin, Antonio Herman.
II. Leite, José Rubens Morato. III. Congresso de Estudantes de
Direito Ambiental (11. : 2016: São Paulo, SP). IV. Congresso de Direito
Ambiental dos Países de Língua Portuguesa e Espanhola (11. : 2016 :
São Paulo, SP). V. Prêmio José Bonifácio de Andrade e Silva (5. : 2016
: São Paulo, SP). VI Título.
CDD 341.347
CONSELHO EDITORIAL DA EDITORA PLANETA VERDE MEMBROS
PATROCÍNIO
AGRADECIMENTOS
Esta carta traz algumas proposições e reflexões decorrentes dos temas discutidos
durante o 20º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental, o 10º Congresso de
Língua Portuguesa e Espanhola e o 10º Congresso de Estudantes de Direito
Ambiental, em São Paulo, entre os dias 23 e 27 de maio de 2015. Com ênfase
nos tópicos relacionados ao tema “Ambiente, Sociedade e Consumo sustentável”,
os, pesquisadores, professores, profissionais, estudantes de graduação e pós-
graduação e demais integrantes da sociedade civil, interessados na área do
Direito Ambiental, como uma contribuição para o desenvolvimento da pesquisa
na área ambiental, destacaram as seguintes discussões:
I - Conferência de Abertura
A importância do consumo para um planeta verde é destacado por diversos
atores globais. Na agenda 21, por exemplo, já foi reconhecida a importância
do consumo sustentável. A ideia principal é que esse seja compatível com a
preservação da vida para as futuras gerações.
Uma das causas da degradação ambiental é reconhecidamente derivada
da grande quantidade de consumo, e nesse sentido, as nações mais socialmente
desenvolvidas colaboram mais que as menos. Um desafio que se levanta na
questão do consumo sustentável é como permitir que todos possam consumir
sem prejudicar a natureza, ou seja, equilibrar igualdade e sustentabilidade
ambiental.
Além disso, é fundamental discutir tanto a sustentabilidade de consumo
fraca, que meramente reduz o impacto do consumo, como a forte, que visa
efetivamente diminuir o consumo. Para implementação disso, o papel das leis é
fundamental.
Presidente do IDPV
SUMÁRIO TESES DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO
PAPERS OF LAW STUDENTS (GRADUATE)
1.BREVE ESTUDO DOUTRINÁRIO E JURISPRUDENCIAL ACERCA DA
RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL AMBIENTAL DAS CAUSADORAS VALE S.A., BHP
BILLITON BRASIL LTDA. E SAMARCO MINERAÇÃO S.A. DO “ACIDENTE” DE
MARIANA-MG
ALÉXIA PAULA DA SILVA LAMIM
ANA JÚLIA FERRAZ POZO MATURANO
CAMILA RODRIGUES DE LIMA..................................................................... 34
TESES DE
ESTUDANTES
DE GRADUAÇÃO
________________
PAPERS OF LAW
SCHOOL STUDENTS
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 34
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
1. INTRODUÇÃO
O recente episódio do rompimento da barragem de Fundão, operada pela
Samarco Mineração S.A. e situada no distrito de Bento Gonçalves, pertencente
ao complexo minerário de Germano, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, vem
sendo considerado como o maior “acidente” ambiental envolvendo barragens no
mundo1, já que atingiu vultosas proporções. O ocorrido chama atenção para a
temática da responsabilização e reparação dos danos ambientais. Vive-se hoje
em uma sociedade de risco2 na qual os impactos sofridos pelo meio ambiente
acabam por não serem veiculados da maneira correta à sociedade – a contrario
sensu do que dispõe o princípio democrático ambiental, o que não permite que
todos atinem a real dimensão dos males causados ao meio ambiente.
A onda de lama percorreu cerca de 680 km, alcançando a foz do rio Doce
em Linhares, no Espírito Santo4. No percurso a lama destruiu comunidades,
estruturas urbanas e áreas de preservação permanentes, degradou a fauna e
a flora, contaminou a água, e causou a morte de moradores das comunidades
afetadas. Estas foram algumas das consequências do dano ambiental ocorrido que
serão trabalhadas no decorrer deste estudo, e que foram temáticas do relatório
preliminar de avaliação dos danos ambientais elaborado pela Coordenação Geral
de Emergências Ambientais – CGEMA da Diretoria de Proteção Ambiental –
DIPRO do IBAMA.
6 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil: contratos, declaração unilateral
de vontade, responsabilidade civil. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, v. 3.
7 ROSENVALD, Nelson. As funções da responsabilidade civil: a reparação e a pena civil.
2.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 38
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
No que pertine a teoria do risco criado, Caio Mário da Silva Pereira é seu
maior expoente, e pondera ser inconveniente que a responsabilidade pelo dano
resultante de qualquer atividade recaia sobre aquele que não teve possibilidades
de evitá-lo. Conforme afirma George Ripert8, não é por ter causado o risco que
o autor é obrigado a repará-lo, devendo fazê-lo apenas em caso de ter causado
injustamente, o que não atenta contra o direito, mas contra a justiça.
8 RIPERT, Georges, A regra moral nas obrigações civis, 2ª Ed. Trad. Osório de Oliveira,
Campinas: Bookseller, 2002.
9 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 9º ed. São Paulo: Atlas,
2010.
10 Disponível em: <www.stj.jus.br/docs_internet/informativos/RTF/Inf0544.rtf>. Acessado
em 30 de março de 2016.
39 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
diretamente o meio ambiente contribui para isso (seja lançando rejeitos como no
caso da empresa Vale S.A, ou operando a responsável direta pelo acidente, caso
da Vale e também da BHP Billiton).
Processo:AC 70052063674
RSRelator(a):Armínio José Abreu Lima da Rosa
Julgamento:27/03/2013
Órgão Julgador:Vigésima Primeira Câmara Cível
Publicação:Diário da Justiça do dia 23/04/2013
Contudo, o Poder Público com o intuito de evitar uma lenta disputa judicial
preferiu negociar um acordo com as mineradoras. No dia 2 de março de 2016
esse acordo foi firmado entre o governo federal e os estados supracitados para a
recuperação socioambiental e econômica da região. O acordo consiste na criação
de um fundo para o qual a Samarco repassará R$ 4,4 bilhões nos três primeiros
anos a fim de custear os projetos19. A seguir, um trecho do termo de transação e
de ajustamento de conduta acordado entre a União e a Samarco Mineração S.A.
e suas acionistas:
5. CONCLUSÕES ARTICULADAS
5.1. Diante do exposto é indubitável a imputação da responsabilidade civil
às empresas em questão, porquanto estas ao operarem a barragem assumem,
de acordo com o sistema legal pátrio o dever de indenizar em decorrência dos
danos causados, como ensina a Teoria do Risco na qual é pautado o estudo acerca
da responsabilidade civil objetiva.
5.2. Na esfera patrimonial a indenização é devida aos trabalhadores em
decorrência da redução da capacidade para o trabalho já que muitas famílias
dependiam da renda gerada pela mineração. Já na esfera extrapatrimonial é aceito
pleitear por danos morais tendo em vista os abalos psicológicos sofridos pelas
famílias que ali residiam que tiveram sua memória histórica e cultural atingida.
5.3. É cabível a indenização pela poluição das águas, devastação do meio
ambiente e falta de meios de subsistência às famílias, que não contam mais com
abastecimento de água, de alimentos e, também, estão desabrigadas.
5.4. Na atual conjuntura as empresas abordadas não têm mostrado postura
íntegra para reparar os danos ambientais que causaram na tragédia em Mariana.
O primeiro termo de ajustamento de conduta proposto pelo Ministério Público de
Minas Gerais garantia ações emergenciais às populações atingidas, no entanto
não foi assinado pela Samarco S.A.
5.5. Assim, o acordo seguinte aceito pelas mineradoras, como já explicitado
ao longo deste estudo, dificulta a responsabilização das empresas causadoras do
desastre e não supre as necessidades das vítimas.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 46
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
Introdução
O presente artigo faz um estudo sobre a ARIE Floresta da Cicuta, uma
unidade de conservação localizada no Rio de Janeiro, que possui sua propriedade
situada em terras particulares pertencentes à CSN. Será analisado um breve
histórico acerca da sua instituição e da evolução de sua propriedade, assim
como um estudo sobre as jurisprudências que se referem ao espaço territorial
especialmente protegido para analisar como os tribunais vem concretizando as
normas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC (Lei 9.985/00)
e da Lei Complementar 140/11 em relação ao tema.
(85%) e Volta Redonda (15%) na região do Médio Vale do Paraíba do Sul, possui
125,1400 hectares22 e foi criada pelo Decreto nº 90.792, de 9 de janeiro de 1985
pelo então presidente, João Figueiredo, destinada, nos termos do artigo 1º, “a
proteger e preservar as espécies raras e diversificas da biota local”23. Esta floresta
representa um importante instrumento de conservação da Mata Atlântica,
que teve sua área reduzida a apenas à 18% do território do Rio de Janeiro24 e
representa também o último resquício desta floresta no Vale do Paraíba.
A referida autarquia federal, o ICMBio, foi criada pela Lei nº 11.156 27, de 28 de
agosto de 2007, que lhe conferiu uma série de atribuições, dentre elas:
Para Édis Milaré as unidades que se encaixam no grupo de uso sustentável são
aquelas que “visam conciliar a exploração do ambiente à garantia da perenidade
dos recursos ambientas renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a
biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e
economicamente viável”32.Por estar dentro desta categoria , é possível que uma
ARIE exista em terras privadas, podendo-se restringir o poder à propriedade para
uma melhor conservação da mesma.
29 Lei nº 9.985. De julho de 2000. Dispõe sobre a criação do Sistema Nacional de Unidade
de Conservação ; e dá outras providências. Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9985.htm> Acesso em: 09/04/2016
30 ICMBio. Aspectos históricos e legais da criação da ARIE floresta da cicuta. Centro de
documentação. Acessado em 22/02/2016.
31 ALVES, Sandro Leonardo. ZÁU, André Scarambone. A importância da área de relevante
interesse ecológico floresta da cicuta (RJ) na conservação do bugio-ruivo (Alouatta guariba
clamitans Cabrera, 1940). Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Seropédica, RJ:
EDUR, v. 25, n.1, p. 41-
48, jan-jun, 2005.
32 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 8. ed. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2013,
página 1250.
33 , 13
Lei nº 9.985. De julho de 2000. Dispõe sobre a criação do Sistema Nacional de Unidade
de Conservação ; e dá outras providências. Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9985.htm> Acesso em: 09/04/2016
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 50
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
35 Resolução n°13. De Dezembro de 1990. Dispõe sobre zonas circundantes das Unidades
de Conservação. Disponível em<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res1390.html>
Acesso em: 09/04/2016
36 RODRIGUES, José Eduardo Ramos. Sistema Nacional de unidades de conservação. São
Paulo. Editoda revista dos tribunais. 2005. P.149
37 FERREIRA, Gabriel Luis Bonora Vidrih; PASCUCHI, Priscila Mari .Zona de Amortecimento:
A proteção ao entorno das unidades de conservação . Âmbito Jurídico. Disponível em < www.
ambitojuridico.com.br/site/index.php?artigo_id=5917&n_link=revista_artigos_leitura> Acesso
em: 03/04/2016
51 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
Esta deve ser respeitada inclusive em propriedades particulares pois ela existe
em função da unidade, para mitigar os efeitos danosos que podem ocorrer na
mesma. Somente Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e a Reservas Particulares
do Patrimônio Natural (RPPNs) não possuem a obrigatoriedade de delimitar esta
zona. A necessidade de conciliar a autonomia privada e a exigência constitucional
da função social da propriedade, consubstanciada na proteção ao meio ambiente,
é uma acepção moderna do direito de propriedade, que não deve ser exercida de
forma egoísta, mas em uma relação de solidariedade com a sociedade.
3.1 Decisão nº 1
EMENTA
Quando foi concedida a licença o Snuc ainda não havia sido promulgado,
portanto, a necessidade de limitação das atividades no entorno da unidade ficava
a critério e bom senso do órgão ambiental. Não havia ainda a definição da zona
de amortecimento por parte do Snuc, porém a resolução n°13/90 do CONAMA
estabelecia uma área de 10 km a contar da unidade de conservação na qual as
atividades deveriam ser limitadas para ajudar na preservação da mesma. Em
40 Lei nº 9.985. De julho de 2000. Dispõe sobre a criação do Sistema Nacional de Unidade
de Conservação ; e dá outras providências. Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9985.htm> Acesso em: 09/04/2016
41 TRF. INQ: 367 RJ 2005.02.01.011974-1, Relator: Desembargador Federal ABEL
GOMES. Disponível em: http://trf-2.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1505633/inquerito-inq-367-
rj-20050201011974-1.
53 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
2000 o Snuc foi promulgado e em 2002 foi elaborado o plano de manejo da ARIE
floresta da Cicuta e, com isso, a atividade do lixão deveria ter sidolimitada, já
que o mesmo encontrava-se dentro da zona estabelecida pelo pelo ICMBio42,
pois oferecia risco para a vida da floresta, já que o lixão era localizado perto do
Rio Brandão, que estava sendo contaminado com chorume proveniente do lixo
depositado na área.
cuidado com o meio ambiente sadio e equilibrado (art. 225, CF) e que vinculam
toda a administração ao passivo ambiental, devendo zelar por este e garantir
a sua proteção, somente poderiam acarretar a responsabilização administrativa
e política, não cabendo aplicar a estes a responsabilidade pessoal que prevê a
imputação penal e que é o conteúdo do referente processo.
Com isto o lixão funcionou até 2012 mesmo com todas as previsões de
todos os danos que já haviam sido causados e que continuaram ocorrendo, pois,
após ser desativado não foi adotada nenhuma medida para diminuir os danos
causados nem para prevenir que estes continuariam se prolongando no tempo,
como o chorume que continuou a penetrar no solo mesmo após a desativação
do lixão.
3.2 Decisão n° 2
EMENTA
45 MPF. Prefeitura de Volta Redonda recebe multa em processo sobre lixão. Disponível
em: http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_meio-ambiente-e-patrimonio-
cultural/mpf-rj-justica-multa-prefeitura-de-volta-redonda-em-processo-sobre-lixao.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 56
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
4. CONCLUSÕES ARTICULADAS
4.1 - Com o presente estudo, a análise da jurisprudência pátria revela que a
atuação na proteção das Unidades de Conservação, em especial a ARIE Floresta
da Cicuta tem esbarrado em limitações e falhas que comprometem a efetiva
conservação dessas áreas, embora existam decisões que tendem a defender as
unidades de conservação.
1. Introdução
49 CRIPPA, Giulia; SOUZA, Willian Eduardo Righini de. O Patrimônio como processo: uma
ideia que supera a oposição material-imaterial. Em Questão, Porto Alegre, v. 17, n. 2, p. 237-251,
jul./dez.
50 RODRIGUES, José Eduardo Ramos; MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. Estudos de
direito do patrimônio cultural. Belo Horizonte: Fórum, 2012. P.90
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 64
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
culturais que estão abrangidos pelo termo patrimônio cultural, sejam de interesse
nacional, estadual ou local. A unidade do sentido é expressa quando o bem de
valor histórico, artístico ou cultural fizer referência à identidade e à memória da
heterogeneidade de que é composta a sociedade brasileira.
nas ruínas das edificações apenas uma oportunidade de mantê-las como são e
não restaurá-las a fim de não destruí-las em sentido. Da mesma ideia partilhava
Morris, arquiteto inglês, o qual seus ideais influenciaram a Carta de Atenas.
Entre essas duas concepções, outros teóricos buscam o meandro entre total
intervenção e abstenção no que tange à materialidade das edificações. Salienta-
se esclarecer que este trabalho não se propõe a escolher qual posicionamento
se apresenta o mais correto, apenas elucidar as práticas existentes quanto à
preservação material das edificações.
Ainda tratando da concepção da razão de preservar um bem de outra
época, Ana Carolina Pellegrini54 utiliza a concepção de John Summerson para
justificar a salvaguarda de uma edificação sob o ponto de vista arquitetônico,
quais sejam
“1. O edifício que é uma obra de arte, o produto de uma mente
criativa distinta e notável. 2 O edifício que não é uma criação
distinta nesse sentido, mas possui de forma acentuada as
virtudes características da escola arquitetônica que o produziu.3.
O edifício que, sem grande mérito artístico, tem antiguidade
significativa ou é uma composição de belezas fragmentárias
soldadas umas às outras ao longo do tempo.4. O edifício que
foi palco de grandes eventos ou dos trabalhos de grandes
homens.5. O edifício que dá sozinho profundidade temporal a
um pedaço árido de modernidade.”
A importância da preservação quanto à materialidade das edificações
consiste mais ainda por imprimirem o conceito de monumentos de outra
época trazendo significado ao presente por estarem dispostos no espaço a que
pertencem.
54 Ibidem
67 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
60 Ao analisar a lista de bens tombados até dezembro de 2015 disponibilizada pelo IPHAN
no link <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista%20Bens%20Tombados%20
Dez%202015.pdf> percebe-se a quantidade de apenas aproximadamente 37 edificações
localizadas em área rural frente a uma universalidade de mais de uma centena de bens localizados
em área urbana.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 70
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
62 BORGES, Luís Antonio Coimbra; LAUDARES, Sarita Soraia de Alcantara; SILVA, Kmila
Gomes da. Cadastro Ambiental Rural: uma análise da nova ferramenta para regularização
ambiental no Brasil. Desenvolv. Meio Ambiente, v. 31, p. 111-122, ago. 2014.
63 Retomar ao ponto 4 deste trabalho para ver a Capela de Nossa Senhora da Batalha
localizada às margens do Rio Paraíba. Os exemplos são vários no estado paraibano, a saber,
as edificações presentes no Engenho Santo Antônio, região rural do Município de Serraria que
possui casa grande com ricos azulejos portugueses e capela que datam do final do século XIX
localizados no topo de morro da propriedade rural.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 72
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
O CAR por compor uma base de dados integrada a nível nacional disponível
aos órgãos ambientais possibilita o cruzamento de informações que contribuem
para o reconhecimento de bens culturais materiais – as edificações – que em
função da localização geográfica restam despercebidas e desamparadas pelos
instrumentos de preservação do patrimônio cultural.
6. Conclusões articuladas
6.1 Reduzir a abrangência de identificação dos bens culturais por preferência aos
que estejam dispostos em áreas urbanas significa desconhecer a potencialidade
cultural brasileira que pode estar expressa em monumentos, edificações e obras
que estão dispersas em meio ao vasto território brasileiro. É perder de vista o fator
integrador buscado pelo termo patrimônio cultural que agrega a heterogeneidade
6.2 O Cadastro Ambiental Rural por traçar a identidade do imóvel rural, apresenta
uma declaração fundamentada do que constitui a propriedade rural. O que pode
auxiliar no diagnóstico de bens culturais dispostos em áreas rurais, por passarem
a integrar a base de dados que possa ser conflitada com outros bancos de
informações a fim de possibilitar posterior exame pelos órgãos de preservação do
patrimônio cultural. Essa integração de informações promove um envolvimento
entre os órgãos de proteção ambiental resultando na gestão e promoção desse
patrimônio. Pois, o inventário, instrumento de mapeamento de bens culturais por
excelência, mostra-se insuficiente se utilizado de forma excludente na localização
dos bens culturais, principalmente os que estejam localizados no meio rural.
1. INTRODUÇÃO
O escopo deste trabalho tem como objetivo fundamental destacar a
legitimidade do direito à consulta prévia, livre e informada das comunidades
tradicionais possivelmente atingidas pela construção do Complexo Portuário da
Empresa Brasileira de Portos de Santarém (EMBRAPS), na cidade de Santarém.
Para tanto, foram realizadas análises bibliográficas e documentais com o
fito de esboçar o panorama da região conhecida como “Grande Área do Maicá”,
onde está localizado o bairro denominado Área Verde, da referida cidade, área
mais diretamente atingida pelo empreendimento.
O presente estudo de caso expõe as contradições ligadas a esta obra
de infraestrutura, colocando o conflito estabelecido entre interesses de grupos
sociais locais e de agentes externos, que conduzem o processo de licenciamento
da obra.
Por meio de procedimentos descritivos, ressalta-se a importância
impreterível da Convenção número 169 da Organização Internacional do Trabalho
– OIT aos povos indígenas e tribais, anteriormente ao deferimento das medidas
legislativas ou administrativas de licenciamento e construção desta obra.
Como suporte teórico, utilizou-se, principalmente, da Ação Civil Pública
ajuizada pelos Ministérios Público Federal (MPF) e do Estado do Pará (MPE-PA)65,
65 MPF e MPE-PA. Ação Civil Pública com pedido de liminar (Peça inicial). Disponível em:
75 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
http://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/documentos/2016/ACPICP648201509PortosMaic_1.
pdf. Acesso em 30 mar 2016. 65p.
66 DUPRAT, Débora (Org.). Convenção n. 169 da OIT e os Estados Nacionais. Brasília:
ESMPU, 2015. 396p.
67 FARIELLO, Danilo. Avançam projetos para escoar grãos pelo Norte. Rio de Janeiro: O
Globo, 14março2016.
68 Ibdem 1.p. 12.
69 EMBRAPS. Concepção do Complexo Portuário da EMBRAPS em Santarém. Sem data.
Disponível em http://www.sema.pa.gov.br/wp-content/uploads/2014/07/apresentacao_embraps.
pdf. Acesso em 08 abr 2016. 65
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 76
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
70 Ibdem 1. p. 4-6.
77 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
71 . Ibdem 1. p. 3.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 78
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
76 Ibdem 1. p. 8-9.
77 Ibdem 1. p. 4-5.
78 EMBRAPS/FADESP. RIMA, 2015. p. 41. In: MPF e MPE-PA. Ação Civil Pública com
pedido de liminar (Peça inicial). Disponível em: http://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/
documentos/2016/ACPICP648201509PortosMaic_1.pdf. Acesso em30 mar 2016. p. 09-10.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 80
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
79 EMBRAPS/FADESP. EIA, 2015. p. 578, 798-799. In: MPF e MPE-PA. Ação Civil Pública
com pedido de liminar (Peça inicial). Disponível em: http://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/
documentos/2016/ACPICP648201509PortosMaic_1.pdf. Acesso em30 mar 2016. p. 10.
80 Ibdem 1. p. 10-11.
81 Ibdem 1.p. 14-15.
81 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
82 Ibdem 1. p. 10-11.
83 Ibdem 1.p. 6.
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 82
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
84 Entrevista concedida aos Procuradores do INCRA Gilda Diniz dos Santos e Gilson
Rodrigues de Afonseca, publicada originalmente na Revista de Direito Agrário n° 20, Ano 20,
2007. P. 12-26.
83 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
ARTIGO 1°
1. A presente convenção aplica-se:
a) aos povos tribais em países independentes, cujas condições
sociais, culturais e econômicas os distingam de outros setores
da coletividade nacional, e que estejam regidos, total ou
parcialmente, por seus próprios costumes ou tradições ou por
legislação especial;
b) aos povos em países independentes, considerados indígenas
pelo fato de descenderem de populações que habitavam o
país ou uma região geográfica pertencente ao país na época
da conquista ou da colonização ou do estabelecimento das
atuais fronteiras estatais e que, seja qual for sua situação
jurídica, conservam todas as suas próprias instituições sociais,
econômicas, culturais e políticas, ou parte delas.
2. A consciência de sua identidade indígena ou tribal deverá ser
considerada como critério fundamental para determinar os grupos
aos que se aplicam as disposições da presente Convenção.
3. A utilização do termo “povos” na presente Convenção não
deverá ser interpretada no sentido de ter implicação alguma no
que se refere aos direitos que possam ser conferidos a esse
termo no direito internacional.
(...)
ARTIGO 6º
os governos deverão:
(...)
21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL 84
Teses de Estudantes de Graduação / Papers of Law School Students
(…)
(...)
Além disso, toda área de orla é ocupada por ribeirinhos. Por fim,
considerando que as comunidades em questão vivem da pesca
e possui relação vital com o Lago do Maicá e o Rio Ituqui, é
indubitável que um empreendimento como o aqui tratado, se
construído, afetará diretamente o modo de vida desses grupos89.
Figura 03: Apropriação de trecho do lago do Maicá pela EMBRAPS para instalação
de Complexo Portuário em detrimento de comunidades tradicionais locais.
90 Ibdem 1. p.12.
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do direito de serem consultados sobre os destinos das terras que são suas por
direito.
Em 12 de abril de 2016, o juízo federal determinou a suspensão liminar do
licenciamento ambiental do terminal portuário da Empresa Brasileira de Portos de
Santarém até que seja efetivada a realização da consulta prévia, livre e informada
das populações quilombolas e tradicionais.
”A influência do empreendimento em área ocupada por
comunidades tradicionais e quilombolas está devidamente
comprovada. O MPF trouxe aos autos documento elaborado pelo
INCRA (fl.132), o qual informa que há comunidades quilombolas
incluídas na área de influência direta do empreendimento. Tal
informação, oriunda órgão oficial, tem o condão de inquinar
o constante do Relatório de Ambiental (RIMA) elaborado
no interesse da sociedade particular responsável pelo
empreendimento, segundo o qual há apenas uma comunidade
quilombola localizada nas proximidades, mas que não estaria
inserida na área de influência direta do empreendimento.” 91
3. CONCLUSÕES ARTICULADAS
3.1. No estudo de caso sobre o Complexo Portuário da EMBRAPS na região do
Grande Maicá, em Santarém-PA, verifica-se que o processo de licenciamento
ambiental conduzido junto a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará,
mostrou contradições entre os Estudos de Impacto Ambiental e o Relatório de
Impacto Ambiental;
3.2. Além disto, adotando critérios próprios e vantajosos para o empreendedor,
1. Introdução
Acompanhando o movimento mundial de proteção ambiental, iniciado
pela Conferência de Estocolmo (1972) e, posteriormente, seguido pelo Relatório
Brundtland (1987), a Constituição Federal de 1988 traz, de maneira inédita, a tutela
constitucional do meio ambiente, tendo como cenário uma sociedade “de riscos
imprevisíveis e ecologicamente instável”92 oriundos da modernidade reflexiva.
94 NÍQUEL, Mariana Vicente. A difícil proteção das futuras gerações: reflexões sobre a crise
ambiental. 2007. 30 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Pontifícia Universidade Católica, Rio
Grande do Sul, 2007. P. 6
95 BENJAMIN, A. H. V.. A natureza no direito brasileiro: coisa, sujeito ou nada disso. BDJur.v
Brasília-DF. dez./2009. Disponível em http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/26184. p. 81
91 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL
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96 LEITE, J.R.M; BELCHIOR, G.P.N. Direito Constitucional Ambiental Brasileiro. In: LEITE,
J. R. M. (Org.) ; Montero, Carlos E Peralta (Org.) . Perspectivas e Desafios para a Proteção de
Biodiversidade no Brasil e Na Costa Rica. 1. ed. São Paulo: Instituto Direito por um Planeta Verde,
2014. v. 1. 544p . p. 14
97 Ob. Cit. P. 21
98 SILVA, Marcela Vitoriano e. O Princípio da Solidariedade Intergeracional: Um olhar do
direito para o futuro. Revista Veredas, v. 8, p. 115-146, 2012. P.134
99 ECKERSLEY apud BENJAMINN, 2009. Ob. Cit.
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Teixeira apud Níquel (2007, p. 21) alega que “o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado é um direito portador de uma mensagem de interação
entre o homem e a natureza, em busca do equilíbrio nas suas relações”.
Isso significa dizer que a biodiversidade deve ser respeitada pela geração
atual para que os recursos sobrevivam até as gerações futuras.
própria dignidade. E, a partir, de uma maior equidade social, seja possível construir
diálogos acerca do que pretendemos deixar às futuras gerações.
6. Conclusões articuladas
6.1. O art. 225 garante o direito a um ambiente ecologicamente equilibrado às
presentes e futuras gerações. Esse tratamento dado às futuras gerações é
conceituado como princípio da solidariedade ou equidade intergeracional.
6.2. A preocupação com as gerações futuras decorre da necessidade de
preservação ambiental, para fins de sobrevivência humana. Ou seja, nosso
conceito de ambiente é antropocêntrico, coloca o homem como centro
dessa proteção. Pode-se dizer também que o art. 225 relaciona-se ao art. 3,
I, no que tange à dignidade da pessoa humana.
6.3. Há, contudo, necessidade de se debater que modelo social se pretende
deixar como legado para as futuras gerações e, ainda, se a miséria social
atual deve ser preocupação para a legislação ambiental.
6.4. A fim de se entender a lógica protetiva, algumas jurisprudências do STF e
do STJ foram buscadas a partir das palavras chaves “futuras gerações” e “in
dubio pro natura”, analisadas e destacadas. É possível ter como conclusão
inicial que as futuras gerações são utilizadas como fundamentos de decisões
judiciais e que há sobreposição destas ao princípio da insignificância, além
de não haver direito adquirido de poluir.
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INTRODUÇÃO
As mudanças climáticas apontam o aquecimento global como uma
realidade, tendo em vista a ação direta da humanidade que se iniciou na revolução
industrial e perduram até os dias atuais, comprovadas por meio de registros
científicos alvos de diversas discussões.
É cediço as mudanças climáticas são reais e inequívocas, sendo perceptível
que o clima em todo o mundo vem se alterando gradualmente, e hoje é percebido
como uma realidade que preocupada as pessoas em todos os lugares, pois
mesmo se houver diminuição de emissão de gases de CO2, o IPCC prevê ainda
assim a elevação de pelo menos 2º na temperatura média do planeta.
Estamos diante de desafios que descortinam uma fronteira de
responsabilidade dos indivíduos e da coletividade, sendo que as sociedades
internacionais começaram a se preocupar em escala global com as questões
relativas ao meio ambiente, tendo incluído como parte da agenda política global a
problemática da emissão dos gases de efeito estufa, e como eles afetam a saúde
e desenvolvimento do nosso planeta.
Assim, com a inclusão do tema na agenda política global, foram realizadas
diversas conferências a fim de achar um meio de evitar os efeitos da mudança
clima. Dessa forma, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, foi criada
a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC),
tendo como órgão supremo a Conferência das Partes, que ao longo dos anos
elaboraram diversos tratados a fim de reduzir a produção e a emissão dos gases
de efeito estufa na atmosfera.
O presente artigo justifica-se em função da análise desses tratados criados
ao longo de todas as Conferências das Partes como um instrumento efetivo para
redução da emissão de gases de efeito estufa, evitando assim as mudanças
climáticas, que colocam em risco a sobrevivência do ser humano no planeta.
A pesquisa apresenta em seu primeiro capítulo a evolução dos tratados
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