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EXCEL AVANÇADO

Parte 2
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CONEXÃO ACADÊMICA
Índice
7. GESTÃO DE DADOS ................................................................................................. 4
7.1. ORDENAÇÕES .................................................................................................... 4
7.2. FILTROS AUTOMÁTICOS ................................................................................. 5
7.3. FILTROS AVANÇADOS ..................................................................................... 7
7.4. TABELAS DINÂMICAS ................................................................................... 10
7.5. GRÁFICOS DINÂMICOS .................................................................................. 17
7.6. NÍVEIS DE AGRUPAMENTO E SUBTOTAIS ................................................ 17
8. FUNÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................... 22
8.1. FUNÇÕES BÁSICAS DE JUROS COMPOSTOS ............................................ 22
8.1.1. FUNÇÂO VALOR FUTURO (VF) ........................................................... 22
8.1.2. FUNÇÂO VALOR ATUAL (VA) .............................................................. 24
8.1.3. FUNÇÂO TAXA......................................................................................... 25
8.1.4. FUNÇÂO NÚMERO DE PERÍODOS (Nper) ........................................ 26
8.2. FUNÇÕES TAXA EFECTIVA (EFECTIVA) e TAXA NOMINAL (NOMINAL) . 27
8.3. FUNÇÃO PAGAMENTO (PGTO) ...................................................................... 29
8.3.1. Convenção de Fim de Período (Pagamentos Postecipados) ........... 29
8.3.2. Convenção de Início de Período (Série Antecipada).......................... 31
8.3.3. Funções VA e VF com PGTO................................................................. 32
8.4. FUNÇÃO PAGAMENTO CAPITAL ACUMULADO (PGTOCAPACUM) ........ 34
8.5. FUNÇÃO PAGAMENTO JURO ACUMULADO (PGTOJURACUM) ............... 35
8.6. FUNÇÃO PAGAMENTO CAPITAL (PPGTO)................................................... 36
8.7. FUNÇÃO PAGAMENTO JURO (IPGTO) ......................................................... 37
8.8. FUNÇÃO É.PGTO .............................................................................................. 38
8.9. FUNÇÕES REFERENTES À DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS FÍSICOS .......... 40
8.9.1. FUNÇÃO AMORT ................................................................................... 40
8.9.2. FUNÇÃO AMORLINC ............................................................................. 41
8.9.3. FUNÇÃO AMORDEGRC......................................................................... 44
8.9.4. FUNÇÃO AMORTD .................................................................................. 45
8.9.5. FUNÇÃO BD ............................................................................................. 47
8.9.6. FUNÇÃO BDD........................................................................................... 50
8.9.7. FUNÇÃO BDV ........................................................................................... 52
8.10. FUNÇÃO VFPLANO ........................................................................................ 53
8.11. FUNÇÕES REFERENTES À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS .................. 55
8.11.1. FUNÇÃO VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL) ........................................ 55

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8.11.2. FUNÇÃO XVAL....................................................................................... 57
8.11.3. FUNÇÃO TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) .............................. 59
8.11.4. FUNÇÃO XTIR ........................................................................................ 61
8.11.5. FUNÇÃO TIR MODIFICADA (MTIR)................................................... 62
8.12. FUNÇÕES REFERENTES AO CÁLCULO DE RENTABILIDADE DE
TÍTULOS DE RENDA FIXA (BONDS) ............................................................ 65
8.12.1. FUNÇÃO OTNVALOR ........................................................................... 65
8.12.2. FUNÇÃO DESC ...................................................................................... 66
8.12.3. FUNÇÕES TAXAJUROS e LUCRODESC......................................... 68
8.12.4. FUNÇÃO OTN ........................................................................................ 69
8.12.5. FUNÇÃO CUPNÚM ............................................................................... 71
8.12.6. FUNÇÃO CUPDATAPRÓX .................................................................. 72
8.12.7. FUNÇÃO CUPDATAANT ...................................................................... 73
8.12.8. FUNÇÃO CUPDIAS ............................................................................... 74
8.12.9. FUNÇÃO CUPDIASINLIQ..................................................................... 75
8.12.10. FUNÇÃO CUPDIASPRÓX ................................................................. 75
8.12.11. FUNÇÃO DURAÇÃO........................................................................... 76
8.12.12. FUNÇÃO MDURAÇÃO ....................................................................... 78
8.12.13. FUNÇÃO PREÇO ................................................................................ 80
8.12.14. FUNÇÃO LUCRO................................................................................. 81
8.12.15. FUNÇÕES JUROSACUM e JUROSACUMV .................................. 82
9. FUNÇÕES MATEMÁTICAS.................................................................................... 85
9.1. FUNÇÕES GERADORAS DE DÍGITOS ALEATÓRIOS ........................... 85
9.1.1. FUNÇÃO ALEATÓRIO ............................................................................ 85
9.1.2. FUNÇÃO ALEATÓRIOENTRE............................................................... 85
9.1.3. FERRAMENTA DE ANÁLISE AMOSTRAGEM ................................... 89
9.1.4. FERRAMENTA DE ANÁLISE GERAÇÃO DE NÚMERO
ALEATÓRIO .............................................................................................. 90
9.2. FUNÇÃO FACTORIAL .................................................................................... 92
9.3. FUNÇÃO COMBIN .......................................................................................... 93
9.4. FUNÇÕES SOBRE MATRIZES .................................................................... 93
9.4.1. FUNÇÃO MATRIZ.MULT ........................................................................ 94
9.4.2. FUNÇÃO MATRIZ.DETERM .................................................................. 95
9.4.3. FUNÇÃO MATRIZ.INVERSA ................................................................. 96
9.5. PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA ................................................................. 99

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9.5.1. SUPLEMENTO SOLUCIONADOR (SOLVER) .................................. 100

7. GESTÃO DE DADOS

Exemplo 33

Uma empresa comercial tem os seguintes produtos em stock:

Figura 113.

7.1. ORDENAÇÕES
A empresa deseja ordenar a tabela de artigos ascendentemente por
categorias e descendentemente por artigo.

Primeiro, selecione toda a tabela (intervalo B10:K20). Depois, vá ao


separador Dados e no bloco Ordenar e Filtrar clique no ícone Ordenar

. A caixa Ordenar surgirá. Abra o parâmetro Ordenar por e escolha


Categoria (Veja Figura 114):

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Figura 114.
A seguir, clique no botão Adicionar Nível, situado no canto superior
esquerdo da caixa Ordenar. Abra o parâmetro Depois por e selecione
Artigo. Depois clique no botão OK.

Veja agora que a listagem está ordenada por categoria e artigo (Figura 115):

Figura 115.

7.2. FILTROS AUTOMÁTICOS

O Gerente de stocks deseja agora ver unicamente os artigos que se


encontram em situação de encomenda.

Primeiro, selecione toda a tabela (intervalo B10:K20). Depois, vá ao

separador Dados e no bloco Ordenar e Filtrar clique no ícone Filtrar .


Veja que surge automaticamente um botão de listagem em cada campo para
facilitar a criação de filtros. Pressione o botão de listagem do campo
“Situação” e escolha o valor “Encomendar”. Automaticamente a listagem fica
reduzida à apresentação de artigos em situação de encomenda, tal como
apresentado na Figura 116:

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Figura 116.
O Gerente de stocks deseja agora ver unicamente os artigos que se
encontram em situação de encomenda na categoria CX.

Pressione o botão do campo “Categoria” e selecione apenas o valor “CX”


(Veja Figura 117):

Figura 117.

Para ver toda a tabela novamente, selecione o intervalo B10:K13 da Figura


117 e no bloco Ordenar e Filtrar do separador Dados, clique no ícone

Limpar .

O Gerente de Stock quer ver agora somente os artigos com preço de custo
superior a $ 100 e inferior a $ 500.

Ative o botão de filtro do campo “Preço de Custo” e depois selecione Filtros


Numéricos, escolhendo a seguir Filtro Personalizado. Surge a seguinte
caixa de diálogo (Figura 118):

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Figura 118.

No primeiro argumento escolha a opção é maior que e, ao lado, digite 100.


No segundo argumento escolha a opção é menor que e, ao lado, digite 500
(veja Figura 119):

Figura 119.

Depois clique no botão OK e deverá obter a listagem dos artigos com preço
de custo entre $ 100 e $ 500.

7.3. FILTROS AVANÇADOS

Os filtros automáticos podem, eventualmente, ser insuficientes para a


extração de determinadas combinações de dados. Essa situação implica o
recurso a filtros mais avançados.

Os filtros avançados permitem selecionar os dados a serem visualizados


através da aplicação de um intervalo de critérios em que apenas serão
apresentados os registros que obedeçam a esses critérios.

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O Gerente de Stocks quer que sejam apresentados somente os artigos
“101”, “201”, “301”, “401”.

Uma vez que os filtros automáticos permitem apenas personalizar duas


condições, torna-se impossível utilizá-los para visualizar unicamente os
registros dos artigos mencionados. Por esse motivo é necessário recorrer a
filtros avançados.

Copie para uma linha qualquer abaixo da tabela o cabeçalho referente aos
campos da tabela, digitando os códigos dos artigos de interesse no campo
Código Artigo (Figura 120):

Figura 120.

Para aplicar o filtro desejado, clique no separador Dados, e no bloco


Ordenar e Filtrar do separador Dados, clique no ícone Avançadas

. Surgirá a seguinte caixa de diálogo (Figura 121):

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Figura 121.

 Na Figura 121, o Excel predefine o local onde a lista será apresentada: na


própria tabela original. Se desejar que a lista seja apresentada em outro
local da folha, clique em Copiar para outro local e no parâmetro Copiar
para defina o intervalo de células desejado. O Excel também predefine o
intervalo da lista original (no caso, está aparecendo o intervalo B10:K20;

 No parâmetro Intervalo de critérios copie o intervalo B23:K27. Depois


clique em OK. O resultado está apresentado na Figura 122:

Figura 122.

Veja que na tabela original só os artigos com os códigos selecionados é


que aparecem.

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O Gerente de Stocks quer ver agora, apenas o produto com maior preço de
custo.

Retome agora a visualização de toda a tabela original clicando no ícone


Limpar. Elimine os códigos dos artigos na tabela secundária (ou tabela de
critérios)

Na tabela de critérios, ative a célula E24 (campo Preço de Custo), e


introduza a função estatística MÁXIMO. Copie para o argumento Núm1 o
intervalo E11:E20 da tabela original (campo Preço de Custo). Depois clique
no botão OK. Na célula E24 surgirá o valor $ 780, que corresponde ao maior
preço de custo. Para destacar na tabela original o artigo a que este preço
corresponde, selecione toda a matriz original (intervalo B10:K20), clique no
separador Dados, e no bloco Ordenar e Filtrar, clique no ícone Avançadas

. A caixa Filtro avançado deverá surgir agora com os seguintes


dados (Figura 123):

Figura 123.

Depois clique no botão OK. Veja que na tabela original aparece apenas o
artigo de maior custo, Arquivo de Suspensão com 10 bolsas.

7.4. TABELAS DINÂMICAS

As tabelas dinâmicas são muito úteis na construção de listas ou mapas cujos


dados se alteram com frequência. São chamadas de dinâmicas por isso
mesmo, quaisquer alterações nos dados de origem permitem uma
atualização quase que imediata da tabela. Além disso, facilita a alteração
para obter novos cruzamentos de informação.

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Continuando com o exemplo acima, o Gerente de Stocks quer que seja
apresentada a soma dos artigos a encomendar agrupados por categoria. Na
tabela original, vamos criar mais um campo com as quantidades a
encomendar, tal como mostrado na Figura 124:

Figura 124.

Para criar uma tabela dinâmica, vá ao separador Inserir e no bloco Tabelas

clique em Tabela Dinâmica . Surge a seguinte caixa


de diálogo (Figura 125):

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Figura 125.

 Na caixa de diálogo Criar Tabela Dinâmica da Figura 125, no argumento


Tabela/Intervalo copie o intervalo da tabela B10:L20. Na opção de onde
pretende colocar o relatório da Tabela Dinâmica escolha Nova Folha de
Cálculo. Depois clique em OK. Veja que surge uma nova folha (Folha 4, no
caso).

Todos os campos pertencentes à tabela da Folha 1 encontram-se listados


à direita da área de definição da tabela na Folha 4. Em Lista de campos

da tabela dinâmica, clique no botão e escolha Secção Campos e


Secção Áreas Empilhadas. Selecione o campo Descrição Categoria e
arraste-o para a área Rótulos de Linha, fazendo o mesmo com o campo
Código Artigo. Depois, arraste o campo Quantidade Encomendar para a
área  Valores. A seguir, clique com o botão esquerdo do rato sobre Contar
de Quantidade Encomendar ainda na área  Valores. Surgirá uma caixa
onde você escolherá Definições do Campo de Valor. Surgirá uma nova
caixa onde você selecionará Soma. Depois clique em OK. O resultado está
na Figura 126:

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Figura 126.

Veja que ao lado de cada descrição de categoria, está o total a ser


encomendado, total esse que é desmembrado por cada código de artigo
dentro de sua categoria. O total geral é 4.761 artigos a serem
encomendados. Se preferir, pode ver apenas os totais a serem
encomendados por categoria. Para isso, basta clicar nos botões do lado
esquerdo de cada descrição de categoria. O resultado é apresentado na
Figura 127:

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Figura 127.
Agora, inclua também a Categoria (CX, PA e SP), os nomes dos artigos, e
a média dos preços de venda de cada categoria de artigo em qualquer
situação de stock.

Para incluir as categorias e os nomes dos artigos, simplesmente clique


nesses campos. Para incluir as médias dos preços de venda, leve o campo
Preço de Venda para a área  Valores. A seguir, clique com o botão
esquerdo do rato sobre Soma de Preço de Venda ainda na área  Valores.
Surgirá uma caixa onde você escolherá Definições do Campo de Valor.
Surgirá uma nova caixa onde você selecionará Média. Depois clique em
OK. O resultado está parcialmente apresentado na Figura 128:

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Figura 128.

Apresente a soma dos stocks reais em valores absolutos e depois altere


esses valores para valores percentuais.

Para apresentar uma coluna com a soma dos valores de stocks reais,
simplesmente arraste o campo stock real para a área  Valores. Para
apresentar os totais em termos de percentagem, ative uma célula de total
(por exemplo, a célula D5), e clique com o botão direito do rato sobre esta
célula. A seguir, selecione Resumir dados por, e a seguir, Mais opções.
Surgirá a seguinte caixa de diálogo (Figura 129):

Figura 129.

Na Figura 129, abra o separador Mostrar valores como. No campo


Mostrar valores como, selecione % do total (Veja Figura 130):

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Figura 130.

Depois clique em OK. O resultado é mostrado parcialmente na Figura 131:

Figura 131.

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7.5. GRÁFICOS DINÂMICOS

Para criar um gráfico dinâmico a partir dos dados da tabela da Figura 124,
primeiro escolha as variáveis que deseja inserir no gráfico. Por exemplo:
criar um gráfico dinâmico para apresentar as quantidades existentes em
stock de cada artigo, agrupado por categoria.

No separador Inserir, no ícone Tabela Dinâmica, selecione Gráfico


Dinâmico. Surgirá a caixa Criar Tabela Dinâmica com Gráfico Dinâmico.
Em Tabela/Intervalo copie o intervalo B10:L20 e escolha Nova Folha de
Cálculo como o local onde o gráfico será criado.

Na nova folha (Folha 5, no caso), selecione os campos “Artigo” e “Stock


Real” (apenas selecione clicando neles). O seu gráfico deverá parecer-se
com o da Figura 132:

Figura 132.

Evidentemente que trata-se de um gráfico básico. Várias melhorias poderiam


ser introduzidas, mas deixamos para você explorá-las.

7.6. NÍVEIS DE AGRUPAMENTO E SUBTOTAIS

Exemplo 34

A seguinte tabela (Figura 133) refere-se aos contatos efetuados por gestores
de contas a clientes durante a primeira semana do mês de Maio:

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Figura 133.

O Gerente da agência quer:

 Ordenar a tabela por ordem ascendente de localidade;

 Definir um subtotal para visualizar o número de contatos realizados por


localidade;

 Acrescentar, ainda, um novo subtotal para visualizar o número de


contatos por tipo (reunião, email, visita ou telefone).

 Para ordenar a tabela da Figura 134, primeiro selecione o intervalo de


células B4:F20. A seguir, no menu Base, no bloco Edição, clique no ícone
Ordenar e Filtrar, escolhendo então Ordenação Personalizada. Surgirá a
caixa Ordenar. Preencha-a conforme Figura 134:

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Figura 134.

Alternativamente, você pode ir ao separador Dados e no bloco Ordenar e


Filtrar clique no ícone Ordenar.

 Para definir um subtotal, selecione o intervalo B3:F20. Depois, no


separador Dados, clique no ícone Destaques e escolha Subtotais,
preenchendo a caixa que surgirá conforme indicado na Figura 135:

Figura 135.

O resultado está parcialmente na Figura 136. Veja que a folha agora está
organizada em vários níveis por ordem alfabética de localidade. Você pode
escolher o grau de detalhe das informações simplesmente aumentando ou
diminuindo os níveis.

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Figura 136.

 Podemos também definir subtotais para visualizar o número de contatos


realizados por localidade e por dia.

Selecione o intervalo B3:F28, aceda à Dados/Destaques/Subtotal, e


preencha a caixa Subtotais tal como mostrado na Figura 137:

Figura 137.

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Depois clique em OK. O resultado parcial é mostrado na Figura 137.
Repare que novos níveis foram acrescentados.

Figura 138.

 Para visualizar subtotais necessários para o número de contatos


realizados por localidade, por dia e por tipo de contato, selecione o
intervalo B3:F44, abra novamente Subtotais e preencha-o conforme Figura
139:

Figura 139.

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O resultado parcial aparece na Figura 140:

Figura 140.

Veja que, mais uma vez, novos níveis foram acrescentados aos anteriores.

8. FUNÇÕES FINANCEIRAS

8.1. FUNÇÕES BÁSICAS DE JUROS COMPOSTOS

8.1.1. FUNÇÂO VALOR FUTURO (VF)

Esta função retorna o valor futuro (ou montante) de uma aplicação


financeira na data de hoje (capital inicial ou atual), conhecidos o prazo e a
taxa de juros. Esta função é equivalente à seguinte fórmula:

𝑉𝐹 = 𝑉𝐴(1 + 𝑖)𝑛 (8.1.1)

em que

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VF = valor futuro, valor final ou montante

VA = capital inicial ou atual

i = taxa de juros

n = prazo de aplicação ou período de capitalização

Exemplo 35

Um capital de $ 1.000 é aplicado durante 1 ano a uma taxa anual de juros


compostos de 20%. Obter o montante recebido ao fim desse período.

Abra uma folha do Excel e, na barra de fórmulas clique em Inserir


Função . Escolha a categoria Financeira e, a seguir, selecione a
função VF, preenchendo-a conforme a Figura 141:

Figura 141.
Para os dados deste problema serão necessários ser preenchidos apenas
3 argumentos. O argumento Taxa refere-se à taxa de juros da operação
(20%); o argumento Nper refere-se ao prazo ou número de períodos (n =
1, neste exemplo); e Va é o capital inicial ou valor atual. O argumento Va
é sempre preenchido com valor negativo, pois o Excel entende que trata-
se de um desembolso. Depois clique em OK. O resultado é $ 1.200.

Exemplo 36

Um capital de $ 1.200 é aplicado durante 1 ano a uma taxa semestral de


juros compostos de 6%. Obter o montante recebido ao fim desse período.

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Para usar a função VF (ou mesmo a fórmula 8.1.1) é necessário que o
prazo de aplicação seja compatível com a periodicidade da taxa de juros.
Como 1 ano é igual a 2 semestres, no argumento Nper deve ser digitado
2 e não 1. No argumento Taxa digite 6% e no argumento Va, - 1200. O
resultado é $ 1.348,32.

8.1.2. FUNÇÂO VALOR ATUAL (VA)

Esta função retorna o valor atual (ou capital inicial) de uma aplicação
financeira, conhecidos o valor final ou montante (VF), o prazo (Nper) e a
taxa de juros (Taxa). Esta função é equivalente à seguinte fórmula:

𝑉𝐹
𝑉𝐴 = (8.1.2)
(1 + 𝑖)𝑛

Note que a fórmula 8.1.2 é a inversa da 8.1.1. Logo, a função VA é a


inversa da função VF.

Exemplo 37

Uma aplicação financeira rendeu, após 1 ano, o montante de $ 600.000,


sendo a taxa de juros de 10% ao ano, juros compostos. Calcule o capital
aplicado.

Na categoria Financeira, abra a função VA, preenchendo os argumentos


conforme mostrado na Figura 142:

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Figura 142.

O resultado é $ 545.454,55. Ignore o sinal negativo, pois como já


mencionado, o Excel considera este valor como um desembolso, uma
saída de dinheiro (este é o sentido do sinal negativo).

Exemplo 38

Uma aplicação financeira rendeu, após 3 anos, o montante de $ 600.000,


sendo a taxa de juros de 2% ao trimestre, juros compostos. Calcule o
capital aplicado.

Novamente aqui, prazo e taxa devem estar na mesma unidade de tempo.


Como 3 anos são iguais a 12 trimestres, é este número que entrará no
argumento Nper da função VA. O resultado é $ 493.095,91.

8.1.3. FUNÇÂO TAXA

Esta função retorna a taxa de juros compostos de uma aplicação


financeira, conhecidos o valor atual (VF), o valor final (VF), e o prazo
(Nper) da operação. A função Taxa é equivalente à seguinte fórmula:

𝑛 𝑉𝐹
𝑖= √ −1 (8.1.3)
𝑉𝐴

Exemplo 39

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Um capital de $ 100.000 rendeu, ao fim de 1 ano, um montante de $
112.500. Qual a taxa de juros aplicada nessa operação?

Abra a função financeira Taxa, preenchendo os argumentos conforme a


Figura 143:

Figura 143.

O resultado é 0,125 ou 12,5% ao ano, já que o prazo está expresso em


ano.

8.1.4. FUNÇÂO NÚMERO DE PERÍODOS (Nper)

Esta função retorna o prazo ou número de períodos (ou ainda o número


de capitalizações) de uma aplicação financeira, conhecidos o valor atual
(VF), o valor final (VF), e a taxa de juros compostos (Taxa) da operação.
A função Nper é equivalente à seguinte fórmula:

𝑉𝐹
𝑙𝑛 (𝑉𝐴)
𝑛= (8.1.4)
𝑙𝑛(1 + 𝑖)

onde ln é o logaritmo natural ou neperiano, cuja base é e  2,71828.

Obs; A utilização do logaritmo decimal (base = 10) produz o mesmo


resultado na equação 8.1.4.

Exemplo 40

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Uma aplicação financeira de $ 25.000 produziu um montante de $ 32.250
a uma taxa de juros compostos de 21,5% ao ano. Calcule quantos meses
foram necessários para se obter esse resultado.

Abra a função financeira Nper, preenchendo-a de acordo com a Figura


144:

Figura 144.

O resultado é 1,347 ano, já que a taxa está expressa em termos anuais.


Mas como o problema quer o prazo em meses, temos que multiplicar
1,347 por 12, o que dá, aproximadamente, 16 meses.

8.2. FUNÇÕES TAXA EFECTIVA (EFECTIVA) e TAXA NOMINAL


(NOMINAL)

Em muitas operações financeiras, como é o caso dos empréstimos


bancários e dos investimentos em bonds, a taxa apresentada ao cliente é,
em geral, uma taxa nominal. Uma taxa nominal é aquela em que o período
dos pagamentos (período de capitalização) não coincide com o período no
qual a taxa está expressa. Por exemplo: 12% ao ano, capitalizados
mensalmente; 10% ao ano, capitalizados semestralmente, etc. A taxa
nominal é sempre expressa ao ano, os períodos de capitalização é que
podem variar.

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O Excel dispõe da função financeira EFECTIVA, que retorna a taxa anual
efetiva a partir de uma dada taxa anual nominal. Esta função é equivalente à
seguinte fórmula:

𝑛ú𝑚.𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜


𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙
𝑖𝑒 = [(1 + ) ]−1
𝑛ú𝑚. 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜

onde ie é a taxa efetiva anual.

Exemplo 41

Um banco empresta a 25% ao ano, com capitalização mensal. Qual a taxa


de juros anual efetiva correspondente à essa taxa nominal?
Abra a função financeira EFECTIVA e preencha os argumentos conforme a
Figura 145:

Figura 145.

No argumento Taxa_nominal é digitada a taxa nominal conhecida. No


argumento Núm_por_ano é digitado o número de capitalizações no ano, 12.
Se, por exemplo, a capitalização fosse semestral, no argumento
Núm_por_ano seria digitado 2, etc.

Veja que a taxa efetiva anual de 28,07% é superior à taxa nominal de 25%.
Isto sempre ocorrerá.

Obs: A taxa efetiva é sempre maior do que a taxa nominal.

Contrariamente, a função NOMINAL permite obter a taxa nominal anual


correspondente a uma taxa efetiva anual conhecida. Esta função é
equivalente a seguinte fórmula:

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𝑛
𝑖𝑁 = [ √(1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙) − 1] ∗ 𝑛

onde n é o número de capitalizações no ano.

Para achar a taxa nominal correspondente à taxa efetiva anual de


28,0731%, abra a função financeira NOMINAL e preencha conforme a
Figura 146:

Figura 146.

8.3. FUNÇÃO PAGAMENTO (PGTO)

Esta função devolve o valor de uma série de pagamentos constantes e


periódicos (sistema de prestações constantes. PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO) a uma taxa de juros também constante ao longo de todo o
prazo da operação financeira. O resultado obtido com esta função depende
da convenção de pagamento a ser adotada:

8.3.1. Convenção de Fim de Período (Pagamentos Postecipados)

Por esta convenção (a mais comum) os pagamentos (ou recebimentos)


começam a ocorrer no fim do primeiro período após a data de liberação
do financiamento (ou de um investimento).

8.3.1.1. São conhecidos o VA, o prazo e a taxa de juros.

Nestas condições, a função PGTO é equivalente à seguinte


fórmula:

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𝑖(1 + 𝑖)𝑛
𝑃𝐺𝑇𝑂 = 𝑉𝐴 [ ] (8.3.1.1)
(1 + 𝑖)𝑛 − 1

Exemplo 42

Um cliente solicitou ao seu banco um empréstimo de $ 100.000. As


condições estipuladas pelo banco foram: a) taxa de juros de 24%
ao ano, com pagamentos mensais, iniciando a primeira prestação 1
mês após a liberação do empréstimo; b) o prazo concedido será de
3 anos (=36 meses). Qual o valor da prestação a ser paga pelo
cliente?

Primeiro, é preciso calcular a taxa efetiva mensal, pois os


pagamentos serão mensais. Divida simplesmente 24% por 12. O
resultado, 2%, é a taxa efetiva mensal.

Agora, abra a função PGTO e complete os argumentos conforme


mostrado na Figura 147:

Figura 147.

O valor das prestações mensais será de $ 3.923,28.

O último argumento da função PGTO, Tipo, indica justamente o


tipo de convenção que se está usando. Se nada for digitado ou se
for digitado zero, a função entende que a convenção é a de fim de
período.

8.3.1.2. São conhecidos o VF, o prazo e a taxa de juros.

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Nestas condições, a função PGTO é equivalente à seguinte
fórmula:

𝑖
𝑃𝐺𝑇𝑂 = 𝑉𝐹 [ ] (8.3.1.2)
(1 + 𝑖)𝑛 − 1

Exemplo 43

No mês de Dezembro, o cliente de certo banco decidiu depositar


mensalmente a partir de Janeiro do ano seguinte quantias
constantes de forma a ter um montante de $ 50.000 no fim do ano
para adquirir um novo automóvel. O banco paga para esse tipo de
depósito uma taxa de 1% ao mês, juros compostos. Qual o valor
dos depósitos que o cliente terá que fazer?

Abra a função PGTO e complete os argumentos conforme


mostrado na Figura 148:

Figura 148.

Ele terá que depositar, a partir de Janeiro, a quantia de $ 3.942,44


todos os meses se quiser ter, em Dezembro, os $ 50.000.

8.3.2. Convenção de Início de Período (Série Antecipada)

Por esta convenção, o primeiro pagamento (ou recebimento) ocorre já


no momento da liberação do financiamento (ou do investimento).

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8.3.2.1. São conhecidos o VA, o prazo e a taxa de juros.

Nestas condições, a função PGTO é equivalente à seguinte


fórmula:

𝑖(1 + 𝑖)𝑛−1
𝑃𝐺𝑇𝑂 = 𝑉𝐴 [ ] (8.3.2.1)
(1 + 𝑖)𝑛 − 1

Exemplo 44

Se no Exemplo 42, a primeira prestação fosse paga logo após a


liberação do empréstimo, e mantidas as demais condições, para
calcular o valor da prestação em termos da função PGTO, bastaria
digitar no argumento Tipo o número 1, transformando a série
postecipada numa antecipada. O valor da prestação passaria a ser
de $ 3.846,36.

8.3.2.2. São conhecidos o VF, o prazo e a taxa de juros.

Nestas condições, a função PGTO é equivalente à seguinte


fórmula:

𝑖
𝑃𝐺𝑇𝑂 = 𝑉𝐹 (8.3.2.2)
(1 + 𝑖)[(1 + 𝑖)𝑛 − 1]

Exemplo 45

No Exemplo 43, se o cliente tivesse iniciado os seus depósitos já


no mês de Dezembro, e mantidas as demais condições, o valor dos
depósitos mensais seriam de $ 3.903, 41

8.3.3. Funções VA e VF com PGTO

Nos itens 8.3.1 e 8.3.2 os valores de VA e VF eram conhecidos, e a


incógnita era PGTO. Mas pode ocorrer que PGTO seja conhecido, e as
incógnitas seriam então VA e VF.

8.3.3.1. Cálculo de VA, sendo conhecidos PGTO, o prazo e a


taxa de juros.

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Nesta situação, as fórmulas para cálculo de VA seriam o inverso da
fórmula (8.3.1.1) no caso da convenção de fim de período, e
(8.3.2.1) no caso da convenção de início de período.

Exemplo 46

Determinar o valor do capital de um financiamento realizado com


uma taxa efetiva de 1%, juros compostos, e que deve ser liquidado
em 12 prestações mensais, sucessivas e iguais a $ 1.000.

Abra a função financeira VA e preencha os argumentos conforme a


Figura 149:

Figura 149.

Na Figura 149 o valor $ 1.000 no argumento PGTO foi digitado com


sinal negativo para se obter um VA com sinal positivo. Seria
indiferente digitá-lo com sinal positivo e se obter VA com sinal
negativo. Se a convenção adotada para o pagamento do
financiamento foi a de final de período, então o VA é o que está
mostrado na Figura 149, $11.255,08. Se a convenção foi a de início
de período, é suficiente digitar 1 no argumento TIPO, obtendo-se
então um VA de $11.367,63.

8.3.3.2. Cálculo de VF, sendo conhecidos PGTO, o prazo e a


taxa de juros.

Nesta situação, as fórmulas para cálculo de VF seriam o inverso da


fórmula (8.3.1.2) no caso da convenção de fim de período, e
(8.3.2.2) no caso da convenção de início de período.

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Exemplo 46

Um investidor realiza quatro depósitos anuais de $ 5.000 numa


conta de poupança. A taxa efetiva que remunera esses depósitos é
de 8% ao ano, juros compostos. Determinar o valor acumulado no
final do quarto ano, logo após a realização do último depósito.

Abra a função financeira VF e preencha os argumentos conforme a


Figura 150:

Figura 150.

Se a convenção adotada foi a de final de período, então o VF é o


que está mostrado na Figura 150, $22.530,56. Se a convenção foi
a de início de período, é suficiente digitar 1 no argumento TIPO,
obtendo-se então um VF de $24.333.

8.4. FUNÇÃO PAGAMENTO CAPITAL ACUMULADO (PGTOCAPACUM)

Esta função devolve os pagamentos acumulados de um financiamento entre


dois períodos. Esses pagamentos referem-se apenas à parcela relativa ao
capital tomado emprestado (amortização da dívida).

Exemplo 47

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Um financiamento de $ 1.000 foi feito à uma taxa de juros de 8% ao ano,
juros compostos, durante 4 anos pelo Sistema de Prestações Constantes.
Calcule o valor das amortizações acumuladas entre o ano 1 e o ano 2.

Abra a função financeira PGTOCAPACUM e preencha os argumentos


conforme a Figura 151:

Figura 151.

A função PGTOCAPACUM possui 6 argumentos (na Figura 151, só


aparecem os 5 primeiros. O último, o argumento Tipo_pgto, é encontrado
descendo-se a barra de rolagem da função). No caso desta função, o
argumento Va (Valor atual) deve ser digitado com sinal positivo, e o
argumento Tipo_pgto deve ser preenchido com 0 (se for a convenção de
fim de período) ou com 1 (se for a convenção de início de período). Na
Figura 151, as amortizações acumuladas são de $461,59 entre o ano 1 e o
ano 2, supondo-se a convenção de fim de período.

8.5. FUNÇÃO PAGAMENTO JURO ACUMULADO (PGTOJURACUM)


Esta função devolve os pagamentos acumulados de juros de um
financiamento entre dois períodos.

Exemplo 48

Em relação ao Exemplo 47, quer-se saber os juros pagos acumulados entre


o ano 1 e o ano 2.

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Abra a função financeira PGTOJURACUM e preencha os argumentos
conforme a Figura 152:

Figura 152.

O preenchimento desta função é idêntico ao da função PGTOCAPACUM. A


diferença é no resultado. O resultado que aparece na Figura 152, $ 142,25,
corresponde apenas aos juros do financiamento.

8.6. FUNÇÃO PAGAMENTO CAPITAL (PPGTO)

Esta função devolve o pagamento de um financiamento num dado período


específico. Esse pagamento refere-se apenas à parcela relativa ao capital
tomado emprestado (amortização da dívida).

Exemplo 49

Com referência ao Exemplo 47, qual o valor da amortização (pagamento de


parcela do capital) do financiamento no ano 1? E no ano 2?

Abra a função financeira PPGTO e preencha os argumentos conforme a


Figura 153:

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Figura 153.

No argumento Período digita-se o período no qual se deseja saber a parcela


do capital a amortizar. Não confunda este argumento com o seguinte, Nper,
que se refere ao prazo total do financiamento. Assim, no ano 1 é pago $
221,92 (supondo a convenção de fim de período) do capital de $ 1.000
financiado. Trocando 1 por 2 no argumento Período, a amortização é de $
239,67 no segundo ano. Veja que, somando estas duas amortizações ($
221,92 + $ 239,67), o resultado, $ 461,59, é exatamente o encontrado na
função PGTOCAPACUM.

8.7. FUNÇÃO PAGAMENTO JURO (IPGTO)

Esta função devolve o pagamento dos juros de um financiamento num dado


período específico. Esse pagamento refere-se apenas à parcela relativa aos
juros do capital tomado emprestado.

Exemplo 50

Ainda com referência ao Exemplo 47, qual o valor dos juros do


financiamento no ano 1? E no ano 2?

Abra a função financeira IPGTO e preencha os argumentos conforme a


Figura 154:

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Figura 154.

A sintaxe desta função é a mesma da PPGTO. No argumento Período


digita-se o período no qual se deseja saber a parcela dos juros a pagar.
Novamente, não confunda este argumento com o seguinte, Nper, que se
refere ao prazo total do financiamento. Assim, no ano 1 é pago $ 80
(supondo a convenção de fim de período) de juros do capital de $ 1.000
financiado. Trocando 1 por 2 no argumento Período, o juro é de $ 62,25 no
segundo ano. Veja que, somando estes dois valores ($ 80 + $ 62,25), o
resultado, $142,25, é exatamente o encontrado na função PGTOJURACUM.

8.8. FUNÇÃO É.PGTO

Esta função devolve o valor dos juros a serem pagos num determinado
periodo quando o sistema de amortização do financiamento é o Sistema de
Amortizações Constantes (SAC). Neste sistema, as amortizações são
constantes (ao contrário do Sistema de Prestações Constantes, visto acima,
em que as prestações é que são constantes).

A função É.PGTO é equivalente à seguinte fórmula:

Jn = i*VAn-1

Isto é, o juro num certo periodo n é igual à taxa de juros i multiplicada pelo
saldo devedor VA do periodo imediatamente anterior, n – 1.

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Exemplo 51

Continuando com o Exemplo 47, suponha que o financiamento de $ 1.000, à


taxa de 8% ao ano, no prazo de 4 anos, seja pago pelo SAC. Por este
sistema, as amortizações são constantes e iguais a $1.000/4 = $250. Os
juros do Ano 1 seriam então de J1 = i*VA0 = 0,08*$1.000 = $ 80. Os juros
do Ano 2 seriam J2 = i*VA1 = 0,08*$750 = $60 (o $750 é o saldo devedor no
fim do ano 1, já que $250 são pagos nesse ano), etc.

Abra a função É.PGTO (Figura 155):

Figura 155.

Veja que, preenchendo o argumento Período com o valor zero (ou não
preenchendo, o que dá no mesmo), a função calcula os juros do Ano1;
preenchendo com o valor 1, a função calculará os juros do Ano 2, $60, e
assim sucessivamente, pois os juros são sempre calculados sobre o saldo
devedor do periodo anterior.

Exemplo 52

Suponha um financiamento de $ 30.000 com a taxa de juros compostos de


2% ao ano pelo prazo de 6 anos, no sistema SAC. Determinar os juros a
serem pagos no quarto ano do financiamento. Veja Figura 156:

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Figura 156.

Como os juros são calculados sobre o saldo devedor do periodo anterior,


para saber o valor dos juros do Ano 4, no argumento Período digitamos 3,
pois o saldo devedor no Ano 3 é $15.000.

8.9. FUNÇÕES REFERENTES À DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS FÍSICOS


O Excel possui funções financeiras para o cálculo das quotas de
depreciação (amortização) de ativos físicos (máquinas, equipamentos,
edificações, etc.). As funções são as seguintes:

8.9.1. FUNÇÃO AMORT

Devolve a quota anual de depreciação pelo método linear. Esta função


equivale à seguinte fórmula:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 (𝑉𝐶) − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙(𝑉𝑅)


𝑄𝐷 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙(𝑛)

Exemplo 53

Uma máquina foi adquirida por $150.000 tendo uma vida útil estimada de
10 anos, quando então deverá ser vendida por $30.000. Qual a quota
anual de depreciação desta máquina?

Abra a função AMORT e preencha os argumentos conforme a Figura 157:

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Figura 157.

A quota anual é de $12.000, o que equivale a uma taxa anual de


depreciação de 8%. Se o valor residual fosse nulo, ou seja, se após os 10
anos de uso a máquina não tivesse nenhum valor de mercado, então a
quota anual seria de $15.000, equivalendo a uma taxa anual de 10%.

8.9.2. FUNÇÃO AMORLINC

A função AMORT supõe que o ativo seja adquirido no início do exercício


contabilístico, digamos em Janeiro de determinado ano, quando então a
depreciação corresponderia a todo o ano (supondo que a empresa feche
as suas contas em Dezembro) e alienado no fim do último periodo de sua
vida útil (digamos, Dezembro). Obviamente, isto nem sempre ocorre.
Uma empresa não necessariamente adquire um bem sempre no início do
ano e o aliena sempre no fim do ano da sua vida útil. Por exemplo, um
ativo pode ser adquirido no dia 20/12 de determinado ano e a empresa
encerrar suas contas no dia 31/12 desse mesmo ano. Neste caso, a
função AMORT não poderia ser utilizada. A função AMORLINC devolve a
quota de depreciação linear pro rata (isto é, em função do tempo em que
foi adquirido) de um ativo, assumindo que as quotas de depreciação
podem não ser iguais no início e/ou no fim de cada periodo contabilístico.

Exemplo 54

Suponha que um computador tenha sido adquirido no dia 10 de


Dezembro de 2009 ao custo de $2.000 e a empresa feche as suas contas
no dia 31 de Dezembro de 2009. A taxa de depreciação anual é de 25% e
a empresa espera poder revender este computador por $ 300 ao fim de
sua vida útil. Qual a depreciação deste computador em 2009?

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Abra a função AMORLINC e preencha os argumentos conforme indicado
a seguir:

 Custo: neste argumento, digite o valor do custo de aquisição, 2000;

 Data_aquisição: digite a data de compra (entre aspas), “10/12/2009”;

 Prim_período: digite a data de fechamento das contas da empresa


(entre aspas), “31/12/2009”;

 Recuperação: é o valor que se espera recuperar com a venda do bem,


$300;

 Período: como a função admite diferentes quotas de depreciação por


período, torna-se necessário especificar o período para o qual
se quer obter o valor da quota. Neste caso, como queremos
obter a quota no próprio ano de 2009, digitamos 0;

 Taxa: é a taxa a qual o bem será depreciado. Neste caso, 25%;

 Base: como queremos a quota de depreciação para o ano de 2009,


digitamos 1.

A quota de depreciação em 2009 é de $28,77, correspondente ao periodo


de 10 de Dezembro a 31 de Dezembro de 2009 (Veja Figura 158):

Figura 158.

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Como este cálculo foi feito? Entre o dia 10/12 e 31/12 são decorridos 21
dias de calendário. Para um ano de 365 dias, temos então a seguinte
proporção: 21/365 = 0,0575 (ou seja, 5,75% do ano). Esta proporção
multiplicada pela quota anual de depreciação ($2.000*0,25 = $500), dá
exatamente os $28,77 da Figura 158. Este é exatamente o conceito de
pro rata.

Exemplo 55

Com relação ao Exemplo 54, como ficariam os demais períodos de


depreciação? Para ver como, abra uma folha do Excel e monte a tabela
que aparece na Figura 159:

Figura 159.

 Na coluna Ano, foi especificado um prazo de zero a quatro anos.


Porque? Um ativo cuja taxa de depreciação é de 25% ao ano, deverá
estar depreciado em 4 anos (1/0,25 = 4);

 Na célula C2, introduziu-se a função AMORLINC preenchendo seus


argumentos tal como foi feito na Figura 158, com exceção do argumento
Período em que, ao invés de se digitar zero, este foi substituído pela
sua célula correspondente, B2;

 Arrastou-se o conteúdo da célula C2 para a célula C3, trocando-se em


seguida o valor 1 no argumento Base para o valor 3, para fazer
corresponder um ano de 365 dias. A partir daí, arrastou-se o conteúdo
da célula C3 até a célula C6. Veja duas coisas: 1) como a partir do ano 1
até o ano 3 a depreciação corresponde a um ano inteiro, a função
AMORLINC calculou corretamente a quota de depreciação anual de
$500; 2) A soma acumulada das quotas do ano 0 até o ano 3 é igual a
$1.528,77. Como o valor do ativo é $ 2.000, ainda faltaria depreciar
$471,23 (= $2.000 - $1.528,77). Mas, a empresa espera vendê-lo por
$300 no último ano, Ano 4 (lembre-se que este valor foi informado no
argumento Recuperação). Assim, a diferença $471,23 - $300 = $171,23
é a quota que falta depreciar no Ano 4, que é exatamente o valor que
aparece na célula C6.

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8.9.3. FUNÇÃO AMORDEGRC

Esta função é semelhante à AMORLINC, a diferença é que um coeficiente


de depreciação é aplicado no cálculo, dependendo do tempo de vida útil
do ativo. Conhecida a vida útil do ativo, esse número é então relacionado
a um coeficiente de depreciação de acordo com a seguinte tabela:

Vida útil Coeficiente a utilizar


3 ou 4 anos 1,5
5 ou 6 anos 2
Mais de 6 anos 2,5

Exemplo 56

Mantendo as mesmas condições do Exemplo 54, qual seria a depreciação


do computador em 2009?

O preenchimento da função AMORDEGRC é igual ao da AMORLINC, o


resultado é que é diferente (Figura 160):

Figura 160.

Enquanto na AMORLINC o valor da depreciação em 2009 é de $28,77


(Figura 158), na AMORDEGRC é de $43. Este resultado foi obtido
fazendo-se o seguinte cálculo:

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$2.000*0,25*1,5*(21/365) = $43,15

que a função arredonda automaticamente às unidades.

Em 2010, segundo ano (argumento Período = 1), a depreciação é de


$734, obtido com o seguinte cálculo:

($2.000-$43,15)*0,25*1,5 = $733,82

Em 2011, terceiro ano (argumento Período = 2), a depreciação é de


$612, obtido com o seguinte cálculo:

($2.000-$43,15-$733,82)/2 = $611,52

A lógica desse cálculo é que, como estamos no Período 2 de


depreciação, a função considera que metade do que havia para depreciar
já o foi.

Em 2012, terceiro e último ano (argumento Período = 2), a depreciação é


de $612, a outra metade.

8.9.4. FUNÇÃO AMORTD

Este método de depreciação é conhecido como Método da Soma dos


Dígitos ou Método de Cole, e consiste no seguinte:

a) Soma-se os dígitos referentes ao prazo de vida útil do ativo, ou seja, se


o ativo tem n anos de vida útil então somamos 1 + 2 + 3 + …+ n – 1 +
n
n, ou  , onde  é o número de dígitos;
 1
b) Dividimos o número de períodos que restam para o fim da vida útil do
ativo pela soma dos dígitos do prazo de vida útil do ativo. Assim:

n
Período 1: n /  ,
 1
uma vez que na data 1 faltam ainda n

depreciações;

n
Período 2: n -1 /  ,
 1
uma vez que na data 2 faltam n – 1

depreciações;

………………………………………..

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n
Período n: 1 /  , uma vez que na data final temos apenas uma
 1
depreciação a realizar;

c) A quota de depreciação de cada período é então dada pela seguinte


expressão:

n
QDep1 = (VC – VR). n / 
 1
n
QDep2 = (VC – VR). (n-1) / 
 1
……………………………………

n
QDepn = (VC – VR). 1 / 
 1
Exemplo 57

Voltando ao Exemplo 53, em que uma máquina foi adquirida por $150.000
tendo uma vida útil estimada de 10 anos, quando então deverá ser
vendida por $30.000, quais seriam as quotas de depreciação desta
máquina para os três primeiros anos pelo Método da Soma dos Dígitos?

Abra a função AMORTD e preencha os argumentos conforme a Figura


161:

Figura 161.

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Os argumentos desta função são os mesmos da função AMORT, porém
acrescentando-se mais um, o argumento Período, em que deve ser
especificado os períodos de amortização do ativo. Para o primeiro ano, o
valor da depreciação é de $21.818,18. Este valor é obtido com a fórmula:

n
QDep1 = (VC – VR). n / 

 = (150.000-30.000)*(10/55) = 21.818,18
1

No segundo ano, a quota seria de $19.636,36, obtido como:

n
QDep2 = (VC – VR). (n-1) /  = (150.000-30.000)*(9/55) = 19.636,36
 1

e assim sucessivamente.

8.9.5. FUNÇÃO BD

Esta função é conhecida como Método da Redução Fixa do Saldo,


Método Exponencial ou, ainda, Método da Taxa Fixa de Depreciação.
Para utilizá-la, é necessário determinar, de início, a taxa a qual o ativo
será depreciado. Esta taxa é calculada da seguinte forma:

1
 VR  n
rD = 1   
 VC 
onde rD é a taxa fixa de depreciação e, como antes, VR é o valor residual
e VC o valor de compra ou de custo. Esta taxa é arredondada para três
casas decimais.

A quota de depreciação de cada período (com exceção do primeiro e do


último) é então obtida mediante o uso da seguinte expressão:

QDepn-1 = rD . (VC – depreciação acumulada até n -2)

Para o primeiro período de depreciação, a função utiliza a seguinte


fórmula:

QDep1 = (VC*rD*mês)/12

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Se o mês for omitido, é considerado 12, o que corresponde à depreciação
anual do ativo.

Para o último periodo, a função utiliza a fórmula:

QDepn =[ rD* (VC – depreciação acumulada até n -1)*(12 – mês)]/12

Exemplo 58

Suponha que um equipamento foi adquirido em Setembro de 2009 pelo


preço de $50.000. Sua vida útil prevista é de 5 anos, e depois ele será
vendido pelo valor estimado de $5.000. Calcular as quotas de
depreciação desse ativo pelo Método da Taxa Fixa de Depreciação.

No caso deste exemplo teríamos os seguintes períodos de depreciação:

Anos No de depreciações (meses)


2009 4
2010 12
2011 12
2012 12
2013 12
2014 8
TOTAL (60 meses = 5 anos)

A seguir, calculamos a taxa fixa rD:


1
5.000 5
𝑟𝐷 = 1 − ( ) = 0,369
50.000

Assim, o valor da depreciação para o primeiro ano (2009) seria de


(0,369*50.000*4)/12 = $6.150. Este resultado pode ser confirmado na
função BD, mostrada na Figura 162:

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Figura 162.

Para o segundo ano (2010), a quota seria:

0,369*(50.000-6150) = $16.180,65. Para obter este valor na função, basta


trocar no argumento Período o 1 pelo 2.

Para o terceiro ano (2011), a quota seria:

0,369*(50.000-6150-16.180,65) = $10.209,99. Para obter este valor na


função, basta trocar no argumento Período o 2 pelo 3.

Para o quarto ano (2012), a quota seria:

0,369*(50.000-6150-16.180,65-10.209,99) = $6.442,50. Para obter este


valor na função, basta trocar no argumento Período o 3 pelo 4.

Para o quinto ano (2013), a quota seria:

[0,369*(50.000-6150-16.180,65-10.209,99-6.442,50) = $4.065,22. Para


obter este valor na função, basta trocar no argumento Período o 4 pelo 5.

Para os 8 meses restantes de 2014, a quota seria:

[0,369*(50.000-6150-16.180,65-10.209,99-6.442,50-4.065,22)*(12-4)]/12 =
$1.710,10. Para obter este valor na função, basta trocar no argumento
Período o 5 pelo 6.

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8.9.6. FUNÇÃO BDD

Este método é conhecido como Método da Redução Dupla do Saldo.


Vimos que no método de depreciação linear, a quota de depreciação de
cada período era dada pela expressão QDep = (VC – VR) /n. Mas, VC –
VR = SALDO. Isto é, a diferença entre o valor de compra e o valor
residual é igual ao saldo a depreciar. Logo, QDep pode ser reescrito como
QDep = SALDO/n. O método da redução dupla do saldo considera as
quotas a serem depreciadas como o dobro daquela obtida pelo método
linear. Assim, a QDep na data 1 seria:

Saldo0
QDep1 = 2.
n
O saldo a depreciar na data 1 é:

Saldo0  2
Saldo1 = Saldo0 - QDep1 = Saldo0 - 2. = Saldo0 1  
n  n

e a quota de depreciação na data 2, QDep2, é:

 2
Saldo0 1  
Saldo1  n Saldo0  2
QDep2 = 2.  2.  2. 1  
n n n  n

Na sequência, podemos inferir que a quota de depreciação num dado


período t é dada por:

t 1
Saldo0  2
QDept = 2. 1  
n  n

A função BDD não considera períodos parciais de depreciação, como o


faz a função BD. Assim, não há, na função BDD, o argumento Mês.

Exemplo 59

Considerando o Exemplo 58, vamos depreciar aquele equipamento pelo


Método da Redução Dupla do Saldo.

A quota de depreciação no ano 1 seria:

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50.000
QDep1 = 2.  20.000
5

Este valor pode ser confirmado com o uso da função BDD, conforme
Figura 163:

Figura 163.

O argumento Factor especifica o fator que será considerado para a


depreciação do ativo. Se omisso ou se preenchido com o valor 2, é o
próprio método da redução dupla do saldo. Entretanto, o método é
generalizável a qualquer fator.

O saldo a depreciar agora é $50.000 - $20.000 = $30.000. A quota na


data 2 será então:

50.000  2 
QDep2 = 2. 1    12.000
5  5

Para ver isto na função BDD, substitua no argumento Periodo o valor 1


pelo valor 2, e assim sucessivamente.

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8.9.7. FUNÇÃO BDV

Esta função devolve a depreciação de um ativo para um período


especificado, incluindo períodos parciais, utilizando o Método da Redução
Dupla do Saldo (ou algum outro método especificado se o argumento
Factor for diferente de 2), ou o Método Linear.

A função possui o argumento Sem_mudança. Digitando-se


VERDADEIRO, a função BDV utilizará o método da redução dupla do
saldo. Digitando-se FALSO ou omisso, a função utiliza o maior de dois
valores escolhidos entre:

 o valor da depreciação pelo método da redução dupla;


 o valor da depreciação pelo método linear

Os argumentos Início_período e Final_período permitem tanto calcular


as depreciações para um periodo quanto para períodos acumulados. Por
outro lado, se o periodo inicial for igual ao periodo final, a função devolve
o valor 0, já que não faz depreciação instantânea.

Exemplo 60

Continuando com o Exemplo 59, vamos calcular as duas primeiras


depreciações anuais daquele ativo utilizando a função BDV, com o
argumento VERDADEIRO.

Ative uma célula de uma folha do Excel e abra a função BDV,


preenchendo os argumentos conforme mostrado na Figura 164:

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Figura 164.

Na Figura 164, o preenchimento dos três primeiros argumentos não traz


nenhuma novidade. No argumento Início_período digitamos 0 e no
argumento Final_período digitamos 1, o que corresponde à depreciação
do primeiro ano. No argumento Factor digitamos 2 ou omitimos esse
valor. No argumento Sem_mudança digitamos VERDADEIRO. Veja que
a quota de depreciação é $20.000, a mesma obtida com a função BDD.
Trocando agora os valores de início de período (de 0 para 1) e de fim de
período (de 1 para 2), obtemos a quota do segundo ano, $12.000, igual à
obtida com a BDD, e assim sucessivamente. Se desejar, por exemplo, ver
a depreciação acumulada entre o Ano 1 e o Ano 2, digite no argumento
Início_período o valor 0 e no argumento Final_período o valor 2. O
resultado é $32.000, que corresponde à soma de $20.000 e $12.000.

Alterando agora o argumento Sem_mudança para FALSO e omitindo


qualquer valor no argumento Factor, deixamos a função livre para
escolher entre o método da redução dupla do saldo ou o linear. Veja que
repetindo a operação para os dois primeiros anos, a função devolve os
mesmos valores que anteriormente, $20.000 e $12.000, já que estes são
maiores do que o valor da depreciação pelo método linear ($9.000). No
terceiro ano, porém, a função devolve $9.000, porque este valor agora é
superior ao da depreciação pela redução do saldo duplo, $7.200.

8.10. FUNÇÃO VFPLANO

Esta função devolve o montante de um capital aplicado durante n períodos


com k taxa de juros diferentes.

Exemplo 60

Um investidor aplicou $1.000 durante 5 anos às taxas de juros mostradas na


Figura 165. Qual o montante (VF) dessa aplicação no final dos 5 anos?

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Figura 165.

Abra na célula B9 a função VFPLANO preenchendo seus argumentos


conforme a Figura 166:

Figura 166.

 No argumento Capital foi copiada a célula B1 relativa ao valor do capital


de $1.000;

 No argumento Plano foi copiado o intervalo B4:B8 relativo às taxas de


juros. O resultado é $1.363,47.

O cálculo feito por esta função é o seguinte:

𝑉𝐹 = 1.000[1,05 ∗ 1,062 ∗ 1,065 ∗ 1,07 ∗ 1,073]

Exemplo 61

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No exemplo anterior, qual a rentabilidade acumulada nesses 5 anos?

Para encontrar a rentabilidade acumulada da operação do Exemplo 60,


basta digitar no argumento Capital da função VFPLANO da Figura 166 o
valor 1. Depois clique em OK, subtraia 1 do resultado e formate para
percentagem. O resultado é 36,35%.

8.11. FUNÇÕES REFERENTES À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

8.11.1. FUNÇÃO VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL)

Esta função retorna o valor atual (ou presente) líquido do fluxo de caixa
de um investimento, conhecidos o investimento inicial, os fluxos
monetários de cada periodo e a taxa de desconto. A fórmula utilizada pela
função é a seguinte:

𝑛
𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜𝑠𝑖
𝑉𝐴𝐿 = −𝐼𝑛𝑣. 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + [∑ ]
(1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎)𝑖
𝑖=1

Observações sobre a função VAL:

a) A função VAL assemelha-se à função VA. Entretanto, há duas


diferenças importantes: a.1) Na função VA pode ser especificado o
periodo em que os fluxos ocorrem, no início ou no fim do periodo. Na
função VAL esta flexibilidade não ocorre. A função assume que os
fluxos ocorrem ao fim de cada periodo (convenção de final de
período); a.2) Na função VA os fluxos tem que ter o mesmo valor ao
longo do tempo. A função VAL permite que tais fluxos sejam variáveis.

b) Os argumentos Valores da função VAL variam entre 1 e 254 que


representam pagamentos e ou recebimentos ao longo do tempo. O
mais simples porém é colocar todo o fluxo no argumento Valor1 como
se verá mais adiante;

c) O sentido da função VAL é atualizar à data do Investimento Inicial


(data zero, por convenção), os fluxos que ocorrem ao longo dos n
períodos do investimento a partir do período 1, depois somar esses
valores atualizados e, finalmente, subtrair do Investimento Inicial (daí o
nome de valor atual líquido, líquido do investimento inicial). O critério
de decisão pelo VAL de aceitar ou não um determinado investimento é
o seguinte:

Se VAL > 0, aceitamos o investimento,


Se VAL = 0, é indiferente aceitar ou não

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Se VAL < 0, rejeitamos o investimento

d) A taxa de juros utilizada para descontar os fluxos até a data zero deve
representar o custo de oportunidade do capital, ou seja, o retorno que
se obteria em um investimento alternativo de risco semelhante.

Exemplo 62

Suponha que determinado projeto requeira um investimento inicial de


$14.000. Espera-se que com este investimento as receitas líquidas
(receitas operacionais – despesas operacionais) ao longo dos próximos
quatro anos sejam as mostradas na Figura 167. Sendo a taxa de
desconto de 6% ao ano, deve-se fazer esse investimento?

Figura 167.

Abra a função VAL na célula B9 preenchendo os argumentos conforme a


Figura 168:

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Figura 168.

No argumento Taxa foi copiada a célula B8, a célula em que está a taxa
de 6%. No argumento Valor1 foi copiado o intervalo B3:B6, o intervalo em
que se encontra os fluxos do Ano 1 até o Ano 4. Por que não incluímos o
capital de $14.000 no argumento Valor1? Porque estamos trazendo para
a data zero os outros capitais, e o capital de $14.000 já está na data zero.
Depois, clique em OK. Agora, na barra de fórmulas, some à função VAL a
célula B2, em que está o capital de $14.000 (este capital está com sinal
negativa porque trata-se de um desembolso, uma saída de caixa). Veja a
Figura 169:

Figura 169.

Depois pressione Enter. O resultado é $955,12. Como este VAL é


positivo, aceitamos este investimento. Por que? Porque à taxa de 6%, os
fluxos de B3 a B6, quando trazidos à data do investimento de $14.000,
somados ($14.955,12) e depois subtraídos dos $14.000, geraram um
valor positivo de $955,12, ou seja, os fluxos não só cobriram o
investimento inicial, mas ainda geraram um valor positivo de $955,12, que
é o lucro económico do projeto. Portanto, a função VAL mede a
lucratividade de um investimento.

Obs: Se desejar incluir no argumento Valor1 o capital de $14.000, você


deve multiplicar a função VAL por 1,06. Ou seja:

=VAL (6%;B2:B6) *1,06

Veja que agora a célula B2 também está incluída no argumento Valor1.

8.11.2. FUNÇÃO XVAL

Na maioria dos casos de análise de investimentos, principalmente na


análise de projetos de ativos físicos (compra de máquinas, constituição de

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um novo negócio, etc,), a data exata em que o dinheiro entra ou sai não é
importante. O importante é a periodicidade (mensal ou anual, por
exemplo) e que esses fluxos sejam eqüiespaçados, isto é, mantenham
sempre a mesma distância no tempo (mês a mês, ano a ano, etc.). É
baseada nestes pressupostos que a função VAL funciona.

Entretanto, se as datas em que efetivamente os capitais ocorrem forem


importantes e se tais datas não forem periódicas, a função VAL não pode
ser utilizada. Neste caso, utilizamos a função XVAL. Esta função retorna o
VAL de uma série de capitais não periódicos. A fórmula em que a XVAL
se baseia é a seguinte:
𝑛
𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖
𝑋𝑉𝐴𝐿 = ∑ (𝑑𝑖 ∗𝑑1 )
𝑖=0 (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎) 365

em que

capitali = i-ésimo ou último pagamento ou recebimento

d1 = data do pagamento 0

di = data do i-ésimo ou último pagamento ou recebimento

Exemplo 63

Um investimento de $10.000 foi feito em 01 de Janeiro de 2009. As


entradas de caixa posteriores estão especificadas na Figura 170.
Determinar a lucratividade deste investimento considerando uma taxa de
desconto de 9% ao ano.

Figura 170.

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Ative a célula B9 e abra a função XVAL preenchendo os argumentos
conforme a Figura 171.

Figura 171.
No argumento Taxa foi copiada a célula B8, a taxa de 9%. No argumento
Valores foi copiado o intervalo A2:A6 (incluindo os $10.000). No
argumento Datas, foi copiado o intervalo B2:B6. O resultado é $2.089,50.

Obs: A função XVAL transforma a taxa de desconto anual em sua taxa


equivalente diária, considerando o ano com 365 dias.

8.11.3. FUNÇÃO TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é, por definição, a taxa de desconto que


anula o VAL de um fluxo de caixa. É, pois, um conceito intimamente
relacionado ao VAL, no seguinte sentido: se um investimento é aceito
pelo VAL também deve ser aceito pela TIR e vice-versa. A fórmula em
que se baseia o cálculo da TIR é a seguinte:

𝑛
𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜𝑠𝑖
𝑉𝐴𝐿 = −𝐼𝑛𝑣. 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + [∑ ]=0
(1 + 𝑘)𝑖
𝑖=1

em que k é a TIR.

O critério de decisão de aceitar ou não um investimento pela TIR é o


seguinte:

Se TIR > Taxa de desconto considerada  aceitamos o investimento

Se TIR = Taxa de desconto considerada  é indiferente aceitar ou não

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Se TIR < Taxa de desconto considerada  rejeitamos o investimento

Exemplo 64

Retomando o Exemplo 62, vamos encontrar a TIR daquele investimento.


Veja Figura 172:

Figura 172.

Ative a célula B10 e introduza a função TIR preenchendo os argumentos


conforme a Figura 173:

Figura 173.

No argumento Valores foi copiado o intervalo B2:B6. O argumento


Estimativa pode ser ignorado. O argumento Estimativa é uma taxa que
se estima estar próxima da TIR. O Excel utiliza uma técnica iterativa para
o cálculo da TIR. Começando por Estimativa, o Excel desenvolve o
processo até o resultado ter uma precisão de 0,00001%.

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A TIR deste exemplo é de 9,16%, aproximadamente. Como a TIR é maior
do que a taxa de 6%, aceitamos o investimento, tal como o fizemos com o
VAL. Por que? Como deve ter observado, a TIR é uma taxa implícita no
fluxo de capitais, ao contrário da taxa de 6% que é determinada
exogenamente ao fluxo. Portanto, a rentabilidade desse investimento
supera a taxa escolhida para desconto dos fluxos. As seguintes relações
são verdadeiras:

Se TIR > Taxa de desconto  VAL >0

Se TIR = Taxa de desconto  VAL = 0

Se TIR < Taxa de desconto  VAL < 0

Mas, atenção! As relações acima são sempre verdadeiras se e somente


se houver uma única TIR real e positiva. Nem todos os fluxos de caixa
podem ser analisados pela TIR, uma vez que podem não ter TIR ou ter
mais de uma TIR. A existência de uma única TIR, real e positiva, só
estará garantida para fluxos de caixa do tipo simples. Um fluxo de caixa
do tipo simples é aquele que tem uma única variação de sinal na
sequência de capitais. É este o caso do Exemplo 62. Ele começa com um
valor negativo (-$14.000) e depois muda para valores positivos.

8.11.4. FUNÇÃO XTIR

Os comentários feitos para a função XVAL servem perfeitamente para a


função XTIR, sendo que a fórmula utilizada é:
𝑛
𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖
𝑋𝑉𝐴𝐿 = ∑ (𝑑𝑖 ∗𝑑1 )
=0
𝑖=0 (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎) 365

Exemplo 65

Calcule a TIR para o Exemplo 63 (Figura 174):

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Figura 174.

Ative a célula B10 e insira a função XTIR. No argumento Valores copie o


intervalo A2:A6, correspondente aos fluxos monetários. No argumento
Datas copie o intervalo B2:B6. O resultado é uma taxa de 37,49%,
aproximadamente.

8.11.5. FUNÇÃO TIR MODIFICADA (MTIR)

A função TIR pressupõe que os capitais do fluxo de caixa a partir da data


1 são reinvestidos até o último período à própria TIR. Por exemplo, a
Figura 175 utiliza o Exemplo 62 para ilustrar este conceito:

Figura 175.

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Na Figura 175, o capital de $5.250 foi reinvestido à TIR durante 3 anos
(até o quarto ano). Utilizou-se na célula C3 a função VF:

=VF($B$13;3;;-B3)

O capital de $4.350 foi reinvestido à TIR durante 2 anos (até o quarto


ano). Utilizou-se na célula C4 a função VF:

=VF($B$13;A4;;-B4)

O capital de $4.000 foi reinvestido à TIR durante 1 ano (até o quarto ano).
Utilizou-se na célula C5 a função VF:

=VF($B$13;1;;-B5)

O capital de $3.500 não sofre capitalização, uma vez que já se encontra


no quarto ano.

Depois, esses valores futuros foram somados, gerando o total de


$19.878,92 (célula C7). A seguir, este valor foi descontado à data zero do
fluxo pela TIR, utilizando-se a função VA:

=VA(B13;4;;C7)

Veja que o resultado é exatamente o valor do Investimento Inicial,


$14.000, comprovando assim a hipótese que está implícita no modelo da
TIR.

Acontece que, na prática, nem sempre é possível reaplicações à uma


taxa de mercado igual a TIR, principalmente se esta for de valor elevado.
A função MTIR considera não só os juros de reinvestimentos dos fluxos
monetários à taxas diferentes da TIR, mas também o custo de
financiamento do investimento inicial. A fórmula utilizada pela MTIR é a
seguinte:
1
−𝐹𝑉(𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟, 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠) ∗ (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟) 𝑛
( ) −1
𝑉𝐴 (𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑓, 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠) ∗ (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑓)

em que r é a taxa de reinvestimento e f é a taxa de financiamento.

Exemplo 66

Suponha que a Figura 176 represente o fluxo de caixa de um projeto de


investimento:

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Figura 176.

Calculando-se a TIR deste investimento, obtemos 24,22% ao ano,


aproximadamente. Como vimos antes, para que esta taxa espelhe a
rentabilidade efetiva do projeto, os capitais teriam que ser reinvestidos à
essa mesma taxa. Mas suponha que investimentos alternativos a este
estejam rendendo 12% ao ano, e que o custo do financiamento para este
projeto seja de 10% ao ano. Nestas condições, talvez a TIR de 24,22%
não reflita a efetiva rentabilidade do projeto. É melhor pois, utilizar a MTIR
de modo a se ter uma noção mais acurada da “verdadeira” taxa de
retorno desse projeto.

Ative a célula B10 e introduza a função MTIR, preenchendo os


argumentos conforme a Figura 177:

Figura 177.

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No argumento Valores foi copiado o intervalo B2:B7 referente aos valores
do fluxo. No argumento Taxa_financ foi digitada a taxa de 10%, e no
argumento Taxa_reinvest foi digitada a taxa de 12%. O resultado gerado
pela função MTIR é uma taxa de 18,10%, bem mais próxima da taxa de
reinvestimento do que a TIR.

8.12. FUNÇÕES REFERENTES AO CÁLCULO DE RENTABILIDADE DE


TÍTULOS DE RENDA FIXA (BONDS)

8.12.1. FUNÇÃO OTNVALOR

Esta função devolve o preço, por cada $100, do valor nominal de um título
do governo.

Exemplo 67

Seja um investidor que adquira um título do Tesouro de 91 dias (13


semanas) no mercado primário, emitido em 20 de Abril de 2009 com
maturidade para 20 de Julho de 2009, com taxa de desconto de 4,60% e
valor de face de $ 10.000. Quanto pagará esse investidor pelo título?

Como esse título é negociado com desconto, o que o investidor pagará


será um valor inferior ao valor de face. A fórmula utilizada é a seguinte:

Valor a Pagar por cada $100 = Valor de Face* [1 – taxa de desconto *(n0
de dias/360)]

Abra uma folha do Excel e introduza numa célula a função OTNVALOR,


preenchendo-a conforme a Figura 178:

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Figura 178.

O argumento Liquidação refere-se à data de compra do título. Neste


argumento e no seguinte, Vencimento, digite as datas entre aspas
duplas. No argumento Desconto, entre com a taxa de desconto do título,
4,6%. Assim, o preço a pagar, por cada $100, é $98,8372. Portanto, o
investidor desembolsará $9.883,72, obtido com a seguinte fórmula:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐹𝑎𝑐𝑒 ∗ 𝑂𝑇𝑁𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅


𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑎 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑟 = ( )
$100

8.12.2. FUNÇÃO DESC

Esta função devolve a taxa de desconto de um título, conhecidos as datas


de compra e de vencimento, o preço a pagar, o valor de face e a base de
contagem de dias. A fórmula desta função é a seguinte:

  Valor de Face   ano 


taxa de desconto      1 o
 
  Valor a Pagar   n dedias

Exemplo 68

Continuando com os dados do Exemplo 67 (excetuando a taxa de


desconto), suponha que quiséssemos saber a taxa de desconto daquela
operação.

Ative uma célula do Excel e abra a função DESC, preenchendo-a


conforme a Figura 179:

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Figura 179.

Os dois primeiros argumentos da função DESC já foram mencionados


anteriormente. O argumento Pr refere-se ao preço a pagar pelo título por
cada $100 de valor de face ou nominal. O argumento Resgate é o valor
de face do título. O argumento Base é o tipo de base de contagem diária
a utilizar. As bases disponíveis no Excel são as seguintes:

 Se a base = 0 (ou omitida), o número de dias entre duas datas é


contado pelo sistema americano, em que os meses têm 30 dias e o
ano, 360 dias. Ou seja, Base Americana (NASD) 30/360;

 Se a base = 1, o número de dias entre duas datas é o número real, o


efetivamente existente, e os dias do ano também (repare que um certo
ano pode ser bissexto). Ou seja, Real/Real;

 Se a base = 2, o número de dias entre duas datas é o número real, o


efetivamente existente, mas o ano é considerado como tendo 360 dias.
Ou seja, Real/360;

 Se a base = 3, o número de dias entre duas datas é o número real, o


efetivamente existente, e o ano é considerado como tendo 365 dias.
Ou seja, Real/365;

 Se a base = 4, o número de dias entre duas datas é contado pelo


sistema europeu, em que os meses têm 30 dias e o ano, 360 dias. Ou
seja, Base Européia 30/360.

Neste exemplo, foi adotada a base 2.

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8.12.3. FUNÇÕES TAXAJUROS e LUCRODESC

Estas duas funções retornam a yield equivalente de um título. A taxa yield


equivalente representa a taxa de juros simples que é equivalente à taxa
de desconto, isto é, a taxa de desconto (id) e a taxa yield (iy) são
equivalentes se geram o mesmo valor atual para um valor devido no
futuro. A fórmula da taxa yield, sendo conhecida a taxa de desconto é a
seguinte:

𝑖𝑑
𝑖𝑦 =
𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠
1 − 𝑖𝑑 ( 𝑎𝑛𝑜 )

Entretanto, as duas funções utilizam o valor de face e o de compra para


encontrarem a taxa yield com a seguinte fórmula:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐹𝑎𝑐𝑒 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 𝑎𝑛𝑜


𝑖𝑦 = [( )∗ 𝑜 ]
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 𝑛 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠

Exemplo 69

Continuando com o exemplo 67, encontrar a taxa yield equivalente


daquele título.

A Figura 180 apresenta a função TAXAJUROS. A Figura 181 apresenta a


função LUCRODESC, ambas diferindo apenas no argumento
Investimento (função TAXAJUROS) e Pr (função LUCRODESC) que
significam a mesma coisa, o valor de compra do título por $100, isto é,
$98,83722.

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Figura 180.

.
Figura 181.

Portanto, a taxa yield equivalente à taxa de desconto de 4,6% é 4,6541%.

8.12.4. FUNÇÃO OTN

Esta função retorna o rendimento de um título equivalente a um título do


governo.

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Exemplo 70

Suponha que o título do Exemplo 67 seja um Treasury Bill (T-Bill). Um T-


Bill é um título emitido semanalmente pelo Tesouro dos EUA, com prazo
máximo de um (1) ano. Este título é negociado no Mercado Monetário e
tem 4 características que o diferenciam de outros títulos negociados
nesse mercado: 1) Ausência de risco de crédito; 2) Liquidez elevada; 3)
Tratamento tributário favorável; 4) Reduzido valor de face.

Sendo avaliados como livres de risco, os T-Bill são considerados como


referência para precificar outros títulos que apresentam risco de crédito e
que pagam prêmio de risco além do yield de um treasury de igual prazo
do bond a ser emitido.

Para se obter o rendimento de um título equivalente a um T-Bill, com as


mesmas datas, utilize a função OTN, cuja fórmula é a seguinte:

365 ∗ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑇 − 𝐵𝑖𝑙𝑙


360 − (𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑇 − 𝐵𝑖𝑙𝑙 ∗ 𝑛0 𝑑𝑖𝑎𝑠)

que é uma convenção de mercado. Veja a Figura 182:

Figura 182.

O rendimento equivalente seria, portanto, de 4,7188%.

Para as próximas funções, utilizaremos o seguinte exemplo:

Exemplo 71

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Seja o seguinte bond:

 Data de emissão: 01/03/2005


 Data de pagamento do primeiro cupão: 01/09/2005
 Data de pagamento do último cupão: 01/03/2010
 Taxa anual de juros do título: 8%
 Frequência do cupão: semestral (semianual)
 Valor de Face: $ 1000
 YTM: 9%

Alguns esclarecimentos se fazem necessários sobre dois termos que


aparecem no exemplo acima:

 O termo cupão refere-se aos juros periódicos pagos pelo título. No


caso do exemplo, estes cupons são pagos semestralmente.

 O acrónimo YTM refere-se ao termo em inglês Yield to Maturity, ou


seja, rendimento até a maturidade. YTM é a rentabilidade efetiva do
título. É o equivalente, no mercado de títulos, ao conceito já
apresentado de Taxa Interna de Retorno (TIR).

8.12.5. FUNÇÃO CUPNÚM

A função CUPNÚM devolve o número total de cupons que serão pagos


até a maturidade do título. Como a maturidade é de 5 anos e os
pagamentos são semestrais, temos um total de 10 cupons. Isto pode ser
obtido preenchendo, como mostrado na Figura 183, os argumentos da
função, da seguinte forma:

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Figura 183.

Na Figura 183, os argumentos Liquidação e Vencimento já são


conhecidos. No argumento Frequência, digitamos 2 pois a frequência de
pagamento dos cupons é semestral. O argumento Base pode ser
ignorado.

Esta função também pode ser usada para calcular o número restante de
cupons a pagar a partir de uma data posterior à data de emissão e na
qual o título foi negociado. Por exemplo, admita que em 01/03/2007 o
título tenha sido negociado no mercado. Como já foram pagos 4 cupons
até 01/03/2007, restam ainda 6 a pagar. Este resultado pode ser obtido
substituindo no argumento Liquidação a data de emissão pela data da
transação (“01/03/2007”).

8.12.6. FUNÇÃO CUPDATAPRÓX

A função CUPDATAPRÓX devolve a data seguinte de pagamento de


cupão à data de pagamento do cupão anterior. Se o último cupão pago foi
em 01/09/2005, por exemplo, o próximo será pago em 01/03/2006.
Preencha os argumentos conforme Figura 184:

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Figura 184.

No argumento Liquidação digite a data de pagamento do último cupão,


“01/03/2005”, no caso.

Repare que o número que aparece no resultado da fórmula, 38777, é o


sistema de contagem interno de datas do Excel. Para transformá-lo em
data calendário, clique em OK, após o que entre no separador BASE,
depois, no bloco Número, escolha Data Abreviada. O número 38777
converte-se em 01/03/2006.

8.12.7. FUNÇÃO CUPDATAANT

A função CUPDATAANT devolve a data em que o último cupão foi pago


anterior a uma data de negociação. Por exemplo, suponha que o bond
tenha sido negociado em 10/03/2007. O pagamento do último cupão foi
em 01/03/2007. Esta data pode ser obtida entrando-se com os seguintes
dados na função CUPDATAANT, conforme mostra a Figura 185.

Novamente, o número gerado pela função, 39142, refere-se ao sistema


de contagem de datas do Excel. Proceda como anteriormente para
transformar este número na data calendário 01/03/2007.

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Figura 185.

8.12.8. FUNÇÃO CUPDIAS

A função CUPDIAS devolve o número de dias entre o pagamento de um


cupão e o pagamento do cupão seguinte. Como os pagamentos são
semestrais, no caso do exemplo, temos 180 dias entre esses
pagamentos. Entre com os seguintes dados na função CUPDIAS de
acordo com a Figura 186:

Figura 186.

Os três primeiros argumentos da função já são conhecidos. No argumento


Base, omita ou digite 2.

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8.12.9. FUNÇÃO CUPDIASINLIQ

Esta função devolve o cálculo do número de dias entre o pagamento de


um cupão e uma data posterior de negociação.

Suponha que um cupão tenha sido pago em 01/09/2008 e o título tenha


sido negociado em 01/11/2008. Portanto, passaram-se 60 dias desde o
pagamento do cupão. A função CUPDIASINLIQ nos dá esse número.
Entre com os seguintes dados nessa função (Figura 187):

Figura 187.

No argumento Liquidação entre com a data de negociação do título,


01/11/2008. Dependendo da base considerada, o número de dias será 60
ou 61. Se a base for omissa ou 4, serão 60 dias. Se a base for 1, 2 ou 3,
serão 61 dias.

8.12.10. FUNÇÃO CUPDIASPRÓX

Esta função devolve o cálculo do número de dias que faltam para o


pagamento do próximo cupão.

Suponha que estamos em 01/04/2009. A data do próximo cupão é


01/09/2009. Portanto, faltam 5 meses ou 150 dias (considerando os
meses com 30 dias). A função CUPDIASPRÓX nos dá esse valor. Entre
com os seguintes dados conforme mostra a Figura 188:

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Na Figura 188 entre com a data de 01/04/2009 no argumento
Liquidação. Se a base for omissa ou 4, serão 150 dias. Nas bases 1, 2 e
3 serão 153 dias.

Figura 188.

8.12.11. FUNÇÃO DURAÇÃO

Esta função devolve a Duration de Macaulay (Macaulay Duration) em


termos anuais.

A maturidade de um título exerce forte influência no seu preço. Títulos


com maturidades mais longas estão sujeitos a maiores volatilidades em
seus preços quando as taxas de juros de mercado mudam e, portanto,
apresentam maiores riscos, do que títulos com maturidades menores.
Devido ao fluxo de pagamentos intermediários efetuados por títulos como
o do exemplo com que estamos lidando, sua duração efetiva não
corresponde à duração especificada no título. Foi isso que percebeu
Frederick Robertson Macaulay, um canadense de nascimento, e
pesquisador do National Bureau of Economics Research (NBER) dos
EUA, quando, em 1938, publicou seu estudo sobre a forma de medir a
duração média de um bond com pagamentos intermediários1. A
formulação de Macaulay leva em conta o princípio financeiro do valor do
dinheiro no tempo.

A fórmula matemática da Duration de Macaulay é dada pela seguinte


expressão:

1
Macaulay, Frederick R. Some Theoretical Problems Suggested by Movements of Interest Rates, Bond
Yields and Stock Prices in USA Since 1856: NBER, 1938, Capítulo 2, pág. 48.

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n
 tCt nVF 
  1  YTM   1  YTM 
t n 

D  
t 1

VA

em que

D = Duration de Macaulay expressa em unidade de tempo (anos, meses,


semestre, dias)

Ct = cupons pagos (semestralmente ou anualmente)

VF = valor de face na data de resgate

YTM = yield to maturity

VA = preço de mercado do título

t = prazo a decorrer (até o vencimento) de cada fluxo

n = prazo até a maturidade

Repare que a Duration é uma média ponderada, em que os pesos são a


proporção do valor atualizado de cada cupão relativamente ao valor
atualizado do pagamento total do título.

Para encontrar a Duration do exemplo com que estamos trabalhando,


abra a função DURAÇÃO e preencha os argumentos conforme mostrado
na Figura 189:

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Figura 189.

Os dois primeiros argumentos da função DURAÇÃO já são conhecidos. O


argumento Cupão refere-se à taxa de 8% ao ano paga semestralmente
pelo título. O argumento Lcr é a YTM. O argumento Frequência é a
periodicidade com que os cupons são pagos, duas vezes por ano. O
argumento Base pode ser ignorado. Assim, a duração média desse título
é de, aproximadamente, 4,2 anos.

8.12.12. FUNÇÃO MDURAÇÃO

A função MDURAÇÃO devolve a Duration de Macaulay Modificada.

Dado que preço de bonds e taxas de juros variam inversamente, é útil


sabermos em que proporção isto ocorre (aliás, é do maior interesse para
investidores em renda fixa, já que é muito utilizada para o cálculo do
balanceamento de hedges para títulos de renda fixa contra oscilações
adversas nas taxas de juros de mercado). Esta medida pode ser obtida
por uma variação na Duration de Macaulay. Partindo da fórmula da
Duration apresentada acima, uma variação infinitesimal na taxa de juros
provoca a seguinte alteração no preço de mercado de um bond:

dVA C  2C  3C ( n )[C  VF ]
    ... 
dYTM 1  YTM  2
1  YTM  1  YTM 
3 4
(1  YTM ) n 1

dVA 1  C 2C 3C n[C  VF ] 
     ...  
dYTM 1  YTM   1  YTM  1  YTM  1  YTM 
2 3 4
(1  YTM ) n 

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Dividindo os dois membros da equação acima por VA:

dVA 1  1 1 
*  *  *
dYTM VA 1  YTM  VA 1  YTM  VA
 dVA 1
em que é a Duration de Macaulay. Esta nova fórmula, * ,é
VA dYTM VA
chamada de Duration Modificada2 (DM ou D*) e pode ser reescrita como:

D
 DM 
1  YTM 

No caso de nosso exemplo, para encontrar a Duração Modificada, abra a


função MDURAÇÃO e preencha os argumentos conforme mostrado na
Figura 190, cujos argumentos são os mesmos da função DURAÇÃO,
inclusive o argumento Base também pode ser ignorado. O resultado é
4,02 anos. Isto significa que se a YTM subir (cair) 1%, o preço do título
cairá (subirá) 4,02%, aproximadamente.

2
Modified Duration em inglês.

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Figura 190.

8.12.13. FUNÇÃO PREÇO

Esta função devolve o preço de mercado de um título por cada $100 de


valor nominal. A fórmula utilizada é a seguinte:

em que:

DSC = número de dias desde a liquidação até à data seguinte dos juros;

E = número de dias num período de juros que inclui a data de liquidação;

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N = número de juros pagáveis entre a data de liquidação e a data de
reembolso;

A = número de dias a partir do início do período de juros até a data de


liquidação.
Abra a função PREÇO e preencha os argumentos tal como mostrado na
Figura 191:

Figura 191.

Os quatro primeiros argumentos já são conhecidos. O argumento


Resgate refere-se ao valor nominal unitário, $100. O argumento Base
pode ser ignorado. Assim, dados os termos da Figura 191, a cotação
deste título estaria em $96,04364 por cada $100 de valor nominal.

8.12.14. FUNÇÃO LUCRO

Esta função devolve o valor da YTM. A YTM de 9% do exemplo pode ser


calculada com esta função financeira, desde que conhecido o preço de
mercado. Entre com os seguintes dados nessa função, conforme mostra a
Figura 192. A fórmula para esta função é a seguinte:

em que

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A = número de dias desde o início do período de juros até à data de
liquidação (dias obtidos);

DSR = número de dias desde a data de liquidação até à data de


reembolso;

E = número de dias no período de juros.

Figura 192.

Todos os argumentos desta função são conhecidos. O argumento Base


pode ser ignorado. O resultado é os 9% já definidos anteriormente.

8.12.15. FUNÇÕES JUROSACUM e JUROSACUMV

A função JUROSACUM devolve o valor total do cupão a ser pago a cada


período. Entre com os seguintes dados na Figura 193:

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Figura 193.

Alguns argumentos desta função merecem comentários:


 O argumento Emissão refere-se à data de emissão do título,
01/03/2005, no caso;

 O argumento Primeiro_juro refere-se à data de pagamento do primeiro


cupão, 01/09/2005, já que os pagamentos são semestrais;

 O argumento Liquidação agora tanto pode se referir à data de


vencimento quanto a uma data em que o título foi transacionado em
mercado;

 O argumento Taxa é a taxa anual do cupão, 8%;

 No argumento Paridade entre com o valor nominal do título, $1.000;

 No argumento Frequência digite 2, já que os pagamentos ocorrem duas


vezes por ano;

 No argumento Base, se a base for omitida ou for 4, o resultado é $400.


Se a base for 1 o resultado será $399,35. Se a base for 2, será $400,22.
Se for 3, será $399,67. Como não há diferenças substanciais nos
resultados, mantivemos a base omitida.

 O argumento Método_calc é um valor lógico. Se digitado


VERDADEIRO ou omisso, os juros são calculados a partir da data de

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emissão; se digitado FALSO, os juros são calculados a partir da última
data de pagamento de cupão. Digitamos VERDADEIRO.

O resultado é $400. Este resultado não é difícil de ser calculado


manualmente. Se não, vejamos:

A taxa de juros anual é de 8%. Como os juros são pagos semestralmente,


a taxa semestral é 4% (= 8% / 2 semestres). Esta taxa, aplicada ao valor
nominal de $1.000, proporciona juros (cupão) semestrais de $40. Como a
maturidade é de 5 anos, temos 10 semestres de cupões. Portanto, o total
de juros é de $400 (= $40 por semestre * 10 semestres).

O mesmo resultado pode ser obtido com a função JUROSACUMV,


conforme mostra a Figura 194. A fórmula para esta função é a seguinte:

Valor nominal * taxa anual * (A / D)

em que A = número de dias obtidos de acordo com uma base mensal, e D


= base anual.

Entre 01/03/2005 e 01/03/2010 decorrem 1800 dias (supondo o ano com


360 dias). Tomando a base de 360, a fórmula retorna:

$1000 * 0,08 * (1800 / 360) = $400

Figura 194.

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9. FUNÇÕES MATEMÁTICAS

Apresentaremos agora, algumas funções matemáticas úteis às Finanças.

9.1. FUNÇÕES GERADORAS DE DÍGITOS ALEATÓRIOS

9.1.1. FUNÇÃO ALEATÓRIO

Esta função gera dígitos aleatórios iguais ou maiores do que 0 e menores do


que 1, utilizando uma distribuição uniforme.

Para gerar uma tabela de dígitos aleatórios como a mostrada na Figura 195,
ative uma célula qualquer do Excel e introduza a função ALEATÓRIO da
categoria Matemática e trigonometria (esta função não tem argumentos, pois
os números gerados são voláteis). Depois clique no botão OK. A seguir,
aplique a técnica de arrastamento, por exemplo, começando na célula A1 e
arrastando até, digamos, a célula I1. A partir daí, desça até a linha 10 da folha.
Sempre que apertar a tecla F9, os dígitos se alterarão.

Figura 195.

Esta função é útil em processos de simulação, como por exemplo o Método


Monte Carlo, de que trataremos posteriormente.

9.1.2. FUNÇÃO ALEATÓRIOENTRE

Esta função gera dígitos aleatórios inteiros entre dois valores especificados, um
inferior e outro superior.

Exemplo 72

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Vamos gerar dígitos aleatórios entre os valores 10 e 30. Para isto, selecione
um intervalo de células numa folha do Excel. Por exemplo, o intervalo A1:I14.
Depois, selecione a função ALEATÓRIOENTRE na categoria Matemática e
trigonometria, preenchendo os argumentos conforme a Figura 196:

Figura 196.

No argumento Inferior digite 10, e no argumento Superior digite 30. Depois,


pressione ao mesmo tempo, as teclas Ctrl+Shift+Enter. Você gerará uma
tabela como a mostrada na Figura 197 (embora com valores diferentes):

Figura 197.

Pressionando a tecla F9, os valores se alterarão.

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Para que servem dígitos aleatórios? Como já mencionado, boa parte do
trabalho estatístico dá-se com o uso de amostras. Tais amostras devem
representar, o melhor possível, a população da qual foram retiradas. Portanto,
uma amostra deve ser não-viesada, isto é, cada elemento da população deve
ter a mesma probabilidade de ser incluído na amostra. As funções geradoras
de dígitos aleatórios ajudam no processo de retirada de amostras aleatórias de
conjuntos de dados. Vejamos o próximo exemplo.
Exemplo 73

Um banco resolveu fazer um estudo sobre os seus 30 maiores clientes. A


Figura 198 mostra esses 30 clientes ordenados decrescentemente por volume
de vendas (em milhões de $). Para que os resultados do estudo não demorem
muito, o banco resolveu trabalhar com uma amostra aleatória de tamanho 6.
Pede-se gerar uma amostra aleatória a partir dos dados da Figura 198.

Figura 198.

Ao lado da tabela com os dados de venda das empresas, foi construída uma
outra tabela onde os dígitos aleatórios serão gerados. No intervalo E4:E9 foram
digitados números de 1 a 6, correspondentes ao tamanho da amostra que se

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quer gerar (esses números foram digitados para simples efeito de verificação
de que a amostra gerada será mesmo de tamanho 6).

Na célula F4, introduza a função ALEATÓRIOENTRE, digitando no argumento


Inferior o valor 1 e no argumento Superior o valor 30, já que este é o campo
de variação da população de empresas. Na célula G4, insira a função PROCV,
introduzindo nos seus argumentos as informações tal como descritas a seguir:

 No argumento Valor_proc, copie a célula F4;

 No argumento Matriz_tabela, copie todo o intervalo A1:C31. Depois fixe este


intervalo cobrindo-o com o cursor e pressione a tecla F4;

 No argumento Núm_índice_coluna digite 2, correspondente à segunda


coluna (Empresas) da matriz de vendas. Ignore o argumento
Procurar_intervalo;

 Na célula H4 introduza novamente a função PROCV, preenchendo os dois


primeiros argumentos com os mesmos dados anteriores, F4 e intervalo
A1:C31 (não esquecendo de fixá-lo). No argumento Núm_índice_coluna
digite 3, que corresponde à coluna das vendas na matriz de vendas. Ignore
outra vez o argumento Procurar_intervalo;

 Agora, selecione o intervalo F4:H4 e arraste até a linha 9. Você acabou de


gerar uma tabela de valores aleatórios de tamanho 6 como a mostrada na
Figura 199. Sempre que pressionar a tecla F9 novos valores surgirão.

Figura 199.

A matriz de dígitos aleatórios gerada na Figura 199 é o que se chama de


amostragem com reposição, isto é, é como se uma empresa fosse selecionada
dentre as trinta para fazer parte da amostra, e depois voltasse a pertencer
novamente à população. Por isso, é possível que a matriz apresente a mesma
empresa mais de uma vez. Para gerar uma amostra sem repetição seria
necessário o uso de macros, assunto de que trataremos mais tarde.

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Além das funções matemáticas ALEATÓRIO e ALEATÓRIOENTRE, o Excel
possui duas ferramentas de análise para a geração de dígitos aleatórios, de
que trataremos agora.

9.1.3. FERRAMENTA DE ANÁLISE AMOSTRAGEM

No separador Dados, selecione Análise de Dados e depois, a ferramenta


Amostragem. Continuando com os dados da Figura 198, e com a ferramenta
AMOSTRAGEM aberta, preencha-a conforme mostrado na Figura 200:

Figura 200.

 No argumento Intervalo de entrada copiamos o intervalo C1:C31 referente à


coluna Vendas.

 Selecionamos a opção Rótulos porque o intervalo selecionado inclui o título


Vendas (célula C1);

 Na opção Método de amostragem há duas formas de se escolher como a


ferramenta gerará a amostra aleatória:

 Pelo método Periódico temos que informar o periodo desejado de


amostragem. Por exemplo, informando 8 como periodo, a ferramenta retirará
uma amostra a cada 8 dados registrados, começando pelo oitavo.

 Pelo método Aleatório serão retiradas amostras aleatórias com reposição


num total definido em Número de amostras. No presente exemplo,
escolhemos este método, com número de amostras igual a 6;

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 Em Opções de saída, escolhemos Intervalo de saída, pois desejamos que
os resultados sejam registrados na própria folha que contém os dados. Nesse
caso, escolhemos, por exemplo, a célula E13.

Após estas seleções, clique no botão OK. Deverá surgir uma amostra como a
apresentada na Figura 201. Os inconvenientes desta ferramenta é que ela gera
somente uma única amostra e apenas numérica, não identificando a unidade
correspondente ao valor amostrado. Por exemplo, para o primeiro valor gerado
na amostra, $2.807,10, teríamos que procurar na matriz original a empresa a
qual estas vendas correspondem que, no caso, seria a Divina & Filhos.

Figura 201.

9.1.4. FERRAMENTA DE ANÁLISE GERAÇÃO DE NÚMERO ALEATÓRIO

Esta ferramenta gera dígitos aleatórios a partir de diversas distribuições de


probabilidade.

No separador Dados, selecione Análise de Dados e depois, a ferramenta


Geração de número aleatório. Preencha os argumentos desta ferramenta
conforme indicado na Figura 202:

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Figura 202.

 No argumento Número de variáveis, digite o número de séries a serem


geradas pela distribuição escolhida. Como escolhemos 3, a ferramenta irá
gerar três colunas de dígitos aleatórios;

 No argumento Total de números aleatórios digitamos a quantidade de


dígitos aleatórios que queremos gerar. Como escolhemos 10, serão gerados
10 dígitos em cada uma das três colunas num total de 30 dígitos;

 No argumento Distribuição escolhemos o tipo de distribuição que queremos


gerar. Neste caso, escolhemos Normal;

 No bloco Parâmetros, escolhemos a média e o desvio-padrão em função da


distribuição selecionada anteriormente. Neste caso, escolhemos média = 30 e
desvio-padrão = 15;

 O argumento Semente aleatória não precisa ser preenchido. Este argumento


serve como uma referência para a ferramenta gerar os mesmos dígitos
aleatórios gerados pela primeira vez. Por exemplo, se digitarmos 5 (ou
qualquer outro número), e repetirmos a experiência uma segunda vez, os
mesmos dígitos da primeira vez serão gerados;

 No bloco Opções de saída, escolhemos uma célula a partir da qual os dígitos


serão gerados. Neste exemplo, escolhemos a célula A2.

Depois de preenchidos os argumentos, clique no botão OK. Você terá uma


tabela semelhante à Figura 203:

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Figura 203.

9.2. FUNÇÃO FACTORIAL


Esta função gera o fatorial de um número. O fatorial de um número n é:

Fat (n) = n! = 1*2*3*…n


Exemplo 74

Um consumidor foi inquerido por uma empresa para listar sua preferência por 5
marcas de refrigerantes. Quantas listas diferentes podem resultar?

Abra a função FACTORIAL da categoria Matemática e trigonometria. No


argumento Núm digite 5. O resultado é 120, conforme mostrado na Figura 204:

Figura 204.

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9.3. FUNÇÃO COMBIN
Esta função retorna o número total de combinações possíveis de n elementos
selecionados r a r, onde a ordem não importa. A fórmula é a seguinte:

𝑛!
𝐶𝑛𝑟 =
𝑟! (𝑛 − 𝑟)!

Exemplo 75

O presidente de certa empresa tem que selecionar 5 executivos de uma lista de


15 para estudarem a viabilidade de uma nova fábrica que a empresa pretende
construir. Não há distinção entre as tarefas atribuídas aos membros do comité.
Neste caso, quantos comités são possíveis de serem formados?

Abra a função COMBIN e preencha os argumentos conforme mostrado na


Figura 205.

No argumento Núm digite 15, o número de elementos do conjunto. No


argumento Núm_escolhido digite 5, o número de elementos que formarão um
comité. O resultado é 3003 comités de 5 membros.

Figura 205.

9.4. FUNÇÕES SOBRE MATRIZES

Exemplo 76

O quadro a seguir apresenta as vendas de quatro modelos de automóveis


registradas no último mês, para quatro grandes clientes de uma revendedora
de veículos.

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No próximo quadro são mostrados os preços de cada modelo:

e a empresa quer calcular o volume de faturamento por cliente.

Se pensarmos nas duas tabelas acima como matrizes, podemos multiplicá-las


para encontrar o faturamento desejado. A primeira tabela é uma matriz 4X4,
isto é, quatro linhas e quatro colunas (também chamada de matriz quadrada). A
segunda tabela é uma matriz 4X1, quatro linhas e uma coluna (também
chamada de vetor-coluna). Antes porém de efetuar a multiplicação, é
necessário verificar a condição de compatibilidade para o produto de duas
matrizes: duas matrizes X e Y só podem ser multiplicadas se o número de
colunas de X for igual ao número de linhas de Y. Como é este o caso, então
podemos utilizar a função MATRIZ.MULT

9.4.1. FUNÇÃO MATRIZ.MULT

 Para usar esta função defina uma nova tabela com o nome de Faturamento
por Cliente, tal como mostrado na Figura 206.

 Depois selecione o intervalo F9:F12 (no caso da Figura 206);

 A seguir, na célula F9, introduza a função matemática MATRIZ.MULT. No


argumento Matriz1 copie o intervalo C3:F6 referente à matriz das quantidades
de veículos vendidos. No argumento Matriz2 copie o intervalo C9:C12,
referente à matriz dos preços.

 Para finalizar, pressione conjuntamente CTRL + SHIFT e, a seguir, ENTER.


Os resultados de faturamento por cliente são os que aparecem na Figura 206.

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Figura 206.

9.4.2. FUNÇÃO MATRIZ.DETERM

Esta função permite calcular o determinante de uma matriz quadrada. O


determinante de uma matriz é um escalar (um número) que permite verificar se
há dependência linear entre as linhas de uma matriz. Se o determinante for
zero, isto indica dependência linear entre as linhas. O determinante também
ajuda no cálculo da matriz inversa da matriz dada, se a matriz inversa existir.

Para calcular o determinante da matriz das quantidades de veículos vendidas


da Figura 206, selecione uma célula do Excel e introduza a função
MATRIZ.DETERM, copiando para o argumento Matriz o intervalo C3:F6 da
Figura 206. O resultado é mostrado na Figura 207:

Figura 207.

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9.4.3. FUNÇÃO MATRIZ.INVERSA

Em sua versão “estática”, a análise insumo-produto do Professor Leontief trata


da seguinte questão: qual nível de produção cada uma das n indústrias de uma
economia deve adotar para que a demanda pelos diferentes produtos seja
exatamente satisfeita?

Se além das n indústrias, o modelo contém um setor “aberto” (as famílias, por
exemplo), que determina exogenamente uma demanda final pelo produto de
cada indústria e que fornece um insumo primário (mão-de-obra, digamos) não
produzido pelas n indústrias, então a soma dos coeficientes dos elementos em
cada coluna da matriz de coeficientes insumo-produto necessita ser inferior a 1.
Cada soma dos elementos de uma coluna representa o custo parcial de
insumos (não incluindo o custo do insumo primário) correspondente à produção
do valor de $1 de mercadoria; se esta soma é maior ou igual a $1, portanto,
sua produção não é economicamente justificável. Simbolicamente, este fato
pode ser formulado como:
𝑛

∑ 𝑎𝑖𝑗 < 1 (𝑗 = 1,2, … , 𝑛)


𝑖=1

onde a soma é feita sobre i, sobre os elementos que aparecem nas várias
linhas de uma coluna específica j.

Exemplo 77

Suponha que existam três indústrias numa economia e que a matriz insumo-
produto seja a seguinte (Figura 208):

Figura 208.

Note que, em A, a soma de cada coluna é menor do que 1, como deve ser.
Agora, denotando por aoj o valor em $ do insumo primário usado na produção
do valor de $1 da j-ésima mercadoria, então podemos escrever [subtraindo a
soma de cada coluna da Figura 208 de 1] (Figura 209):

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Figura 209.

Com a matriz A acima, o sistema aberto de insumo-produto pode ser expresso


1 0 0
como (I – A)x = d, em que I é a matriz-identidade, ou seja: 𝐼 = [0 1 0].
0 0 1
Realizando esta operação, obtemos (Figura 210):

Figura 210.

Invertendo a matriz tecnológica (I – A) a solução da equação (I – A)x = d da


Figura 210 pode ser achada.

Para encontrar a matriz inversa da matriz (I – A), isto é, a matriz (I – A)-1, faça o
seguinte:

 Selecione um intervalo de células. Por exemplo, o intervalo C21:E23. Abra a


função MATRIZ.INVERSA e copie para o argumento Matriz o intervalo
G11:I13, o intervalo da matriz (I – A). Em seguida, pressione, em conjunto,

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CTRL + SHIFT, e depois ENTER. A matriz inversa é apresentada na Figura
211:

Figura 211.

Se o vetor específico da demanda final (digamos, a meta de produtos finais de


10
um programa de desenvolvimento) for 𝑑 = [ 5 ], em bilhões de $, então a
6
solução específica será como a mostrada na Figura 212:

Figura 212.

Em que se utilizou a função MATRIZ.MULT para multiplicar a matriz (I – A)-1


com o vetor da demanda final.

Uma questão importante surge agora. A produção da combinação de


quantidades 24,84; 20,68 e 18,36 requer, forçosamente, uma quantidade
determinada do insumo primário. Será essa quantidade requerida consistente

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com o que se encontra disponível na economia? Com base nos valores a01 =
0,3; a02 = 0,3 e a04 = 0,4 é possível calcular os insumos primários requeridos
multiplicando-se estes coeficientes com as quantidades a serem produzidas.
Isto é feito na Figura 213, em que se utilizou novamente a função
MATRIZ.MULT, mas agora pressionando apenas o botão OK dessa função.

Figura 213.

10
Portanto, a demanda final específica 𝑑 = [ 5 ] será viável se, e somente se, a
6
quantidade disponível do insumo primário for, pelo menos, $21 bilhões. Se a
quantidade disponível for menor, então a meta específica de produção
precisará, obviamente, ser reajustada para baixo.

9.5. PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA


A programação matemática difere da otimização clássica pelo fato de que na
primeira o agente decisório encontra restrições em forma de desigualdades –
restrições do tipo g(x,y)≤ c ao invés de g(x,y) = c.

Exemplo 78 (Um problema clássico de Programação Matemática)

O problema da Dieta. Para manter a sua saúde, uma pessoa necessita


preencher certos requisitos mínimos de consumo diário de diversos tipos de
nutrientes. Suponhamos, por simplicidade, que apenas três tipos de nutrientes
sejam necessários: cálcio, proteínas e calorias. Além disso, suponhamos
também que a dieta da pessoa em questão consiste em apenas dois alimentos,
1 e 2, cujos preços e conteúdos nutritivos são mostrados na Figura 214, onde
também está listado o requisito mínimo diário de cada nutriente. Problema: qual
a combinação dos dois alimentos que satisfaz o requisito diário e gera custo
mínimo?

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Figura 214.

Para resolver este problema, precisamos expressá-lo em termos de uma


função-objetivo e das restrições impostas à essa função. Isto é feito a seguir:

Seja X1 = Alimento 1 e X2 = Alimento 2

Minimizar C = 0,6*X1 + X2

Sujeita a 10*X1 + 4*X2 ≥ 20

5*X1 + 5*X2 ≥ 20

2*X1 + 6*X2 ≥ 12

e X1, X2≥0

A primeira equação, que é uma função custo baseada nas informações de


preço da tabela da Figura 214, constitui a função-objetivo a minimizar. As três
desigualdades que a seguem são as restrições impostas pelos requisitos
diários. Veja que a pessoa pode consumir o mínimo diário ou exceder esse
mínimo. É este elemento de desigualdade que distingue a programação
matemática (no caso deste exemplo, de programação linear) da otimização
clássica. Finalmente, através de duas restrições adicionais em forma de
desigualdade, X1, X2≥0, chamadas de condições de não-negatividade, não se
admitem consumo negativo.

Note que o problema acima tem mais restrições do que variáveis de escolha.
Isto não poderia ocorrer nunca em problemas de otimização clássica, mas se
torna viável agora devido ao fato de que as restrições, estando em forma de
desigualdade e não de igualdade estrita, são muito mais facilmente satisfeitas.

Para resolver este problema, vamos utilizar o suplemento SOLUCIONADOR


(SOLVER) do Excel.

9.5.1. SUPLEMENTO SOLUCIONADOR (SOLVER)

 Abra uma folha do Excel e digite os dados como mostrados na Figura 215:

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Figura 215.

 Na célula C11 digite a seguinte expressão: =0,6*C8+C9, que corresponde à


função-objetivo que deverá ser minimizada;

 Na célula C14 digite a expressão: =10*C8+4*C9

 Na célula C15 digite a expressão: =5*C8+5*C9

 Na célula C16 digite a expressão: =2*C8+6*C9

As expressões acima correspondem às três primeiras restrições do problema.

 Agora, posicione o cursor na célula C11. No separador Dados, no bloco


Análise, clique em SOLUCIONADOR. A caixa Parâmetros do Solver
surgirá.

 Na caixa Parâmetros do Solver preencha os argumentos conforme a seguir:

 Em Célula de destino copie a célula C11;


 Em Igual a clique em Mínimo;
 Em Por alteração das células copie o intervalo C8:C9;

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 No bloco Sujeito às restrições clique no botão Adicionar. Surgirá a caixa
Adicionar restrição. Nessa caixa, preencha conforme indicado abaixo:

 Em Referência da célula copie a célula C14. Depois troque o sinal <=


para >= e em Restrição digite 20. A seguir, clique em Adicionar. Repita
a operação para as células C15 e C16,

 Depois de adicionar a última restrição, $C$16 >=12, clique mais uma vez
no botão Adicionar e copie outra vez a célula C8 para Referência da
célula, trocando também o sinal <= para >= e em Restrição digitando
0. Faça a mesma coisa para a célula C9. Depois clique em OK. A caixa
Parâmetros do Solver deverá ser semelhante a da Figura 216:

Figura 216.

 Clique, a seguir, no botão Solucionar, situado no canto direito superior da


caixa Parâmetros do Solver. Surgirá a caixa Resultados do Solver. Veja,
na Figura 217, que os resultados aparecem nas suas respectivas células:

 Na célula C8 aparece o valor 8 e na célula C9, o valor 1, indicando que o


consumo ótimo diário é de 3 kg do Alimento 1 e 1 kg do Alimento 2.

 Na célula C11 aparece 2,8, indicando que o custo mínimo para a dieta
ótima é de $2,8 por dia.

 Nas células C14, C15 e C16, aparecem as quantidades mínimas diárias de


cálcio, proteína e calorias que combinam com o consumo ótimo dos
alimentos.

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 Finalmente, se desejar obter um relatório completo da solução, na caixa
Parâmetros do Solver selecione Resposta na parte Relatórios e depois
clique no botão OK. É criada uma folha adicional no Excel denominada
Relatório de resposta 1, que está mostrada na Figura 218.

Figura 217.

Figura 218.

Exemplo 79

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Uma firma produz duas linhas de produtos, I e II, com uma planta que contém
três departamentos de produção: corte, mistura e embalagem. O equipamento
em cada departamento pode ser operado 8 horas por dia; portanto, podemos
encarar as 8 horas como a capacidade diária de cada departamento. O
processo de produção pode ser resumido da seguinte maneira:

1) O produto I é primeiro cortado e, então, embalado. Cada tonelada desse


produto consome meia hora da capacidade de corte e 1/3 hora da
capacidade de embalagem.
2) O produto II é primeiro misturado e, então, embalado. Cada tonelada
deste produto consome 1 hora da capacidade de mistura e 2/3 hora da
capacidade de embalagem.

Os produtos I e II são vendidos aos preços de $80 e $60 por tonelada,


respectivamente, mas deduzindo os custos variáveis, eles geram $40 e $30
líquidos por tonelada. Estes últimos valores podem ser considerados como
receitas líquidas (deduzindo os custos variáveis) ou lucros brutos (incluídos os
custos fixos). Para simplificar, referir-nos-emos a eles como “lucro por
tonelada”.

Problema: que combinação de níveis de produção a firma deve escolher para


maximizar o lucro total bruto ?

Veja a Figura 219 com os esquemas de produção e capacidades diárias:

Figura 219.

Ao contrário do problema anterior que era de minimização de custos, este é um


problema de maximização de lucros. Mas tal como o anterior, precisamos
especificar a função-objetivo e as restrições impostas a ela. Isto é feito a
seguir:

X1 = Produto I; X2 = Produto II

Maximizar L = 40*X1 + 30*X2 (função-objetivo)

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Sujeita a X1 ≤ 16 (restrição de corte. O valor 16 é obtido da seguinte
1
expressão 2 𝑋1 ≤ 8. Assim, nos livramos da fração)

X2 ≤ 8 (restrição de mistura)

X1 + 2*X2 ≤ 24 (restrição de embalagem. Esta inequação é obtida de


1 2
𝑋1 + 𝑋2 ≤ 8, onde multiplicamos ambos os membros
3 3
por 3).

e X1, X2 ≥ 0
Para utilizar o suplemento SOLUCIONADOR, montamos as seguintes tabelas,
conforme Figura 220:

Figura 220.

 Na célula C12 foi inserida a seguinte expressão: =40*C9+30*C10;

 Nas células C15 e C16 foram copiadas, respectivamente, as células C9 e


C10;

 Na célula C17 foi inserida a seguinte expressão: =C9+2*C10

Posicione agora o cursor na célula C12, abra o SOLUCIONADOR e siga os


procedimentos do exemplo anterior. A caixa Parâmetros do Solver conterá os
seguintes dados (Figura 221):

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Figura 221.

Clique no botão Solucionar e os resultados surgirão nas respectivas células


conforme mostrado na Figura 222:

Figura 222.

Assim, a solução ótima é um volume de produção de 16 toneladas diárias do


Produto I e 4 toneladas diárias do Produto 2, e o lucro máximo com esses
volumes de produção é de $760 por dia.

Note que as restrições de corte e de embalagem são exatamente satisfeitas


pela solução (16; 4), mas a de mistura não o é; para que o lucro seja
maximizado, uma parte da capacidade de mistura deve ser mantida em
ociosidade. Esse resultado seria inconcebível se as restrições fossem todas na
forma de igualdades estritas.

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