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E durante todo esse tempo em que pessoas de todas as regiões do país têm entrado
em contato comigo, não foram poucas as que pediram para que eu preparasse um
estudo mais direcionado, mais profundo e que contivesse um conteúdo mais detalhado
do que aquele apresentado nas videoaulas.
Pois bem! Foi justamente para atender a esses pedidos que surgiu a minha antiga série
de e-books em .pdf que eu chamei de “Começando com o pé direito”. Eu não
pretendia, com eles, esgotar o tema. Longe disso! Meu objetivo era tão somente o de
comentar, com base no meu entendimento das NR’s e na prática do dia-a-dia da
Fiscalização do Trabalho, cada um dos itens contidos nessas aparentemente
complicadas Normas Regulamentadoras.
Entretanto, com o fim do antigo Ministério do Trabalho – MTb (vide lei 13.844 de 18 de
junho de 2019) e com o discurso de modernização das NR’s, aqui estou eu novamente:
dessa vez, para compartilhar algumas reflexões pessoais sobre a Nova NR-1
atualmente em vigor.
Se você tiver interesse em saber um pouquinho sobre a NR-2, pode estudá-la através
da minha videoaula sobre o assunto: é só clicar AQUI.
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QUASE TUDO O QUE EU ENTENDI SOBRE A NOVA NR-1
PROF. ALEXANDRE SABINO
Levemente recuados, com uma fonte menor e precedidos de uma seta, estão
os meus comentários sobre o item da Norma.
Quando alguma transcrição for necessária (no caso de Lei, Portaria, etc),
ela virá ainda mais recuada, em itálico e numa fonte ainda mais reduzida.
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...)
Com relação à citação literal dos dispositivos normativos e legais que vierem recuados
e em itálico, toda vez que eles estiverem em negrito e/ou sublinhados fui eu que quis
chamar a atenção, tudo bem?
Att,
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INTRODUÇÃO
A “Nova NR-1” foi introduzida no nosso ordenamento jurídico através da Portaria 915,
de 30 de julho de 2019. Essa Portaria não traz apenas a nova redação da NR-1. Ela
nos apresenta, também, a revogação da NR-2 / Inspeção Prévia e do Anexo III da NR-
20 – Diretrizes e requisitos mínimos para utilização da modalidade de ensino à
distância e semipresencial para capacitações, além da revogação de diversos outros
itens presentes nas demais Normas Regulamentadoras. Todos esses itens revogados,
citados no Anexo II da Portaria 915, são apresentados ao final deste material.
O art. 7º da Portaria 915 (que trouxe a nova redação da NR-1) tem a seguinte redação:
Art. 7º - Determinar, conforme previsto na Portaria SIT nº 787, de 27 de novembro de 2018, que
a Norma Regulamentadora nº 01 e seus Anexos serão interpretados conforme o disposto na
tabela abaixo:
Regulamento Tipificação
NR-01 NR Geral
Anexo I Tipo 3
Anexo II Tipo 1
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Ou seja: a Nova NR-1, como o próprio quadro apresentado nos diz, é uma NR Geral,
isto é, é aplicada a qualquer ramo de atividade e em qualquer circunstância (desde que
obedecidos os requisitos constantes em seu texto, evidentemente).
Mas o art. 7º da Portaria 915 vai além! Ele estabelece que os Anexos I e II da Nova NR
1 são, respectivamente, do Tipo 3 e 1.
E agora?
Calma! rs...
Art. 7º - Os Anexos, além da classificação específica das NR às quais pertencem, podem ser
classificados segundo Tipo 1, Tipo 2 e Tipo 3.
§3º O Anexo Tipo 3 não interfere na NR, apenas exemplifica ou define seus termos.
Art. 11 - Em caso de conflito aparente entre dispositivos de Anexo de NR e da parte geral desta,
sua solução dar-se-á pela aplicação das regras seguintes:
II. Anexo Tipo 2, considerando o seu campo de aplicação, sobrepõe-se à parte geral de NR.
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Voltando para o caso específico da Nova NR-1, temos que o seu Anexo I – Termos e
Definições, sendo do Tipo 3, apenas define algumas expressões que a própria Norma
utiliza, não sendo uma REGRA de SST propriamente dita.
Situação diversa é a que ocorre com o seu Anexo II - Diretrizes e requisitos mínimos
para utilização da modalidade de ensino a distância e semipresencial. Sendo do Tipo 1,
ele complementa diretamente a parte geral da NR, sendo tão obrigatório quanto os
itens presentes no texto geral da Norma.
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NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
(com base na redação da Portaria nº 915, de 30/07/2019)
Sumário
1.1 Objetivo
1.1 Objetivo
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Ela surge com o objetivo de esclarecer à sociedade qual é o fio condutor de todo o
arcabouço normativo relacionado à área de SST e os termos mais frequentemente utilizados
nas Normas. É como se ela desse um spoiler! rs...
➔ O Anexo I da nova NR-1 se chama “Termos e Definições”. Como o próprio nome diz, ele
vem explicar os conceitos dos termos e das expressões encontrados nas Normas
Regulamentadoras como um todo, tais como a diferença entre empregado e trabalhador,
definir perigo ou fator de risco, entre outros.
➔ “nos termos da lei”. A partir de agora, nós vamos encontrar essa expressão diversas
vezes no conteúdo das NR’s. O que ele diz pra gente? Significa dizer, salvo melhor juízo,
que não adianta vir com divagações, pensamentos filosóficos ou doutrinários acerca do
conteúdo das Normas. Precisamos nos ater ao texto! Se isso é bom ou ruim, só o tempo
dirá... (até porque, para adentrarmos nesse assunto, teríamos que partir para uma análise
hermenêutica dos dispositivos normativos e não é esse o objetivo deste material).
O item 1.2.1 deixa claro que não importa se você está em ambiente urbano ou rural, se você
é o empregador ou o empregado: TODOS estão obrigados a cumprir as Normas
Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho “nos termos da lei”. Não se esqueça
disso, ok?
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A nova redação da NR-1 continua deixando bastante claro: “que possuam empregados
regidos pela CLT”. Segundo a redação do item 1.2.1.1, APENAS os trabalhadores com a
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS assinada são alcançados pelos
dispositivos normativos existentes nas NR’s. Sendo assim, profissionais autônomos, sócios
de empresas, funcionários públicos estatutários e prestadores de serviço eventuais, apenas
para darmos alguns exemplos, não obrigatoriamente precisariam estar submetidos às
proteções existentes nas Normas Regulamentadoras.
Contudo, vem ganhando força uma linha de raciocínio que diz que, embora o item 1.2.2.1 da
nova NR-1 restrinja a obrigatoriedade da implementação das NR’s apenas aos
trabalhadores celetistas (aqueles que têm vínculo empregatício regido pela CLT), elas
devem ser aplicadas indistintamente a todos os trabalhadores por força de alguns artigos da
Constituição Federal de 1988, entre eles:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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Como se não bastassem os artigos presentes na CF/88, temos também o Código Civil, que
deixa claro:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum
outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
E aí? As NR’s estão verdadeiramente restritas apenas aos celetistas? Ao leitor fica
reservado o direito por qual das duas correntes ideológicas optar. Mas lembre-se: “nos
termos da lei”. Qual lei? A Constituição? O Código Civil? A CLT? As NR’s? Pois é. Quanto
mais a gente mexe, pior fica! É briga de cachorro grande. hehehe
Mas você pode estar se perguntando: “- Sabino, você disse que a redação desse item é
praticamente a mesma da antiga NR-1. O que mudou?”
Vamos lá!
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Só pra chamar a sua atenção, eu vou reescrever o item 1.2.1.1 da nova NR-1 destacando
alguns trechos:
1.2.1.1. As NR [tiraram a parte que dizia ‘relativas à segurança e medicina do trabalho’] são de
observância obrigatória pelas organizações [substituíram ‘empresas privadas e públicas’ por
‘organizações’] e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público [citar o MP foi novidade!], que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Um exemplo simples: uma organização religiosa precisa cumprir as NR’s? Pelo texto da
antiga NR-1, que se referia a empresas privadas e públicas, poderiam surgir vários tipos de
questionamentos... Mas pelo novo texto, que se refere a “organizações” ao invés de
“empresas”, fica claro que ela também está obrigada a implementar as exigências das
Normas Regulamentadoras (desde que possua empregados regidos pela CLT,
evidentemente). Entendido?
O Código Civil traz a diferenciação entre as pessoas jurídicas de direito privado em seu art.
44, entre elas as empresas privadas e as organizações religiosas. Se você quiser se
aprofundar no tema, eu encontrei uma postagem interessante na internet que traça
comentários sobre ele. É só clicar AQUI.
Uma vez que o MP é um órgão independente e possui autonomia funcional, ele não integra
nem o Poder Executivo, nem o Legislativo e nem o Judiciário. Dessa forma, ponto positivo
para a Nova NR-1 ao estabelecer que também o MP deve implementar as NR’s caso
possua celetistas em seus estabelecimentos.
E quem disse que não? “Órgãos públicos da administração direta e indireta”. Leia-se “Poder
Executivo”, aquele responsável por administrar os interesses públicos e fiscalizar o
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➔ “nos termos previstos lei”, “nos termos da lei”, “na forma da lei” ... Tudo a mesma coisa!
Como o item 1.2.1.1 estabelece que as NR’s têm o seu cumprimento obrigatório apenas
quando os empregados estiverem sob o regime celetista, o item 1.2.1.2 vem dizer que elas
também são obrigatórias em outras relações jurídicas dependendo do dispositivo legal ou
normativo em questão.
Por exemplo, uma prefeitura onde todos os funcionários sejam estatutários que assina um
Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público se obrigando a aplicar as
NR’s a todos os seus funcionários, indistintamente. Nesse caso, mesmo não sendo
celetistas, esses trabalhadores também seriam alcançados pelas Normas
Regulamentadoras. Beleza?
Outro detalhe: “lei”, aqui, é entendida em seu sentido amplo. Quaisquer Leis, Normas,
Portarias, Decretos, Convenções e Resoluções entram nesse conceito – respeitando,
evidentemente, a hierarquia entre elas. Constituição > Lei > Portaria, etc...
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Há uma expressão muita usada no meio jurídico para representar essa ideia: “pacta sunt
survanda”, que significa algo em torno de “o contrato faz lei entre as partes”. É aquele velho
ditado que nos diz que “o combinado não sai caro”. É bem por aí ...
Lembre-se que o conteúdo presente nas NR’s é o conteúdo mínimo necessário para a
manutenção da segurança e saúde dos trabalhadores. Dessa forma, não há problema
algum que outros dispositivos de cumprimento obrigatório acrescentem elementos protetivos
em seus textos. Concorda?
Para você ter uma ideia do organograma, vou mostrar como era e como ficou.
➔ Ministério do Trabalho
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➔ Ministério da Economia
Secretaria de Trabalho
Com relação à estrutura regimental do Ministério da Economia, ela é dada pelo Decreto nº.
9.745, de 8 de abril de 2019. Em seus artigos 78 e 79 ele traz, respectivamente, as
competências da Secretaria do Trabalho – STRAB e da Subsecretaria de Inspeção do
Trabalho – SIT. Você vai perceber que enquanto a STRAB possui competências de
natureza mais amplas, como coordenação, gerenciamento, formulação de diretrizes e
supervisão, as atividades da SIT são mais voltadas à Fiscalização do Trabalho em si, como
normas de atuação e cooperação entre as fiscalizações federais.
Voltando ao item 1.3.1, ele vem para responder algumas perguntas, tais como: Qual o papel
da SIT e da Fiscalização do Trabalho? O que a SIT pode e não pode fazer?
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Uma vez que a STRAB é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar,
controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e saúde do trabalho,
ela também fica imbuída de promover a Campanha.
“Sabino, mas aqui na minha cidade quem promoveu a CANPAT foram os próprios AFTs!”
Lembre-se que a SIT, fazendo uma analogia, é a ferramenta através da qual a STRAB
cumpre as suas atividades relacionadas à Inspeção do Trabalho. Dessa forma, por mais que
você tenha visto os Auditores-Fiscais do Trabalho divulgando a campanha, a promoção em
âmbito nacional é papel da Secretaria de Trabalho.
Cabe à STRAB coordenar e fiscalizar o programa. Uma dica: falou em “fiscalizar”, falou na
Auditoria-Fiscal do Trabalho. Portanto, não estranhe se você souber que um AFT chegou
num estabelecimento para fiscalizar a correta implantação das Normas relativas ao PAT,
tudo bem? Ele está cumprindo o papel dele.
No site do PAT há uma cartilha com perguntas e respostas que é bem legal. Se tiver
interesse, basta clicar AQUI para fazer o download.
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➔ Uma vez que é papel da STRAB traçar as linhas centrais de atuação da Fiscalização na
área de SST, é ela quem vai pôr em execução essas diretrizes, através da Subsecretaria de
Inspeção do Trabalho, a SIT.
➔ Sempre quando lermos nas NR’s algo como “órgão regional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho” temos que pensar nas Superintendências Regionais do
Trabalho – SRTs, as antigas DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho). São elas as
unidades estaduais da Fiscalização do Trabalho e, portanto, os órgãos competentes em
matéria de SST.
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TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Pela redação da CF/88 somos levados a entender que sim, que essa fiscalização é privativa
da União.
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Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
c) de saúde do trabalhador
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde
dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho,
abrangendo:
Perceba uma coisa: colaborar com a proteção do ambiente de trabalho e participar de uma
fiscalização é uma coisa; inspecionar sozinho, dando prazos, exigindo a apresentação de
documentos, multando quando necessário e embargando obra ou interditando máquinas e
equipamentos no caso de grave e iminente risco à segurança e à integridade física do
trabalhador é outra completamente diferente!
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Muitas pessoas chegam a pensar que embargos e interdições são penalidades impostas às
empresas. Não são!
É muito importante que todos esses conceitos sejam entendidos de forma clara,
combinado?
➔ O item 1.4.1 da Nova NR-1 tem praticamente a mesma redação do item 1.7 da antiga
NR-1. Alguns termos foram atualizados mas, em essência, as obrigações do empregador
permanecem as mesmas da antiga redação da Norma. Esse item foi claramente inspirado
pelo art. 157 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT:
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
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Vamos lá:
➔ Repare que enquanto o texto da CLT diz “cumprir e fazer cumprir as normas”, o da NR
diz “cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares”, o que dá um alcance
muito maior, uma vez que aborda não apenas as Normas Regulamentadoras, mas todo e
qualquer dispositivo legal acerca da área de Segurança e Saúde no Trabalho (como, por
exemplo, as Resoluções da Diretoria Colegiada – RDC’s da ANVISA).
Outro detalhe: “cumprir e fazer cumprir”. Não basta cumprir, é preciso que as empresas
exijam o cumprimento. E aqui temos defendido a tese de que “exigir o cumprimento” e “ser
chato” são coisas bastante distintas. Frases do tipo “Fulano... quantas vezes eu já te pedi
isso!” enquadra-se no que chamamos “ser chato”. “Fulano, essa não é a primeira vez que
vemos você cometendo essa irregularidade, já conversamos diversas vezes sobre isso e
nós não podemos estimular esse tipo de comportamento”: isso se enquadra no “exigir o
cumprimento” quando seguido de uma medida administrativa.
Não há qualquer dispositivo legal que estabeleça uma escalada hierárquica de medidas,
mas a Justiça do Trabalho tem entendido que advertir antes de suspender e suspender
antes de demitir é uma boa prática quando o empregado é reincidente na prática de atos
faltosos.
A decisão sobre qual prática adotar cabe a você. E aí? 3 advertências para 1 suspensão e 3
suspensões para a demissão? Seria interessante consultar a assessoria jurídica da
empresa, tudo bem?
1 SILVA, Oscar Joseph de Plácido e. Vocabulário Jurídico. 15. ed. Curitiba: Forense, 1999. 873 p.
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➔ A NR-1 determina uma série de informações que o empregador deve disponibilizar aos
trabalhadores:
Há umidade excessiva?
Há chances de insolação?
Quais as medidas oferecidas pela empresa para que todos esses riscos sejam
reduzidos ou eliminados?
Tudo isso deve ser informado de maneira inequívoca aos trabalhadores, ou seja,
eles precisam entender o que estão lendo! Tudo bem?
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➔ Elaborar Ordens de Serviço (as famosas OS’s) é uma das tantas obrigações do
empregador com relação ao cumprimento da NR-1.
Lembre-se que a OS se destina ao empregado! Portanto, precisa estar numa linguagem que
ele entenda. Falar de “vinhodo” para trabalhadores de uma plantação de cana de açúcar
pode não significar absolutamente nada. Mas falar da “calda”... Aí é outro papo!
Outra observação importante: muitíssimo importante deixar claro que o intuito da OS não é
ensinar o trabalhador a fazer aquilo que ele já faz a vida toda, mas que seu objetivo é
mostrar como fazer com segurança, naquele estabelecimento específico, aquilo que ele já
faz tão bem a vida toda. Entendeu a diferença?
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Adotar alguma medida imediata? Qual? Os trabalhadores foram treinados para tal? Eles têm
liberdade para implementá-la?
Levar para algum hospital? Qual? E o endereço? Levar de táxi? De carro? No carro de
quem?
Todo esse passo-a-passo deve estar muito bem descrito, assim como a análise da causas
que fizeram com que o acidente acontecesse, para que ele não volte a acontecer.
➔ O art. 630 da CLT diz praticamente a mesma coisa, embora ele seja bem mais
abrangente:
Art. 630. Nenhum Auditor Fiscal do Trabalho poderá exercer as atribuições do seu cargo sem
exibir a carteira de identidade fiscal, fornecida pela autoridade competente.
A Nova NR-1 achou por bem especificar essa obrigação nas questões relativas à área de
SST.
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➔ O item 1.4.1 ‘g’ da Nova NR-1 enfatiza que é obrigação do empregador implementar as
medidas de prevenção que sejam necessárias no estabelecimento e traz uma hierarquia
entre elas: eliminar os fatores de risco, minimizar e controlar os fatores de risco com
medidas de proteção coletivas, minimizar e controlar os fatores de risco através de medidas
administrativas ou organizacionais e, por fim, adotar medidas de proteção individuais.
1. Eliminar os fatores de risco. Por exemplo, a substituição de uma máquina ruidosa por
uma silenciosa ou a substituição de um produto químico cancerígeno por outro que não
cause danos à saúde. Com a adoção dessas medidas, os fatores de risco (máquina
ruidosa e produto químico cancerígeno) seriam eliminados.
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comprovem que o risco tenha sido minimizado até os níveis aceitáveis por nossa
legislação.
➔ Enquanto o item 1.4.1 da Nova NR-1 traz as obrigações do empregador com relação às
NR’s, coube ao item 1.4.2 as obrigações do trabalhador (e repare que a redação usa
trabalhador e não empregado como a redação do item 1.8 da antiga NR-1. Veremos no
Anexo I da Norma que enquanto trabalhador é toda pessoa física inserida em uma relação
de trabalho sem vínculo de emprego, empregado é a pessoa física que presta serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Portanto,
podemos chegar à conclusão de que todo empregado é trabalhador, mas nem todo
trabalhador é empregado. Logo, não importa se presta serviço eventual ou permanente, se
recebe por tarefa ou salário mensal, se é ou não dependente do empregador: se está
trabalhando, precisará cumprir com o item 1.4.2).
E do mesmo modo em que o art. 157 da CLT traz as obrigações das empresas, o art. 158
traz as obrigações dos trabalhadores (alertando para a distinção entre empregados e
trabalhadores, sobre a qual acabamos de comentar):
➔ É dever de todo trabalhador fazer parte do processo de implementação das NR’s em seu
ambiente de trabalho. Apontar irregularidades, alertar colegas e lideranças e propor
melhorias são condutas que integram esse processo de adequação.
Destacamos, ainda, que o “desleixo” é um dos fatores que permitem com que a empresa
demita o empregado por justa causa. O art. 482, ‘c’ da CLT fala em desídia:
Art. 482 – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
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Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
➔ Caso o empregado se recuse, sem justificativa válida, a cumprir as alíneas do item 1.4.2
(ou seja, caso ele se negue a cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço; a submeter-se aos exames
médicos; a colaborar com a organização na aplicação das NR; e a usar o equipamento de
proteção individual fornecido pelo empregador), fica caracterizado ato faltoso por parte do
funcionário, dando ao empregador a possibilidade de tomar as medidas administrativas que
entender suficientes e necessárias.
Lembre-se que é no art. 482 da CLT que estão elencadas as condutas que permitem a
demissão por justa causa, das quais destacamos:
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Um detalhe importante: o risco deve ser GRAVE e IMINENTE, ou seja, a situação verificada
pelo trabalhador deve apresentar elevada possibilidade de ocasionar danos graves à sua
saúde ou à sua integridade física e o acidente deve estar na iminência de acontecer. As
duas situações devem estar presentes simultaneamente.
E mais: o trabalhador não pode simplesmente cruzar os braços e dizer “ali eu não vou” ou
“isso eu não faço”. O item 1.4.3 exige que ele avise imediatamente ao seu superior
hierárquico informando, evidentemente, os motivos que o fizeram se recusar a realizar a
atividade.
1.4.4 Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que implique
em alteração de risco, deve receber informações sobre:
Não é toda e qualquer mudança de função que torna obrigatória a implementação do item
1.4.4, mas somente aquelas em que os riscos aos quais o trabalhador estiver sujeito forem
diferentes.
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Por exemplo: Adriano era auxiliar administrativo e foi promovido a contador júnior. Os riscos,
nesse exemplo, são os mesmos. Dessa forma, não é necessária a implementação das
obrigações contidas no item 1.4.4.
Entretanto, se Adriano era vigia e foi classificado como betoneiro, como os riscos aos quais
as duas funções estão expostas são diferentes, o item 1.4.4 precisará, necessariamente, ser
implementado pela empresa.
Atenção: a regra da alteração de risco é válida somente para a mudança de função, tudo
bem? O item 1.4.4 sempre será obrigatório quando da admissão do trabalhador.
O item 1.4.4 não traz esse modelo, mas apresenta um ótimo roteiro!
Perceba que as alíneas do item 1.4.4 envolvem desde os riscos que possam surgir no
ambiente de trabalho passando pelos meios de prevenção e controle, as medidas adotadas
pela empresa, os procedimentos a serem adotados em casos de emergência e finalmente
chegam à forma de se exercer o direito de recusa.
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a) durante os treinamentos;
➔ O item 1.4.4.1 traz as formas através das quais as exigências do item 1.4.4 devem ser
transmitidas aos trabalhadores.
Lembre-se que a NR-1 traz as disposições gerais de todas as NR’s. Logo, esse formato de
guarda de arquivo é válido para todas as NR’s em vigor, tudo bem?
➔ O item 1.5.1 fala de um modelo aprovado pela Secretaria de Trabalho – STRAB que seria
obrigatoriamente utilizado pelas organizações para prestarem informações relacionadas à
SST em formato digital (“as organizações devem”).
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Pela redação deste subitem, toda prestação de informações da área de SST deverá ser
feita, a partir do momento em que esse modelo for concebido, em formato digital. Vamos
aguardar a sua confecção para nos debruçarmos mais profundamente sobre o tema.
Pelo menos até a conclusão desse e-book, esse modelo de prestação de informações da
área de SST em formato digital ainda não havia sido disponibilizado. De qualquer forma, o
item 1.5.1.1 dá a entender que ele será bastante simplificado, já que cita a simplificação e a
desburocratização como princípios norteadores para sua aprovação.
Repare que aqui no item 1.5.2 a NR-1 não se refere à guarda digital de um documento físico
(que seria a manutenção, num arquivo em .pdf, da versão física escaneada, preenchida,
assinada e datada à mão pelos envolvidos). A norma se refere à emissão digital (“podem ser
emitidos e armazenados em meio digital”).
O certificado digital, por fugir ao escopo do nosso material, pode ser estudado através do
site oficial do próprio ICP-Brasil. Clique AQUI.
➔ Agora sim! Aqui a NR-1 se refere ao arquivamento da versão física em formato digital.
Vamos supor uma construtora que, por segurança, opte por arquivar em sua sede todos os
seus documentos originais (PCMAT, PCMSO, ASOs...) mas que, em cada um dos seus
canteiros de obra, mantenha uma versão em .pdf à disposição da Fiscalização do Trabalho
de cada um desses documentos.
7.4.4.1 A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive
frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
Se eles ficam arquivados apenas no computador do engenheiro da obra, que vajou, que não
atende o celular, que não tem hora para aparecer, que saiu e que deixou a sala fechada,
que saiu e deslogou seu pc da rede, que naquela semana está acompanhando as obras que
ficam em outro estado e etc., eles não estão disponíveis. Assim não pode!
E mais: não basta criar uma pasta e jogar todos os arquivos dentro dela de forma aleatória.
Imagine uma pasta com 890 arquivos armazenados de forma aleatória e o AFT pede o ASO
admissional do carpinteiro Eriberto Torres de Assis, admitido em 04/07/2016. Como que
acha? Abrindo um por um?
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Para entender melhor o assunto (que eu também desconhecia até a elaboração desse e-
book), procurei no Google e encontrei um artigo muito interessante sobre o tema.
É só clicar AQUI.
➔ “- Sabino, estou com o PCMAT digitalizado na rede da obra. Qualquer computador tem
acesso. No processo de digitalização empreguei as regras da ICP-Brasil. Posso jogar esse
calhamaço de papel fora para liberar espaço na sede da construtora?”
Conforme determinação do item 1.5.3.2, todos os originais devem ser mantidos pelos prazos
determinados por lei. Nesse caso, cada dispositivo legal ou normativo vai lidar com prazos
variados. Por exemplo, podemos citar os documentos relativos à eleição da CIPA, que
devem ser armazenados por um período mínimo de 5 anos:
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➔ Se você já efetuou o pagamento de algum boleto online, você deve ter reparado que, ao
final do comprovante, vem um código de autenticação.
2. Responsabilidades
2.1.7 Manter as Fichas com Dados de Segurança de Produto Químico dos combustíveis à
disposição dos trabalhadores, em local de fácil acesso para consulta.
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Buscando nos dicionários, verificamos que enquanto a capacitação é o ato de tornar alguém
capaz de fazer alguma coisa, de desenvolver alguma habilidade, o treinamento é o ato de
aprimorar uma habilidade que esse alguém já possui.
Sendo assim, podemos concluir que o ideal é que todas as vezes que as NR’s se referissem
à capacitação elas estivessem se referindo àquele conjunto de práticas que vão tornar as
pessoas capazes de realizar uma atividade de determinada maneira, desenvolvendo nelas
algum tipo de habilidade, enquanto treinamento seria toda ação promovida para que
habilidades já adquiridas fossem aprimoradas.
Ficou claro?
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O item 1.6.1.1 vem trazer o conteúdo mínimo que deve conter nos certificados emitidos –
lembrando que, caso alguma NR traga um rol de detalhamento mais amplo, é esse
detalhamento mais amplo que deverá ser seguido, tudo bem?
Importante destacar que quem assina o certificado não são os instrutores, mas o trabalhador
que foi submetido ao curso e o responsável técnico pelo mesmo (aquela pessoa que
organizou o treinamento, normalmente um profissional da área de Segurança e Saúde do
Trabalho). Os instrutores devem ser apenas citados no certificado, juntamente com suas
qualificações (entendidas aqui como um currículo resumido).
a) treinamento inicial;
b) treinamento periódico; e
c) treinamento eventual.
➔ A NR-1 amplia a definição de capacitação que mencionei no item 1.6.1, incluindo nela
não apenas o treinamento inicial, mas também os treinamentos periódicos e eventuais.
➔ Algumas NR’s dão prazos específicos para os treinamentos iniciais, como, por exemplo,
a NR-17 / Ergonomia em seu Anexo I (segundo a redação da Portaria SIT nº 08, de 30 de
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março de 2007). No item 6.2.1, ela determina que “cada trabalhador deve receber
treinamento com duração mínima de duas horas, até o trigésimo dia da data da sua
admissão, com reciclagem anual e com duração mínima de duas horas, ministrados durante
sua jornada de trabalho”.
Nesse caso, os operadores de caixa em supermercados têm até 30 dias, contados a partir
de sua admissão, para receberem os treinamentos iniciais que abordem a relação do
trabalho com a promoção da saúde.
Somente nos casos em que as NR’s não mencionarem prazos específicos é que os
trabalhadores devem ser submetidos a treinamentos iniciais ANTES do início de suas
atividades.
➔ Voltando ao item 6.2.1 da NR-17 (com a redação da Portaria SIT nº 08, de 30 de março
de 2007), lemos que a reciclagem deve ser realizada anualmente: “Cada trabalhador deve
receber treinamento com duração mínima de duas horas, até o trigésimo dia da data da sua
admissão, com reciclagem anual e com duração mínima de duas horas, ministrados durante
sua jornada de trabalho”. Esse é apenas um exemplo de prazo para treinamento periódico
definido pela própria NR.
Contudo, quando um determinado treinamento periódico não tiver sua periodicidade definida
por NR, esse prazo deverá ser estabelecido pelo próprio empregador.
➔ A Nova NR-1 nos apresenta os treinamentos eventuais que são aqueles que não têm
periodicidade específica mas que, segundo a Norma, precisam ser aplicados aos
trabalhadores em três situações distintas. Vamos a elas:
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➔ Sempre que houver qualquer tipo de alteração dos riscos ocupacionais de determinada
atividade, é necessária a submissão dos trabalhadores com elas envolvidos a um novo
treinamento, de forma a ambientalizá-los com essas respectivas alterações.
➔ Toda vez que ocorrer um acidente grave ou fatal envolvendo determinada atividade,
todos os trabalhadores que a desempenham deverão ser submetidos a novo treinamento.
➔ Independentemente dos motivos pelos quais o trabalhador foi afastado, toda vez que
esse afastamento for superior a 180 dias, ele deverá ser submetido a novo treinamento
antes de reassumir suas atividades.
➔ A NR-1 deixa claro que não há uma especificação padrão para os treinamentos
eventuais.
b) exercícios simulados; ou
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➔ Aqui a NR dá um rol exemplificativo de itens que podem ser incluídos na capacitação dos
trabalhadores: “A capacitação PODE incluir”.
Como exemplo, citamos um treinamento de duração mínima de 20 horas, que pode ser
desenvolvido de segunda à sexta, das 8h às 12h.
Ou das 8h às 12h e das 14h às 18h na segunda e na terça e das 08h às 12h na quarta.
Nesses três exemplos o treinamento ocorre em horário normal de trabalho e tem uma
duração total de 20h. Tenho absoluta convicção de que nenhum empreendimento será
inviabilizado financeiramente em função dessa pausa na produção, concorda?
➔ É muito importante que o trabalhador receba o certificado original e que uma cópia fique
no arquivo da organização de forma a comprovar, sempre que solicitada, a realização do
treinamento.
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Vale à pena destacar que alguns documentos devem ficar no local em que a atividade é
desempenhada, como, por exemplo, a 1ª via do Atestado de Saúde Ocupacional:
7.4.4.1 A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive
frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. (redação da
NR-7 vigente até a conclusão deste e-book)
Caso não haja disposição legal ou normativa estabelecendo que o documento fique no local
de trabalho, não há qualquer empecilho em arquivá-lo onde a organização bem entender –
desde que seja apresentado dentro do prazo solicitado.
Por fim, vale lembrar que o item 1.6.1.1 nos trouxe as informações mínimas que devem
estar presentes no certificado:
1.6.1.1 Ao término dos treinamentos inicial, periódico ou eventual, previstos nas NR, deve ser
emitido certificado contendo o nome e assinatura do trabalhador, conteúdo programático, carga
horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e
assinatura do responsável técnico do treinamento.
Não há um modelo de como fazê-lo. A escolha da forma com que a organização irá cumprir
o item 1.6.4 cabe às lideranças da empresa, desde que os dispositivos legais e normativos
não sejam desrespeitados, evidentemente.
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- Sim, desde que a carga horária mínima exigida pela NR seja respeitada!
Como exemplo, cito o treinamento para membros da CIPA, que deve ser de no mínimo 20
horas (pelo menos segundo a redação da NR-5 em vigor à época em que conclui este
material). 20 horas desse treinamento misto devem ser dedicadas exclusivamente à CIPA.
A organização pode distribuir o restante da carga horária da maneira que lhe for
conveniente.
O que não pode é ministrar o conteúdo exigido pela NR-5 + dinâmicas organizacionais +
motivação e empreendedorismo + gestão de equipes + fluxo de caixa + formação do preço
de venda + contabilidade de custos nas mesmas 20 horas.
Entendido?
Trata-se de uma antiga solicitação dos empregadores que foi atendida pela Comissão
Tripartite que concluiu a formatação da Nova NR-1.
Por exemplo: suponhamos que um jovem aprendiz tenha sido contratado como auxiliar
administrativo para trabalhar num supermercado e que, para o correto desempenho de suas
funções, ele recebeu o treinamento inicial segundo as diretrizes do item 1.6.1.2.
Após 8 meses de trabalho ele é remanejado, em comum acordo, para um hotel que
pertence ao mesmo grupo econômico ao qual pertence o supermercado. Embora o
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a) e b) e c). Ok?
➔ Para que um treinamento anterior que tenha sido ministrado na organização possa ser
aproveitado num novo treinamento, é imprescindível que tanto o conteúdo quanto a carga
horária do novo treinamento estejam contidos nesse treinamento mais antigo – caso
contrário ele não poderá ser aproveitado.
Treinamento anterior:
Novo treinamento:
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Uma vez que 60% do novo treinamento está compreendido no treinamento anterior, uma
vez que ele foi ministrado na própria organização, os itens em comum poderão ser
aproveitados – desde que as demais exigências do item 1.6.6 sejam igualmente atendidas.
➔ O conteúdo de um treinamento anterior só pode ser aproveitado caso ele tenha sido
ministrado num prazo inferior ao prazo de validade estabelecido por NR.
Por exemplo, podemos faz referência ao curso básico de atualização exigido pela NR 20,
que trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. Uma vez que
esse curso tem periodicidade trienal, caso o treinamento anterior tenha sido dado há mais
de 3 anos, nada dele poderá ser aproveitado.
➔ Não basta que a carga horária e o conteúdo do novo treinamento estejam contidos no
treinamento anterior. Não basta que a periodicidade máxima do treinamento anterior ainda
não tenha sido ultrapassada. Além disso, é necessário que o responsável pelo novo
treinamento dê um aval sobre o treinamento anterior que será aproveitado, ou seja, ele
precisará analisar a proficiência do instrutor do treinamento anterior, a qualidade do material
didático utilizado e, principalmente, checar se o conteúdo foi absorvido pelo trabalhador.
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mas não é uma obrigatoriedade. É essa pessoa, o organizador, quem deverá validar o
treinamento anterior.
➔ O item 1.6.7 nos diz que o treinamento dado em outra organização pode ser aproveitado
no todo ou em parte. Caso a organização atual acate todo o treinamento anterior, que foi
dado em outra empresa, ela deverá convalidar esse treinamento. Caso ela acate apenas
parte dele, o mesmo deverá ser complementado.
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➔ Aqui, a NR-1 estabelece quais as condições para que esse aproveitamento possa ocorrer
(lembrando que todas as condições devem ocorrer simultaneamente, tudo bem?).
Claro que estou exagerando, mas é só para mostrar que a “função” do trabalhador não
importa muito. O que conta, realmente, são as atividades que o empregado realizava
quando do treinamento anterior e quais as atividades que desempenhará no novo emprego.
Suponhamos que uma técnica em segurança do trabalho, assim que concluiu seu curso, fez
o curso básico do Anexo III da NR-10, que trata da segurança em instalações e serviços em
eletricidade.
Esse curso poderá ser aproveitado, mesmo as atividades desenvolvidas por ela não tendo
relação alguma com o curso? Claro que sim! E mais: dependendo da qualidade do curso e
do aproveitamento da jovem, caberá à organização decidir se complementa ou convalida o
curso ministrado anteriormente.
➔ A carga horária e o conteúdo dos treinamentos são outros pontos determinantes a serem
avaliados. Uma comparação inevitável é a necessidade atual relacionada a essas duas
variáveis com o que foi cumprido anteriormente, em outra organização.
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Caso conteúdo e carga horária sejam equivalentes, a organização pode entender por
convalidar o treinamento anterior. Caso contrário, os ajustes necessários deverão ser feitos
no tocante à complementação.
O conteúdo de um treinamento anterior só pode ser aproveitado caso ele tenha sido
ministrado num prazo inferior ao prazo de validade estabelecido por NR.
➔ A data que será utilizada como referência para a realização de futuros treinamentos
sempre será a data do treinamento que foi aproveitado, mesmo que parcialmente.
A Nova NR-1 veio trazer as diretrizes para que ele seja possível. Vamos a elas:
É preciso ficar claro que os treinamentos na modalidade EAD passam a ser permitidos se, e
somente se, forem obedecidos todos os requisitos presentes no Anexo II.
Não tem jeitinho, não tem “e se...”, não tem “mas...”, não tem nada!
Estou sendo muito enfático nisso porque eu tenho certeza que muito em breve vão começar
a surgir diversas peripécias tentando burlar os requisitos do Anexo II. Nem adiante perder
tempo. Ok?
Vamos pensar numa autoescola. Caso você esteja num simulador e haja uma transmissão
em tempo real com um professor que te orienta e te avalia, mesmo estando a quilômetros
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de distância. Seria possível uma aula prática nesse caso na modalidade EAD? Claro que
sim!
Com as Normas Regulamentadoras, a partir de agora, não é diferente – desde que exista
previsão explícita na NR sobre tal possibilidade.
Se a Norma for omissa, a parte prática não pode ser na modalidade EAD.
Agora, se houver algo do tipo “a parte prática do treinamento poderá ser realizada na
modalidade à distância”, aí sem problemas – lembrando que, para esse treinamento ser
válido, deverá obedecer aos requisitos presentes no Anexo II da NR-1.
Ou seja, para a parte prática do treinamento poder ser realizada na modalidade EAD,
precisa de uma permissão explícita da NR que estabeleceu a obrigatoriedade de realização
desse treinamento.
➔ Antes de analisarmos quais as diferenças estabelecidas pela Nova NR-1 para esses tipos
de empregadores, precisamos saber, mesmo que de forma resumida, quais as
características de cada um deles.
Microempreendedor Individual (MEI) é aquele trabalhador por conta própria que se legaliza
como pequeno empresário optante pelo Simples Nacional, que fatura no máximo R$ 81 mil
por ano (uma média de R$ 6.750,00 por mês) e que pode ter no máximo 1 empregado. Não
pode ter e nem ser sócio ou administrador de outra empresa.
Microempresa (ME) é aquela que fatura até R$ 360 mil por ano (uma média de R$ 30 mil
por mês) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) é aquela que fatura uma quantia
compreendida entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano (uma média de até R$ 400 mil por
mês).
É a essas três categorias de empregadores que a Nova NR-1 vem trazer um tratamento
diferenciado.
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Grau de risco é uma escala numérica que vai de 1 a 4 que avalia a intensidade
dos riscos aos quais os trabalhadores de cada tipo de atividade econômica estão
expostos.
Eles são dados pela NR-4, que trata dos serviços especializados em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho – SESMT.
Minha videoaula sobre o Quadro I da NR-4 pode te ajudar a entender como fazer essa
leitura.
O item 1.5.1 é aquele que fala que as organizações devem prestar informações de SST
conforme um modelo aprovado pela Secretaria de Trabalho, lembra dele?
“- Mas Sabino, você disse que a STRAB ainda não divulgou um modelo. Como um
empregador vai utilizar algo que ainda não existe?”
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depende de outro dispositivo normativo – foi assim que eu estudei para lembrar.
#ficaadica!).
Sendo assim, através da leitura simples da Nova NR-1, nós poderíamos ser levados a
acreditar que enquanto a STRAB não aprovar um modelo para o cumprimento do item
1.5.1, os empregadores não poderão implementá-lo – logo, ficariam impossibilitados de
atender a todos os requisitos do item 1.7.1 da Nova NR-1. Consequentemente,
continuariam sendo obrigados a elaborar o PPRA.
A Portaria 915, de 30 de julho de 2019, que é a Portaria que nos apresentou a nova
redação da NR-1, diz o seguinte em seu artigo 6º:
Art. 6º Estabelecer que, enquanto não houver sistema informatizado para o recebimento da
declaração de informações digitais prevista nos subitens 1.7.1 e 1.7.2 do Anexo I desta
Portaria, o empregador deverá manter declaração de inexistência de riscos no
estabelecimento para fazer jus ao tratamento diferenciado.
3. Por fim, o estabelecimento não pode ter riscos químicos, físicos e biológicos.
É por isso que ele deverá contratar alguém que tenha conhecimento para fazê-lo. Não
basta declarar que não tem: para emitir uma declaração alegando a inexistência de
riscos no ambiente de trabalho, salvo melhor juízo, ele precisa provar que não tem.
Para resumirmos o item 1.7.1: para que MEIs, MEs ou EPPs fiquem desobrigados de
elaborar o PPRA, precisam ter grau de risco 1 ou 2, não pode apresentar risco químico,
físico ou biológico em seus ambientes de trabalho e, até a Secretaria de Trabalho aprovar
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“- Sabino, se eu não tenho PPRA e não tenho PCMSO, como vou saber quais exames meus
empregados precisam fazer?”
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Uma vez que essas desobrigações são permitidas apenas em atividades de graus de risco 1
ou 2 em cujos estabelecimentos não existam riscos que comprometam a saúde e a
integridade física desses empregados, basta um exame clínico com periodicidade que
respeite o 7.4.2 “b” da NR-7:
7.4.3.2 no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo
discriminados:
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e
cinco) anos de idade.
➔ Mais uma vez, deixo aqui a minha sugestão para a videoaula em meu canal no YouTube
que trata do assunto. É só clicar AQUI (a abordagem desse tema começa aos 02:58).
“- Sabino, qual a diferença entre ‘legal’ e ‘regulamentar’ citadas pelo item 1.8.1?”
Uma disposição legal é aquela exigência estabelecida por lei. Por sua vez, uma disposição
regulamentar é uma determinação existente num regulamento – no foco dessas nossas
reflexões, numa norma regulamentadora. Nesse último caso, é muito comum, também,
encontrarmos a expressão “dispositivo normativo”, já que se trata de uma norma.
➔ Perceba que tanto as dúvidas quanto os casos omissos devem ser sanados pela STRAB,
a Secretaria de Trabalho, que é o órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho.
Por isso que eu SEMPRE recomendo que as dúvidas sejam levadas à unidade da Inspeção
do Trabalho mais próxima e não para Chefes de Departamento, Encarregados de Setor, um
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Na unidade da Inspeção do Trabalho, caso já haja alguma orientação da STRAB, ela será
compartilhada com você por escrito. Caso ainda não exista nada no sentido de seu
questionamento, ele será encaminhado à Secretaria de Trabalho para que a resposta seja
construída.
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Anexo I
Termos e definições
Como dissemos na Introdução deste e-book, o art. 7º da Portaria 915 estabelece que o
Anexos I da Nova NR-1 é do Tipo 3, ou seja, ele apenas define algumas expressões
que a própria Norma utiliza, não sendo uma REGRA de SST propriamente dita.
Dessa forma, todas as definições abaixo são aquelas trazidas pela própria Norma, tudo
bem?
Perigo ou fator de risco: fonte com o potencial para causar lesão ou problemas de
saúde.
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Anexo II
O Anexo II, diferentemente do anterior, vem complementar a parte geral da NR-1. Pelo
menos é essa a redação da Portaria nº 787, de 27 de novembro de 2018, que trata das
regras de aplicação, interpretação e de estruturação das NR’s:
Art. 7º - Os Anexos, além da classificação específica das NR às quais pertencem, podem ser
classificados segundo Tipo 1, Tipo 2 e Tipo 3.
Art. 7º - Determinar, conforme previsto na Portaria SIT nº 787, de 27 de novembro de 2018, que
a Norma Regulamentadora nº 01 e seus Anexos serão interpretados conforme o disposto na
tabela abaixo:
Regulamento Tipificação
NR-01 NR Geral
Anexo I Tipo 3
Anexo II Tipo 1
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Sumário:
1. Objetivo
2. Disposições gerais
3. Estruturação pedagógica
5. Requisitos tecnológicos
6. Glossário
1. Objetivo
➔ Importante destacar que as regras trazidas pelo Anexo II da Nova NR-1 não são válidas
apenas para ela, mas para todas as NR’s: toda e qualquer capacitação exigida pelas NR’s,
para que possa ser ministrada no todo ou em parte na modalidade EAD, precisa seguir as
regras contidas aqui.
2. Disposições gerais
2.1 O empregador que optar pela realização das capacitações por meio das
modalidades de ensino a distância ou semipresencial poderá desenvolver toda a
capacitação ou contratar empresa ou instituição especializada que a oferte,
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“- Sabino, mas não fui eu que dei o treinamento. Foi a empresa contratada. Caso ela
descumpra as regras, é ela que será multada, certo?”
Errado!
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Mas atenção!! Lembre-se de que este anexo é válido apenas para as capacitações
realizadas no todo ou em parte na modalidade EAD. Portanto, essa regra não é obrigatória
para cursos 100% presenciais. Beleza?
E mais: o descumprimento do item 2.2 do Anexo II da NR-1 pode ser autuado pela Inspeção
do Trabalho. Olha só:
Capitulação: Art. 157, inciso I, da CLT, combinado com o item 2.2 do anexo II da NR-01, com
redação da Portaria n 915/2019.
Para encontrarmos esse código (“ementa”), basta irmos até a NR-28 / Fiscalização e
Penalidade, procurarmos pelo Quadro da NR-1 e de seu Anexo II que encontraremos a
referência a este item. Na NR-28 são elencados todos os itens passíveis de autuação pela
Fiscalização.
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➔ O fato de uma capacitação ser dada no todo ou em parte na modalidade EAD não
significa que ela pode ter uma carga horária inferior.
“- Sabino, já que o curso vai ser em EAD, posso mudar o conteúdo programático exigido
pela Norma?”
Se você for aumentar o conteúdo com o respectivo acréscimo de carga horária, sem
problemas. Mas substituir parte do conteúdo obrigatório, retirando da grade da capacitação
um tema exigido pela Norma e colocando outro, aí não pode.
Nele deve haver, consequentemente, a previsão para as atividades práticas no formato EAD
e como elas serão desenvolvidas.
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3. Estruturação pedagógica
Veja como é importante termos comentários acerca dessas alterações na NR-1: mesmo
com o item 3.1 nos dando o roteiro para a formulação do Projeto Pedagógico, certamente
vai haver uma infinidade de pessoas pedindo um “modelo” para a sua elaboração.
As alíneas do item 3.1 trazem o conteúdo mínimo. Evidentemente que ele pode ser
complementado de acordo com a necessidade e a especificidade de cada caso.
Vamos a elas:
i) carga horária;
l) público alvo;
m) material didático;
o) avaliação de aprendizagem.
3.2 O projeto pedagógico do curso deverá ser validado a cada 2 (dois) anos ou
quando houver mudança na NR, procedendo a sua revisão, caso necessário.
➔ Essa validação deverá ser feita pelo responsável técnico pela capacitação que, segundo
o item 1.6.1.1 da Nova NR-1, é aquela pessoa que organizou o treinamento, normalmente
um profissional da área de SST. Contudo, é recomendável que a pessoa responsável pela
validação do Projeto Pedagógico tenha alguma experiência com elementos de didática e
docência.
➔ O item 4 do Anexo II da NR-1 traz os requisitos técnicos que devem ser utilizados para
que as capacitações no formato em EAD sejam válidas.
➔ O Projeto Pedagógico deve ficar disponível. Sendo assim, usamos o mesmo raciocínio
que utilizamos para o item 1.5.3 do corpo geral da Norma.
Ele deve ser mantido à disposição! E não apenas da Inspeção do Trabalho, mas também
dos representantes sindicais e dos membros da CIPA.
A redação vigente da NR-5 de quando concluímos este e-book estabelece que, quando um
estabelecimento não tem a quantidade mínima de empregados para a eleição de uma
Comissão, o empregador deve designar um empregado responsável pelo cumprimento dos
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mesmos objetivos que a CIPA teria. Sendo assim, esse empregado, que chamamos de
“designado de CIPA”, também deve ter livre e irrestrito acesso ao Projeto Pedagógico.
Então mesmo que a responsável pela capacitação seja uma empresa terceirizada, o aluno
deve ficar com uma via de todo o material utilizado: projeções, cadernos, fotos, vídeos,
áudios... Evidentemente que a forma de disponibilização desse conteúdo é livre, podendo os
responsáveis pela capacitação disponibilizá-lo da maneira que entenderem mais produtiva.
Ou então numa cidade com clima ‘ameno’, tipo Cuiabá / MT, com 42ºC à sombra numa
tarde de verão, ser submetido a uma capacitação sob um telhado de zinco com pouca ou
nenhuma ventilação.
Igualmente impossível.
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Foi justamente por isso que o Anexo II da NR-1 chamou a nossa atenção para a
obrigatoriedade de ser disponibilizado um ambiente de estudo que favoreça a concentração
daqueles que estiverem sendo submetidos à capacitação.
4.4 O período de realização do curso deve ser exclusivamente utilizado para tal
fim para que não seja concomitante com o exercício das atividades diárias de
trabalho.
➔ Assim como ocorre nos treinamentos obrigatórios presenciais, a carga horária destinada
à capacitação na modalidade EAD não pode ser simultânea à realização das tarefas diárias
do trabalhador. Ela é considerada horário de trabalho, mas deve ser utilizada
exclusivamente para a capacitação.
➔ Pode ser um grupo de Whatsapp para tirar dúvidas, um chat online, um 0800, um
endereço de e-mail... O formato não importa. A exigência do item 4.5 do Anexo II da NR-1 é
que, pelo menos durante a realização da capacitação na modalidade EAD, exista um canal
para sanar as dúvidas existentes dos trabalhadores que estejam sendo submetidos a ela.
➔ É o Projeto Pedagógico (item 3.1, ‘o’, do Anexo II) que vai nos dizer a forma de
verificação de aprendizagem: uma prova escrita? uma prova oral? uma prova prática? todas
elas?
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➔ A avaliação também pode ser no formato EAD, desde que o empregado possa ser
identificado através de login e senha.
➔ A avaliação não deve abordar apenas quesitos teóricos, do tipo “qual a definição de
risco?”. É imprescindível que o trabalhador seja avaliado com relação à sua tomada de
decisão diante de uma situação de risco, para que se verifique o cumprimento do real
objetivo da capacitação, que é prevenir acidentes e doenças de trabalho.
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4.7.1 O histórico do registro de acesso dos participantes (logs) deve ser mantido
pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos após o término da validade do curso.
Por exemplo: se o curso foi dado de 02 a 06 de dezembro de 2019 e ele tem validade de 1
ano, a validade dele vai até 01 de dezembro de 2020 – logo, o histórico dos logs deve ser
mantido, no mínimo, até 01 de dezembro de 2022.
5. Requisitos tecnológicos
➔ Ambiente Virtual de Aprendizado (ou AVA) é o espaço virtual de aprendizagem que vai
oferecer condições para interações entre os trabalhadores participantes da capacitação.
Pode ser traduzido como sendo uma sala de aula acessada via internet. O objetivo é que ele
possa integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira
organizada, incentivar a interação entre as pessoas e os objetos de conhecimento, além de
elaborar e socializar as produções desenvolvidas.
Por força do item 3.1 “f” deste Anexo, seu detalhamento deve estar presente no Projeto
Pedagógico.
6. Glossário
➔ Assim com o Anexo I traz a definição de alguns termos utilizados pela NR-1, o item 6 do
Anexo II define algumas expressões que ele próprio nos apresenta.
Dessa forma, todas as definições abaixo são aquelas trazidas pelo próprio Anexo II, ok?
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Eis que finalmente chegamos ao final de nosso estudo sobre a Nova NR-1.
Espero que você esteja se sentindo mais preparad@ para entender o conteúdo da
Nova NR-1 do que se sentia antes dessa leitura.
Que este e-book se torne um guia de consulta, sempre que você precisar!
Sabino - @alexandresabinoaft
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Tal qual mencionei na Introdução deste e-book, trago aqui a citação de todos os itens
revogados pela Portaria que trouxe a nova redação da NR-1.
5.3 - A capacitação referida no item 5.1 poderá ser realizada na modalidade de ensino
a distância, desde que haja previsão em acordo ou convenção coletiva.
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33.3.5.8.1 – Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia
deve ser arquivada na empresa
34.3.5.2 – O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia deve ser
arquivada na empresa.
NR 35 TRABALHO EM ALTURA
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d) mudança de empresa.
35.3.3.2 – Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o
conteúdo programático devem atender a situação que o motivou
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