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• CF não criou tributos – traz estrutura do direito tributário – dispõe de 5 pontos fundamentais:
• DEFINIÇÃO DE TRIBUTO - Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
• # prestação compulsória – independe de vontade do devedor – obrigação tributária é ex lege (por força de
lei) – não é ato de vontade
• # não é sanção por ato ilícito – logo, fato gerador da obrigação tributária será sempre ato LÍCITO
DIREITO TRIBUTÁRIO
• # atividade administrativa plenamente vinculada - atuação do fisco não possui margem de juízo de
discricionariedade – ocorrendo o fato gerador, a exação deverá ser deflagrada
• # fiscal – arrecadatória
• # parafiscal – arrecadação em favor de entidades paraestatais, que cobram e ficam com os tributos
• 1) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político para que
este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária (Sabbag) – princípio do federalismo – delimitação
entre as pessoas políticas do poder de tributar – É INDELEGÁVEL – o que pode ser delegável é a sujeição ativa, ou
seja, a titularidade da cobrança (parafiscalidade)
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
• I - impostos; (CTN - Art. 16. Imposto é tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte)
• # não vinculado a atividade estatal específica – CUIDADO – art. 167 CF – determina observância à
repartição do produto, destinação de parte de recursos para serviços de saúde e educação,
destinação às atividades da administração tributária e garantia às operações de crédito por
antecipação de receita
• # criação por lei ordinária – elementos gerais por lei complementar (CTN ou outra) – CF - Art. 146.
Cabe à lei complementar III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre:
• a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
• Quando não tivermos regulamentação pelo CTN? – aplica-se o art. 24, §3º, da CF
DIREITO TRIBUTÁRIO
• II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
• # vinculação a atuação estatal específica
• # tributo de competência comum, mas cuja instituição dependerá da competência específica de
cada ente
• # serviço público específico – direcionamento a um ou a um número determinado de usuários –
possibilidade de identificação de quem usufrui
• # serviço divisível – mensuração do grau de utilização por cada usuário
• # utilização efetiva ou potencial – uso de fato ou posto à disposição – serviço potencial, a taxa só
poderá ser cobrada se tratar de serviço de utilização compulsória (obrigatória)
• # Taxa de iluminação pública – inconstitucional – SV 41-STF: O serviço de iluminação pública não
pode ser remunerado mediante taxa.
• # STF Súmula Vinculante no 29 É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou
mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6o, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.
• Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
• Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia
elétrica.
• Divide-se em:
• • Sociais: compreende: gerais (U) e de seguridade social*
• • De intervenção no domínio econômico (U) Art. 149, caput
• • De interesse de categorias profissionais/econômicas (U)
• • CIP/COSIP – art. 149-A
• *A contribuição social de seguridade social para fins de previdência social poderá ser instituída pela União,
Estados, DF e Municípios.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• 4) REPARTIÇÕES TRIBUTÁRIAS
• PARA ESTADOS E DF - O art. 157 da CF trata da repartição direta das receitas pertencentes aos Estados e ao
DF, a primeira hipótese refere-se ao IR sobre os servidores (100% para o vai para o referido ente, que retém
na fonte) e a segunda hipótese refere-se aos impostos residuais (20% será destinado aos Estados e ao DF) -
Súmula 447 do STJ – Os Estados e o DF são partes legítimas na ação de restituição de IR retido na fonte
proposta por seus servidores
• PARA MUNICÍPIOS - O art. 158 da CF trata da repartição de receitas destinadas aos municípios, ficando com
100% do valor de IR retido dos seus servidores e dos servidores de suas autarquias - Além disso, receberá,
no mínimo, 50% do ITR dos imóveis localizados em seu território, bem como 50% do valor arrecadado com
IPVA licenciados em seu território. E, por fim, 25% do que for obtido com ICMS – BENEFÍCIOS FISCAIS
CONCEDIDOS PELO ESTADO – NÃO INTERFERE NO DIREITO DE REPASSE INTEGRAL PARA O MUNICÍPIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
• 5.1) PRINCÍPIOS
• 5.1.1 LEGALIDADE – Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça – aplica-se também para extinguir ou minorar – v. art. 150, § 6º CF
DIREITO TRIBUTÁRIO
• # regra – LO – LC apenas em casos de: Empréstimos Compulsórios (art. 148); Impostos sobre grandes fortunas
(art. 153, VII) e; Impostos residuais (art. 154, I e 195, §4º)
• # ressalvas ao princípio da legalidade
• – atualização monetária da BC
• – prazo de recolhimento de tributo (Súmula Vinculante 50: norma legal que altera o prazo de recolhimento da
obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade)
• – obrigações acessórias (decorre de legislação tributária – art. 113, § 2º, CTN)
• - II, IE, IPI e IOF e reduzir e restabelecer a alíquota da CIDE combustível: é possível a alteração da alíquota via
decreto do executivo, observados os limites e condições estabelecidas em lei. Todos esses tributos têm uma
função regulatória (são tributos extrafiscais) não tendo como única finalidade a mera arrecadação de recursos.
• - ICMS monofásico para combustíveis – deliberação do CONFAZ
• - Resolução do Senado Federal para fixar alíquota do ICMS em operações interestaduais
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• 5.1.2 ISONOMIA - Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função
por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos – O STF
afirmou que é possível que sejam estabelecidas exclusões do regime simplificado com base em critérios
subjetivos. Dessa forma, não há óbice para que o legislador crie restrições de ordem subjetiva para a adesão
ao Simples
• Princípios relacionados
• # não-discriminação tributária em razão da procedência ou do destino dos bens (art. 152, CF) – busca evitar a
guerra fiscal
• # Princípio da uniformidade da tributação da renda das obrigações da dívida pública (inciso II do art. 151 da CF)
• # liberdade de tráfego – art. 150, V, CF – em regra o trânsito de pessoas e mercadorias não pode sofrer restrição
tributária – exceções – ICMS e pedágio
• # não confisco – invasão patrimonial sem contrapartida
DIREITO TRIBUTÁRIO
• # FATOS GERADORES PENDENTES – início já ocorreu mas não houve perfectibilização de todos os
seus elementos – 2 posicionamentos – 1º tratar como fato gerador futuro – 2º fato gerador
complexivo – análise deve considerar um certo período de tempo – ex: IRPF
DIREITO TRIBUTÁRIO
• - STF entende que a vedação ao confisco também pode ser aplicado no caso de multas tributárias
• - PEDÁGIO – NATUREZA JURÍDICA – 3 POSIÇÕES – taxa ou preço público ou taxa (quando cobrada
pelo Poder Público) e preço público (quando cobrado pelo particular) – STF ADI 800 – entendeu
que pedágio é preço público – existência de vias alternativas – RE 645.181 – repercussão geral
DIREITO TRIBUTÁRIO
• OBS 1:PRINCÍPIOS APLICÁVEIS APENAS À UNIÃO
• # uniformidade geográfica - Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o
território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o
equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País
• # Isonomia na tributação de renda – dívidas públicas e agentes públicos dos Estados, DF e municípios em
níveis superiores ao que estabelece para os seus
• OBS 2 – VEDAÇÃO À DISCRIMINAÇÃO POR PROCEDÊNCIA OU DESTINO – aplicável apenas aos Estados, DF
e municípios
DIREITO TRIBUTÁRIO
• 6) IMUNIDADES
• (Eduardo Sabbag) Imunidade tributária é uma norma constitucional de exoneração tributária, justificada no
conjunto de caros valores proclamados na Carta Magna, inibe negativamente a atribuição de competência
impositiva e credita ao beneficiário o direito público subjetivo de “não incomodação” perante o ente
tributante
• # norma de incompetência – não incidência do tributo – geralmente tratadas pelas expressões “são/estão
imunes” ou “não incidirão
• # Súmula 591 STF - A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende ao produtor,
contribuinte do imposto sobre produtos industrializados
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios VI - instituir impostos sobre:
• a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
• - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA – não se restringe apenas às hipóteses de patrimônio, renda ou
serviços
• – é extensível para autarquias e fundações públicas (excluem-se as EP e SEM) + vinculação à finalidade da
instituição (ônus da prova do ente tributante)
• - restringe-se apenas aos impostos e não às demais espécies tributárias
• – ECT e INFRAERO também gozam de imunidade desde que no exercício de atividade pública em sentido
estrito + sem intuito lucrativo
• CUIDADO! STF já decidiu que a imunidade recíproca não atinge concessionárias de serviços público, que
cobram tarifas dos usuários, nem de registros públicos, cartorários e notariais delegados
• b) templos de qualquer culto;
• restringe-se apenas aos impostos e não às demais espécies tributárias
• atinge a venda de bens relacionados ao direito de culto
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios VI - instituir impostos sobre:
• c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
• - restringe-se apenas aos impostos e não às demais espécies tributárias
• - não atinge entidades sindicais PATRONAIS
• – SV 52 STF - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor
dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas
• - Súmula 724 STF - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidade
• - Súmula 730 STF - A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins
lucrativos pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de
previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios VI - instituir impostos sobre:
• d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
• - abrange II, IPI, ICMS relativos à compra de papel, produção e comercialização desses bens
• - livros e periódicos – qualquer publicação, independentemente do conteúdo
• - abrange o livro eletrônico mas não o equipamento
• - não há imunidade para os insumos da impressão
• e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais
ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a
laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)
• - proteção de produção nacional
• OUTRAS IMUNIDADES –
• # CS e CIDE sobre receita decorrente de exportação – art. 149, § 2º, I, CF
• # CS de entidades beneficentes de assistência social – art 195, § 7º, CF
• # CS sobre aposentadoria e pensão do RGPS – art 195, II, in fine, CF
• # ITR sobre pequenas glebas – art. 153, § 4º, II, CF
• # ITBI sobre alterações societárias – art. 156, § 2º, I, CF
DIREITO TRIBUTÁRIO
• IMUNIDADE X ISENÇÃO
• # na imunidade, não existe norma de incidência – na isenção, ocorre o fato gerador, surge
a obrigação tributária, mas o pagamento é dispensado
DIREITO TRIBUTÁRIO
• 7) ITR
• # FATO GERADOR - Propriedade, domínio útil ou posse de imóvel POR NATUREZA, como definido
na lei civil. Bem imóvel por natureza é o solo e demais acessórios e adjacências naturais. O ITR
não incide sobre o imóvel por acessão física (como o IPTU) - caráter extrafiscal – O IMPORTANTE É
A PRODUTIVIDADE DA TERRA
DIREITO TRIBUTÁRIO
• # BASE DE CÁLCULO DO ITR – valor fundiário do bem – valor da terra nua tributável
• # INCIDÊNCIA – imóvel localizado na zona rural ou em zona urbana, desde que com destinação
rural
• 8) ITCMD
• # O fato gerador do imposto verifica-se com a transmissão gratuita de quaisquer bens (móveis
ou imóveis). Referida transmissão pode se dar mediante contrato de doação ou, ainda em razão
do falecimento de seu titular (causa mortis)
• # Caso se trate de transmissão de bens IMÓVEIS, o imposto será recolhido ao Estado da situação
do bem ou ao DF, nos termos do artigo 155, § 1º, I, da CF. Por outro lado, se houver a transmissão
de bem MÓVEL, o ITCMD competirá ao Estado onde de processar o inventário ou tiver domicílio o
doador, ou ao DF (artigo 155, § 1º, II, da CF)
• # Segundo dispõe o artigo 35 do CTN, a base de cálculo do ITCMD será o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos e da doação. A alíquota máxima do imposto será fixada pelo Senado Federal
DIREITO TRIBUTÁRIO
• 9) ITBI
• # O ITBI é imposto municipal, de competência dos Municípios e Distrito Federal (Art. 156, II, CF).
Também chamado de “sisa”.
• # Sujeito passivo - é qualquer das partes da operação tributária de transmissão de bem imóvel.
Geralmente, é o adquirente.
• # Fato gerador - dar-se-á com a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis (“por natureza” ou por “acessão física”) – A transmissão de direitos reais sobre tais
bens imóveis também representa fato gerador do tributo, ressalvados os direitos reais de garantia
(anticrese e hipoteca).
DIREITO TRIBUTÁRIO
• # A base de cálculo é o valor venal dos bens imóveis transmitidos ou dos direitos reais
cedidos.
• # Há importante imunidade para o ITBI no art. 156, §2º, I, CF, segundo a qual não incidirá
o imposto nas transmissões de bens ou direitos nas realizações de capital, fusões,
incorporações, cisões ou extinções de pessoas jurídicas. Essa regra será excepcionada, isto
é, haverá a incidência do imposto se a atividade preponderante do ‘adquirente’ for o
arrendamento mercantil, a locação ou a compra e venda desses bens imóveis
• Duas condições para que o serviço seja tributado (para que seja fato gerador do tributo):
• 1ª Condição: O serviço não pode estar sujeito à incidência do ICMS (vale dizer: não pode ser
serviço de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação);
• 2ª Condição: O serviço deve estar previsto em lei complementar. Deve estar previsto em uma lista
anexa à LC que estabelece às normas gerais sobre o ISS.
• Essa Lei existe: trata-se da LC 116/03. Antes dessa lei, o ISS era regulamentado pelo DL 406/68,
complementado pela LC 56/87.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Frise-se: A LC 116 NÃO CRIA/INSTITUI o ISS, pois a competência tributária não é da União. Ela
apenas estabelece, em relação a este imposto, normas gerais. A competência tributária é dos
municípios, ou seja, o ISS é instituído por lei municipal, que deve observância à LC 116, que é
norma geral de caráter nacional.
• A LC 116 apenas obedece ao mandamento constitucional do art. 146, III, ‘a’, in verbis:
• Art. 146. Cabe à lei complementar:
• III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
• a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
• Qual a natureza da lista de serviços tributáveis prevista na LC? É uma lista TAXATIVA ou
EXEMPLIFICATIVA?
• Taxativa: O município somente pode criar ISS sobre serviço expressamente previsto na lista.
• Exemplificativa: A lista é apenas uma sugestão. O município pode inovar em relação à lista.
• STF: A lista é TAXATIVA, mas, apesar disso, ela comporta interpretação. A lista pode ser
interpretada AMPLIATIVAMENTE pelos municípios. Isso é comum quando a lista se torna antiga,
defasada. (RE 361.829)
DIREITO TRIBUTÁRIO
• ALÍQUOTAS DO ISS
• A definição de alíquota é dada pela lei municipal. No entanto, essa liberdade do legislador
municipal acabou gerando guerra fiscal entre os municípios.
• Com o objetivo de acabar com essa guerra fiscal, vem a EC 37/2002, que altera o art. 156,
§3º da CD.
• Art. 156 § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III (ISS) do caput deste artigo, cabe
à lei complementar:
• I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
• Ou seja, cabe também à LC nacional definir as alíquotas máximas e mínimas do ISS, a fim
de evitar a guerra fiscal. Prevendo que o legislador iria demorar a criar essa Lei, a referida
EC acrescentou uma disposição transitória, prevista no art. 88 do ADCT.
• BASE DE CÁLCULO DO ISS (LC 116/03, ART. 7º)
• É o preço do serviço.
• Art. 7o A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• CONTRIBUINTE DO ISS (LC 116/03, ART. 5º)
• É o prestador do serviço.
• Art. 5o Contribuinte é o prestador do serviço.
• LANÇAMENTO DO ISS (116/03, ART. 6º)
• Por homologação. É o próprio prestador que calcula o montante e o paga
antecipadamente.
• FATO GERADOR DO ISS (LC 116/03, ART. 1º)
• Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e
do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista
anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
• Prestação de Serviços que não sofram incidência do ICMS e que estejam previstos na LC
116/03