1) O documento analisa as cenas 1 e 2 da obra "15 Cenas de Descobrimento de Brasis" de Fernando Bonassi.
2) A cena 1 discute a evolução histórica das ideias desde Adão e Eva até a racionalidade e números.
3) A cena 2 fala sobre a chegada dos portugueses no Brasil e o processo de catequização e exploração dos indígenas pelos colonizadores.
Descrição original:
15 CENAS DE DESCOBRIMENTO DE BRASIS DE FERNANDO BONASSI
Título original
ANÁLISE DAS CENAS 1 E 2 DA OBRA 15 CENAS DE DESCOBRIMENTO DE BRASIS DE FERNANDO BONASSI
1) O documento analisa as cenas 1 e 2 da obra "15 Cenas de Descobrimento de Brasis" de Fernando Bonassi.
2) A cena 1 discute a evolução histórica das ideias desde Adão e Eva até a racionalidade e números.
3) A cena 2 fala sobre a chegada dos portugueses no Brasil e o processo de catequização e exploração dos indígenas pelos colonizadores.
1) O documento analisa as cenas 1 e 2 da obra "15 Cenas de Descobrimento de Brasis" de Fernando Bonassi.
2) A cena 1 discute a evolução histórica das ideias desde Adão e Eva até a racionalidade e números.
3) A cena 2 fala sobre a chegada dos portugueses no Brasil e o processo de catequização e exploração dos indígenas pelos colonizadores.
Acadêmicos: Jorge Augusto Leite e Kely Fernanda Nogueira
Docente: Ágata Cristina Kaiser
Disciplina: Literatura Brasileira III Data: 21/11/2018
ANÁLISE DAS CENAS 1 E 2 DA OBRA 15 CENAS DE DESCOBRIMENTO DE
BRASIS DE FERNANDO BONASSI
Na cena 1, intitulada História das Ideias é possível observar uma
intertextualidade bíblica no primeiro período, na cena “Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa. Deus veio num raio” com Gênesis, em que explica o surgimento do mundo e de Adão e Eva. E, além disso, é possível relacionar com a imagem indígena, uma vez que os índios andavam nus e alguns andam até hoje, quando os portugueses chegaram ao Brasil. Em continuidade, no período “E se fez o fogo, as especiarias, a roupa, a espada e o dever” vê-se uma relação com o fim do período Paleolítico, idade da pedra lascada, em transição com o período Neolítico. Mais ainda, especificamente no vocábulo “dever”, já é possível remeter na Grécia Antiga, em que houve a racionalidade e o surgimento da democracia com direitos e deveres, “Em seguida, se criou a filosofia, que explicava como não fazer o que não devia ser feito”. Nesse sentido, com o surgimento da filosofia, nota-se que ela tem um papel preponderante na razão humana., pois foi nessa época que os homens tiveram consciência do que fazer. “Então, surgiram os números racionais e a história, organizando os eventos sem sentidos”, nesse fragmento, depois que a vida humana se tornou racional, foram surgindo ao longo dos anos disciplinas que tinham como objetivo, explicar o que era inexplicado. Nesta perspectiva, a sociedade foi se desenvolvendo, ocorreram revoluções, no entanto “A fome desde sempre, das coisas e das pessoas”, a busca, a ganância por ter era muito maior do que qualquer coisa e, por conseguinte, fez com que as pessoas começassem a possuir problemas, por causa da direção que a sociedade tomou. Com isso, “Foram inventados o calmante e o estimulante”, além de darem lucro para as grandes empresas por causa do capitalismo, as pessoas eram controladas por estarem surtadas ao verem a situação da sociedade. Mas isso acarretou no distanciamento dos indivíduos “E alguém apagou a luz. E cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas que alcança”, nisso, nota-se que a individualidade tomou conta das pessoas que “apagaram a luz”, isto é, para não se preocuparem com outrem, em decorrência disso, tornaram-se egoístas, narcisistas e egocêntricas, se preocupando, apenas, consigo mesmas.
Em relação ao título “História das Ideias” percebe-se a relação com a cena
em que os homens tornaram-se racionais e seres pensantes depois do surgimento. Na cena 2, intitulada Turismo Ecológico, é feito uma referência na chegada dos portugueses ao Brasil em que ocorreu um processo de aculturação e doutrinação nos indígenas. Os missionários, sejam eles enviados pela corte portuguesa e até mesmo como jesuítas tinham o objetivo de catequizar os índios, logo queriam controla-los. Além disso, queriam tirar a cultura dos índios, colocando as devidas vestimentas. O vocábulo “vergonha” remete a nudez, pelos indígenas não encobrirem seus órgãos genitais. No processo de catequização e doutrinação que ocorria, os missionários, vulgo portugueses, queriam colocar regras de etiquetas, isto é, ensinar aos índios bons modos e higiene. Mesmo que eles eram selvagens. Enquanto havia a catequização, em outros lugares do Brasil que iam sendo descobertos, ocorria a exploração de terras e itens como pau-brasil e ouro, que tinha como intuito lucrar. Os portugueses, além de inserirem sua cultura nos indígenas, ocorreu um genocídio, um massacre entre aqueles que não obedeciam a ordens dos colonizadores. O abuso sexual também ocorria bastante, para os portugueses era um divertimento aproveitar-se das índias. Nesse sentido, podemos ver o autoritarismo presente naquela época, onde havia extermínio, estupro e doutrinação. Os portugueses se viam como um Deus, por serem autoritários e controladores ante os indígenas querendo civiliza-los, mas será que eles eram realmente civilizadores? Evidentemente, eles eram o “Deus” autoritário. Acerca do título “Turismo Ecológico”, é possível compreender que ecológico, nos remete a reciclagem. Desse modo, um turismo ecológico no Brasil, ocorreu um extermínio, naqueles que não cediam, mas também ocorreu um “adestramento” para aqueles que foram controlados. Logo, os índios foram reciclados e se tornaram novos indivíduos.