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FILOSOFIA
ÉTICA E MORAL
CONCEITUAÇÃO E APLICAÇÕES NOS DIAS ATUAIS
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MANAUS, MAIO DE 2008
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 ÉTICA OU MORAL 5
3 1, O problema crítico 5
4 2. O problema teórico 7
5 CONCLUSÃO 9
6 BIBLIOGRAFIA 10
INTRODUÇÃO
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A ética ou moral, conforme uma das definições mais corriqueiras, é o estudo da
atividade humana com relação a seu fim último, que é a realização plena da humanidade.
O problema ético toma dois aspectos principais: um relativo ao fundamento e
ao valor dos códigos, dos princípios, das normas, das convicções morais já existentes;
trata-se do problema critico. O outro diz respeito às condições que possibilitam a ação
moral em absoluto; o critério daquilo que é moral e imoral para o homem; o fim último da
vida humana e os meios mais aptos para atingi-lo. Este é o problema teórico. Os dois
problemas, entretanto, não estão separados um do outro, mas sim intimamente ligados,
na medida em que o primeiro introduz o segundo: antes de implantar sistematicamente a
moral, coloca-se em questão, problematiza-se a moral comum.
Não há receitas para o agir bem: o compromisso conosco, com os outros, com
as gerações futuras (o destino do planeta) exige um estado de alerta constante.
Viver moralmente não é simples nem fácil. Não depende da introjeção das
normas herdadas nem da arbitrária decisão subjetiva, mas se radica na aprendizagem da
solidariedade, do reconhecimento da dignidade de si mesmo e dos outros.
Como, porém, participar da construção de um mundo moral?
Os problemas decorrentes da decadência ética que presenciamos em nossos
dias não podem ser resolvidos apenas a partir de tentativas isoladas de educação moral
do indivíduo. É preciso também vontade política de alterar as condições patogênicas,
geradoras da doença social, para tornar possível a superação da pobreza moral.
ÉTICA OU MORAL
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1, O problema crítico
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especulações sobre a conduta humana, antes de Sócrates são, a nosso ver,
simplesmente um prelúdio à representação efetiva" 1.
Sócrates assume uma clara posição contra as duas teses básicas dos sofistas.
Contra a primeira, segundo a qual os códigos morais, as convicções éticas, os conceitos
fundamentais da ética (como "bom", "justo", "honesto", etc.) são fruto de convenções
sociais, Sócrates sustenta, pelo contrário, que estes encontram o seu fundamento na
própria natureza das coisas e do homem. Igualmente contra a segunda tese, a qual afirma
que as ideias e os princípios morais aprendem-se através do ensino, Sócrates mostra que
o ensino pressupõe a posse desses princípios e ideias, contribuindo no máximo à tomada
de consciência em relação aos mesmos. Mas Sócrates não se satisfaz em rebater as
teses dos sofistas, contrapondo-lhes outras teses inspiradas numa visão filosófica oposta:
ele transfere a investigação moral para um nível mais profundo, perguntando-se como
podem ser justificadas as avaliações morais. É claro que avaliações morais eram feitas
também antes de Sócrates. Por exemplo, Eutífron (personagem do diálogo homónimo de
Platão) considerando "ímpia" a conduta de seu pai, decidiu, por isso, denunciá-lo; porém,
o encontro com Sócrates im-pôs-lhe, em resumo, este problema: "Por que julgo itnpia a
conduta de meu pai? O que é o ímpio e o que, ao contrário, é o seu oposto, o santo?"
Preste-se bem atenção, a questão não é "o que é ímpio e o que é santo" — isto pode ser
indicado até pela ordem constituída (aquela ordem pela qual Eutífron decidira agir contra
seu pai) mas sim "o que é o ímpio e o santo", ou seja, o que são a impiedade e a
santidade, o que são aqueles valores em base aos quais pode-se declarar ímpia ou santa
uma certa ação e justificar essa avaliação.
Como se nota, Sócrates não se satisfaz de pôr em exame os códigos morais
habituais e verificar-lhes a legitimidade. Ele vai mais além, interrogando-se sobre o
fundamento último da moralidade enquanto tal. Desse modo ele ultrapassa o problema
critico, e aventura-se pelo teórico. Sua solução deste problema é conhecida. Escavando
aob as aparências que dão a impressão de que não exista nenhum princípio moral
absoluto, universal, Sócrates mostra que o homem esta na posse de um critério supremo
de moralidade, que o ajuda a diferenciar o bem do mal, É verdade que os homens
consideram boas coisas diferentes: um coloca seu bem na riqueza, um outro nas glórias,
outro ainda na virtude; mas também é verdade que cada homem possui a mesma noção
de bem e de mal. Um homem pode amar a riqueza e considerá-la boa, um outro pode
considerar boas as glórias, um outro os prazeres; entretanto, observa Sócrates, nenhum
dirá que o bem é o mal e que o mal é o bem; cada um procurará aquilo que ele considera
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bem e fugirá daquilo que considera mal. É evidente, portanto, que em cada homem há a
noção ou conceito de bem e de mal, em si mesma.sempre igual, embora sua aplicação
seja diversa.
Depois de Sócrates, o problema crítico do fundamento e do valor dos códigos e
dos costumes morais foi retomado frequentemente por muitos outros filósofos, mas sem
jamais sair da alternativa que emergiu da disputa entre Sócrates e os sofistas, a
alternativa entre convencionalismo (solução dos sofistas) e naiuralistfto (solução de
Sócrates). A favor do convencionalismo enfileiram-se os epicuristas, os céticos, os
nominalistas, Descartes, os empiristas, os positivistas, os neopositivistas, os
existencialistas, os marxistas e outros ainda. Do lado do naturalismo colocam-se Platão,
Aristóteles, Plotino, os neopla-tônicos, a maior parte dos escolásticos, os idealistas, neo-
realistas e neotomistas.
2. O problema teórico
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mim mesmo é esta, mesmo que imponha um sacrifício, requer sempre, como se dizia, um
empenho, um ato de vontade " .
Outra condição transcendental da moral é o conhecimento ou consciência. Por si só, esta
já está implícita na condição anterior: para ser verdadeiramente livre, uma ação implica
em que se conheça aquilo que se faz. Um dos princípios mais elementares da moral cristã
diz justamente que, para ser grave, uma má ação deve ser cometida com pleno
conhecimento, isto é, com consciência de causa. A ausência dessa condição pode ser
determinada por dois motivos: a) erro relativo àquilo que se faz (opta-se por uma coisa em
vez de outra); b) falta da faculdade de raciocínio ou impedimento do seu uso em quem
age (por exemplo, a criança que ainda não tem o uso da razão, o louco, o ébrio, etc.).
A terceira condição transcendental da moral é que a liberdade seja guiada por alguma
norma, por algum princípio diretor. Uma liberdade absoluta, que recusa sujeitar-se a
quaisquer leis, como a afirmada por Nietzsche e Sartre, torna-se necessariamente uma
liberdade amoral.
A que normas, porém, deve sujeitar-se a liberdade? Aqui tocamos a questão
do critério supremo da moralidade, questão na qual os filósofos estão profundamente
divididos. De um lado, encontra-se uma grande fila de autores que atribuem a função de
critério supremo ao fim último para o qual se dirige o homem em suas ações. De ou tro
lado, encontra-se um grupo bastante grande de filósofos que atribuem o papel de critério
supremo às leis e aos deveres. As morais construídas sobre o princípio do fim chamam-
se teleológicas; as construídas sobre o princípio do dever chamam-se deontológicas. No
entanto, visto que os dois princípios — fim último e dever — são suscetíveis de variadas
interpretações (por exemplo, o fim último pode ser identificado com o prazer, ou como o
interesse, o útil, o privado ou o da sociedade, com a felicidade, com os valores. . . e o
dever pode ser fundado sobre leis divinas, ou naturais, ou civis, etc.), segue-se, por isto,
que podem ser desenvolvidos vários tipos de moral teológica ou deontológica.
No grupo das morais teleológicas, os principais tipos são; hedonismo,
utilitarismo, eudemonismo e ética dos valores. No grupo das morais deontológicas, os
principais tipos são dois: estoicismo e formalismo kantiano.
Contudo, há alguns filósofos que se recusam a construir a moral sobre um
princípio absoluto, seja o fim último, seja o dever. Admitem, sem dúvida, que o homem
tem deveres a cumprir, leis a observar, fins por realizar, mas estes mudam de uma época
para outra, de um lugar para outro, de uma circunstância para outra. Portanto, consideram
que se podem elaborar somente éticas relativistas ou situacionais.
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CONCLUSÃO
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ética para um ser como o homem, um ser finito, criado por Deus, do qual recebe além da
existência, também o escopo da sua vida e as regras e meios para atingi-lo.
Portanto, a moral está essencialmente ligada à metafísica e tal vínculo
apreende-se corretamente no conceito de valor. Como dizem muitos autores, a moral é a
ciência dos valores e seu objetivo é promover valores (a justiça, a caridade, a paz, a
esperança, a sabedoria, a modéstia, etc.). Mas o que são essencialmente esses valores?
Qual é o seu fundamento? Talvez o capricho individual? Ë a vontade humana que
estabelece o que é bem, o que é justo, o que é verdadeiro, o que é puro, ou é a própria
realidade que traz • consigo esses caracteres? A reflexão metafísica pode mostrar que é a
própria realidade que possui esses valores. Por outro lado, o conceito de valor diz
respeito a uma vontade (valor é a característica pela qual uma coisa é digna de ser
desejada). Isto signifka que a realidade é, como tal, desejada; "quer dizer que na origem
das coisas está uma Vontade inteligente, quer dizer que o Ser supremo, aquele do qual
provém toda realidade, é vontade inteligente".
Sobre essas bases metafísicas pode-se levantar um edifício moral
suficientemente robusto, universalmente válido e, ao mesmo tempo, solidamente
ancorado à realidade concreta e à história.
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BIBLIOGRAFIA
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