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Curso:

CENTRO DE EMPREGO E Módulo: 6666 – MAC – Publicidade: Um discurso de Sedução


FORMAÇÃO PROFISSIONAL LEIRIA
Formador/a:

CONSUMO/ CONSUMISMO E PUBLICIDADE

O consumo consiste na ação realizada por todos nós, através da aquisição ou utilização
de bens e serviços disponíveis no mercado para satisfação das nossas necessidades. O
consumismo está intimamente ligado ao estilo de vida contemporâneo, resultante do
desenvolvimento da industrialização e do capitalismo - globalização. A característica mais
significativa da sociedade de consumo reside na massificação do próprio consumo a nível
mundial. Esta massificação não só se traduz num acesso crescente e generalizado ao mercado,
como também na padronização da escolha e compra dos bens e dos produtos. O consumismo
traduz, por conseguinte, um conjunto de comportamentos e de atitudes que se concretizam
na aquisição impulsiva e indiscriminada de bens e serviços, devido à atração constante por
novos produtos, ao constante desejo de renovar objetos e bens pessoais e pela apologia da
acumulação.

É devido a estes comportamentos consumistas, tidos já como um problema social, que


se deve o endividamento. Com efeito, o endividamento é uma consequência de um
mecanismo criado em torno do consumo no seu exagero, pois para incentivar o consumo, o
mercado engendrou este mecanismo que consiste na possibilidade de recorrer a um crédito
para pagamento da aquisição de um determinado bem ou serviço. A generalização desta
prática acarreta, junto dos consumidores, um aumento substancial de despesas dos agregados
familiares que contraem dívidas, cujo pagamento se torna crescentemente mais difícil de
cumprir.

As consequências do consumo são visíveis na acentuação e agravamento das


desigualdades sociais e pelo esgotamento de recursos e poluição.

O consumismo é “o grande pecado ético desta era: acumular bens, substituí-los sem
necessidade, navegar na ilusão de que a multiplicação da posse e propriedade de objetos
desnecessários constitui remédio para o vazio existencial e para angústia da morte”.

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Esse padrão está tão presente em nossa sociedade contemporânea, que se faz
imprescindível notar, que até alguns indicadores sociais, utilizados para a avaliação da
qualidade de vida populacional, se baseiam na diversidade e quantidade de bens de consumo
que uma família possui.

1. Compare consumo e consumismo.

2. Relacione consumismo com globalização.

A constante evolução dos meios de comunicação permitiu à mensagem publicitária


percorrer de forma mais ampla e célere na esfera social, alcançando uma nova dimensão e
atuando intensamente nos costumes e padrões do seu destinatário, apresentando o produto e
sua finalidade.

Portanto, podemos constatar que a Publicidade é o link entre a produção e o


consumo, nesse sentido ela age de modo informativo e de maneira persuasiva, criando um
paralelo entre a abundância dos bens de consumo com o bem-estar e a autorrealização. A
promoção dos produtos, agora, confunde-se com a divulgação de valores, de culturas e de
ideologias. Nessa corrente percebemos que “o mundo virtual da publicidade interfere no
mundo real das pessoas como um vírus que ataca os computadores.” Se pensarmos nos países
pobres ou naqueles que possuem uma maioria de excluídos, percebemos que essa prática é
infinitamente mais prejudicial do que o parâmetro normal, os seus efeitos são
verdadeiramente devastadores, funcionam como uma bomba de efeito moral, desencadeiam
uma perseguição desenfreada ao sonho de consumo e ainda favorecem uma possível conduta
criminosa, principalmente nos jovens desiludidos, desempregados e desafortunados, que por
fim procuram um meio de compensação para esses desejos não satisfeitos.

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3. Relacione consumismo com publicidade.

Conclui-se que, provavelmente, o consumismo não existiria sem a sua ferramenta


principal, a Publicidade, e é por seu intermédio que se desenvolvem novos padrões de
consumo, surgem novos estilos de vida e consequentemente afloram-se novas necessidades,
não somente físicas e psicológicas, mas principalmente psicossociais. Há quem diga que o
poder da Publicidade já está acima do livre poder de escolha, que o ser humano não tem
condições de optar pelo que consome e o que não precisa consumir, que até mesmo o
consumidor consciente não está imune aos efeitos desse fenómeno, contudo, é imperativo
que alguns princípios sejam respeitados, como o da veracidade na publicidade, o da dignidade
da pessoa humana e o da responsabilidade social.

Se antes se criavam produtos para suprimir necessidades, atualmente, inventam-se


necessidades para se venderem produtos. De facto, existe uma máquina poderosa que nos
sugere necessidades – que não sentíamos antes de nos serem sugeridas – e que nos leva a
adquirir bens e serviços prescindíveis. Esta máquina inclui estratégias de venda, o marketing
e, destaca-se a publicidade.

Quando surgiu, a publicidade, limitava-se a informar sobre a existência de produtos


que eram identificados através da marca. Posteriormente, desenvolveram-se técnicas que
permitiram detetar os gostos dos consumidores e a publicidade passou a sugerir e a incitar à
compra. Hoje, a publicidade recorre à psicologia, à sociologia e à psicanálise, atuando sobre as
nossas motivações inconscientes, de forma a nos incentivar a comprar, a consumir mais e
mais.

A intenção da mensagem publicitária é sempre a de valorizar o produto. Através dos


canais ou meios de que dispõe (imprensa, rádio, televisão, cinema, anúncios luminosos, livros,
folhetos, etc.), utilizando fundamentalmente palavras, imagens e sons. Imbuídas de valores e

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afetos, as mensagens publicitárias enfeitiçam os consumidores. Como as palavras constituem
uma linguagem convencional são frequentemente menos enganosas do que as imagens. Mas,
mesmo assim, podem influenciar-nos fortemente.

4. Explique para que serve a publicidade.

5. Identifique os meios de comunicação de massas de que dispõe a publicidade.

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