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LUCY APARECIDA MELO ARAÚJO
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Tecendo
Linguagens
LÍNGUA PORTUGUESA
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ANO
5a edição
São Paulo
2018
Av. Dr. Antônio João Abdalla, 260 – bloco 400, área D, sala W1
Bairro Empresarial Colina – Cajamar – SP – 07750-020 – Brasil
Tel.: 11 2799-7799
www.ibep-nacional.com.br editoras@ibep-nacional.com.br
Preparamos este Manual especialmente para você, com a finalidade de oferecer subsídios para
seu trabalho em sala de aula e ajudá-lo a aprimorar conhecimentos teóricos e metodológicos sobre
conceitos importantes que embasam as propostas de ensino-aprendizagem apresentadas nesta
coleção.
Neste Manual, você encontrará:
• as práticas de sala de aula e sua relação com as competências, as habilidades e os eixos de
integração indicados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC);
• os pressupostos que fundamentam as práticas didáticas da coleção, tanto no que se refere às
teorias quanto ao que diz respeito às metodologias adotadas;
• a estrutura das unidades, dos capítulos, das seções que compõem os volumes, indicando o
objetivo de cada seção;
• os textos complementares e as indicações de leituras relevantes que enriquecerão o seu tra-
balho em sala de aula.
Consideramos que cada volume da coleção constitui uma obra aberta e flexível, em contínua
construção; um convite à reflexão e à recriação; um ponto de partida para o estabelecimento de um
rico diálogo entre autores, professor e alunos.
Assim, esperamos que possa desfrutar do material e que ele colabore, de forma efetiva, com a
prática e com o processo de ensino-aprendizagem, conduzidos por você e nos quais desempenha
papel fundamental, ao lado de cada um dos que firmam o contrato mútuo de aprender e de educar.
Mãos à obra! Sucesso!
Os autores.
III
LEIA ANTES
Orientações e
informações COMPETÊNCIAS E
relacionadas HABILIDADES TRABALHADAS
DES à temática da NO CAPÍTULO
unidade ou do
Lista das competências gerais e
capítulo.
específicas (de Língua Portuguesa)
e das habilidades trabalhadas no
capítulo (elas estão na íntegra a
partir da página XLIV).
ATIVIDADES
Comentários e
orientações gerais sobre
as atividades do capítulo.
ANOTAÇÕES
Espaço livre para o
professor fazer seus
apontamentos.
TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
Possibilidades de trabalho
integrado a outros
componentes curriculares.
VI
REFERÊNCIAS
Sugestões de livros e sites que
podem ampliar as referências
do professor acerca dos temas
e conceitos abordados neste
Manual.
MATERIAL DIGITAL
Você encontrará no Manual em U indicações sobre o Material Digital, que tem como objetivo organizar e enriquecer
sua prática, além de contribuir para sua atualização e oferecer subsídios para seu trabalho em sala de aula.
O Material Digital do Manual do Professor é composto de:
• Planos de Desenvolvimento Bimestral, que explicitam o trabalho com os objetos de conhecimento e as
habilidades, relacionam essas informações às práticas didático-pedagógicas, apresentam sugestões de atividades,
indicam fontes de pesquisa, orientam para a gestão do tempo em sala de aula, propõem acompanhamento das
aprendizagens e indicam habilidades necessárias para dar continuidade aos estudos.
• Projetos Integradores Bimestrais.
• Sequências Didáticas Bimestrais (três por bimestre).
• Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem Bimestrais.
• Material Audiovisual.
VII
VIII
IX
EF 69 LP 01
O último par de números indica a posição da habilidade
na numeração sequencial do ano ou do bloco de anos.
As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos dife-
rentes contextos escolares. Para tanto, elas são descritas de acordo com a estrutura a seguir:
(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fon-
tes indicadas e abertas.
pesquisa: Complemento do(s) verbo(s), que explicita o(s) objeto(s) de conhecimento mobilizado(s)
na habilidade.
a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas: Modifica-
dores do(s) verbo(s) ou do complemento do(s) verbo(s), que explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada.
Texto multimodal ou multissemiótico é aquele que recorre a mais de uma modalidade de lingua-
gem ou a mais de um sistema de signos ou símbolos (semiose) em sua composição. Língua oral
e escrita (modalidade verbal), linguagem corporal (gestualidade, danças, performances, vestimentas
– modalidade gestual), áudio (música e outros sons não verbais – modalidade sonora) e imagens
estáticas e em movimento (fotos, ilustrações, grafismos, vídeos, animações – modalidades visuais)
compõem hoje os textos da contemporaneidade, tanto em veículos impressos como, principalmente,
nas mídias analógicas e digitais.1
Essa multiplicidade de textos multimodais está estruturada, de acordo com a BNCC, em quatro eixos
organizadores que perpassam todo o Ensino Fundamental: Leitura, Produção de textos, Oralidade e Análise
linguística/Semiótica.
O trabalho com esses quatro eixos, na coleção, toma como referência práticas de uso e de reflexão sobre
a linguagem, favorecendo a organização dos objetos de conhecimento e das habilidades para a aprendiza-
gem no Ensino Fundamental.
Neste manual, a cada eixo apresentado, indicamos leituras complementares que não somente ajudarão
na compreensão mais aprofundada do conceito, mas também apresentarão experiências para o processo de
ensino e aprendizagem a ele relacionadas.
O Eixo da Oralidade compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou
sem contato face a face, como aula dialogada, webconferência, mensagem gravada, spot de campa-
nha, jingle, seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação de poemas (com ou sem
efeitos sonoros), peça teatral, apresentação de cantigas e canções, playlist comentada de músicas,
vlog de game, contação de histórias, diferentes tipos de podcasts e vídeos, dentre outras. Envolve
também a oralização de textos em situações socialmente significativas e interações e discussões
envolvendo temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos de atuação.
(BRASIL, 2017, p. 76-77).
A oralidade na escola, embora parta do conhecimento que o aluno já traz sobre o uso da língua em
situações de comunicação, envolve o conhecimento e a reflexão sobre gêneros do discurso baseados na
transmissão oral – os formais, como o debate, a entrevista, a palestra, o sarau, que demandam um ensino
sistemático; e os informais, da tradição cultural, como a lenda, a trova, a piada e os ditados populares, entre
muitos outros.
1
ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial,
2015.
XI
Você pode aprofundar seus conhecimentos sobre os gêneros orais em sala de aula com estas sugestões de leitura:
• BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial,
2007.
• CASTILHO, Ataliba T. de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 2000.
• ELIAS, Vanda Maria (Org.). Ensino de Língua Portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São Paulo: Contexto, 2011.
• FERRAZ, Telma; GOIS, Siane (Orgs.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão.
Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
• RODRIGUES, Linduarte P.; DANTAS, Maria Aparecida C. de Oliveira. Gêneros orais e ensino: entre o dito e o prescrito.
Linha d’Água (on-line), São Paulo, v. 28, n. 2, p. 137-153, dez. 2015. Disponível em: <https://bit.ly/2PZHKFU>. Acesso
em: 13 out. 2018.
• SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org.: Roxane Rojo e Glaís Sales
Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
• TEIXEIRA, Lucia. Gêneros orais na escola. Bakhtiniana, São Paulo, 7 (1), p. 240-252, jan./jun. 2012. Disponível em:
<https://bit.ly/2z8CtVh>. Acesso em: 13 out. 2018.
XII
O Eixo Leitura compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa do leitor/
ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação, sendo
exemplos as leituras para: fruição estética de textos e obras literárias; pesquisa e embasamento de
trabalhos escolares e acadêmicos; realização de procedimentos; conhecimento, discussão e debate
sobre temas sociais relevantes; sustentar a reivindicação de algo no contexto de atuação da vida
pública; ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais, dentre outras
possibilidades. (BRASIL, 2017, p. 69)
Leitura [...] é tomada em um sentido mais amplo, dizendo respeito não somente ao texto escrito,
mas também a imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama) ou em mo-
vimento (filmes, vídeos etc.) e ao som (música), que acompanha e cossignifica em muitos gêneros
digitais. (BRASIL, 2017, p. 70).
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o trabalho de leitura, leia os seguintes livros:
• BRAGGIO, Sílvia Lúcia Bigonjal. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à sociopsicolinguística. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1992.
• FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Associados/Cortez, 1982.
• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schiling. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.
2
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2003.
3
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org.: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas:
Mercado de Letras, 2004.
XIII
“[...] Assim, atividades de interpretação escrita de textos são também atividades de produção de
textos, atividades de interpretação oral de textos são também atividades de linguagem oral, atividades
de leitura e atividades de reflexão sobre a língua estão presentes nas atividades de produção de texto,
exercícios de vocabulário são também exercícios de reflexão sobre a língua [...]. A separação das ativi-
dades deve, pois, ser considerada como apenas uma estratégia de organização didática do processo
de ensino-aprendizagem”.6
Entendemos que ler e interpretar textos verbais e não verbais é uma atividade realizada nas mais diferen-
tes circunstâncias e que, por isso, estabelecer um caminho único de procedimentos seria insuficiente. Uma
organização metodológica é necessária, contudo, para que possamos determinar uma progressão dos níveis
de leitura e letramento a serem desenvolvidos nos alunos.
4
CONDEMARÍN, Mabel et al. Oficina de linguagem: módulos para desenvolver a linguagem oral e escrita. São Paulo: Moderna, 1999.
5
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor. Campinas: Pontes, 1999.
6
SOARES, Magda. Português: uma proposta para o letramento. São Paulo: Moderna, 2004.
XIV
“O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e que possa ir construindo
uma ideia sobre seu conteúdo, extraindo dele o que lhe interessa, em função dos seus objetivos.
Isto só pode ser feito mediante uma leitura individual, precisa, que permita o avanço e o retrocesso,
que permita parar, pensar, recapitular, relacionar a informação com o conhecimento prévio, formular
perguntas, decidir o que é importante e o que é secundário. É um processo interno, mas deve ser
ensinado.”8
A função do professor é, pois, avaliar os procedimentos de busca de sentido que os alunos já utilizam e
incorporá-los à prática de leitura em sala de aula, contribuindo para ampliar as capacidades deles nessa área,
por meio de um trabalho mais sistematizado de ensino de variadas estratégias. As propostas de atividades
desta coleção pretendem auxiliar o professor nesse sentido.
Variadas são também as modalidades didáticas de leitura. Além da leitura silenciosa e em voz alta, bas-
tante praticadas em sala de aula, sugerimos:
• leitura dramatizada: encontro entre a expressão verbal e a não verbal na construção do sentido de um
texto. Contribui para a desinibição do aluno, para a expressão de seus sentimentos, para o desenvolvi-
mento da inteligência corporal;
• leitura dirigida: solicitar, por exemplo, que o aluno leia o trecho de que mais gostou, que mais o emo-
cionou, que lhe transmitiu determinada ideia etc.;
• leitura interrompida: trata-se de interromper a leitura para fazer um questionamento a respeito das
ideias e das características do discurso até então apresentado que possibilite ir atribuindo sentido ao
que se está lendo. Trata-se de uma prática importante, principalmente quando se está lendo um texto
razoavelmente longo.
Além disso, os alunos precisam de bons modelos de leitores. Daí a importância da leitura em voz alta feita
pelo professor em diversas situações de todos os anos do Ensino Fundamental. Portanto, organize sempre
previamente as atividades de leitura do capítulo e escolha a modalidade de leitura de acordo com a inten-
cionalidade, lembrando que “a leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim”9. Ao planejar
o trabalho, tenha clareza dos objetivos de cada procedimento e explicite isso para os alunos no momento
da pré-leitura: “Ler para quê?”; “Para se divertir, para localizar informações, para saber mais, para tirar dúvi-
das?”; “Ler para escrever, ler para aprender a montar alguma coisa, para identificar a intenção do escritor e
construir e re(construir) significados?”; “Ler para descobrir o que deve ser feito ou ler para revisar, buscando
erros e inadequações?”.
Salientamos a necessidade de, ao se elaborarem os planejamentos, não se perderem de vista as habili-
dades anunciadas na BNCC a serem desenvolvidas no ensino de Língua Portuguesa. As atividades de leitura
devem estimular o prazer e a fruição do ato de ler, habilitando o aluno a perceber a proposta do texto e sua
intencionalidade, dotando-o da capacidade autônoma de compreensão e interpretação. Mas, como diz Isabel
Solé10, “é preciso distinguir situações em que ‘se trabalha’ a leitura e situações em que simplesmente ‘se lê’.
Na escola, ambas deveriam estar presentes (a leitura deve ser avaliada como instrumento de aprendizagem,
informação e deleite).”.
“Para tornar os alunos bons leitores – para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o
gosto e o compromisso com a leitura –, a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler
(e também ler para aprender) requer esforço. Precisará fazê-los achar que a leitura é algo interessante
e desafiador, algo que, conquistado plenamente, dará autonomia e independência. Precisará torná-los
confiantes, condição para poderem se desafiar a ‘aprender fazendo’. Uma prática de leitura que não
desperte e cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente.”11
7
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schiling. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
8
Idem. Ibidem.
9
Idem. Ibidem.
10
Idem. Ibidem.
11
Idem. Ibidem.
XV
Antes da leitura
• Levantamento de hipóteses, previsão, ativação dos conhecimentos prévios.
Durante a leitura
• Atividades de leitura compartilhada.
• Formulação de previsões sobre o texto lido.
• Formulação de perguntas sobre o que foi lido.
• Esclarecimento de possíveis dúvidas sobre o texto.
• Resumo das ideias do texto.
• Avaliação e construção de novas previsões.
Depois da leitura
• Identificação do tema (De que trata o texto?), da ideia principal (O que o texto nos diz de mais im-
portante?), elaboração de resumo, formulação de perguntas e/ou respostas sobre o texto.
12
Idem. Ibidem.
XVI
“A fim de trabalhar a interferência lexical, faz-se necessária, por parte do professor, uma análise
cuidadosa do vocabulário do texto antes de ensiná-lo, a fim de determinar, mediante essa análise pré-
-pedagógica, quais palavras provavelmente desconhecidas pelo aluno são inferíveis a partir do contex-
to, quais não são inferíveis e quais precisam de uma definição também não contextualizada, porém,
mais exata.”
“Analisar o contexto à procura de pistas implica ensinar, ao mesmo tempo, a fazer uma leitura não
linear; isto é, continuar a leitura ainda quando houver incompreensão momentânea, inclusive voltando
para trás, relendo, pois o contexto pode elucidar o problema.”
“Se usado com cautela, o ensino da inferência lexical pode ser uma excelente prática para o aluno
na sua aprendizagem de vocabulário. A cautela deve ser exercida em relação aos dois extremos pos-
síveis neste processo de aprendizagem de léxico: por um lado, não é preciso inferir conscientemente
tudo aquilo que desconhecemos; muitas vezes o nosso desconhecimento passa despercebido e só
se precisamos do conceito que essa palavra traz para resolver alguma contradição percebemos sua
presença (daí que a atividade deva ser limitada àquelas palavras que o próprio aluno questionar e não
às que o professor acha que ele desconhece e deve conhecer); por outro lado, também não é reco-
mendável nem desejável inferir tudo aquilo que pode ser inferido, pois muitas vezes um significado
aproximado é insuficiente para a compreensão.”
“Assim, o ensino da inferência lexical como uma das formas de aprender novas palavras é uma
proposta válida quando ela está aliada a um bom programa de ensino de redação, que apresente o ou-
tro lado da questão, isto é, que significados aproximados não bastam para nos expressarmos, que as
palavras devem ser o retrato mais fiel possível do conceito que queremos expressar, a fim de evocar
conceito semelhante no nosso interlocutor.”
Procuramos seguir esses pressupostos, elaborando ou sugerindo atividades que promovam esse tipo de
trabalho com o vocabulário. Quando não o fizemos, é porque deixamos propositalmente esse espaço para o
professor exercer a sua autonomia, a sua capacidade de construir atividades que levem em conta o contexto
em que o aluno se insere, ajudando-o no estabelecimento de um diálogo efetivo com o texto.
13
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
XVII
As atividades de escrita compartilhada são indicadas na coleção por favorecerem a colaboração e o co-
leguismo entre os alunos. Na formação de duplas ou grupos para elaborar um texto, em alguns momentos
se faz importante reunir alunos que estejam em estágios diferentes de desenvolvimento. Essa estratégia
proporciona que as contribuições se entrelacem.
É preciso, também, que o aluno tenha claro qual é o gênero a ser produzido e qual será o assunto a ser
tratado no texto. Preparar-se para a escrita implica reunir informações referentes ao tema escolhido, discutir
os modos de usar essas informações no texto – aspecto já relacionado ao gênero escolhido –, pensar na
estrutura do texto a ser produzido – característica do gênero –, decidir-se por um leitor específico – “Quem
será o possível leitor do texto que vou produzir?” –, escolher o espaço de circulação do texto.
Na revisão e reescrita, o aluno vai revisitar seu texto para modificá-lo, inserindo enunciados ou eliminando
outros, aprimorando suas escolhas, sejam de natureza fraseológica, sintática, morfológica ou semântica. Há
também outras etapas, como publicação ou apresentação para os colegas.
XVIII
Costumamos dizer que um dos objetivos centrais da produção de textos é o de tornar os alunos auto-
corretores dos próprios textos, dando-lhes autonomia. Daí a importância da prática de refação (reescrita).
Será reescrevendo, revendo o que escreveu, reformulando as ideias, substituindo palavras, adequando-as à
variedade exigida pelo contexto, que o estudante conseguirá melhorar a própria produção.
Esta coleção apresenta algumas sugestões nesse sentido, com o intuito de orientar os professores e
alunos a realizar essa tarefa, pressupondo que esses conhecimentos serão utilizados em outros momentos
que não sejam direcionados pelo livro didático.
O processo de refação de um texto pode ser estimulado pelo professor de diversas formas. Algumas
possibilidades são a leitura oral de uma produção do aluno, acompanhada de observações do professor
e do aluno, ou a troca do material entre duplas de estudantes, a fim de que um possa fazer comentários
a respeito da produção do outro e, assim, permitir que alunos mais tímidos se manifestem e deem a sua
preciosa contribuição. Outra sugestão é que você transcreva no quadro de giz alguns trechos selecionados
de textos produzidos pelos alunos e previamente corrigidos. Nesse caso, escolha um ou dois aspectos de
maior destaque nos textos selecionados para a atividade e faça um trabalho de reflexão com a turma sobre
os problemas assinalados, sem se esquecer de chamar a atenção dos alunos para as características positivas
das produções.
XIX
Pai
O meu Pai é um grande trabalhador, um homem legál e amoroso em seu atos, que sempre tem a razão.
Eu adoro o jeito divertido dele.
14
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cor-
deiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
XX
Como se poderia usar esse texto para um trabalho de reescrita coletiva, por exemplo?
O mais adequado seria escolher um ou dois aspectos como objeto de reflexão. Por exemplo: o emprego
do pronome como elemento articulador, como forma de evitar a repetição de palavras, e a acentuação. Es-
colhidos esses dois aspectos, reproduza no quadro de giz (ou em um retroprojetor) o texto do aluno, após
fazer as devidas correções dos outros problemas apresentados na produção que não serão estudados nesse
momento.
Depois de chamar a atenção dos alunos para os aspectos positivos do texto (clareza e riqueza de ideias,
emprego adequado dos adjetivos, emprego dos sinais de pontuação etc.), questione-os a respeito do uso do
pronome pessoal, responsável pela retomada do sujeito da oração anterior.
Pergunte-lhes sobre a importância de empregar esse pronome para melhor encadear as ideias, evitando
repetições de palavras. Solicite a opinião deles sobre a adequação ou não desse uso no texto analisado. Eles
poderão verificar que há mais aspectos positivos do que negativos na produção. É preciso chamar a atenção
para isso. No entanto, auxilie-os a perceber a necessidade de enxugar mais o texto, ou seja, usar menos
palavras para expressar uma ideia (reveja o trecho em que o autor da redação fala em confiança como um
exemplo disso), e assim empregar um número menor de vezes o pronome ele. Ajude-os a verificar que,
em determinadas frases, o sujeito da oração (ele) pode ficar oculto, pois está subentendido, em razão das
articulações anteriores.
É interessante sugerir aos alunos que reescrevam o texto, respeitando os pensamentos do autor,
modificando apenas o que for necessário para melhorar a coesão textual.
Quanto à acentuação, se foi escolhido trabalhar também esse aspecto, haverá mais observações positi-
vas do que negativas a serem feitas. Chame a atenção dos alunos para isso, questionando-os sobre o assun-
to: desafie-os a descobrir quais as acentuações corretas e quais as incorretas, estimulando-os a buscarem as
justificativas para essas respostas nas regras de acentuação. Elas poderão ser pesquisadas no próprio livro
ou no Apêndice. Ou, melhor ainda, poderão ser construídas com os alunos, no quadro de giz, usando-se os
exemplos do texto. Depois disso, fixe as regras no mural da sala, em um lugar bem visível para que possam
sempre ser consultadas.
A respeito do lugar que ocupa a revisão ortográfica nas refações textuais, consideramos, como Dolz e
Schneuwly15, que “em ortografia, como em sintaxe, os problemas encontrados pelos alunos não podem
ser relacionados aos gêneros. Mesmo que certas unidades linguísticas sejam mais frequentes em certo
gênero e possam, dessa maneira, favorecer mais facilmente grafias incorretas, as regras ortográficas são
as mesmas em todos os textos”. Pautados por esse pensamento, julgamos importante que o trabalho com
ortografia ocorra após um diagnóstico dos problemas ortográficos mais frequentes nos textos dos alunos.
Além disso, propiciar a prática da escrita constante, em diferentes situações de comunicação, é condição
para que o aluno, diante das ocorrências de problemas ortográficos em seu texto, possa construir as próprias
hipóteses para depois refletir sobre elas e compará-las aos padrões ortográficos da língua.
A análise dessas ocorrências poderá ser feita pelas regularidades e irregularidades da língua ou pela relei-
tura dos textos produzidos sob a luz de obras de referência, como dicionários, manuais ortográficos e mode-
los de conjugação verbal. O professor também pode preparar uma ficha do aluno, que consista numa espécie
de inventário de problemas e soluções ortográficas, em que o próprio aluno registre palavras ou construções
de frases a serem reelaboradas. Esses registros permitem que o aluno-autor verifique as dificuldades que
ainda permanecem, aquelas que já superou, as novas ocorrências. Esse material se constitui num conjunto
de dados a serem considerados pelo professor, que pode, com base neles, proceder a reflexões e análises
das ocorrências comuns mais recorrentes no grupo.
15
Idem. Ibidem.
XXI
16
Idem. Ibidem.
XXII
XXIII
Para aprimorar seus conhecimentos sobre o ensino da gramática na Educação Básica e entrar em contato com discussões
relevantes sobre essa questão, sugerimos os livros a seguir.
• BECHARA, Evanildo. Ensino de gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo: Ática, 1991.
• MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012 (Como eu ensino).
• NÓBREGA, Maria José. Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2013. (Como eu ensino).
• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Na trilha da gramática: conhecimento linguístico na alfabetização e letramento. São Paulo:
Cortez, 2013.
A escolha por esses campos, de um conjunto maior, deu-se por se entender que eles contemplam
dimensões formativas importantes de uso da linguagem na escola e fora dela e criam condições para
uma formação para a atuação em atividades do dia a dia, no espaço familiar e escolar, uma formação
que contempla a produção do conhecimento e a pesquisa; o exercício da cidadania, que envolve, por
exemplo, a condição de se inteirar dos fatos do mundo e opinar sobre eles, de poder propor pautas
de discussão e soluções de problemas, como forma de vislumbrar formas de atuação na vida pública;
uma formação estética, vinculada à experiência de leitura e escrita do texto literário e à compreensão
e produção de textos artísticos multissemióticos. (BRASIL, 2017, p. 82)
As fronteiras entre os campos podem ser tênues, pois alguns gêneros transitam em vários campos. Por
exemplo, uma resenha crítica pode pertencer ao campo jornalístico-midiático e também ao campo de prá-
ticas de estudo e pesquisa. Uma reportagem pode pertencer ao campo jornalístico-midiático e também ao
campo de atuação na vida pública. É importante considerar que os campos se interseccionam de diferentes
maneiras.
A seguir, leia o descritivo de cada campo de atuação segundo a BNCC:
CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO
Trata-se, em relação a este Campo, de ampliar e qualificar a participação das crianças, adolescen-
tes e jovens nas práticas relativas ao trato com a informação e opinião, que estão no centro da esfera
jornalística/midiática. Para além de construir conhecimentos e desenvolver habilidades envolvidas na
escuta, leitura e produção de textos que circulam no campo, o que se pretende é propiciar experiências
que permitam desenvolver nos adolescentes e jovens a sensibilidade para que se interessem pelos
fatos que acontecem na sua comunidade, na sua cidade e no mundo e afetam as vidas das pessoas,
incorporem em suas vidas a prática de escuta, leitura e produção de textos pertencentes a gêneros da
esfera jornalística em diferentes fontes, veículos e mídias, e desenvolvam autonomia e pensamento
crítico para se situar em relação a interesses e posicionamentos diversos e possam produzir textos
noticiosos e opinativos e participar de discussões e debates de forma ética e respeitosa.
XXIV
Trata-se, neste Campo, de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao
debate de ideias e à atuação política e social, por meio do(a):
– compreensão dos interesses que movem a esfera política em seus diferentes níveis e instâncias,
das formas e canais de participação institucionalizados, incluindo os digitais, e das formas de parti-
cipação não institucionalizadas, incluindo aqui manifestações artísticas e intervenções urbanas;
– reconhecimento da importância de se envolver com questões de interesse público e coletivo e com-
preensão do contexto de promulgação dos direitos humanos, das políticas afirmativas, e das leis de
uma forma geral em um estado democrático, como forma de propiciar a vivência democrática em
várias instâncias e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma
vida digna tanto quanto eu tenho);
– desenvolvimento de habilidades e aprendizagem de procedimentos envolvidos na leitura/escuta e
produção de textos pertencentes a gêneros relacionados à discussão e implementação de propos-
tas, à defesa de direitos e a projetos culturais e de interesse público de diferentes naturezas.
Envolvem o domínio de gêneros legais e o conhecimento dos canais competentes para questio-
namentos, reclamação de direitos e denúncias de desrespeitos a legislações e regulamentações e a
direitos; de discussão de propostas e programas de interesse público no contexto de agremiações,
coletivos, movimentos e outras instâncias e fóruns de discussão da escola, da comunidade e da cidade.
Trata-se também de possibilitar vivências significativas, na articulação com todas as áreas do currí-
culo e com os interesses e escolhas pessoais dos adolescentes e jovens, que envolvam a proposição,
desenvolvimento e avaliação de ações e projetos culturais, de forma a fomentar o protagonismo juvenil
de forma contextualizada.
Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros já considerados em
outras esferas – como discussão oral, debate, palestra, apresentação oral, notícia, reportagem, artigo
de opinião, cartaz, spot, propaganda (de campanhas variadas, nesse campo inclusive de campanhas po-
líticas) – e de outros, como estatuto, regimento, projeto cultural, carta aberta, carta de solicitação, carta
de reclamação, abaixo-assinado, petição on-line, requerimento, turno de fala em assembleia, tomada
de turno em reuniões, edital, proposta, ata, parecer, enquete, relatório etc., os quais supõem o reco-
nhecimento de sua função social, a análise da forma como se organizam e dos recursos e elementos
linguísticos e das demais semioses envolvidos na tessitura de textos pertencentes a esses gêneros.
Em especial, vale destacar que o trabalho com discussão oral, debate, propaganda, campanha e
apresentação oral podem/devem se relacionar também com questões, temáticas e práticas próprias do
campo de atuação na vida pública. Assim, as mesmas habilidades relativas a esses gêneros e práticas
propostas para o Campo jornalístico/midiático e para o Campo das práticas de ensino e pesquisa devem
ser aqui consideradas: discussão, debate e apresentação oral de propostas políticas ou de solução para
problemas que envolvem a escola ou a comunidade e propaganda política. Da mesma forma, as habili-
dades relacionadas à argumentação e à distinção entre fato e opinião também devem ser consideradas
nesse campo.
XXV
Trata-se de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao estudo e à pesqui-
sa, por meio de:
– compreensão dos interesses, atividades e procedimentos que movem as esferas científica, de di-
vulgação científica e escolar;
– reconhecimento da importância do domínio dessas práticas para a compreensão do mundo físico e
da realidade social, para o prosseguimento dos estudos e para formação para o trabalho; e
– desenvolvimento de habilidades e aprendizagens de procedimentos envolvidos na leitura/escuta
e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados ao estudo, à pesquisa e à divulgação
científica.
Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros como apresenta-
ção oral, palestra, mesa-redonda, debate, artigo de divulgação científica, artigo científico, artigo de
opinião, ensaio, reportagem de divulgação científica, texto didático, infográfico, esquemas, relatório,
relato (multimidiático) de campo, documentário, cartografia animada, podcasts e vídeos diversos de
divulgação científica, que supõem o reconhecimento de sua função social, a análise da forma como
se organizam e dos recursos e elementos linguísticos das demais semioses (ou recursos e elementos
multimodais) envolvidos na tessitura de textos pertencentes a esses gêneros.
Trata-se também de aprender, de forma significativa, na articulação com outras áreas e com os pro-
jetos e escolhas pessoais dos jovens, procedimentos de investigação e pesquisa. Para além da leitura/
escuta de textos/produções pertencentes aos gêneros já mencionados, cabe diversificar, em cada ano
e ao longo dos anos, os gêneros/produções escolhidos para apresentar e socializar resultados de pes-
quisa, de forma a contemplar a apresentação oral, gêneros mais típicos dos letramentos da letra e do
impresso, gêneros multissemióticos, textos hipermidiáticos, que suponham colaboração, próprios da
cultura digital e das culturas juvenis.
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
O que está em jogo neste campo é possibilitar às crianças, adolescentes e jovens dos Anos Finais
do Ensino Fundamental o contato com as manifestações artísticas e produções culturais em geral, e
com a arte literária em especial, e oferecer as condições para que eles possam compreendê-las e frui-
-las de maneira significativa e, gradativamente, crítica. Trata-se, assim, de ampliar e diversificar as prá-
ticas relativas à leitura, à compreensão, à fruição e ao compartilhamento das manifestações artístico-
-literárias, representativas da diversidade cultural, linguística e semiótica, por meio:
– da compreensão das finalidades, das práticas e dos interesses que movem a esfera artística e a
esfera literária, bem como das linguagens e mídias que dão forma e sustentação às suas manifes-
tações;
– da experimentação da arte e da literatura como expedientes que permitem (re)conhecer diferentes
maneiras de ser, pensar, (re)agir, sentir e, pelo confronto com o que é diverso, desenvolver uma
atitude de valorização e de respeito pela diversidade;
– do desenvolvimento de habilidades que garantam a compreensão, a apreciação, a produção e o
compartilhamento de textos dos diversos gêneros, em diferentes mídias, que circulam nas esferas
literária e artística.
Para que a experiência da literatura – e da arte em geral – possa alcançar seu potencial transfor-
mador e humanizador, é preciso promover a formação de um leitor que não apenas compreenda os
sentidos dos textos, mas também que seja capaz de frui-los. Um sujeito que desenvolve critérios de
escolha e preferências (por autores, estilos, gêneros) e que compartilha impressões e críticas com
outros leitores-fruidores.
A formação desse leitor-fruidor exige o desenvolvimento de habilidades, a vivência de experiências
significativas e aprendizagens que, por um lado, permitam a compreensão dos modos de produção,
circulação e recepção das obras e produções culturais e o desvelamento dos interesses e dos conflitos
que permeiam suas condições de produção e, por outro lado, garantam a análise dos recursos linguís-
ticos e semióticos necessária à elaboração da experiência estética pretendida.
XXVI
3. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A metodologia desenvolvida nesta coleção está assentada em quatro bases: pensar, sentir, trocar e fazer,
de modo crítico, criativo, significativo, solidário e prazeroso.
A seguir, seus pressupostos:
• Ações pedagógicas, pautadas na construção do conhecimento, de forma crítica, engajada na realidade,
de modo a privilegiar a relação teoria-prática na busca da apreensão das diferentes nuanças do saber.
• Espaço de aprendizagem que vê professor e aluno como parceiros na construção do saber sistematiza-
do, cabendo ao professor articular as diversas fontes de conhecimento, relacionar teoria e prática, ciên-
cia e cotidianidade, dando maior coerência, maior visão de conjunto ao estudo dos múltiplos fragmentos
que estão postos no acervo de conhecimentos da humanidade, sobre os quais o aluno terá contato.
• Estabelecimento de uma relação dialógica em que o aluno, em conjunto com o professor e seus cole-
gas, exerça a prática de refletir (sobre seu modo de pensar, reconhecer, situar, problematizar, verificar,
refutar, especular, relacionar, relativizar, atribuir historicidade etc.), com o objetivo de construir coletiva-
mente o conhecimento.
• Reconhecimento da importância do princípio da transversalidade, que rejeita a concepção de conheci-
mento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado. Essa abordagem busca estabelecer
analogias entre aprender sobre a realidade e aprender na realidade e da realidade e procura integrar os
componentes curriculares, as áreas de conhecimento e os temas contemporâneos.
• Valorização de práticas interdisciplinares, uma vez que o conhecimento produzido em qualquer área,
por mais amplo que seja, representa apenas um modo parcial e limitado de ver a realidade. As diversas
ciências se prendem umas às outras por vínculos de profunda afinidade. Tudo está relacionado: causas,
problemas e soluções. Daí a importância da instauração de diálogo entre as várias disciplinas em busca
dessas afinidades.
• Valorização do conhecimento prévio do aluno. Cabe ao professor orientá-lo no caminho da apreensão e
construção crítica do saber, e não transmitir conhecimento de forma passiva, como um objeto acabado,
inquestionável.
• Desenvolvimento da “pedagogia do por que”, ou seja, de uma postura questionadora, de uma prática de
confronto que exige do professor:
- dar significado a um objeto de conhecimento para que o aluno se interesse em debruçar-se sobre ele
a fim de entender o seu valor e articulá-lo com outros saberes;
- lançar desafios aos alunos, exigindo deles empenho e dedicação às resoluções dos problemas levan-
tados, estimulando a não se limitarem a respostas baseadas apenas no senso comum;
- incentivar os alunos a buscar as respostas para os “por que” e “para que” por meio de questiona-
mentos, pesquisas e intercâmbios;
- colocar-se na posição de mediador da relação alunos-objeto de conhecimento, de facilitador da
aprendizagem, de eterno aprendiz, tendo consciência de que não é “o dono do saber”, e não lhe
cabe transmiti-lo como algo inquestionável. Primeiro, porque não existe um “saber”, mas “saberes”,
que não são dados, mas conquistados pela ação de processar informações.
XXVII
Para a prática pedagógica, buscamos suporte teórico nos estudos de Lev Vigotski (1896-1934), pensador
russo que se dedicou, entre outros temas, a estudos sobre a origem cultural das funções psíquicas superio-
res do ser humano.
Um de seus pressupostos fundamentais é que o ser humano torna-se um ser humano pela interação
social. Para ele, a cultura molda o seu funcionamento psicológico. Segundo La Taille:
“Na sua relação com o mundo, mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos cultural-
mente, o ser humano cria as formas de ação que o distinguem de outros animais. Sendo assim, a
compreensão do desenvolvimento psicológico não pode ser buscada em propriedades naturais do
sistema nervoso. Vigotski rejeitou, portanto, a ideia de funções mentais fixas e imutáveis, trabalhando
com a noção de cérebro como um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de
funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual.”17
Em outras palavras, as funções psicológicas especificamente humanas se originam nas relações do indi-
víduo em seu contexto cultural e social, uma vez que ele internaliza os modos historicamente determinados
e culturalmente organizados de operar com informações por meio das mediações simbólicas, isto é, siste-
mas de representação da realidade, destacando especialmente a linguagem. Vigotski considera, portanto,
a cultura como parte constitutiva da natureza humana e propõe que se estudem as mudanças que ocorrem
no desenvolvimento mental a começar da inserção do sujeito num determinado contexto cultural, de sua
interação com os membros de seu grupo e de suas práticas sociais.
Dessa forma, “diferentes culturas produzem modos diversos de funcionamento psicológico. Grupos cul-
turais que não dispõem da ciência como forma de construção de conhecimento não têm, por definição,
acesso aos chamados conceitos científicos. Assim sendo, os membros desses grupos culturais funcionariam
intelectualmente com base em conceitos espontâneos, gerados nas situações concretas e nas experiências
pessoais”.18
Com base nas análises sobre a diversidade de apropriação do mundo simbólico, o eixo básico dos estu-
dos começa a deslocar-se dos indivíduos para os grupos sociais nos quais eles estão integrados. Os olhares
voltam-se para as mediações, entendidas como conjunto de influências que estruturam o processo de apren-
dizagem e seus resultados, provenientes tanto da mente do sujeito como de seu contexto social, econômi-
co, cultural – de sua procedência geográfica, de seu bairro, de seu trabalho, de acontecimentos que se dão
no próprio lar do sujeito.
Vigotski define cultura como uma espécie de palco de negociações. Seus membros estão em um cons-
tante movimento de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significados. Considera, assim,
a vida social como um processo dinâmico, em que cada sujeito é ativo e no qual acontece a interação entre
o mundo cultural e o mundo subjetivo de cada um.
Dentro dessa visão, a relação professor e aluno, aluno e aluno é de extrema importância. De acordo com
as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica, os professores, cada vez mais, “[...] devem deixar
de ser transmissores de conhecimentos para serem mediadores [...]”19. O papel do professor como media-
dor entre o conhecimento prévio do aluno e o saber científico é fundamental para que ele possa construir e
reconstruir conhecimentos significativos para sua atuação e transformação da realidade.
Outra referência de suporte para a produção desta obra é Mikhail Bakhtin (1895-1975), pensador russo
que considera que o sujeito apreende e constrói a realidade, dá sentido ao seu viver por meio de sua relação
social com o outro, e isso vem permeado pela linguagem. Portanto, o social é responsável pela construção
da linguagem – elemento essencial na construção do conhecimento.
17
LA TAILLE, Yves de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
18
Idem. Ibidem.
19
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
XXVIII
20
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979.
21
Idem. Ibidem.
22
KATO, Mary. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. São Paulo: Ática, 1986.
23
KLEIMAN, Angela (Org.). Os significados do letramento. Campinas: Mercado das Letras, 1995.
24
SOARES, Magda. Letramento: um texto em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
XXIX
25
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001.
26
KLEIMAN, Angela B.; MORAES, Silvia E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado
de Letras, 1999.
27
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2003.
28
Idem. Ibidem.
29
Idem. Ibidem.
30
ROJO, Roxane; BARBOSA, Jaqueline P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial,
2015.
XXX
O texto é ora ponto de partida, ora ponto de chegada na maior parte dos trabalhos propostos nesta cole-
ção. A unidade básica de ensino certamente é o texto, mas “isso não significa que não se enfoquem palavras
ou frases nas situações didáticas específicas que o exijam.”32
O aluno é convidado a ler e a produzir não só textos escritos, mas também orais de maneira ativa, interati-
va e criativa. O professor é convidado a ser o mediador de todo esse processo, intervindo em seu desenvolvi-
mento sempre que se fizer necessário, por meio das dúvidas levantadas pelos alunos, das análises coletivas
realizadas, das produções individuais ou em grupo, das observações individuais expressas por escrito ou
apresentadas oralmente ao produtor de um determinado texto etc.
Além dos conceitos apresentados, consideramos importante a reflexão sobre o trabalho com gêneros.
3.1.4. Gêneros
Quando o aluno, ou qualquer pessoa, fala ou escreve em determinada situação de comunicação, está pro-
duzindo textos em diferentes gêneros. Diferentes teóricos, como Bakhtin, Maingueneau, Dolz, Schneuwly e
Marcuschi, ocuparam-se do estudo desse conceito, tanto do ponto de vista teórico quanto da sua aplicação
escolar.
O desafio desta coleção é apresentar o estudo desse tema, considerando que, mesmo tendo o aluno cer-
ta capacidade para lidar com os gêneros, já que são meios pelo qual ele se comunica no cotidiano, é sempre
possível aprimorar essa capacidade por meio de estudos acerca dos elementos que os caracterizam. Para
isso, esta obra considerará os gêneros nos seus aspectos sociocomunicativos e funcionais. Foram conside-
rados os aspectos formais que os constituem, assim como as características estruturais e linguísticas dos
textos falados ou escritos. Entre os elementos sistematizados na obra de Bakhtin, destacamos: o conteúdo
temático, o estilo e a forma composicional dos gêneros, a esfera que determina sua escolha, as necessi-
dades das temáticas, a relação dialógica e a intencionalidade de quem produz um texto oral ou escrito em
determinada situação de comunicação.
Para Bakhtin, cada esfera de atividade humana elabora tipos relativamente estáveis de enunciado: os gê-
neros. Desse modo, acreditamos que, com certa estabilidade, é possível oferecer aos alunos alguns paradig-
mas aos quais possam se reportar. Para Kleiman, é importante apresentar aos alunos “sugestões didáticas
para usos dos textos enquanto exemplares e fonte de referência de um determinado gênero”.33 Com isso
não queremos afirmar que um gênero possa ser aprendido apenas com a imitação de modelos, mas que
esse trabalho precisa permitir uma recriação, uma adequação da produção de um determinado texto a uma
situação social.
Produzem-se textos com as mais diferentes finalidades e para os mais diversos leitores, portanto, essa
ação não pode se constituir meramente em um ato de repetição de modelos. Em contrapartida, sabemos
que o aluno necessita de um ponto de partida, pois, nos termos de Bakhtin “se não existissem os gêneros
31
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel;
BEZERRA, Maria Auxiliadora. (Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
32
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 2, p. 36.
33
KLEIMAN, Angela B. Apresentação. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Org.). Gê-
neros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
XXXI
Desse modo, é importante ressaltar que os gêneros apresentados na obra não são pretexto para o ensino
de determinado conteúdo, mas, eles mesmos, objetos de ensino. Assim, sua escolha e distribuição não são
gratuitas. Isso porque é conhecida a importância da apresentação, aos alunos, de um texto de um determi-
nado gênero, que lhes seja significativo, quando a intenção é que haja um estudo mais aprofundado desse
gênero ou quando se solicita ao aluno que produza um texto de autoria.
34
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2003.
35
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cor-
deiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
36
Idem. Ibidem.
XXXII
4. ESTRUTURA DA OBRA
Esta coleção é composta de quatro volumes, abrangendo do 6o ao 9o ano do Ensino Fundamental. Cada
volume é dividido em quatro unidades, organizadas em torno de uma temática central que faz a tessitura
entre capítulos e seções.
Ao longo dos quatro volumes da coleção, são propostas atividades, divididas em seções e subseções,
que são apresentadas em uma sequência que, de modo geral, se repete em todos os volumes, mas que
pode variar de acordo com os objetivos de cada sequência.
A obra organiza-se em torno das seguintes seções, subseções e boxes. Observe o quadro a seguir.
Trocando ideias
Momento de ouvir
De olho na escrita
Hora da pesquisa
Produção de texto
Na trilha da oralidade
Ampliando horizontes
XXXIII
Prática de leitura
Momento de leitura de textos verbais e não verbais e de desenvolvimento da competência leitora. Antes
do texto, são propostas aos alunos perguntas para explorar o conhecimento prévio, para levantar hipóteses e
fazer inferências em relação ao tema abordado na leitura. No capítulo, haverá várias seções Prática de leitura
e os textos serão numerados como Texto 1, Texto 2 etc.
Glossário
Boxe que apresenta o significado de algumas palavras do texto lido. Geralmente está associado ao texto
da seção Prática de leitura.
Conhecendo o autor
Boxe subordinado ao texto da Prática de leitura que mostra uma pequena biografia do autor.
Linguagem do texto
Subseção subordinada à seção Prática de leitura que analisa aspectos da linguagem do texto lido, sua
construção e forma.
Trocando ideias
Concebendo que o ensino escolar tem (ou deveria ter) um caráter interativo e relacional, esta seção tem
a finalidade de permitir aos alunos a expressão oral de suas ideias a respeito do conteúdo dos textos ou das
situações-problema apresentadas no capítulo.
As questões que a compõem podem ser ponto de partida para discussões mais amplas e, muitas vezes,
abrem espaço para a reflexão sobre temas transversais ou para a mobilização de conhecimentos de outras
áreas e disciplinas.
Assim, além de desenvolver sua capacidade de expressão oral e de argumentação, os alunos podem
refletir sobre sua realidade e posicionar-se diante de questões e temas significativos, estreitando as pontes
entre os saberes escolares e a própria vida.
Momento de ouvir
Seção que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da oralidade, leitura e produção. Isso
porque a escuta envolve diferentes práticas de linguagem, permitindo a relação dos alunos com diferentes
tipos de texto e mídias. Ou seja, o aluno é convidado a um momento de partilha e apreciação no qual terá o
contato com o gênero ampliado, inclusive com diferentes gêneros e práticas da cultura digital.
XXXIV
Aplicando conhecimentos
Subseção que apresenta atividades para que o aluno coloque em prática o conteúdo estudado na seção
Reflexão sobre o uso da língua.
De olho na escrita
Seção que apresenta atividades que visam à reflexão do aluno principalmente sobre as regularidades
da língua em relação à ortografia. Para isso, os alunos farão inferências com palavras retiradas dos textos
estudados. Espera-se auxiliá-los a construir a imagem da escrita de uma palavra, possibilitando a diminuição
gradativa dos erros ortográficos.
Hora da pesquisa
Seção que propõe questões para pesquisa relacionadas ao tema ou aos textos estudados no capítulo.
Seu principal objetivo é propiciar aos alunos possibilidades para desenvolver sua autonomia por meio de
pesquisas orientadas.
Produção de texto
Seção que propõe a produção de texto de um gênero trabalhado em uma das seções Prática de leitu-
ra do capítulo. Além das orientações para a produção, geralmente apresenta um quadro de planejamento,
orientações para a textualização, avaliação e reescrita, além de sugestões para a circulação do texto.
Na trilha da oralidade
Seção destinada ao desenvolvimento de um trabalho mais específico e, ao mesmo tempo, mais amplo a
respeito de como se estabelecem as relações entre o oral e o escrito. Além do reconhecimento das carac-
terísticas gerais dos gêneros orais e sua produção, há também um estudo das características estruturais e
linguísticas do texto falado, sendo um dos exercícios principais o procedimento de retextualização.
Ampliando horizontes
Seção com sugestões de livros, sites, filmes para ampliar as leituras feitas no capítulo.
5. INTERDISCIPLINARIDADE
Segundo as Diretrizes Curriculares para Educação Básica, “pela abordagem interdisciplinar ocorre a trans-
versalidade do conhecimento constitutivo de diferentes disciplinas, por meio da ação didático-pedagógica
mediada pela pedagogia dos projetos temáticos” (BRASIL, 2013, p. 28). Tendo isso em vista, propomos
como uma das possibilidades de ampliação do trabalho desenvolvido nesta coleção a indicação de pesqui-
sas. O professor poderá fazer a seleção, entre as atividades propostas no livro, dos temas significativos e
relevantes para investigações que permitam o desenvolvimento de trabalho interdisciplinar. Algumas indica-
ções encontram-se nas orientações do Manual em U.
XXXV
XXXVI
6. AVALIAÇÃO
No processo educativo, assim como em outros segmentos do cotidiano, o ato de planejar deve estar
fortemente presente. Assim, inserido na escola e no trabalho com os alunos, é necessário realizar um plane-
jamento das atividades, fazendo escolhas e organizando ações, visando a atingir objetivos claros e eficientes.
Dessa forma, podem-se identificar com maior propriedade as correções necessárias no planejamento
elaborado, reorientando procedimentos e métodos utilizados com os alunos, e assim avaliá-los com maior
propriedade durante o processo de ensino-aprendizagem.
Diante disso, pensar sobre “o que” e “para que” avaliar faz parte do planejamento das aulas. Pois quanto
mais você souber quais são os objetivos a serem atingidos em cada etapa e tiver clareza da relevância do
que está trabalhando, dos meios para atingir esses objetivos, mais efetiva e segura será a aprendizagem.
A ação pedagógica é alimentada e orientada pelo processo de avaliação, que tem por finalidade acompa-
nhar e aperfeiçoar os dados resultantes do processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação do aluno, a ser realizada pelo professor e pela escola, é redimensionadora da ação pe-
dagógica e deve assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e
diagnóstica.
A avaliação formativa, que ocorre durante todo o processo educacional, busca diagnosticar as po-
tencialidades do aluno e detectar problemas de aprendizagem e de ensino. A intervenção imediata no
sentido de sanar dificuldades que alguns estudantes evidenciem é uma garantia para o seu progresso
nos estudos. Quanto mais se atrasa essa intervenção, mais complexo se torna o problema de apren-
dizagem e, consequentemente, mais difícil se torna saná-lo.
A avaliação contínua pode assumir várias formas, tais como a observação e o registro das ativida-
des dos alunos, sobretudo nos anos iniciais do Ensino Fundamental, trabalhos individuais, organizados
ou não em portfólios, trabalhos coletivos, exercícios em classe e provas, dentre outros (BRASIL, 2013,
p. 123).
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos alunos diante das
próprias experiências. E, portanto, tal avaliação deve ser entendida como processo contínuo, sistemático,
permanente, que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva perante a realidade concreta.
Tanto o professor quanto o aluno precisam entender o processo educativo como uma ação contínua de
construção e, desse modo, considerar a avaliação formativa como um importante recurso e componente
didático.
Segundo José Carlos Libâneo37 (1994, p. 195): “A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do
trabalho escolar tanto do professor como dos alunos”, assim, a avaliação precisa envolver os sujeitos dos
processos de ensino-aprendizagem para que haja uma prática reflexiva sobre as atividades educacionais
propostas e desenvolvidas com os alunos.
Essa modalidade de avaliação permite organizar e reorganizar o percurso planejado, refletindo sobre
os erros e acertos, principalmente considerando o conhecimento prévio dos alunos sobre os temas
abordados.
XXXVII
37
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
XXXVIII
• É necessário ter conhecimento das competências e habilidades iniciais dos alunos com diferentes difi-
culdades de aprendizagem a fim de compreender seus avanços. Acompanhe-os mais de perto para que
possam, dentro de suas possibilidades, participar ativamente das discussões de seu grupo e na realiza-
ção de tarefas com vistas a desenvolverem, para além das suas competências e habilidades iniciais, as
habilidades e competências propostas para esse capítulo.
• No trabalho com as várias seções, sempre que possível, disponha os alunos em círculo de modo que
todos possam se ver. No caso de interações orais, oriente-os a aguardar sua vez de falar e respeitar as
opiniões dos colegas, mesmo que sejam divergentes.
• Possibilite a participação de alunos com maior dificuldade em interações orais e de compreensão leito-
ra, por meio de perguntas direcionadas a eles, considerando suas capacidades iniciais, mas buscando
promover avanços. Procure validar as contribuições que fizerem e, quando não estabelecerem relação
direta com as discussões, redirecione a participação com outra pergunta ou ofereça exemplos de situa-
ções cotidianas correlatas, próprias do contexto deles.
XXXIX
Falamos e escrevemos por meio de gêneros do discurso. São ordens, pedidos, cumprimentos,
conversas com amigos ou parentes, bilhetes, certas
Todas as nossas falas, sejam cotidianas ou for-
cartas [...] e posts em certos tipos de blog. Por outro
mais, estão articuladas em um gênero de discurso.
lado, há os gêneros secundários, que servem a fina-
Levantamo-nos pela manhã, damos um bom-dia a
lidades públicas de vários tipos, em diversas esferas
nossos filhos; afixamos na geladeira um papel pe-
ou campos de atividades humana e de comunicação.
dindo à diarista que limpe o refrigerador; vemos e
Esses são mais complexos, regularmente se valem
respondemos nossos e-mails. A caminho do traba-
da escrita de uma ou de outra maneira (e, hoje, tam-
lho, passamos na agência bancária para entregar à
bém de outras linguagens) e têm função mais formal
seguradora um formulário assinado de aplicação; ao
e oficial. São relatórios, atas, formulários, notícias,
chegar ao emprego, entregamos o relatório de ven-
anúncios, artigos, romances, telenovelas, noticiários
das solicitado pela chefia e que, mais tarde, vamos
televisivos ou radiofônicos, entre outros. Os gêne-
apresentar em reunião. Se formos professores, ao
ros secundários podem absorver e transformar os
entrar em sala de aula, fazemos a chamada; lemos,
primários em sua composição, assim como a teleno-
com ou para os alunos, uma crônica ou enunciado
vela inclui conversas cotidianas entre seus persona-
de problema matemático que está no livro didáti-
gens na trama.
co ou na apostila/caderno; passamos uma lista de
exercícios com questões e instruções; pedimos uma [...]
redação ou uma opinião sobre um fato controverso ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline P.
para postarmos no blog da turma. Em todas essas Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros
atividades valemo-nos de vários gêneros discursivos discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
– orais e escritos, impressos ou digitais – utilizados
socialmente e típicos de nossa cultura letrada urba- Letramento(s): discussões para a era digital
na: cumprimento, bilhete, mensagem eletrônica, for-
mulário, relatório, apresentação empresarial. Não há como negar que as práticas de leitura e
escrita na contemporaneidade, em sua maioria, são
Os gêneros discursivos permeiam nossa vida di-
mediadas por uma tecnologia digital. Nessa perspec-
ária e organizam nossa comunicação. Nós os conhe-
tiva, pensar em letramento hoje envolve considerar
cemos e utilizamos sem nos dar conta disso. Mas,
a presença das tecnologias digitais em nossas ativi-
geralmente, se sabemos utilizá-los, conseguimos
dades cotidianas.
nomeá-los.
O surgimento da Sociedade da Informação, em
Como escreveu Bakhtin,
que o domínio da informação passou a ser o princi-
O objeto do discurso do falante, seja esse obje- pal “capital de troca”, explica o grande investimento
to qual for, não se torna pela primeira vez objeto do no desenvolvimento de Tecnologias de Informação
discurso em um dado enunciado e um dado falante e Comunicação (TIC): rede de computadores, ban-
não é o primeiro a falar sobre ele. O objeto, por as-
da larga, telefonia móvel, data show e iPads, entre
sim dizer, já está ressalvado, contestado, elucidado
outros. “Acompanhando esse conjunto de avanços,
e avaliado de diferentes modos; nele se cruzam, con-
linguagens desenvolvidas para o uso de meios analó-
vergem e divergem diferentes pontos de vista, vi-
gicos (película fílmica e fita cassete, entre outros) ou
sões de mundo correntes. O falante não é um Adão
impressos migram para meios digitais, permitindo a
bíblico, só relacionado com objetos virgens ainda
integração e hibridização dessas linguagens” (BRA-
não nomeados, aos quais dá nome pela primeira vez
(Bakhtin, 2003 [1952-1953/1979]: 299-300). GA, 2013, p. 39). Posteriormente, a criação das redes
sem fio teve como impacto ampliar a circulação des-
[...] sas novas práticas letradas.
Dessa forma, tudo o que ouvimos e falamos dia- Nota-se que as práticas sociais determinaram o
riamente se acomoda a gêneros discursivos pree-
uso das tecnologias, ou seja, não foi o uso das tec-
xistentes, assim como o que lemos e escrevemos.
nologias que determinou o surgimento da Sociedade
Nossas atividades que envolvem linguagem, desde
da Informação, mas o processo de urbanização e a
as mais cotidianas – como a mais simples saudação
natureza do mercado de trabalho.
– até as públicas (de trabalho, artísticas, científicas,
jornalísticas etc.), se dão por meio da língua/lingua- Trazendo essa discussão para a atualidade, a títu-
gem e dos gêneros que as organizam e estilizam, lo de exemplo, estão os programas interativos, em
possibilitando que façam sentido para o outro. grande difusão na televisão nacional e internacional,
Bakhtin (2003[1952-1953/1979]) chama de gêne- que permitem ao telespectador fazer escolhas, de-
ros primários aqueles que ocorrem em nossas ativi- terminar caminhos, ou seja, participar do processo
dades mais simples, privadas e cotidianas, geralmen- criador. A despeito do conceito de interatividade,
te – mas não necessariamente – na modalidade oral esses programas buscam aproximação com os no-
XL
XLI
XLII
XLIII
O livro a seguir pode constituir valioso apoio ao trabalho com a leitura de obras complementares:
• ROJO, Roxane. Livros em sala de aula: modos de usar. In: CARVALHO, Maria Angélica Freire de; MENDONÇA, Rosa
Helena (Org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
XLIV
XLV
Leitura (EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse
tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.
(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e
propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em
campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos
objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão,
como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses
gêneros.
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas
os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.
(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários,
relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos
utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar
práticas de consumo conscientes.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de
humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de
recursos iconográficos, de pontuação etc.
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e
circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito
ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a
esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando
estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a
ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens,
arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.
(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros
–, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero,
aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das
ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.
(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para
a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do
público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para
internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será
utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.
Oralidade (EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entrevistas,
comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de
interesse pessoal, local ou global e textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs noticiosos, culturais
e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e demonstrando
domínio dos gêneros.
(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/ redesign (esses
três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando
sua adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a
clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como
modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como
postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.
XLVI
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Oralidade (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou
questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social.
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão
polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar
em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a
turma.
Análise (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como
notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que
linguística/
também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar,
Semiótica tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das
entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc.
(EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários,
os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas
lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos,
reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por
exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as
formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos
diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação
de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos
linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
(EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos típicos
da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações
etc.
Leitura (EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos
e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data
– e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos)
e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e analisar efeitos de sentido causados pelo uso
de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como
advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefinidos,
de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de
regulamentação.
Produção de (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida
escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa,
textos
objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros
em questão.
(EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse tipo de demanda na escola
– regimentos e estatutos de organizações da sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens
(grêmio livre, clubes de leitura, associações culturais etc.) – e de regras e regulamentos nos vários âmbitos
da escola – campeonatos, festivais, regras de convivência etc.,levando em conta o contexto de produção e as
características dos gêneros em questão.
XLVII
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Oralidade (EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a
artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações
do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas
de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa
de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a
compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.
(EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como forma
de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou posteriormente,
quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como
diante dos representados).
Análise linguís- (EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/ jurídicos e a
tica/Semiótica gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes
ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação,
posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição
(proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a
compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/
ou fundamentados quando isso for requerido.
Leitura (EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica –
texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia
(impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo,
podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção composicional e
às marcas linguísticas características desses gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão
(e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando
em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades
e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se
criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito
de outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o
conteúdo dos textos.
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.),
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as
informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou
gráficos.
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos
sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico,
esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas,
infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão
desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão.
(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir marginálias
(ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo,
esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo
do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a sistematização de
conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se esse for o caso.
XLVIII
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Produção de (EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as
pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de
textos
estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e
resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica,
verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de
experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que
podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais
acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas,
experimentos científicos e estudos de campo realizados.
(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e
resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico,
infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de
campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de
suas construções composicionais e estilos.
(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto,
programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo
em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.
Oralidade (EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando
em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a
multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também
elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas,
no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala –
memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
(EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado
e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo
possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a
entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.
Análise (EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de palestras, dentre outros,
a construção composicional dos gêneros de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema,
linguística/
apresentação do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas
Semiótica e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento –, os elementos paralinguísticos
(tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –, modulação
de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e
gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação,
sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da
divulgação do conhecimento.
(EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos e
tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens,
inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a
quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais
sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.
(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação
de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos,
relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas,
figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações,
exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título,
contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos
verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação
científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização,
se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação
científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc.,
como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação literal e sua
formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e
dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/amos que”...) e
os elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de
organização de referências bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a
intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.
XLIX
Leitura (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em
textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades,
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada
gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha
lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido
decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades
linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e
percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco
narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico
e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do
uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos
linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação,
rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráficoespacial (distribuição da
mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem
um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se
nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo
professor.
Produção de (EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de
textos aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização
do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e dos
seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as
marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática.
Oralidade (EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização dos personagens, os
aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e
expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o
figurino e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha sonora e
da exploração dos modos de interpretação.
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de
terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não
com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura,
literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos
de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária
escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e
fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto
por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura
ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários
diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas
diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando
os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o
ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais
recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento
em questão.
L
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Análise (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os
recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas,
linguística/
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras
Semiótica de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a
gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais
como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e
os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos,
locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua
função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF67LP01) Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos noticiosos publicados na Web e
vislumbrar possibilidades de uma escrita hipertextual.
(EF67LP02) Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e on-line, sites noticiosos
etc., destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charges, assuntos, temas, debates em foco,
posicionando-se de maneira ética e respeitosa frente a esses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicar
notícias, notas jornalísticas, fotorreportagem de interesse geral nesses espaços do leitor.
(EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes veículos e mídias,
analisando e avaliando a confiabilidade.
(EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse
mesmo fato.
(EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical, topicalização de elementos e
seleção e hierarquização de informações, uso de 3a pessoa etc.
(EF67LP07) Identificar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração
do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
perceber seus efeitos de sentido.
Produção de (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista
textos as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a
partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento
de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas,
consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e
dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual
(no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos).
LI
Produção de (EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com verbo
textos no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos
fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e
produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de
mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem.
(EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e vídeos de apresentação e
apreciação próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay,
detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/
espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural
para analisar – livro, filme, série, game, canção, videoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da busca
de informação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do
elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente
ou da roteirização do passo a passo do game para posterior gravação dos vídeos.
(EF67LP12) Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, podcasts variados e produções e gêneros próprios
das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), que
apresentem/descrevam e/ou avaliem produções culturais (livro, filme, série, game, canção, disco, videoclipe
etc.) ou evento (show, sarau, slam etc.), tendo em vista o contexto de produção dado, as características do
gênero, os recursos das mídias envolvidas e a textualização adequada dos textos e/ou produções.
(EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos publicitários, levando em conta o contexto de produção dado,
explorando recursos multissemióticos, relacionando elementos verbais e visuais, utilizando adequadamente
estratégias discursivas de persuasão e/ou convencimento e criando título ou slogan que façam o leitor
motivar-se a interagir com o texto produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão.
Oralidade (EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se pretende conseguir, porque
aquele entrevistado etc.), levantar informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em
questão, preparar o roteiro de perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados
com o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado e formulando outras
perguntas a partir das respostas dadas e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma
edição escrita do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e
garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
Leitura (EF67LP15) Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem como as circunstâncias de sua
aplicação, em artigos relativos a normas, regimentos escolares, regimentos e estatutos da sociedade civil,
regulamentações para o mercado publicitário, Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de Trânsito,
ECA, Constituição, dentre outros.
(EF67LP16) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de solicitações (tais como
ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação),
bem como de textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de
reclamação, solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses
textos em casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus
membros como forma de se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.
(EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de solicitação e
de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em
geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou
menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas relacionadas
à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas
como essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em situações que envolvam
questões relativas à escola, à comunidade ou a algum dos seus membros.
(EF67LP18) Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua sustentação, explicação ou justificativa,
de forma a poder analisar a pertinência da solicitação ou justificação.
Leitura (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e
abertas.
Produção de (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação
científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
textos
(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o uso adequado de paráfrases e
citações.
LII
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
(EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e
hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões
pessoais ou outros objetivos em questão.
Análise (EF67LP25) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do geral para o específico, do específico
linguística/ para o geral etc.), as marcas linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de
Semiótica explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de maneira a organizar
mais adequadamente a coesão e a progressão temática de seus textos.
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Leitura (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema,
teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos
temas, personagens e recursos literários e semióticos.
(EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações cênicas e a organização do
texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista, universos de referência.
Produção de (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor,
textos narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens
realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais
como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de
fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os
discursos direto e indireto.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando
recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-
poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual)
e outros recursos visuais e sonoros.
Análise (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.
linguística/
(EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.
Semiótica
(EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação.
(EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros
recursos expressivos adequados ao gênero textual.
(EF67LP37) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos linguístico-
discursivos de prescrição, causalidade, sequências descritivas e expositivas e ordenação de eventos.
(EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como comparação, metáfora,
metonímia, personificação, hipérbole, dentre outras.
LIII
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar
diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de
escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e
tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos.
Análise (EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.
linguística/
(EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo,
Semiótica
Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo.
(EF06LP05) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando o gênero textual e a intenção
comunicativa.
(EF06LP07) Identificar, em textos, períodos compostos por orações separadas por vírgula sem a utilização de
conectivos, nomeando-os como períodos compostos por coordenação.
(EF06LP08) Identificar, em texto ou sequência textual, orações como unidades constituídas em torno de um
núcleo verbal e períodos como conjunto de orações conectadas.
(EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância
nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
(EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos
de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e
indireto).
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF07LP01) Distinguir diferentes propostas editoriais – sensacionalismo, jornalismo investigativo etc. –, de
forma a identificar os recursos utilizados para impactar/chocar o leitor que podem comprometer uma análise
crítica da notícia e do fato noticiado.
(EF07LP02) Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes mídias,
analisando as especificidades das mídias, os processos de (re)elaboração dos textos e a convergência das
mídias em notícias ou reportagens multissemióticas.
Análise (EF07LP03) Formar, com base em palavras primitivas, palavras derivadas com os prefixos e sufixos mais
linguística/ produtivos no português.
Semiótica
(EF07LP04) Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das orações.
(EF07LP05) Identificar, em orações de textos lidos ou de produção própria, verbos de predicação completa e
incompleta: intransitivos e transitivos.
LIV
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
(EF07LP07) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, a estrutura básica da oração: sujeito, predicado,
complemento (objetos direto e indireto).
(EF07LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, adjetivos que ampliam o sentido do substantivo
sujeito ou complemento verbal.
(EF07LP09) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, advérbios e locuções adverbiais que ampliam o
sentido do verbo núcleo da oração.
(EF07LP10) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: modos e tempos verbais,
concordância nominal e verbal, pontuação etc.
(EF07LP11) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, períodos compostos nos quais duas orações
são conectadas por vírgula, ou por conjunções que expressem soma de sentido (conjunção “e”) ou oposição
de sentidos (conjunções “mas”, “porém”).
(EF07LP12) Reconhecer recursos de coesão referencial: substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos).
(EF07LP13) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando substituições lexicais (de substantivos
por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos), que
contribuem para a continuidade do texto.
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os efeitos das novas tecnologias no campo
e as condições que fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica
frente aos textos jornalísticos.
(EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar etc.) e textos pertencentes a
diferentes gêneros da cultura digital (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato com a
informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.
(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de
blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e
respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.
(EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso a formas de apropriação
textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou indireto livre).
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do
título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
seus efeitos de sentido.
(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido
devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à
montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências
etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros.
LV
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Produção de (EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites), tendo em vista as
condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. – a
textos
partir da escolha do fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância para a turma, escola ou
comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema – que pode envolver entrevistas
com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes diversas, análise de documentos, cobertura de
eventos etc. –, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar
etc., da produção de infográficos, quando for o caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em
sites ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de boxes variados).
(EF89LP09) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa), organização composicional
(expositiva, interpretativa e/ou opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com
as escolhas feitas e reportagens multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as características
do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua organização hipertextual e o manejo adequado de recursos
de captação e edição de áudio e imagem e adequação à norma-padrão.
(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/
espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a),
da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão,
de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o que pode envolver
consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização esquemática das
informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os
leitores.
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e
complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de
jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa
significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão
produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas.
Oralidade (EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse
coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de
informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver
entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.),
tendo em vista as condições de produção do debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos
do debate, motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes
etc. e participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/
mediador, espectador (com ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender
o funcionamento do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver
uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes.
(EF89LP13) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato noticiado, especialistas etc., como forma
de obter dados e informações sobre os fatos cobertos sobre o tema ou questão discutida ou temáticas em
estudo, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, partindo do levantamento de informações
sobre o entrevistado e sobre a temática e da elaboração de um roteiro de perguntas, garantindo a relevância
das informações mantidas e a continuidade temática, realizar entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo,
incluindo uma contextualização inicial e uma fala de encerramento para publicação da entrevista isoladamente
ou como parte integrante de reportagem multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação e
garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
(EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades
apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios,
locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira
a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
LVI
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância universal, nacional ou local
que envolvam direitos, em especial, de crianças, adolescentes e jovens – tais como a Declaração dos Direitos
Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA -, e a regulamentação da organização escolar – por exemplo,
regimento escolar -, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando possíveis motivações,
finalidades e sua vinculação com experiências humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar
a compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela
ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).
(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis na escola (conselho de escola,
outros colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no munícipio
ou no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal
e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de
leis, canais de educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma
a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções para
problemas ou questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.
(EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas abertas, abaixo-
assinados e petições on-line (identificação dos signatários, explicitação da reivindicação feita, acompanhada ou
não de uma breve apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a reivindicação) e a
proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para problemas de interesse público,
apresentadas ou lidas nos canais digitais de participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma
de possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa natureza e poder se
posicionar de forma crítica e fundamentada frente às propostas.
(EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas, identificando o que se pretende fazer/
implementar, por que (motivações, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências esperados),
como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução, contrastando dados e
informações de diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma
a poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações usados em fundamentação
de propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a tomar decisões fundamentadas.
Produção de (EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver
ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/
textos
necessidade, documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros
e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas
(sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de
contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, projetos
culturais e ações de intervenção.
Oralidade (EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou
apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está
sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a
interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.
Leitura (EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.
Produção de (EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias
textos colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes
envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada),
por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.
(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias, vídeos de divulgação científica,
documentários e afins, identificando, em função dos objetivos, informações principais para apoio ao estudo e
realizando, quando necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os pontos ou conceitos centrais e
suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que podem conter dúvidas,
questionamentos, considerações etc.
LVII
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Análise (EF89LP29) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas
(“que, cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes
linguística/
etc.), catáforas (remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de
Semiótica coesivos etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de divulgação do
conhecimento.
(EF89LP30) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de divulgação científica que circulam na
Web e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de links.
(EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar uma avaliação sobre o valor de
verdade e as condições de verdade de uma proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda
com (“realmente, evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou
discorda de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e os quase-asseverativos, que indicam que se
considera o conteúdo como quase certo (“talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente”).
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Leitura (EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade (referências,
alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas
(cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e
entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros.
(EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema, identificando
e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização
como peça teatral, novela, filme etc.
Produção de (EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura
textos e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de
produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos (como poemas concretos,
ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando o uso de
recursos sonoros e semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações
entre imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de
sentido.
Análise (EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese,
linguística/ aliteração, assonância, dentre outras.
Semiótica
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF08LP01) Identificar e comparar as várias editorias de jornais impressos e digitais e de sites noticiosos, de
forma a refletir sobre os tipos de fato que são noticiados e comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o
que não noticiar e o destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.
(EF08LP02) Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma mesma informação veiculada em
textos diferentes, consultando sites e serviços de checadores de fatos.
Produção de (EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto
textos de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de
oposição, contraste, exemplificação, ênfase.
LVIII
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Análise (EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e
concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação etc.
linguística/
Semiótica (EF08LP05) Analisar processos de formação de palavras por composição (aglutinação e justaposição),
apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em palavras compostas.
(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, os termos constitutivos da oração (sujeito e
seus modificadores, verbo e seus complementos e modificadores).
(EF08LP07) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, complementos diretos e indiretos de verbos
transitivos, apropriando-se da regência de verbos de uso frequente.
(EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, verbos na voz ativa e na voz passiva,
interpretando os efeitos de sentido de sujeito ativo e passivo (agente da passiva).
(EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo
(adjuntos adverbiais – advérbios e expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos.
(EF08LP12) Identificar, em textos lidos, orações subordinadas com conjunções de uso frequente, incorporando-
as às suas próprias produções.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e
articuladores textuais.
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e
pronominal), construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos
adequados ao gênero textual.
(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando o antecedente de um pronome relativo ou
o referente comum de uma cadeia de substituições lexicais.
PRÁTICAS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM
Leitura (EF09LP01) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais e desenvolver estratégias
para reconhecê-las, a partir da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL,
da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes, da consulta a sites de curadoria que atestam a
fidedignidade do relato dos fatos e denunciam boatos etc.
(EF09LP02) Analisar e comentar a cobertura da imprensa sobre fatos de relevância social, comparando
diferentes enfoques por meio do uso de ferramentas de curadoria.
Produção de (EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição
textos diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando
diferentes tipos de argumentos – de autoridade, comprovação, exemplificação princípio etc.
LIX
Análise (EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas complexas
no nível da oração e do período.
linguística/
Semiótica (EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de
ligação-predicativo.
(EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido do uso dos verbos de
ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”.
(EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português
brasileiro coloquial oral.
(EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções
conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e explicativas em um período
composto.
(EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o seu uso no português
brasileiro coloquial.
(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e
articuladores textuais).
(EF09LP12) Identificar estrangeirismos, caracterizando-os segundo a conservação, ou não, de sua forma gráfica
de origem, avaliando a pertinência, ou não, de seu uso.
PRÁTICAS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CONTEÚDOS
LINGUAGEM
PRÁTICAS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CONTEÚDOS
LINGUAGEM
PRÁTICAS
DE OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CONTEÚDOS
LINGUAGEM
Léxico/morfologia (EF67LP34)
PRÁTICAS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CONTEÚDOS
LINGUAGEM
Registro (EF69LP26)
PRÁTICAS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CONTEÚDOS
LINGUAGEM
PRÁTICAS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CONTEÚDOS
LINGUAGEM
LXVI
CAVALIERI, Ana Lúcia F. Teatro vivo na escola. São Paulo: FTD, 1997.
LXVII
Chapeuzinho Amarelo
LXVIII
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho Amarelo. 13. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003.
LXIX
LXX
LXXI
LXXII
ANOTAÇÕES
12
12
ANOTAÇÕES
13
Competências gerais
2, 3, 4, 5, 8 e 9
Competências específicas de
Língua Portuguesa
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9
Habilidades
(EF07LP04), (EF07LP06), (EF07LP07),
(EF07LP08), (EF67LP06), (EF67LP08)
(EF67LP15), (EF67LP19), (EF67LP20),
(EF67LP22), (EF67LP23), (EF67LP27),
(EF67LP28), (EF67LP30), (EF67LP32),
(EF67LP33), (EF69LP05), (EF69LP11),
(EF69LP12), (EF69LP13), (EF69LP14),
(EF69LP15), (EF69LP25), (EF69LP30),
(EF69LP32), (EF69LP33), (EF69LP34),
(EF69LP38), (EF69LP41), (EF69LP44),
(EF69LP46), (EF69LP47), (EF69LP49),
(EF69LP51), (EF69LP53), (EF69LP54),
(EF69LP55), (EF69LP56)
Habilidades
(EF69LP25) e (EF67LP23)
14
6a. Espera-se que os alunos suponham mu- da pesquisa e proponha a produção de car- 7 e 8. Essas atividades têm como objetivo a
danças. O objetivo dessa atividade é levantar tazes para montagem de um painel no mural compreensão e o posicionamento crítico dos
os conhecimentos prévios dos alunos em rela- da escola sobre a história da escrita, principais alunos sobre os conteúdos e as informações
ção aos primórdios da escrita e sua evolução alfabetos e sua linha do tempo (EF69LP30), discutidos em relação às línguas e ao alfabeto
ao longo do tempo. (EF69LP32) e (EF69LP38). como ferramentas para estabelecer a comuni-
cação humana. Sugerimos que as atividades
6c. Organize um cronograma com os alunos 7. Espera-se que o aluno responda que sim, sejam discutidas e respondidas após as apre-
para compartilhamento e comparação dos da- pois o alfabeto permitiu um registro mais apri- sentações orais das pesquisas sobre a história
dos coletados, por meio de apresentação oral. morado e econômico dos sons da língua. do desenvolvimento do alfabeto (EF69LP30).
Se achar interessante, aproveite esses dados
15
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3, 4 e 9
Habilidade
(EF67LP28)
16
17
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3, 4 e 9
Atividades
18
ANOTAÇÕES
19
Atividades
ANOTAÇÕES
20
Competência geral
4
Competência específica de Língua
Portuguesa
7
Atividades
21
ANOTAÇÕES
22
23
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
5e7
Habilidades
(EF69LP05), (EF69LP33) e (EF69LP47)
Atividades
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
A principal lei que versa sobre as regras
para o tráfego de veículos nas vias públi-
cas brasileiras ainda é a de número 9.503,
de setembro de 1997, conhecida como
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Desde a sua publicação, no entanto, o
texto original do CTB foi atualizado mais
de 30 vezes, a partir de leis que acrescen-
tam, revogam e alteram artigos, incisos e
parágrafos.
Uma delas é a Lei no 13.281, em vigor
desde o dia 1o de novembro de 2016, que
modificou um grande número de artigos.
Sugere-se iniciar o trabalho orientando
os alunos na leitura do CTB. Disponível
em: <https://bit.ly/2D8lIwX>. Acesso
em: 30 jun. 2018.
Se considerar mais adequado, foque a
leitura apenas no artigo 87, que trata da
classificação dos sinais de trânsito. Veja:
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-
-se em:
I – verticais;
II – horizontais; Uma sugestão é orientar os alunos a realizar trata de conceitos e definições como: faixas
III – dispositivos de sinalização auxiliar; em grupos uma pesquisa para a identifica- de trânsito, gestos de agentes e condutores,
IV – luminosos; ção desses sinais de trânsito e a investigar marcas viárias, placas, sinais de trânsito, sons
V – sonoros; como a linguagem não verbal se faz presen- por apito, entre outros.
VI – gestos do agente de trânsito e do te. Após a pesquisa, oriente a organização Este trabalho interdisciplinar incorpora
condutor. das informações coletadas em um painel, na proposta pedagógica o tema contem-
O objetivo dessa leitura é mostrar a im- que poderá ser exposto em lugar de circu- porâneo Educação para o trânsito (lei no
portância da linguagem não verbal na lação na escola. 9.503/1997). Também abre espaço para ex-
segurança do trânsito e, consequente- O trabalho pode ser aprofundado, orientan- plorar um dos gêneros normativos do cam-
mente, no bem-estar pessoal e coletivo. do-se os alunos a ler o ANEXO I do CTB, que po de atuação da vida pública.
24
25
26
HORA DA PESQUISA
Competências gerais
2e4
Habilidades
(EF67LP20), (EF69LP30), (EF69LP32) e
(EF69LP34)
PRÁTICA DE LEITURA
Competência geral
4
Competência específica de Língua
Portuguesa
3
ANOTAÇÕES
27
Atividades
ANOTAÇÕES
28
TROCANDO IDEIAS
Competências gerais
4e8
Habilidades
(EF67LP23) e (EF69LP25)
ANOTAÇÕES
29
30
Competências gerais
2e4
Habilidades
(EF67LP20), (EF69LP30), (EF69LP32),
(EF69LP34), (EF69LP38) e (EF69LP41)
NA TRILHA DA ORALIDADE
Competência geral
3
Habilidade
(EF69LP46)
31
ANOTAÇÕES
32
ANOTAÇÕES
33
ANOTAÇÕES
34
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
5e7
Habilidades
(EF69LP05) e (EF69LP47)
Atividade
PRÁTICA DE LEITURA
Competências gerais
4e5
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e5
Habilidade
(EF69LP33)
35
ANOTAÇÕES
36
37
Competências gerais
4e5
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e5
Habilidade
(EF69LP33)
ANOTAÇÕES
38
PRÁTICA DE LEITURA
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
2e3
ANOTAÇÕES
39
ANOTAÇÕES
40
41
Habilidades
(EF67LP06) e (EF69LP47)
Atividade
ANOTAÇÕES
42
ANOTAÇÕES
43
ANOTAÇÕES
44
TROCANDO IDEIAS
Competências gerais
4e8
Habilidades
(EF67LP23), (EF69LP11) e (EF69LP25)
ANOTAÇÕES
45
Habilidades
(EF07LP04), (EF07LP06) e (EF07LP07)
ANOTAÇÕES
46
47
48
ANOTAÇÕES
49
50
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
5e7
Habilidades
(EF69LP05) e (EF69LP33)
Atividades
PRODUÇÃO DE TEXTO
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
2e5
Habilidades
(EF07LP06), (EF67LP30), (EF67LP32),
(EF67LP33), (EF69LP51) e (EF69LP56)
51
52
Competência geral
3
Competência específica de Língua
Portuguesa
8
Habilidade
(EF69LP49)
Competência geral
9
Competência específica de Língua
Portuguesa
6
Habilidades
(EF69LP13), (EF69LP14) e
(EF69LP15)
ANOTAÇÕES
53
Competências gerais
4, 5, 7, 9, 10
Competências específicas de
Língua Portuguesa
2, 3, 5, 6, 7, 8, 9
Habilidades
(EF07LP01), (EF07LP02), (EF07LP04),
(EF07LP06), (EF07LP07), (EF67LP02),
(EF67LP03), (EF67LP04), (EF67LP05),
(EF67LP06), (EF67LP08), (EF67LP11),
(EF67LP12), (EF67LP15), (EF67LP20),
(EF67LP23), (EF67LP32), (EF69LP01),
(EF69LP03), (EF69LP06), (EF69LP07),
(EF69LP08), (EF69LP10), (EF69LP11),
(EF69LP12), (EF69LP13), (EF69LP15),
(EF69LP16), (EF69LP20), (EF69LP25),
(EF69LP30), (EF69LP32), (EF69LP49),
(EF69LP56)
Competências gerais
7e9
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
PRÁTICA DE LEITURA
Competências gerais
7e9
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Nessa seção, os alunos são convidados a
ler uma reportagem sobre o aumento do
número de refugiados e deslocados no
mundo em 2016. A prática de leitura do
gênero textual reportagem visa construir
habilidades de leitura, escuta e produ-
ção, assim como propiciar experiências
para desenvolver a sensibilidade dos alu-
nos em relação aos acontecimentos que
afetam a vida de sua comunidade e do
mundo e orientá-los de modo que pos-
sam noticiar e opinar de forma ética, res-
peitosa e responsável.
Antes da leitura, realize as perguntas pro-
postas e outras que possam surgir duran-
te a discussão sobre o assunto, a fim de
realizar levantamento de conhecimento
ANOTAÇÕES
prévio sobre o tema que será abordado.
Permita que os alunos se expressem livre-
mente, desde que respeitem os turnos de
fala dos colegas, sua diversidade cultural
e as opiniões divergentes. Realize inter-
venções, por meio de perguntas, sem-
pre que surgirem opiniões e relatos que
possam colaborar e ampliar a discussão
que será realizada durante a leitura da
reportagem.
55
ANOTAÇÕES
56
Competências gerais
7e9
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Atividades
ANOTAÇÕES
57
58
TROCANDO IDEIAS
Competências gerais
7, 9 e 10
Competência específica de Língua
Portuguesa
6
Habilidades
(EF69LP11), (EF69LP13), (EF69LP15) e
(EF69LP25)
59
Competência geral
7
Competência específica de Língua
Portuguesa
6
Habilidades
(EF69LP11), (EF69LP15) e (EF69LP25)
Competência geral Acesse o Manual digital, organize e enriqueça sua prática pedagógica.
7 Sequência Didática 3
Competência específica de Língua Análise de hiperlinks em notícia
Portuguesa Campo jornalístico-midiático
6 Apresenta um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para o desenvolvi-
Habilidades mento da habilidade (EF67LP01).
(EF67LP04), (EF67LP06), (EF67LP08) e
(EF69LP03)
60
ANOTAÇÕES
61
Competências gerais
7e9
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Atividades
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Esta proposta tem o objetivo de incenti-
var os alunos para o trabalho voluntário.
Explique a eles que o trabalho voluntá-
rio não gera ganhos financeiros, mas algo
muito importante: a satisfação de ajudar
- Existe idade mínima para ser voluntário?
o outro.
- Quais ações voluntárias acontecem na cidade
Sugere-se propor aos alunos que pesqui-
onde os alunos vivem?
sem sobre o assunto.
Amplie o trabalho indicando entrevistas com volun-
Algumas questões podem compor a pes- tários da comunidade na qual a escola está inserida.
quisa: Caso não seja possível, a entrevista pode ser enviada
- Todas as pessoas podem ser voluntá- via e-mail ou por redes sociais para voluntários que
rias? têm seus trabalhos divulgados na mídia.
- O que é preciso para ser voluntário? Este trabalho interdisciplinar contempla a compe-
- Quais as formas de voluntariado? tência geral 9.
62
ANOTAÇÕES
63
ANOTAÇÕES
64
12a. Os alunos podem levantar razões como: determinado tema/fato ou acontecimento e 11 e 12. Possibilite o acesso à internet para
as pessoas podem ter receio de que aumente a discurso de ódio relaciona-se a disseminar into- que os alunos possam pesquisar sobre o papel
competitividade por emprego; de que cresça a lerância, por meio de expressões violentas, pre- da Acnur-ONU na assistência de refugiados de
violência; ou, ainda, a intolerância pode ser fru- conceituosas e discriminatórias. Assim, os xin- guerras e/ou de crises humanitárias, como é o
to da xenofobia por parte dessas pessoas (ódio gamentos, insultos e manifestações violentas caso da Venezuela. Oriente-os que opinião é o
ao estrangeiro). da comunidade local em relação aos refugiados ponto de vista sobre determinado tema ou fato
venezuelanos podem ser considerados discur- e discurso de ódio relaciona-se com injúria ou
12b. Resposta possível: Espera-se que os alu- sos de ódio, pois demonstram a xenofobia, que apologia à violência por diferenças diversas,
nos compreendam que opinião é exercer sua é preconceito, discriminação e discurso de ódio como etnia, religião, origem e nacionalidade
liberdade de expressar ponto de vista sobre ao estrangeiro. (EF69LP01).
65
Competências gerais
4e5
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3, 6 e 7
Habilidades
(EF67LP11), (EF67LP12), (EF67LP20),
(EF67LP23), (EF69LP10), (EF69LP12),
(EF69LP25), (EF69LP30) e (EF69LP32)
Etapas 1 a 3
Essas etapas devem ser acompanhadas
de perto pelo professor e fazem parte
das estratégias de planejamento para a
produção do roteiro escrito e do podcast.
Etapas 6 a 12
Auxilie os alunos a encontrar um grava-
dor ou celular com a função de gravação,
pesquise programas de edição de áudio,
tutoriais para realizar a edição, postagem
e compartilhamento dos podcasts.
ANOTAÇÕES
66
Habilidades
(EF07LP07) e (EF69LP56)
ANOTAÇÕES
67
68
ANOTAÇÕES
69
Competência geral
4
Competência específica de Língua
Portuguesa
5
Habilidades
(EF07LP04) e (EF07LP07)
Atividade
ANOTAÇÕES
70
PRÁTICA DE LEITURA
Competências gerais
7e9
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Atividades
71
Atividades
ANOTAÇÕES
72
ANOTAÇÕES
73
74
Competências gerais
4e7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
75
ANOTAÇÕES
76
Atividades
ANOTAÇÕES
77
78
ANOTAÇÕES
79
Competência geral
4
Competência específica de Língua
Portuguesa
5
Habilidade
(EF07LP06)
ANOTAÇÕES
80
Habilidades
(EF67LP32) e (EF69LP56)
Atividades
81
PRODUÇÃO DE TEXTO
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
2, 3 e 6
Habilidade
(EF69LP07)
ANOTAÇÕES
82
83
84
ANOTAÇÕES
85
Revisão
Acompanhe a revisão e a reescrita de
perto, para que os alunos não deixem
passar nenhum ajuste que deveria ser
feito (EF69LP08).
ANOTAÇÕES
86
Habilidades
(EF67LP20) e (EF67LP23)
ANOTAÇÕES
87
ANOTAÇÕES
88
ANOTAÇÕES
89
Competências gerais
2, 3, 4, 5, 7, 9
Competências específicas de
Língua Portuguesa
2, 3, 5, 6, 8 e 9
Habilidades
(EF07LP01), (EF07LP02), (EF07LP05),
(EF07LP07), (EF67LP03), (EF67LP04),
(EF67LP05), (EF67LP06), (EF67LP07),
(EF67LP08), (EF67LP20), (EF67LP23),
(EF67LP27), (EF67LP28), (EF67LP37),
(EF69LP01), (EF69LP03), (EF69LP05),
(EF69LP10), (EF69LP13), (EF69LP14),
(EF69LP15), (EF69LP17), (EF69LP21),
(EF69LP25), (EF69LP30), (EF69LP32),
(EF69LP33), (EF69LP34), (EF69LP36),
(EF69LP37), (EF69LP44), (EF69LP46),
(EF69LP47), (EF69LP48), (EF69LP49),
(EF69LP53), (EF69LP54), (EF69LP55)
Competências gerais
3e4
Competência específica de Língua
Portuguesa
3
Habilidades
(EF67LP23) e (EF69LP25)
90
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Atividades
92
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Atividades
93
Linguagem do texto
94
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Habilidade
(EF67LP28)
Atividades
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Oriente os alunos em uma pesquisa so-
bre a violência na internet, em especial
acerca das formas de bullying virtual.
Antes, explique que a violência se ma-
nifesta no desrespeito ao outro, que ela
está associada à desconsideração pelos
outros. Atualmente, o fenômeno da
violência assume uma multiplicidade
de formas e sua incidência cresce, assim
como o envolvimento de pessoas cada
vez mais jovens.
Explique que o bullying virtual é um tipo
Acesse o Manual digital, organize e enriqueça sua prática pedagógica. de violência eletrônica em que as agres-
Proposta de Acompanhamento da Aprendizagem: com o objetivo de instrumentalizar a verifi- sões se dão por meio da internet ou de
cação sobre a construção das habilidades previstas no bimestre, você encontrará uma avaliação outras tecnologias relacionadas.
composta por 10 questões. O gabarito de correção apresenta detalhamento das habilidades ava-
liadas e orientações ao professor.
95
96
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Acesse o Manual digital, organize e enriqueça sua prática pedagógica. Acesse o Manual digital, organize e enriqueça sua prática
Material Audiovisual pedagógica.
Título: Bastidores da narração de partida de futebol Sequência Didática 5
Objetivo: Vídeo sobre os bastidores da narração (estilo e diferenças en- Campo jornalístico-midiático
tre narração de rádio e TV) – apontar a diferença na produção de uma Notícia em vídeo sobre um jogo de futebol
narração de futebol radiofônica, convidando os alunos a fazer o mesmo, Apresenta um conjunto de atividades ordenadas, estrutu-
inspirados no vídeo que acabaram de assistir. radas e articuladas para o desenvolvimento da habilidade
Habilidade: (EF69LP10) (EF69LP10).
97
Linguagem do texto
Atividades
99
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e9
Habilidade
(EF67LP28)
Atividade
Informe-se sobre expressões, gírias e jargões do futebol consultando a Açougueiro: jogador violento.
seguinte tese de doutorado: Armandinho: atacante que só joga fora da área adversária.
QUEIROZ, João Machado de. Vocabulário do futebol na mídia im- Baile: jogo em que uma equipe domina a outra à vontade.
pressa: o glossário da bola. Tese de doutorado. Assis/SP: Unesp, 2005, Banheira: impedimento.
p. 916-923. Disponível em: <https://bit.ly/2DjLYVW>. Acesso em: 22 Bicho: gratificação paga aos jogadores por um resultado favorável em
out. 2018. um jogo ou torneio.
As gírias a seguir também podem ser incluídas no mural, caso os alu- Cabeça de bagre: mau jogador.
nos não as encontrem em suas pesquisas. Carimbar: atingir violentamente com a bola.
100
Atividades
Catimba: emprego de recursos pouco espor- Melancia: passe malfeito. 6. Oriente os alunos a incluir essa ex-
tivos para enervar o adversário e tumultuar o Pipoqueiro: jogador que evita os lances mais pressão no mural/glossário produzido
jogo. duros para não se machucar. durante a discussão sobre a narração
Embaixada: série de toques curtos na bola, Retranca: sistema de jogo em que o time se fe- radiofônica.
sem que ela toque o chão. cha na defesa.
Impedimento: quando um único jogador se 7. Retome com os alunos o que é lin-
Fonte: Manual do escoteiro mirim Disney. São Paulo:
encontra no lado do campo em que está o gol Nova Cultural, 1985. guagem figurada: quando a palavra ou
do adversário. expressão não está no seu sentido literal,
ou seja, não é usada de forma denotativa.
101
102
Atividades
ANOTAÇÕES
103
TROCANDO IDEIAS
Competências gerais
7e9
Competência específica de Língua
Portuguesa
6
Habilidades
(EF67LP23), (EF69LP13), (EF69LP14),
(EF69LP15), (EF69LP25)
PRÁTICA DE LEITURA
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
105
Atividades
(Antes da leitura)
1 e 2. Espera-se que os alunos repudiem
o abandono de cães na rua, assim como
a matança desenfreada, a fim de limpar a
cidade para evento internacional.
Competência geral
7
Competências específicas de Língua
Portuguesa
3e6
Atividades
106
ANOTAÇÕES
107
Atividades
108
Aplicando conhecimentos
ANOTAÇÕES
109
ANOTAÇÕES
110
Competência geral
4
Competências específicas de Língua
Portuguesa
2e5
Habilidade
(EF69LP37)
Planejamento
A sugestão é que o preenchimento do
quadro seja feito coletivamente com os
alunos. Chame a atenção para a adequa-
ção da linguagem de acordo com a fina-
lidade do texto, ou seja, para ser apoio à
narração de jogo. Para ajudar na realiza-
ção da narração, acesse:
FARIA, Bruno. Narração de futebol na rá-
dio: saiba como é feita! Teletronix, Santa
Rita do Sapucaí/MG, 27 set. 2017. Dis-
ponível em: <https://bit.ly/2AG0O6E>.
Acesso em: 28 set. 2018.
ANOTAÇÕES
111
Revisão e reescrita
Acompanhe de perto o momento da re-
visão de texto para verificar se os alunos
fizeram todos os ajustes necessários. Ve-
rifique se eles foram colaborativos com
os colegas nas avaliações que realizaram.
NA TRILHA DA ORALIDADE
Competências gerais
4e5
Competência específica de Língua
Portuguesa
3
Habilidade
(EF69LP10)
ANOTAÇÕES
112
HORA DA PESQUISA
Competências gerais
2e4
Habilidades
(EF67LP20), (EF69LP30), (EF69LP32),
(EF69LP34), (EF69LP36)
Etapa 1
Organize aulas com essa finalidade na
sala de informática ou biblioteca. Para
tanto, agende seu uso com antecedência
(EF67LP20).
Etapa 2
Oriente os alunos sobre os sites onde
podem encontrar imagens de uso livre.
É muito importante essa orientação,
pois eles precisam compreender que
há direitos autorais a serem respeitados
(EF69LP34).
Etapa 3
Organize uma roda de conversa para
que os alunos apresentem o que pesqui-
saram, comparem com as informações
dos colegas e validem as informações
(EF69LP30).
Etapa 4
Mostre aos alunos diferentes infográfi-
cos como linha do tempo, para que pos-
sam ajudá-los na produção (EF69LP32).
ANOTAÇÕES
Etapa 6
Peça ajuda ao professor de informática
para que os alunos possam selecionar
imagens com direitos livres e fazer a edi-
ção do infográfico como uma linha do
tempo sobre o esporte que escolheram
pesquisar.
113
Competência geral
3
Competência específica de Língua
Portuguesa
8
Habilidade
(EF69LP49)
ANOTAÇÕES
114
Habilidade
(EF69LP46)
ANOTAÇÕES
115
Competências gerais
3, 4, 6 e 9
Competências específicas de
Língua Portuguesa
2, 3, 5, 6, 8 e 9
Habilidades
(EF07LP05), (EF07LP07), (EF07LP08),
(EF07LP14), (EF67LP05), (EF67LP08),
(EF67LP20), (EF67LP23), (EF67LP27),
(EF67LP28), (EF67LP29), (EF67LP32),
(EF67LP37), (EF69LP25), (EF69LP33),
(EF69LP44), (EF69LP45), (EF69LP47),
(EF69LP49), (EF69LP50), (EF69LP51),
(EF69LP52), (EF69LP53), (EF69LP54)
e (EF69LP55)
Competências gerais
3, 6 e 9
Competência específica de Língua
Portuguesa
9
Habilidades
(EF67LP23) e (EF69LP25)