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Marcio Hollweg
Noções de Gestão de Recursos de TI - Analista - Área Administrativa - TRF 3ª Região - Intensivão
Aulas: 01 - 20

Noções de Gestão de Recursos de Tecnologia da Informação


Analista - Área Administrativa - TRF 3ª Região - Intensivão
Professor: Marcio Hollweg
Aulas: 01 a 20

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GESTÃO ESTRATÉGICA
Podemos considerar que planejamento é uma forma de organizar idéias com relação a um certo tema e
estabelecer objetivos e metas, com o propósito de se atingir um determinado resultado.
Este tipo de conceito é bastante conhecido, afinal desde que o mundo é mundo, o ser humano utiliza, mesmo
que intuitivamente, alguma forma de planejamento para sobreviver e mais, para antecipar-se a eventos,
tomando decisões que lhe pareçam as mais acertadas.

TIPOS DE PLANEJAMENTO
Em uma organização são apresentados três tipos de Planejamento:
• Estratégico: compreende os altos executivos da organização, responsáveis pela definição dos
objetivos e planos da empresa, e tomada de decisões quanto às questões de longo prazo da empresa
(sobrevivência, crescimento e eficácia geral)
• Tático: é utilizado para traduzir os objetivos gerais e as estratégias da alta diretoria em objetivos e
atividades mais específicos. O principal desafio neste nível é promover um contato eficiente e eficaz
entre o nível estratégico e o nível operacional.
• Operacional: neste nível o processo é de uma menor amplitude, onde o foco é trabalhar junto aos
funcionários não administrativos, implementando os planos específicos definidos no planejamento
tático.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Uma das grandes dificuldades das empresas é a conceituação da função do planejamento estratégico, em
especial sua real amplitude e abrangência.
Segundo Kotler (1992, p.63), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e
manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de
mercado”. O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de
modo que gere lucros e crescimento satisfatórios.
Já Drucker (1977) define Planejamento Estratégico como um processo contínuo, sistemático, organizado e
capaz de prever o futuro, de maneira a tomar decisões que minimizem riscos.
Uma outra conceituação interessante apresenta o planejamento estratégico “como um processo administrativo
para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de fatores
externos – não controláveis – e atuando de forma inovadora e diferenciada” (Oliveira – 2007)

Independente do autor fica claro que o planejamento estratégico é um conjunto de ferramentas que por si só
são insuficientes, mas quando é seguido de planejamentos táticos e operacionais, consiste em robusta
ferramenta para implementar o pensamento estratégico da organização.

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De uma maneira geral, o planejamento estratégico é responsabilidade dos níveis hierárquicos mais elevados
da empresa/organização, o planejamento tático é desenvolvido pelos níveis intermediários, tendo como
principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis e o planejamento operacional é elaborado
pelos níveis mais baixos da organização.

ALINHAMENTO ENTRE ESTRATÉGIAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DE NEGÓCIO


A aplicação da tecnologia da informação e de seus recursos geram uma grande expectativa quanto ao seu uso
operacional e estratégico como alternativa para auxiliar os negócios e as atividades organizacionais, sem
causar grandes impactos orçamentários. Nesse cenário, o alinhamento e a integração das estratégias com as
tecnologias emergentes disponíveis passam a ter um papel de destaque na organização (REZENDE, 2008).
O êxito da tecnologia da informação está relacionado ao uso efetivo da tecnologia da informação no
alinhamento com o planejamento estratégico de negócios (REZENDE, 2008).
O alinhamento estratégico entre TI e negócios se baseia na aplicação da tecnologia de informação de modo
apropriado e harmônico com as estratégias e objetivos de negócios da organização (LUFTMAN, 2000).
O conceito de alinhamento estratégico entre negócios e TI surge a partir das pesquisas sobre estratégia de
negócios que reconhecem a necessidade de se alinhar os recursos organizacionais às ameaças e as
oportunidades do ambiente (BRODBECK et al., 2007).
Segundo IBM System Journal “o alinhamento estratégico é a adequação estratégica e integração funcional
entre ambientes externos (mercado, política, fornecedores, etc.) e internos (estrutura administrativa e recurso
financeiros, tecnológicos e humanos) para desenvolver as competências e maximizar a performance
organizacionais”. Pode se dizer também que o alinhamento entre negócio e TI é alcançado quando um
conjunto de estratégias de TI (sistemas, objetivos, obrigações e estratégias) são derivadas do conjunto
estratégico organizacional (missão, objetivo e estratégias). Portanto quanto mais os sistemas provêm
informações para os negócios, maior é a integração e maior a contribuição para a performance organizacional.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI
CONCEITOS GERAIS
O Planejamento Estratégico é uma técnica gerencial que é essencial para a boa administração. Por meio da
análise do ambiente de uma organização, é possível se fazer um diagnóstico de oportunidades e ameaças,
pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão. Ele dá o norte para que a organização aproveite
novos espaços e evite riscos, gerindo recursos com maior eficiência, eficácia e efetividade e com qualificação
no atendimento das demandas da sociedade.
Em resumo, pode-se dizer que é o processo de analisar uma organização sob vários ângulos, definindo seus
rumos por meio de um direcionamento que possa ser monitorado nas suas ações concretas, utilizando-se, para
tanto, de um instrumento denominado “plano estratégico”.
O PETI (Planejamento Estratégico de Tecnologia de Informação) é um processo dinâmico e interativo para
estruturar de forma estratégica, tática e operacional as informações organizacionais, a tecnologia de
informação (TI) e seus recursos (hardware, software, sistemas de telecomunicações, gestão de dados e
informações), os sistemas de informações (estratégicos, gerenciais e operacionais), as pessoas envolvidas e a
infraestrutura necessária para o atendimento de todas as decisões, ações e respectivos processos.
Os principais objetivos do Planejamento Estratégico com o uso de TI são:
• Investigar as oportunidades de ganho e vantagens.
• Estabelecer objetivos e fatores críticos de sucesso.
• Determinar informações que podem auxiliar a gestão.
• Priorizar o uso da TI.
• Contribuir com a inteligência organizacional.
A preocupação da Administração Pública e da Iniciativa Privada com a utilização racional dos recursos de
Tecnologia da Informação de acordo com as reais necessidades da organização não é algo novo, diversos
frameworks foram desenvolvidos para tratar do assunto por todo o mundo como ITIL e Cobit, mas também
foram lançadas algumas metodologias para tratar do que se tinha até então como Planejamento de Sistemas
de Informação.

PLANO DIRETOR DE INFORMATICA - PDI


O papel da informação ou de toda tecnologia associada a esta informação tem um envolvimento enorme na
tomada de decisões, sendo o computador um grande aliado para administrar o futuro da empresa. O processo
de informatização, como qualquer mudança, precisa ser convenientemente planejado. Não basta comprar um
computador, é necessário um trabalho de implantação de uma nova filosofia de trabalho para a empresa, em
termos de administração de sistemas.
O Plano Diretor de Informática (PDI) é composto de levantamento de necessidades, análise de custo, benefício
da solução apresentada (hardware, software e pessoal), priorização dos projetos (planejamento de sistemas) e
acompanhamento dos resultados.

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Pontos a serem observados na execução do PDI


Algumas vezes, na área de informática, observamos a existência de fatores que demonstram claramente que
esse planejamento não foi adequadamente executado. Estes fatores seriam:
• A existência de usuários insatisfeitos;
• Pequena participação da alta administração no apoio à Informática;
• Documentação falha e desatualizada;
• Desenvolvimento de Planos Diretores de Informática sem a visão do plano de metas das empresas.
Não há observação dos aspectos que deveriam compor a elaboração do PDI. Muitas vezes, alguns erros
comuns podem ser evitados se forem seguidos os procedimentos corretos. Alguns desses aspectos são
citados a seguir:
• Perfeito conhecimento do Plano de Metas;
• Conhecimento e avaliação dos sistemas existentes. Os projetos não devem ser considerados
isoladamente, e sim como um todo;
• Devem ser estabelecidas prioridades;
• Análise criteriosa da necessidade de evolução da estrutura técnica com relação ao período coberto
pelo plano;
• Custos e benefícios;
• Recursos Humanos envolvidos;
• Os prazos precisam ser baseados em anteprojetos para que não sejam estipulados prazos, muitas
vezes, irreais;
• Os equipamentos não são avaliados tecnicamente para se adaptarem ao ramo de negócio da
empresa. Então, o plano precisa ter estratégias definidas quanto à tecnologia e modalidade de
processamento;
• Ausência de critérios de seleção, treinamento, avaliação e promoções, gerando quadro de pessoal
heterogêneo;
• O plano de carreiras deve ter estreita relação com o treinamento;
• O desenvolvimento de projetos sem estimativas nem orçamentos aprovados.
Caso esses pontos sejam observados, o PDI tem grandes chances de obter sucesso. Senão, estará
condenado ao fracasso.

Dificuldades Encontradas na Execução do Plano Diretor de Informática


Durante a execução do Plano Diretor de Informática, deparamo-nos com uma série de dificuldades. Algumas
delas são citadas abaixo:
• O mercado, as novas tecnologias, a economia, alteram o plano de metas da empresa, fazendo com
que o Plano Diretor de Informática sofra ajustes, dificultando manter a coerência do plano com as
estratégias, objetivos e diretrizes dos órgãos usuários;
• Dificuldade em quebrar a resistência a mudanças por parte de alguns funcionários da empresa. Essa
dificuldade deve-se a fatores como incerteza quanto ao emprego e valores ou perspectivas diferentes.
Quanto aos técnicos em informática, alguns fatores que influenciam nessa resistência são o
questionamento da filosofia técnica e a incerteza de se atingir os resultados desejados;
• A possível falta de participação da alta administração e de alguns usuários é uma dificuldade a se
considerar. Isso se deve ao fato da alta administração, freqüentemente, acreditar que o assunto
tratado, por ser extremamente técnico, dispensa sua colaboração, limitando-se a delegar autoridade.
A ausência da cúpula administrativa representa para o restante da empresa que o projeto não é
importante. Então, os usuários também não se comprometem com o projeto;
• A falta de documentação dos sistemas anteriores dificulta muito a análise da situação atual, uma vez
que se faz necessário o estudo dos sistemas que atualmente estão sendo utilizados na organização;
• Eventualmente, pode ocorrer dificuldade em adequar a solução proposta aos limites financeiros
impostos pela alta diretoria. O fato do PDI ser bastante abrangente e requerer um grande número de
pessoas altamente qualificadas e com remuneração elevada, além da eventual mudança para
arquitetura de processamento distribuído ou outras mudanças substanciais, contribuem para
encarecer o projeto;
• Dificuldade, em alguns casos, com a indisponibilidade e até a falta de conhecimento de recursos
tecnológicos, como banco de dados, comunicação e outros;
• A aplicação de recursos em atividades não prioritárias ou sem qualquer sistematização dificulta a
execução do Plano Diretor de Informática;
• A dificuldade em apropriar custos e mensurar benefícios é um grande obstáculo na execução do PDI,
pois nem sempre os benefícios que a informatização trará são fáceis de se medir. Por exemplo, a
rapidez na execução de determinada tarefa possibilitará a execução de mais vendas no mesmo
período, acarretando um lucro maior para a empresa;
• Criar uma estrutura de serviços que responda adequadamente às necessidades de curto prazo e que,
ao mesmo tempo, evolua, tendo em vista as necessidades futuras, constitui uma dificuldade a se
considerar.

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A IN 04/2010 prescreve que “Art. 4º As contratações de que trata esta Instrução Normativa deverão ser
precedidas de planejamento, elaborado em harmonia com o PDTI, alinhado ao planejamento estratégico do
órgão ou entidade”. Para entender como isto funciona, precisamos antes entender a equação abaixo:

Primeiramente, é necessário entender o conceito de cada uma das siglas que compõem a equação.
• PEI – Planejamento Estratégico Institucional: assim como uma bússola aponta o norte para um
navegante, o PEI deve apontar os objetivos estratégicos que uma entidade almeja alcançar. Estes
objetivos devem ser compartilhados com todas as áreas, setores, departamentos, unidades, ou
quaisquer outras subdivisões de uma entidade. Todas as áreas devem trabalhar em conjunto para que
os objetivos definidos no PEI sejam alcançados. Logo, tenhamos em mente que o PEI não se aplica
apenas para a área de TI, mas sim para todas as áreas da entidade.
• PDTI – Plano Diretor de Tecnologia da Informação: por se aplicar a todas as áreas de uma entidade, o
PEI não traz diretrizes específicas. Cabe a cada área realizar um planejamento interno para garantir
que os objetivos definidos no PEI sejam materializados. Assim, podemos ter um planejamento para a
área Financeira, um para a área Jurídica, um para a área de Compras e outro para a área de TI. Ao
planejamento interno da área de TI damos o nome de PDTI. É nele que todas as ações específicas da
área de TI da entidade devem ser relacionadas.
• EGTI – Estratégia Geral de Tecnologia da Informação: segundo o Art. 3º da IN 04/2010, a EGTI será
elaborada pelo SISP, e define linhas estratégicas que todas as entidades integrantes (do SISP) devem
utilizar como subsídio para elaboração do PDTI.
Definidas as siglas, vamos para a análise da equação. Observa-se que o PDTI é o resultado da soma do
disposto no PEI com o disposto EGTI. Porém não é uma simples soma, no contexto literal da palavra, onde
unimos o conteúdo de ambos para obter o PDTI. Trata-se uma análise profunda e minuciosa de quais são as
ações necessárias da área de TI para atender às estratégias definidas em ambos os instrumentos: PEI e EGTI.
Mudanças no PEI ou EGTI exigem, no mínimo, uma revisão do PDTI. Assim, sempre que a PEI ou EGTI forem
revisadas, obrigatoriamente devemos revisar nosso PDTI, sob a pena de termos um planejamento de TI que
não está alinhado ao planejamento da entidade ou da estratégia definida pelo SISP.

Quando a IN 04/2010 prescreve que “As contratações de que trata esta Instrução Normativa deverão ser
precedidas de planejamento, elaborado em harmonia com o PDTI (…)” devemos entender que o PDTI possui
diretrizes que foram elaboradas com base na análise do PEI e da EGTI. Logo, somente podemos realizar a
contratações de soluções desde que sua finalidade seja o atender as estratégias e objetivos definidos pelo PEI
e EGTI. Trata-se de uma sequência lógica: O PEI, EGTI e PDTI podem gerar contratações, porém não
devemos realizar uma contratação e somente depois olhar para estes instrumentos buscando uma diretriz que
justifique o investimento. Se assim o fazemos, estamos invertendo a lógica do processo.

Quando temos contratações alinhadas ao PDTI, automaticamente temos contratações alinhadas ao


planejamento estratégico da instituição. Desta maneira, obtemos um melhor aproveitamento de recursos, pois
todo investimento passa a ser realizado para que a entidade alcance seus objetivos estratégicos. Assim, não
corremos o risco de contratar soluções isoladas, distantes dos objetivos institucionais. É a TI participando
ativamente dos resultados da entidade.

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GERENCIA DE PROJETOS
A palavra “projeto” é muito comum e está presente nos diálogos de todos os dias. Porém, os conceitos que se
formaram em sua volta diferem de uma pessoa para a outra, e isso acontece porque o uso convencional dessa
palavra varia de situação a situação.
O próprio Governo Federal possui uma definição para projeto, tratando como um instrumento de programação
para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das
quais resulta um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do Governo.
Pessoas envolvidas em projetos percebem que estes possuem algumas características típicas, diferentes, por
exemplo, de uma tarefa rotineira como a manutenção. Projetos possuem objetivos definidos e prazo de
conclusão, e para que isso aconteça com sucesso é preciso conduzir, coordenar e controlar um projeto e as
pessoas que o integram, surge então a Gerência de projetos.

Com o passar do tempo algumas normas começaram a ser escritas para a gerência de projetos, e
nos EUA foi criado o “Instituto de Gerência de Projetos” – PMI (Project Management Institute), o
qual tem sido responsável pelas mais recentes e importantes contribuições nesse campo,
especialmente o livro “Guide to the Project Management Body of Knowledge”, conhecido como
PMBOK.

Antes de você começarmos a interagir e estudarmos os conceito de Gerência de Projetos, é importante


entender perfeitamente a definições de projeto, evitando assim equívocos ou interpretações errôneas.
Um projeto é um conjunto de tarefas, arranjado numa seqüência ou relação definida, que produz um efeito ou saída
pré-definida. Um projeto sempre tem um começo, meio e um final.
PMI - Project Management Institute

O QUE É GERENCIAMENTO DE PROJETOS?


O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades
do projeto a fim de atender aos seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação
e integração apropriadas dos 47 processos agrupados logicamente abrangendo os 5 grupos.
Os 5 grupos de processos são:
• Iniciação;
• Planejamento;
• Execução;
• Monitoramento e controle;
• Encerramento.

Gerenciar um projeto inclui:


• Identificação dos requisitos;
• Adaptação às diferentes necessidades, preocupações e expectativas das partes interessadas à
medida que o projeto é planejado e realizado;
• Balanceamento das restrições conflitantes do projeto que incluem, mas não se limitam a:
• Escopo;
• Qualidade;
• Cronograma;
• Orçamento;
• Recursos e
• Risco.
O projeto específico influenciará as restrições nas quais o gerente precisa se concentrar. A relação entre esses
fatores ocorre de tal forma que se algum deles mudar, pelo menos um outro fator provavelmente será afetado.
Devido ao potencial de mudança, o plano de gerenciamento do projeto é iterativo e passa por uma elaboração
progressiva no decorrer do ciclo de vida do projeto. A elaboração progressiva envolve melhoria contínua e
detalhamento de um plano conforme informações mais detalhadas e específicas e estimativas mais exatas
tornam-se disponíveis. Isto é, conforme o projeto evolui, a equipe de gerenciamento poderá gerenciar com um
nível maior de detalhes.

RELACIONAMENTO ENTRE GERENCIAMENTO DE PROJETOS, DE PROGRAMAS E DE PORTFÓLIOS


Em organizações de gerenciamento de projetos maduras, o gerenciamento de projetos existe em um contexto
mais amplo regido pelo gerenciamento de programas e gerenciamento de portfólios.
As estratégias e prioridades organizacionais estão vinculadas e possuem relações entre portfólios e
programas, bem como entre programas e projetos individuais. O planejamento organizacional impacta o projeto
através de uma priorização de projetos baseada em risco, financiamento e no plano estratégico da
organização. O planejamento organizacional pode orientar o financiamento e dar suporte aos projetos
componentes com base nas categorias de risco, linhas específicas de negócios ou tipos gerais de projetos,
como infra-estrutura e melhoria de processos internos.

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Os projetos, programas e portfólios possuem abordagens distintas. A Tabela abaixo apresenta a comparação
de visões de projeto, programa e portfólio em vários domínios, incluindo mudança, liderança, gerenciamento e
outros.


GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS
Um portfólio refere-se a um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos, agrupados para facilitar o
gerenciamento eficaz desse trabalho a fim de atingir os objetivos de negócios estratégicos. Os projetos ou
programas do portfólio podem não ser necessariamente interdependentes ou diretamente relacionados. Por
exemplo, uma empresa de infra-estrutura que tenha o objetivo estratégico de “maximizar o retorno sobre os
seus investimentos” pode compor um portfólio que inclua uma mescla de projetos em petróleo e gás, energia,
água, estradas, ferrovias e aeroportos. A partir dessa mescla, a empresa pode escolher gerenciar projetos
relacionados como um programa. Todos os projetos de energia podem ser agrupados como um programa de
energia. Da mesma forma, todos os projetos de água podem ser agrupados como um programa de água.
O gerenciamento de portfólios se refere ao gerenciamento centralizado de um ou mais portfólios, que inclui
identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos, programas e outros trabalhos
relacionados, para atingir objetivos de negócios estratégicos específicos. O gerenciamento de portfólios se
concentra em garantir que os projetos e programas sejam analisados a fim de priorizar a alocação de recursos,
e que o gerenciamento do portfólio seja consistente e esteja alinhado às estratégias organizacionais.

GERENCIAMENTO DE PROGRAMAS
Um programa é definido como um grupo de projetos relacionados gerenciados de modo coordenado para a
obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente.
Os programas podem incluir elementos de trabalho relacionado fora do escopo de projetos distintos no
programa. Um projeto pode ou não fazer parte de um programa, mas um programa sempre terá projetos.
O gerenciamento de programas é definido como o gerenciamento centralizado e coordenado de um programa
para atingir os objetivos e benefícios estratégicos do mesmo. Os projetos dentro de um programa são
relacionados através do resultado comum ou da capacidade coletiva. Se a relação entre projetos for somente a
de um cliente, vendedor, tecnologia ou recurso compartilhado, o esforço deve ser gerenciado como um portfólio
de projetos e não como um programa.
O gerenciamento de programas se concentra nas interdependências do projeto e ajuda a determinar a melhor
abordagem para gerenciá-los. As ações relacionadas a essas interdependências podem incluir:
• Solução de restrições e/ou conflitos de recursos que possam afetar múltiplos projetos no sistema;
• Alinhamento da orientação estratégica/organizacional que afeta as metas e objetivos do projeto e do
programa e
• Solução de problemas e gerenciamento de mudanças em uma estrutura de governança
compartilhada.

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Um exemplo de programa seria um novo sistema de satélite de comunicação com projetos para o design do
satélite e das estações terrestres, construção de cada uma delas, integração do sistema e lançamento do
satélite.

ESCRITÓRIO DE PROJETOS
Um escritório de projetos (Project Management Office, PMO) é um corpo ou entidade organizacional à qual são
atribuídas várias responsabilidades relacionadas ao gerenciamento centralizado e coordenado dos projetos sob
seu domínio. As responsabilidades de um PMO podem variar desde fornecer funções de suporte ao
gerenciamento de projetos até ser responsável pelo gerenciamento direto de um projeto.
Os projetos apoiados ou administrados pelo PMO podem não estar relacionados de outra forma que não seja
por serem gerenciados conjuntamente. A forma, função e estrutura específicas de um PMO depende das
necessidades da organização à qual ele dá suporte.
Um PMO pode receber uma autoridade delegada para atuar como parte interessada integral e um importante
deliberante durante o início de cada projeto, fazer recomendações ou encerrar projetos, ou ainda tomar outras
medidas conforme a necessidade para manter os objetivos de negócios consistentes. Além disso, o PMO pode
estar envolvido na seleção, no gerenciamento e na mobilização de recursos de projetos compartilhados ou
dedicados.
A principal função de um PMO é dar suporte aos gerentes de projetos de diversas maneiras, que incluem mas
não se limitam a:
• Gerenciamento de recursos compartilhados entre todos os projetos administrados pelo PMO;
• Identificação e desenvolvimento de metodologia, melhores práticas e padrões de gerenciamento de
projetos;
• Orientação, aconselhamento, treinamento e supervisão;
• Monitoramento da conformidade com as políticas, procedimentos e modelos padrões de
gerenciamento de projetos por meio de auditorias do projeto;
• Desenvolvimento e gerenciamento de políticas, procedimentos, formulários e outras documentações
compartilhadas do projeto (ativos de processos organizacionais) e
• Coordenação das comunicações entre projetos.
Os gerentes de projetos e os PMOs buscam objetivos diferentes e, por isso, são orientados por requisitos
diferentes. No entanto, todos esses esforços estão alinhados com as necessidades estratégicas da
organização. As diferenças entre o papel dos gerentes de projeto e de um PMO podem incluir:
• O gerente de projetos concentra-se nos objetivos especificados do projeto, enquanto o PMO gerencia
as principais mudanças do escopo do programa que podem ser vistas como possíveis oportunidades
para melhor alcançar os objetivos de negócios;
• O gerente de projetos controla os recursos atribuídos ao projeto para atender da melhor forma
possível aos objetivos do projeto, enquanto que o PMO otimiza o uso dos recursos organizacionais
compartilhados entre todos os projetos;
• O gerente de projetos gerencia as restrições (escopo, cronograma, custo e qualidade, etc.) dos
projetos individuais, enquanto o PMO gerencia as metodologias, padrões, o risco/oportunidade global
e as interdependências entre os projetos no nível da empresa.

PAPEL DE UM GERENTE DE PROJETOS


O gerente de projetos é a pessoa designada pela organização executora para atingir os objetivos do projeto. O
papel de um gerente de projetos é diferente de um gerente funcional ou gerente de operações. Normalmente, o
gerente funcional está concentrado em proporcionar a supervisão de gerenciamento de uma área
administrativa e os gerentes de operações são responsáveis por um aspecto do negócio principal.
Dependendo da estrutura organizacional, um gerente de projetos pode se reportar a um gerente funcional. Em
outros casos, um gerente de projetos pode ser um dos vários gerentes de projetos que se reporta a um gerente
de portfólios ou de programas que é, em última instância, o responsável pelos projetos no âmbito da empresa.
Nesse tipo de estrutura, o gerente de projetos trabalha estreitamente com o gerente de portfólios ou de
programas para atingir os objetivos do projeto e garantir que o plano do mesmo esteja alinhado com o plano do
programa central.
Muitas das ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos são específicas ao gerenciamento de
projetos. No entanto, compreender e aplicar o conhecimento, as ferramentas e as técnicas reconhecidas como
boas práticas não é suficiente para um gerenciamento eficaz.
Além de todas as habilidades da área específica e das proficiências ou competências de gerenciamento geral
exigidas , o gerenciamento de projetos eficaz requer que o gerente tenha as seguintes três características :
1. Conhecimento. Refere-se ao que o gerente de projetos sabe sobre gerenciamento de projetos.
2. Desempenho. Refere-se ao que o gerente de projetos é capaz de realizar enquanto aplica seu
conhecimento em gerenciamento de projetos.
3. Pessoal. Refere-se ao comportamento do gerente na execução do projeto ou de atividade
relacionada. A efetividade pessoal abrange atitudes, principais características de personalidade e
liderança; a capacidade de orientar a equipe do projeto ao mesmo tempo em que atinge objetivos e
equilibra as restrições do mesmo.

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O CICLO DE VIDA DO PROJETO


O ciclo de vida de um projeto consiste nas fases do mesmo que geralmente são sequenciais e que às vezes se
sobrepõem, cujo nome e número são determinados pelas necessidades de gerenciamento e controle da(s)
organização(ões) envolvidas , a natureza do projeto em si e sua área de aplicação. Um ciclo de vida pode ser
documentado com uma metodologia. O ciclo de vida pode ser definido ou moldado de acordo com aspectos
exclusivos da organização, indústria ou tecnologia empregada. Ao passo em que todos os projetos têm um
início e um fim definidos, as entregas e atividades específicas conduzidas neste ínterim poderão variar muito
de acordo com o projeto. O ciclo de vida oferece uma estrutura básica para o gerenciamento do projeto,
independentemente do trabalho específico envolvido.

CARACTERÍSTICAS DO CICLO DE VIDA


Os projetos variam em tamanho e complexidade. Não importa se grandes ou pequenos, simples ou complexos,
todos os projetos podem ser mapeados para a estrutura de ciclo de vida a seguir
• Início do projeto;
• Organização e preparação;
• Execução do trabalho do projeto e
• Encerramento do projeto.
Esta estrutura genérica de ciclo de vida é frequentemente referenciada na comunicação com a alta
administração ou outras entidades menos familiarizadas com os detalhes do projeto. Esta visão de alto nível
pode oferecer um quadro de referência comum para comparação de projetos – mesmo que, em sua natureza,
eles não sejam semelhantes.

A estrutura genérica do ciclo de vida geralmente apresenta as seguintes características:


• Os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, atingem um valor máximo enquanto o projeto é
executado e caem rapidamente conforme o projeto é finalizado. A linha pontilhada na anterior ilustra
este padrão típico.
• A influência das partes interessadas, os riscos e as incertezas são maiores durante o início do projeto.
Estes fatores caem ao longo da vida do mesmo.
• A capacidade de influenciar as características finais do produto do projeto, sem impacto significativo
sobre os custos, é mais alta no início e torna-se cada vez menor conforme o projeto progride para o
seu término.
A Figura ilustra a idéia de que os custos das mudanças e correções de erros geralmente aumentam
significativamente conforme o projeto se aproxima do término.

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Dentro do contexto da estrutura genérica do ciclo de vida, um gerente de projetos pode determinar a
necessidade de um controle mais eficaz sobre certas entregas. Projetos grandes e complexos em particular
podem requerer este nível adicional de controle. Nestes casos, o trabalho realizado para atingir os objetivos do
projeto pode se beneficiar com a divisão formal em fases.

RELAÇÕES CICLO DE VIDA PROJETO x PRODUTO


O ciclo de vida do produto consiste em fases do produto, geralmente sequenciais e nãosobrepostas,
determinadas pela necessidade de produção e controle da organização. A última fase do ciclo de vida de um
produto é geralmente a retirada de circulação do produto. Geralmente o ciclo de vida de um projeto está
contido em um ou mais ciclos de vida do produto. É necessário ter cuidado para distinguir o ciclo de vida do
projeto do ciclo de vida do produto. Todos os projetos têm um fim ou objetivo, mas nos casos onde o objetivo é
um serviço ou resultado, pode-se definir um ciclo de vida para o serviço ou resultado em vez de um ciclo de
vida de produto.
Quando a saída do projeto está relacionada a um produto, existem muitas relações possíveis. Por exemplo, o
desenvolvimento de um novo produto pode ser um projeto em si. Ao mesmo tempo, um produto existente pode
se beneficiar de um projeto para o acréscimo de novas funções ou características, ou pode-se criar um projeto
para desenvolver um novo modelo. Vários aspectos do ciclo de vida do produto prestam-se à execução como
projetos; por exemplo, a realização de um estudo de viabilidade, a condução de pesquisas de mercado, a
execução de campanhas publicitárias, a instalação de um produto, realização de dinâmicas de grupo e de
avaliações de produtos em mercados de teste, etc. Em cada um destes exemplos, o ciclo de vida do projeto
difere-se do ciclo de vida do produto.
Como um produto pode ter muitos projetos associados a ele, é possível obter ganhos de eficiência adicionais
gerenciando-se todos os projetos relacionados em conjunto. Por exemplo, uma série de projetos distintos pode
ser relacionada ao desenvolvimento de um novo automóvel. Cada projeto pode ser distinto, mas ainda assim
contribuir com uma entrega-chave necessária para levar o automóvel ao mercado. A supervisão de todos os
projetos por uma autoridade superior pode aumentar significativamente a probabilidade de sucesso.

FASES DO PROJETO
As fases do projeto são divisões de um projeto onde controle adicional é necessário para gerenciar de forma
efetiva o término de uma entrega importante. Geralmente as fases são terminadas sequencialmente, mas
podem se sobrepor em algumas situações . A natureza de alto nível das fases de um projeto as torna um
elemento do ciclo de vida do projeto. Uma fase não é um grupo de processos de gerenciamento de projetos.
A estrutura de fases permite que o projeto seja segmentado em subconjuntos lógicos para facilitar o
gerenciamento, o planejamento e controle. O número de fases, a necessidade de fases e o grau de controle
aplicado depende do tamanho, grau de complexidade e impacto potencial do projeto. Independentemente do
número de fases que compõem um projeto, todas têm características semelhantes:
• Quando as fases são sequenciais, o encerramento de uma fase termina com alguma forma de
transferência ou entrega do produto do trabalho produzido como entrega da fase. O final desta fase
representa um ponto natural de reavaliação dos esforços em andamento e de modificação ou término
do projeto, caso necessário. Esses pontos também são chamados de saídas de fase, marcos,
passagens de fase, passagens de estágio, portões de decisão ou pontos de término.
• O trabalho tem um foco diferente de quaisquer outras fases. Isso geralmente envolve diferentes
organizações e conjuntos de habilidades.
• A principal entrega ou objetivo da fase requer um grau superior de controle para ser atingido com
sucesso. A repetição de processos entre todos os cinco grupos dos mesmos, proporciona o grau de
controle adicional e define os limites da fase.
Embora muitos projetos possam ter nomes de fases similares com entregas similares, poucos são idênticos.
Alguns terão somente uma fase, conforme exibido na figura abaixo. Outros projetos podem ter muitas fases.
Fases distintas normalmente têm durações ou extensões diferentes.

Não há uma forma única de definir a estrutura ideal para um projeto. Embora práticas comuns no setor
normalmente levem à utilização de uma estrutura preferida, projetos no mesmo setor, ou mesmo dentro da
mesma organização, podem apresentar variações significativas. Algumas organizações estabeleceram
políticas que padronizam todos os projetos, enquanto outras permitem que a equipe de gerenciamento escolha
as políticas mais apropriadas para seu projeto específico. Por exemplo, uma organização pode tratar um
estudo de viabilidade como uma tarefa rotineira da fase pré-projeto, outra pode tratar o mesmo estudo como a
primeira fase de um projeto e uma terceira pode tratar o estudo de viabilidade como um projeto distinto e
independente. Da mesma maneira, uma equipe de projeto pode dividir um projeto em duas fases onde uma
equipe diferente pode escolher gerenciar todo o trabalho como uma única fase. Muito depende da natureza do
projeto específico e do estilo da equipe de projeto ou da organização.

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GOVERNANÇA DE PROJETOS AO LONGO DO CICLO DE VIDA


A governança de projetos oferece um método abrangente e consistente de controle e garantia de sucesso do
projeto. A abordagem da governança do projeto deve ser descrita no plano de gerenciamento do projeto. A
governança do projeto deve se adequar ao contexto mais amplo do programa ou da organização
patrocinadora.
Consideradas tais restrições e as limitações adicionais de tempo e orçamento, cabe ao gerente de projetos e à
equipe de gerenciamento determinar o método mais apropriado de execução do projeto. Decisões devem ser
tomadas sobre quais pessoas serão envolvidas, quais recursos serão necessários e qual a abordagem geral
adotada para o término do trabalho. Outra consideração importante é se haverá mais de uma fase envolvida e,
em caso afirmativo, determinar a estrutura de fases específica do projeto individual.
A estrutura de fases propicia uma base formal para o controle. Cada fase é formalmente iniciada para
especificar o que é permitido e esperado dela. Uma análise do gerenciamento costuma ser feita para se chegar
a uma decisão sobre o início das atividades de uma fase. Isso se aplica em especial quando uma fase anterior
ainda não foi concluída. Um exemplo seria quando uma organização opta por um ciclo de vida em que mais de
uma fase do projeto avança simultaneamente. O início de uma fase é também o momento de revalidar antigas
premissas, analisar riscos e definir mais detalhadamente os processos necessários para realizar a(s)
entrega(s) da fase. Por exemplo, se uma fase específica não exigir a compra de novos materiais ou
equipamentos, não será necessário executar as atividades ou processos de aquisição.
Uma fase de projeto é geralmente concluída e formalmente fechada com uma revisão das entregas para que
se determine o término e a aceitação. Pode ser realizada uma análise de final de fase com os objetivos
combinados de se obter autorização para encerrar a atual e iniciar a seguinte. O final de uma fase representa
um ponto natural de reavaliação do esforço em andamento e de modificação ou término do projeto, se
necessário. Considera-se uma boa prática avaliar as principais entregas e o desempenho do projeto até a data
em questão para a) determinar se o projeto deve continuar para sua próxima fase e b) detectar e corrigir erros
de forma eficaz. O término formal da fase não inclui necessariamente uma autorização da seguinte. Por
exemplo, se o risco é considerado grande demais para que a continuação do projeto seja permitida ou se os
objetivos não forem mais necessários, uma fase poderá ser encerrada com a decisão de não se iniciar
qualquer outra fase subsequente.

RELAÇÕES ENTRE FASES


Quando os projetos têm várias fases, estas são parte, em geral, de um processo seqüencial projetado para
garantir um controle adequado do projeto e obter o produto, serviço ou resultado desejado. Contudo, há
situações em que um projeto pode se beneficiar de fases sobrepostas ou simultâneas.
Há três tipos básicos de relações entre fases:
• Uma relação sequencial, em que uma fase só poderá iniciar depois que a anterior terminar. A figura
abaixo mostra um exemplo de um projeto com fases inteiramente sequenciais. A natureza passo a
passo desta abordagem reduz incertezas, mas pode eliminar opções de redução do cronograma.

• Uma relação sobreposta, em que a fase tem início antes do término da anterior. Às vezes, ela pode
ser aplicada como um exemplo da técnica de compressão de cronograma denominada paralelismo.
As fases sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em retrabalho caso uma fase subsequente
progrida antes que informações precisas sejam disponibilizadas pela fase anterior.

• Uma relação iterativa, em que apenas uma fase está planejada a qualquer momento e o planejamento
da próxima é feito à medida que o trabalho avança na fase atual e nas entregas. Esta abordagem é
útil em ambientes muito indefinidos, incertos ou em rápida transformação, como pesquisas, mas pode
reduzir a capacidade de fornecer um planejamento de longo prazo. Nesses casos, o escopo é
gerenciado por entregas contínuas de incrementos do produto e priorização dos requisitos para
minimizar riscos do projeto e maximizar o valor comercial do produto. Essa relação também pode
fazer com que todos os membros da equipe (por exemplo, projetistas, desenvolvedores, etc.) tenham
que ficar disponíveis durante todo o projeto ou, pelo menos, por duas fases consecutivas.

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Em projetos de várias fases, pode ocorrer mais de uma relação entre as mesmas durante o ciclo de vida do
projeto. Considerações como, por exemplo, o nível de controle necessário, a eficácia e o grau de incerteza
determinam a relação a ser aplicada entre as fases. Com base nessas considerações, todas as três relações
podem ocorrer entre fases diferentes de um único projeto.

ÁREAS DE CONHECIMENTO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS


O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às
atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos. Esta aplicação de conhecimentos requer o
gerenciamento eficaz de processos apropriados.
Um processo é um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas, que são executadas para alcançar um
produto, resultado ou serviço predefinido. Cada processo é caracterizado por suas entradas, as ferramentas e
as técnicas que podem ser aplicadas e as saídas resultantes. O gerente de projetos deve considerar os ativos
de processos organizacionais e os fatores ambientais da empresa. Devem ser considerados para todos os
processos, mesmo que não estejam explicitamente listados como entradas na especificação do processo. Os
ativos de processos organizacionais fornecem diretrizes e critérios para adaptação dos processos da
organização às necessidades específicas do projeto. Os fatores ambientais da empresa podem restringir as
opções de gerenciamento do projeto.
Para que um projeto seja bem-sucedido, a equipe do projeto deve:
• Selecionar os processos apropriados necessários para cumprir os objetivos do projeto;
• Usar uma abordagem definida que possa ser adotada para atender aos requisitos;
• Cumprir os requisitos para atender às necessidades e expectativas das partes interessadas e
• Obter um equilíbrio entre as demandas concorrentes de escopo, tempo, custo, qualidade, recursos e
riscos, para gerar o produto, o serviço ou o resultado especificado.
Os processos do projeto também são executados pela equipe do projeto e, em geral, podem ser classificados
em uma de duas categorias principais:
• Os processos de gerenciamento de projetos garantem o fluxo eficaz do projeto ao longo de sua
existência. Esses processos abrangem as ferramentas e as técnicas envolvidas na aplicação de
habilidades e capacidades descritas nas Áreas de Conhecimento.
• Os processos orientados a produtos especificam e criam o produto do projeto. Em geral, são definidos
pelo ciclo de vida do projeto e variam de acordo com a área de aplicação. O escopo do projeto não
pode ser definido sem algum entendimento básico de como criar o produto especificado. Por exemplo,
diversas técnicas e ferramentas de construção devem ser consideradas ao determinar a complexidade
geral da casa que será construída.
Este padrão descreve apenas os processos de gerenciamento de projetos. Embora os processos orientados a
produtos estejam fora do escopo deste padrão, não devem ser ignorados pelo gerente de projetos. Os
processos de gerenciamento de projetos e os processos orientados a produtos sobrepõem-se e interagem ao
longo da vida de um projeto.
Os processos de gerenciamento de projetos são aplicados globalmente e nos mais variados setores e
indústrias. “Boa prática” significa que existe um acordo geral de que a aplicação dos processos de
gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla série de projetos.

Isso não significa que os conhecimentos, as habilidades e os processos descritos sempre devem ser aplicados de
forma uniforme em todos os projetos. Para qualquer projeto específico, o gerente de projetos, em colaboração com
a equipe de projetos, sempre é responsável por determinar quais processos são apropriados e o grau de rigor
apropriado para cada um.

Os gerentes de projetos e suas equipes devem abordar com cuidado cada processo e as entradas e saídas
que o constituem. Este esforço é conhecido como adequação.
O gerenciamento de projetos é um empreendimento integrado, e requer que cada processo de projeto ou
produto seja alinhado e conectado de forma apropriada com os outros processos para facilitar a coordenação.
As ações adotadas durante um processo em geral afetam esse e outros processos relacionados. Por exemplo,
uma mudança no escopo costuma afetar o custo do projeto, mas talvez não afete o plano de comunicações ou
a qualidade do produto. Com frequência, essas interações entre processos requerem compensações entre os
requisitos e os objetivos do projeto, e as compensações de desempenho especificas vão variar de um projeto
para outro e de uma organização para outra. O gerenciamento de projetos bem-sucedido inclui gerenciar
ativamente essas interações para cumprir os requisitos do patrocinador, do cliente e de outras partes
interessadas. Em algumas circunstâncias, um processo ou conjunto deles deverá ser iterado várias vezes para
alcançar o resultado desejado.
Os projetos existem em uma organização e não podem operar como um sistema fechado. Requerem a entrada
de dados da organização e externos e entregam capacidades à organização. Os processos de projeto podem
gerar informações para aprimorar o gerenciamento de projetos futuros.

Este padrão descreve a natureza dos processos de gerenciamento de projetos em termos da integração entre
os processos, suas interações e seus objetivos. Os processos de gerenciamento de projetos são agrupados
em cinco categorias, conhecidas como grupos de processos de gerenciamento de projetos (ou grupos de
processos):

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•Grupo de processos de iniciação. São os processos realizados para definir um novo projeto ou uma
nova fase de um projeto existente através da obtenção de autorização para iniciar o projeto ou a fase;
• Grupo de processos de planejamento. Os processos realizados para definir o escopo do projeto,
refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação necessário para alcançar os objetivos para os quais
o projeto foi criado;
• Grupo de processos de execução. Os processos realizados para executar o trabalho definido no
plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as especificações do mesmo;
• Grupo de processos de monitoramento e controle. Os processos necessários para acompanhar,
revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão
necessárias mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes;
• Grupo de processos de encerramento. Os processos executados para finalizar todas as atividades
de todos os grupos de processos, visando encerrar formalmente o projeto ou a fase.
Os grupos de processos se sobrepõem ao longo de praticamente toda a duração do projeto

Os grupos de processos de gerenciamento de projetos têm grande correspondência com o conceito do Ciclo
PDCA (Plan - Do - Check - Act): Planejar - Fazer - Verificar - Agir (corrigir e melhorar). O grupo de
Planejamento corresponde ao Planejar; Execução, ao Fazer; e Monitoramento e controle englobam Verificar e
Agir. E como a natureza dos projetos é finita, o PMBOK ainda caracteriza os grupos de processos que iniciam
(Iniciação) e finalizam (Encerramento) um projeto.

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ÁREAS DE CONHECIMENTO
As dez áreas de conhecimento caracterizam os principais aspectos envolvidos em um projeto e no seu
gerenciamento:
• Integração
• Escopo
• Tempo
• Custos
• Qualidade
• Recursos humanos
• Comunicações
• Riscos
• Aquisições
• Partes Interessadas

Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são os principais determinantes para o objetivo de um projeto: entregar
um resultado de acordo com o escopo, no prazo e no custo definidos, com qualidade adequada; em outras
palavras, o que, quando, quanto e como. Recursos Humanos e Aquisições são os insumos para produzir o
trabalho do projeto. Comunicações e Riscos devem ser continuamente abordados para manter as expectativas
e as incertezas sob controle, assim como o projeto no rumo certo. E Integração abrange a orquestração de
todos estes aspectos.
Um projeto consiste nisso: pessoas (e máquinas) que utilizam tempo, materiais e dinheiro realizando trabalho
coordenado para atingir determinado objetivo.

Além de conceituar os aspectos fundamentais do gerenciamento de projetos, de forma a promover um


vocabulário comum dentro dessa profissão, o Guia PMBOK documenta (define e descreve) processos (47
processos) de gerenciamento de projetos e os apresenta didaticamente, organizados em um capítulo por área
de conhecimento (10 áreas de conhecimento). Em cada processo, são abordados suas entradas e saídas,
suas características, bem como os artefatos, técnicas e ferramentas envolvidas.

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4. Gerenciamento da integração do projeto


Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as
atividades necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades
dos grupos de processos de gerenciamento.
• 4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto: autorizar um projeto ou fase e documentar
requisitos iniciais.
• 4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: ações necessárias para definir, preparar,
integrar e coordenar planos auxiliares.
• 4.3 Orientar e gerenciar o trabalho do projeto: realizar trabalho definido no plano de projeto para
atingir os objetivos do projeto.
• 4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: acompanhar e revisar o progresso para atender
aos objetivos de desempenho definidos no plano do projeto.
• 4.5 Realizar o controle integrado de mudanças: revisar as solicitações de mudança, aprovação e
gerenciamento de mudanças.
• 4.6 Encerrar o projeto ou fase: finalizar todas atividades de gerenciamento do projeto para
terminar o projeto ou a fase.

Gerenciamento de escopo do projeto


O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para garantir que o projeto inclui
todo o trabalho necessário, e somente o trabalho necessário, para terminar o projeto com sucesso.
Preocupa-se principalmente em definir e controlar o que está incluso no projeto e o que não está.
• 5.1 Planejar o gerenciamento do escopo: define e documenta como a equipe do projeto irá definir,
controlar validar o escopo.
• 5.2 Coletar os requisitos: define e documenta as necessidades das partes interessadas para
atingir os objetivos do projeto.
• 5.3 Definir o escopo: desenvolve descrição detalhada do projeto e do produto.
• 5.4 Criar a EAP: subdivide os produtos do projeto e o trabalho do projeto em componentes
menores e mais gerenciáveis.
• 5.5 Validar o escopo: formaliza a aceitação dos produtos do projeto.
• 5.6 Controlar o escopo: monitora o status do escopo do projeto e do produto e gerencia as
alterações na linha de base de escopo.
* EAP – Estrutura analítica de projetos (WBS - Work Breakdown Structurure): fundamental para o projeto, pois,
fornece uma visão estruturada do que será entregue facilitando o entendimento das partes interessadas em
relação ao que deve ser feito (escopo) no projeto, além, de servir de base para o planejamento das outras
áreas de conhecimento.

Gerenciamento do tempo do projeto


Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento do tempo inclui os processos requeridos para assegurar a
conclusão do projeto no prazo previsto.
• 6.1 Planejar o gerenciamento do cronograma: Estabelece políticas, procedimentos p/ planejar,
desenvolver, gerenciar e controlar o cronograma.
• 6.2 Definir as atividades: Identificar as atividades específicas que devem ser executadas para
produzir as entregas do projeto.
• 6.3 Sequenciar as atividades: Identificar e documentar as relações de dependência entre as
atividades.
• 6.4 Estimar os recursos das atividades: Estimar o tipo e quantidade dos recursos necessários
para executar cada atividade.
• 6.5 Estimar as durações das atividades: Estimar a quantidade de períodos de trabalho que serão
necessários para completar cada atividade.
• 6.6 Desenvolver o Cronograma: Analisar a sequência das atividades, sua duração, seus recursos
e suas restrições para criar o cronograma do projeto.
• 6.7 Controlar o Cronograma: Controlar as mudanças no cronograma.

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Gerenciamento dos custos do projeto


Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em
estimativas, orçamentos e controle dos custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do
orçamento aprovado.
• 7.1 Planejar o gerenciamento dos custos: Estabelecer as políticas, procedimentos e
documentação para planejar, gerenciar, executar e controlar os custos do projeto.
• 7.2 Estimar os custos: Estimar os custos dos recursos necessários para executar as atividades do
projeto.
• 7.3 Determinar o orçamento: Agregar os custos estimados das atividades para estabelecer uma
linha de base.
• 7.4 Controlar os custos: Monitorar o status do projeto para atualizar o orçamento e gerenciar
alterações na linha de base dos custos.

Gerenciamento da qualidade do projeto


O Gerenciamento da qualidade em Projetos busca assegurar que o projeto satisfaça as necessidades
do cliente e envolve todas atividades do projeto por todo o seu ciclo de vida.
O Gerenciamento da qualidade implementa o sistema de gestão da qualidade por meio de políticas e
procedimentos com atividades de melhoria contínua de processos.
O GP deve conscientizar toda equipe sobre a importância de buscar os objetivos da qualidade e para
isso, deve oferecer as condições necessárias para que o time possa alcançá-los.
• 8.1 Planejar o gerenciamento da qualidade: Identificar os requisitos e/ou padrões da qualidade do
projeto e do produto, bem como documentar de que modo o projeto demonstrará a conformidade.
• 8.2 Realizar a garantia da qualidade: Processo de auditoria dos requisitos da qualidade e dos
resultados das medições do controle da qualidade para certificar que os padrões da qualidade e
definições operacionais apropriadas estão sendo utilizados.
• 8.3 Controlar a qualidade: Processo de monitoramento e registro dos resultados da execução das
atividades da qualidade para avaliar a performance e recomendar mudanças necessárias.

Gerenciamento dos recursos humanos do projeto


Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui os processos que
organizam e gerenciam a equipe do projeto.
A equipe é composta por pessoas com funções e responsabilidades atribuídas com foco no término do
projeto.
• 9.1 Planejar o gerenciamento dos recursos humanos: Identificar e documentar as funções,
responsabilidades, competências necessárias e relações hierárquicas. Cria o plano de
gerenciamento de RH.
• 9.2 Mobilizar a equipe do projeto: Obter os recursos humanos necessários para o projeto.
• 9.3 Desenvolver a equipe do projeto: Melhorar as competências e interação dos membros da
equipe para aprimorar o desempenho do projeto.
• 9.4 Gerenciar a equipe do projeto: Acompanhar o desempenho da equipe, fornecer feedback,
resolver problemas e coordenar mudanças para melhorar o desempenho do projeto.

Gerenciamento das comunicações do projeto


Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos
necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas,
armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada.
• 10.1 Planejar o gerenciamento das comunicações: identificar as necessidades e relevância de
informações e definir abordagem de comunicação;
• 10.2 Gerenciar as comunicações: colocar as informações necessárias à disposição das partes
interessadas conforme planejado; Envolve todo o ciclo de vida da informação descrito no plano de
gerenciamento da comunicação, composto por gerar, coletar, distribuir, armazenar, recuperar e
até descartar a informação.
• 10.3 Controlar as comunicações: controlar e monitorar as comunicações de modo a garantir que
as necessidades de informação das partes interessadas sejam atendidas.

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Gerenciamento dos riscos do projeto


Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de planejamento,
identificação, análise, planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos de um projeto. Seu
objetivo é maximizar a exposição aos eventos positivos e minimizar a exposição aos eventos negativos
• 11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos: definir como conduzir as atividades de gerenciamento
de riscos para o projeto.
• 11.2 Identificar os riscos: determinar quais riscos podem afetar o projeto e documentar suas
características.
• 11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos: Avaliar a exposição ao risco para priorizar os riscos
que serão objeto de análise ou ação adicional.
• 11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos: Efetuar a análise numérica do efeito dos riscos
identificados nos objetivos gerais do projeto.
• 11.5 Planejar as respostas aos riscos: Desenvolver opções e ações para aumentar as
oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.
• 11.6 Controlar os riscos: Monitorar e controlar os riscos durante o ciclo de vida do projeto.

Gerenciamento das aquisições do projeto


Segundo o Guia PMBOK, o gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos necessários
para comprar ou adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto.
• 12.1 Planejar o gerenciamento das aquisições: documentar as decisões de compras do projeto,
especificando a abordagem e identificando fornecedores em potencial.
• 12.2 Conduzir as aquisições: obter as respostas dos fornecedores, selecionar um fornecedor e
redigir o contrato.
• 12.3 Controlar as aquisições: gerenciar as relações de aquisição monitorando o desempenho do
contrato e realizando as mudanças e correções conforme necessário.
• 12.4 Encerrar as aquisições: finalizar todas as aquisições do projeto

Gerenciamento das partes interessadas do projeto


O gerenciamento das partes interessadas é a nova área de conhecimento do Guia PMBOK@ Quinta
Edição, o que reforça a importância das partes interessadas em nossos projetos.
• 13.1 Identificar as partes interessadas: e seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do
projeto;
• 13.2 Planejar o gerenciamento das partes interessadas: desenvolver estratégias para quebrar as
resistências das partes interessadas e garantir seu engajamento no projeto;
• 13.3 Gerenciar o engajamento das partes interessadas: comunicar e interagir com as partes
interessadas para atender suas necessidades e solucionar as questões quando ocorrem;
• 13.4 Controlar o engajamento das partes interessadas: monitorar os relacionamentos entre as
partes interessadas e ajustar as estratégias para engajar as partes interessadas eliminando
resistências e aumentando o suporte ao projeto.
Resumo
Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são os principais determinantes para o objetivo de um projeto:
entregar um resultado de acordo com o escopo, no prazo e no custo definidos, com qualidade adequada; em
outras palavras, o que, quando, quanto e como. Recursos Humanos e Aquisições são os insumos para
produzir o trabalho do projeto. Comunicações e Riscos devem ser continuamente abordados para manter as
expectativas e as incertezas sob controle, assim como o projeto no rumo certo. E Integração abrange a
orquestração de todos estes aspectos.
Um projeto consiste nisso: pessoas (e máquinas) que utilizam tempo, materiais e dinheiro realizando
trabalho coordenado para atingir determinado objetivo.

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QUESTÕES COMENTÁRIOS
CESPE - 2013 - ANP - Analista Administrativo
01 - Um portfólio de projeto é uma coleção de _______________________
projetos ou programas que precisam estar
diretamente relacionados ou ser interdependentes
_______________________
entre si. _______________________
VUNESP - 2015 - TCE-SP - Agente de Fiscalização _______________________
Financeira - Infraestrutura de TI e Segurança da
Informação _______________________
02 - O PMBOK 5ª edição abrange diversos
processos que são agrupados nos chamados grupos
_______________________
de gerenciamento de processos. Sobre esses
processos e seus grupos de gerenciamento, é
_______________________
correto afirmar que o processo _______________________
a) controlar a comunicação faz parte do grupo de
processos de planejamento. _______________________
b) planejar o gerenciamento dos custos faz parte do
grupo de processos de iniciação. _______________________
c) orientar e gerenciar o trabalho do projeto faz parte
do grupo de processos de execução.
_______________________
d) sequenciar as atividades faz parte do grupo de _______________________
processos de monitoramento e controle.
e) validar o escopo faz parte do grupo de processos _______________________
de encerramento.
_______________________
ESAF - 2013 - DNIT - Analista Administrativo -
Tecnologia da Informação
_______________________
03 - Segundo o PMBoK 4.0, no ciclo de vida do
projeto, as influências das partes interessadas:
_______________________
a) aumentam ao longo da vida do projeto. _______________________
b) são estáveis ao longo da vida do projeto.
c) diminuem ao longo da vida do projeto. _______________________
d) aumentam e depois diminuem ao longo da vida do
projeto. _______________________
e) diminuem e depois aumentam ao longo da vida do
projeto.
_______________________
_______________________
FUNRIO - 2013 - MPOG - Analista de Tecnologia da
Informação _______________________
04 - De acordo com o PMBOK, o processo de criar a
Estrutura Analítica do Projeto (EAP) está relacionado _______________________
com qual Grupo de Processos e qual Área de
Conhecimento, respectivamente?
_______________________
a) Planejamento e Gerenciamento do Escopo do
Projeto.
_______________________
b) Planejamento e Gerenciamento da Integração do _______________________
Projeto.
c) Planejamento e Gerenciamento do Tempo do _______________________
Projeto.
d) Execução e Gerenciamento do Escopo do Projeto. _______________________
e) Execução e Gerenciamento da Integração do
Projeto.
_______________________
_______________________
ESAF - 2013 - DNIT - Analista Administrativo -
Tecnologia da Informação _______________________
05 - No PMBoK 4.0, assinale qual dos processos a
seguir faz parte do Gerenciamento do tempo do _______________________
projeto.
a) Determinar o orçamento.
_______________________
b) Verificar o escopo.
c) Desenvolver a equipe do projeto.
_______________________
d) Definir o escopo. _______________________
e) Definir as atividades.
GABARITO
01 – E, 02 – C, 03 – C, 04 – A, 05 – E.

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GESTÃO E GOVERNANÇA DE TI
Para iniciarmos o nosso trabalho sobre Gestäo e Governança de TI, é fundamental definirmos alguns
conceitos, tais como o de Tecnologia da Informação e claro o conceito de governança.

CONCEITO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO


Podemos encontrar vários conceitos sobre Tecnologia da Informação, conforme (Rezende, 2000), o termo
serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da
informação. A Tecnologia da Informação está fundamentada nos seguintes componentes:
Ø hardware e seus dispositivos e periféricos;
Ø software e seus recursos;
Ø sistemas de telecomunicações;
Ø gestão de dados e informações.
Outra base que podemos nos apoiar é a normatização (ABNT NBR ISO/IEC 38500) que trata deste e de outros
termos relacionados a Governança de TI, para a norma TI é conceituada como o conjunto de recursos
necessários para adquirir, processar, armazenar e disseminar informações.
Devemos considerar que quaisquer recursos, sejam eles equipamentos ou pessoas, que se prestam a adquirir,
processar, armazenar e disseminar informações no âmbito corporativo materializam o que chamamos de TI.
Atualmente observamos um cenário cada vez mais competitivo e de exigências de muita agilidade, flexibilidade
e inovação, onde a informação torna-se um aliado decisivo nas estratégias das organizações. Com isso, o
papel da Tecnologia da Informação (TI) tornou-se imprescindível para os objetivos e aplicações de uma
organização, e, conseqüentemente, como forma de atuação e vantagem competitiva.

O QUE VEM A SER A GOVERNANÇA DE TI?


Para entendermos o que é governança de TI, é válido analisarmos três definições.
A primeira definição é dada por Weill & Ross:
[...]Consiste em um ferramental para a especificação dos direitos de decisão e das responsabilidades,
visando encorajar comportamentos desejáveis no uso da TI[...].
A segunda definição é dada por Gaseta, Edson que diz:
[...]Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões e relacionamentos estruturados, assumidos por
executivos, gestores, técnicos e usuários de TI de uma organização, com a finalidade de garantir controles
efetivos, ampliar os processos de segurança, minimizar os riscos, ampliar o desempenho, otimizar a
aplicação de recursos, reduzir os custos, suportar as melhores decisões e conseqüentemente alinhar TI aos
negócios [...].
E a terceira definição é dada pela ISO/IEC 38500 que diz que a governança de TI:
[...] é o sistema pelo qual o uso, atual e futuro, da TI é dirigido e controlado, significando avaliar e direcionar o
uso da TI para dar suporte à organização e monitorar seu uso para realizar os planos, incluindo estratégias e
políticas de uso da TI dentro da organização [...].
Além dessas definições, há um atributo que deve ser levado em conta no entendimento da Governança de TI,
de acordo com o IT Governance Institute:
[...] A governança é de responsabilidade da alta administração (incluindodiretores e executivos), na liderança,
nas estruturas organizacionais e nosprocessos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda
asestratégias e objetivos da organização [...].
Com base nessas três definições, e no atributo citado, podemos dizer que a governança de TI busca
compartilhar as decisões de TI entre os dirigentes da organização, além de estabelecer regras, formas de
organização e os processos que nortearão o uso da tecnologia da informação pelos usuários, determinando
como a TI deve prover serviços a empresa.

GESTÃO x GOVERNANÇA
Vale lembrar também que há diferenças entre Gestão e Governança de TI. Há certa confusão na utilização
desses termos. A primeira está relacionada às atividades no nível operacional (como fazer?), enquanto que a
segunda está relacionada ao nível estratégico (o que fazer?). Podemos afirmar que a Gestão de TI faz parte da
Governança de TI.
Ao final concluímos que a Governança de TI não é apenas a implantação de um determinado modelo
específico, muitas vezes, estes poderão ser usados, em conjunto ou não, para auxiliar a organização a atingir
os reais objetivos.
Muitas empresas passam a adotar modelos próprios, mas para o nosso estudo iremos relacionar os
frameworks mais conhecidos.

Recente pesquisa realizada pela FGV-SP confirma a aderência das organizações de TI ao COBIT. Segundo a pesquisa o
COBIT é a principal prática de governança de TI utilizada no Brasil.

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Aulas: 01 - 20

MODELOS APLICADOS A GOVERNANÇA


§ PMBoK (Project Management Body of Knowledge): Responsável por conceituar os aspectos
fundamentais do gerenciamento de projetos, de forma a promover um vocabulário comum dentro
dessa profissão, torna-se uma bíblia do gerenciamento de projetos.
§ CMMI (Capability Maturity Model Integration): Criado pelo SEI (Software Engineering Institute) com o
objetivo de ser um modelo integrado de práticas para apoiar a Engenharia de Software.
§ Série ISO/IEC 20000: Seu foco é a melhoria contínua dos serviços de TI.
§ ITIL (Information Technology Infrastructure Library): Conjunto das melhores práticas utilizadas para o
gerenciamento de serviços de tecnologia da informação. Um de seus objetivos é a mensuração e
gerenciamento dos valores que os serviços de TI efetivamente adicionam ao negócio.
§ COBIT (Control Objectives for Information and Related Technology): Considerado o modelo mais
abrangente de Governança de TI. O principal objetivo das práticas do CobiT é contribuir para o
sucesso da entrega de produtos e serviços de TI, a
partir da perspectiva das necessidades do negócio,
com um foco mais acentuado no controle e na
execução.
§ Série ISO/IEC 27000 - Information Security
Management Systems: A ISO/IEC 27001 e 27002
estão a Sistema de Gestão da Segurança da
Informação.
§ Série ISO 9000:2000 - Sistema de Gestão da
Qualidade: É uma série de normas que utiliza
princípios da gestão da qualidade total.
§ Instrução Normativa 4 (IN4/SLTI) da Secretaria de
Logística e Tecnologia. Dispõe sobre o processo de
contratação de serviços de TI pela Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
Governança na Prática
Na Odebrecht a gestão de TI é feita de forma conjunta entre o CIO e as áreas usuárias.
Presente em 50 países, com faturamento superior a 1 bilhão de dólares em 2003 e mais de 20 mil funcionários, a
construtora Norberto Odebrecht, uma das maiores do Brasil, tem uma filosofia empresarial marcada pela
descentralização. Isso significa que cada decisão estratégica é tomada por comitês multidisciplinares, que analisam
o impacto de cada projeto de forma global no desempenho da empresa. A área de TI não foge à regra, atuando como
um verdadeiro centro prestador de serviços de engenharia e construção para todas as áreas de negócio da empresa.
Para que este modelo dê certo, o principal foco do CIO da Odebrecht, Mauro Rehm, é nos processos de tecnologia e
de negócios. “Desde uma necessidade interna da corporação até o levantamento e a finalização de uma obra, por
exemplo, temos que prestar contas de todos os processos legais, administrativos e tecnológicos para os acionistas
da empresa”, diz ele.
“Isso significa que, para sair do papel, cada projeto tem de contar com um patrono, que é como chamamos o
sponsor [patrocinador] da área de negócios que solicita o projeto, e com especialistas, que são pessoas deslocadas
para implementar o serviço que nos é demandado. Não faço rigorosamente nada se não existir um patrono. A diretriz
da organização é muito clara neste sentido: meu departamento atua como uma área de suporte aos negócios”,
afirma.
Devido a essa dependência das áreas de negócio, Rehm montou sua estratégia de governança de TI de forma
alinhada à governança corporativa que envolve todos os departamentos. “Não implementamos um projeto formal
para a TI, porque a empresa é tão bem definida nesse sentido que não havia necessidade. Apenas adaptamos a
estrutura e o funcionamento do departamento às práticas que regem a construtora há 60 anos. Fazer algo diferente
nos tornaria uma ilha dentro da companhia”, diz Rehm.
A parceria com a área de negócios realmente baliza as decisões de TI na Odebrecht. O time de Rehm “instiga e
cutuca”, como ele diz, os outros departamentos, dando sugestões de projetos que precisam ser feitos ou mesmo
dicas de melhorias. Nos canteiros de obra, que funcionam como uma espécie de unidade de negócios (cada canteiro
recebe recursos semanalmente e precisa justificá-los do mesmo jeito que acontece com as unidades “reais”, como
os departamentos de marketing ou RH, por exemplo), os projetos de TI são aprovados por um comitê de tecnologia,
que conta com oito pessoas. O comitê se reúne mensalmente para prestar contas dos projetos, que só saem do
papel após estudo de ROI (Return On Investiment – retorno sobre o investimento).
A gestão compartilhada da TI é a grande sacada do projeto de governança da Odebrecht. “O modelo é tão bom que
conseguimos atrelar a remuneração do pessoal de TI com base no projeto de governança”, diz Mauro Rehm.
Funciona assim: cada item de um determinado projeto possui um peso, em porcentagem, que corresponde à fatia do
bônus que os gerentes e demais funcionários do departamento de TI vão receber no fim do ano – incluindo o próprio
Mauro Rehm. Os itens são acompanhados e julgados pelos comitês multidisciplinares e, no final de contas, os
funcionários são premiados ou penalizados, de acordo com o desempenho. “Já deixei de ganhar dinheiro porque
uma das áreas não cumpriu o que prometeu”, diz Rehm.
O comitê de TI da Odebrecht existe há três anos e foi criado pelo próprio Rehm, com o aval do presidente. Junto
com esse mecanismo de governança, Rehm reestruturou o departamento em torno de dois orçamentos: um para
despesas administrativas, que reúne os custos fixos e de operação, incluindo os salários dos funcionários, e outro
para os projetos, que crescem ou encolhem de acordo com os patronos. “Dá mais tranqüilidade saber que se está
compartilhando o sucesso ou o fracasso de um projeto com o CFO, com o Diretor de Marketing”, afirma Rehm.
Fonte: adaptado de Revista Info Corporate. Mai/Jun 2004 n. 9. p. 58-59. Por Eduardo Vieira.

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Aulas: 01 - 20

GERÊNCIA DE SERVIÇOS DE TI
Gerenciamento de Serviços de TI é o conjunto de capacidades organizacionais (processos e métodos de
trabalho, funções, papéis e atividades) realizadas para prover valor sob a forma de serviços.
“O Gerenciamento de Serviços é um conjunto de habilidades da organização para fornecer valor para o cliente em
forma de serviços” (ITIL V3)
Para alcançar este objetivo, a tática que vem sendo adotada é o desenho, a implementação e o gerenciamento
de processos internos da área de TI de acordo com as práticas reunidas na Information Technology
Infrastructure Library (ITIL).

www.itnerante.com.br

alcançar, sem ter que assumir custos e riscos” (ITIL V3)

E o que aé oITIL
Nesse contexto, gerenciamento de serviços
(Information Technology de TI?
Infrastructure Library) é a abordagem mundialmente mais
difundida e adotada para o Gerenciamento de Serviços de TI. Trata-se de uma biblioteca que compila melhores
práticas -usadas
Gerenciamento de Serviços
para o gerenciamento de TI éde
de serviços o conjunto
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da capacidades
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e métodos de trabalho, funções, papéis e atividades) realizadas para prover valor sob a forma de
FUNDAMENTOS DA ITIL® (VERSÃO 3)
A ITIL em sua 3a versão, chamada ITIL V3, foi lançada em maio de 2007, e representa uma grande evolução
serviços.
em relação à versão anterior (2.0), uma vez que organiza os processos de gerenciamento de serviços em uma
estrutura“O
deGerenciamento
ciclo de vida dede Serviços é um conjunto de habilidades da organização para fornecer valor para
serviço.
O ITIL, então, é uma biblioteca que compila melhores práticas usadas para o gerenciamento de serviços de
o cliente
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da informação. de serviços” (ITIL
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amplamente testadas e comprovadas na prática, pois resultam
de anos de observação e estudos.
Falando em termos simples, a biblioteca ITIL, que hoje está sob a responsabilidade do Office of Government
Commerce,Como do governo britânico,
é estruturada sugere que do
a biblioteca área de TI
ITIL seja vista como uma provedora de serviços, e que
V3?
esses serviços, uma vez estratégicos, devam ser tratados por todo seu ciclo de vida, desde a concepção,
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• Abordagem baseada no ciclo de vida dos serviços;
Desenho
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de outsourcing);
O ITIL V3 tem um eixo (núcleo) de condução das atividades, o livro de Estratégia de Serviço, que norteia os
processos está o livro de Melhoria Contínua de Serviço. Todos são tidos como fases do ciclo de
demais livros (e os respectivos processos dentro dos livros), que são Desenho de Serviço, Transição de
Serviço
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Todos são tidos como fases do ciclo de vida dos serviços, sendo a Estratégia a fase inicial do mesmo.
Processos
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ciclo desão distribuídos
vida, conforme ao alongo do ciclo de vida, conforme a figura.
figura.

Para melhor entendimento, pode-se dividir o ciclo de vida em três grupos de conceitos: Um
Prof. Marcio Hollweg www.aprovaconcursos.com.br Página 21 de 51
de análise de requisitos e definição inicial, onde estão os livros de Estratégia e Desenho; outro de

implantação no ambiente produtivo/operacional, onde está o livro de Transição; por fim operação e
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Prof . Patrícia Lima Quintão ao entendimento do significado de serviço 3 de 66
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, importante no contexto da ITIL.
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curso é de uso exclusivo gestão
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de TI édivulgação
cópia, o meio para sujeitando-se
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os estágios do ciclo de vida dos de serviços: o serviço é mantido em operação e funcionamento de acordo com
Operação
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os níveis de serviço (SLA – service level agreement, ou acordo de nível de serviço)
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Lima Quintão ao entendimento do significado de serviço
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Objetivo: No
ue tais clientes/áreas de negócio precisem assumirestágio Estratégia de Serviço (Service Strategy) são tratados os aspectos relacionados ao
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principais da ITIL alinhamento
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a TI. Engloba:
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Quais serviço serão oferecidos e para quais clientes;
www.pontodosconcursos.com.br para3estes
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criminal. os
• Como desenvolver planos de negócio de modo a obter capacidades e recursos necessários aos
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serviços;
I. • Como otimizar a alocação de recursos;
• Como medir o desempenho dos serviços.
dosconcursos.com.br 3 de 66
e77131290068, vedada, por Conceitos importantes
quaisquer meios deste
e a qualquer título, livro
a sua
sponsabilização civil e criminal.
Competitividade: Serviços operam em mercados competitivos; portanto é necessária uma estratégia de
terceirização e provimento dos serviços.
4 P's da estratégia de serviço:
• Perspectiva – direcionamento, visão estratégica da organização sobre o mercado;
• Posição – como o mercado enxerga a organização, daqui derivam estratégias de diferenciação;
• Plano – traduz a estratégia para a produção / operação;
• Padrão – descreve características essenciais dos serviços, norteando o funcionamento dos serviços e
da organização.
Valor do serviço: É combinação da utilidade + garantia, que devem crescer/avançar proporcionalmente.
1. Utilidade: adequado ao propósito. Segundo o ITIL, um serviço pode ser útil para suportar o
desempenho ou remover barreiras.
2. Garantia: adequado ao uso. Podem ser garantia de Disponibilidade, de Capacidade, de Continuidade
ou de Segurança (DCCS).

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O Service Level Package (SLP – pacote de nível de serviço) deve descrever os requisitos de Utilidade + Garantia
para criação de valor para o negócio.
Processos do livro Estratégia de Serviços
• Geração da Estratégia: Trata da definição do mercado a ser atendido, das ofertas para esse
mercado e dos ativos a serem utilizados para isso.
• Gestão Financeira: Atividades de orçamentação, contabilização e cobrança.
• Gerência de portfólio: Este processo descreve os serviços em termos de valor para o negócio,
definindo as necessidades do negócio e as soluções do provedor para elas.
• Gestão de Demandas: Este processo tem como objetivo entender e influenciar as demandas de
clientes pelos serviços e realizar a provisão de capacidade para o atendimento às demandas.

DESENHO DE SERVIÇO
Objetivo: No estágio Desenho de Serviço (Service Design) são tratadas arquiteturas, processos, políticas e
documentação necessárias para atender aos requisitos de negócio atuais e futuros.
Traduz o SLP em um conjunto de especificações.
• Produz e mantém planos, processos, políticas, padrões e arquiteturas para criação dos serviços;
• Desenha serviços que forneçam resultados adequados ao negócio;
• Desenha processos para suportar o ciclo de vida dos serviços;
• Desenvolve habilidades e capacidades de TI.
• Desenha recursos seguros e resilientes de infra, ambiente, aplicações e dados.
• Desenvolve métodos de mensuração e métricas.

A partir dos requisitos é concebida a solução de TI em forma de serviços, em todos os seus aspectos, que são
documentados em um SDP (service design package ou pacote de desenho de serviço). O SDP nada mais é que um
documento de especificações e características dos serviços.

Aqui é importante lembrar da visão holística definida pelo ITIL V3, que envolve no desenho de serviços não só
a TI e suas soluções, mas arquiteturas e sistemas de gerenciamento, processos, papéis, capacidades além de
mensuração e métricas. Esta etapa deve envolver outras gerências caso necessário, tais como de Capacidade,
Financeira, Fornecedores, além de funções como Service Desk. Dessa forma o planejamento é completo sob
diversas ópticas, lembrando que avaliações iniciais de análise de impacto do negócio e análise de riscos
também são importantes.

Conceitos importantes deste livro


4 P's do Desenho de Serviços:
• Pessoas – é preciso determinar os papéis das pessoas nos processos;
• Produtos – determinar os produtos (serviços, tecnologia e ferramentas);
• Processos – definir os processos;
• Parceiros – estabelecer parceiros, fornecedores e vendedores de solução.

Processos do livro Desenho de Serviços


• Gerenciamento do Catálogo de Serviços: O propósito do Gerenciamento do Catálogo de serviços é
atuar como fonte centralizada de informações sobre todos os serviços acordados, e assegurar que ele
esteja disponível para que tem autorização para acessá-lo.
• Gerenciamento de Nível de Serviço: Irá garantir que os serviços e seu desempenho são medidos de
forma consistente por toda a organização e que atendem às necessidades de clientes e negócio.
• Gerenciamento da Disponibilidade: Tem a meta de assegurar que os serviços sejam entregues
dentro dos níveis acordados. Concentra questões relacionadas à disponibilidade de serviços,
componentes e recursos e garante que as metas de disponibilidade em todas as áreas sejam
alcançadas e atendam às necessidades do negócio.

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• Gerenciamento da Capacidade: Este processo mantém os níveis de entrega de serviços


requisitados a um custo acessível, além de assegurar que a capacidade da infraestrutura de TI esteja
alinhada com as necessidades de negócio.
• Gerenciamento da Continuidade de Serviço: Manter continuamente a capacidade de recuperação
dos serviços de TI, de modo a atender as necessidades, requisitos e prazos de negócio. Tudo isso
através de planos, análises de impacto, avaliações de risco, aconselhamento das áreas de negócio,
medidas proativas e negociação de contratos para suportar a continuidade junto com o
Gerenciamento de Fornecedores.
• Gestão de Segurança da Informação: Alinhar a segurança de TI à do negócio e garantir que a
segurança da infraestrutura seja gerenciada eficazmente em todos os serviços e atividades.
• Gerenciamento de fornecedor: Gerencia fornecedores e respectivos serviços fornecidos de acordo
com as metas dos serviços de TI e as expectativas do serviço. A meta desse processo é melhorar a
consciência da entrega dos serviços fornecidos por parceiros e fornecedores externos de modo a
beneficiar o negócio e a organização.

TRANSIÇÃO DE SERVIÇO
Objetivo: No estágio Transição de Serviço (Service Transition) é realizada a inserção, em ambiente de
produção em plena operação, de um serviço que acabou de sair do estágio de desenho de serviço. A inclusão
de um novo serviço no ambiente de TI requer um planejamento para transição do serviço.
Trata de:
• Planejar e gerenciar os recursos de modo a estabelecer um novo serviço ou alteração de um serviço
no ambiente de produção, com qualidade, custos previsíveis e dentro do prazo estimado.
• Assegurar o menor impacto possível nos serviços em produção quando uma mudança ou um novo
serviço for implantado.
• Aumentar a satisfação dos clientes, usuários e equipe de suporte com práticas de transição que
resultem em menor impacto para organização.
• Fornecer plano compreensivo e claro para que os projetos de mudança estejam alinhados aos planos
de transição de serviço.

Trata da implementação em produção. Tal implementação é testada e acompanhada, bem como validada. O SKMS
(service knowledge management system – sistema de gestão do conhecimento em serviços de TI) é atualizado com
as informações do ambiente de produção.

Conceitos importantes deste livro


7 Rs do Gerenciamento de Mudança
• Quem submeteu a mudança? (Raise)
• Qual é a razão da mudança? (Reason)
• Qual é o retorno requerido a partir da mudança (Return)
• Quais são os riscos envolvidos na mudança? (Risks)
• Quais os recursos necessários para entregar a mudança? (Resources)
• Quem é o responsável por construir, testar e implantar a mudança? (Responsible)
• Qual é a relação entre esta mudança e outras mudanças? (Relationship)

Processos do livro Transição de Serviço


• Gerenciamento de Mudança: O objetivo deste processo é assegurar que mudanças são feitas de
forma controlada, e são avaliadas, priorizadas, planejadas, testadas, implantadas e documentadas.
Os riscos devem ser mapeados e gerenciados. A área de TI precisa ser responsiva às mudanças no
negócio. O escopo deste processo cobre as mudanças desde a base de ativos de serviço e itens de
configuração até o completo ciclo de vida do serviço.
• Gerenciamento da Configuração e de Ativo de Serviço: Identifica todos os Itens de Configuração
necessários para entregar os serviços de TI, fornecendo um modelo lógico da estrutura de TI. Este
processo identifica, controla e presta contas por ativos de serviços e itens de configuração protegendo
e garantindo sua integridade ao longo do ciclo de vida. Inclui ativos que não sejam de TI e ativos de
provedores de serviços, quando necessário.
• Gerenciamento do Conhecimento: Tem como objetivo garantir que as pessoas certas tenham o
conhecimento adequado e oportuno para entregar e suportar os serviços requeridos. Trata o
conhecimento como forma de prover serviços eficientes e com qualidade, de valor compreensível a
todos.
• Planejamento e Suporte da Transição: Tem como foco a melhoria das habilidades e da eficiência do
provedor de serviços, de modo a suportar grandes volumes de mudanças e liberações de serviços.
• Gerenciamento de Liberação e Implantação: Este processo faz o controle de versões e controla as
instalações de software, hardware e outros componentes de infraestrutura, do ambiente de
desenvolvimento ao ambiente de teste e depois para o ambiente de produção.
• Validação de Serviço e Testes: Este processo tem foco na qualidade. Seu objetivo é prover
evidência objetiva de que o serviço novo ou alterado suporta os requisitos de negócio, incluindo os
acordos de nível de serviço estabelecidos.

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• Avaliação: Avaliação da relevância do desenho do serviço, da abordagem de transição e da


adequação do serviço novo ou alterado aos ambientes operacionais e de negócios. Seu objetivo é
garantir que o serviço continue sendo relevante, pelo estabelecimento de métricas/mensuração
apropriados.

OPERAÇÃO DE SERVIÇO
Objetivo: Entregar aos clientes e usuários os níveis de serviço acordados e gerenciar as aplicações,
tecnologia e infraestrutura que suportam a entrega do serviço.
Este é o único estágio em que os serviços efetivamente entregam valor ao cliente, uma vez que para o Cliente
o valor está no serviço de TI em produção.

O serviço é mantido em operação e funcionamento de acordo com os níveis de serviço (SLA – Service Level
Agreement, ou acordo de nível de serviço) estabelecidos para gerar os resultados esperados.

Processos do livro Operação de Serviço


• Gerenciamento de Incidentes: O propósito deste processo é restaurar o serviço ao normal o mais
rápido possível, além de minimizar o impacto no negócio.
• Gerenciamento de Eventos: O Gerenciamento de Eventos depende do monitoramento, mas é
diferente deste. O gerenciamento de eventos gera e detecta notificações, enquanto o monitoramento
verifica continuamente o status dos itens de configuração e ativos de serviço mesmo quando nenhum
evento está ocorrendo.
• Gerenciamento de requisições: O propósito deste processo é permitir ao usuário requerer e receber
serviços padronizados; fornecer e entregar esse serviços; prover informações aos usuários e clientes
sobre serviços e procedimentos para obtenção do que desejam e oferecer suporte com informações
gerais, reclamações e sugestões.
• Gerenciamento de Acesso: O gerenciamento de acesso deve prover os privilégios necessários para
usuários acessarem um serviço ou um grupo de serviços. No mesmo sentido, previne o acesso de
usuários não-autorizados. Este processo se preocupa com a identidade (informação única que
distingue um indivíduo) e direitos (configurações que fornecem acesso a dados e serviços).
• Gerenciamento de Problemas: Os objetivos deste processo são a prevenção de problemas e
incidentes resultantes deles, eliminando incidentes recorrentes e minimizando o impacto de incidentes
que não podem ser prevenidos.

MELHORIA DE SERVIÇO CONTINUADA


Objetivo: Este livro do ITIL tem como objetivo oferecer guia prático de avaliação e melhoria da qualidade de
serviço, bem como melhoria geral do ciclo de Gerenciamento do Serviço de TI e processos correlatos, em três
níveis. O primeiro nível é o Gerenciamento de Serviço de TI como um todo. O segundo é o alinhamento
contínuo do portfólio de serviços de TI com as necessidades de negócio atuais e futuras. O último nível trata da
maturidade do processo de TI requerida para suportar os processos do negócio.
É válido ressaltar que a melhoria continuada de serviço, ao contrário dos demais livros da biblioteca, não é uma
fase separada, suas atividades são executadas durante todo o ciclo de vida. O foco é aumentar a eficiência,
maximizar a efetividade e otimizar o custo dos serviços e processos relacionados ao Gerenciamento de Serviço
de TI.

Processos do livro Melhoria de Serviço Continuada


• Melhoria em 7 passos: Baseado no ciclo PDCA.
ü Passo1: Definir o que deve ser medido;
ü Passo2: Definir o que se pode medir;
ü Passo3: Coletar Dados;
ü Passo4: Processar Dados;
ü Passo5: Analisar Dados;
ü Passo6: Apresentar e usar a informação;
ü Passo7: Implantar ação corretiva.
• Mensuração de Serviços: Seu objetivos é validar decisões que tenham sido tomadas, direcionar
atividades para o alcance das metas, fornecer evidências que justifiquem ações e sinalizar a
necessidade de ações corretivas.
• Elaboração de relatórios de serviços: Este processo gera e fornece relatórios sobre os resultados
alcançados e os desenvolvimentos nos níveis de serviço. A forma (layout, conteúdo e frequência) dos
relatórios deve ser acordada com o negócio.

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QUESTÕES COMENTÁRIOS
FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico
Judiciário - Tecnologia da Informação _______________________
04 - O principal objetivo da ITIL V3 é prover um
conjunto de práticas de gerenciamento de serviços
_______________________
de TI testadas e comprovadas no mercado, contando _______________________
com 5 publicações que possuem diversos processos
cada. A publicação que aborda tópicos relacionados _______________________
aos ativos de serviço, catálogo de serviços,
gerenciamento financeiro, gerenciamento de portfólio _______________________
de serviços, desenvolvimento organizacional e riscos
relacionados ao negócio é a
_______________________
a) Estratégia do Serviço.
b) Transição do Serviço.
_______________________
c) Operação do Serviço. _______________________
d) Desenho do Serviço.
e) Melhoria Contínua do Serviço. _______________________
FCC - 2013 - DPE-SP - Agente de Defensoria - _______________________
Analista de Sistemas
05 - O ITIL (IT Infrastructure Library) versão 3 é
_______________________
formado por 5 grandes blocos de publicações. Um _______________________
desses blocos tem como propósito descrever como
adaptar continuamente os serviços de TI a um _______________________
ambiente de negócios que vive em contínua
evolução. O bloco a que se refere essa descrição é _______________________
a) Test Strategy (Estratégia de Teste).
b) Service Design (Projeto de Serviço).
_______________________
c) Service Transition (Transição de Serviço).
d) Employ Operation (Operação de Emprego).
_______________________
e) Continual Service Improvement (Melhoria de _______________________
Serviço Continuada).
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
GABARITO
01 – A, 02 – E.

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SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA
A segurança deve ser uma preocupação básica ao se elaborar o projeto de uma rede de computadores.
Normalmente a segurança é inversamente proporcional à simplicidade e facilidade de uso/configuração da
rede. Por exemplo, um servidor da rede pode centralizar diversos serviços para atender a rede externa
(Internet) e a rede privada (interna). Esta configuração gera problemas de segurança como:
• Exposição da rede interna à Internet - Os serviços da rede interna (e-mail, por exemplo) estando
localizados na mesma máquina que provê os serviços externos (web, por exemplo), deixarão os
dados do usuário expostos em caso de uma invasão;
• Maior fragilidade a vulnerabilidades conhecidas - O fato de concentrar muitos serviços em uma única
máquina gera esse tipo de problema, pois quanto mais serviços disponíveis, mais vulnerabilidades
podem ser exploradas e, conseqüentemente, existe um maior grau de exposição e risco de invasão;
A solução para estes problemas está na divisão dos serviços por níveis de criticidade e a criação de uma DMZ
(Zona Desmilitarizada). Separa-se assim, por exemplo, o servidor de e-mail do servidor web, pois o servidor de
e-mail é o serviço predileto para ataques externos e neste caso, se invadido, não representará maiores riscos
para o servidor web, um serviço crítico para os sistemas baseados em web.

O QUE É UMA DMZ


Uma DMZ ou ainda "Zona Neutra" corresponde ao segmento ou segmentos de rede, parcialmente protegido,
que se localiza entre redes protegidas e redes desprotegidas e que contém todos os serviços e informações
para clientes ou públicos. A DMZ pode também incluir regras de acesso específico e sistemas de defesa de
perímetro para que simule uma rede protegida e induzindo os possíveis invasores para armadilhas virtuais de
modo a se tentar localizar a origem do ataque.

Podemos ter dois tipos de DMZ’s: a interna, só acessada pelo usuário da rede interna e a DMZ externa,
acessada por qualquer usuário da Internet. Este conceito aliado ao de VLAN’s também permite a implantação
de DMZ’s privadas, ou seja, a possibilidade de DMZ’s específicas para cada cliente de hosting ou para a
hospedagem de servidores.
Uma DMZ fica localizada entre uma rede interna e uma rede externa:

REDE DE PERÍMETRO
O termo rede de perímetro refere-se a um segmento de rede isolado no ponto em que uma rede corporativa
alcança a Internet. As redes de perímetro destinam-se a criar um limite que permite a separação do tráfego
entre redes internas e externas. Com este limite, é possível categorizar, colocar em quarentena e controlar o
tráfego da rede de uma empresa. A segurança de perímetro é proporcionada por um dispositivo de perímetro,
como um firewall, por exemplo, que inspeciona os pacotes e as sessões para determinar se devem ser
transmitidos para a rede protegida ou a partir dela ou ser abandonados.

Os serviços e servidores que devem interagir com a Internet externa desprotegida são colocados na rede de
perímetro (conhecida como zona desmilitarizada) e na sub-rede filtrada. Isto ocorre para que, caso invasores
consigam explorar vulnerabilidades em serviços expostos, possam avançar apenas uma etapa no acesso à
rede interna confiável.

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O QUE É UM FIREWALL
Um firewall é uma passagem que restringe e controla o fluxo do tráfego de dados entre redes, mais comumente
entre uma rede interna e a Internet. Os firewalls podem também estabelecer passagens seguras entre redes
internas. Implantar um firewall, com regras rígidas de segurança e que não permita que as máquinas da rede
sejam acessadas por máquinas remotas é uma grande conquista em termos de segurança.

Por vezes, algumas máquinas da rede precisam receber acessos externos, é o caso de servidores SMTP e
servidores Web, por exemplo. Para permitir que estas máquinas possam desempenhar suas funções, mas que
ao mesmo tempo o restante da rede continue protegida, muitos firewalls oferecem a opção de criar uma zona
onde essa vigilância é mais fraca conhecida como DMZ. Nesse caso, o controle de acesso a Internet pode ser
feito através de um projeto de DMZ (DeMilitarized Zone), permitindo que todo o tráfego entre os servidores da
empresa, a rede interna e a Internet passe por um firewall e pelas regras de segurança criadas para a proteção
da rede interna.

Assim, os firewalls se tornaram um único ponto de acesso à rede em que o tráfego pode ser analisado e
controlado por meio de scripts de firewall que definem o aplicativo, o endereço e os parâmetros de usuário.
Esses scripts ajudam a proteger os caminhos de conectividade para redes e centros de dados externos.

FUNCIONAMENTO DE UM FIREWALL
Você já sabe que um firewall atua como uma espécie de barreira que verifica quais dados podem passar ou
não. Esta tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento de regras.

Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no
computador ou na rede. O problema é que esta condição isola este computador ou esta rede, então pode-se
criar uma regra para que, por exemplo, todo aplicativo aguarde autorização do usuário ou administrador para
ter seu acesso liberado. Esta autorização poderá inclusive ser permanente: uma vez dada, os acessos
seguintes serão automaticamente permitidos.

Em um modo mais versátil, um firewall pode ser configurado para permitir automaticamente o tráfego de
determinados tipos de dados, como requisições HTTP (sigla para Hypertext Transfer Protocol - protocolo usado
para acesso a páginas Web), e bloquear outras, como conexões a serviços de e-mail.

Perceba, como estes exemplos, que as políticas de um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios:
todo tráfego é bloqueado, exceto o que está explicitamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que
está explicitamente bloqueado.

Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando determinado tipo de tráfego para sistemas de
segurança internos mais específicos ou oferecendo um reforço extra em procedimentos de autenticação de
usuários, por exemplo.

TIPOS DE FIREWALL
O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias formas. O que define uma metodologia ou outra são
fatores como critérios do desenvolvedor, necessidades específicas do que será protegido, características do
sistema operacional que o mantém, estrutura da rede e assim por diante. É por isso que podemos encontrar
mais de um tipo de firewall. A seguir, os mais conhecidos.
Filtragem de pacotes (packet filtering): As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980
baseando-se em filtragem de pacotes de dados (packet filtering), uma metodologia mais simples e, por isso,
mais limitada, embora ofereça um nível de segurança significativo.
Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu
respeito, como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O
Firewall então analisa estas informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote
(seja para sair ou para entrar na máquina/rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como
registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de log.

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A transmissão dos dados é feita com base no padrão TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol),
que é organizado em camadas. A filtragem normalmente se limita às camadas de rede e de transporte: a
primeira é onde ocorre o endereçamento dos equipamentos que fazem parte da rede e processos de
roteamento, por exemplo; a segunda é onde estão os protocolos que permitem o tráfego de dados, como o
TCP e o UDP (User Datagram Protocol).

Com base nisso, um firewall de filtragem pode ter, por exemplo, uma regra que permita todo o tráfego da rede
local que utilize a porta UDP 123, assim como ter uma política que bloqueia qualquer acesso da rede local por
meio da porta TCP 25.
Firewall de aplicação ou proxy de serviços: O firewall de aplicação, também conhecido como proxy de
serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma solução de segurança que atua como intermediário entre um
computador ou uma rede interna e outra rede, externa - normalmente, a internet. Geralmente instalados em
servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de solicitações, firewalls deste tipo são
opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre origem e destino.

Perceba que em vez de a rede interna se comunicar diretamente com a internet, há um equipamento entre
ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e a internet.

Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo,
estabelecer regras que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a
comunicação entre computadores internos e determinados serviços remotos.

Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode
registrar o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma
espécie de cache (uma página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com
que não seja necessário requisitá-la no endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos
podem ser liberados apenas mediante autenticação do usuário; entre outros.

A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos
existentes na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou
exija muito trabalho de configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.

Inspeção de estados (stateful inspection): Tido por alguns especialistas no assunto como uma evolução dos
filtros dinâmicos, os firewalls de inspeção de estado (stateful inspection) trabalham fazendo uma espécie de
comparação entre o que está acontecendo e o que é esperado para acontecer.

Para tanto, firewalls de inspeção analisam todo o tráfego de dados para encontrar estados, isto é, padrões
aceitáveis por suas regras e que, a princípio, serão usados para manter a comunicação. Estas informações são
então mantidas pelo firewall e usadas como parâmetro para o tráfego subsequente.

Para entender melhor, suponha que um aplicativo iniciou um acesso para transferência de arquivos entre um
cliente e um servidor. Os pacotes de dados iniciais informam quais portas TCP serão usadas para esta tarefas.
Se de repente o tráfego começar a fluir por uma porta não mencionada, o firewall pode então detectar esta
ocorrência como uma anormalidade e efetuar o bloqueio.

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HARDWARE E SOFTWARE
Informática é a ciência que estuda os dados e suas transformações em informações, buscando formas de
agilizar cada vez mais tal processo. Também se preocupa com a segurança e a precisão dessas informações.
Curiosamente, a palavra informática vem do francês: information automatique, que quer dizer informação
automática.

E ONDE ENTRA O COMPUTADOR?


O computador é basicamente uma máquina, eletrônica, automática, que lê dados, efetua cálculos e fornece
resultados. Ou seja, máquina que recebe dados, compara valores, armazena e move dados; portanto trabalha
com dados e estes bem colocados tornam-se uma informação. Existem diversos tipos de computadores
organizados por tamanho (porte) ou por funcionalidade, abaixo apresentamos alguns tipos:
Esse tipo de computador pode custar centenas de milhares ou até milhões de dólares.
Apesar de muitos supercomputadores serem formados por sistemas únicos, grande parte
Supercomputador
é formada de múltiplas máquinas de alto desempenho trabalhando em paralelo como um
sistema único.
Conhecidos dos anos 70, eram computadores de grandes empresas, realizando grandes
Mainframe
tarefas e ocupando espaços formidáveis, como salas inteiras.
Um computador aperfeiçoado para prover serviços para outros computadores em uma
Servidores rede. Geralmente possuem processadores poderosos, grande quantidade de memória e
discos rígidos enormes.
Computador de mesa que tenha um poderoso processador, memória e capacidade
WorkStation ampliada para executar um grupo especial de tarefas, como gráficos 3D ou
desenvolvimento de games.
Também chamado de computador pessoal, são as máquinas que encontramos na maioria
PC dos lares e empresas. Hoje este tipo de máquina possui um grande poder de
processamento.
Computador portátil, apresenta os mesmos recursos dos PCs normais com a vantagem
Notebook
de você poder transportar em viagens, é também chamado de laptop.
São computadores integrados e compactos que geralmente usam memória flash em vez
de disco rígido (HD). Esses computadores geralmente não possuem teclados, mas sim
Palmtop
uma tela sensível ao toque, tecnologia usada para a entrada de dados. São geralmente
menores do que um livro de bolso, e muito leves, com uma bateria de duração razoável.
Termo usado para descrever uma classe de computadores portáteis tipo subnotebook
com características típicas: peso reduzido, dimensão pequena ou média e baixo custo.
Netbook
São utilizados, geralmente, em serviços baseados na internet, tais como navegação na
web e e-mails.
Dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet,
organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e
Tablet
para entretenimento com jogos. Apresenta uma tela sensível ao toque (touchscreen) que
é o dispositivo de entrada principal.
Em uma tradução literal: "telefones Espertos ou Inteligentes", são aparelhos celulares que
agregam também várias funções de computadores. Essas funções de computador são
Smartphone possíveis de ser acopladas a um telefone móvel graças a sistemas operacionais
semelhantes aos do computador, com as devidas adaptações necessárias para
Smartphones.
O computador, independente do tipo, tem a função de trabalhar (processar) as informações, mas para tanto,
temos que alimentá-lo com dados e aguardar o retorno das informações processadas. Acabamos de descrever
o princípio básico de todo o processamento, observe o esquema:

Mais a frente você irá perceber que, para que o processamento possa ocorrer, o trabalho não é realizado
apenas por elementos físicos (Hardware), existe também a participação de elementos lógicos (Software). É
justamente a união dos elementos físicos com os elementos lógicos que tornam a sua máquina útil e produtiva
e não é só isto deve existir toda uma compatibilidade entres estes dois para que se possa tirar o maior proveito
possível desta máquina.

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CURIOSIDADES
E o que vem a ser firmware?
Firmware é uma combinação de hardware e software. São memórias de computador que tem programas ou
dados gravados nelas. Em geral, estas memórias são do tipo ROM (Read-Only Memory ou Memória Somente
de Leitura) que tem como característica principal não perder o seu conteúdo quando desligamos a máquina.
Parece complicado, mas é só impressão. Firmware nada mais é do que uma espécie de programa (rotina), que
fica gravado (armazenado) de forma fixa (não volátil) junto a memória principal (ROM) e tem como função dar
início às instruções iniciais da máquina
Exemplos de firmware: BIOS de PC que comanda o hardware entre a ativação e a carga do sistema
operacional que estiver instalado. Normalmente ele testa a memória, inicia a placa mãe, placa de vídeo, HD e
carrega o boot que encontrar nele.
Dispositivos eletrônicos diversos (tudo que tem display, ou algum outro tipo de interatividade), desde um forno
de microondas (digital), até um iPod ou um celular, todos eles mantêm o seu programa básico intacto, mesmo
desligados por anos, assim sabem o que fazer quando ligados novamente.
HARDWARE
Como já foi comentado um computador é constituído por um conjunto de componentes interligados, composto
por processadores, memória principal, registradores, terminais, impressoras, discos magnéticos, além de
outros dispositivos físicos (Hardware).
Para facilitar o nosso estudo, todos estes componentes serão agrupados em três subsistemas básicos:
• Unidade central de processamento
• Memórias principais
• Dispositivos de entrada/saída de dados.
Vamos apresentar algumas características de cada subsistema e dos elementos que o compõem. Pode
parecer algo muito técnico, e realmente é, mas a nossa intenção é tratar de forma objetiva algumas definições
que normalmente são abordadas em questões de prova, e corrigir algumas falhas conceituais que possam
existir.

Processadores ou CPU
Começamos já com um alerta, é muito comum alguns colegas confundirem CPU com gabinete (aquela
caixinha que vai ao lado do monitor) e isto é um grande equívoco. Observe que processadores e CPUs
(unidade central de processamento) são tratados como a mesma coisa em provas, estes são considerados o
cérebro da máquina. Eles ficam responsáveis pelo processamento ou manipulação dos dados (manipular -
guardem bem esta palavra).
Atualmente os processadores mais usados nos microcomputadores são fabricados por duas empresas
americanas:

AMD INTEL
K5 PENTIUM
K6 PENTIUM MMX
K6-2 PENTIUM II
K6-3 PENTIUM III
DURON CELERON
SEMPRON CELERON D
ATHLON 64 PENTIUM 4
ATHLON 64 X2 PENTIUM D
ATHLON 64 FX CORE 2 DUO
PHENOM FX CORE 2 QUAD

Tecnologia Hyper-Threading (HT)


A tecnologia Hyper-Threading permite que o processador se apresenta aos sistemas operacionais e aplicativos
modernos como dois processadores virtuais. O processador usa recursos que não são usados com freqüência
e tem uma saída muito maior no mesmo intervalo de tempo. Essa tecnologia foi criada pela INTEL.

Dual-core
Todo processador equipado com essa tecnologia possui dois núcleos de execução (dois
processadores reais) ao invés da tecnologia HT (dois processadores virtuais). Com essa
tecnologia o processador poderá executar aplicações simultaneamente. Os processadores
Pentium D, Core 2 Duo e Athlon 64 x2 são exemplos de processadores que possuem essa
tecnologia.

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Quad-Core
Os processadores equipados com essa tecnologia possuem quatro núcleos de execução. Ex: Core 2 Quad
(INTEL) e Phenom FX (AMD).
Mais importante do que fabricantes é o conhecimento da velocidade, ou melhor, dizendo da freqüência com
que o microprocessador executa as instruções.
Esta informação geralmente aparece indicada junto ao modelo do processador:

Ex.: Pentium IV de 3Ghz

RESUMINDO: um processador vai ser mais ágil que outro em função da freqüência do seu CLOCK. Esta
freqüência é medida em Hertz (oscilações por segundo), e já chegamos ao patamar dos GHz (Gigahertz).
Na família AMD também há várias opções de clock para um mesmo modelo de processador: Athlon 1,3Ghz,
Athlon 1,6Ghz, e assim por diante. Porém há uma pequena diferença na forma como a AMD resolveu
apresentar o clock de seus processadores mais novos. Um processador Athlon XP não é apresentado assim:
Athlon XP 1,4GHz, mas como um Athlon XP 1800+ Isto significa que ele é “superior” a um Pentium 4 de
1,8GHz, embora sua freqüência real seja de 1,4GHz.
Mas, como já foi comentado, não é comum a comparação entre fabricantes, mas até mesmo neste caso a
nossa comparação será com relação ao clock 1800+ (de um Athlon) e 1800 (de um Pentium), prevalecendo
como “melhor” o Athlon XP 1800+.

Podemos aumentar esta freqüência?


Quando um processador é comprado, ele vem de fábrica com sua freqüência já definida. Contudo, é possível
alterar o clock de um processador através de um processo técnico chamado OVERCLOCKING.
Esse processo consegue, com segurança, aumentos até 30% na freqüência original de fábrica. Mais do que
isso, pode fazer o processador trabalhar a uma temperatura muito superior aos limites dele, fazendo-o travar
constantemente e inviabilizando o uso do computador.
Para realizar um overclocking é necessário ter acesso ao programa básico que controla a placa mãe (SETUP)
e, em alguns casos, até abrir o gabinete para fazer mudanças físicas nos componentes da placa. Para
entendermos bem no que consiste o overclocking, temos que ter a seguinte noção: O processador possui dois
Clock´s divididos em:
CLOCK INTERNO: Todo processador tem uma freqüência (Clock) com que ele executa suas ações,
neste caso, quando o processador trabalha internamente, ou seja, transformando dados em informações ele
usa seu clock Interno que é sempre maior que o clock externo. Isso acontece porque o processador recebe os
dados através de um barramento presente na placa-mãe que não tem condições de trabalhar na mesma
velocidade interna do processador. Sendo assim, o processador quando se comunica com a placa-mãe opera
a uma freqüência mais baixa para que essa comunicação seja possível, porém quando os dados chegam
dentro do processador ele executa suas ações com seu clock Interno. O Clock Interno é múltiplo do Clock
Externo.
CLOCK EXTERNO: É a frequência utilizada pelo processador para se comunicar com a placa-mãe.
Clock Interno = Clock Externo x Fator de Multiplicação.
Ex: Pentium 4 de 3.2 GHZ (Clock Interno) com FSB 800 MHZ (Clock Externo), ou seja, se o FSB é de 800 MHZ
significa dizer que seu fator de multiplicação é 4.
Neste caso a técnica de overclocking pode tratar de aumentar a freqüência externa também conhecida como
FSB (Front Side Bus) ou alterar o Fator de Multiplicação junto a Placa Mãe

COMPONENTES DA CPU
Dentro da CPU encontramos alguns elementos que merecem nossa atenção, sendo assim vamos aos
comentários:
• ULA (Unidade Lógica e Aritmética): Serve para efetuar operações de soma, subtração,
multiplicação e também operações lógicas, testando várias condições de processamento.
• UC (Unidade de controle ou barramento de controle): é responsável por sincronizar todos os
processos da CPU e dos componentes do sistema, como a memória principal e os dispositivos de
entrada e saída, sua função é criar uma espécie de controle de tráfego de informações.
• Barramento de Dados: por onde trafegam os dados manipulados pela CPU. Age com se fosse uma
estrada, sua largura indica quantos dados podem ser manipulados simultaneamente pelo processador
e também determina toda a arquitetura interna da CPU. Trata-se de um dos barramentos mais
importantes e comentados em provas, quando se fala de uma estrutura de processador de 32 bits ou
64 bits, faz-se referencia a largura do barramento de dados.
• Barramento de Endereços: é por onde passam as informações de localização na memória. Entenda,
por aqui não passam os dados manipulados, mas a informação de onde (endereços de memória) os
dados manipulados serão armazenados. Quanto maior a largura do barramento de endereços, maior
a quantidade de memória que o processador pode gerenciar.
• Registradores: são pequenos endereços de memória que se localizam dentro da CPU. Nos
registradores é que são guardadas as informações importantes para o funcionamento da UC e da
ULA. Por estarem dentro da CPU e pelo material de sua fabricação, os registradores são os tipos mais
velozes de memória em um computador.

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Aulas: 01 - 20

OBSERVAÇÃO: Note que o tanto o barramento de dados como o barramento de controle a informação segue
nas duas direções, já o barramento de endereços é uma via de mão única.

Largura dos barramentos


Pelo visto algumas coisas ainda não ficaram bem claras, o que vem a ser arquitetura 16, 32 ou 64 bits?
Pensem o seguinte, atualmente a maioria de nossos processadores trabalha num padrão 32 bits ou até 64 bits,
isto significa que as informações chegam até a CPU em blocos de 32 bits ou 64 bits simultaneamente (lado a
lado). Fazendo uma analogia: é como se existisse uma estrada larga o suficiente para que 32 carros estejam
lado a lado, sendo que cada carro desses seria um bit (0 ou 1).
De certa forma isto acaba influenciando na velocidade do processamento, quanto mais informações podem
chegar, mais dados podem ser processados.
Estes 32 bits referem-se à largura do barramento de dados interno do microprocessador. Alguns modelos mais
modernos (e aí a AMD saiu na frente) já trabalham com uma arquitetura 64 bits.

Ainda falando sobre arquitetura de processadores, outro comentário bastante interessante seria quanto aos
processadores RISC ou CISC.
Um processador com arquitetura RISC (Reduced Instruction Set Computer) caracteriza-se por possuir poucas
instruções de máquina, em geral bastante simples, que são executadas diretamente pelo hardware.
Na sua maioria, estas instruções não acessam a memória principal, trabalhando principalmente com
registradores que, neste tipo de processador, se apresentam em grande número. Estas características ajudam
as instruções à serem executadas em alta velocidade.
Os processadores CISC (Complex Instruction Set Computers) já possuem instruções complexas que são
interpretadas por microprogramas. O número de registradores é pequeno e qualquer instrução pode referenciar
a memória principal.

RESUMINDO: os computadores CISC são a base da nossa computação. Ou seja, todos os processadores
para PCs, foram um dia exclusivamente CISC. Os processadores RISC são usados em computadores mais
velozes, como algumas máquinas usadas em efeitos especiais de cinema e TV.
Hoje em dia nossos processadores Intel e AMD são híbridos, o que significa que lêem as instruções complexas
(CISC) enviadas pelos programas e as quebram em instruções reduzidas (RISC) para serem executadas em
seu núcleo.
Estes conceitos são bastante técnicos, mas geralmente em prova a cobrança refere-se a quem é o mais rápido
ou qual teria o poder de trabalhar com informações mais complexas. Para simplificar este confronto
apresentamos abaixo um macete destacando as características de cada tipo de arquitetura.

MACETE PARA A PROVA


CISC RISC
OPERAÇÕES MAIS LENTAS OPERAÇÕES MAIS RÁPIDA
INSTRUÇÕES COMPLEXAS INSTRUÇÕES SIMPLES
QTD MAIOR DE INSTRUÇÕES QTD MENOR DE INSTRUÇÕES
TAMANHO VARIÁVEL DE INSTRUÇÕES. TAMANHO FIXODE INTRUÇÕES

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Pessoal, até agora comentamos muitos sobre processadores, mas existem outros elementos a serem
descritos, como, por exemplo, as memórias.

E o que vem a ser memória?


Memória é todo o local no seu computador onde é possível armazenar dados. Um computador possui diversos
tipos de memórias, desde as permanentes até aquelas que não duram muito tempo, cada qual com sua função
definida.
Eis alguns tipos de memórias para computador, classificados de acordo com sua mídia (meio de
armazenamento):
• Memórias Semicondutoras: são aquelas em que as informações são armazenadas em chips
através, normalmente, da existência de corrente elétrica. Ex.: Memória RAM, ROM, EPROM, Memória
Cache, entre outras.
• Memórias Magnéticas: são utilizadas para armazenar dados em sua superfície magnetizável. As
informações são, na verdade, pulsos magnéticos de pequenos ímãs existentes na memória. Ex.:
disquete, fitas K7, discos rígidos.
• Memórias Ópticas: são as memórias que guardam os dados na forma de materiais capazes de
refletir a luz. Todos os discos que usam laser para a leitura de dados são memórias ópticas. Ex.: CD,
DVD.
Além da divisão quanto a forma de armazenamento, podemos também dividir as memórias em Principais e
Secundárias.

Memórias principais
A memória principal, também conhecida como memória primária ou real, é o local onde os dados são
inicialmente guardados, esperando o momento de sofrerem um processamento e cujos resultados serão
também armazenados.
O acesso ao conteúdo de uma célula é realizado através de especificações de um número chamado endereço.
O endereço é uma referência única que podemos fazer a uma célula de memória. Quando um programa deseja
ler ou escrever um dado em uma célula, deve primeiro especificar qual endereço de memória desejado, para
depois realizar a operação.
Atualmente existem dois tipos de memória principal: RAM e ROM. Ambas, são memórias semicondutoras
(dispositivos na forma de chips de silício).

RAM – RANDOM ACESS MEMORY


Este tipo de memória fornece armazenamento temporário para os dados que o
microprocessador manipula (é como se fosse o bloco de rascunho do
microprocessador). Nessa área ficarão os programas ou dados criados pelo
programas. Porém, ela é volátil e quando desligamos o microcomputador os
dados são perdidos, esta é uma das características mais cobrada em prova.

CAPACIDADE DA RAM
A capacidade da memória varia de computador para computador, visto que o usuário ao comprar o seu
computador poderá optar por diversos valores para essa memória e mesmo depois poderá aumentar esta
quantidade, esta melhoria na parte física chamamos de upgrade.
Os valores mais comuns, atualmente, são 512MB, 1GB, 2GB e até 4GB para cima. Há computadores mais
antigos que apresentam valores menores para a RAM, bem como há usuários exigentes que colocam
memórias de valores maiores em seus micros.

DICA: Para que o aluno sempre se mantenha atualizado e saiba o que o mercado esta adotando como padrão
é fundamental saber avaliar um anúncio de uma loja ou dos classificados (entender as configurações
apresentadas).

Tipos de RAM
Há muitos tipos de memória RAM, especialmente se compararmos a maneira como foram fabricadas e os
componentes que as formam.
• SRAM (RAM ESTÁTICA) é um tipo de memória RAM que armazena os dados binários (zeros e uns)
em pequenos circuitos chamados FLIP-FLOPS (conjunto complexo de transistores que realizam operações
lógicas). Pelo fato desta memória ser complexa, ela é usada em pouca quantidade em um computador.
• DRAM (RAM DINÂMICA) é uma memória RAM que armazena seus bits como cargas elétricas em
capacitores (componentes elétricos que funcionam como pequenas “pilhas”, armazenando carga elétrica). Por
ser uma memória mais simples de fabricar que uma SRAM, a DRAM é o tipo de memória mais usado em um
computador. Entre as memórias DRAM existem alguns subtipos, o mais comum é o SDRAM - DDR (RAM
dinâmica síncrona) ou simplesmente chamada memória DDR (Dupla Taxa de Dados). Devido a sua
característica de poder trabalhar a uma dupla taxa de transferência a memória DDR e hoje em dia a DDR2 que
trabalha a uma taxa quadruplicada, tornam-se uma cobrança comum em provas como um tipo de memória
RAM rápida.

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A RAM influencia no processamento?


Como a memória RAM é o principal depositório de informações da CPU, sua capacidade influencia de forma
direta na velocidade de processamento do computador.
Quanto mais memória RAM houver em um computador, mais tarefas ele pode realizar simultaneamente,
porque cada vez que executamos um programa como o Word, o Excel e até mesmo o Windows, os dados
destes softwares são armazenados na RAM enquanto eles estiverem em processamento.

ROM – READ ONLY MEMORY


É uma memória que não pode ser alterada pelo usuário, normalmente sendo usada pelos fabricantes de
equipamentos (computadores, celulares, microondas, DVD players, qualquer coisa) para armazenar o
programa básico que determina o funcionamento do equipamento.
A ROM é usada, em poucas palavras, para armazenar o “comportamento” básico de qualquer equipamento. A
sua principal característica é: NÃO PODE SER ALTERADA pelo usuário.

Quando falamos em alteração, entendemos: inclusão, exclusão ou modificação dos dados.


Dentro da memória ROM do micro estão gravados três programas: BIOS, POST e Setup. O POST (Power On
Self Test) é o autoteste que o micro executa sempre em que é ligado (contagem de memória, etc). O setup é o
programa de configuração da máquina, e é através dele que configuramos o tipo de disco rígido e outras
opções relacionadas à configuração de hardware do sistema.
A ROM também possui algumas variações e cada uma com características próprias, conforme relacionaremos
a seguir:
• PROM (ROM Programável) é vendida vazia (virgem). Pode ser gravada uma vez por equipamentos
gravadores especiais (chamados de gravadores de PROM).
• EPROM (ROM apagável e programável) é fabricada vazia e pode ser gravada e apagada por meio
de luz ultravioleta.
• EEPROM (ROM apagável e programável eletricamente) é fabricada vazia e pode ser gravada e
apagada por meio de aumento da tensão elétrica em seus conectores.
• Memória Flash (FEPROM) parecida com a EEPROM, mas consome menos energia elétrica e não
necessita do aumento de tensão para ser apagada/gravada. É muito usada em cartões de memória de
máquinas fotográficas digitais.

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CACHE
O objetivo da cache é armazenar os dados para trabalho (assim como a RAM) só de que de uma maneira mais
rápida. É claro que ela não trabalha o mesmo volume de dados, seu tamanho é bastante reduzido (é uma
memória cara) e por isto ela acaba trabalhando os dados utilizados com freqüencia.
Imagine a memória RAM como uma mesa do outro lado da sala. Quando você vai pegar uma informação lá,
por exemplo, um número de telefone, você vai anotá-lo para trazê-lo para sua mesa.

Por quê?
Se você precisar do mesmo número de telefone outra vez, não vai precisar se levantar e buscá-lo na outra
mesa, só precisa ler no papel perto de você.
Nesta analogia a RAM é a mesa longe, a cache é o pedaço de papel onde o dado foi anotado.
Até aqui parece tudo tranqüilo, o problema surge quando começamos a relacionar os diversos tipos de cache.
Existem tres “níveis” de memória cache, a L1 (Nível 1), L2 (Nível 2) e L3 (uma atualização do Nível 1 ou
podemos chamar de Nível 3).
A cache L1 é o nível mais próximo da CPU, portanto é, das caches, a mais rápida. A cache L1 fica localizada
dentro do próprio invólucro do microprocessador (ou seja, dentro do CHIP), assim nós a classificamos como
memória interna.
A cache L1 vem em menor quantidade que as demais memórias, por ser a mais rápida e, conseqüentemente,
mais cara.
A cache L2 era localizada, em alguns computadores, na placa-mãe, como uma série de chips de
armazenamento (quase que uma expansão da RAM, inclusive você pode ouvir falar o termo SRAM),
normalmente classificada como memória externa.
Hoje em dia, não é muito comum encontrar placas-mãe com chips de cache L2, isso porque os próprios
processadores já trazem dentro de si a cachê L2, bem como trazem a L1.
Alguns processadores como k6-3 e o Pentium Xeon utilizam também um tipo de memória denominada cache
L3.

VIRTUAL
A memória Virtual é um pedaço do espaço livre do HD (Disco Rígido) que é reservado pelo sistema operacional
a título de prevenção. Essa “reserva” é feita quando o Windows é carregado (inicialização), mas a área em si
de memória virtual só será utilizada quando necessário.
Cuidado para não confundir virtual com cache, a virtual não existe fisicamente, você ao comprar um
equipamento não sai pedindo ao vendedor que você quer um tanto de memória virtual para o seu equipamento.
Então de onde ela vem? Na verdade o próprio sistema operacional identifica o “sufoco” da RAM e, para
auxiliar, ele pede emprestado ao HD um pouco de memória na intenção de socorrer a RAM.

O grande lance da memória virtual é que, quando a memória Principal (física ou real) estiver cheia, o Windows
começará, então, a fazer escritas na RAM não de dados, mas de endereços que deverão ser localizados no
Disco (na memória Virtual). Em outras palavras: os dados e instruções dos programas são armazenados no
DISCO (na memória virtual) e ficam, na RAM real, apenas os endereços que apontam para tais dados.
Ao conjunto formado pelas memórias RAM, ROM, cache e virtual damos o nome de Memórias Principais. Mas
o computador também possui outro conjunto de memórias denominado Memórias Auxiliares, Secundárias ou
de Armazenamento, mas estas nós vamos abordar no nosso próximo tópico: Dispositivos de entrada e saída
de dados.

Dispositivos de Entrada/Saída
Segundo o diagrama de funcionamento de um computador, necessitamos de equipamentos capazes de fazer a
informação “entrar” na CPU e sair dela para o “mundo real”.
Por estarem auxiliando a CPU no seu trabalho, digamos, “ao redor” dela, na periferia da mesma, esses
equipamentos são também chamados periféricos de entrada e saída. Eis alguns dos mais comuns periféricos:

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ENTRADA
Teclado: é o equipamento que permite a inserção de dados através da digitação. É conhecido como periférico
padrão de entrada. Ou seja, o computador não pode funcionar sem ele.
• Mouse: é o equipamento que movimenta o ponteiro na tela. Ao mover o mouse por uma superfície
plana, seus sensores (que podem ser mecânicos ou ópticos) enviam sinais elétricos deste movimento e o
computador os traduz em movimentos da setinha na tela.
• Scanner: é usado para capturar dados impressos e transformá-los em dados digitais de imagem. Seu
uso é muito comum entre profissionais do ramo de design, propaganda, arquitetura etc.

O que é OCR?
Trata-se de um programa geralmente associado aos scanners, sua finalidade é tratar o reconhecimento óptico
de caracteres, gerando com isto arquivos em formato texto. A sua utilização se torna bastante útil para
minimizar o esforço da redigitação de textos já existentes.

SAÍDA
• Monitor e placa de Vídeo: são considerados os principais meios de saída de dados e informações de
um microcomputador. Os monitores se apresentam em diversos modelos e com padrões variados, alguns
inclusive já obsoletos como CGA, EGA, VGA (que não convém perder tempo comentando), e SVGA que são
usados atualmente. O padrão SVGA (Super VGA) é uma evolução do VGA capaz de operar tanto nas
resoluções mais antigas (como 320x200 e 640x480), como em resoluções mais altas (800x600 e 1024x768), e
com alguns milhões de cores.

E o que vem a ser resolução?


A resolução de um monitor é expressa em pixels (também chamado de tríade), trata-se de 3 pontos coloridos
(red – vermelho, green – verde e blue – azul, daí vem o termo RGB que aparece em algumas placas de vídeo),
que estão distribuídos em colunas e linhas (640x480, 800x600). A relação é direta, quanto maior a quantidade
de pixels maior é a qualidade da imagem.
Outro fator que influencia na qualidade final da imagem apresentada é a distância entre estes pontos, essa
distância é chamada DOT PITCH.

DOT PITCH

PIXEL
CUIDADO
Quanto menor for a distância dos pontos melhor será a qualidade da imagem, então aqui a relação é
inversamente proporcional. Atualmente um monitor comum possui um dot pitch de 0,28 mm, é claro que
podemos encontrar alguns modelos de alta qualidade com 0,26 ou 0,25mm.

E onde entra a placa de vídeo?


A placa de vídeo seria o equipamento que fala diretamente com o monitor e desenha tudo que esse apresenta,
sendo assim é a placa de vídeo quem define a qualidade da imagem primariamente.
Um dos requisitos de hardware a que uma placa de vídeo deve atender para possibilitar o uso
de maiores resoluções e maior número de cores é possuir memória de vídeo em quantidade
suficiente. Atualmente encontramos placas de vídeo de altíssimo desempenho, com até 128
MB de memória, processador exclusivo para realização de processamento de gráficos e
imagens, além de inovações tecnológicas que tornaram estes dispositivos capazes de reproduzir imagens com
resolução acima de 1600x1280 e chegam até 32 milhões de cores.

Novas Tecnologias Em Monitores


LCD (Monitor de cristal líquido) é formado por dois vidros que têm, entre eles, uma camada de cristal líquido.
Em cada ponto que forma a imagem há um transistor ligado ao vidro interno. O impulso elétrico faz com que o
cristal líquido se reorganize, deixando a luz passar e formando a imagem.

CUIDADO
Alguns monitores podem ser considerados como sendo periféricos tanto de entrada como de saída, são os
chamados sensíveis ao toque (touchscreen), muito utilizados em caixas de auto-atendimento na área bancária.

Varredura
Os monitores de CRT possuem uma característica interessante: os feixes de elétrons são disparados de cima
para baixo e repetem esse movimento diversas vezes por segundo.
Esse processo é chamado de VARREDURA e esta pode ser classificada, basicamente, de duas formas:
Entrelaçada, e Não-Entrelaçada.

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A primeira desenha a tela disparando os raios alternadamente, desenhando primeiro as linhas ímpares depois
as linhas pares, o que gera uma pequena tremulação na tela que acaba causando cansaço na vista do
operador. Esta cintilação não fica visível ao olho humano, mas ao filmar uma tela de um computador, a câmera
torna esta cintilação perceptível (seria aquela lista que fica passando na tela).
Já os monitores não-entrelaçados (atualmente os mais usados) desenham as imagens linha por linha, evitando
tal cintilação (também chamado de flicking).
Em provas é comum questionar qual monitor melhor, os entrelaçados ou os não-entrelaçados. Para quem
desconhece o assunto fica difícil arriscar que o “não” seria melhor, a própria palavra “não” já traz um carma
negativo, mas como descrevemos acima, pelo fato de não causar o flicking os não-entrelaçados são melhores.
• Impressora: é o equipamento que permite que nossos trabalhos sejam postos em papel. Há vários
tipos e modelos de impressoras atualmente no mercado, mas podemos destacar alguns apenas para fins de
estudo (sempre relacionando tipos, já que modelos não são importantes para concursos).
Matricial: Sua técnica de impressão se dá por meio de “agulhas” dispostas em uma matriz, essas agulhas
“batem” (impacto) numa fita e essa fita, por sua vez, é empurrada contra o papel.
Jato de Tinta: São as mais comuns hoje em dia. Seu sistema de impressão se baseia em pequenos
reservatórios de tinta (cartuchos) que “cospem” a tinta em pontos definidos do papel.
Laser: Usa um feixe de raio laser para desenhar o objeto a ser impresso em um rolo coberto com um pó
chamado tonner.
Térmica: Aqui a idéia é causar a impressão através do aquecimento do papel. O papel a ser utilizado é um
papel especial, sensível ao calor. Isto causa um problema, pois torna-se uma impressão não durável, com o
passar do tempo ela vai perdendo sua qualidade. Assim, jamais veremos a impressão de documentos oficiais
neste tipo de impressora.
Plotter: Utilizadas na execução de gráficos, mapas e desenhos de engenharia. Com a evolução da tecnologia
de impressão e a redução de seu custo, vem sendo utilizada para impressão de grandes cartazes na
editoração eletrônica. A característica marcante deste tipo de impressora é justamente o tamanho de suas
impressões.
Cera: Semelhante à jato de tinta, só que a impressão é causada pela aplicação de uma fina camada de cera,
dando um acabamento fantástico a impressão. Em provas é muito comum relacionar este tipo de impressora à
melhor qualidade de impressão, que é semelhante a de uma capa de revista ou uma foto.

ENTRADA E SAÍDA
• Modem: é um equipamento de comunicação que permite que dois computadores fiquem conectados
(troquem informações) através de uma linha telefônica. Isto ocorre através da tradução dos pulsos elétricos
digitais (existentes no interior do computador) em variações elétricas analógicas (forma de transmissão dos
dados na linha telefônica) e vice-versa. Atualmente, os modems atingem uma taxa de transferência de 56Kbps
(Kilobits por segundo) Como são equipamentos de comunicação entre computadores, os modems devem
seguir algumas regras de indústria para que modelos de diversos fabricantes consigam se entender. A maioria
dos modems está sendo construída com o padrão de comunicação V.90, instituído pela ITU (União
Internacional de Telecomunicações). Há bem pouco tempo, a ITU desenvolveu o sucessor do padrão V.90 - o
V.92 – que atinge transferências de dados um pouco superiores aos antecessores.
• Placa de Rede: permite a comunicação entre computadores não através da
linha telefônica mas utilizando-se da estruturas de redes locais (casas e empresas).
Esta tal rede local, também chamada LAN, exigirá certos equipamentos específicos,
como cabos especiais, hubs, switches (todos a serem discutidos no capítulo sobre
REDES). O padrão Ethernet define que a placa vai se conectar a uma velocidade
(taxa de transferência) de 10 Mbps (Megabits por seg.).
Outros padrões foram criados em sucessão a esse, veja a lista:
Padrão Taxa transferência
Ethernet 10 Mbps
Fast Ethernet 100 Mbps
Gigabit Ethernet 1000 Mbps
O padrão usado hoje é o Fast Ethernet, no qual as placas de rede são construídas para atingir até 100 Mbps,
mas é claro que um placa construída num padrão mais novo consegue se comunicar com placas mais antigas,
mesmo se suas velocidades não forem iguais (baseia-se na taxa menor).
Por essa razão, as placas de rede atuais vêm com a seguinte inscrição: Placa de Rede 10/100 (ou Placa
Ethernet 10/100). Isso indica que a placa pode se conectar a 100 Mbps ou a 10 Mbps, dependendo da
necessidade.

MEMÓRIAS SENCUNDÁRIAS
Alguns destes Dispositivos de Entrada e Saída de Dados, também são tratados como memória secundária.
Estas são um meio permanente (não volátil) de armazenamento de programas e dados. Enquanto a memória
principal precisa estar sempre energizada para manter suas informações, a memória secundária não precisa
de alimentação.
Os principais dispositivos de armazenamento de dados são:
• Disco Flexível ou Disquete: são feitos de material plástico recoberto por uma camada magnética.
Podem ser de vários tipos e tamanhos. São meios de armazenamento magnético.

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O padrão de disquete utilizado atualmente possui a dimensão 3 ½” (polegadas) e capacidade de 1.44 MB, esta
é o que nós chamamos de capacidade nominal, mas na verdade a sua capacidade de armazenamento é de
1.38MB.
Entenda Esta Diferença
DISQUETE DE 3½” CAPACIDADE
1.44 MB nominal
1.38 MB armazenamento
0.06 MB FAT

Mas o que vem a ser FAT?


FAT – File Alocation Table (tabela de alocação de arquivos) é uma espécie de tabela de endereçamentos, nela
ficam gravadas quais setores estão disponíveis e quais contêm dados de arquivos.
Quando um disco é formatado, todos os setores estão disponíveis. Quando um arquivo é gravado, a FAT vai
sendo alterada para indicar os setores ocupados por arquivos.
O que é formatar?
Formatar um disco (flexível ou rígido) é o procedimento de demarcar trilhas,
dividir cada trilha em setores, agrupar os setores em clusters e criar a FAT.
Diz-se que um disco é virgem quando ele não está formatado.

• HD: Hard Disk (Disco Rígido), também chamado de winchester, é um dos principais dispositivos de
armazenamento de dados devido a sua grande velocidade de acesso e capacidade de armazenamento (200,
500GB e até mais de 1TB). O HD é formado por cabeça de leitura, motor e discos (pratos compostos de vidro,
alumínio ou cerâmica especial) revestidos por uma camada magnética, divididos, nas suas superfícies, em
trilhas e cada uma destas é dividida em setores. A quantidade de trilhas e setores é variável.

• CD: é um disco cuja superfície é feita de material que reflete luz, para que os equipamentos de leitura,
que usam laser, possam lê-los. O CD é, portanto, um disco de armazenamento óptico.`Sua capacidade de
armazenamento foi originalmente definida em 650MB, mas hoje existem CDs com até 700MB.
Os equipamentos que lêem CD, também chamado de Drive de CD, tem sua velocidade de leitura medida como
múltiplo de uma velocidade X padrão (X = 150Kbps). Portanto, há drives com 50X, 55X, 60X etc.
Há três tipos de CDs, muito comuns hoje em dia, que devemos estudar:
CD-ROM: é um disco que já vem gravado com informações de fábrica. A superfície do CD-ROM é montada
numa chapa na fábrica, normalmente em vidro “esculpido”. Um CD-ROM não pode ser gravado pelos usuários,
ele é gravado no momento da construção. A sigla CD-ROM significa CD Somente para Leitura.
CD-R: é um disco que apresenta uma camada de resina na superfície. Essa camada de resina é “queimada”
durante a gravação e, portanto, não pode ser usada para uma segunda gravação. O CD-R só pode ser gravado
UMA VEZ. CD-R significa CD Gravável.
CD-RW: chamado CD Regravável é um disco que permite sucessivas gravações, pela resina em sua
superfície. O CD-RW é o potencial substituto do disquete, devido ao custo de fabricação, à capacidade e ao
fato de permitir diversas gravações.

• DVD: armazena muito mais dados que o CD-ROM, sendo atualmente usado para armazenar filmes.
Existem 4 tipos de DVD, que diferem na capacidade. O DVD 5 é capaz de armazenar 4.7 GB de dados ou 133
minutos de vídeo na resolução máxima. Hoje temos o DVD-R que permite gravação é claro que para tanto o
usuário deverá ter um drive apropriado (Gravador de DVD).

CUIDADO
É muito comum você ouvir falar em prova ou anúncios de jornal sobre o CD-RW/DVD (COMBO), trata-se de
um periférico usado para gravação e leitura de CDs permitindo apenas a leitura de DVDs um tipo de 2x1.

• BLU-RAY E HD-DVD : Com o advento da TV de alta definição (HDTV) a capacidade de


armazenamento do DVD tornou-se insuficiente para este tipo de aplicação. Só para você ter uma idéia, duas
horas de vídeo de alta definição com compactação de dados requer 22 GB de espaço em disco. Portanto, o
que fazer para permitir o armazenamento de mais dados de modo a suportar a gravação de conteúdo de alta

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definição? É aqui que entram essas duas tecnologias Blu-Ray e HD-DVD que concorreram pela sucessão do
DVD. No entanto em 19 de Fevereiro de 2008, a Toshiba comunicou a descisão de não continuar com o
desenvolvimento, fabricação e comercialização do HD-DVD. O Blu-Ray ganhou assim a guerra contra o HD-
DVD e é o novo sucessor do DVD.
Na verdade, um disco Blu-Ray ou HD-DVD nada mais é do que um disco de DVD com capacidade de
armazenamento mais elevada, permitindo a gravação de conteúdo de alta definição. É importante salientar que
a principal motivação para a criação de um sucessor para o DVD foi o surgimento da TV de alta definição, que
exige maior espaço de armazenamento em disco, coisa que o DVD não pode oferecer.
A principal diferença entre os formatos é a capacidade de armazenamento, com vantagem para o Blu-ray, que
armazena 25 GB em discos de uma camada (50 GB em Double Layer), contra 15 GB do HD-DVD de uma
camada (30 GB em duas camadas).

• ZIP Disk: é um disquete que se diferencia pela sua capacidade de


armazenamento, podendo armazenar a partir de 100 MB. Para utilizarmos este tipo de
disquete também devemos possuir um drive apropriado, trata-se do ZIP Drive.

• PENDRIVE: (Memory Key), são dispositivos que são conectados diretamente na porta USB e que
possuem um pequeno "disco" interno com capacidade entre 1GB e 8GB nos modelos mais comuns à venda.
São também conhecidos como minidrives. O nome pendrive é porque alguns modelos se assemelham a uma
caneta e podem ser guardados no bolso.

• Fita DAT: é um cartucho de fita magnética usada para o armazenamento de dados digitais de
computador. Estas fitas são muito utilizadas por grandes empresas para o armazenamento de dados de
Backup (cópias de segrança), tanto por sua alta capacidade de armazenamento, quanto por sua segurança.
Por serem muito utilizadas para gerar backups, as capacidades das fitas DAT acompanham a capacidade dos
Winchesters.

ESTRURURAS DE LIGAÇÃO
Você deve estar se perguntando, nós já ouvimos falar de memórias, processadores e periféricos, mas parece
que falta algo, como que estes hardwares se comunicam, de que maneira eles interagem.
Realmente, até agora nós tratamos todas as estruturas de forma isolada, chegou o momento de ligarmos todos
estes elementos, só que para isto falta relacionarmos alguns itens, como por exemplo:
Placa-mãe: seu papel é fornecer uma maneira de os dispositivos periféricos do computador terem contato com
o processador. A placa-mãe serve apenas de base, é simplesmente o local onde todos os equipamentos se
encaixam.

A placa-mãe é uma placa de circuitos composta de caminhos de dados (barramentos) e lacunas para encaixe
de equipamentos (slots). Ela vem de fábrica quase “nua”, com alguns pequenos componentes. Mas para
montar um computador, é necessário adquirir os outros equipamentos, que serão encaixados nos slots
apropriados na placa-mãe.
Os diversos tipos de equipamentos que se encaixam à placa-mãe na forma de outras placas são chamados de
placas de expansão (é o caso do modem, placa de rede, placa de vídeo, placa de som, entre outros).
Existem diversos modelos e marcas de placas-mãe no mercado, cada um com sua utilização específica. Por
exemplo, há placas que só funcionam com processadores Pentium 4, há outras que só servem para Athlon e
Athlon XP, assim por diante. Na hora de montar seu micro, se você é quem vai escolher o modelo da placa e
do processador, verifique a compatibilidade entre eles.
O que é uma placa-mãe On-board?
Dá-se este nome a placa que já vem de fábrica com uma serie de acessórios, dispensando placas de
expansão. Uma placa-mãe pode já vir com placa de som, placa de rede, modem e placa de vídeo, neste caso
dizemos que esses equipamentos já se encontram on-board (“na placa”).

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Assim como existem placas On-board, existem outras que vem “nuas” as chamadas Off-board.
Um ponto negativo para as placas-mãe On-board é que, pelo fato de haver diversos componentes já instalados
e a placa não possuir muitos slots para expansão, há limitação na escolha de componentes.
Outro fato ruim é que nem sempre os equipamentos que vêm junto com a placa-mãe têm boa qualidade. Por
razões de custo, as fábricas escolhem equipamentos fracos, o que compromete o desempenho final da
máquina.
O suporte a novas tecnologias, as possibilidades de upgrade e, até certo ponto, a própria performance do
equipamento são determinados pela placa mãe.
Outra característica importante da placa-mãe é seu chipset. Chipset (ou “conjunto de chips”) é uma série de
pequenos circuitos que controla todo o fluxo de dados na placa-mãe. Atualmente há vários modelos de
chipsets, fabricados por várias empresas.
A maioria dos chipsets ainda é dividida em ponte norte e ponte sul, cada um com uma função:
• Ponte norte ou Northbridge é o chip maior, responsável pela maioria das funções: comunicação do
processador com a memória RAM, barramentos AGP e PCI etc.

• Southbridge ou ponte sul é o chip menor, encarregado de funções "menos essenciais", como
controlar as interfaces IDE e o barramento ISA da placa mãe, assim como as portas seriais, paralela, USB,
teclado etc.

• Barramento Interno: é a conexão dos equipamentos para com a placa-mãe, vamos relacionar e
apresentar as principais características dos barramentos internos mais cobrados em provas:
ISA: Trata-se de uma barramento antigo, usado para encaixar placas de expansão, como modems, placas de
som, placas de vídeo, entre outros. Sua largura é de 16 bits, este barramento foi substituído hoje em dia pelo
barramento PCI. Outro fator que contribuiu para sua extinção é o fato de não suportar a tecnologia Plug And
Play.
PCI: É o barramento usado na maioria dos micros hoje em dia em substituição ao ISA. Sua função é a mesma
podendo conectar placas de expansão, como Modems, placas de vídeo, placas de rede, placas de som, e
qualquer outra placa que se queira. Uma das vantagens com relação ao seu antecessor é o fato de trabalhar a
uma largura a partir de 32 bits e permitir o recurso Plug And Play.
AGP: Usado apenas para conectar PLACAS DE VÍDEO, sua largura é de 32 bits e também aceita o recurso
Plug And Play.

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VERSÕES AGP TAXA DE TRANSFERÊNCIA

AGP 8X 2133 MB/S

IDE: Usado para conectar as unidades de armazenamento internas (HD, Drive de CD, Gravadores de CD,
Drives de DVD etc.) à placa-mãe do computador, possuem uma largura de 32 bits. Um único barramento IDE
permite a conexão de apenas dois desses equipamentos. Mas como é comum, em um computador, haver dois
barramentos IDE (chamados de IDE primário e IDE secundário), o total de equipamentos de armazenamento
interno chega a 4 (quatro).

Serial ATA (SATA): Este novo padrão vêm substituindo as interfaces IDE atuais como meio de conexão de
HDs e gravadores de DVDs. O Serial ATA é um barramento serial que utiliza cabos de 4 vias, com conectores
minúsculos, ao contrário dos cabos de 80 vias utilizados pelas interfaces ATA 66 ou ATA 100 atuais. A primeira
geração de interfaces serial ATA é capaz de transmitir dados a 150 MB/s e a segunda versão é capaz de
transferir a uma taxa de 300 MB/ s.

SCSI: Permite a conexão de Discos, como o IDE, impressoras e scanners de alta velocidade. Trata-se de um
barramento muito caro, normalmente são usados no mercado de servidores de rede, sendo incomuns em
computadores caseiros. Além disso, dá pra conectar até 15 equipamentos em um único SCSI.

PCI Express: Como as aplicações em 3D exigiam taxas maiores, o barramento AGP foi inserido no mercado,
oferecendo taxas que vão de 266 MB por segundo (no padrão AGP 1X) à 2128 MB por segundo (no padrão
AGP 8X). Praticamente todas as placas-mãe com suporte a AGP só possuem um slot desse tipo, já que o
mesmo é usado exclusivamente por placas de vídeo.
O problema é que, mesmo oferecendo velocidades acima de 2 GB por segundo, o slot AGP 8x não suportará
aplicações que estão para surgir e que precisam de taxas ainda maiores. Além disso, tais aplicações poderão
ter outros requisitos que o AGP não oferece. Ainda, é necessário considerar que, apesar do AGP ter vantagens
bastante razoáveis, seu uso é destinado apenas às aplicações de vídeo. Acontece que som e rede, por
exemplo, também evoluem.
Na busca de uma solução para esses problemas, a indústria de tecnologia trabalhou (e trabalha) no
barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um padrão que proporciona altas taxas de
transferência de dados entre o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre a placa-mãe e uma
placa de vídeo 3D.
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais, isto é,
"caminhos" (também chamados de lanes) para transferência de dados. Se um determinado dispositivo usa um
caminho, então diz-se que este utiliza o barramento PCI Express 1X, se utiliza 4 conexões, sua denominação é
PCI Express 4X e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados.
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência
usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X consegue trabalhar com
taxas de 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão PCI.
Atualmente, o padrão PCI Express trabalha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. Certamente,
com o passar do tempo, esse limite aumentará. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express
comparadas às taxas do padrão AGP:
AGP 1X: 266 MBps PCI Express 1X: 250 MBps
AGP 4X: 1064 MBps PCI Express 2X: 500 MBps
AGP 8X: 2128 MBps PCI Express 8X: 2000 MBps
PCI Express 16X: 4000 MBps

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• Barramento Externo, conforme uma classificação mais didática que oficial, são aqueles que
interligam a CPU aos equipamentos que se encontram fora do gabinete (como teclado, mouse, impressora
etc.).

1- PS/2 2- USB 3- PARALELA 4- SERIAL


Os barramentos externos são visíveis, como pequenos encaixes para os conectores dos equipamentos na
parte traseira do gabinete, é freqüente o uso do termo porta para esses encaixes. Portanto, não é incomum ler
porta PS/2, em vez de barramento PS/2. Vamos então aos diversos barramentos:

Serial: Tem como objetivo ligar equipamentos de baixa velocidade, como monitor, teclado, mouse, e outros.
Trata-se de um barramento antigo, sendo assim esse barramento não é plug and play, e quando se conecta
algum componente a ele, o componente não é reconhecido pelo Windows, sendo necessário instalar
manualmente o referido equipamento.

Paralelo: Sua função é ligar componentes de maior velocidade que os ligados no barramento serial, como
impressoras e scanners.

PS/2: Usado para conectar mouse e teclado. Esse barramento não trabalha com o que nós chamamos de hot
plug and play (reconhecimento com a maquina ligada, mas trabalha o plug and play durante o processo de
inicialiização da máquina.

USB: Permite conectar qualquer tipo de equipamento, substituindo a serial, PS/2 e paralela (porta universal).
Este tipo de porta é bastante cobrada em prova, curiosidades como o fato de permitir a conexão de até 127
equipamentos simultaneamente e a característica de ser Hot Plug And Play (ou seja, qualquer equipamento
conectado a esse barramento é imediatamente reconhecido) freqüentemente aparecem em forma de questões.
USB 1.1: 12 Mbps (1,5 MB/s)
USB 2.0: 480 Mbps (60 MB/s)
USB 3.0: 4,8 Gbps (614 MB/s)

PCMCIA: Este barramento é utilizado principalmente em Notebook e handhelds onde, na maioria das vezes, é
o único meio de conectar placas de expansão. A principal vantagem dos dispositivos PCMCIA é o tamanho:
todos possuem dimensões um pouco menores que as um cartão de crédito, apenas mais espessos.
Atualmente é possível encontrar praticamente qualquer tipo de dispositivos na forma de placas PCMCIA:
modems, placas de som, placas de rede, placas decodificadoras de DVD, cartões de memórias SRAM e
memórias Flash e, até mesmo, discos rígidos removíveis.

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FIREWIRE: Encontrado nos computadores mais novos, o barramento firewire é incrivelmente rápido. Um único
barramento firewire também pode ser usado por vários equipamentos ao mesmo tempo, num total de 63
dispositivos por porta. Devido a sua alta velocidade geralmente ele é usado para conexão de equipamentos de
vídeo.

CUIDADO
Não confundam FIREWIRE com firewall, este último atua como um controlador de tráfego.

UNIDADES DE MEDIDA
Em um computador existem diversos componentes e eles podem ter unidades de medida independentes de
outros componentes. Acompanhe na listagem ao lado os vários componentes e suas respectivas unidades de
medida:
Item Unidade Mede Padrão
MHz
Processador Velocidade processar dados 400 a 3000
MegaHertz
MB
Disquete Capacidade armazenar dados 1,38
MegaByte
TB
HD Capacidade armazenar dados 160 GB a 2 TB
TeraByte
MB
RAM Capacidade armazenar dados 512 a 2048
MegaByte
Kbps
Modem Taxa de transferencia de dados 56
KiloBits por Seg
DPI
Impressora Qualidade impressão 300 a 1200
Pontos por Polegada
MB
CD Capacidade armazenar dados 650 a 700
MegaByte
X=150
Leitor CD Taxa de transferência da leitora 50
Kbps
GB
DVD Capacidade armazenar dados > 4,6
Gigabyte
Comparações tratando a capacidade de armazenamento são bastante freqüentes e para tanto se faz
necessário o conhecimento de algumas unidades de medidas. Acompanhe na tabela abaixo algumas relações.

TABELA DE CONVERSÃO
1 bit Digito binario (1 ou 0)
1 BYTE 8 bits
1 KILOBYTE 1024 BYTES
1 MEGABYTE 1024 KB
1 GIGABYTE 1024 MB
1 TERABYTE 1024 GB
1 PETABYTE 1024 TB

ANÁLISE DE INFORMAÇÕES
A quantidade de dados/informações geradas e armazenada diariamente chegou a um ponto que,
hoje, imaginar uma estrutura centralizada de processamento de dados já não faz muito sentido para
a maioria absoluta de grandes corporações. Se tomarmos como exemplo o Google, este possui
inúmeros data centers para dar conta de todas as suas transações, mantendo a integração entre
estas.

“Todos os dias aproximadamente 2,5 bilhões de gigabytes de dados são criados a partir de
postagens em redes sociais, upload de fotos e vídeos, registros de transações comerciais, sinais de
GPS, rastros de navegação e sensores dos mais diversos tipos.”

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Saber lidar com estes dados, fazer uso das informações, aplicar todo este conhecimento é hoje um
diferencial competitivo aproveitado por diversas instituições.
“Quem tem a informação, tem o poder”

Dados x Informação x Conhecimento.


Antes de compararmos Dado, Informação e Conhecimento devemos ter uma idéia do que cada um
deles representa individualmente para após podermos analisar como um todo.
• Dados: São considerados observações documentadas, podem ser feitas como texto,
imagem, figuras e etc. Não é necessária grande interpretação ou interação para gerar o seu
valor.
• Informação: É o agrupamento, manipulação e organização dos dados de uma maneira que
represente algum tipo de mudança, tanto quantitativa quanto qualitativa perante o
conhecimento.
• Conhecimento: É aquilo que foi vivenciado, utilizado ou visto por alguém. É ter experiência,
noção ou idéia tendo assim capacidade para interpretar ou modificar algum tipo de
informação.
Com as definições podemos então perceber que dados, informações e conhecimento são elos que
se unem para formar um resultado que sirva tanto para gerir as informações ou as manipular,
visualizar resultados quando necessário sendo por texto, imagem ou algum outro tipo que seja
necessário. Eles se completam fazendo com que os dados diversos que foram inseridos gerem a
informação e assim com essas informações se possa ter o conhecimento, conhecimento que
também pode ser utilizado para modificar os dados, gerando e alterando assim para se obter outras
informações. Ou seja, conhecimento, dados e informação são extremamente necessários e andam
juntos sustentando informações que serão replicadas para outros ou para algum tipo de sistema.

À medida que interagem com seus ambientes, as organizações absorvem informações,


transformam-nas em conhecimento e agem com base numa combinação desse conhecimento com
suas experiências, valores e regras internas. (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).

Segundo estudos da Microsoft, cerca de 80% dos dados atualmente presentes no mundo da
informação não estão armazenados em bases de dados, ou seja, a grande maioria destes dados
não está estruturada. Entende-se que dados não estruturados são aqueles dados provenientes de
documentos no formato doc, docx, ppt, pdf, avi, XML, HTML, entre uma infinidade de outros
formatos. Até o presente momento, a forma com que as aplicações de computador podiam interagir,
estudar e até mesmo trabalhar com os dados estava limitada aos dados que estivessem
armazenados em tabelas de banco de dados. Trabalhar com dados não estruturados não era uma
maneira confiável, escalável e segura impossibilitando então uma maior variedade de fontes de
dados.

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Como podemos observar, temos hoje uma grande preocupação a respeito de como aproveitar toda
esta informação latente, como criar mecanismos/ferramentas que auxilie na coleta, no tratamento,
armazenamento, integração e recuperação destes dados é um dos grandes desafios.

MODELAGEM DE DADOS MULTIDIMENSIONAL.


Modelagem multidimensional é a técnica de projeto lógico de banco de dados mais usada no desenvolvimento
de data warehouses, embora também possa ser aplicada ao projeto de sistemas de informações operacionais.
Na verdade, ela busca apresentar os dados em um formato que seja intuitivo e ao mesmo atenda a acessos
com um alto desempenho. Um modelo multidimensional é composto por uma tabela com uma chave composta,
denominada tabela de fatos, e um conjunto de tabelas menores conhecidas como tabelas de dimensão, que
possuem chaves simples (formadas por uma única coluna). Na verdade, a chave da tabela de fatos é uma
combinação das chaves das tabelas de dimensão.
A idéia fundamental da modelagem dimensional está baseada no fato de que quase todo tipo de dado do
negócio pode ser representado como uma espécie de cubo de dados, onde as células do cubo contêm os
valores medidos e os lados do cubo definem as dimensões naturais dos dados.

O modelo dimensional é formado por uma tabela central (tabela de fatos) e várias outras a ela interligadas
(tabelas de dimensão), sempre por meio de chaves especiais, que associam o fato a uma dimensão do cubo.
• Dimensões: estabelecem a organização dos dados, determinando possíveis consultas/cruzamentos. Por
exemplo: região, tempo, canal de venda,... Cada dimensão pode ainda ter seus elementos, chamados
membros, organizados em diferentes níveis hierárquicos. A dimensão tempo, por exemplo, pode possuir
duas hierarquias: calendário gregoriano (com os níveis ano, mês e dia) e calendário fiscal (com os níveis
ano, semana e dia);
• Medidas: são os valores a serem analisados, como médias, totais e quantidades;
• Fatos: são os dados a serem agrupados, contendo os valores de cada medida para cada combinação das
dimensões existentes. O tamanho da tabela que contém os fatos merece atenção especial do analista;
• Agregações: totalizações calculadas nos diversos níveis hierárquicos.

CONCEITOS E ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO DE DATA WAREHOUSE


O Data Warehouse é uma espécie de grande banco de dados contendo dados extraídos do ambiente de
produção da empresa, que foram selecionados e depurados, tendo sido otimizados para processamento de
consulta e não para processamento de transações. Em geral, um Data Warehouse requer a consolidação de
outros recursos de dados além dos armazenados em banco de dados relacionais, incluindo informações
provenientes de planilhas eletrônicas, documentos textuais, etc.

A definição clássica de Data Warehouse criada por Inmon (1997) é a seguinte:


“Data Warehouse é uma coleção de dados orientada por assuntos, integrada, variante no tempo, e não volátil que
tem por objetivo dar suporte aos processos de tomada de decisão.”

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A função do Data Warehouse é tornar as informações corporativas acessíveis para o seu entendimento,
gerenciamento e uso. Como o Data Warehouse está separado dos Bancos de Dados operacionais, as
consultas dos usuários não impactam nestes sistemas, que ficam resguardados de alterações indevidas ou
perdas de dados. O Data Warehouse não deve ser tratado como um software, que pode ser comprado e
instalado em todos os computadores da empresa em algumas horas. Na realidade, sua implantação exige a
integração de vários produtos e processos.
Nos últimos anos o Data Warehouse vem oferecendo às organizações uma maneira flexível e eficiente de obter
as informações que os gestores necessitam, nos processos decisórios caracterizando-se como uma função de
apoio à decisão.
A extração, limpeza, transformação e migração de dados dos sistemas existentes na empresa para o Data
Warehouse constituem tarefas críticas para o seu funcionamento efetivo e eficiente. Diversas técnicas e
abordagens têm sido propostas, algumas bastante genéricas e outras especialmente voltadas para a
manutenção de integridade dos dados num ambiente caracterizado pela derivação e replicação de
informações.
Os produtos oferecidos no mercado procuram automatizar processos que teriam de ser feitos manualmente ou
utilizando ambientes de programação de mais baixo nível. De fato, não existe uma ferramenta única capaz de
oferecer suporte aos processos de extração, limpeza, transformação e migração dos dados, diferentes
ferramentas especializam-se em questões específicas.
O grande desafio por trás da alimentação de dados das fontes para o Data Warehouse não é técnico, mas
gerencial. Muitos dos processos envolvidos - como mapeamento, integração e avaliação de qualidade -
ocorrem de fato durante a fase de análise e projeto do Data Warehouse. Especialistas afirmam que identificar
fontes, definir regras de transformação e detectar e resolver questões de qualidade e integração consomem
cerca de 80% do tempo de projeto. Infelizmente, não é fácil automatizar estas tarefas. Embora algumas
ferramentas possam ajudar a detectar problemas na qualidade dos dados e gerar programas de extração, a
maioria das informações necessária para desenvolver regras de mapeamento e transformação existe apenas
na cabeça dos analistas e usuários.
Fatores que certamente influem na estimativa de tempo para estas tarefas são o número de fontes e a
qualidade dos metadados mantidos sobre estas fontes. As regras de negócio associadas a cada fonte - tais
como validação de domínios, regras de derivação e dependências entre elementos de dados – são outra fonte
de preocupações. Se estas regras tiverem de ser extraídas do código fonte das aplicações, o tempo para
mapeamento e integração pode dobrar.

OLAP
OLAP (On-Line Analytical Processing) representa um conjunto de tecnologias projetadas para suportar análise
e consultas ad hoc. Sistemas OLAP ajudam analistas e executivos a sintetizarem informações sobre a
empresa, através de comparações, visões personalizadas, análise histórica e projeção de dados em vários
cenários de "e se...". Sistemas OLAP são implementados para ambientes multi-usuário, arquitetura cliente-
servidor e oferecem respostas rápidas e consistentes às consultas iterativas executadas pelos analistas,
independente do tamanho e complexidade do banco de dados.
A característica principal dos sistemas OLAP é permitir uma visão conceitual multi-dimensional dos dados de
uma empresa. A visão multi-dimensional é muito mais útil para os analistas do que a tradicional visão tabular
utilizada nos sistemas de processamento de transação. Ela é mais natural, fácil e intuitiva, permitindo a visão
em diferentes perspectivas dos negócios da empresa e desta maneira tornando o analista um explorador da
informação. A modelagem dimensional é a técnica utilizada para se ter uma visão multi- dimensional dos
dados.
Nesta técnica os dados são modelados em uma estrutura dimensional conhecida por cubo. As dimensões do
cubo representam os componentes dos negócios da empresa tais como "cliente", "produto", "fornecedor" e
"tempo". A célula resultante da interseção das dimensões é chamada de medida e geralmente representa
dados numéricos tais como "unidades vendidas", "lucro" e "total de venda". Além dos componentes dimensão e
medida outro importante aspecto do modelo multidimensional é a consolidação dos dados uma vez que para a
tarefa de análise são mais úteis e significativas as agregações (ou sumarização) dos valores indicativas dos
negócios.

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DATA MINING
Conhecido também como mineração de dados. Sua função principal é a varredura de grande quantidade de
dados a procura de padrões e detecção de relacionamentos entre informações gerando novos sub-grupos de
dados. Usado comumente em grandes bancos de dados. Por enquanto podemos pensar que Data Mining é
como um agregador e organizador de dados.
Data Mining pode ser utilizado com os seguintes objetivos:
• Explanatório: explicar algum evento ou medida observada, tal como porque a venda de sorvetes caiu
no Rio de Janeiro;
• Confirmatório: confirmar uma hipótese. Uma companhia de seguros , por exemplo, pode querer
examinar os registros de seus clientes para determinar se famílias de duas rendas tem mais
probabilidade de adquirir um plano de saúde do que famílias de uma renda;
• Exploratório: analisar os dados buscando relacionamentos novos e não previstos. Uma companhia de
cartão de crédito pode analisar seus registros históricos para determinar que fatores estejam
associados a pessoas que representam risco para créditos.
Quando determinados padrões de comportamento, como associação de produtos durante um processo de
compras, por exemplo, começam a se repetir com freqüência, as ferramentas Data Mining indicam a presença
de oportunidades e "insights" em relação àquele público consumidor. O diferencial do Data Mining está no fato
de que as descobertas de padrões de consumo se dão por uma lógica de algoritmos com base em uma rede
neural de raciocínios. São ferramentas de descobertas matemáticas feitas sobre os registros corporativos já
processados contra descobertas empíricas.

ETL
Também conhecidas como ferramentas de “Back End”, estas ferramentas são fundamentais para o processo
de Business Intelligence, e são responsáveis pela preparação dos dados a serem armazenados em um Data
Warehouse. O processo de ETL se resume basicamente em 5 passos:
1. Identificação da origem dos dados a serem coletados, sendo que as fontes podem estar espalhadas
em diversos sistemas transacionais e banco de dados da organização;
2. Realizar a limpeza dos dados para possibilitar posterior transformação, e nesta etapa ocorre os
ajustes nos dados, com o intuito de corrigir imperfeições com o objetivo de oferecer um melhor
resultado para o usuário final;
3. A terceira etapa é de transformação dos dados e tem por objetivo fazer a padronização dos dados em
um único formato;
4. A fase seguinte é de carga dos dados para o Data Warehouse;
5. Por fim, existe a etapa de atualização dos dados no DW (refresh), realizada a partir das alterações
sofridas pelos dados nos sistemas operacionais da organização.
É importante salientar que a etapa de ETL é uma das mais críticas de um Data Warehouse, pois envolve a fase
de movimentação dos dados.

BUSINESS INTELLIGENCE.
O conceito de Business Intelligence com o entendimento de que é Inteligência de Negócios ou Inteligência
Empresarial compõe-se de um conjunto de metodologias de gestão implementadas através de ferramentas de
software, cuja função é proporcionar ganhos nos processos decisórios gerenciais e da alta administração nas
organizações, baseada na capacidade analítica das ferramentas que integram em um só lugar todas as
informações necessárias ao processo decisório. Reforça-se que o objetivo do Business Intelligence é
transformar dados em conhecimento, que suporta o processo decisório com o objetivo de gerar vantagens
competitivas.
Podemos relacionar como características principais dos sistemas de Business:
• extrair e integrar dados de múltiplas fontes;
• fazer uso da experiência;
• analisar dados contextualizados;
• trabalhar com hipóteses;
• procurar relações de causa e efeito;
• transformar os registros obtidos em informação útil para o conhecimento empresarial.

BIG DATA
Com a evolução das aplicações e a dependência do ser humano pelas informações, mais e mais aplicações
vem surgindo, deixando o homem cada vez mais refém da informação. Para isso basta lembrar-nos da
evolução da relação homem-computador em que num passado existiam muitas pessoas para uma máquina
(como o mainframe), em seguida uma pessoa por máquina (o caso do computador pessoal) e nos tempos
atuais em que cada pessoa possui várias máquinas (notebook, ultrabook, PC, tablet, smartphone, etc.). Com
tantos aplicativos surgindo, as informações são geradas exponencialmente, com isso a capacidade de
gerenciar tantas informações se torna primordial para as aplicações atuais. Esse mesmo crescimento de dados
acontece nos aplicativos empresariais com crescimento anual de 60%. Estima-se que uma empresa com mil
funcionários gera anualmente 1000 terabytes, sem falar que essa quantidade tende a aumentar cinquenta
vezes até 2020.

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Antes de prosseguirmos com o desafio de armazenar, analisar e utilizar tais informações de forma produtiva,
vamos tentar enter o que é este volume de dados gerado.

Quando pensamos em Big Data, é comum fazermos uma tradução literária do texto e imaginamos “Grandes
Dados”, relacionado à grande quantidade de dados a ser analisado. Mas o termo é um pouco mais abrangente,
levando como base os 3 Vs do Big Data.
• Volume, que está relacionado à grande quantidade de dados que possuímos dentro e fora da
empresa;
• Velocidade, pois a cada segundo muitos dados novos são criados na internet, e alguns destes dados
podem ser interessantes para sua empresa;
• Variedade, sendo que o dado pode ser um compartilhamento de um texto em uma rede social, um
post no blog, um review em um e-commerce.

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Juntando estes três pilares, é possível analisar praticamente tudo que está público, envolvendo dados
estruturados, no caso de nós conhecermos a estrutura de armazenamento daquele contexto, e também os
dados não estruturados, como imagens, vídeos, áudios e documentos.

Muitas empresas tem utilizado Big Data a seu favor, fazendo uma análise avançada de dados vindo de um
ambiente externo (significa que a análise não é apenas vindo de dentro dela mesmo) para apoio a tomada de
decisão, de forma estratégica.
“dados são utilizados para tomadas de decisões”.

Na organização de dados visando a análise, podemos classificar como:


• Estruturados (bancos de dados corporativos relacionais)
• Semi estruturados (arquivos de logs de servidores, por exemplo)
• Não estruturados (não relacionais, fora do ambiente corporativo e de inúmeras fontes e de várias
formas e meios diferentes)

DIFERENÇA ENTRE DATAWAREHOUSE E BIG DATA


• Datawarehouse: É um meio de organização de dados que resulta num modelo estruturado. Visa a
precisão e qualidade dos dados e pela complexibilidade na consolidação destes dados, é gerado a
partir de um processo que é demorado e que conceitualmente fornece informações de passado, até o
dia de ontem (d-1). O modelo de um datawarehouse não é volátil, é construido para atender uma
forma pré determinada.
• Big Data: É um meio variado de altíssimo volume de dados que resulta num modelo não estruturado.
Visa a rapidez na coleta, que tanto serve para visualizar o passado como o que acontece em tempo
real. Em outras palavras, é algo muito mais escalável, podendo ser volátil ou não.
Assim, o grande desafio do bigdata é estar administrando um grande volume de dados e minerando
informações em um menor tempo de requisição. Com o grande volume de dados, fazer com que a aplicação
cresça à medida que é necessário é uma ótima estratégia, assim, uma escalabilidade vertical (em que se
aumenta o poder do hardware, como aumento de memória e de processamento de uma única máquina) ou
horizontal (em que se aumenta a quantidade de máquinas) deve ser analisada. Apesar de ser mais complexa,

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a escalabilidade horizontal acaba sendo muito barata, sem falar de ser mais fácil de crescer ou diminuir os
recursos por demanda.

Uma das características do big data é a preparação dos dados para que eles sejam consultáveis e
manipuláveis. Para isso, as empresas precisam organizar em um banco de dados todas as informações e
colocá-las na mesma linguagem a fim de facilitar as metodologias analíticas e entregar valor ao negócio por
meio de corretas tomadas de decisão.
A TI é o meio para atender as demandas de negócio em relação ao big data e às soluções analíticas. A ideia é
proporcionar aos clientes sistemas com flexibilidade e controle com políticas customizadas; agilidade com
consultas em real time; facilidade de uso das ferramentas com gestão e operação; integração de tecnologias; e
alto desempenho.
A maioria das ferramentas utiliza para tanto recursos de análise exploratória a fim de alcançar os melhores
resultados.
A analise exploratórioa emprega grande variedade de técnicas gráficas e quantitativas (inclusive a análise de
regressão), visando maximizar a obtenção de informações ocultas na sua estrutura, descoberta de variáveis
importantes nas suas tendências de formação de preços, e não apenas na sua variação, detecção de
comportamentos anómalos do fenómeno, testar se são válidas as hipóteses assumidas, escolha de modelos e
determinação de número optimizado de variáveis.
Com os softwares atualmente disponíveis possibilitam que esta técnica constitua-se em uma ferramenta para
descobrir quais tendências, relações e padrões poderiam estar ocultos em uma coleção de dados analisados.

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