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Podemos considerar a Gramática como sendo o conjunto das regras que determinam as diferentes
possibilidades de associação das palavras de uma língua para a formação de enunciados concretos. A
Sintaxe própria de cada língua impede que sejam realizadas combinações aleatórias entre as palavras.
Embora sejam bem distintas entre si, todas as línguas, além de possuírem um léxico composto por
milhares de palavras, possuem também um conjunto de regras as quais determinam a forma como as
palavras podem se relacionar para formar enunciados concretos.
Sendo assim, a Sintaxe organiza a estrutura das unidades linguísticas, os sintagmas, que se combinam
em sentenças. Para que o falante de uma língua possa interagir verbalmente com outros, ele organiza as
sentenças linguísticas para que possa transmitir um significado completo e, assim, ser compreendido.
Vejamos agora quais são os tipos de relações e de funções sintáticas da nossa língua:
Funções sintáticas
Consiste na função específica de cada elemento na sentença ao se relacionar com outros elementos que
também compõem o enunciado.
Leia o exemplo:
Relações sintáticas
Consiste nas relações estabelecidas entre as palavras que definem as estruturas possíveis na Sintaxe das
línguas.
Leia o exemplo:
Para que possamos realizar a análise sintática dos enunciados da língua é necessário explicitar as
estruturas, as relações e as funções dos elementos que os constituem.
A Pragmática analisa a linguagem considerando a influência do contexto comunicacional, extrapolando
assim a visão da Semântica e da Sintaxe.
Existem palavras que parecem adormecidas no léxico de uma língua, mas que de repente despertam e
caem no vocabulário dos falantes. A palavra pragmática é um bom exemplo e, ainda que não seja
comum para a maioria dos usuários da língua portuguesa, é cada vez mais habitual ouvi-la nos mais
variados discursos.
Mas você sabe o que é Pragmática? Trata-se do ramo da linguística que analisa o uso concreto da
linguagem pelos falantes da língua em seus variados contextos. A Pragmática extrapola a significação
dada às palavras pela semântica e pela sintaxe, observando o contexto extralinguístico em que estão
inscritas; ou seja, ocupa-se da observação dos atos de fala e suas implicações culturais e sociais.
Segundo a Pragmática, o sentido de tudo está na utilidade, no efeito prático que os atos de fala podem
gerar. Para ela, o que realmente importa é a comunicação e o funcionamento da linguagem entre os
usuários, concentrando-se nos processos de inferência pelos quais compreendemos o que está
implícito. Observe alguns exemplos:
Ex.: 1
Falante 1: - Nossa, as janelas estão todas abertas! Como está frio aqui!
Embora o falante 1 não tenha solicitado expressamente que as janelas fossem fechadas, o falante 2
inferiu, através da análise do que foi dito por seu interlocutor, que, para eliminar o frio, deveria fechar
as janelas, intenção implícita no discurso do falante 1.
Ex.: 2
Falante 1: - O ambiente ficou muito escuro depois que as persianas foram fechadas.
Conforme você viu, mesmo que o falante 1 não tenha expressado formalmente que gostaria que as
persianas fossem abertas, o falante 2 inferiu, através da análise do contexto comunicacional, que, para
eliminar a escuridão do ambiente, as persianas deveriam ser abertas, intenção pretendida
implicitamente pelo falante 1.
Segundo a Pragmática, o contexto no qual a comunicação está inscrita é essencial para a compreensão
do enunciado emitido. Claro que, quanto maior o domínio da linguagem, maior será a capacidade do
falante de compreender enunciados implícitos. Nos exemplos utilizados acima, houve pedidos por parte
de dois dos falantes, e, como regra constitutiva, os ouvintes disponibilizaram-se a executar aquilo que
foi solicitado.
Embora existam muitas definições para a palavra pragmática, linguisticamente, a que mais nos interessa
diz respeito ao estudo da linguagem do ponto de vista de seus usuários, analisando as escolhas lexicais
feitas, as restrições encontradas no uso da linguagem em determinadas interações sociais e,
principalmente, os efeitos que o uso da linguagem tem sobre os outros participantes no ato da
comunicação. Sendo assim, a Pragmática pode ser considerada o ponto de convergência entre o uso
linguístico e o uso comunicativo, comprovando a intrínseca relação entre a linguagem e a situação
comunicativa em que ela está sendo empregada.
A Pragmática é um ramo da linguística que estuda o uso concreto da linguagem através da análise dos
enunciados dos falantes
A Pragmática é um ramo da linguística que estuda o uso concreto da linguagem através da análise dos
enunciados dos falantes
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Conceitos essenciais, sintaxe, parte da gramática que estuda a palavra em relação às outras.
Versão mobile
Fonética
A Fonética é o estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos (reais) dos atos de fala no
que se refere à produção, articulação e variedades. Em outras palavras, a Fonética preocupa-se com os
sons da fala em sua realização concreta. Quando um falante pronuncia a palavra 'dia', à Fonética
interessa de que forma a consoante /d/ é pronunciada: /d/ /i/ /a/ ou /dj/ /i/ /a/.
Fonologia
A Fonologia é o estudo dos Fonemas (os sons) de uma língua. Para a Fonologia, o fonema é uma unidade
acústica que não é dotada de significado. Isso significa que os fonemas são os diferentes sons que
produzimos para exprimir nossas ideias, sentimentos e emoções a partir da junção de unidades
distintas. Essas unidades, juntas, formam as sílabas e as palavras.
A palavra 'Fonema' tem origem grega (fono = som + emas = unidades distintas) e representa as menores
unidades sonoras que formam as palavras. As palavras são a unidade básica da interação verbal e são
criadas pela junção de unidades menores: as sílabas e os sons, na fala, ou as sílabas e letras, na escrita.
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. Essa classificação existe em virtude
dos diferentes tipos de sons produzidos pela corrente de ar que sai dos nossos pulmões e é liberada,
com ou sem obstáculos, pela boca e/ou pelo nariz.
Tipos de sintagmas
Antes de estudar os tipos de sintagmas, sugere-se recordar o conceito que norteia esse termo,
demarcado pelos elementos que, inseridos na oração, constituem uma unidade significativa, mantendo
entre si relações de dependência e de ordem, uma vez organizados em torno de um elemento
fundamental denominado núcleo.
Sendo assim, podemos afirmar que os sintagmas se subdividem em: nominal, verbal, adjetivo, adverbial
e preposicional. Vejamo-los, de forma particular:
Sintagma nominal:
Constitui-se de um nome e seus respectivos determinantes. Geralmente são representados pelo sujeito
e pelos complementos verbais da oração. Vejamos um exemplo:
Temos na oração dois sintagmas: os alunos, cujo núcleo é “alunos” e o complemento verbal
representado pelo objeto direto, cujo núcleo é “livros”.
Sintagma verbal
As visitas chegaram.
Sintagma adjetivo
Sintagma adverbial
É formado pelo advérbio e seus modificadores. Vejamos:
Sintagma preposicional
O termo “sintagma” designa uma sequência hierarquizada de elementos linguísticos, que compõem
uma unidade na sentença. Vale destacar que, em função do tipo de unidade que os constitui, os
sintagmas denominam-se:
2) Substantivo
Classificação dos substantivos; Substantivo e seus Coletivos; Formação dos Substantivos; Flexão dos
Substantivos; Número de Substantivo; Grau do Substantivo.
3) Adjetivo
Classificação dos Adjetivos; Adjetivos Pátrios; Locuções Adjetivas; Flexão dos Adjetivos.
4) Artigo
5) Numeral
6) Pronome
Pronomes Pessoais
Pronome de Tratamento
Pronomes Possessivos
Pronomes Demonstrativos
Pronomes Indefinidos
Pronomes Relativos
Pronomes Interrogativos
7) Verbo
Modos do Verbo
Tempos Verbais
Vozes do Verbo
8) Advérbio
10) Conjunção
Conjunções Coordenativas
Conjunções Subordinativas
11) Interjeição
Locuções interjetivas
Na língua portuguesa, a morfologia é uma parte da linguística que estuda as estruturas e/ou as
formação das palavras. Do grego, a palavra morfologia corresponde a união dos termos “morfo” (forma)
e “logia” (estudo).
Classes Morfológicas
De maneira geral, a morfologia estuda a origem, as derivações e as flexões das palavras, expressas, na
língua portuguesa, por dez classes morfológicas ou gramaticais de acordo com a função de cada.
Adjetivos: atribuem qualidades e estados aos seres sendo classificados em adjetivos: simples, composto,
primitivo e derivado.
Numerais: determinam a quantidade de tudo que existe sendo classificados em: cardinais, ordinais,
fracionários, coletivos e multiplicativos.
Artigos: determinam o número e o gênero das palavras sendo classificados em artigo definido e
indefinido.
Verbos: indicam ações, estado ou fenômeno sendo classificados em verbos regulares e irregulares.
Preposições: conectam dois termos da oração por meio de uma relação de subordinação. Dessa
maneira, conforme a circunstância estabelecida, são classificadas em preposição: lugar, modo, tempo,
distância, causa, instrumento e finalidade.
Conjunções: conectam dois termos semelhantes gramaticalmente, sendo classificados em: conjunção
coordenativa (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas); e conjunção subordinativa
(integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais,
finais e proporcionais).
Interjeições: indicam emoções, sentimentos, sensações e estado de espírito sendo classificadas em
interjeições de: advertência, saudação, ajuda, afugentamento, alegria, tristeza, medo, alívio, animação,
aprovação, desaprovação, concordância, desejo, desculpa, dúvida, espanto, contrariedade.
Advérbios: modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio sendo classificados de acordo com a
circunstância que expressam: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.
Note que a morfologia é um termo utilizado em outras áreas por exemplo, na biologia (morfologia
vegetal, morfologia animal, etc.), geologia (estudo das formas de relevo), dentre outras.