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Quem é Miguel, mencionado na Bíblia?

É
Jesus?

O ARCANJO MIGUEL:

Dentro do contexto da Bíblia Sagrada, que, sem sombra de dúvida, é a fonte de


informações mais segura e confiável sobre angelologia, encontramos uma série de
declarações que, comparadas e confrontadas, nos levam a pensar que o Arcanjo Miguel é
o próprio Cristo.

Apocalipse 12:7 declara que “houve guerra no Céu” e que “Miguel e Seus anjos lutaram
contra o dragão”.

Daniel 8:25 diz que “por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o
engano…; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes…”. Na versão parafraseada da
Bíblia na Linguagem de Hoje, diz que “ele desafiará a Deus, o Rei dos reis…” E segundo
Apocalipse 19:16, Jesus Cristo é o Rei dos reis.

Daniel 12:1 enfatiza que “nesse tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe…”

Daniel 9:25 refere-se ao Ungido como sendo o Príncipe, nestas palavras:

“… desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao
Príncipe…”. E no versículo 26, fala que o Ungido, ou o Príncipe do versículo 25, será
morto.

“Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará…” (Daniel
9:26)

Quem é este Ungido? A resposta está em Lucas 4:17 e 18, onde Jesus, referindo-Se à
profecia de Isaías 61:1 e 2, fala de Si mesmo nestas palavras: “O Espírito Santo está em
Mim, pelo que Me ungiu…”

O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas-
novas aos mansos; enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade
aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o
dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes. (Isaías 61:1 e 2)

E foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que
estava escrito:

O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-
Me a curar os quebrantados do coração. (Lucas 4:17 e 18)

Atos 10:38 e 39 declara, de maneira mais direta, quem é este Ungido, com as seguintes
palavras:

Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele. E nós
somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em
Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-O num madeiro.
Atos 4:26 diz que “levantaram-se os reis da Terra e as autoridades ajuntaram-se à uma
contra o Senhor e contra o Seu Ungido…” – Aqui não se trata de qualquer ungido, mas do
Ungido, o Messias.

Atos 5:30 e 31 acrescenta que “o Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós
matastes… Deus, porém, com a Sua destra o exaltou a Príncipe e Salvador…”

Quem poderia ser, pois, Miguel de Apocalipse 12:7; Miguel, vosso Príncipe, de Daniel
12:11; Miguel, o grande Príncipe, de Daniel 9:25?

Porventura a resposta não estaria em Apocalipse 1:5, onde está escrito:

“E de Jesus Cristo, que é a Testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos, e o Príncipe


dos reis da Terra…?” – (Versão Trinitariana, Edição Revista e Reformulada segundo o
original Hebraico e Grego).

Corroboram esta versão também as versões da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira,


a New York: American Bible Society e Holy Bible, Translated From The Latim Vulgate,
Bélgica.

Fonte: Wilson Sarli, Anjos Exércitos Invisíveis de Luz e Poder, 2.ª ed., 2000, pág. 339.

Quem é o Arcanjo Miguel mencionado em Judas 9? Muita especulação surgiu através dos
tempos, nas tradições judaicas e cristã, sobre a natureza e obra dos anjos, bem como
sobre a identificação do Arcanjo Miguel. Na literatura pseudo-epígrafa, por exemplo,
Miguel é apresentado como um dos sete anjos celestiais (I Enoque 20:1 a 7; 81:15; 90:21
e 22; Tobias 12:15), e um dos quatro que se encontram mais próximos do trono de Deus (I
Enoque 9:1; 40:1 a 10; 54:6; 71:8, 9 e 13). Essas tradições extrabíblicas têm sido usadas
por muitos comentaristas contemporâneos para alegar que Miguel é apenas um anjo,
criado por Deus, que exerce a função de principal líder das hostes angélicas.

Nas Escrituras, Miguel, cujo nome significa “Quem é como Deus?”, é descrito como:

“Arcanjo” (Judas 9)

o líder das hostes angélicas no conflito com Satanás e os seus anjos maus (Apocalipse
12:7)

“um dos primeiros príncipes” (Daniel 10:13)

“vosso Príncipe” (Daniel 10:21)

“o grande Príncipe”, o defensor dos filhos do teu povo” (Daniel 12:1)

Uma análise detida dessas expressões, dentro do contexto bíblico, deixa claro que Miguel
é apresentado no texto sagrado como um Ser divino, cujas características refletem a glória
messiânica do Antigo Testamento.

Miguel é apresentado em Judas 9 como o “Arcanjo” que, na disputa “a respeito do corpo


de Moisés” (Deuteronômio 34:5 e 6), enfrentou o diabo com as palavras: “O Senhor te
repreenda!” Essa alusão identifica Miguel como o “Arcanjo do Senhor” que, na contenda
sobre o “sumo sacerdote Josué”, disse igualmente ao diabo:

E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e


Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.

Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás, sim, o Senhor, que
escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?
Ora, Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do Anjo. (Zacarias 3:1 a 3)

É interessante notarmos que, tanto em Zacarias 3 como em Gênesis 22:11 a 18, Juízes
6:11 a 24, Juízes 13; e Atos 7:30 a 40, o Anjo do Senhor é identificado como sendo o
próprio Senhor!

Em Apocalipse 12:7, Miguel e Satanás são apresentados em direto antagonismo, num


conflito cósmico que se originou no Céu, e que se estende ao longo da história humana
(Apocalipse 12; Apocalipse 20). O Novo Testamento esclarece que esse conflito polarizou-
se entre Cristo e Seus seguidores e Satanás e seus adeptos. Ver:

Mateus 4:1 a 11
João 12:31 e 32
Colossenses 1:9 e 16

Efésios 6:10 a 20
João 14:30

Já em Daniel 10:13 e 21; Daniel 12:1, Miguel é chamado de “Príncipe” e “o grande


Príncipe”. Em todo o restante das Escrituras, quando não aplicado a seres humanos, o
título “príncipe” é usado exclusivamente para Cristo ou para Satanás, mas nunca para
qualquer outro ser angelical.

Josué 5:14 e 15
Isaías 9:6
Daniel 8:11 e 25
Daniel 9:25

Atos 5:31
João 12:31
João 14:30; 16:11
Efésios 2:12

Em Josué 5:14 e 15, o Senhor Se apresentou a Josué como “Príncipe do exército do


Senhor”, aceitando adoração, o que seria uma blasfêmia se esse Príncipe fosse apenas
um anjo (ver Mateus 4:10; Apocalipse 22:8 e 9), e ordenando que Josué tirasse as suas
sandálias porque o lugar se tornara santo (comparar com Êxodo 3:4 a 6; Atos 7:30 a 33).
No próprio livro de Daniel, Cristo é chamado também de “Príncipe do exército” (Daniel
8:11) e “Príncipe dos príncipes” (Daniel 8:25).

Uma das características básicas do conteúdo profético do livro de Daniel é a “repetição


para ampliação”. Cada uma das quatro grandes seções proféticas do livro emprega
símbolos diferentes para descrever a mesma seqüência profética, culminando sempre com
a manifestação gloriosa de Cristo para a implantação do Seu reino eterno. Essa
manifestação de Cristo é simbolizada em Daniel 2, pela pedra cortada sem auxílio de
mãos (versos 34 e 35; 44 e 45; comparar com Atos 4:11; Efésios 2:20; I Pedro 2:4 e 8); em
Daniel 7:13, pelo aparecimento do Filho do homem (comparar com Apocalipse 19:11 a 21).

E, finalmente, em Daniel 12:1, pela vinda de “Miguel, o grande Príncipe, defensor dos
filhos do teu povo” (comparar com Salmo 91). Alegar que Miguel seja um simples anjo
significa quebrar o paralelismo estrutural do livro. Fundamentados nas semelhanças que a
Bíblia apresenta entre as características da missão do Arcanjo Miguel com as de Cristo,
podemos concordar como outros comentaristas, como João Calvino e Matthew Henry, que
identificam Miguel como Cristo e não um simples anjo (ou um ser criado).

Fonte: www.jupiter.com/iasd
“Depois disso Ele me mostrou o sumo sacerdote Josué diante do anjo do SENHOR, e Satanás, à sua
direita, para acusá-lo. O anjo do SENHOR disse a Satanás: ‘O SENHOR o repreenda, Satanás! O SENHOR
que escolheu Jerusalém o repreenda! Este homem não parece um tição tirado do fogo?’ Ora, Josué,
vestido de roupas impuras, estava em pé diante do Anjo. O Anjo disse aos que estavam diante dele:
‘Tirem as roupas impuras dele’. Depois disse a Josué: ‘Veja, Eu tirei de você o seu pecado, e coloquei
vestes nobres sobre você’.” (Zacarias 3:1-4 – Tradução: Nova Versão Internacional)
Este Anjo disse claramente: “Veja, Eu tirei de você o seu pecado“. Um anjo teria realmente autoridade
para apagar (remover) pecados? De forma alguma! Essa prerrogativa é única de Deus.2 E esse mesmo
“Anjo”, em forma de homem, Se apresenta como o “Príncipe do exército do SENHOR” (Príncipe das hostes
angelicais) e posteriormente aceita a adoração de Josué:

“Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um
Homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a Ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos
nossos adversários? Respondeu Ele: Não; Sou príncipe do exército do SENHOR e acabo de chegar. Então,
Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu SENHOR ao seu servo?
Respondeu o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em
que estás é santo. E fez Josué assim.” (Josué 5:13-15)
A adoração de Josué transgrediria diretamente a lei de Deus (Êxodo 20:3) se esse “Homem” fosse apenas
um criatura de Deus (cf Mateus 4:10; Hebreus 1:6; Apocalipse 22:8-9). Josué inclusive foi orientado a
retirar as suas sandálias porque o lugar tinha se tornado santo, semelhantemente ao ocorrido com Moisés
diante da “sarça ardente” devido a presença divina do SENHOR; e isso não ocorre de modo algum com
outro ser celestial (Êxodo 3:2-6; Atos 7:30-33). 

Em I Tessalonicenses 4:16 encontra-se outra informação que demonstra ser Jesus o arcanjo Miguel:

“οτι αυτος ο κυριος εν κελευσματι εν φωνη αρχαγγελου και εν σαλπιγγι θεου καταβησεται απ ουρανου και
οι νεκροι εν χριστω αναστησονται πρωτον” – Texto original (grego).
“Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” – tradução: João Ferreira de Almeida Corrigida e
Revisada, Fiel.
A preposição “com” traduzida do grego “εν” indica: “na voz de arcanjo”, “pela voz de arcanjo”, “com a voz
do arcanjo”, ou seja, será este o aspecto da voz de Jesus quando ele Se manifestar nas nuvens. Não será
a voz de um outro ser celestial que anunciará o Seu retorno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a leitura comparativa desses versos chega-se a conclusão que o Arcanjo Miguel não é um anjo que
fora designado dentre as “miríades de miríades” existentes para liderar o exército celeste do SENHOR
contra Satanás, mas, certamente Miguel é o próprio Jesus Cristo que, a frente dos Seus anjos luta a favor
do governo de Deus e de Seu povo.

Jesus possui diversos títulos e nomes, tais como: Filho do Homem (Marcos 14:62), Filho de Deus (Hebreus
4:14), Cordeiro de Deus (João 1:29), Pai da Eternidade, Conselheiro (Isaías 9:6), Messias (João 1:41-42),
Verbo (João 1:1-3), Rabi (João 1:38), Emanuel (Mateus 1:23). E na Nova Terra, Ele terá um “novo nome”
(Apocalipse 3:12).

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao
Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas(a)…” (Daniel 9:25-26)
“Porque um Menino nos nasceu, um Filho Se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu
nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)
Jesus, o Ungido de Deus, descrito pelo profeta Daniel é apresentando de forma mais detalhada no livro de
Atos:

“Deus, porém, com a Sua destra, O exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o
arrependimento e a remissão de pecados.” (Atos 5:31). “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo,
porque Deus era com Ele.” (Atos 10:38)
Nenhum anjo criado (João 1:1-3 cf Jó 38:7) foi ungido para ser o príncipe e salvador do homem e,
desvencilhá-lo da opressão de Satanás.

Em Apocalipse 12:7 é dito que “houve guerra no Céu” e que “Miguel e Seus anjos lutaram contra o
dragão”. E, na narrativa bíblica, esta luta entre o “bem e o mal” é travada diretamente entre: Jesus Cristo
(I João 3:8; Lucas 4:41) e Satanás (Apocalipse 12:9). Essa batalha foi iniciada quando Lúcifer intencionou
ser como Deus (Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:13-19); então, Jesus interveio desafiando-o e, passou a
utilizar também o nome “Miguel” que literalmente significa: “Que é como Deus”. Na epístola de Judas há
outro registro desse confronto:

Vamos estudar isso; É verdade que o arcanjo Miguel é Jesus Cristo? Quando informações bíblicas sobre o
arcanjo Miguel são confrontadas com as de Jesus Cristo, chega-se a conclusão que ambos são a mesma
“pessoa”. Nas Escrituras, Miguel é sempre citado desempenhando a função de um Príncipe protetor e
salvador do povo de Deus, e está em contínuo confronto com Satanás:

“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros
príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.” “Mas eu te declararei o que
está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser
Miguel, vosso príncipe.” (Daniel 10:13 e 21)

“Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo
de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será
salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.” (Daniel 12:1 cf Apocalipse 21:27)

“Houve então uma guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus
anjos revidaram.” (Apocalipse 12:7 – NVI)

Em Daniel 10:13 e 21, o anjo Gabriel revela a dificuldade em sua disputa com o “príncipe do reino da
Pérsia” (Satanás – cf João 12:31) que persuadia os reis dessa nação a atuarem contra os interesses do
povo de Deus. E, após 21 dias de intenso conflito, Gabriel recebe auxílio de Miguel e finalmente obtém
vitória sobre ele. Em Daniel 12:1, Miguel é novamente citado atuando como defensor dos filhos de Deus
enquanto o mundo passa por uma turbulência sem precedentes e, segunda as Escrituras, unicamente
Jesus é o Salvador (defensor) do Seu povo (cf I João 2:1; Romanos 8:34; Atos 4:12). Nota-se ainda que
Miguel é reconhecido como um príncipe, “o grande Príncipe” (Daniel 12:1), e este título é atribuído a
Cristo .

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