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MASHUP, BOOTLEG E REMIX.

QUAL A
DIFERENÇA? ESSA É UMA DÚVIDA COMUM
ENTRE DJS E ASPIRANTES A PRODUTORES
MUSICAIS, A PERSISTÊNCIA DESSA
INSEGURANÇA PODE CAUSAR MUITA
CONFUSÃO E ATÉ MESMO
CONSTRANGIMENTOS.
Vamos as diferenças:

ORIGINAL
A ideia original sempre terá o respeito e a valorização máxima!
Uma faixa original pode mudar radicalmente a carreira de um anônimo, e
da noite para o dia transforma-lo em um Super Star internacional. Pode
até mesmo imortaliza-lo caso o produtor crie um novo gênero ou uma
nova maneira de produzir.
Quem seria Avicii sem a “Levels”, Bob Sinclar sem “Love Generation”,
Benny Benassi sem “Satisfaction” ou até mesmo Gui Boratto sem
“Beautiful Life”?

REMIX
A frase “O que é bom pode ficar ainda melhor” traduz perfeitamente o
que é um remix.
O Artista envia para outros produtores um Remix Pack de sua faixa
original contendo arquivos de áudio em Wave (Bass, Synth, FX,
Drums…) e arquivos no formato MIDI (Sequências de Melodias, Pads,
Strings, Bassline…). Cada produtor utiliza essa ferramenta como guia
para contar a mesma história, mas de uma maneira diferente e seguindo
seus estilos pessoais. Quanto mais versões uma faixa tiver, mais
admiradores com gostos diferentes ela pode conquistar.
Reciclagem – Sabemos que quanto mais a música eletrônica
amadurece, mais ela se torna descartável, o que tocava no ano passado
você não tem coragem de tocar esse ano, o que você produz hoje,
certamente daqui a três meses poderá soar com cara de velho. A e-
music é tão versátil que sempre está surgindo timbres novos e os velhos
vão “perdendo a graça”. Sorte que as Melodias e os Vocais sobrevivem
ao tempo, e graças ao Remix uma faixa que foi sucesso há uma década
poderá voltar a ser sucesso com uma nova roupagem e com um novo
gênero da atualidade.
Sim! Remix é a mágica transformadora da E-music!

BOOTLEG
Seria uma espécie de Remix Ilegal utilizando partes originais de uma
faixa no Breakdown de sua produção. Essa parte pode ser não
necessariamente uma música eletrônica, mas quem sabe um Reggae,
um Rock, ou ainda uma Disco Music.
Ilegal, pois o artista oficial nem imaginam que sua faixa está sendo
Sampleada de forma promocional. Por não ter direitos autorais, esse
Bootleg não trará retorno financeiro para quem teve o trabalho de criar,
mas pode ajuda-lo de forma involuntária a ganhar um empurrãozinho em
sua carreira, pois se o Bootleg for bom estará automaticamente
associando seu nome a uma faixa originalmente de sucesso.
Curiosidade – O DJ Australiano Christian Luke fez um Bootleg da
música “Use Somebody” da Banda de Rock Americana Kings Of Leon.
Inicialmente ele enviou o trabalho para a banda que imediatamente
repudiou a ideia. Christian, mesmo assim, postou seu Bootleg em seu
Soundcloud e o resultado foi surpreendente, rompeu barreiras e foi
tocada no mundo todo. Após algumas semanas a assessoria da Banda
voltou atrás, entrou em contato e licenciou o Bootleg em sua gravadora
como um Remix Oficial. Resultado; o produtor ganhou destaque
internacional e conquistou as pistas de todo o planeta. Recentemente o
mesmo aconteceu com o produtor Oliver Heldens que teve seu Bootleg
2013 da faixa “Show Me Love” de Robin S. licenciada oficialmente pela
gravadora Holandesa Spinnin’ Records.
MASHUP
Para iniciantes pode ser o seu primeiro contato com a edição de áudio,
para DJs pode ser o diferencial na sua discotecagem.
Mashup é simplesmente você pegar um Hit de sucesso de um produtor
famoso e misturar com outro Hit de sucesso de outro produtor famoso, o
resultado só pode ser um Mashup de sucesso, não é mesmo? Não, nem
sempre!
A pesar de ser uma edição simples, para fazer um Mashup bem feito o
DJ/Produtor tem que ter umas noções básicas de teoria musical, para
escolher faixas que pertencem a mesma Escala Tonal e que tenham
ritmos semelhantes. Adicione a essa receita uma dose extra de “bom
senso” o resultado pode agradar seu público e surpreender a outros DJs
na hora da discotecagem.

Desvantagem – O DJ acaba queimando dois ou mais Hits de uma vez


só, imagina você entrar para tocar logo após um DJ que fez um Set
repleto de Mashups?
Curiosidade – Hardwell talvez não fosse conhecido mundialmente como
é hoje se não tivesse feito centenas Mashups, o sucesso era tão grande
que ele chegava a lançar várias montagens por semana, até que foi
repreendido via Twitter pelos Suécos Axwell e Sebastian Ingrosso. Não é
pra menos! Hardwell usava faixas que eram lançamentos e
disponibilizava o download gratuito para todos aqueles que, em troca,
curtissem sua Fan Page. Ou seja, fazia chantagem por popularidade
oferecendo ao público um material que não era de sua autoria e que não
lhe pertencia. E pior, prejudicava a venda das Tracks Originais.
Resumindo, fazer uma Mashup é o mesmo que se satisfazer com o
prazer dos outros, isso para não utilizar um termo popular mais chulo.

LIVEMASHUP
Calma! Mashup ainda pode ser considerado a “cereja do bolo” e ser
associada a verdadeira arte da discotecagem, isso se o DJ fazer todo o
trabalho ao vivo e misturar duas ou mais faixas em seu Setup. Pode usar
uma acapella consagrada em uma track instrumental, usar um loop de
uma melodia em outra faixa, ou então, inverter o Breakdown de uma
música com o Breackdown de outra.
O resultado pode ser incrível, certamente irá despertar a admiração do
público ao perceber que o DJ está fazendo todo o trabalho manualmente,
unindo os recursos de seu equipamento com os limites de sua
criatividade.
Considerações finais:
Bom… É isso amigos!
Espero que o conteúdo do texto tenha ajudado a alguns e reforçado o
conhecimento de outros.
Temos que dar o devido valor as informações e compartilha-las com os
colegas de profissão.

A final, Disc-Jockey não é só baixar música e tocar, existe toda uma


cadeia cultural que deve ser reconhecida e valorizada!

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