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CURSO DE ENFERMAGEM P/ O
CONCURSO DA REDE SARAH
AULA Nº 7 – ENFERMAGEM EM
ONCOLOGIA
Bem-vindo (a) a mais uma aula do Curso de Enfermagem Específico para Rede Sarah.
O tema abordado nesta aula também é de grande importância nas provas de concursos.
Inicialmente abordaremos a teoria e depois passaremos às questões referentes ao
conteúdo de Enfermagem em Oncologia.
.
AULA Nº 7 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA
Tumores benignos - acrescentar o sufixo -oma (tumor) ao termo que designa o tecido que os
originou. Exemplos:
• Tumor benigno do tecido cartilaginoso: condroma;
• Tumor benigno do tecido gorduroso: lipoma;
• Tumor benigno do tecido glandular: adenoma;
Tumores malignos – considera-se a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor.
• Originados nos epitélios de revestimento externo e interno são denominados
carcinomas; quando o epitélio de origem é glandular, passam a ser chamados
adenocarcinomas. Exemplos: carcinoma de células escamosas, carcinoma basocelular,
carcinoma sebáceo;
• Originados nos tecidos conjuntivos (mesenquimais) têm o acréscimo de sarcoma ao
final do termo que corresponde ao tecido. Exemplo: tumor do tecido ósseo – osteossarcoma.
Os agentes ou fatores implicados na carcinogênese não podem ser responsabilizados
pelo desenvolvimento dos tumores, porém, há casos em que isso acontece. Esses agentes
podem incluir vírus e bactérias, agentes físicos, agentes químicos, fatores genéticos ou
familiais, fatores da dieta e agentes hormonais. As principais causas de câncer estão
resumidas abaixo (Figura 3).
É necessário que a avaliação diagnóstica inclua uma revisão dos sistemas, exame
físico, exames de imagem, exames laboratoriais do sangue, urina e outros líquidos orgânicos,
e os relatos cirúrgico e patológico.
A maioria dos pacientes quando estão sob suspeita de câncer e submetidos a exames
extensos ficam temerosos em relação aos procedimentos e ansiosos sobre os possíveis
resultados. Vejamos alguns dos papeis do enfermeiro:
1. Estadiamento do tumor:
O tipo de tratamento oferecido para pacientes com câncer deve basear-se nas metas do
tratamento para cada tipo de câncer especifico. As principais metas de tratamento são:
Diagnostico de enfermagem: Risco para infecção relacionado com as defesas inadequadas decorrentes da
imunossupressão secundária à radiação ou a agentes antineoplásicos.
Prescrição de enfermagem
1. Avaliar o paciente para evidência de infecção:
a) Verificar os sinais vitais a cada 4 h;
b) Monitorar a contagem de leucócitos e a contagem diferencial diariamente;
c) Inspecionar todos os locais que podem servir como portas de entrada para patógenos (locais
intravenosos, feridas, pregas cutâneas, proeminências ósseas, períneo e cavidade oral).
2. Observar relato de febre (≥ 38,3°C ou ≥ 38°C por mais de 1 h), calafrios, sudorese, inchação, calor, dor,
eritema, exsudato em qualquer superfície corporal. Também relata alteração no estado respiratório ou mental,
sensação de queimação ou frequência ao urinar, mal-estar, mialgias, artralgias, exantema ou diarreia.
3. Obter culturas e antibiogramas, quando indicado, antes do início do tratamento antimicrobiano (exsudato em
ferida, escarro, urina, fezes, sangue).
7. Evitar a inserção de sondas urinárias; quando as sondas são necessárias, usar a técnica asséptica rigorosa.
8. Ensinar o paciente ou o familiar a administrar o fator estimulador de colônia de granulócitos (ou de
granulócitos-macrófagos) quando prescrito.
9. Aconselhar o paciente a evitar a exposição a excretas de animais; discutir os procedimentos dentários com o
médico; evitar duchas vaginais e a manipulação vaginal ou retal no contato sexual durante o período da
neutropenia.
2. Instruir o paciente para relatar a queimação oral, dor, áreas de rubor, lesões abertas nos lábios, dor associada
à deglutição ou tolerância diminuída aos extremos de temperatura no alimento.
4. Minimizar o desconforto.
a) Consultar o médico para o uso de anestésico tópico.
b) Administrar analgésicos sistêmicos, conforme a prescrição.
c) Realizar o cuidado bucal conforme descrito.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Integridade da pele prejudicada: alopecia.
Prescrição de enfermagem
1. Discutir a potencial perda de cabelos e o recrescimento com o paciente e a família; aconselhar que a queda
dos cabelos pode acontecer em partes do corpo diferentes da cabeça.
2. Explorar o impacto pessoal da queda dos cabelos sobre a autoimagem, relacionamentos interpessoais e
sexualidade.
7. Explicar que o crescimento dos cabelos comumente começa novamente quando termina a terapia.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Nutrição alterada, menor que os requisitos corporais, relacionada
com as náuseas e vômitos.
Prescrição de enfermagem
1. Avaliar as experiências e expectativas prévias do paciente a respeito das náuseas e vômitos, inclusive as
causas e intervenções utilizadas.
2. Ajustar a dieta antes e depois da administração do medicamento de acordo com a preferência e tolerância do
paciente.
4. Usar distração, musicoterapia, técnicas de relaxamento e imaginação orientada antes, no decorrer e depois da
quimioterapia.
5. Administrar os antieméticos, sedativos e corticosteroides prescritos antes e depois da quimioterapia, quando
necessário.
10. Avaliar e abordar outros fatores contribuintes para as náuseas e vômitos, como outros sintomas, constipação
intestinal, irritação gastrintestinal, distúrbio eletrolítico, radioterapia, medicamentos e metástase para o sistema
nervoso central.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Nutrição alterada: menor que os requisitos corporais, relacionada
com a anorexia, caquexia ou má absorção.
Prescrição de enfermagem
1. Ensinar o paciente a evitar as visões, odores e sons desagradáveis no ambiente durante a hora da refeição.
2. Sugerir alimentos que são preferidos e bem tolerados pelo paciente, preferivelmente alimentos hipercalóricos
e ricos em proteína. Respeitar as preferências alimentares étnicas e culturais.
5. Promover o ambiente relaxado e tranquilo durante a hora da refeição, com aumento da interação social,
quando desejado.
13. Diminuir a ansiedade, incentivando a verbalização dos temores, preocupações; usar as técnicas de
relaxamento; imaginação orientada na hora da refeição.
15. Para o tratamento colaborativo, fornecer as alimentações por sonda enteral de dietas líquidas comerciais,
dietas elementares, ou alimentos liquidificados, conforme a prescrição.
18. Incentivar a família e os amigos a não censurar ou fazer agrados relacionados com a alimentação.
19. Avaliar e abordar outros fatores contribuintes para as náuseas, vômitos e anorexia, como outros sintomas,
constipação intestinal, irritação gastrointestinal, distúrbio eletrolítico, radioterapia, medicamentos e metástase
para o sistema nervoso central.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Fadiga.
Prescrição de enfermagem
1. Incentivar os períodos de repouso durante o dia, principalmente antes e depois do esforço físico.
4. Incentivar o paciente a pedir a assistência de outros nos afazeres domésticos necessários, como os trabalhos
domésticos, cuidar dos filhos, fazer compras, cozinhar.
5. Incentivar a redução da carga de trabalho no emprego, quando necessário e possível, reduzindo o número de
horas trabalhadas por semana.
1. Usar a escala de dor para avaliar as características de dor e desconforto: localização, qualidade, frequência,
duração etc.
2. Garantir ao paciente que você sabe que a dor é real e que você o ajudará a reduzi-la.
3. Avaliar os outros fatores contribuintes para a dor, medo, fadiga, raiva etc. do paciente.
4. Administrar os analgésicos para promover o alívio ótimo da dor dentro dos limites da prescrição do médico.
6. Colaborar com o paciente, médico e outros membros da equipe de saúde quando são necessárias alterações
no tratamento da dor.
7. Incentivar as estratégias de alívio da dor que o paciente usou com sucesso na experiência prévia com a dor.
8. Ensinar ao paciente as novas estratégias para aliviar a dor e o desconforto: distração, imaginação,
relaxamento, estimulação cutânea etc.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Reação de pesar antecipada relacionada com a perda; papel
funcional alterado.
Prescrição de enfermagem
1. Incentivar a verbalização dos temores, preocupações e dúvidas em relação à doença, tratamento e futuras
implicações.
5. Incentivar a ventilação dos sentimentos negativos, incluindo a raiva e a hostilidade projetadas, dentro de
limites aceitáveis.
8. Solicitar o aconselhamento profissional quando indicado para o paciente ou família para aliviar o pesar
patológico.
2. Identificar as ameaças potenciais para a autoestima do paciente (p. ex., aparência alterada, função sexual
diminuída, queda de cabelos, energia diminuída, mudança de papéis). Validar as preocupações com o paciente.
6. Assistir o paciente no autocuidado quando a fadiga, letargia, náuseas, vômitos e outros sintomas impedem a
independência.
7. Avaliar o paciente a selecionar e usar cosméticos, lenços, apliques e roupas que aumentam sua sensação de
atratividade.
2. Antecipa as alterações e permite que o paciente identifique a importância dessas áreas para si.
1. (Prova Sarah 2011) Uma paciente de 60 anos realizou uma biópsia renal, recebeu alta do
serviço de recuperação pós-anestésica e foi encaminhada para unidade de internação. O
enfermeiro sabe que a prioridade no cuidado desta paciente é:
a) Usar precaução de contato nas próximas 48 horas.
b) Manter a paciente em jejum até 8 horas, após o procedimento cirúrgico.
c) Monitorar o sangramento pós-operatório.
d) Encorajar a paciente a deambular a cada 2 horas.
e) Trocar o curativo compressivo do local da biópsia.
COMENTÁRIOS:
A biopsia renal é utilizada como método de diagnostico e prognostico de doenças
renais. Após a amostra ser obtida, o enfermeiro deverá fazer as seguintes orientações ao
paciente:
Manter decúbito ventral imediatamente após a biopsia;
Repouso no leito de 6 a 8 horas;
Monitorar sinais vitais a cada 5 a 15 minutos durante a primeira hora;
Ficar alerta quanto aos sinais sugestivos de hemorragia: elevação ou queda de PA,
taquicardia, anorexia, vômitos, desconforto maciço e doloroso no abdome; Justifica-se
pela alta vascularização renal.
Ficar atento quanto à dor nas costas, no ombro ou disúria;
Inspeção da urina eliminada comparando com a anterior;
Instruir a evitar atividades extenuantes, esportes e levantamento de peso por no
mínimo 2 semanas.
Portanto, gabarito letra C.
2. (EBSERH/HU-UFGD/Instituto AOCP/2014) “Presença de células malignas provenientes
do tumor, atingindo outros órgãos”. O enunciado refere-se a
a) à nuliparidade.
b) à neoplasia.
c) à menarca.
d) à metástase.
e) ao nódulo.
COMENTÁRIOS:
Prezados concurseiros, a metástase é a disseminação das células malignas a partir do
tumor primário para locais distantes por disseminação direta das células tumorais para as
cavidades corporais ou por meio das circulações linfática e sanguínea (SMELTZER et al.,
2011).
Nuliparidade é um termo utilizado frequentemente em Obstetrícia para se referir à
mulheres que nunca pariram.
Neoplasia refere-se a uma proliferação celular rápida e desordenada. Pode ser benigna
ou maligna (câncer).
Menarca é o termo utilizado para se referir à primeira menstruação da mulher.
Nódulo é uma lesão primária da pele de consistência sólida, elevado, duro ou macio, > 1
cm. Pode se estender mais profundamente na derme que a pápula.
Isto posto, a resposta correta é a letra D.
(FONTE:http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340065364Arquivos_Pdfs_Capitulo8.p
df).
* Síndrome de Cowden
* Polipose adenomatosa familial
* Síndrome do melanoma familial
* Câncer de mama e ovário hereditário
* Câncer de cólon não polipose hereditário
* Neurofibromatose do tipo 1
* Retinoblastoma
Diante do exposto, percebemos que todas as alternativas estão corretas. Logo, a resposta
é a letra B.
Gabarito
1. C
2. D
3. A
4. B
5. C
6. E
7. E
8. B
9. B
10. A