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CURSO DE ENFERMAGEM P/ O
CONCURSO DA REDE SARAH
AULA Nº 7 – ENFERMAGEM EM
ONCOLOGIA

Equipe Professor Rômulo Passos | 2015


Amigo (a)!

Bem-vindo (a) a mais uma aula do Curso de Enfermagem Específico para Rede Sarah.
O tema abordado nesta aula também é de grande importância nas provas de concursos.
Inicialmente abordaremos a teoria e depois passaremos às questões referentes ao
conteúdo de Enfermagem em Oncologia.

Boa aula a todos!

Profª. Joanna Melo


Profº. Caíque Jordan
Profº. Dimas Nascimento

.
AULA Nº 7 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA

O câncer é um processo patológico que se inicia quando uma célula anormal é


transformada por mutação genética do DNA celular, a mesma forma um clone e começa a se
proliferar de maneira incontrolável e adquirem características invasivas. A hiperplasia, a
metaplasia e a displasia são exemplos desse tipo de crescimento celular (Figura 1).

Figura 1. Tipos de crescimento celular.

Fonte: ABC do câncer; INCA, 2011.


As neoplasias correspondem a essa proliferação celular anormal, que foge parcial ou
totalmente do controle do organismo. As neoplasias podem ser classificadas como benignas e
malignas (Figura 2).

Figura 2. Diferenciação entre tipo de tumores.


As células benignas e malignas diferem em algumas características do crescimento
celular, incluindo o método e a taxa de crescimento, capacidade de metastizar, efeitos gerais,
destruição do tecido e capacidade de provocar a morte. Essas diferenças estão apresentadas no
Quadro 1.

Quadro 1. Características das neoplasias benignas e malignas.


Características Benignas Malignas
Células bem diferenciadas As células são indiferenciadas e,
que se assemelham às células com frequência, comportam pouca
Características normais do tecido a partir do semelhança com as células normais
celulares qual se originou o tumor. do tecido a partir do qual elas se
originaram.
O tumor cresce por expansão Cresce na periferia e emite
Modalidade de e não se infiltra nos tecidos processos que se infiltram e
crescimento adjacentes, em geral destroem os tecidos adjacentes.
encapsulados.
A velocidade de crescimento É variável e depende do nível de
Velocidade de é comumente baixa. diferenciação, quanto mais
crescimento anaplásico o tumor, mas rápido é o
crescimento.
Não se dissemina por Ganha o acesso ao sangue e aos
metástase. canais linfáticos e gera metástase
Metástase para outras regiões do corpo.
Comumente é um fenômeno Com frequência, provoca efeitos
localizado que não provoca generalizados, como anemia,
Efeitos gerais efeitos generalizados, a fraqueza e perda de peso.
menos que sua localização
interfira em funções vitais.
Comumente não causa dano Com frequência, causa dano
Destruição tecidual tecidual, a menos que sua tecidual extenso à medida que o
localização interfira com o tumor aumenta seu suprimento
fluxo sanguíneo. sanguíneo e capta o fluxo
sanguíneo da região; também pode
produzir substancias que geram
lesão tecidual.
Comumente não causa a Comumente causa a morte, a menos
Capacidade de morte, a menos que sua que o crescimento possa ser
provocar a morte localização interfira com as controlado.
suas funções vitais.
Reproduzido com a permissão de Porth, C. M. & Matfin, G. (2009). Pathophysiology: Concepts of altered health states (8th ed.).
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins.

As células benignas e malignas são classificadas e nomeadas de acordo com o tecido


de origem. Vejamos:

Tumores benignos - acrescentar o sufixo -oma (tumor) ao termo que designa o tecido que os
originou. Exemplos:
• Tumor benigno do tecido cartilaginoso: condroma;
• Tumor benigno do tecido gorduroso: lipoma;
• Tumor benigno do tecido glandular: adenoma;

Tumores malignos – considera-se a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor.
• Originados nos epitélios de revestimento externo e interno são denominados
carcinomas; quando o epitélio de origem é glandular, passam a ser chamados
adenocarcinomas. Exemplos: carcinoma de células escamosas, carcinoma basocelular,
carcinoma sebáceo;
• Originados nos tecidos conjuntivos (mesenquimais) têm o acréscimo de sarcoma ao
final do termo que corresponde ao tecido. Exemplo: tumor do tecido ósseo – osteossarcoma.
Os agentes ou fatores implicados na carcinogênese não podem ser responsabilizados
pelo desenvolvimento dos tumores, porém, há casos em que isso acontece. Esses agentes
podem incluir vírus e bactérias, agentes físicos, agentes químicos, fatores genéticos ou
familiais, fatores da dieta e agentes hormonais. As principais causas de câncer estão
resumidas abaixo (Figura 3).

Figura 3. Estática sobre as principais causas do câncer.

Em termos de prevenção existem a prevenção primária e a secundária.

• Consiste em reduzir os riscos da doença atraves de


estratégias de promoção da saúde. No casos do câncer, por
Prevenção exemplo, orientar os pacientes a evitarem carcinógenos
Primária conhecidos, mudança nos hábitos alimentares e estilo vida
(cessação do tabagismo, redução da ingesta calórica,
aumento da atividade física).

• Consiste na promoção de atividades de triagem e detecção


Prevenção precoce, como por exemplo, o autoexame das mamas e dos
secundária testículos, mamografia e exame citopatológico.
O diagnóstico de câncer está baseado no histórico das alterações fisiológicas e
funcionais e nos resultados da avaliação diagnóstica. Os pacientes que apresentam suspeita de
câncer deveram ser submetidos a exames extensos com os seguintes objetivos:

 Determinar a presença e a extensão do tumor;


 Identificar a possível disseminação (metástase) da doença ou invasão de outros tecidos
orgânicos;
 Avaliar a função dos órgãos e sistemas orgânicos envolvidos e não envolvidos;
 Obter tecido e células para análise, inclusive para a avaliação do estágio e grau do
tumor.

É necessário que a avaliação diagnóstica inclua uma revisão dos sistemas, exame
físico, exames de imagem, exames laboratoriais do sangue, urina e outros líquidos orgânicos,
e os relatos cirúrgico e patológico.
A maioria dos pacientes quando estão sob suspeita de câncer e submetidos a exames
extensos ficam temerosos em relação aos procedimentos e ansiosos sobre os possíveis
resultados. Vejamos alguns dos papeis do enfermeiro:

 Ajudar a aliviar o medo e a ansiedade do paciente explicando-lhe os exames que serão


realizados, as possíveis sensações que serão experimentadas e o papel do paciente nos
procedimentos do exame;
 Incentivar o paciente e a família a verbalizar seus temores a respeito dos resultados do
exame;
 Apoiar o paciente e a família durante todo o período do teste;
 Reforçar e esclarece as informações transmitidas pelo médico;
 Incentivar o paciente e a família a comunicar e compartilhar suas preocupações e a
discutir suas dúvidas e preocupações entre si.

A identificação do estadiamento e gradação do tumor têm por objetivo fornecer uma


avaliação diagnostica completa e identificar as opções de tratamento e prognostico.
Primeiramente, vamos discutir sobre o estadiamento e logo em seguida sobre gradação do
tumor.

1. Estadiamento do tumor:

O estadiamento do tumor tem por objetivo determinar o tamanho do tumor, a


existência de invasão local e metástase a distancia. O sistema de classificação utilizado no
Brasil é o sistema TNM que avalia três componentes: T – a extensão do tumor primário, N –
a ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais, M – a ausência ou
presença de metástase a distancia (Quadro 2).
Porém, quando os cânceres não são bem descritos pelo sistema TNM outros sistemas
de estadiamento são empregados, como nos casos de câncer no sistema nervoso central,
câncer hematológico e melanoma maligno.

Quadro 2: Classificação TNM.

Os subgrupos numéricos são utilizados para descrever a extensão progressiva da doença


maligna.
Tumor primário (T)
Tx – tumor primário não pode ser avaliados
T0 – sem evidencia de tumor primário
Tis – carcinoma in situ
T1 – tumor invade a submucosa
T2 – tumor invade a musculatura própria
T3 – tumor invade além da muscular própria, porem sem ultrapassar a subcerosa ou os tecidos
desperitonizados pericólicos ou perirretais
T4 – tumor invade diretamente outros órgãos ou estruturas e/ou perfura o peritônio visceral
Linfonodos regionais (N)
Nx – não pode ser avaliado
N0 – ausência de metástase linfonodal
N1 – metástase para 1-3 linfonodos
N2 – metástase para mais de 4 linfonodos
Nota: Metástase em qualquer linfonodo que não seja regional é classificada como metástase à
distância.
Metástase à distancia (M)
Mx – metástase a distancia não pode ser avaliada
M0 – ausência de metástase a distancia
M1 – presença de metástase a distancia
2. Gradação do tumor:

A gradação se refere à classificação das células tumorais, ou seja, procuram definir o


tipo de tecido a partir do qual o tumor se originou e o grau em que as células tumorais retêm
as características funcionais e histológicas do tecido de origem (diferenciação). Para
estabelecer o grau do tumor são usadas amostras de células a partir de raspagens teciduais,
líquidos orgânicos, secreções ou lavabos, biopsia ou excisão cirúrgica. O tumor recebe um
valor numérico que vai de 1 a 4. Os tumores de grau 1 (tumores bem diferenciados) se
assemelham ao tecido de origem em estrutura e função. Os que não se assemelham são
descritos como precariamente diferenciados ou indiferenciados e recebem grau 4.

Quadro 3. Graduação do tumor.

Gx – o grau de diferenciação não pode ser avaliado


G1 – bem diferenciado
G2 – moderadamente diferenciado
G3 – pouco diferenciado
G4 - indiferenciado

O tipo de tratamento oferecido para pacientes com câncer deve basear-se nas metas do
tratamento para cada tipo de câncer especifico. As principais metas de tratamento são:

 Erradicação completa da doença maligna (cura);


 Sobrevida prolongada e contenção das células cancerosas (controle);
 Alivio dos sintomas associados a doença (paliativo).

Existem três formas principais de tratamento do câncer: cirurgia, radioterapia e


quimioterapia. É importante entender os princípios das modalidades e como elas se inter-
relacionam, já que podem ser usadas em conjunto.
1. Cirurgia: a cirurgia pode ser diagnóstica, para tratamento, profilática, paliativa ou
reconstrutora. Vejamos brevemente cada uma delas:
 Cirurgia diagnostica: realizada para obter uma amostra tecidual para analise das
células suspeitas. Exemplo: biopsia.
 Cirurgia como tratamento primário: remover todo o tumor ou o máximo possível e
qualquer tecido adjacente envolvido, inclusive os linfonodos regionais.
 Cirurgia profilática: consiste em remover os tecidos desvitalizados ou órgãos que
estão em risco aumentado para desenvolver câncer.
 Cirurgia paliativa: realizada quando a cura não é possível e as metas do tratamento são
colocar o paciente o mais confortável possível e promover qualidade de vida.
 Cirurgia reconstrutora: pode suceder a cirurgia curativa ou radical com o objetivo de
melhorar a função ou obter um efeito cosmético mais desejável.

2. Radioterapia: consiste no método de tratamento local ou locorregional através de


equipamentos e técnicas variadas para irradiar áreas do organismo. A radioterapia
pode ser curativa, citorredutora, profilática ou paliativa. A radioterapia pode ser
administrada de diversas maneiras, dependendo da fonte de radiação usada, da
localização do tumor e do tipo de câncer visado. As aplicações primárias incluem a
teleterapia (radiação por feixe externo), braquiterapia (radiação interna), moldes
sistêmicos (radioisótopos) e moldes de contato ou de superfície.

3. Quimioterapia: os agentes antineoplásicos são utilizados com o objetivo de destruir


as células tumorais, pois interferem nas funções celulares. A quimioterapia pode ter
por finalidade reduzir o tamanho do tumor no período pré-operatório (neoadjuvante),
para destruir qualquer célula tumoral remanescente no período pós-operatório
(adjuvante) ou para tratar algumas formas de leucemia ou linfoma (primário). Como
bem sabemos os agentes quimioterápicos afetam tanto as malignas, quanto as normais,
afetando assim muitos sistemas orgânicos.
Plano de cuidados de enfermagem para pacientes com câncer

Diagnostico de enfermagem: Risco para infecção relacionado com as defesas inadequadas decorrentes da
imunossupressão secundária à radiação ou a agentes antineoplásicos.
Prescrição de enfermagem
1. Avaliar o paciente para evidência de infecção:
a) Verificar os sinais vitais a cada 4 h;
b) Monitorar a contagem de leucócitos e a contagem diferencial diariamente;
c) Inspecionar todos os locais que podem servir como portas de entrada para patógenos (locais
intravenosos, feridas, pregas cutâneas, proeminências ósseas, períneo e cavidade oral).

2. Observar relato de febre (≥ 38,3°C ou ≥ 38°C por mais de 1 h), calafrios, sudorese, inchação, calor, dor,
eritema, exsudato em qualquer superfície corporal. Também relata alteração no estado respiratório ou mental,
sensação de queimação ou frequência ao urinar, mal-estar, mialgias, artralgias, exantema ou diarreia.

3. Obter culturas e antibiogramas, quando indicado, antes do início do tratamento antimicrobiano (exsudato em
ferida, escarro, urina, fezes, sangue).

4. Iniciar as medidas para reduzir a infecção.


a) Discutir com o paciente e a família:
- Colocar o paciente no quarto particular quando a contagem de leucócitos absoluta < 1.000/mm3.
- A importância de o paciente evitar o contato com pessoas portadoras de infecção conhecida ou recente ou
vacinação recente.
b) Instruir todas as pessoas sobre a higiene cuidadosa das mãos antes e depois de entrar no quarto.
c) Evitar procedimentos retais ou vaginais (temperaturas retais, exames, supositórios, tampões vaginais).
d) Usar emolientes fecais para evitar a constipação intestinal e esforço para defecar.
e) Assistir o paciente na prática da higiene pessoal meticulosa.
f) Instruir o paciente a usar barbeador elétrico.
g) Incentivar o paciente a deambular no quarto, exceto quando contraindicado.
h) Evitar frutas cruas, carnes vermelhas, peixes e vegetais crus quando a contagem absoluta de leucócitos
< 1.000/mm3; remover flores frescas e vasos de plantas.
i) Diariamente: trocar escarradeira, líquidos de limpeza de dentaduras e equipamento respiratório
contendo água.

5. Avaliar os locais intravenosos diariamente para evidência de infecção:


a) Trocar os locais intravenosos periféricos de curta duração em dias alternados.
b) Limpar a pele com iodopovidona antes da punção arterial ou venosa.
c) Trocar os curativos do cateter venoso central a cada 48 h.
d) Trocar todas as soluções e conjuntos de infusão a cada 72 a 96 h.
e) Seguir diretrizes para o cuidado de dispositivos de acesso venoso periférico e central.

6. Evitar injeções intramusculares.

7. Evitar a inserção de sondas urinárias; quando as sondas são necessárias, usar a técnica asséptica rigorosa.
8. Ensinar o paciente ou o familiar a administrar o fator estimulador de colônia de granulócitos (ou de
granulócitos-macrófagos) quando prescrito.
9. Aconselhar o paciente a evitar a exposição a excretas de animais; discutir os procedimentos dentários com o
médico; evitar duchas vaginais e a manipulação vaginal ou retal no contato sexual durante o período da
neutropenia.

Diagnostico de enfermagem: Integridade da pele prejudicada: reações eritematosas e descamativas úmidas à


radioterapia.
Prescrição de enfermagem:
1. Nas áreas eritematosas:
a) Evitar o uso de sabões, cosméticos, perfumes, talcos, loções e pomadas, desodorantes.
b) Usar apenas água morna para banhar a região.
c) Evitar esfregar ou arranhar a área.
d) Evitar raspar a área com um barbeador de borda reta.
e) Evitar aplicar bolsas de água morna, almofadas de aquecimento, gelo e fita adesiva na região.
f) Evitar expor a região à luz solar ou ao clima frio.
g) Evitar roupas apertadas na região. Usar roupas de algodão.
h) Aplicar pomada de vitamina A e D na região.

2. Quando acontece a descamação úmida:


a) Não romper nenhuma bolha que tenha sido formada.
b) Evitar a lavagem frequente das áreas.
c) Relatar qualquer formação de bolha.
d) Usar cremes ou pomadas prescritos.
e) Quando a área exsuda, aplicar um curativo absorvente não adesivo.
f) Quando a área não tem drenagem, usar curativos permeáveis ao vapor e umidade como os
hidrocoloides e hidrogéis em áreas não infectadas.
g) Consultar com o estomatoterapeuta e com o médico quando se forma a escara.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Mucosa oral alterada: estomatite.


Prescrição de enfermagem
1. Avaliar a cavidade oral diariamente.

2. Instruir o paciente para relatar a queimação oral, dor, áreas de rubor, lesões abertas nos lábios, dor associada
à deglutição ou tolerância diminuída aos extremos de temperatura no alimento.

3. Incentivar e assistir na higiene oral.

4. Minimizar o desconforto.
a) Consultar o médico para o uso de anestésico tópico.
b) Administrar analgésicos sistêmicos, conforme a prescrição.
c) Realizar o cuidado bucal conforme descrito.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Integridade da pele prejudicada: alopecia.
Prescrição de enfermagem

1. Discutir a potencial perda de cabelos e o recrescimento com o paciente e a família; aconselhar que a queda
dos cabelos pode acontecer em partes do corpo diferentes da cabeça.

2. Explorar o impacto pessoal da queda dos cabelos sobre a autoimagem, relacionamentos interpessoais e
sexualidade.

3. Evitar ou minimizar a queda dos cabelos do seguinte modo:


a) Usar a hipotermia de couro cabeludo e os torniquetes de couro cabeludo, quando apropriado.
b) Cortar os cabelos longos antes do tratamento.
c) Usar xampu e condicionador suaves, secar com pequenos movimentos suaves e evitar o uso excessivo
de xampu.
d) Evitar pranchas e ferros de enrolar, secadores, grampos, sprays de cabelo, tintas de cabelo e substâncias
químicas para permanentes.
e) Evitar pentear ou escovar excessivamente o cabelo; usar pentes com dentes espaçosos.

4. Evitar o trauma do couro cabeludo.


a) Lubrificar o couro cabeludo com pomada de vitamina A e D para diminuir o prurido.
b) Fazer com que o paciente use filtro solar ou boné quando no sol.

5. Sugerir as maneiras para ajudar no enfrentamento da queda dos cabelos:


a) Comprar peruca ou aplique de cabelo antes da queda dos cabelos.
b) Quando ocorreu a queda dos cabelos, leve uma fotografia à loja de perucas para ajudar na escolha.
c) Começar a usar a peruca antes da queda dos cabelos.
d) Usar boné, cachecol ou turbante.

6. Incentivar o paciente a usar suas próprias roupas e a manter os contatos sociais.

7. Explicar que o crescimento dos cabelos comumente começa novamente quando termina a terapia.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Nutrição alterada, menor que os requisitos corporais, relacionada
com as náuseas e vômitos.
Prescrição de enfermagem

1. Avaliar as experiências e expectativas prévias do paciente a respeito das náuseas e vômitos, inclusive as
causas e intervenções utilizadas.

2. Ajustar a dieta antes e depois da administração do medicamento de acordo com a preferência e tolerância do
paciente.

3. Evitar visões, odores e sons desagradáveis no ambiente.

4. Usar distração, musicoterapia, técnicas de relaxamento e imaginação orientada antes, no decorrer e depois da
quimioterapia.
5. Administrar os antieméticos, sedativos e corticosteroides prescritos antes e depois da quimioterapia, quando
necessário.

6. Garantir a hidratação com líquidos adequados antes, no decorrer e depois da administração de


medicamentos; avaliar a ingestão e a excreção.

7. Incentivar a higiene oral frequente.

8. Fornecer as medidas de alívio da dor, quando necessário.

9. Consultar a nutricionista, quando necessário.

10. Avaliar e abordar outros fatores contribuintes para as náuseas e vômitos, como outros sintomas, constipação
intestinal, irritação gastrintestinal, distúrbio eletrolítico, radioterapia, medicamentos e metástase para o sistema
nervoso central.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Nutrição alterada: menor que os requisitos corporais, relacionada
com a anorexia, caquexia ou má absorção.
Prescrição de enfermagem

1. Ensinar o paciente a evitar as visões, odores e sons desagradáveis no ambiente durante a hora da refeição.

2. Sugerir alimentos que são preferidos e bem tolerados pelo paciente, preferivelmente alimentos hipercalóricos
e ricos em proteína. Respeitar as preferências alimentares étnicas e culturais.

3. Incentivar a ingestão hídrica adequada, mas limitar os líquidos na hora da refeição.

4. Sugerir refeições menores e mais frequentes.

5. Promover o ambiente relaxado e tranquilo durante a hora da refeição, com aumento da interação social,
quando desejado.

6. Se o paciente desejar, servir vinho na hora das refeições com o alimento.

7. Considerar os alimentos frios, quando desejado.

8. Incentivar os suplementos nutricionais e os alimentos hiper proteicos entre as refeições.

9. Incentivar a higiene oral frequente.

10. Fornecer as medidas de alívio da dor.

11. Fornecer o controle das náuseas e vômitos.

12. Aumentar o nível de atividade conforme tolerado.

13. Diminuir a ansiedade, incentivando a verbalização dos temores, preocupações; usar as técnicas de
relaxamento; imaginação orientada na hora da refeição.

14. Posicionar adequadamente o paciente na hora da refeição.

15. Para o tratamento colaborativo, fornecer as alimentações por sonda enteral de dietas líquidas comerciais,
dietas elementares, ou alimentos liquidificados, conforme a prescrição.

16. Fornecer a nutrição parenteral com suplementos lipídicos, conforme a prescrição.

17. Administrar estimulantes de apetite conforme a prescrição pelo médico.

18. Incentivar a família e os amigos a não censurar ou fazer agrados relacionados com a alimentação.

19. Avaliar e abordar outros fatores contribuintes para as náuseas, vômitos e anorexia, como outros sintomas,
constipação intestinal, irritação gastrointestinal, distúrbio eletrolítico, radioterapia, medicamentos e metástase
para o sistema nervoso central.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Fadiga.
Prescrição de enfermagem

1. Incentivar os períodos de repouso durante o dia, principalmente antes e depois do esforço físico.

2. No mínimo, promover os hábitos de sono normais do paciente.

3. Rearranjar o horário diário e organizar as atividades para conservar o dispêndio de energia.

4. Incentivar o paciente a pedir a assistência de outros nos afazeres domésticos necessários, como os trabalhos
domésticos, cuidar dos filhos, fazer compras, cozinhar.

5. Incentivar a redução da carga de trabalho no emprego, quando necessário e possível, reduzindo o número de
horas trabalhadas por semana.

6. Incentivar as ingestas proteica e calórica adequadas.

7. Incentivar o uso das técnicas de relaxamento, imaginação orientada.

8. Incentivar a participação nos programas de exercício planejados.

9. Para o controle colaborativo, administrar hemoderivados conforme a prescrição.

10. Avaliar para os distúrbios hidreletrolíticos.

11. Avaliar para as fontes de desconforto.

12. Fornecer as estratégias para facilitar a mobilidade.


DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Dor crônica.
Prescrição de enfermagem

1. Usar a escala de dor para avaliar as características de dor e desconforto: localização, qualidade, frequência,
duração etc.

2. Garantir ao paciente que você sabe que a dor é real e que você o ajudará a reduzi-la.

3. Avaliar os outros fatores contribuintes para a dor, medo, fadiga, raiva etc. do paciente.

4. Administrar os analgésicos para promover o alívio ótimo da dor dentro dos limites da prescrição do médico.

5. Avaliar as respostas comportamentais do paciente à dor e à experiência da dor.

6. Colaborar com o paciente, médico e outros membros da equipe de saúde quando são necessárias alterações
no tratamento da dor.

7. Incentivar as estratégias de alívio da dor que o paciente usou com sucesso na experiência prévia com a dor.

8. Ensinar ao paciente as novas estratégias para aliviar a dor e o desconforto: distração, imaginação,
relaxamento, estimulação cutânea etc.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Reação de pesar antecipada relacionada com a perda; papel
funcional alterado.
Prescrição de enfermagem

1. Incentivar a verbalização dos temores, preocupações e dúvidas em relação à doença, tratamento e futuras
implicações.

2. Explorar as estratégias de enfrentamento bem-sucedidas previamente.

3. Incentivar a participação ativa do paciente ou da família nas decisões de cuidado e tratamento.

4. Visitar a família frequentemente para estabelecer e manter os relacionamentos e a proximidade física.

5. Incentivar a ventilação dos sentimentos negativos, incluindo a raiva e a hostilidade projetadas, dentro de
limites aceitáveis.

6. Permitir períodos de choro e expressão da tristeza.

7. Envolver o conselheiro espiritual quando desejado pelo paciente e pela família.

8. Solicitar o aconselhamento profissional quando indicado para o paciente ou família para aliviar o pesar
patológico.

9. Permitir a progressão através do processo de pesar no ritmo individual do paciente e da família.


DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Distúrbio da imagem corporal e baixa autoestima situacional
relacionados com alterações na aparência, função e papéis.
Prescrição de enfermagem

1. Avaliar os sentimentos do paciente a respeito da imagem corporal e do nível de autoestima.

2. Identificar as ameaças potenciais para a autoestima do paciente (p. ex., aparência alterada, função sexual
diminuída, queda de cabelos, energia diminuída, mudança de papéis). Validar as preocupações com o paciente.

3. Incentivar a participação continuada nas atividades e tomada de decisão.

4. Incentivar o paciente a verbalizar as preocupações.

5. Individualizar o cuidado para o paciente.

6. Assistir o paciente no autocuidado quando a fadiga, letargia, náuseas, vômitos e outros sintomas impedem a
independência.

7. Avaliar o paciente a selecionar e usar cosméticos, lenços, apliques e roupas que aumentam sua sensação de
atratividade.

1. Fornece a avaliação basal para examinar as alterações e avaliar a eficácia de intervenções.

2. Antecipa as alterações e permite que o paciente identifique a importância dessas áreas para si.

3. Incentiva e permite o controle continuado dos eventos e de si próprio.

4. Identificar as preocupações constitui uma etapa importante no enfrentamento delas.

5. Evita ou reduz a despersonalização e enfatiza a autovalorização do paciente.

6. O bem-estar físico melhora a autoestima.

7. Promove a imagem corporal positiva.

8. Incentivar o paciente e o parceiro a compartilhar as preocupações a respeito da sexualidade e função sexual


alteradas e para explorar alternativas às suas expressões sexuais usuais.

9. Referir para especialistas colaboradores, quando necessário.


PROBLEMA INTERDEPENDENTE: Complicação potencial: risco para problemas hemorrágicos.
Prescrição de enfermagem

1. Avaliar quanto ao potencial para o sangramento: monitorar a contagem de plaquetas.

2. Avaliar para o sangramento:


a) Petéquias ou equimoses.
b) Diminuição na hemoglobina ou hematócrito.
c) Sangramento prolongado a partir de procedimentos invasivos, punções venosas, cortes ou arranhaduras
menores.
d) Sangue macroscópico ou oculto em qualquer excreção corporal, vômitos, escarro.
e) Sangramento a partir de qualquer orifício corporal.
f) Estado mental alterado.

3. Instruir o paciente e a família sobre as maneiras para reduzir o sangramento:


a) Usar escova de dentes com cerdas macias para o cuidado bucal.
b) Evitar colutórios (enxaguante bucal) comerciais.
c) Usar o barbeador elétrico para barbear-se.
d) Usar lixa para o cuidado das unhas.
e) Evitar os alimentos que são difíceis de mastigar.

4. Iniciar as medidas para minimizar o sangramento.


a) Coletar todo o sangue para os exames laboratoriais com uma punção venosa diária.
b) Evitar a verificação da temperatura retal ou a administração de supositórios e enemas.
c) Evitar injeções intramusculares; usar a menor agulha possível.
d) Aplicar a pressão direta nos locais de injeção e de punção venosa por um mínimo de 5 min.
e) Lubrificar os lábios com vaselina.
f) Evitar cateterismos vesicais; usar a sonda de menor calibre quando o cateterismo for necessário.
g) Manter a ingestão de líquidos mínima de 3ℓ por 24h, a menos que seja contraindicado.
h) Usar emolientes fecais ou aumentar a massa na dieta.
i) Evitar medicamentos que interferirão com a coagulação (p. ex., ácido acetilsalicílico).
j) Recomendar a utilização de lubrificante hidrossolúvel antes da relação sexual.

5. Quando a contagem de plaquetas é menor que 20.000/mm3, instituir o seguinte:


a) Repouso no leito com grades laterais acolchoadas.
b) Prevenção da atividade extenuante.
c) Transfusões de plaquetas de acordo com a prescrição; administrar o cloridrato de difenidramina
(Benadryl) ou succinato sódico de hidrocortisona (Solu-Cortef), prescrito para evitar a reação à
transfusão de plaquetas.
d) Supervisionar a atividade quando fora do leito.
e) Advertir contra o assoar o nariz de forma vigorosa.
Referências
C., SMELTZER, S., HINKLE, L., BARE, G., CHEEVER, H.. Brunner e Suddarth
Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, 12ª edição. Guanabara Koogan, 08/2011.
VitalBook file.

ABC do câncer: abordagens básicas para controle do câncer/ Instituto Nacional de


Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação geral de ações estratégicas.
Coordenação de educação; organização Luiz Claudio Santos Thuler – 2 ed. rev e atual.
– Rio de Janeiro: INCA 2012.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de câncer.


TNM: classificação de tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral Eisenberg. 6. ed.
- Rio de Janeiro: INCA, 2004.
Vamos agora praticar um pouco?

1. (Prova Sarah 2011) Uma paciente de 60 anos realizou uma biópsia renal, recebeu alta do
serviço de recuperação pós-anestésica e foi encaminhada para unidade de internação. O
enfermeiro sabe que a prioridade no cuidado desta paciente é:
a) Usar precaução de contato nas próximas 48 horas.
b) Manter a paciente em jejum até 8 horas, após o procedimento cirúrgico.
c) Monitorar o sangramento pós-operatório.
d) Encorajar a paciente a deambular a cada 2 horas.
e) Trocar o curativo compressivo do local da biópsia.
COMENTÁRIOS:
A biopsia renal é utilizada como método de diagnostico e prognostico de doenças
renais. Após a amostra ser obtida, o enfermeiro deverá fazer as seguintes orientações ao
paciente:
 Manter decúbito ventral imediatamente após a biopsia;
 Repouso no leito de 6 a 8 horas;
 Monitorar sinais vitais a cada 5 a 15 minutos durante a primeira hora;
 Ficar alerta quanto aos sinais sugestivos de hemorragia: elevação ou queda de PA,
taquicardia, anorexia, vômitos, desconforto maciço e doloroso no abdome; Justifica-se
pela alta vascularização renal.
 Ficar atento quanto à dor nas costas, no ombro ou disúria;
 Inspeção da urina eliminada comparando com a anterior;
 Instruir a evitar atividades extenuantes, esportes e levantamento de peso por no
mínimo 2 semanas.
Portanto, gabarito letra C.
2. (EBSERH/HU-UFGD/Instituto AOCP/2014) “Presença de células malignas provenientes
do tumor, atingindo outros órgãos”. O enunciado refere-se a
a) à nuliparidade.
b) à neoplasia.
c) à menarca.
d) à metástase.
e) ao nódulo.
COMENTÁRIOS:
Prezados concurseiros, a metástase é a disseminação das células malignas a partir do
tumor primário para locais distantes por disseminação direta das células tumorais para as
cavidades corporais ou por meio das circulações linfática e sanguínea (SMELTZER et al.,
2011).
Nuliparidade é um termo utilizado frequentemente em Obstetrícia para se referir à
mulheres que nunca pariram.
Neoplasia refere-se a uma proliferação celular rápida e desordenada. Pode ser benigna
ou maligna (câncer).
Menarca é o termo utilizado para se referir à primeira menstruação da mulher.
Nódulo é uma lesão primária da pele de consistência sólida, elevado, duro ou macio, > 1
cm. Pode se estender mais profundamente na derme que a pápula.
Isto posto, a resposta correta é a letra D.

3. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) Podemos afirmar que as medicações abaixo, não


são antineoplásicos, exceto:
a) Methotrexate.
b) Metergin.
c) Ciprofloxacino.
d) Cabergolina.
e) Policresuleno.
COMENTÁRIOS:
O metotrexato (4-amino-N10 ácido pteroglutamico) (MTX), estruturalmente similar ao
ácido fólico, é um potente inibidor da enzima dihidrofolato redutase, à qual se liga
irreversivelmente, com maior afinidade que o ácido fólico. Esta ligação previne a conversão
do dihidrofolato para tetrahidrofolato, que é o cofator necessário à transferência de átomos de
carbono, essenciais à síntese dos nucleotídeos purina e timina, necessários à síntese do DNA e
RNA

(FONTE:http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340065364Arquivos_Pdfs_Capitulo8.p
df).

Pode ser indicado para leucemia linfoblástica aguda. Tumores trofoblásticos,


linfossarcomas, outros tumores de cabeça e pescoço, bexiga, mama, ovário, próstata, pulmão,
rim e testículo.
Methergin (metilergometrina) é um medicamento utilizado no tratamento da atonia e
hemorragia uterinas que ocorrem em decorrência de cirurgias cesarianas, pós-aborto ou no
terceiro período clínico do parto.
Ciprofloxacina é um antibiótico do grupo das quinolonas.
Cabergolina é um fármaco agonista dopaminérgico derivado do ergot com longa ação,
utilizado na como inibidor da secreção de leite, bloqueando a prolactina.
Policresuleno pomada para o alívio da dor e afecções causadas pela hemorroida em
associação com anestésicos tópicos.
Portanto, o gabarito da questão é a letra A.

4. (MPE-RS/MPE-RS/2014) O termo risco é usado para definir a chance de uma pessoa


sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, adquirir uma doença.
Alguns tipos de câncer parecem ter forte componente familiar, como ocorre com
a) o Câncer de pele.
b) o Câncer de intestino.
c) a Leucemia linfocítica.
d) o Sarcoma de Ewing.
e) a Síndrome de Cushing.
COMENTÁRIOS:
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de
doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se
de um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada por
mutação genética do DNA celular.
Por se tratar de uma doença genética, algumas dessas mutações são herdadas (presentes
nas células da linhagem germinativa), porém a maioria (90%) é de mutações somáticas que
são mutações adquiridas nas células específicas. Os exemplos de cânceres influenciados pela
hereditariedade incluem:

* Síndrome de Cowden
* Polipose adenomatosa familial
* Síndrome do melanoma familial
* Câncer de mama e ovário hereditário
* Câncer de cólon não polipose hereditário
* Neurofibromatose do tipo 1
* Retinoblastoma

FONTE: Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 12ª ed.


(SMELTZER et al., 2011).
Diante do exposto, a resposta correta é a letra B.

5. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Mundialmente, os cânceres da cabeça e pescoço correspondem


a 10% dos tumores malignos, e aproximadamente 40% dos cânceres dessa localização
ocorrem na cavidade oral. Como em outras neoplasias malignas, o câncer de boca tem o seu
desenvolvimento estimulado pela interação de fatores ambientais e fatores do hospedeiro,
próprios do indivíduo. São os chamados fatores de risco. Entre os fatores de risco de câncer
de boca, está
a) o consumo excessivo de refrigerantes.
b) a deficiência de vitamina K.
c) o uso de tabaco de forma cumulativa.
d) o vírus da Hepatite A.
e) o excesso de adrenalina.
COMENTÁRIOS:
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de
doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se
de um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada por
mutação genética do DNA celular (SMELTZER et al., 2011).
O câncer de boca afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser
observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua
(principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais
comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior.
O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos. Os fatores de risco mais
conhecidos para este tipo de câncer são:
- TABACO: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos
pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior
risco para o desenvolvimento dessa doença, e o risco varia de acordo com o consumo. Ou
seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as chances de desenvolver
câncer de boca.
- Etilismo: o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver
câncer de boca. A associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para
câncer de boca.
- Vírus HPV: Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de
câncer de boca.
- Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de
lábios.
Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal
deficiente e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e ricas em gorduras (INCA,
2015).
Portanto, a resposta correta é a letra C.
6. (Universidade Federal Fluminense-UFF/UFF-COSEAC/2014) Quando a quimioterapia
tem a finalidade de melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas
decorrentes da proliferação tumoral e aumentando seu tempo de sobrevida em função de uma
redução importante do número de células neoplásicas, é classificada como:
a) curativa.
b) adjuvante.
c) neoadjuvante.
d) potencializadora.
e) paliativa.
COMENTÁRIOS:
A quimioterapia é usada principalmente para tratar a doença sistêmica em lugar de
lesões localizadas. Os agentes antineoplásicos são usados em uma tentativa de destruir as
células tumorais ao interferir com as funções celulares, inclusive a replicação. Suas metas
podem ser cura, controle ou paliativo.
Pode ser combinada à cirurgia, radioterapia ou ambas, visando:

* reduzir o tamanho do tumor no período pré-operatório (neoadjuvante);


* para destruir qualquer célula tumoral remanescente no período pós-operatório (adjuvante);
* para tratar algumas formas de leucemia e linfoma (primário).

FONTE: Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 12ª ed.


(SMELTZER et al., 2011).

A quimioterapia curativa objetiva a erradicação de evidências da neoplasia. Já a


paliativa, visa melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas
decorrentes da proliferação tumoral, aumentando seu tempo de sobrevida em função de uma
redução importante do número de células neoplásicas (BARBOSA, et al, 2008). Logo, a
resposta correta é a letra E.
7. (Prefeitura de Almino Afonso-RN/CONPASS/2014) Lançado em 2001 pelo Instituto
Nacional de Câncer (Inca) e pelo Ministério da Saúde, tem o principal objetivo de estruturar a
integração da assistência oncológica no Brasil, a fim de obter um padrão de alta qualidade na
cobertura da população. O texto trata do:
a) Melhor em casa
b) Programa de controle do câncer
c) QualiSus-Rede
d) De volta pra casa
e) Projeto Expande
COMENTÁRIOS:
Expansão da Assistência Oncológica no Brasil - Projeto Expande é uma estratégia
criada pelo INCA visando à ampliação da assistência oncológica no Brasil pela implantação
de serviços que integram os diversos tipos de recursos necessários à atenção oncológica de
alta complexidade em hospitais gerais.
Portanto, a resposta correta é a letra E.

8. (Prefeitura de Serra-ES/FUNCAB/2014) Ao examinar a pele, o enfermeiro deve estar


atento à presença de tumores malignos. Qual é a denominação do tumor mais comum, de
crescimento lento, que raramente metastatiza, e que tem tendência a ocorrer em pessoas de
pele clara, e em locais de exposição ao sol?
a) Melanoma.
b) Basocelular.
c) Nevos melanocíticos.
d) Xantelasmo.
e) Cisto epitelial.
COMENTÁRIOS:
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de
doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se
de um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada por
mutação genética do DNA celular.
O câncer de pele é o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os
tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado
precocemente. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e mais
baixa mortalidade.
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente
raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas
anteriores. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas
prévias são as principais vítimas.
Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-
melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são
carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide,
representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o
menos agressivo.
FONTE: Instituto Nacional do Câncer
(http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pele_nao_melanoma)
Portanto, a resposta correta é a letra B.

9. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando a Leucemia Aguda, leia as


frases abaixo e a seguir assinale a alternativa correta.
I - É mais comum em homens do que mulheres; em pessoas da raça branca; em crianças de 2
a 5 anos, sendo que 80% de todas as leucemias dessa faixa etária são linfoblásticas
(linfocíticas) agudas e em indivíduos que vivem em regiões urbanas e industrializadas.
II - Um dos possíveis diagnósticos de enfermagem é o risco para infecção relacionado a
contagem anormal de leucócitos.
III. O plano de cuidados para o paciente deve estar voltado para o seu conforto, minimizar
efeitos adversos da quimioterapia, assegurar a preservação da rede venosa, controlar as
complicações e fornecer orientação e apoio psicológico.
a) Apenas as frases II e III estão corretas.
b) As frases I, II e III estão corretas.
c) Apenas a frase III está correta.
d) Apenas a frase II está correta.
COMENTÁRIOS:
A leucemia é uma proliferação neoplásica de um tipo celular específico (granulócitos,
monócitos, linfócitos ou, raramente, eritrócitos ou megacariócitos). O defeito origina-se na
célula-tronco mieloide ou linfoide. A característica comum das leucemias consiste na
proliferação desregulada dos leucócitos na medula óssea. Nas formas agudas, pode ocorrer
infiltração de células leucêmicas em outros órgãos, como as meninges, os linfonodos, as
gengivas e a pele.
As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas, suspeita-se da associação entre
determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos:
· Tabagismo: leucemia mieloide aguda
· Radiação (radioterapia, raios X): leucemia mieloide aguda e crônica e leucemia lifoide
aguda
· Síndrome de Down e outras doenças hereditárias: leucemia aguda
· Benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e largamente usado na indústria
química): leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia linfoide aguda
· Quimioterapia (algumas classes de drogas): leucemia mieloide aguda e leucemia
linfoide aguda
· Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas: leucemia mieloide aguda

A leucemia linfocítica aguda resulta de uma proliferação descontrolada de células


imaturas (linfoblastos) derivadas da célula tronco linfoide. Os linfócitos imaturos proliferam
na medula óssea e impedem o desenvolvimento das células mieloides normais. Em
consequência, a hematopoese normal é inibida, resultando em números reduzidos de
leucócitos, eritrócitos e plaquetas conferindo um risco de infecção e sangramento. É mais
comum em crianças pequenas, sendo os meninos mais afetados mais frequentemente do que
as meninas. A incidência máxima é 4 anos de idade.
As principais metas para o paciente podem consistir na ausência de complicações e dor,
obtenção e manutenção de uma nutrição adequada, tolerância à atividade, capacidade de
realizar o autocuidado e lidar com o diagnóstico e o prognóstico, imagem corporal positiva e
compreensão do processo patológico.
FONTES: Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 12ª ed.
(SMELTZER et al., 2011); Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2015)

Diante do exposto, percebemos que todas as alternativas estão corretas. Logo, a resposta
é a letra B.

10. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando os agravos, homens acima de


40 anos de idade, fumantes e portadores de próteses mal adaptadas são fatores de risco para a
ocorrência:
a) Câncer de boca.
b) Fluorose.
c) Cárie Dentária.
d) Doença Periodontal.
COMENTÁRIOS:
O câncer não é uma doença única com uma única causa; ao contrário, é um grupo de
doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Trata-se
de um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada por
mutação genética do DNA celular (SMELTZER et al., 2011).
O câncer de boca afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser
observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua
(principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais
comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior.
O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos. Os fatores de risco mais
conhecidos para este tipo de câncer são:
TABACO: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos
pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior
risco para o desenvolvimento dessa doença, e o risco varia de acordo com o consumo. Ou
seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as chances de desenvolver
câncer de boca.
- Etilismo: o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver
câncer de boca. A associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para
câncer de boca.
- Vírus HPV: Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de
câncer de boca.
- Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de
lábios.
Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal
deficiente, uso de próteses mal adaptadas e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e
minerais e rica em gorduras (INCA, 2015).
Isto posto, a resposta correta é a letra A.
Lista de Questões
1. (Prova Sarah 2011) Uma paciente de 60 anos realizou uma biópsia renal, recebeu alta do
serviço de recuperação pós-anestésica e foi encaminhada para unidade de internação. O
enfermeiro sabe que a prioridade no cuidado desta paciente é:
a) Usar precaução de contato nas próximas 48 horas.
b) Manter a paciente em jejum até 8 horas, após o procedimento cirúrgico.
c) Monitorar o sangramento pós-operatório.
d) Encorajar a paciente a deambular a cada 2 horas.
e) Trocar o curativo compressivo do local da biópsia.

2. (EBSERH/HU-UFGD/Instituto AOCP/2014) “Presença de células malignas provenientes


do tumor, atingindo outros órgãos”. O enunciado refere-se a
a) à nuliparidade.
b) à neoplasia.
c) à menarca.
d) à metástase.
e) ao nódulo.

3. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) Podemos afirmar que as medicações abaixo, não


são antineoplásicos, exceto:
a) Methotrexate.
b) Metergin.
c) Ciprofloxacino.
d) Cabergolina.
e) Policresuleno.
4. (MPE-RS/MPE-RS/2014) O termo risco é usado para definir a chance de uma pessoa
sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, adquirir uma doença.
Alguns tipos de câncer parecem ter forte componente familiar, como ocorre com
a) o Câncer de pele.
b) o Câncer de intestino.
c) a Leucemia linfocítica.
d) o Sarcoma de Ewing.
e) a Síndrome de Cushing.

5. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Mundialmente, os cânceres da cabeça e pescoço correspondem


a 10% dos tumores malignos, e aproximadamente 40% dos cânceres dessa localização
ocorrem na cavidade oral. Como em outras neoplasias malignas, o câncer de boca tem o seu
desenvolvimento estimulado pela interação de fatores ambientais e fatores do hospedeiro,
próprios do indivíduo. São os chamados fatores de risco. Entre os fatores de risco de câncer
de boca, está
a) o consumo excessivo de refrigerantes.
b) a deficiência de vitamina K.
c) o uso de tabaco de forma cumulativa.
d) o vírus da Hepatite A.
e) o excesso de adrenalina.

6. (Universidade Federal Fluminense-UFF/UFF-COSEAC/2014) Quando a quimioterapia


tem a finalidade de melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas
decorrentes da proliferação tumoral e aumentando seu tempo de sobrevida em função de uma
redução importante do número de células neoplásicas, é classificada como:
a) curativa.
b) adjuvante.
c) neoadjuvante.
d) potencializadora.
e) paliativa.
7. (Prefeitura de Almino Afonso-RN/CONPASS/2014) Lançado em 2001 pelo Instituto
Nacional de Câncer (Inca) e pelo Ministério da Saúde, tem o principal objetivo de estruturar a
integração da assistência oncológica no Brasil, a fim de obter um padrão de alta qualidade na
cobertura da população. O texto trata do:
a) Melhor em casa
b) Programa de controle do câncer
c) QualiSus-Rede
d) De volta pra casa
e) Projeto Expande

8. (Prefeitura de Serra-ES/FUNCAB/2014) Ao examinar a pele, o enfermeiro deve estar


atento à presença de tumores malignos. Qual é a denominação do tumor mais comum, de
crescimento lento, que raramente metastatiza, e que tem tendência a ocorrer em pessoas de
pele clara, e em locais de exposição ao sol?
a) Melanoma.
b) Basocelular.
c) Nevos melanocíticos.
d) Xantelasmo.
e) Cisto epitelial.

9. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando a Leucemia Aguda, leia as


frases abaixo e a seguir assinale a alternativa correta.
I - É mais comum em homens do que mulheres; em pessoas da raça branca; em crianças de 2
a 5 anos, sendo que 80% de todas as leucemias dessa faixa etária são linfoblásticas
(linfocíticas) agudas e em indivíduos que vivem em regiões urbanas e industrializadas.
II - Um dos possíveis diagnósticos de enfermagem é o risco para infecção relacionado a
contagem anormal de leucócitos.
III. O plano de cuidados para o paciente deve estar voltado para o seu conforto, minimizar
efeitos adversos da quimioterapia, assegurar a preservação da rede venosa, controlar as
complicações e fornecer orientação e apoio psicológico.
a) Apenas as frases II e III estão corretas.
b) As frases I, II e III estão corretas.
c) Apenas a frase III está correta.
d) Apenas a frase II está correta.

10. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando os agravos, homens acima de


40 anos de idade, fumantes e portadores de próteses mal adaptadas são fatores de risco para a
ocorrência:
a) Câncer de boca.
b) Fluorose.
c) Cárie Dentária.
d) Doença Periodontal.

Gabarito
1. C
2. D
3. A
4. B
5. C
6. E
7. E
8. B
9. B
10. A

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