Você está na página 1de 23

ANOTAÇÕES

CÓDIGO CIVIL
FDL

Leiria

913504907

simaojfino@gmail.com

Simão Fino

Formação Académica
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa,
Alameda, Lisboa

Referências
Aulas Práticas
Manuais das disciplinas correspondentes
 Relação Jurídica
Relação jurídica é o vínculo entre duas ou mais pessoas, ao qual as normas jurídicas atribuem
efeitos obrigatórios.

O conceito de relação jurídica pressupõe um conjunto de elementos cuja sistematização


tradicional é a seguinte:

Deste modo, o titular ativo da relação jurídica pode recorrer aos meios coercivos que a lei põe
à sua disposição para obter a satisfação do seu direito, no caso de violação ou de ameaça de
violação do mesmo.

Exemplificação:

A Joana vendeu à Maria um veleiro. Estabeleceu-se, assim, entre ambas uma relação jurídica
em que se distinguem os seguintes elementos:

Sujeitos: Joana e Maria

Objeto: Veleiro

Facto Jurídico: O contrato de compra e venda

Garantia: A faculdade que cada um dos sujeitos dispõe de recorrer ao tribunal para obrigar o
outro a cumprir a sua obrigação, no caso de recusa.

O Objeto

O objeto da relação jurídica é tudo aquilo sobre que incidem os poderes d titular ativo da
relação. É corrente identificar-se o objeto da relação jurídica com o objeto do Direito subjetivo,
que constitui o lado ativo da mesma relação.

Diferente do objeto é o conteúdo do Direito subjetivo, que se traduz no conjunto de poderes


ou faculdades que este comporta.

Exemplo:

No direito de propriedade, o conteúdo é o conjunto de poderes ou faculdades que cabem ao


proprietário. O objeto será o bem sobre o qual recaem esses mesmos poderes.

Modalidades de objeto da relação jurídica

Esta distinção entre objeto imediato e mediato nem sempre se verifica, pois nos direitos reais
não há intermediário entre o titular do direito e o bem. O proprietário está em contacto direto
com o objeto do seu direito, como vimos no primeiro exemplo.

Porém, a distinção verifica-se nas obrigações de prestação de coisa certa e determinada.


Nestas, o objeto imediato de direito do credor é o comportamento do próprio devedor, isto é,
a prestação do devedor e o objeto mediático é a própria coisa. Assim, entre o credor e a coisa
intromete-se a pessoa do devedor como vimos no segundo exemplo.

Possíveis objetos da relação jurídica

Pessoas:

No Direito Moderno, as pessoas só podem ser objeto da relação jurídica nos determinados
poderes-deveres ou poderes funcionais, que não são verdadeiros direitos subjetivos.

Exemplos desta figura: O poder paternal; O poder tutelar.

Os direitos inseridos no poder paternal ou no poder tutelar não conferem qualquer domínio
sobre a pessoa do filho ou do pupilo, no interesse dos pais ou do tutor. São meramente
direitos que conferem poderes destinados a habilitarem os pais e os tutores ao cumprimento
dos deveres que lhes são impostos por lei.

Prestações

Denomina-se prestação à conduta a que o devedor está obrigado.

Exemplo: Nos direitos de crédito, o objeto não é rigorosamente uma coisa, mas, sim, o
comportamento do devedor.

Artigo 762º do Código Civil


(Princípio geral)

O devedor cumpre a obrigação quando realiza a prestação a que está vinculado.

Coisas Corpóreas:

São as coisas físicas, isto é, aquelas que podem ser apreendidas pelos sentimentos.

Artigo 202º do Código Civil


(Noção)

1. Diz-se coisa, tudo aquilo que pode ser objeto de relações jurídicas.

Está neste caso o objeto dos chamados direitos reais, maxime do direito de propriedade, que é
o direito real por excelência.

Artigo 1302º do Código Civil


(Objeto do direito de propriedade)

Só as coisas corpóreas, móveis ou imóveis, podem ser objeto do direito de propriedade


regulado neste código.

Exemplo: Propriedade sobre um automóvel


Coisas Incorpóreas:

Não são mais do que valores da natureza que não podem ser apreendidos pelos sentidos. São
concebidos apenas pelo espírito.

Assim, o objeto de tais direitos é a respetiva obra na sua forma ideal e não as coisas materiais
que constituem a sua corporização exterior, como o livro, o filme, etc.

Exemplo: Um determinado autor pode adaptar a sua obra literária ao cinema e daí auferir
lucros, mas pode também mantê-la inédita ou impedir que depois de publicada seja
posteriormente reproduzida com modificações.

Assim, apenas a obra na sua conceção ideal é o objeto de direitos.

Direitos Subjetivos:

O direito subjetivo é a situação jurídica, consagrada por uma norma, através da qual o titular
tem direito a um determinado ato face ao destinatário.
Assim, o direito subjetivo ou facultas agendi pode ser definido como o direito de exigir, é o
poder que uma pessoa possui de fazer valer um direito individual garantido por lei.

Exemplo: Penhora de Direitos (ato de apreensão judicial dos bens do devedor em ação
executiva. Os bens são entregues a um depositário nomeado pelo juiz no despacho que
ordena a penhora).

Conclusão

Por tudo isto, e em síntese de conhecimentos, o conceito de relação jurídica pressupõe um


conjunto de elementos que tradicionalmente é o seguinte: sujeitos, objeto, facto jurídico e
garantia.

Os sujeitos de Direito são as entidades suscetíveis de serem titulares de relações jurídicas e


portanto, todo o sujeito de direitos é necessariamente pessoa em sentido jurídico e, como tal,
dotado de personalidade jurídica.

À personalidade jurídica estão desde logo ligados certos direitos fundamentais, os chamados
direitos de personalidade, que se impõem ao respeito de todos e têm por objetivo certas
manifestações da personalidade humana, física ou moral.

Também é importante salientar que a personalidade jurídica é um conceito qualitativo,


enquanto a capacidade jurídica é um conceito quantitativo.

Por fim, ao longo do nosso trabalho abordamos os sujeitos e o objeto da relação jurídica e
apresentamos as principais capacidades de exercício estabelecidas no Código Civil, que são, a
menoridade, a interdição, a inabilitação, e a incapacidade acidental.

Assim concluímos que, apesar de seguirmos o esquema do livro no nosso trabalho tentamos
completá-lo o máximo que pudemos.
 Artigo 7º - Cessação da vigência da lei: por costume contra legem; desuso; invalidade
superveniente; caducidade e revogação.
 Artigo 66º - Começo da Personalidade: querela doutrinária. Aquisição com o
nascimento vs. Aquisição com início da vida (conceção).
 Artigo 67º - Capacidade Jurídica: possibilidade jurídica inerente à própria aptidão
para ser sujeito de relações jurídicas.
 Artigo 68º - Termo da personalidade: cessa com a morte, entendida como a cessação
irreversível do tronco cerebral. Lei nº 141/99 de 28 de agosto.
 Artigo 68º/3 – Ex: atentado terrorista.
 Artigo 70º/1 – Tutela Geral de Personalidade: honra pessoal e social. Remissão artigo
483º.
 Artigo 71º/1 – Ofensa a pessoas já falecidas: inviolabilidade moral. Direito subjetivo,
juntamente com o número 2 do mesmo artigo.
 Artigo 71º/1 – respeito pelos mortos como valor ético. Direito a que os vivos têm que
os “seus” mortos sejam respeitados.
 Artigo 72º - Direito ao nome: fator de individualização do ser humano.
Irrepetibilidade do mesmo. Identidade pessoal – 26º CRP.
 Artigo 73º - Legitimidade: particular posição de uma pessoa perante um concreto
interesse ou situação jurídica que lhe permite agir sobre eles. Resulta sempre de uma
relação entre quem age e as situações jurídicas a que está habilitado a agir.
Legitimidade não se confunde com a capacidade: a primeira resulta de uma relação,
enquanto que a segunda tem por base determinada situação, pressupondo um livre
exercício do titular.
Legitimidade enquanto qualidade de um sujeito que o habilite a agir no âmbito de
uma situação jurídica considerada. Também esta não se confunde com a figura afim
“titularidade” - qualidade de um sujeito enquanto beneficiário de uma situação
jurídica ativa, designadamente de um direito.
 Artigo 76º - Cartas confidenciais: têm-se por confidenciais quando resulta da vontade
do autor; do teor da carte e(ou) envolvidos bens de personalidade.
 Artigo 79º - Direito à imagem: aplicável, por analogia, à palavra. Defesa contra a
exposição, reprodução e comercialização. Direito que tem que ver com a reputação.
Envolve artigos 70º e 72º.
 Artigo 79º/1 – remissão 217º.
 Artigo 80º - Direito à reserva sobre a intimidade da vida privada: teoria das esferas:
íntima; privada e pública. Privacidade só pode ceder perante interesse público
superior em termos que o contrário cause danos gravíssimos para a comunidade.
Diferente do voyeurismo; lucro; audiência. Remissão artigo 483º.
 Artigo 81º - Limitação voluntária dos direitos de personalidade: Unilateralmente
vinculante. Revogável.
 Artigo 81º/2 - Remissão artigo 483º. Não segue em rigor o princípio pacta sunt
servanda. Segue antes o artigo 406º. Revogável devido à importância transcendental
dos direitos pessoais. Exemplo de legítimas expectativas – imputação pelo sacrifício.
 Artigo 122º - Menores: remissão artigo 132º.
 Artigo 124º - Suprimento da incapacidade de menores: remissão artigos 1878º/1;
1881º; 1901º - 1903º; 1921º. Exemplos de incapacidade de gozo: para testar; casar;
perfilhar… de exercício.
 Artigo 125º/1-a – Anulabilidade dos atos dos menores: remissão artigo 126º segundo
MOTA PINTO.
 Artigo 125º/2 – remissão artigo 288º - confirmação. última parte do artigo sanável só
com autorização do tribunal.
 Artigo 126º - Dolo do menor: venire contra factum proprium. Ideias de confiança e
boa-fé. Subentende igualmente os herdeiros. Remissão artigo 253º.
 Artigo 127º - Exceções à incapacidade dos menores: remissão artigos 263º; 488º/2 a
contrário; 1601º a contrário e 1886º a contrário.
 Artigo 130º e ss. – Maioridade e emancipação: remissão 1649º.
 Artigo 138º a 156º - Regime da interdição e inabilitação, entretanto revogado pelo
regime do maior acompanhado - Lei n.º 49/2018.
 Artigo 157º e ss. – Pessoas Coletivas: São organizações constituídas por uma
coletividade de pessoas ou por uma massa de bens, dirigidos à realização de interesses
comuns ou coletivos, às quais a ordem jurídica atribui a Personalidade Jurídica. É um
organismo social destinado a um fim lícito que o Direito atribui a suscetibilidade de
direitos e vinculações. Trata-se de organizações integradas essencialmente por pessoas
ou essencialmente por bens, que constituem centros autónomos de relações jurídicas.
O fim determina o modo de atuação. https://octalberto.wixsite.com/octalberto/e-
pessoas-colectivas.
 Artigo 158º - Aquisição de Personalidade: personalidade jurídica constituída é
atribuída pelo Direito, podendo por ele ser extinta. Diferente das Pessoas singulares,
cuja personalidade é intrínseca, não tendo o Direito que ver.
 Artigo 160º - Capacidade: remissão artigo 6º Código das Sociedades Comerciais.
Doutrina tradicional – princípio da especialidade, situações intra vires (dentro dos
poderes), cuja violação das limitações implica nulidade (artigos 280º/1 e 294º) vs.
Capacidade de gozo genérica: capacidade limitada apenas pela sua natureza –
doutrina apoiada pelo artigo 12º CRP – excetuando-se 160º/2: tais como: situações
jurídicas familiares sucessórias; situações de personalidade (direito à vida); situações
patrimoniais e situações de direito público (voto) (Exemplos de MENEZES
CORDEIRO).
 Artigo 163º - Representação: legal; voluntária (258º;262º) e orgânica (MENEZES
CORDEIROS entende que se trata de mera emergência conceitual).
 Artigo 165º - Responsabilidade civil das pessoas coletivas: remissão artigo 6º/5
Código das Sociedades Comerciais. Parte da doutrina remete para o artigo 500º.
MOTA PINTO remete para artigo 798º/800º. Remissão 483º. Segundo MENEZES
CORDEIRO, responsabilidade das pessoas coletivas também entendidos
representantes voluntários por procuração.
 Artigo 166º/1 – Destino dos bens em caso de extinção: bens vinculados.
 Artigo 166º/2 – bens livres.

Pessoas coletivas de tipo corporativo, com fim não lucrativo – aplicação 157º e ss.

 Artigo 167º e ss. – Associações: com autonomia patrimonial perfeita.


Responsabilidade limitada dos sócios. Aquisição de personalidade jurídica com a sua
fundação.
Artigo 167º/1 remete para artigo 168º/3.
 Artigo 168º: remete artigo 158º.
 Artigo 168º/1: na falta de ato de constituição, em princípio, trata-se de uma associação
sem personalidade jurídica.
 Artigo 179º: boa-fé subjetiva ética.
 Artigo 181º - Efeitos da saída ou exclusão: teoria da pena: sanções aos associados como
forma de melhor realizar os fins; poder disciplinar vs. Teoria negocial: tem subjacente
uma relação; cláusulas penais e poder de denuncias. Não usurpação do poder do juiz.
 Artigo 182º - Causas de extinção: remissão artigo 166º.
 Artigo 182º/1 – e) - falta elemento patrimonial
 Artigo 182º/2 – a) a c) – falta elemento teleológico.
 Artigo 182º/2-d – remissão artigo 280º.
 Artigo 185º e ss.- Fundações: pessoas coletivas que correspondem à
institucionalização de fins humanos cuja prossecução é afeta a uma massa de bens.
Independente do instituidor. Ver Lei-Quadro das Fundações – Lei nº 24/2012, de 9 de
julho. Remissão artigo 158º/2.
 Artigo 185º/1 – remissão artigos 2179º; 2204º e 2206º).
 Artigo 192º - Causas de extinção: remissão artigo 166º
 Artigo 192º/2- a) a c): falta elemento teleológico.
 Artigo 195º e ss. – Capítulo III – Associações sem personalidade jurídica: não
cumprimento do artigo 158º
 Artigo 196º - Fundo comum das associações: natureza da comunhão em mão comum
(ideia de reciprocidade). Contitularidade dos bens dos associados.
 Artigo 196º/2: certa autonomia do fundo.
 Artigo 199º - Comissões especiais: pluralidade de pessoas a quem se incumbe ou é
incumbido de certa tarefa/fim/realização de algo. Fins altruísticos. Mera enumeração
exemplificativa, presente no artigo.
 Artigo 202º - Coisas: aquilo que pode ser objeto de situações jurídicas. Tudo o que não
sendo pessoa tenha: utilidade; individualidade e suscetibilidade de apropriação. O que
pode ser considerado um bem jurídico, algo idóneo como meio lícito para a realização
de fins lícitos.
 Artigo 202º/2: inserem-se igualmente os baldios.
 Artigo 203º - Classificação das coisas: meramente indicativo. Existem também, por
exemplo, coisas incorpóreas; corpóreas -1302º…
 Artigo 204º - Coisas imóveis: publicidade fundada no registo predial. Sujeitas aos
artigos 875º e 947º.
 Artigo 204º/a – Prédios rústicos ou urbanos: consoante a utilidade própria resida
principalmente num ou outro.
 Artigo 204º/3 – Parte integrante: originariamente movéis e autónomas perdendo
individualidade e autonomia quando permanentes, cujo serviço útil só pode ser
prestado estando materialmente ligadas a outra coisa.
 Artigo 205º - Coisas móveis: registo próprio (posse); salvo exceções (por exemplo, os
automóveis).
 Artigo 206º - Coisas compostas/ universalidades de facto: parte integrante que
enquanto não separadas não são, juridicamente, coisas. Coisas que têm um tratamento
jurídico unitário sem que, todavia, as coisas que as integrem deixem de ser também
autonomamente tratados. (rebanho de ovelhas; estante). Vs. Coisas simples: coisas que
não podem distinguir-se em mais de uma coisa.
Diferentes são as universalidades de direito: Bens que possuem a mesma destinação
por vontade da lei. Ex: Massa falida e herança. Ex: Massa Falida - conjunto de bens que
pertenciam ao falido que terão o mesmo destino / Herança: conjunto de bens que
pertenciam ao falecido.
 Artigo 207º - Coisas fungíveis: determinadas pelos pressupostos: género, qualidade
e quantidade - Ex: moeda; mútuo (1142º). Vs. Infungível: Ex: moeda de coleção;
comodato (1129º).
 Artigo 208º - Coisas consumíveis: Ex: vela.
 Artigo 209º - Coisas divisíveis: consubstancia três critérios: substância; uso e valor
(Ex: gasolina) – na fala de 1 trata-se de coisa indivisível: perda de utilidade (Ex: avião);
natural – Ex: pintura a óleo vs. Legal: Ex: terreno que depois de dividido fica com uma
área interior ao mínimo de cultura.
 Artigo 210º - Coisas acessórias: Não estão materialmente ligadas à coisa principal e o
vínculo de acessoriedade é apenas duradouro remissão artigos 880º e 882º. Importante
diferenciar de parte integrante. Bem acessório é aquele que existe em função do
principal (o bem que possui existência autônoma). As pertenças não podem ser
utilizadas sem a coisa principal; caráter permanente; não tem valor autónomo quando
desligado da coisa principal; função ancilar.
 Artigo 210º/2: Este preceito contraria a regra tradicional segundo a qual o acessório
segue o principal. Evita, ainda, de certo modo, as incertezas na determinação das
coisas que são acessórias, e que na regra tradicional deveriam ser incluídas no negócio,
das que o não são e que ficam dele excluídas. O adquirente da coisa principal tem, por
isso, o interesse em fazer constar do contrato quais as pertenças que são abrangidas
pelo negócio. Exige-se uma observação caso a caso (236º/239º). Declaração pode ser
tacita; por costume; circunstâncias… (artigo 217º);
 Artigo 211º - Coisas Futuras: remissão artigo 408º/2. Trata das expectativas.
Semelhança artigo 893º CC e 467º Código Comercial.
 Artigo 212º - Frutos: naturais vs. Civis; pendentes – ligados à coisa frutífera separados
– separados/colhidos/consumidos.
 Artigo 213º/2 – remissão artigo 1270º e 1271º
 Artigo 215º - Benfeitorias: não são coisas, mas sim ações (PEDRO PAIS
VASCONCELOS). Remissão artigos 1273º e 1275º.
 Artigos 219º e ss. – Liberdade de Forma (remissão 364º): princípio do
consensualismo.
 Artigo 222º/2 - âmbito da forma voluntária (remissão 220º): sob pena de nulidade.
 Artigo 223º - Forma convencional: forma a que as partes se obrigam a respeitar na
celebração de determinada convenção. Remissão 350º/2. Limites – 22º/1 CCG.
 Artigo 224º/1 - Perfeição da declaração negocial – proposta contratual. Teoria da
receção (declaração recipienda) e teoria do conhecimento.

Requisitos proposta contratual: completude; intenção inequívoca; forma requerida.

 Artigo 225º: convite a contratar.


 Artigo 227º - Culpa in contrahendo: Responsabilidade. Dolo – 253º. Violação de
deveres de informação; lealdade e proteção. Ressarcibilidade. Cálculo indemnizatório
– 562º; 564º e 798º.
 Artigo 228º/b - Duração da proposta contratual: seis dias
 Artigo 228º/c – 11 dias (5+6). Pessoa ausente – remissão 279º/2; Pessoa presente –
resposta imediata.
 Artigo 229º- Receção tardia: remissão 233º/1 e 235º
 Artigo 229º/2 – não contempla a aceitação. Expedida pelo correio no último dia do
prazo.
 Artigo 230º - Irrevogabilidade da proposta: passou a ser revogável quando eficaz.
 Artigo 230º/3: na forma de oferta ao público. Pluralidade de destinatários. Remissão
artigos 225º e 411º.
 Artigo 232º - Âmbito do acordo de vontades/Discenso: Completude. Deve revelar
propósito inequívoco.
 Artigo 233º - Aceitação com modificações: contraproposta.
 Artigo 234º - Dispensa da declaração de aceitação: declaração tácita.
 Artigo 236º/1 – Interpretação e integração – Sentido normal da declaração: negócios
não formais. Declaração negocial pode não valer de acordo com a vontade real do
contraente. Teoria da impressão do destinatário.
 Artigo 236º/2 – completude.
 Artigo 239º - Integração: são dois os critérios de integração: vontade hipotética e a boa-
fé. Atenção ao artigo 280º.
 Artigo 240º - Simulação: simulação fraudulenta. Remissão artigos 242º; 243º; e 286º.
 Artigo 241º/2 – Simulação relativa: negócio jurídico unilateral – declaração simulada.
Validade não é afetada pela nulidade do negócio simulado.
 Artigo 245º/1 - Declarações não sérias: expectativa de perceção de falta de seriedade.
 Artigo 245º/2 – falta de vontade de lhe emprestar uma dimensão jurídica.
 Artigo 245º/2 – Falta de consciência da declaração e coação física: falta de vontade.
Negócio viciado por erro-vício -251º. Declarante pode querer manter a eficácia jurídica
do negócio. Sujeito a anulabilidade – 287º.
 Artigo 247º - Erro na declaração: Ex: casas de cor.
 Artigo 248º - Validação do negócio: remissão artigos 238º e 293º.
 Artigo 249º - erro-obstáculo.
 Artigo 251º - Erro sobre a pessoa ou sobre o objeto do negócio: erro-vício. Base do
negócio. Erro de vontade. Erro simples. Falsa representação da realidade.
 Artigo 252º/2 - Erro sobre os motivos: erro sobre a base do negócio. Remissão artigo
437º. Anulável (287º).
 Artigo 253º - Dolo: dolo bom vs. Dolo mau. Dever de agir de boa-fé; bons costumes e
dever de honestidade, não fraudulento. Poder reconhecido a uma pessoa de paralisar a
pretensão de certo agente quando este pretendesse prevalecer-se de sugestões ou
artifícios (não permitidos pelo Direito).
 Artigo 254º/2 – Efeitos do dolo: remissão artigo 483º.
 Artigo 255º - Coação moral: vontade deficiente. Declaração negocial resulta do vício
do declarante (medo). Receio da consumação do mal.
 Artigo 255º/3: só quando o mal é grave permite anulação (por terceiro).
 Artigo 257º - Incapacidade acidental: sem autodeterminação. Facto notório (pressupõe
confiança).
 Artigo 258º - Representação: requisitos; imediata e automática.
 Artigo 259º: conjunção teoria dono do negócio e teoria da representação. Se o erro é do
representado, é nele que se devem aferir dos requisitos de relevância respetivas, e vice-
versa.
 Artigo 261º - Negócio consigo mesmo: a requerimento do representado. Em última
instância, o representado valida ou impugna.
 Artigo 262º/1 – Procuração: ato jurídico unilateral, também se entendendo o
documento onde exarados os poderes de representação.
 Artigo 262ºe ss. - Representação voluntária: dominada pela procuração. Notarial pode
ser: instrumento público ou a forma exigida no artigo 875º. Negócio jurídico unilateral
que pressupõe duas liberdades: estatuição e celebração.
 Artigo 262º/2 – atinente à relação jurídica está, por regra, coligado o contrato de
mandato.
Distinção entre procuração e mandato:
1) A distinção entre o mandato e a procuração resulta de aquele ser um contrato, ao passo
que esta é um negócio jurídico unilateral autónomo (não carece da coexistência de
mandato).
2) O mandato impõe a obrigação de praticar atos jurídicos por conta de outrem enquanto
que a procuração confere o poder de celebrar em nome de outrem.

 Artigo 263º – Capacidade do procurador: capacidade de entender o sentido do


comportamento declarativo.
 Artigo 264º - Substituição do procurador: podendo ser com reserva ou sem reserva.
 Artigo 265º/1 – Extinção da procuração: negócio base. A revogação deverá revestir a
forma exigida para a procuração (ou seja, se feita no Notário terá de ser cancelada no
Notário) e o procurador, após ser notificado da revogação, deverá restituir a
procuração. Aspeto importante é referir que a revogação tem de ser dada a conhecer ao
procurador - remissão artigo 258º CPC – podendo ser realizada uma notificação
judicial avulsa para revogar a procuração por requerimento que deverá ser entregue
em Portugal.
 Artigo 265º/3 – aplicação analógica dos artigos 1176º/1 e 1177º. No caso de mandato –
1174º.
 Artigo 267º/1: de modo a evitar enganar terceiros.
 Artigo 268º- representação sem poderes: remissão artigo 220º.
 Artigo 268º/2: remissão 220 sob pena de nulidade. Efeitos do negócio ratificados se
produzirão para o representado na data da sua celebração e não na data da ratificação
(retroatividade).
 Artigo 269º - Abuso de representação: violação do escopo; dos deveres de lealdade;
violação do fim da procuração; desobediência às instruções do representado.
 Artigo 270º - Condição: produção de efeitos após verificada certa ocorrência. Remissão
artigos 276º e 405º.
 Artigo 271º - Condições ilícitas ou impossíveis: pode ser suspensiva ou resolutiva.
Remissão artigo 2230º/2.

A condição é uma cláusula acessória típica, um elemento acidental do negócio jurídico, por
virtude da qual a eficácia de um negócio (o conjunto dos efeitos que ele pretende
desencadear) é posta na dependência dum acontecimento futuro e incerto, por maneira que
só verificado tal acontecimento é que o negócio produzirá os seus efeitos (condição
suspensiva) ou então só nessa eventualidade é que o negócio deixará de os produzir
(condição resolutiva).

 Artigo 278º - Termo: evento futuro e certo que condiciona o início dos efeitos do
negócio jurídico. Em relação à certeza da ocorrência, o termo classifica-se em:
a) termo certo (certus an certus), quando a prefixação do termo é certa quanto ao fato e
ao tempo de duração;
b) termo incerto (certus an incertus), quando termo certo quanto ao fato, mas, incerto
quanto à duração.
Assim como as condições, o termo pode ser suspensivo (inicial ou dies a quo), gerando
direito adquirido ao titular, posto que impede somente o seu exercício, mas não a sua
aquisição, ou, resolutivo (final ou dies ad quem), que coloca fim aos efeitos do negócio
jurídicos.

Encargo/modo: cláusula acessória à liberalidade, pela qual se impõe uma obrigação a


ser cumprida pelo beneficiário. Gera direito adquirido a seu destinatário, que já pode
exercer o seu direito, ainda que pendente o cumprimento da obrigação que lhe fora
imposta.

 Artigo 279º - Cômputo do termo: remissão Lei formulária 74/98 e artigo 296º.
 Artigo 280º/1 - Requisitos do objeto negocial: regulação jurídica. Legalmente
impossível – zona de não sobreposição entre validade e licitude. Objeto também como
coisa, Direito, cláusulas, regras que regulam o contrato e efeitos/conteúdo.
Determinabilidade – remissão artigo 539º.
 Artigo 280º/1: ordem pública – restrição da liberdade; imperativos normativos (Ex:
fraude à lei); falta de conformidade ao Direito. Bons costumes – padrão de
comportamento em termos de conduta sexual, familiar e deontológicas (Ex:
advogados; médicos).

Requisitos objeto: determinabilidade (ação humana exequível); possibilidade (399º a 401º) e


licitude.

 Artigo 281º: fim contrário à ordem pública - negócios contrários a normas imperativas.
Remissão 294º. Remissão 334º. Efeitos 289º.
 Artigo 282º/1: primeira parte – requisitos subjetivos; obriga à invocação de vícios.
Segunda parte – requisitos objetivos. Atuação inconsciente.
 Artigo 287º/1 – Anulabilidade: após ter conhecimento.
 Artigo 288º - Confirmação: renúncia à anulabilidade. Opera por via de declaração
negocial que se torna eficaz nos termos do artigo 224º; liberdade declarativa – 217º.
 Artigo 289º - invalidade negocial implica restituição.
 Artigo 290º: caráter sinalagmático das obrigações.
 Artigo 291º - Inoponibilidade da nulidade e da anulação: quando válido e eficaz não
pode ser aplicado ou invocado por terceiros.
 Artigo 291º/3: boa-fé de terceiro quando não tem modos de conhecer. Remissão
271º/2.
 Artigo 292º - Redução: saber se é parcial ou total. Inválido se o negócio não tivesse
sido concluído sem o vício.
 Artigo 293º - Conversão: remissão artigos 236º e 239º.
 Artigo 294º: remissão artigos 280º e 292º.
 Artigo 295º: remissão artigo 236º.
 Artigo 297º -Alteração de prazos: entende-se período de tempo/dilação temporal
pode ser prazo civil ou processual.
 Artigo 300º e ss. – Prescrição: depende de autodeterminação; de um poder potestativo.
Está ao serviço da segurança e tem como fim a proteção do devedor. Tem como
requisitos: pretensão; inercia do titular da ação; ausência de facto impeditivo –
suspensivo ou interruptivo. Exceção perentória (detém pretensão por tempo
indeterminado).
 Artigo 302º/1 - Renúncia da prescrição: quem depois do prazo prescricional reconhece
a dívida exequenda e se obriga a pagá-la (em nome da moral, por exemplo).
 Artigo 303º: terminando o prazo prescricional – deterioração do direito do titular e
criação do poder potestativo na esfera do devedor. Obrigação comum passa a natural
findo o prazo prescricional e se invocada.
 Artigo 304º: prestação prescrita não invocada é prestação comum. Remissão artigo
400º e ss.
 Artigo 305º/1: remissão 605º.
 Artigo 306º/1: sistema objetivo.
 Artigo 308º: acessio temporis.
 Artigo 308º/2: credor e devedor (por consentimento do credor).
 Artigo 309º - Prazo ordinário: 20 anos. Sistema italiano – 10 anos.
 Artigo 310º - Prescrição de cinco anos - Artigo 381º Código do Trabalho: prazo
prescricional de 10 anos.
 Artigo 312º - Fundamento das prescrições presuntivas: se não exigidas rapidamente,
pela sua natureza específica das dívidas, presumem-se cumpridas.
 Artigo 313º - Confissão do devedor – decorrido o prazo, apenas por juramento de
pode provar o contrário (não cumprimento), convolado. Remissão artigo 352º.
 Artigo 316º- herdeiro do Código de Seabra.
 Artigo 318º- Suspensão da prescrição: máximo de 3 anos; prazo anteriormente
decorrido aproveita-se.
 Artigo 319º: causa subjetiva. Constitucionalmente declarada ou por todos reconhecida.
 Artigo 321º: causas objetivas.
 Artigo 323º - Interrupção da prescrição: ato ou efeito de pôr termo ao processo
prescricional.
 Artigo 325º: Ex: pagamento alguns juros.
 Artigo 328º - Caducidade: cessação de uma situação jurídica pelo decurso do prazo.
Cessação de uma posição jurídica pelo não exercício/inação. Ex: período temporal
para liquidação de um imposto.
 Artigo 334º - Abuso de Direito: instituto baseado na confiança cujos requisitos são:
situação de confiança; justificação da confiança; investimento de confiança; imputação
da confiança à pessoa. Atos abusivos: exceptio doli; venire contra factum proprium;
inalegabilidade; tu quoque; supressio e surrectio (não exercício prolongado + requisito
da confiança); desequilíbrio de exercício (intuito de prejudicar outrem); exercício
inadmissível da posição jurídica. Boa fé objetiva. Remissão artigo 1280º.
Consequências: ineficácia + responsabilidade civil.
 Artigo 335º/2 – Colisão de Direitos: equacionar antiguidade; dano pelo não exercício e
lucro do exercício – prevalência em abstrato; igual tratamento; composição aleatória.
 Artigo 336º - Ação Direta: Ex: 1314º; 1315º; 1277º.
 Artigo 337º - Legítima defesa: por ação ou omissão. Agressão, contra a pessoa ou o
património, do agente ou, de terceiro; atual; contrária à lei; necessidade: de defesa; do
meio; subsidiariedade; proporcionalidade.
 Artigo 337º/2 – ultrapassa malhas da legítima defesa; excede o necessário; excesso
justificante exclui ilicitude; medo não culposo exclui culpa.
 Artigo 338º: danos patrimoniais ou não patrimoniais. Remissão 487º.
 Artigo 339º - Estado de necessidade: dúbio quanto ao facto de se aplicar a pessoas;
perigo atual de ocorrência de um dano para o agente ou para terceiro; dano que seja
manifestamente superior ao causado pelo agente (proporcionalidade); comportamento
danoso necessário e destinado a remover esse dano; subsidiariedade (se for possível
recorre-se aos meios normais).
 Artigo 339º/2 – culpado exclusivo que não aquele que agiu em Estado de necessidade
ou não havendo culpa exclusiva do agente.
 Artigo 341º e ss. – Provas: operações de consciência humana; na busca da verdade.
 Artigo 342º/1: sob pena de ver desatendidas as suas pretensões.
 Artigo 349º e ss. – Presunções: meios de prova; passa-se de um facto para outro;
hipotéticas/presumíveis.
 Artigo 350º/1 - Presunções legais/Iuris – lei retira ilações de facto já demonstrado.
 Artigo 350º/2 – “ilididas mediante prova em contrário” – relativas/iuris tantum;
“exceto nos casos em que a lei o proibir” – absolutas/iuris et de iure – inilidíveis.
 Artigo 351º - Presunções judiciais/hominis/facti – derivações que com base num facto
apurado o julgador faça considerando outros factos como demonstrados.
 Artigo 352º e ss. – Confissão: visa a demonstração de certo facto (escopo).
Pressupostos: 353º e 354º.
 Artigo 354º/a: conformação legal.
 Artigo 355º/4: remissão artigo 358º/3 e 4.
 Artigo 356º/2: “depoimento de parte” – remissão artigo 352º.
 Artigo 362º e ss. – Prova documental: prova histórica/representativa.
 Artigo 363º/2: remissão artigos 369º e 373º.
 Artigo 363º/3: meio de prova de substância.
 Artigo 364º/1: meio de prova de substância; para consubstanciação do negócio;
hierarquia.
 Artigo 364º/2: meio de prova.
 Artigo 369º: remissão arrigo 363º.
 Artigo 373º: remissão artigo 363º/2.
 Artigo 390º - Prova por inspeção: prova direta; remissão artigo 612º CPC – ressalva
vida privada e familiar e dignidade humana.
 Artigo 392º - Prova testemunhal: prova histórica/representativa.
 Artigo 393º/2: remissão artigo 394º.
 Artigo 397º e ss. - Obrigação: comportamento a adotar em benefício do credor (que
detém o direito de crédito – ativo no património); passivo no património do devedor;
respeitar artigo 280º; remissão artigo 762º; obrigação é diferente de estado de sujeição,
ónus e deveres funcionais.
Características das obrigações: princípios da autonomia privada (liberdade de
estipular os efeitos jurídicos da relação – artigo 405º); responsabilidade patrimonial
(817º e 601º salvo exceções: 604º - 798º). Patrimonialidade (398º/2);
mediação/colaboração devida (827º); relatividade (estrutural e da eficácia externa:
doutrina clássica (406º/2, 483º e 798º); doutrina nacional (483º - dever geral de
respeito); doutrina intermédia (334º)).
 Artigo 398º/2: patrimonialidade tendencial (MENEZES LEITÃO).
 Artigo 400º/1: equidade = razoabilidade.
 Artigo 400º/2: remissão artigo 280º.
 Artigo 401º - Impossibilidade originária da prestação: remissão artigo 280º.
Superveniente – 790º.
 Artigo 401º/2: abrange 399º e 880º/1.
 Artigo 401º/3: remissão artigo 791º. Prestação tem de ser absoluta. Última parte
remissão artigo 767º.
 Artigo 405º - Liberdade contratual: dentro dos limites da lei (salvo 809º); engloba
liberdade de celebração; do tipo negocial e de estipulação, que corporiza a autonomia
privada (artigo 397º característica das obrigações); liberdade de fixar as cláusulas
contratuais convenientes.
 Artigo 406º: revogação do princípio pacta sunt servanda.
 Artigo 406º/1: distarte; autorregulação das relações; remissão artigo 798º.
 Artigo 406º/2: princípio da relatividade; contrato extintivo.
 Artigo 407º - Direitos pessoais de gozo: direito inicialmente a uma prestação para
depois a atividade do sujeito ativo (de gozo) se centrar diretamente sobre a coisa. Gozo
direto e autónomo. Direito (de gozo) é Direito de crédito, provém de uma obrigação.
“Devedor” assegura o gozo (prestação). Ações possessórias (credor). Não é direito real,
pois o Direito de gozo é obtido por prestação (MENEZES LEITÃO). Exemplos: 1022º;
1121º; 1129; 1183º.
 Artigo 408º: contrato quod effectum. “Partes componentes” - são partes que se
fundem para compor um outro, mas perdem a identidade – Ex: cimento. Faz parte da
composição de um todo.
 Artigo 409º: como função de garantia; discutível se é suspensiva ou resolutiva.
 Artigo 428º: contrato sinalagmático.
 Artigo 437º: remissão artigo 252º.
 Artigo 457º - Negócios Unilaterais: querela quanto ao “consentimento” – Direito de
crédito vs. Falta de acordo constitui obrigação. MENEZES CORDEIRO: ausência de
tipicidade, liberdade como proposta contratual; PPV: negócios abstratos; MENEZES
LEITÃO e ROMANO MARTINEZ: tipicidade
 Artigo 458º: negócios com causa/fonte presumida.
 Artigo 459º/1: remissão artigo 511º.
 Artigo 463º/2: possibilidade de impugnação/contestação.
 Artigo 464º - Gestão de Negócios: direção de negócio alheio; no interesse e por conta
do dono (animus aliena negotia gerendi); sem para tal estar autorizado; absentia
domini; utilidade. Alienidade objetiva (ingerência esfera jurídica alheia)/subjetiva
(intenção de atuar para outrem); interesse objetivo e utiliter coetum; não pode haver
relação que legitime a atuação (ex: procuração).
 Artigo 465º/a: juízo de prognose; visa evitar duplicação de esforços. Em caso de
conflito vs. Vontade? GALVÃO TELLES: gestor deve abster-se; MENEZES LEITÃO:
prevalência da vontade do dominus.
 Artigo 465º/b: incumprimento não exclui 468º, apenas atribui Direito de indemnização.
Remissão artigo 280º.
 Artigo 466º: GALVÃO TELLES: artigo 487º/2. VARELA: não deve ser exigido padrão
de diligência superior ao do dono. É melhor ser menos diligente do que o abandono
(+467º). ALMEIDA COSTA: exigida a mesa diligência que o dono do negócio.
MENEZES LEITÃO: dever específico de proteção do dominus (487º/2).
Responsabilização se provocar danos ao dominus que este não teria sem essa gestão.
 Artigo 468º/1: gestão regular.
 Artigo 468º/2: gestão irregular.
 Artigo 469º: relação interna. Remissão artigos 217º e 219º. Reconhecimento da gestão
regular. Confirmação.
 Artigo 471º: posição do dono do negócio face a terceiros. Primeira parte: gestão de
negócios representativa. Exclusão artigo 258º devido a exclusão de autorização (464º).
Atribui poderes a posteriori – ratificação (268º). Remissão artigo 262º e 454º. Não
ratificação = ineficácia absoluta. Segunda parte: gestão não representativa – remissão
artigos 1180º e ss.
 Artigo 472º: gestor efetua uma ingerência na esfera jurídica doutrem – situação de
alienidade objetiva. Desconhece, então atua por conta própria. Falta intenção, logo não
há gestão de negócios, salvo aprovação da gestão (217º e 219º - remissão artigos 468º/1,
469º e possibilidade 465º/d) e e)).
 Artigo 473º - Enriquecimento sem causa: obtenção de uma vantagem. Apenas
contempla o enriquecimento por prestação – obtenção de uma vantagem sem obtenção
do fim visado com a prestação (do empobrecido). Cláusula geral ampla. Requisitos:
enriquecimento (benefício avaliável em dinheiro) à custa de outrem; sem causa
justificativa. Em regra, à vantagem patrimonial de um corresponde o sacrifício
económico de outro; mas nem sempre tal sucede – teoria do conteúdo do destinatário.
MENEZES LEITÃO: Teoria da divisão do instituto: enriquecimento por pretensão; por
intervenção; por despesas realizadas em benefício de outrem; por desconsideração de
um património intermédio; imposto/forçado.
 Artigo 473º/2: “o que for indevidamente recebido” – conditio indebiti – inexistência da
dívida – remissão artigo 476º; “o que for recebido por virtude de uma causa que
deixou de existir” – conditio ob causum finitum; “efeito que não se verificou” –
conditio ob rem – resulta do que não seja obrigação, antes contraprestação como
contraparte.
 Artigo 476º (até 478º há sempre um erro): Repetição do indevido: devolução. Conditio
in debiti. Preenchimento dos pressupostos. “obrigações naturais” – remissão artigo
402º. Indevido subjetivo. Ex latera accipientis au solventes.
 Artigo 476º/3: indevido temporal. “vencimento da obrigação” – benefício do prazo.
 Artigo 477º: indevido subjetivo exlatere solventis. “Aquele” – o terceiro.
 Artigo 477º/2: remissão artigo 592º.
 Artigo 478º: atribuição patrimonial indireta.
 Artigo 479º/1: teoria duplo limite; teoria triplo limite; teoria do valor de mercado; remissão
artigo 790º.
 Artigo 479º/2: boa-fé do enriquecido. Por prestação – valor remanescente (que sobra).
 Artigo 480º: má-fé. Alíneas a) e b): conhecimento potencial (ROMANO MARTINEZ).
Em caso de desconhecimento – 342º.
 Artigo 481º/1: remissão artigo 289º/2.
 Artigo 481º/2: má-fé solidária. Remissão artigo 497º (ANTUNES VARELA E PIRES
DE LIMA).
 Artigo 482º: remissão artigos 304º/1; 309º e 323º/1.
 Artigo 483º - Responsabilidade civil: função reparatória e indemnizatória. Requisitos:
dano (supressão de uma vantagem tutelada pelo Direito/frustração de uma utilidade
que era objeto de tutela jurídica); dolo; facto ilícito; culpa (+ imputabilidade); nexo de
causalidade.
 Artigo 485º/2: “dever jurídico” - Ex: recorrer a médicos.
 Artigo 487º/1 - Culpa: juízo de censura de comportamento; culpa/mera culpa
(negligência). Remissão artigo 350º.
 Artigo 487º/2: homem médio.
 Artigo 488º/2: ilidível.
 Artigo 491º: dever de tráfego; “negócio jurídico” – Ex: baby-sitter; “incapacidade
natural” – perigo acrescido; “danos se teriam produzido ainda que o tivessem
cumprido” – relevância negativa da causa virtual; boa-fé.
 Artigo 492º: dever de tráfego – deveres de segurança/de prevenção do perigo.
 Artigo 493º: dever de tráfego; culpa presumida.
 Artigo 493º-A: dever de tráfego.
 Artigos 495º e 496º: conjugáveis conjuntamente.
 Artigo 496º/2 e 3: taxativos.
 Artigo 496º/4: Ex: desgosto.
 Artigo 498º: toda a responsabilidade, salvo a obrigacional.
 Artigo 499º e ss. – Responsabilidade pelo risco: prescinde-se da culpa; contrato sob
situação de risco; delimitação de uma certa esfera de riscos pelo qual deve responder
outrem que não o lesado.
 Artigo 500º - Responsabilidade do comitente: ROMANO MARTINEZ – problema de
garantia; MENEZES LEITÃO – responde mesmo que haja atos intencionais do
comissário ou praticados em desrespeito das instruções, desde que no exercício da
função. Requisitos: relação de comissão – relação de subordinação vs. Desempenho a
mando de alguém; danos imputáveis ao comissário – artigo 483º vs. Objetiva; danos no
exercício das funções – não implica que desrespeite as instruções, não pode é ser de tal
forma que se afaste da função.
 Artigo 500º/2: Ex: 1152º e 1157º.
 Artigo 500º/3: Ex: instruções erradas.
 Artigo 502º: não afasta aplicabilidade artigo 493º - pode haver indemnizações pelas
duas vias; “no seu próprio interesse” – sentido amplo; danos eventuais que possa
causar; “perigo especial” – Exs de tropeçar contra cão, por exemplo, não é aplicável.
 Artigo 503º: “direção efetiva” – não implica, propriamente, a propriedade (Ex: ladrão);
direção efetiva como retirada de benefícios/poder de facto/exercício de controlo.
“riscos próprios do veículo” – associados à sua utilização bem como outros (associados
à pessoa do condutor – AVC… – os riscos do condutor são também tidos como riscos
próprios do veículo).
 Artigo 505º: “imputável” – no sentido de ser única causa do dano; “força estranha ao
funcionamento do veículo” - imprevisibilidade (Ex: ciclone); exceção artigo 503º/2.
 Artigo 506º: só depois de analisar a responsabilidade do 203º. Responsabilidade por
culpa – 483º/562º/567º; mera culpa – 497º.
 Artigo 507º - Responsabilidade solidária: só depois de identificar a responsabilidade
de ambos.
 Artigo 508º- Limites máximos: danos corporais – 5.000.000; danos materiais –
1.000.000. Aplicável quando não haja culpa. Quando há culpa não há limite (562º).
 Artigo 509º/2: Ex: electrocução; ciclone…
 Artigo 509º/3: Ex: explosão esquentador.
 Artigo 539º: prestação indeterminada.
 Artigo 562º e ss. – Obrigação de indemnizar: prescrição 498º; restauração natural; não
deve colocar o lesado numa situação mais benéfica do que aquela em que se
encontrava antes da lesão – 563º.
 Artigo 563º: teoria da causalidade adequada.
 Artigo 564º/1: lucros cessantes; exceto 899º e 909º.
 Artigo 566º/1: remissão artigo 562º.
 Artigo 566º/2: teoria da diferença; salvo artigo 499º e 570º.
 Artigo 567º/1: “natureza continuada” – Ex: incapacidade física.
 Artigo 570º - Culpa do lesado: falta de diligência – 487º/2.
 Artigo 595º: remissão artigo 1182º.
 Artigo 638º - Benefício da excussão: exceção forte (permite ao beneficiário deter
direito alheio) - exceção dilatória (detém pretensão por certo lapso de tempo) ≠ exceção
perentória (detém pretensão por tempo indeterminado – prescrição – 300º) ≠ (exceção
fraca – enfraquece apenas o poder – 483º).
 Artigo 645º/2: “repetir” = devolver.
 Artigo 790º: remissão artigo 801º. Artigo 790º/1: a obrigação extingue-se, não é o
negócio que se torna nulo.
 Artigo 796º/1: alienante – vendedor; propriedade.
 Artigo 798º - Responsabilidade do devedor: = requisitos da responsabilidade
extracontratual por factos ilícitos.
 Artigo 799º/2: remissão artigo 487º/2 (MENEZES LEITÃO).
 Artigo 800º: + representação voluntária.
 Artigo 801º/1: sinalagmáticos (obrigações de ambas as partes).
 Artigo 801º/2: “pode resolver o contrato” – cessão de vigência do contrato.
 Artigo 874º e ss. – Compra e venda: contrato real quanto aos efeitos – remissão artigo
408º. Válido mesmo sem entrega, mas origina consequências devido ao
incumprimento.
 Artigo 875º: quod effectum – remissão artigo 408º/2. “Escritura pública” – outorgada
pelo notário; “autenticado” – por advogados, solicitadores…
 Artigo 879º - Efeitos da compra e venda: dupla eficácia jurídica. Eficácia constitutiva.
B) e C) – constituição de duas obrigações.
 Artigo 882º/2: remissão artigo 210º/2.
 Artigo 892 e ss. – Venda de bens alheios: remissão artigo 904º - há uma aquisição
tabular (por vezes).
 Artigo 904º: remissão artigo 894º.
 Artigo 913º e ss. – Venda de coisas defeituosas: lei defesa do consumidor - Lei n.º
24/96, de 31 de julho.
 Artigo 916º: coisas móveis.
 Artigo 923º: silêncio com valor declaratório.
 Artigo 940º - Doação: não real quanto à constituição; remissão artigos 947º e 954º;
entrega posterior não necessária para a concretização do negócio.
 Artigo 951º: remissão artigo 963º. “Doações puras” – sem encargos; indispensável a
aceitação. Contrato gratuito para o donatário.
 Artigo 980º e ss. – Sociedade: podem ser civis ou comerciais. Divergência quanto à sua
personificação (personificadas – 980º; 157º e 167º: não personificadas – 980º e 195º).
Pode haver sociedades unipessoais – algumas por quotas.
 Artigo 981º/1: remissão artigo 281º.
 Artigo 982º/1: estipulado – 282º.
 Artigo 985º: semelhante à compropriedade – 1407º/1.
 Artigo 998º: remissão artigo 165º.
 Artigo 1129º - Comodato: real quanto à constituição. No real quanto aos efeitos.
Negócio jurídico obrigacional. “entrega” – para ser perfeito. “com a obrigação de
restituir” – não entrega, contrato não existe.
 Artigo 1143º - Mútuo: remissão artigo 377º.
 Artigo 1157º - Mandato: consensual; sinalagmático imperfeito; supletivamente
gratuito. Contrato bilateral.
 Artigo 1161º: remissão artigo 1181º. 1161º/a – dever de atuação; 1161º/d – postula
negócios patrimoniais; 1161º/e – entrega do que recebeu “na execução do mandato ou
no exercício deste”, bem como documentos e objetos envolvidos.
 Artigo 1165º: remissão artigo 264º/1 e 4.
 Artigo 1168º: à exceção dos gratuitos. Remissão artigo 428º.
 Artigo 1172º: encontra-se em jogo a tutela da confiança; havendo justa causa não se
justifica a indemnização.
 Artigo 1175º: remissão artigos 2024º e 2025º.
 Artigo 1177º: inspiração italiana.
 Artigo 1179º: consequências – 1172º - na renúncia.
 Artigo 1180º - Mandato sem representação: pode ter poderes de representação, mas
não os declarar. Conjugar com o artigo 1181º.
 Artigo 1182º: remissão artigo 595º e 468º/2 (se caso disso).
 Artigo 1251º: remissão artigos 1263º e 1268º.
 Artigo 1273º: “benfeitorias úteis” – ius tollendi.
 Artigo 1287º - Usucapião: direito de aquisição pelo seu uso prolongado.
 Artigo 1311º/1: “reconhecimento do seu direito de propriedade” – através de aquisição
originária do direito.
 Artigo 1576º e ss. - Direito da Família: prevalência da dimensão pessoa. Remissão
artigo 67º CRP.
 Artigo 1576º - Fontes das relações jurídicas familiares: relações familiares enquanto
vínculo jurídico. Podem ser relações nominadas (que têm uma intervenção estatal) ou
inominadas (Ex: relação de facto). Parentesco, afinidade e adoção como relações
jurídicas familiares. Casamento como ato constitutivo.
 Artigo 1577º: casamento como imagem utópica. Assente na monogamia (bigamia é
crime). “plena comunhão de vida” – remissão artigos 1672º e 1678º.
 Artigo 1578º: relação de consanguinidade, cuja fonte é a procriação.
 Artigo 1582º: “salvo disposição da lei em contrário” – Ex: 2042º; 2133º/c; 2145º.
Remissão artigos 1874º e 1877º.
Efeitos parentesco: 1602º; 1604º; 1931º; 1952º; 2009º.
Extinção: por morte ou ação judicial (Ex: impugnação judicial).
 Artigo 1584º - Afinidade: depende de casamento e existência de relação de parentesco
entre pessoa e cônjuge. Ex: não há relação entre pais de um cônjuge e o filho de outro
vindo de casamento diverso; nem entre “enteados”; nem entre tio e enteado do irmão.
 Artigo 1585º: divórcio põe fim. Remissão artigos 1647º e 1602º.
 Artigo 1586º - Adoção: remissão artigo 1973º. Tem como objeto relações paternofiliais.
 Artigo 1587º e ss. (Título II) – Casamento: pode ser católico e civil; este último sob
forma civil ou sob forma religiosa.
 Artigo 1587º: remissão artigo 1577º.
 Artigo 1588º: remissão artigo 36º/2 CRP. Status.
 Artigo 1589º/1: não é permitida a bigamia – crime punível (247º Código Penal).
 Artigo 1589º/2: remissão artigo 1601º/c a contrário.
 Artigo 1590º: também religioso nas condições do católico.
 Artigo 1591º - Promessa de casamento: remissão artigos 135º e 137º CRC. Remissão
artigos 217º; 219; 280º; e 1600º CC. Na falta de preenchimento artigo 1591º remissão
artigo 410º. “cláusula penal” – remissão artigos 810º e 830º/1 in fine.
 Artigo 1592º: Ex: anel de noivado. Remissão artigo 342º/1.
 Artigo 1593º: remissão artigo 1595º.
 Artigo 1594º: interesse negativo. Não inclui danos morais.
 Artigo 1594º/1: danos emergentes.
 Artigo 1594º/3: remissão para a equidade (caso concreto).
 Artigo 1596º e ss. – Casamento católico: produz efeitos civis.
 Artigo 1597º CC: remissão artigo 135º; 146º; 148º e 151º CRC.
 Artigo 1598º/1: remissão artigo 146º CRC.
Pós celebração: 167º a 175º CRC.
 Artigo 1599º: remissão artigo 1720º/1-a.
 Artigo 1600º e ss. – Impedimentos matrimoniais: + 1589º.
 Artigo 1601º - Impedimentos dirimentes absolutos: Desvalor – invalidade:
casamentos civis – anulabilidade; casamentos católicos – nulidade. Insuscetível de
dispensa. Remissão artigo 1986º - adoção. Não observância: 1631º; 1639º e 1649º.
Remissão artigo 294º a 297º CRC.
 Artigo 1601º/b): perturbação mental grave cognoscível.
 Artigo 1601º/c): salvo 1630º/1. Inválido. Monogamia – 1577º e 1589º.
 Artigo 1602º: anulabilidade. Insuscetível de dispensa. Não observância – 1649º/1650º.
 Artigo 1602º/c: não há afins nesta linha.
 Artigo 1602º/e: Ex: “A” mata “B”, mulher de C, para casar com C. Remissão artigo
1604º/f. Não contraria 30º/1 e 3 CRP? Não, uma vez que se baseia na censura social
(JORGE DUARTE PINHEIRO).
 Artigo 1604º: remissão artigos 1589º/2 e 1609º. Remissão artigos 294º e 297º CRC
relativamente ao funcionário. Sanções – remissão artigo 1650º.
 Artigo 1604º/a: impedimento absoluto. Remissão artigos 149º; 150º/3 e 155º CRC.
Remissão artigos 1612º e 1621º. “nubente menor” – 16/17 anos.
 Artigo 1604º - Parentesco terceiro grau na linha colateral: tios/sobrinhos. Só afeta tio.
Remissão artigo 1986º - adoção.
 Artigo 1604º: só afeta tutor; curador; … remissão artigo 1608º.
 Artigo 1604º: “a pronúncia do nubente pelo crime de homicídio doloso” – não tem
sanção (CRISTINA COELHO).
 Artigo 1605º: revogado pela lei 85/2019.
 Artigo 1609º - Dispensa: remissão artigos 253º e 254º CRC. Caso não haja – 1650º/2.
 Artigo 1609º/1 a) a c): passa a ser lícito; não há sanção.
 Artigo 1609º/1-a: remissão artigos 1604º/c e 1986º.
 Artigo 1609º/1-b: remissão artigo 1604º/d.
 Artigo 1610º: sem o processo preliminar o casamento é válido, mas aplica-se o artigo
1720º/1-a. Remissão artigos 134º a 145º CRC.
 Artigo 1611º: remissão artigos 142º e 245º/3 CRC.
 Artigo 1612º: sem autorização: casamento válido, mas incapacidade quanto à
administração. Remissão artigo 1649º. Remissão artigos 255º e 257º CRC.
 Artigo 1615º e ss.: formalidades do casamento. Remissão artigo 153º-155º CRC.
 Artigo 1615º/a: remissão artigo 1651º.
 Artigo 1616º/a: remissão artigo 1628º.
 Artigo 1616º/c: remissão artigos 1631º/c; 1633º/d; 1642º/1; 1646º/1. Remissão artigo
154º/3 CRC.
 Artigo 1617º - Atualidade do mútuo consenso: na falta – 1628º/6.
 Artigo 1618º: indisponibilidade. Remissão artigos 1698º e 1699º.
 Artigo 1618º/2: “efeitos do casamento” – 1671º e ss.
 Artigo 1620º: regra – 262º/2. Remissão artigo 43º/2 CRC. Na falta 220º. Remissão
artigo 431º - meio de prova.
 Artigo 1620º/1: “é lícito a um dos nubentes” – se forem os dois - artigo 1628º/c.
 Artigo 1620º/2: a falta de indicação da modalidade de casamento gera mera
irregularidade. Designação “expressa”, se não – 1628º/1.
 Artigo 1621º/2: indemnização, por danos morais e patrimoniais. Gerou-se convicção
no outro nubente.
 Artigo 1622º e ss. – Casamentos urgentes: formalidades preliminares – 156º CRC. =
1599º - casamento católico; 1590º. Requisitos de fundo. Remissão artigo 1720º.
 Artigo 1623º/1: remissão artigo 1628º/b. remissão artigo 159º CRC. Sendo homologado
(53º/c CRC; 182º/2 CRC) – se vier a ser reconhecido como católico – 183º CRC.
Remissão 1720º/1. REMISSÃO 1624º.
 Artigo 1624º/a) a d): remissão 160º CRC.
 Artigo 1624º/c: remissão 1601º.
 Artigo 1624º/3: remissão 292º CRC.
 Artigo 1625º e ss. – Casamento católico: invalidade do casamento – nulidade. Inválido
se violar o direito canónico. Se infringir regras civis sobre requisitos não será anulável.
 Artigo 1627º: fora disto – 294º.
 Artigo 1628º - Inexistência do casamento: falta elementos essenciais.
 Artigo 1628º/a: remissão artigo 1629º
 Artigo 1628º/d: remissão artigo 220º.
 Artigo 1631º: remissão artigos 289º/1 e 1688º. Falta de capacidade de gozo.
 Artigo 1631º/a: inválido.
 Artigo 1631º/b: remissão artigos 1628º; 1631º; 1635º; 1636; 1638º.
 Artigo 1631º/c: remissão artigo 1633º/d. Remissão artigo 1632º.
 Artigo 1632º: remissão artigos 1639º 2 1643º.
 Artigo 1634º: remissão artigo 1631º/b.
 Artigo 1635º: remissão artigo 1631º/b. aplica-se analogicamente a FCNA.
 Artigo 1635º/d: remissão artigos 240º e 244º/2. Confirma a natureza negocial do
casamento.
 Artigo 1636º: equívoco quanto à qualidade. “qualidades essenciais” – Ex: impotência.
Desculpabilidade – 487º/2. JORGE DUARTE PINHEIRO – impedimento dirimente
descarta este (EX: 1601º/a). Erro tem de ser próprio, não recair sob condições de
validade e existência (1601º/a).
 Artigo 1638º: remissão artigos 256º e 282º/1.
 Artigo 1639º: panóplia/diversidade. Remissão artigo 1643º.
 Artigo 1639º/2: remissão artigo 1643º/3.
 Artigo 1641º: legitimidade passiva. Remissão artigo 1631º/b.
 Artigo 1643º: remissão artigo 1633º.
 Artigo 1644º: remissão artigo 1631º/b.
 Artigo 1645º: remissão artigo 1631º/b. “seis meses subsequentes à cessação do vício” –
quando tomou conhecimento do facto.
 Artigo 1647º: requisitos: remissão artigos 1647º e 1630º/1.
 Artigo 1647º/1: afinidade, por exemplo.
 Artigo 1649º/1: por maioria de razão/interpretação enunciativa também não pode
alienar.
 Artigo 1650º: só afeta tio; curador; tutor… Porque tutela a parte mais fraca? E quando
temos sobrinhos mais velhos que os tios?
 Artigo 1650º/2: não aplicável na adoção no caso de 1987º.
 Artigo 1651º e ss. – Registo de casamento: formalidades subsequentes à celebração.
Funcionário do registo civil – 294º e 297º CRC.
 Artigo 1651º/1: remissão 3º CRC.
 Artigo 1652º: “assento” – registo direto do ato do casamento. Remissão artigo 14º CRC.
Por inscrição - casamento civil não urgente por forma civil – 52º/e CRC; transcrição –
restantes – 53º CRC – exceção 1589º/2.
 Artigo 1669º: remissão artigo 1601º/c – obsta à celebração de novo matrimónio; 1653º -
admissível invocação matrimónio.
 Artigo 1671º e ss. – Efeitos do casamento quanto às pessoas e aos bens dos cônjuges:
não perdem a sua individualidade ética – 67º CRP.
 Artigo 1671º - Igualdade dos cônjuges: não subordinação.
 Artigo 1671º/2: “acordo” – instrumento de autogoverno familiar. Não elimina a
individualidade de cada um – Ex: 1677º e 1677º-D.
 Artigo 1672º: norma injuntiva. Inderrogável. Estado de casamento. “respeito” –
envolve honra; boa-fé; devoção; lealdade. “coabitação” – habitação + ato sexual – Ex:
1602º e 1829º. Remissão artigos 1618º; 1699º; 1781º.
 Artigo 1673º/1: “exigências da sua vida profissional” - individualidade ética.
 Artigo 1673º/2: Ex: profissões.
 Artigo 1673º/3: mediação resolução de conflitos.
 Artigo 1674º: parentes; cônjuges e coletivo familiar. Exceção – Ex: artigo 1781º/b.
 Artigo 1675º: estruturalmente patrimonial. Remissão artigos 1874º; 1878º; 1879º.
 Artigo 1675º/1: “o dever de assistência compreende a obrigação de prestar
alimentos // a de contribuir para os encargos ca vida familiar (ou uma ou outra).
Remissão artigo 2015º.
 Artigo 1676º: remissão artigo 1874º.
 Artigo 1676º/4: dever familiar patrimonial – execução in natura.
 Artigo 1677º: exceção imutabilidade – 104º CRC.
 Artigo 1678º: remissão artigo 1699º.
 Artigo 1678º/1: regra geral.
 Artigo 1678º/2: comuns ou próprios do outro.
 Artigo 1678º/2- a) e b): remissão artigo 1724º.
 Artigo 1678º/2-c: não aplicável à comunhão de adquiridos.
 Artigo 1678º/2-d: remissão artigo 1729º/2.
 Artigo 1678º/2-g: “mandato” – a todo o tempo revogável. Remissão artigo 1684º.
 Artigo 1678º/3: administração extraordinária.
 Artigo 1679º: remissão artigo 464º.
 Artigo 1681º/2: “em mandato” – remissão artigo 1161º.
 Artigo 1682º/3-a: Ex: decoração da casa.
 Artigo 1682º - A/1 – a): também em regimes atípicos.
 Artigo 1682º - A/2: “carece sempre” – mesmo na separação de bens.
 Artigo 1684º/1: mandato. Desvalor – anulabilidade.
 Artigo 1686º/2: restrição ao regime geral do 287º.
 Artigo 1686º/4: remissão artigo 892º - nulidade.
 Artigo 1690º/1: princípio geral.
 Artigo 1691º: quando há violação – cláusulas contratuais têm-se por não escritas –
1618º - 294º.
 Artigo 1691º/d: remissão artigo 15º Código Comercial. “no exercício do comércio” –
intermediação/produção/venda.
 Artigo 1691º/e: remissão artigos 1722º e 1729º.
 Artigo 1691º/3: quem contrai tem de provar que foi para proveito comum.
 Artigo 1692º/b: Ex: indemnização devido a uma transportadora de móveis…
 Artigo 1693º/1: bens próprios.
 Artigo 1693º/2: bens comuns (só na comunhão geral se não houver cláusula de
incomunicabilidade ou na de adquiridos de houver cláusula de comunicabilidade).
 Artigo 1694º: Ex: hipoteca – se não chegar – 1696º.
 Artigo 1694º/2: “rendimentos” - Ex: IMI.
 Artigo 1695º/2: não pode pedir só a um.
 Artigo 1696º: até 1995 não havia meação.
 Artigo 1696º/1: remissão artigo 1618º/2 – meação.
 Artigo 1696º/2: + encargos com a casa de família – 1694º.
 Artigo 1697º/1: no regime da separação de bens pode exigir logo.
 Artigo 1697º/2: depois do término do vínculo conjugal.
 Artigo 1698º e ss. – Convenções antenupciais: restrições – 280; 294º; 1618º/2 (ver
sempre que haja cláusulas contrárias); 1699º; 1720º.
 Artigo 1698º: remissão artigo 1716º. Remissão artigos 189º-191º CRC.
 Artigos 1698º e 1699º: normas injuntivas.
 Artigo 1699º: indisponibilidade – disciplina não alterável. Violação = 292º e 294º.
 Artigo 1699º/1-a: remissão artigos 1700º-1707º.
 Artigo 1699º/1-b: tipicidade.
 Artigo 1699º/1-c): remissão 1678º e ss.
 Artigo 1699º/1-d: bens próprios.
 Artigo 1699º/2: nem os bens subrogados.
 Artigo 1708º: remissão artigo 1709º.
 Artigo 1708º/1: remissão artigo 1600º.
 Artigo 1701º: remissão artigo 189º CRC.
 Artigo 1711º/1: quem pode ser sujeito numa convenção. Remissão artigo 191º CRC.
 Artigo 1713º/1: remissão artigo 1618º/2.
 Artigo 1714º/2: remissão artigo 8º Código das sociedades comerciais.
 Artigo 1717º e ss. – Regime de bens: típicos; atípicos; regimes de bens
diferentes/sucessivos mediante de verificação de condição/termo – 1713º/1.
 Artigo 1717º: remissão artigo 1760º.
 Artigo 1719º: meramente exemplificativo.
 Artigo 1719º/2: remissão artigo 1790º.
 Artigo 1720º/2: remissão artigo 1699º/2.
 Artigo 1722º: remissão artigos 1723º, 1727º e 1728º.
 Artigo 1722º/2: exemplificativo.
 Artigo 1722º/2-a) a d): pode compensar é o outro se usar, por exemplo, dinheiro
comum ou bens comuns.
 Artigo 1723º/b: Ex: “A”, depois de casar, venda uma casa que tinha antes de casar.
 Artigo 1724º: bens comuns.
 Artigo 1724º/a: Ex: salário. Mas a administração é por quem recebe – 1678º/2-a).
 Artigo 1724º/b: Ex: frutos – 202º. Todos exceto 1722º e 1723º (!?).
 Artigo 1725º: refutável com base no 350º.
 Artigo 1727º: bens próprios.
 Artigo 1728º: bens próprios.
 Artigo 1733º: bens próprios – 1678º/1.
 Artigo 1733º/1-b): “cláusula de reversão” – é uma doação a termo, reverte/volta para o
doador. “fideicomissária” – doação que o doador faz para mais tarde o donatário doe a
doação a um terceiro.
 Artigo 1733º/1-f): uma vez que são bens íntimos.
 Artigo 1735º e ss. – Regime da separação: neste regime não há bens comuns, exceto se
houver compropriedade.
 Artigo 1753º e ss. – Doações para casamento: remissão artigo 1710º.
 Artigo 1753º: remissão artigo 1756º.
 Artigo 1753º/2: irrevogáveis unilateralmente – 975º/a.
 Artigo 1760º/1-a): se passar mais de um ano – 1717º.
 Artigo 1760º/1-b): deve retirar-se do artigo “por culpa do donatário, se este for
considerado único ou principal culpado” – Lei 61/2008– não é só o culpado, já não é
exigível.
 Artigo 1761º: ver sempre 950º/951º.
 Artigo 1762º: artigo 1720º. Casos de impedimento impediente.
 Artigo 1763º/2: exceto 1763º/3.
 Artigo 1766º/1-b): remissão artigos 1647º e ss.
 Artigo 1766º/1-c): deve retirar-se do artigo “por culpa do donatário, se este for
considerado único ou principal culpado” – Lei 61/2008 – não é só o culpado, já não é
exigível.
 Artigo 1771º: não dissolve o casamento. Ou seja, vigorará o regime da separação de
bens para sempre!
 Artigo 1781º/d: alguns 1672º + registo civil.
 Artigo 1785º/1: caso se diga o contrário – 294º.
 Artigo 1791º: Ex: cláusula/bens dados ao cônjuge, pelo outro, voltarão ao doador.

Você também pode gostar