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Valter Ventura (000.000.000-00) COMO VENCER A 2ª FASE ENCANTANDO O EXAMINADOR. www.portalbnd.com.br
Índice
1. Encartes 3
1.1 COMO VENCER A 2ª FASE ENCANTANDO O EXAMINADOR (2ºEdição) 4
Encartes
(2ºEdição)
ÍNDICE
1. UM ALERTA INICIAL 05
1. UM ALERTA INICIAL
No presente e-book vou te contar os principais erros cometidos por quem não consegue obter
aprovação na etapa discursiva, ou até consegue êxito, mas o rendimento é insuficiente e perde
tantas posições que deixa escapar a chance de posse.
Vou além! No decorrer do livro você encontrará um catálogo das novas habilidades assimiladas
e melhores práticas seguidas pelos aprovados, bem como vários pontos de reflexão que talvez
nunca tenham passado pela sua cabeça, mas que certamente despertarão o sentimento de
surpresa e a certeza de que há um caminho para ser melhor na construção de textos
discursivos.
Enfim, aqui você perceberá que não está sozinho. Vamos nessa?
Meu nome é Valter Ventura (@valterventurav). Sou Procurador da Fazenda Nacional, Master
Coach, professor em cursos preparatórios para concursos, palestrante e co-fundador do Bom no
Direito - BND. Fui aprovado em 5 concursos de nível superior (procuradorias), em dois
ciclos de estudo distintos, separados por uma década de diferença (2 aprovações em
2005/2006 e 3 aprovações em 2015/2016). Esses foram os concursos em que passei:
Logo após o encerramento do meu segundo ciclo de estudo para concursos públicos, que se
deu precisamente em 2016 com a realização de prova oral no certame para o cargo de
Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos Municípios/GO, decidi
aproveitar o momento e compartilhar gratuitamente minhas experiências como concursando, e
principalmente conteúdo jurídico relevante.
Peço permissão para - muito brevemente (sei que o tempo do leitor é curto!) - compartilhar um
“pedaço” dessa história. Vamos lá?
Contar histórias é sempre algo desafiador. Mas nesse caso não há como fugir do desafio, pois a
história do presente e-book se confunde com a própria história do @bomnodireito,
carinhosamente conhecido como BND.
Em meados de 2016, eu havia acabado de encerrar o segundo ciclo de estudo para concursos
públicos e tinha o desejo de compartilhar minhas vivências na área. O Instagram foi a
ferramenta escolhida...e Jorge Ottoni o parceiro de caminhada.
A coisa foi ganhando corpo. Em pouco tempo já haviam alguns milhares de seguidores. Como
eram muitos os pedidos para que fizéssemos um material voltado à preparação para a etapa
discursiva, decidimos profissionalizar o trabalho e criamos um site com o intuito de fornecer
questões discursivas por meio de periódicos, que chamamos de Revistas Quebrando a Banca!.
Aquilo foi uma grande surpresa, na verdade um imenso susto. Ficamos atônitos. Não sabíamos
como conciliar a elaboração das Revistas, que já consumia bastante energia, com a montagem
de um curso nesses moldes...e para tantas pessoas.
Lembro-me como se fosse hoje. Eu estava de férias e passamos um dia inteiro discutindo sobre
a viabilidade do curso, e como montar um programa que pudesse ser diferente de tudo o que
havia no mercado. Batemos o martelo e aceitamos o convite.
Nosso propósito era claro: não íamos ofertar um simples curso de correção “personalizada”
(cara-crachá), como a maioria dos cursinhos se limita a fazer, mas sim um verdadeiro programa
de transformação em termos de habilidade redacional.
Especificamente sobre a ficha de avaliação, a famosa “devolutiva”, montei orientado pelo mais
puro sentimento de empatia, ou seja, como se eu fosse um dos participantes do programa.
Pensei em cada detalhe, e principalmente em um método avaliativo que pudesse ser sistêmico
e englobasse aspectos formais (estéticos), textuais e ligados ao conteúdo técnico.
A primeira versão da devolutiva foi compartilhada com o nosso time, que a debateu
amplamente. Juntos, fizemos os devidos aprimoramentos e incrementos...e assim nascia o
MÉTODO BND DE CORREÇÃO CONSTRUTIVA.
Como já dito, é uma metodologia que promove a avaliação das respostas por meio de
devolutivas completas, que asseguram uma análise sistêmica dos participantes e engloba não
apenas os aspectos jurídicos; vai além, aprofunda também nos aspectos morfossintáticos, de
correção gramatical e de paralelismo textuais (confira um modelo de devolutiva BND ao final
deste e-book).
O mais legal disso tudo foi perceber o estado de encantamento e a transformação daqueles que
acreditaram no método e nos deram um voto de confiança. Vejamos algumas manifestações:
Os depoimentos acima vieram de pessoas que tinham muita dificuldade em provas discursivas,
seja porque estavam fazendo a etapa subjetiva pela primeira vez, seja porque sentiam a
necessidade de aprimorar a habilidade de escrever textos discursivos. Tivemos até mesmo
situações inusitadas...de alunos que estavam participando da 2ª fase pela décima segunda vez.
É justamente sobre essas dificuldades comuns que falaremos nos próximos tópicos.
Na 1ª fase basta lembrar o que a lei, doutrina ou jurisprudência afirmam para marcar
corretamente as “bolinhas” do gabarito, cujas respostas são aferidas automaticamente por uma
máquina. A bem da verdade, você nem entra em contato com o seu examinador...
Dessa fase em diante, não basta saber o conteúdo. É necessário saber se expressar de forma
eficiente. Não há um único “roteiro” para você se expressar bem numa prova. Isso dependerá de
uma série de fatores casuais, como o número de questões, número de linhas disponíveis e o
tempo de prova.
Uma comunicação eficiente em uma dissertação de 120 linhas certamente não é a mesma de
uma questão de 15 linhas. Existem estratégias diferentes para cenários diferentes.
É fundamental conhecê-los e praticá-los antes de enfrentar uma prova subjetiva, sob pena de
ter que encarar mais uma reprovação...e na 2ª fase a queda dói mais...
A etapa discursiva costuma ser a maior responsável pela definição das colocações no certame.
De nada adianta acertar 95% da prova na etapa objetiva, se na discursiva o desempenho se
mostrar insuficiente e você perder diversas posições...e assim também a chance de ficar dentro
das vagas....
Aliás, uma das dores mais comuns vindas de alunos que já estão “voando baixo” em provas
objetivas é a seguinte: “Professor, eu estava em primeiro/segundo lugar na objetiva, mas não fui
bem na discursiva. Caí 30 posições e terminei o concurso fora das vagas”.
Tais comentários comprovam que a 2º fase é realmente um “outro mundo”, o jogo muda
completamente, e, portanto, a sua preparação também deve ser adaptada. Você precisa
mostrar que sabe muito mais do que marcar uma “bolinha”.
Mais do que simplesmente saber o tema, você deve demonstrar que possui raciocínio jurídico e
que organiza suas ideias de maneira lógica, entrelaçada e evolutiva. Tudo isso em situações
bastante variáveis em termos de tempo e espaço. Essa é a razão pela qual, para grande parte
dos candidatos, a etapa subjetiva costuma ser a mais difícil e traumática.
A começar pela metodologia de estudo, pois NÃO SÃO POUCOS os candidatos que sequer
sabem como estudar de maneira eficiente para a etapa discursiva.
Até porque essas diretrizes não costumam ser ensinadas nos livros e manuais. E, mesmo que
fossem, a leitura sem prática não seria suficiente.
Eu, Valter, por exemplo, precisei de algumas reprovações na etapa subjetiva até perceber que
havia um caminho que me levaria a ser melhor na construção de textos discursivos. Vou
compartilhar um pouco da minha história, e talvez você se identifique.
O primeiro grande equívoco que cometi - durante muito tempo - foi o de não conhecer os editais.
Eu simplesmente não fazia ideia dos critérios que podiam orientar a correção das questões
discursivas.
Nunca me esqueço de uma prova subjetiva em que nós (eu era um dos milhares de candidatos)
fomos obrigados a dissertar sobre o controle de constitucionalidade em 30 linhas. O enunciado
foi lançado de maneira propositalmente aberta, sem perguntas tópicas para fins de orientação
(roteiro).
Lembro-me como se fosse hoje. A turma saiu da prova e comentou: “Nossa, viram aquela
questão de controle de constitucionalidade? Como pode a banca examinadora fazer uma
questão dessa, nivelando por baixo? É um desrespeito com a gente, que estuda tanto os
assuntos mais complexos...para cair uma questão fácil dessas...”.
Pois bem. Quando saiu o resultado, praticamente ninguém conseguiu pontuar acima de 50%
naquela questão. De toda a prova, foi de longe a questão em relação à qual os candidatos
tiraram as piores notas. A princípio, todos os candidatos ficaram atônitos. Mas...quando saiu o
espelho, tudo ficou claro!
Praticamente a cada 3 linhas havia uma nova informação relevante, com destaque no espelho e
atribuição de pontuação específica no quadro avaliativo. E a quase totalidade dos candidatos
simplesmente não conseguiu lembrar nem da metade desses pontos, de modo que a pontuação
foi generalizadamente inferior a 50% nessa questão.
Então, pela primeira vez na vida tive a curiosidade de tentar compreender os critérios de
pontuação estabelecidos no edital, e lá pude verificar que haviam cinco tópicos eleitos para fins
de avaliação, cuja pontuação máxima era de 10,00 pontos por questão.
Os dois primeiros critérios envolviam aspectos materiais e totalizavam 5,00 pontos, a saber:
Pude perceber, com um leve aprofundamento de percepção, que o examinador havia criado um
cenário de tensão inimaginável aos olhos dos candidatos – justamente naquela “desdenhada”
questão.
Isso porque, como praticamente nenhum candidato conseguiu lembrar de mais da metade dos
pontos de abordagem constantes do espelho, o examinador teve abertura para, imediatamente,
cortar mais da metade da pontuação nos dois critérios materiais e, automaticamente, zerar a
pontuação no critério “capacidade de análise e síntese”.
O examinador, a bem da verdade, criou uma verdadeira armadilha...valendo-se tão somente das
regras editalícias, que usualmente são ignoradas durante a preparação para a etapa subjetiva.
Curioso perceber que praticamente todos os candidatos sorriram e desdenharam ao ler aquele
enunciado, achando que certamente gabaritariam a questão, afinal, o tema controle de
constitucionalidade, pelo que comentado nos corredores pós-prova, era ”tranquilo“ e
amplamente dominado.
Essa situação real nos mostra os três primeiros erros fatais dos candidatos, a saber:
Há uma série de outros erros que muitos candidatos cometem diariamente, sem qualquer noção
de que estão sendo prejudicados em termos de pontuação.
Isso, por ainda nutrirem a equivocada percepção de que basta citar o artigo de lei exigido pelo
examinador, ou o entendimento jurisprudencial predominante...que a pontuação máxima estará
assegurada.
Sinto informar. Não é bem assim. No próximo tópico darei exemplos concretos de erros
aparentemente banais, mas que na prática corroem a pontuação dos candidatos...como um rato
rói um pedaço de queijo. Isso porque os tempos mudaram! Vejamos!
Sem qualquer gracejo de soberba, gostaria de compartilhar que a vida me deu a oportunidade
de algumas vezes ser convidado para atuar como examinador, seja elaborando questões para a
etapa objetiva, seja elaborando e corrigindo questões discursivas em concursos que exigiam
estudo em alto rendimento.
Além disso, após ter desenvolvido o MÉTODO BND DE CORREÇÃO CONSTRUTIVA, pude
aprofundar minhas percepções ao avaliar centenas de respostas em programas de treinamento
reta final envolvendo diversas carreiras jurídicas de alto nível (a exemplo da magistratura e
advocacia pública).
O mais curioso disso tudo foi perceber que houve uma severa mudança na mentalidade das
bancas examinadoras ao longo do tempo, circunstância que acabou gerando uma significativa
alteração na própria metodologia de correção empreendida em grande parte das provas de 2ª
fase.
Notei que antes (em um passado não tão remoto assim) as bancas examinadoras privilegiavam
basicamente os aspectos materiais ligados ao conteúdo jurídico propriamente dito, sem
qualquer preocupação mais criteriosa acerca dos aspectos linguísticos e textuais.
Essa configuração, que trazia uma certa “zona de conforto” aos candidatos, vem sendo
paulatinamente desconstruída. A bem da verdade, pode-se dizer que foi praticamente
abandonada.
De uns tempos para cá, as próprias instituições públicas (Tribunais Regionais Federais,
Tribunais de Justiça, Ministério Público, Procuradorias, Defensorias etc) sentiram a necessidade
de exigir que, na lista de aprovados, passem a figurar apenas os candidatos que realmente
sabem elaborar textos discursivos de maior impacto, isso considerando todas as possíveis
projeções: estética (visual), formal e material.
A antiga metodologia de correção funcionava com base na lógica do “cara-crachá”. Bastava citar
o dispositivo legal ou o entendimento jurisprudencial predominante para se alcançar a nota 10,
ainda que o texto fosse construído de maneira desorganizada e desconexa. Ou seja, a tessitura
dissertativa, os mecanismos de coesão/coerência e morfossintáticos eram relegados a segundo
plano.
Esse cenário já não faz parte da realidade atual. Hoje, as bancas examinadoras (sejam próprias
ou profissionais) costumam avaliar as respostas e efetuar as correções segundo o “método
comparativo”, de modo que não basta mais somente acertar o conteúdo jurídico...é necessário –
simultaneamente - construir um texto dissertativo de destaque...que seja fluído, claro e objetivo.
Do recorte editalício - acima em destaque - é possível perceber, já no item 9.8.1., que há uma
determinação expressa para que o candidato produza os textos primando pela coerência e pela
coesão.
Um pouco mais abaixo, precisamente no item 9.8.2.2, o edital deixa claro que a apresentação
textual, a estrutura textual e o desenvolvimento do tema comporão a nota relativa ao
domínio do conteúdo (NC).
Veja com os seus próprios olhos, caro leitor, que hoje já não basta simplesmente estudar e
conhecer o conteúdo jurídico em si (leia-se: as disciplinas constantes do edital). É preciso ir
além, e saber construir respostas que sejam apresentáveis e bem estruturadas. Isso significa
construir textos que tenham tessitura, que sejam corretamente entrelaçados por meio do uso de
conectivos.
A razão é simples. Os aspectos linguísticos e textuais estão passando a fazer parte da NOTA
DE CONTEÚDO, e esse movimento, ao que tudo indica, parece ser irreversível.
No próximo tópico veremos, dentro dessa nova perspectiva, uma série de erros que antes
“passavam batidos” pelas bancas, mas que hoje podem acarretar a perda de preciosos pontos
na hora da correção.
Muita gente crê que para ser extraordinário é preciso dar tudo de si, romper todas as barreiras e
limites, se for o caso, chegando inclusive à exaustão física e mental. Diante dessa verdadeira
imposição de que devemos ser praticamente super-heróis, a denominada “Ditadura do
Extraordinário”, as pessoas acabam esquecendo que o maior poder do autoconhecimento está
na simplicidade de conhecer os próprios erros.
No âmbito da etapa subjetiva, por exemplo, muita gente acredita que se ainda não passou...é
porque não estudou o suficiente para passar. Isto é, ainda não leu todas as doutrinas
disponíveis no mercado ou ainda não assistiu as aulas daquele professor “x mitológico”. O
pensamento é sempre o de que está faltando conteúdo.
Talvez o problema dessas pessoas não seja propriamente falta de conteúdo técnico, e sim a
ausência de uma autocrítica adequada, de um mapeamento do que está dando errado. Enfim,
talvez o grande vilão seja a falta de autoconhecimento no que tange aos próprios erros.
Ora, é somente a partir de uma análise mais profunda sobre os próprios erros cometidos que o
ser humano consegue trabalhar os necessários reajustes comportamentais.
No reduto das questões discursivas, pude perceber, após centenas de correções, que há uma
série de erros comuns que, por incrível que pareça, são cometidos de maneira generalizada e
que não tem nada a ver com o conteúdo técnico-jurídico propriamente dito.
São pequenas falhas estéticas, estruturais, textuais ou de estratégia que, somadas, podem
corroer a pontuação e eliminar as chances de aprovação.
Cataloguei algumas mais simbólicas, que agora faço questão de compartilhar com vocês.
Vejamos:
Resposta do aluno:
Devolutiva do professor:
Veja, caro leitor, que essa aparente “bobeira” pode abrir espaço para que um examinador mal-
humorado (e mais criterioso!) retire preciosos pontos em razão de cada palavra ilegível não
compreendida. Superar isso em recurso, ou mesmo judicializando a correção, nunca é tarefa
fácil. A atuação preventiva é sempre o melhor caminho.
E você, muitas vezes por falta de um feedback sincero e até com vergonha (desnecessária,
frise-se) em aceitar se submeter a uma atividade de caligrafia, acaba sendo prejudicado por
questões laterais – não afetas ao mais importante, que é o conteúdo técnico-jurídico.
Resposta do aluno:
Devolutiva do professor:
Resposta do aluno:
Devolutiva do professor:
Enunciado:
Resposta do aluno:
Devolutiva do professor:
Essa talvez seja a situação que mais causa dor e desconforto nos candidatos, justamente
porque a falta de gestão espacial impede que o concursando decline todo o conteúdo que tem
assimilado em sua mente. Os examinadores sabem disso, e não raro elaboram questões
simples sob o ponto de vista temático, entretanto complexas no que tange à gestão do espaço
(muitos pontos de abordagem para poucas linhas disponíveis).
O que dizer, ainda, das falhas de coesão ou coerência textuais, muitas vezes desconhecidas
por parte dos candidatos. Aliás, boa parte dos estudantes sequer sabe diferenciar, com
precisão, coesão de coerência.
Imagine a seguinte construção feita por determinado candidato, em uma situação hipotética de
questão discursiva versando sobre o tema ”Princípios Tributários“:
A passagem imaginária acima transcrita, a rigor não deveria ensejar risco de perda de
pontuação, por não apresentar qualquer incorreção grave ou teratológica. Acontece que nem
toda banca examinadora adota os mesmos padrões de correção. Há instituições mais
No exemplo acima, há dois pequenos detalhes que poderiam ser utilizados como critério de
perda de pontuação por parte de examinadores excessivamente rigorosos, ainda que tal postura
resultasse em recursos administrativos ou, até mesmo, em ações judiciais.
O primeiro detalhe tem a ver com o fato de a expressão “sistema tributário nacional” ter sido
escrita com as iniciais minúsculas. Embora do ponto de vista ortográfico exista controvérsia
sobre a obrigatoriedade de a aludida expressão ser escrita com as iniciais maiúsculas, o
candidato mais prudente evitaria correr riscos. Para tanto, se “blindaria” contra eventual perda
de pontos e escreveria a expressão com as iniciais maiúsculas.
O segundo detalhe envolve a utilização do pronome pessoal “Ela” ao início do segundo período,
como mecanismo de coesão referencial, ou seja, referindo-se à Constituição Federal, que,
evidentemente, não é pessoa. Aqui, portanto, há uma singela falha de coesão textual, pois não
é adequado utilizar um pronome pessoal para se referir ao que não seja pessoa. A banca mais
rigorosa poderia retirar preciosos pontos do candidato hipotético.
Lembre-se:
Em vez de “Ela prevê...”, o hipotético candidato poderia ter escrito ”A Carta prevê...“.
Vale compartilhar, também, o lamentável episódio de uma aluna que deixou de se tornar
Procuradora da Fazenda Nacional simplesmente pela utilização inadequada de um neologismo.
Isso mesmo! A palavra ”inobstante“ tirou a candidata da disputa, pois foi utilizada 6 vezes em
uma das peças práticas (2015-2016), gerando sucessivas perdas de pontuação por incorreção
ortográfica.
É preciso ter muito cuidado com neologismos, pois mesmo aqueles que possuem forte uso
prático e aptidão para incorporação oficial ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
(VOLP) por meio de reconhecimento conferido pela Academia Brasileira de Letras, poderão
ensejar a perda de pontuação caso ainda não tenha ocorrido a aludida incorporação.
É justamente o caso da palavra ”inobstante”.
Acontece que, como já dito, a locução “posto que” não é causal, e sim concessiva, ou seja, sua
natural vocação é iniciar uma oração subordinada que exprime oposição ao que é dito na
oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato mencionado.
Vinícius errou, então? Não! Ele se utilizou do que se conhece por licença poética, que é a
liberdade que toma o poeta, algumas vezes, de transgredir as normas da poética ou da
gramática.
Caso ele não se utilizasse dessa prerrogativa e quisesse escrever dentro das normas cultas da
Língua Portuguesa, teria que usar uma conjunção (ou uma locução conjuntiva)
causal/explicativa, que são, por exemplo, as seguintes: porque, porquanto, já que, visto que,
uma vez que etc.
Para além dos erros de coesão, existem também as falhas de coerência...que igualmente
corroem a pontuação como a maresia enferruja um pedaço de ferro.
Nos últimos 12 anos da minha trajetória como professor, mentor e examinador, pude perceber
que os aprovados possuem um padrão de comportamento uniforme durante a preparação.
É como se adotassem, de maneira até padronizada, certas POSTURAS DE SUCESSO.
Após termos visto uma quantidade significativa de erros mais comuns cometidos pelos
candidatos na etapa subjetiva, chegou o momento de compartilharmos as POSTURAS DE
SUCESSO adotadas por aqueles que costumam ser aprovados.
Como já afirmado, a segunda fase é uma etapa bem diferente do concurso. Nessa etapa o
aluno não será mais tão explorado no conteúdo jurídico geral. O estudo, assim, deve ser
predominantemente estratégico e direcionado.
Por isso, tão importante quanto o conhecimento técnico é saber interpretar os enunciados,
identificar o conteúdo exigido e planejar uma resposta precisa (e, sempre que possível,
concisa).
Para orientá-los a interpretar e responder as questões escritas, reuni as dicas mais preciosas
extraídas de diálogos que tive com vários candidatos aprovados em concursos que exigem
estudo em alto rendimento. Vejamos.
Alguns enunciados pouco ortodoxos exigem muita atenção e leitura repetida (embora essas
leituras precisem ser bastante rápidas, em virtude do exíguo tempo). Em regra, o candidato não
deve se limitar a apenas correr os olhos no enunciado. Já na primeira leitura, deve sublinhar as
palavras e conceitos chaves e anotar - à margem - o nome das teorias ou princípios aplicáveis,
sempre lembrando também de destacar fatos relevantes.
À primeira vista pode parecer que esse procedimento toma muito tempo, mas com o treino você
vai perceber que é possível se adaptar e entrar na prova preparado para não se espantar com a
“correria”.
A título de exemplo, imagine que no seu caderno de prova constam 10 questões de até 30
linhas para resolver em 4 horas. Nessa hipótese, em que você dispõe de uma ”média ideal” de
24 minutos para resolver cada uma das questões, é possível treinar a estratégia 4/20 ou 6/18,
ou seja, de 4 a 6 minutos na montagem do sumário e entre 18 a 20 minutos de escrita efetiva; já
nos casos de questões estilo dissertação de até 180 ou 240 linhas, em que o concorrente possui
entre 1:00 e 1:30 para redigir o texto (acontece com frequência nos concursos de magistratura
federal e Ministério Público), é possível treinar a estratégia 20/70 (aproximadamente 20 minutos
para elaborar o sumário e 70 para a escrita efetiva).
Há uma certa unanimidade entre os aprovados no sentido de que esse tempo utilizado com
BRAINSTORM e montagem do sumário é muito bem gasto, pois permite uma melhor
organização das ideias, evita contradições intrínsecas e permite tratar as questões centrais no
espaço e tempo delimitados, sem esquecer dos pontos/aspectos mais relevantes.
A prática revela que o candidato que começa a escrever o texto sem ter um mínimo de pré-
formatação mental ou minuta temática prévia...acaba abrindo espaço para a construção de um
texto desorganizado e embaraçado.
Desse modo, mesmo nas questões em que o examinador pergunte qual é a jurisprudência do
STF ou do STJ, o candidato jamais deve começar sua resposta simplesmente colocando
“Conforme STF, STJ...”.
Por mais corrido que seja o tempo, é imprescindível que haja, pelo menos, uma
contextualização/problematização da matéria (ou debate) em um primeiro parágrafo.
Fiquem certos de que toda essa parte conceitual será considerada na resposta.
Lembre-se que a correção, nos dias atuais, vem sendo cada vez mais baseada no chamado
MÉTODO COMPARATIVO, notadamente em certames conduzidos por bancas próprias.
É importante, com efeito, que a sua resposta se sobressaia, e não apenas se direcione na
posição adequada. Deve haver um diferencial! Para diferenciar sua resposta, é bastante
relevante fazer uma introdução, ainda que breve (em razão do tempo curto). Em seguida, é
importante que o candidato responda ao que é questionado colocando o raciocínio jurídico
elaborado e, apenas ao fim, é que respalde o posicionamento com a jurisprudência questionada
dos Tribunais.
DICA: São poucas as hipóteses em que não cabe nenhuma introdução e que a resposta deve
ser frontal e direta. Normalmente isso acontece quando a banca confere um número mínimo
de linhas (Ex: 5 linhas) para que um determinado tópico seja abordado.
A problematização do tema objeto de debate, portanto, apresenta-se tão essencial quanto a boa
introdução.
Sempre que possível, utilize termos técnicos sofisticados e saia do lugar comum. Use
expressões consagradas pelas cortes superiores e empregue terminologias usadas pela
doutrina de ponta. A leitura dos julgados mais relevantes (ADIs, ADPFs) e da doutrina mais
aprofundada pode ajudar a adquirir um vocabulário adequado.
Não estou querendo dizer que se deve tentar escrever difícil, mas é essencial evitar o uso de
expressões coloquiais (as famosas “marcas de coloquialidade” textuais).
Deve haver clareza e didática, mas o uso de uma linguagem bem elaborada é relevantíssimo.
Trata-se do que já foi falado. O examinador quer ver um Juiz/Promotor/Procurador/Defensor
naquele papel.
4ª Saia na frente
Vale recordar, também, que são muitas provas a serem corrigidas, o que se revela bastante
cansativo para o examinador. Então, coloque-se no lugar dele!
É comum ouvirmos histórias de pessoas que, em razão do exíguo tempo, sequer conseguiram
terminar o texto de uma questão ou peça/sentença, mas, mesmo assim, foram aprovadas. Não
tenham dúvidas de que isso se deve ao excelente início dos textos e à boa fundamentação
declinada.
Como já dito, vivemos a era em que predominam as correções comparativas. Muitas vezes os
espelhos de prova disponibilizados pela banca, mesmo quando interpostos os recursos, são
vagos. Há, portanto, bastante margem para se avaliar.
5ª Encante o examinador
É muito improvável que você saiba a resposta de todas as questões de uma prova escrita ou
todos os pontos de uma peça/sentença. Mas não desista ao se deparar com uma matéria
desconhecida. Capriche no texto de tal forma, que mesmo sem acertar a resposta, você consiga
demonstrar conhecimento.
Não se trata de “encher linguiça”, mas de tangenciar o tema. Use um vocabulário técnico,
introduza o tema, apresente os conceitos fundamentais associados (inclusive princípios),
exponha a posição doutrinária e jurisprudencial que se recordar (mesmo que não responda
diretamente ao cerne da questão) e fundamente bem sua posição (se instigado a fazê-lo).
Lembre-se que o recurso aos princípios costuma salvar “vidas” nessas horas de apagão.
Guarde a seguinte lógica: ”O preciosismo em uma questão te fará, quando muito, ganhar alguns
décimos. Deixar de responder a uma questão inteira te fará perder, no mínimo, um ponto.”.
Outra dica essencial: treinem, tanto quanto possível, com o cronômetro ligado!
É muito comum o candidato repetir ideias como desejo de reforço, usando expressões como:
"em outras palavras", "vale dizer", "em suma"... A repetição torna o texto cansativo e prejudica o
bom manuseio dos fatores tempo e espaço.
Também evite poluir o texto com exemplos. A não ser que o examinador peça exemplos, limite-
se a conceituar os institutos e a responder ao que foi inquirido.
Quando muito relevante, o exemplo é cabível, mas lembre-se que a exemplificação sem o
conceito expõe despreparo e falta de conhecimento.
Como visto no item anterior, na etapa subjetiva o candidato sempre precisará orientar sua
estratégia de resolução de prova com base no confronto entre os fatores TEMPO x ESPAÇO.
Embora não exista uma regra precisa e absoluta, é relevantíssimo partir desse referencial...e ir
fazendo as necessárias adaptações na hora da prova com base pelo menos nas seguintes
variáveis: (i) as tipologias de enunciado percebidas no momento da prova, (ii) o seu grau de
domínio em relação aos conteúdos exigidos e (iii) a pontuação atribuída a cada uma das
questões.
DICA PRECIOSA: Sabendo que não há uma regra absoluta, durante a prova o candidato pode
trabalhar com a distribuição de tempo entre questões, a depender da tipologia lançada. Por
exemplo, em questões mais conceituais o candidato pode tentar responder mais rápido...e
assim deixar um pouco mais de tempo para responder as questões nas quais há necessidade
de forte consulta à legislação.
Se perceber que está extrapolando o tempo e ainda não achou a resposta, passe para a
próxima e depois volte para a que menos domina. O importante é aproveitar bem o tempo e
acertar o máximo de conteúdo possível.
O circo pode estar “pegando fogo”...mas siga firme até o final. Jamais desista da sua prova!
Há relatos de candidatos que tiveram que reescrever uma folha inteira, e mesmo assim foram
aprovados. Outros tiveram que responder a uma questão em apenas 5 minutos, e ainda assim
ganharam alguns pontinhos e obtiveram êxito.
Enfim, são inúmeros os exemplos de candidatos que se viram numa situação de altíssima
tensão durante o momento da prova, todavia respiraram fundo e seguiram firmes até o
final...sem desistir da prova.
Após essas breves considerações, fica claro que os concorrentes bem-sucedidos compreendem
– com muita clareza - que a etapa subjetiva exige a incorporação de NOVAS HABILIDADES,
que nada mais são do que princípios básicos, boas práticas, técnicas e pontos de cuidado que
se esperam de um candidato no momento da prova subjetiva.
Ainda que sem a pretensão de esgotamento, peço licença para sintetizá-las abaixo:
1) Ao abrir o caderno, dar primeiramente uma olhada básica (por alto) em todas as
questões e começar pela que mais domina (foco: ganhar confiança);
5) Evitar começar a resposta com SIM ou NÃO, salvo se, pelo perfil do enunciado, a
resposta precisar ser declinada de maneira extremamente objetiva e frontal;
7) Priorizar a redação coesa em texto único sempre que a questão for desmembrada
em subtópicos e estiver claro que os pontos de abordagem são passíveis de
entrelaçamento textual e concatenação. Ainda assim, vale o seguinte alerta: se você
estiver muito inseguro (a) e o enunciado não exigir expressamente a redação em texto
único, ou se os subtópicos objeto de avaliação forem excessivos ou não guardarem
qualquer conexão entre si, escreva a resposta dividindo em itens e não corra o risco de
elaborar uma resposta sem coesão ou incoerente.
9) Ter muito cuidado com a gestão dos fatores TEMPO e ESPAÇO. Com relação ao
tempo, não se pode pecar por excesso ou preciosismo. É essencial trabalhar cada
questão de maneira a se desincumbir integralmente tratando de todos os pontos de
abordagem constantes do enunciado, contudo com objetividade e concisão, e assim
evitar perder tempo na resolução das demais questões ou peça/sentença. Se por um
lado é preciso expor o conhecimento, por outro é essencial dosar o tempo global de
prova. Mesmo dominando o assunto, não é hora de redigir uma monografia. Quanto ao
espaço, é fundamental lembrar da importância de um sumário prévio (como já frisado
acima). Ele organiza as ideias e evita esquecer pontos. Também ajuda a adequar a
resposta ao espaço permitido, além de assegurar que cada ponto de abordagem seja
tratado de maneira equânime (Ex: numa questão de 30 linhas contendo 4 pontos de
Mais que isso. O que pretendo por meio do presente e-book é deixar claro que essa história de
“Jamais serei aprovado, pois não sei escrever!” é um verdadeiro mito.
“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim
pelas dificuldades que superou no caminho”.
Abraham Lincoln
Certo dia eu conversava com um amigo Juiz Federal, e falávamos especificamente sobre
concursos públicos. Comentei que estava com um novo projeto nessa área, e compartilhei que
estava muito feliz com os resultados que o BOM NO DIREITO (BND) vinha obtendo na
preparação para a etapa discursiva em vários concursos de ponta, inclusive magistratura
federal.
Contei-lhe uma situação particular, que representou um dos maiores aprendizados que tive na
vida.
Pouco antes do MÉTODO BND DE CORREÇÃO CONSTRUTIVA ser idealizado, fui sondado
para preparar presencialmente, no segundo semestre de 2016 e no final do primeiro semestre
de 2017, 7 candidatos à prova oral de Procurador da Fazenda Nacional, 2 à prova oral de
Advogado da União e 2 à Prova Oral de Juiz Federal do TRF da 3ª Região.
Aquela experiência foi muito simbólica e mudou a minha vida para sempre. Isso porque, em um
determinado momento dessas mentorias, percebi que as demandas dos alunos já não
guardavam qualquer relação com o conteúdo técnico. Eles me perguntavam tudo, menos sobre
os pontos do edital. A indagação mais recorrente era a seguinte:
Aquele cenário me chamou tanta atenção, que resolvi buscar conhecimento para poder ajudá-
los com mais propriedade, afinal, eu não tinha quase nenhuma expertise nesses assuntos
comportamentais.
Foi então que decidi fazer todas as qualificações em coaching disponíveis no mercado
brasileiro, e algumas no mercado estrangeiro. Basicamente, eu queria entender como o ser
humano pode traçar estratégias de otimização comportamental, quais são os melhores
caminhos para se alcançar o nível da proficiência e quais eram as métricas que eu deveria
seguir para ampliar minha performance nas mentorias.
-O sucesso é treinável!
Aquilo me marcou profundamente. E, agora, me faz lembrar de dois grandes amigos da época
de faculdade que, quando prestávamos concurso, sempre ficavam nas primeiras colocações na
etapa objetiva, mas rodavam na subjetiva. Eles simplesmente tinham uma aguda dificuldade em
construir textos discursivos.
Lembro-me como se fosse hoje. Todo mundo procurando cursinho preparatório para concursos
e eles em busca de um curso de Língua Portuguesa e Redação. E foi assim que deu certo!
Cuidaram do principal ponto de deficiência, que era a parte escrita, e obtiveram a tão sonhada
aprovação. Há alguns anos um se tornou Procurador do Estado do Ceará e o outro Juiz do
Trabalho.
Os relatos acima evidenciam que há um caminho para escrever respostas discursivas de alto
impacto, encantar o examinador e obter uma pontuação superior.
Para tanto, basta que o candidato assuma uma postura ativa de protagonismo dentro desse
processo, e compreenda que o sucesso é treinável e que é possível sair da média na etapa
subjetiva. Basta ousar e se permitir fazer uma preparação sistêmica.
Não acredite que a única solução para obter a aprovação na etapa subjetiva está na leitura de
milhares e milhares de páginas de doutrina ou resumos, com a fixação de metas severas
ligadas ao cumprimento de um programa de estudo excessivamente rigoroso.
Vários candidatos, mesmo com uma maior disponibilidade de tempo e com disposição para ler
calhamaços de materiais, ainda assim continuam sem obter a tão sonhada aprovação na
segunda fase.
Pela minha experiência, tal dificuldade é apenas um sintoma de um problema mais profundo, o
que se conhece como “síndrome do conhecimento disperso”. Trata-se da situação em que o
examinando conhece o conteúdo exigido no enunciado, todavia o declina de maneira
desestruturada e "solta" na hora de efetivamente escrever o texto.
Como contei nas primeiras páginas deste Guia, ensinar concursandos sobre a construção de
textos discursivos de alto impacto está no DNA do BND... Faz parte de nossa história.
Nos últimos meses, desenvolvi um treinamento cujo propósito é ir além da mera avaliação de
domínio do conteúdo, adentrando, também, nas estratégias de estudo eficiente e análise do seu
nível de habilidade redacional. Tudo isso de maneira sistêmica!
Percebi que parcela significativa dos alunos que tutelei nos últimos anos apresentaram sempre
as mesmas deficiências, a saber:
Para superar essas dificuldades - comuns a uma enorme gama de candidatos -, desenhei o
Programa Discursiva de Alto Impacto (PRODAI-BND) pensando detalhadamente em como eu
gostaria de ser orientado, ou seja, como se eu fosse um dos alunos. Usei do mais forte senso
de empatia e montei uma metodologia singular de preparação sistêmica, que contemplará 6
pilares:
Não é, portanto, um simples curso de correção personalizada. Vai muito além disso! É uma
verdadeira imersão em estratégias e conhecimento avançado específicos direcionados ao
alcance da vitória em provas discursivas, para que você vivencie uma transformação e evolução
efetivas por meio de uma PREPARAÇÃO SISTÊMICA E COMPLETA.
A minha meta é que o PRODAI sirva de ponte para que você construa textos discursivos de alto
impacto e assim obtenha a tão sonhada aprovação.
Como você pode perceber, a Turma 1 foi um verdadeiro sucesso e já rendeu frutos! Demos o
nosso melhor para que por meio das técnicas certas de coesão, coerência e fluidez os alunos
incrementassem as habilidades voltadas ao enfrentamento da etapa subjetiva.
Para garantir que será avisado sobre a abertura da 2ª Turma do PROGRAMA DISCURSIVA DE
ALTO IMPACTO (PRODAI – BND), faça a sua pré-inscrição gratuita no link abaixo e fique
atento aos meus e-mails.
Seguimos juntos,
Valter Ventura
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Matéria: Direito
Professores: Jorge/Valter CÓDIGO: R4Q10
Financeiro
Aluno: XXX
Rodada: 4
ASPECTOS FORMAIS
LETRA
XXX, sua letra é legível. Parabéns!
ESTRUTURA FORMAL
Na maior parte do texto, você respeitou as margens. Mas tenha cuidado nos finais das
margens. Algumas estão ficando excessivamente “espremidas” e o examinador
excessivamente criterioso pode se incomodar e tirar pontos na estrutura formal. No mais, o
texto não apresentou rasuras em excesso.
ASPECTOS TEXTUAIS
FLUIDEZ DO TEXTO
Paragrafação
Os parágrafos foram adequadamente estruturados, não ficaram prolixos. Está no caminho
certo!
USO DO VERNÁCULO
Grafia
Sem erro de grafia, de maneira geral.
ADVERTENCIA: Linhas 13 e 17 (uso do mesmo conectivo: “Assim...”
Vocabulário
Adequado ao cargo de Procurador do Estado.
Está com uma excelente noção de conexão entre os parágrafos, utilizando conectivos de
maneira bastante adequada, o que torna o texto fluido. Parabéns!
Pontos de melhoria:
Ponto 1: cuidado ao citar nome de doutrinador! Na linha 6 você citou o doutrinador Rafael de
Oliveira, porém a citação foi feita de maneira direta. E mais: aquela diretriz não é propriamente
do professor Rafael, e sim da própria CRFB. Leve sempre em consideração que o seu
examinador pode não conhecer o professor Rafael (não se enquadra no rol de doutrinadores
clássicos). Além do mais, o seu examinador pode conhecer mas não gostar do professor
Rafael. Enfim, a melhor maneira de citar um doutrinador da “nova geração” é fazendo de
maneira indireta, depois de “preparar o terreno”. Como seria? “Neste contexto, de federalismo
cooperativo, a doutrina contemporânea, a exemplo do estudioso/Doutor/professor Rafael de
Oliveira, informa que a cooperação federativa...”. Com esse simples ajuste de redação você se
blinda em relação a uma possível retirada de pontos.
Em um cenário como o da PGE SP, o ideal seria já adentrar diretamente nas questões
conceituais e normativas dos convênios, e em seguida evoluir para a abordagem das
transferências voluntárias.
Tais convênios são disciplinados de modo geral pelo art. 116 da Lei 8.666/93, que estabelece
algumas exigências, como a prévia aprovação de plano de trabalho, de etapas e fases de
execução, bem como do cronograma de desembolso. Por outro lado, por se enquadrar no
conceito de transferência voluntária, os recursos repassados no âmbito do convênio devem
obediência ao art. 25, § 1º, da LRF, destacando-se a exigência de dotação específica no
orçamento do ente repassador.”
ASPECTOS JURÍDICOS
Argumento 3 (1,0/4,0)
Art. 25, III, LRF e art. 167, X, CF
Vedação expressa de transferência voluntária Nesse pormenor, senti falta da citação
de recursos entre entes da federação para específica aos arts. 25, III, LRF e 167, X, CF.
pagamento de despesas com pessoal. Eram o cerne da questão, já que
(4,0) impossível a transferência voluntária entre
Pontuação obtida: 1,0 entes federativos para fins de pagamento
de despesa de pessoal.