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Aula 04

Conhecimentos  Bancários  e  Atualidades  do  Mercado  Financeiro  p/  Banco  do  Brasil  ­
Escriturário 

Professor: Vicente Camillo
Conhecimentos Bancários e
Atualidades do Mercado
Financeiro – Banco do Brasil
Teoria e exercícios comentados
Prof. Vicente Camillo – Aula 04

AULA 04: CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO

SUMÁRIO PÁGINA

1. Introdução 02

2. Conceito e Etapas 03

3. Lei n. 9.613/98 08

4. Circular BACEN 3.461/09 17

5. Carta Circular BACEN 3.542/2012 25

6. Lista de Questões Apresentadas 45

7. Gabarito Questões 55

1. INTRODUCÃO

Olá aluno (a).

Esta aula dedica-se ao estudo do crime de lavagem de dinheiro, seu


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conceito e etapas em que se desenvolve, bem como as maneiras de


prevenção e combate tratadas na legislação brasileira.

Este é um tema muito recente, pois as leis e regulamentações sobre


o assunto adquiriram importância a partir dos anos 2.000.

Portanto, muito cuidado ao estuda-lo.

Boa aula!

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2. CONCEITO E ETAPAS

A definição do crime de lavagem de dinheiro é dada pela Lei


9.613/98, nos seguintes termos:

Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,


movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal

Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a


utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal

I. os converte em ativos lícitos;

II. os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia,


guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;

III. importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos


verdadeiros.

Incorre, ainda, na mesma pena quem:

I. utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou


valores provenientes de infração penal;

II. participa de grupo, associação ou escritório tendo


conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é
dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

Antes de explicar cada palavra que consta acima, é importante se


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atentar à maneira que a legislação define o crime de lavagem de dinheiro.


Muito provavelmente, se a prova solicitar este conhecimento, o fará de
acordo com as palavras da Lei. Desta forma, saber como a Lei define o crime
é praticamente acertar a questão.

Bom, vamos explicar todos estes dispositivos.

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De acordo com Barros , “ocultar significa encobrir, esconder,
sonegar, não revelar, enquanto dissimular é ocultar com astúcia, fingir,
disfarçar”.

O autor acrescenta que:

“Enquanto a ocultação corresponde à primeira das fases que


compõem o processo de “lavagem”, também chamada de colocação
ou de aplicação dos ativos ilícitos, sendo geralmente utilizada com a
finalidade de dar menor visibilidade ao conjunto de capitais obtidos
em razão dos crimes praticados, a dissimulação consiste na segunda
fase, e se realiza com o propósito de disfarçar a procedência ilícita,
mediante sucessivas operações financeiras e comerciais tendentes a
cobrir os lucros para dar-lhes aparente regularidade”.

Interpretando o que acabou de ser citado, podemos definir o crime de


lavagem de dinheiro como o processo pelo qual os agentes envolvidos
procuram ocultar ou dissimular a origem dos bens, valores, ou direitos
originados em atividade ilícita mediante operações comerciais e/ou
financeiras, de forma a transformar o que foi obtido de maneira ilícita
em algo legal e, assim, desviar a atenção do Estado no combate ao crime.

Apesar de aparentemente complexa, a definição do crime de


lavagem de dinheiro é simples e pode ser elucidada com o seguinte exemplo.

O sujeito está envolvido em atividades ligadas ao tráfico de drogas.


Assim, sua remuneração é originada na venda de entorpecentes, o que é
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algo ilegal. Na intenção de despistar a atividade repressora do Estado, ele


converte os rendimentos oriundos deste crime em ativos lícitos, como, por
exemplo, depositando os valores em uma empresa que pratica atividades
comerciais ilícitas.

Isto é, ele “lava” estes recursos, a fim de dar uma origem legal a eles.
Desta forma, ele pode despistar as investigações da polícia, pois,

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BARROS, Marco Antônio de. Lavagem de capitais e obrigações civis correlatas : com
comentários, artigo por artigo, à Lei 9.613/98. – 2ª Ed. Ver, atual. e ampl. - São Paulo.
Editora Revista dos Tribunais, 2007, pg. 76.
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aparentemente, pode fornecer uma origem legal para seus recursos, os
quais, na realidade, são originados por atividade ilegal.

Em resumo, o criminoso transforma recursos ganhos em atividades


ilegais em ativos com uma origem aparentemente legal, realizando um
conjunto de operações mediante o qual os bens ou o dinheiro resultantes de
atividades ilícitas, ocultando tal procedência, são integrados no sistema
econômico e financeiro.

Dessa forma, convencionou-se definir a lavagem de dinheiro como


um processo de três estágios: colocação, circulação (ou ocultação) e
integração.

Vejamos a definição e características destas etapas.

A primeira etapa, denominada colocação, consiste em introduzir o


dinheiro ilegal dentro do circuito econômico e financeiro legítimo.

Sem dúvida, esta fase é a mais vulnerável para o criminoso, pois os


recursos inseridos no sistema financeiro formal não têm origem justificável. A
fim de ludibriar as autoridades fiscalizadoras, os criminosos geralmente
fazem uso de nomes de parentes, de pessoas falecidas, dos “laranjas”, de
documentação falsa ou de empresas de fachada para depositar o dinheiro,
geralmente dividido em pequenas somas e diferentes instituições, de onde
podem transferir em curto espaço de tempo e para muitos países do mundo.

A introdução de dinheiro em espécie é normalmente direcionada para


a instalação de atividades comerciais que, tipicamente, também trabalham
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com dinheiro vivo.

A segunda etapa do processo é a denominada circulação, que tem


como objetivo “dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos,
tentando quebrar a cadeia de evidências que ligam esses fundos a sua
origem” (Romantini, 2003, p.16).

Ou seja, ocultar a origem ilícita dos fundos.

Para alcançar esse objetivo, os praticantes do crime de lavagem de


dinheiro fazem uma série de movimentações dos recursos, os quais passam

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por diversas contas, nacionais e internacionais, de modo a desvincular-se por
completo da colocação inicial ocorrida.

Nesta etapa, são utilizadas diversas contas anônimas, numeradas e


fantasmas, muitas delas localizadas fora do país, o que dificulta bastante o
rastreamento. Esta fase ficou ainda mais complexa e de difícil detecção com
o desenvolvimento da internet, e, como consequência, das transações
bancárias eletrônicas.. Como exemplos de instrumentos mais comumente
utilizados nesta etapa, podemos citar operações por meio de bancos offshore
(que transferem recursos para fora do pais), transferências eletrônicas,
compra de instrumentos financeiros com possibilidade de rotação rápida e
contínua, composta de ativos de fácil disponibilidade e a utilização de
empresas fictícias.

A última etapa do processo de lavagem de dinheiro é denominada


integração, que tem como objetivo introduzir novamente os fundos
lavados dentro da economia legítima.

Após reciclar os lucros de origem criminosa por meio das duas


primeiras fases da lavagem, o criminoso faz com que os ativos sejam
incorporados formalmente ao sistema econômico legal por intermédio do
investimento em empreendimentos, geralmente lícitos, ou da simples compra
de bens. Os meios mais comumente utilizados na última etapa são
investimentos em redes hoteleiras, supermercados, participação em capital
social das empresas, compra de imóveis, ações, ouro, obras de arte, joias
etc. 40890976813

Em resumo, podemos definir e explicar as 3 etapas do processo de


lavagem de dinheiro da seguinte forma:

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Recursos ilícitos são inseridos no


Colocação sistema financeiro formal

Passam por diversas contas no país e


Circulação no exterior em nome de várias pessoas

Esses recursos são novamente


Integração inseridos na economia formal

Diante dessas primeiras definições, pode-se dizer, de forma bastante


simplificada, que a lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o
criminoso busca dar aparência lícita a recursos oriundos de prática
criminosa anteriormente praticada.

É importante citar que, para ocorrer a lavagem de dinheiro, é


necessária a prática de uma infração penal anteriormente, como vimos nas
explicações.

Assim, se o agente pretende ocultar e/ou dissimular os recursos de


alguma atividade não tipificada como infração penal, o processo de ocultação
e dissimulação dos recursos oriundos não pode ser considerado como crime
de lavagem de dinheiro. 40890976813

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3. LEI N. 9.613/98

A referida Lei dispõe (i) sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação


de bens, direitos e valores, (ii) sobre a prevenção da utilização do sistema
financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei, e (iii) sobre a criação do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF.

Bom, já definimos o crime de lavagem, além de mencionar as etapas


em que se desenvolve.

Nos falta, portanto, tratar dos instrumentos do SFN para se prevenir


da prática da lavagem de dinheiro e da definição e abrangência do COAF.

Prevenção do SFN

A criação da Lei 9613/98, além de tipificar a lavagem de dinheiro,


originou um sistema de prevenção dos crimes de lavagem de dinheiro que
trata desde a parte preventiva, trazendo novas regras para o mercado
financeiro relevante, até a parte de inteligência e repressão.

O Sistema Financeiro Nacional é um candidato óbvio a fazer parte


deste sistema de prevenção, pois grande parte dos recursos destinados à
lavagem são destinados ao sistema financeiro, através da compra de títulos,
ativos e valores mobiliários de todos os tipos.

Assim, a Lei 9613/98 obriga a identificação, manutenção de


registros e comunicação de operações financeiras atípicas ou suspeitas
por parte de todas “as pessoas jurídicas que tenham, em caráter
permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória,
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cumulativamente ou não:

 a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de


terceiros, em moeda nacional ou estrangeira.

 a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo


financeiro ou instrumento cambial.

 a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,


intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.

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 as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e os
sistemas de negociação do mercado de balcão organizado;

 as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de


previdência complementar ou de capitalização;

 as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de


crédito, bem como as administradoras de consórcios para aquisição
de bens ou serviços;

 as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou


qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que
permita a transferência de fundos;

 as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento


comercial (factoring);

 as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens


móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos
na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;

 as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil


qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que de forma
eventual;

 as demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de


órgão regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de
seguros;

 as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no


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Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por


qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça
qualquer das atividades referidas neste artigo;

 as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção


imobiliária ou compra e venda de imóveis;

 as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais


preciosos, objetos de arte e antiguidades;

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 as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto
valor, intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que
envolvam grande volume de recursos em espécie;

 as juntas comerciais e os registros públicos;

 as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente,


serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria,
aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações: de
compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais
ou participações societárias de qualquer natureza; e gestão de fundos,
valores mobiliários ou outros ativos;

 de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento


ou de valores mobiliários; de criação, exploração ou gestão de
sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou
estruturas análogas;

 financeiras, societárias ou imobiliárias;

 de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a


atividades desportivas ou artísticas profissionais;

 pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação,


comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de
transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos
similares;

 as empresas de transporte e guarda de valores;


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 as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de


origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comercialização; e

 as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por


meio de sua matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.

Como visto, são muitas as entidades obrigadas a informar e


identificar operações atípicas e suspeitas, bem como seus proprietários. As
entidades que nos interessam, e fazem parte do SFN, estão grifadas. As

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demais foram citadas por prudência, e constituem parte dos mais variados
setores da economia que apresentam exposição à lavagem de dinheiro,

Todas estas instituições devem informar os seguintes dados:

 Identificar seus clientes e manter cadastro atualizado, nos termos de


instruções emanadas das autoridades competentes;

 Manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na


falta deste, no (Coaf), bem como de registro de toda transação em
moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de
crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser converti do em dinheiro,
que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de
instruções por esta expedidas;

 Atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e


condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da
lei, o sigilo das informações prestadas; Dispensar especial atenção às
operações que, nos termos de instruções emanadas das autoridades
competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;

 Comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na sua


falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles
estabelecidas, a não ocorrência de propostas, transações ou operações
passíveis de serem comunicadas;

 Adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com


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seu porte e volume de operações, que lhes permitam atender às


exigências de comunicação de operações financeiras.

Assim, se por um lado, a lei atribuiu a pessoas jurídicas essas


diversas determinações, também criou a obrigação de supervisão das
autoridades competentes, que veremos a seguir:

COAF

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Como já vimos, possui atribuição suplementar, ou seja, regula e supervisiona
todas as pessoas para as quais não exista órgão fiscalizador ou
regulador próprios, podendo-se destacar:

i. Empresas de fomento mercantil (factoring);

ii. Pessoas físicas e jurídicas de atuam no setor imobiliário;

iii. Pessoas jurídicas prestadoras de serviços alternativos de transferência


de numerário;

iv. Pessoas físicas ou jurídicas que comercializam objetos de arte e


antiguidades,

v. Administradoras de cartão de crédito;

vi. Entidades que distribuem numerários ou bens por meio de sorteios;

vii. Comerciantes de joias, pedras e metais preciosos;

CVM

i. Pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual,


como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a
custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação
ou administração de títulos ou valores mobiliários;

ii. Bolsas de valores;

iii. Entidades do mercado de balcão organizado;


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iv. Bolsas de mercadorias ou futuros.

SUSEP

i. Sociedades seguradoras;

ii. Sociedades de capitalização;

iii. Entidades abertas de previdência complementar;

iv. Corretores de seguros, de capitalização, de previdência complementar;

v. Resseguradores locais;

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vi. Escritórios de representação de resseguradores admitidos.

PREVIC

i. Fundos de pensão.

BACEN

ii. Bancos múltiplos, bancos comerciais e caixas econômicas;

iii. Bancos de investimento e de desenvolvimento;

iv. Sociedades Financeiras;

v. Corretoras e distribuidoras;

vi. Sociedades de arrendamento mercantil;

vii. Sociedades de crédito imobiliário;

viii. Associações de poupança e empréstimo;

ix. Cooperativas de crédito;

x. Administradores de instituições financeiras;

xi. Administradoras de consórcios e seus administradores;

xii. Auditores independentes;

xiii. Exportadores, importadores e agências de turismo;

xiv. Pessoas físicas ou jurídicas que atuem, sem autorização do Banco


Central, em atividades por ele supervisionadas.

São esses órgãos que definem as regras de identificação e


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registros de clientes e seus negócios, as operações que devem ser


comunicadas, dentre outras obrigações.

COAF

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) foi criado


pela Lei n. 9.613, de 03 de março de 1998.

Sob o comando de seu presidente, o COAF está operacionalmente


estruturado em uma Secretaria Executiva e uma Diretoria de Inteligência. O
quadro de profissionais é composto por servidores de diversas carreiras
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públicas do ministério da Fazenda e de outros órgãos federais e entidades
públicas.

O presidente do COAF é nomeado pelo presidente da República,


por indicação do ministro da Fazenda.

Os Conselheiros do COAF devem ser servidores públicos de


reputação ilibada e reconhecida competência, designados em ato do
ministro da Fazenda, integrantes dos quadros de pessoal efetivos dos
seguintes órgãos:

Banco Central do Brasil

Comissão de Valores Mobiliários

Superintendência de Seguros Privados

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional

Secretaria da Receita Federal do Brasil

Agência Brasileira de Inteligência

Departamento de Polícia Federal

Ministério das Relações Exteriores

Ministério da Justiça

Ministério da Previdência Social

Controladoria-Geral da União
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O Plenário do COAF é composto, portanto, pelo presidente e por


onze conselheiros oriundos dos órgãos acima relacionados (cada órgão
indica 1 conselheiro).

O Estatuto do COAF prevê, ainda, a participação da Advocacia-Geral


da União, na qualidade de consultoria jurídica do Conselho. Representantes
destes órgãos reúnem-se periodicamente, em sessões ordinárias ou, para
tratar de assuntos específicos, em sessões extraordinárias convocadas pelo
presidente.

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Adicionalmente, o Plenário reúne-se, quando necessário, para
realizar sessões de julgamento de processos administrativos sancionadores.

O COAF regula e supervisiona setores obrigados que não possuem


órgão supervisor próprio, tais como as empresas de fomento mercantil ou
factoring, loterias, comerciantes de obras de arte e antiguidades,
comerciantes de joias e metais preciosos, entre outros previstos na Lei n.
9.613/98.

Como órgão regulador, o COAF expede Resoluções que


estabelecem as regras para que os setores obrigados cumpram com os
deveres de manter registro de transações, de conhecer o cliente, de
comunicar situações suspeitas de lavagem de dinheiro ou de
financiamento do terrorismo, entre outros requisitos.

No exercício da função de supervisor, o COAF conduz


averiguações preliminares para verificar o devido cumprimento de suas
Resoluções. Por decisão do Plenário, também instaura e julga processos
administrativos sancionadores. Eventuais sanções aplicadas a empresas
de setores regulados pelo COAF poderão, ainda, ser objeto de recurso ao
ministro da Fazenda, como última instância administrativa.

Atuando eminentemente na prevenção, o COAF auxilia as


autoridades competentes no combate à lavagem de dinheiro e ao
financiamento do terrorismo.

Não compete ao órgão realizar investigações ou controlar a


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infinidade de operações financeiras realizadas diariamente no Brasil, nem


receber ou analisar contratos e tampouco acessar contas ou investimentos
de pessoas físicas ou jurídicas.

As características operacionais do COAF e de seu sistema de


informações, o SISCOAF, permitem grande agilidade de resposta e
flexibilidade no intercâmbio de informações com autoridades brasileiras e do
exterior.

Os relatórios produzidos, denominados Relatórios de Inteligência


Financeira (RIF), são protegidos por sigilo, inclusive bancário, e têm como
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destinatárias as autoridades competentes para investigação, em especial, a
Polícia Federal e o Ministério Público. A violação do sigilo do RIF, além de
constituir crime, causa transtornos às entidades obrigadas por lei a fornecer
informações ao COAF, às próprias autoridades competentes e, em última
instância, ao Sistema de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao
Financiamento do Terrorismo como um todo.

Para melhor atender à crescente demanda por seus serviços e


buscando a modernização da gestão institucional, o COAF declarou, em
2007, quatro diretrizes estratégicas. São elas: missão, valores, visão e
objetivos estratégicos.

 Missão: prevenir a utilização dos setores econômicos para a lavagem de


dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o
intercâmbio de informações entre os setores público e privado.

 Valores: ética, transparência, criatividade, sigilo, credibilidade,


responsabilidade, espírito cooperativo, acessibilidade e iniciativa.

 Visão: ser um órgão de Estado moderno, eficiente e eficaz, com pessoal


qualificado e bem treinado, utilizando tecnologia de ponta.

As atribuições do COAF podem ser divididas em três grupos


principais: inteligência financeira, regulação e supervisão.

Em resumo, temos que ter em mente que o COAF cumpre com as


seguintes obrigações:

 Disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e


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identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas ligadas à


lavagem de dinheiro;

 Regular e supervisionar setores obrigados que não possuem órgão


supervisor próprio;

 Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de


informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à
ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores

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 Requerer aos órgãos da Administração Pública as informações
cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em
atividades suspeitas ligadas à lavagem de dinheiro

 Comunicar as autoridades competentes para a instauração dos


procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes de
lavagem de dinheiro, de fundados indícios de sua prática, ou de
qualquer outro ilícito.

4. CIRCULAR BACEN 3.461/09

Nossos dois próximos e últimos tópicos da Aula estão relacionados


com a regulamentação do Bacen para prevenir as práticas de lavagem de
dinheiro.

O Edital não menciona quais os dispositivos que serão cobrados. Isto


nos permite concluir que é necessário estudar as circulares inteiramente.

Este fato, obviamente, torna nosso estudo um pouco maçante, tendo


em vista que não há muitos conceitos a serem aprendidos, mas tão somente
regras/casos a serem “decoradas”.

Infelizmente, não há escolha. O Edital pede, nós obedecemos.

Bom, comecemos.

A Circular 3.461/09 do BACEN consolida as regras a serem


adotadas na prevenção e combate às atividades relacionadas com os
crimes previstos na Lei 9.613/98.
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Ela estabelece, entre outras regras, que as instituições financeiras e


demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil
devem implementar políticas, procedimentos e controles internos, de
forma compatível com seu porte e volume de operações, destinados a
prevenir sua utilização na prática dos crimes de lavagem de dinheiro.

Desse modo, são políticas preventivas à prática de crimes de


lavagem de dinheiro, que devem ser implementadas pelas instituições
financeiras citadas, as seguintes:

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 Especificar em documento interno as responsabilidades dos integrantes
de cada nível hierárquico da instituição;

 Contemplar a coleta e registro de informações tempestivas sobre


clientes, que permitam a identificação dos riscos de ocorrência da prática
dos mencionados crimes;

 Definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e


acompanhamento da situação econômico financeira dos empregados da
instituição;

 Incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob a ótica da


prevenção dos mencionados crimes;

 Ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua ausência, pela


diretoria da instituição;

 Receber ampla divulgação interna;

 Adotar medidas prévias ao procedimento que permitam confirmar as


informações cadastrais dos clientes e identificar os beneficiários finais
das operações e possibilitar a caracterização ou não de clientes como
pessoas politicamente expostas.

Vale ressaltar, que as políticas e procedimentos internos de controle


citados acima devem ser implementados também pelas dependências e
subsidiárias situadas no exterior das instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

O diretor, responsável pela implementação e cumprimento das


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medidas estabelecidas na Circular, deve informar por escrito ao Banco


Central do Brasil sobre a existência de legislação ou regulamentação que
impeça ou limite a aplicação das políticas listadas a suas dependências e
subsidiárias situadas no exterior.

Da Manutenção de Informações Cadastrais Atualizadas

As instituições financeiras devem coletar e manter atualizadas as


informações cadastrais de seus clientes permanentes. De acordo com a
Circular, considera-se cliente eventual ou permanente qualquer pessoa
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natural ou jurídica com a qual seja mantido, respectivamente em caráter
eventual ou permanente, relacionamento destinado à prestação de serviço
financeiro ou à realização de operação financeira.

As instituições financeiras devem coletar e manter atualizadas as


informações cadastrais de seus clientes permanentes, incluindo, no mínimo:

 Qualificação do cliente: nome completo, filiação, nacionalidade, data e


local do nascimento, CPF, CNPJ, atividade/profissão principal, endereço,
contato telefonico etc.

 Valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas naturais, e de


faturamento médio mensal referente aos doze meses anteriores, no caso
de pessoas jurídicas; e

 declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da relação de


negócio com a instituição.

De acordo com a Circular, as informações relativas a cliente pessoa


natural devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-la.

Por outro lado, as informações cadastrais relativas a cliente pessoa


jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-la,
bem como a cadeia de participação societária, até alcançar a pessoa natural
caracterizada como beneficiário final.

Admite-se o desenvolvimento de procedimento interno destinado à


identificação de operações ou serviços financeiros eventuais que apresentem
baixo risco de utilização para lavagem de dinheiro ou de financiamento ao
40890976813

terrorismo, para os quais é dispensada a exigência de obtenção das


informações cadastrais de clientes, ressalvado o cumprimento do disposto na
circular.

Das Pessoas Expostas Politicamente (PEP)

As instituições financeiras tratadas na circular devem coletar de seus


clientes permanentes informações que permitam caracterizá-los ou não como
pessoas expostas politicamente (PEP) e identificar a origem dos fundos
envolvidos nas transações dos clientes assim caracterizados.

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Consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes públicos
que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no
Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos,
empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes,
familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo.

No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos:

 os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo


da União;

 os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União:

a) de ministro de estado ou equiparado;

b) de natureza especial ou equivalente;

c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de

autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de

economia mista;

d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou

equivalentes;

 os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal


Federal, dos tribunais superiores, dos tribunais regionais federais, do
trabalho e eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do
Conselho da Justiça Federal;
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 os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-


Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-
Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os
Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores- Gerais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal;

 os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do


Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União; os governadores
de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de justiça, de
assembleia e câmara legislativa, os presidentes de tribunal de contas de

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Estado, do Distrito Federal e de Município, e de conselho de contas dos
Municípios;

 os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.

Do Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio

As instituições financeiras somente devem iniciar qualquer relação de


negócio ou dar prosseguimento a relação já existente com o cliente, se
observadas as providências estabelecidas na circular. Esta foi uma alteração
recente, inserida pela Circular 3.583/2012.

Dos Registros de Serviços Financeiros e Operações Financeiras

É dever das instituições financeiras também, manter registros de


todos os serviços financeiros prestados e de todas as operações financeiras
realizadas com os clientes ou em seu nome. No caso de movimentação de
recursos por clientes permanentes, os registros devem conter informações
consolidadas que permitam verificar:

 a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade


econômica e capacidade financeira do cliente;

 a origem dos recursos movimentados;

 os beneficiários finais das movimentações.

Devem ser mantidos registros específicos das operações de


transferência de recursos. O sistema de registro deve permitir a identificação:

 das operações referentes ao acolhimento em depósitos de Transferência


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Eletrônica Disponível (TED), de cheque, cheque administrativo, cheque


ordem de pagamento e outros documentos compensáveis de mesma
natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra instituição
financeira;

 das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento,


de ordem de pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de
outros instrumentos de transferência de recursos, quando de valor
superior a R$1.000,00 (mil reais).

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Estado, do Distrito Federal e de Município, e de conselho de contas dos
Municípios;

 os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.

Do Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio

As instituições financeiras somente devem iniciar qualquer relação de


negócio ou dar prosseguimento a relação já existente com o cliente, se
observadas as providências estabelecidas na circular. Esta foi uma alteração
recente, inserida pela Circular 3.583/2012.

Dos Registros de Serviços Financeiros e Operações Financeiras

É dever das instituições financeiras também, manter registros de


todos os serviços financeiros prestados e de todas as operações financeiras
realizadas com os clientes ou em seu nome. No caso de movimentação de
recursos por clientes permanentes, os registros devem conter informações
consolidadas que permitam verificar:

 a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade


econômica e capacidade financeira do cliente;

 a origem dos recursos movimentados;

 os beneficiários finais das movimentações.

Devem ser mantidos registros específicos das operações de


transferência de recursos. O sistema de registro deve permitir a identificação:

 das operações referentes ao acolhimento em depósitos de Transferência


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Eletrônica Disponível (TED), de cheque, cheque administrativo, cheque


ordem de pagamento e outros documentos compensáveis de mesma
natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra instituição
financeira;

 das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento,


de ordem de pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de
outros instrumentos de transferência de recursos, quando de valor
superior a R$1.000,00 (mil reais).

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Dos Registros de Movimentação Superior a R$100.000,00 em Espécie

Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal, os bancos


múltiplos com carteira comercial ou de crédito imobiliário, as sociedades de
crédito imobiliário, as sociedades de poupança e empréstimo e as
cooperativas de crédito devem manter registros específicos das operações
de depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de
cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque.

O sistema de registro deve permitir a identificação de:

 depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de


cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual
ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais);

 depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de


cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque, que
apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem,
da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de
bens, direitos e valores;

 emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro instrumento


de transferência de fundos contra pagamento em espécie, de valor igual
ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais).

Das Comunicações ao Coaf

Todas as instituições financeiras devem comunicar ao Conselho de


Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma determinada pelo Banco
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Central do Brasil:

 as ocorrências de registros de cartões pré-pagos em montante


acumulado igual ou superior a R$100.00,00; e

 II - as ocorrências dos registros de movimentação superior a


R$100.000,00 em espécie.

 as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual ou


superior a R$10.000,00 (dez mil reais) e que, considerando as partes
envolvidas, os valores, as formas de realização, os instrumentos
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utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam
configurar a existência de indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613,
de 1998;

 as operações realizadas ou serviços prestados que, por sua


habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que objetive burlar os
mecanismos de identificação, controle e registro;

 as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer que seja o


valor, a pessoas que reconhecidamente tenham perpetrado ou intentado
perpetrar atos terroristas ou neles participado ou facilitado o seu
cometimento, bem como a existência de recursos pertencentes ou por
eles controlados direta ou indiretamente;

 os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.

As comunicações ao Coaf deverão ser efetuadas sem que seja dada


ciência aos envolvidos ou a terceiros. As comunicações relativas a cliente
identificado como pessoa politicamente exposta devem incluir
especificamente essa informação. A alteração ou o cancelamento de
comunicação efetuados após o quinto dia útil seguinte ao da sua inclusão
devem ser acompanhados de justificativa da ocorrência.

As comunicações ao Coaf relativas a instituições integrantes de


conglomerado financeiro e a instituições associadas a sistemas cooperativos
de crédito podem ser efetuadas, respectivamente, pela instituição líder do
conglomerado econômico e pela cooperativa central de crédito.
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As instituições financeiras devem manter, pelo prazo de 5 (cinco)


anos, os documentos relativos às análises de operações ou propostas que
fundamentaram a decisão de efetuar ou não as comunicações ao Coaf.

Devem, também, indicar ao Banco Central do Brasil diretor


responsável pela implementação e cumprimento das medidas estabelecidas
nesta circular, bem como pelas comunicações ao Coaf. Para fins da
responsabilidade das comunicações realizadas, admite-se que o diretor
indicado desempenhe outras funções na instituição, exceto a relativa à
administração de recursos de terceiros.
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No caso de conglomerados financeiros, admite-se a indicação de um
diretor responsável pela implementação e cumprimento das medidas
estabelecidas na circular, bem como pelas comunicações referentes às
respectivas instituições integrantes.

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5. CARTA-CIRCULAR BACEN 3.542/12

A Carta Circular Bacen 3.542/12 informa a relação de operações


que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na
Lei 9.613/98, passíveis de comunicação ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf).

Informo desde já que, assim como na Circular Bacen 3.461/09,


estamos diante de uma lista exemplificativa. Caso verificada a ocorrência de
qualquer uma delas, a instituição financeira deve comunicar ao COAF.

A divulgação deve conter as partes envolvidas, os valores, a


frequência, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a
falta de fundamento econômico ou legal.

Ao se cotejar estas informações, elas podem configurar indícios de


ocorrência dos crimes previstos na Lei de lavagem de dinheiro, passíveis de
comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Vejamos as principais ligadas ao SFN 2:

I - situações relacionadas com operações em espécie em moeda


nacional:

 realização de depósitos, saques, pedidos de provisionamento para saque


ou qualquer outro instrumento de transferência de recursos em espécie,
que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente
ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira;

 movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades


40890976813

possuam como característica a utilização de outros instrumentos de


transferência de recursos, tais como cheques, cartões de débito ou
crédito;

 aumentos substanciais no volume de depósitos em espécie de qualquer


pessoa natural ou jurídica, sem causa aparente, nos casos em que tais

2
Omiti, propositalmente, as operações ligadas a transações internacionais e à
pratica do terrorismo que, obviamente, não estão relacionadas com nosso certame.
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depósitos forem posteriormente transferidos, dentro de curto período de
tempo, a destino não relacionado com o cliente;

 fragmentação de depósitos, em espécie, de forma a dissimular o valor


total da movimentação;

 realização de depósitos de grandes valores em espécie, de forma


parcelada, especialmente em regiões geográficas de maior risco,
principalmente nos mesmos caixas ou terminais de autoatendimento
próximos, destinados a uma única conta ou a várias contas em
municípios ou agências distintas;

 movimentação de recursos em espécie em municípios localizados em


regiões de fronteira, que apresentem indícios de atipicidade ou d
incompatibilidade com a capacidade econômico-financeira do cliente;

 realização de depósitos em espécie em contas de clientes que exerçam


atividade comercial relacionada com negociação de bens de luxo ou de
alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos, joias, automóveis ou
aeronaves executivas;

 realização de saques em espécie de conta que receba diversos depósitos


por transferência eletrônica de várias origens em curto período de tempo;

 realização de depósito em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas,


mofadas, ou com aspecto de que foram armazenadas em local impróprio
ou ainda que apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos,
empacotadas em maços desorganizados e não uniformes; e
40890976813

 realização de depósitos ou troca de grandes quantidades de cédulas de


pequeno valor, realizados por pessoa natural ou jurídica, cuja atividade
ou negócio não tenha como característica recebimentos de

grandes quantias de recursos em espécie;

II - situações relacionadas com operações em espécie em moeda


estrangeira e cheques de viagem:

 movimentação de recursos em espécie em moeda estrangeira ou


cheques de viagem, que apresente atipicidade em relação à atividade
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econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade
econômico-financeira;

 negociações de moeda estrangeira em espécie, em municípios


localizados em regiões de fronteira, que não apresentem compatibilidade
com a natureza declarada da operação;

 negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem


denominados em moeda estrangeira, que não apresentem
compatibilidade com a natureza declarada da operação;

 negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem


denominados em moeda estrangeira, realizadas por diferentes pessoas
naturais, não relacionadas entre si, que informem o mesmo endereço
residencial; e

 recebimentos de moeda estrangeira em espécie, por pessoas naturais


residentes no exterior, transitoriamente no País, decorrentes de ordens
de pagamento a seu favor ou da utilização de cartão de uso internacional,
sem a evidência de propósito claro;

III - situações relacionadas com dados cadastrais de clientes:

 resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de


relacionamento ou para a atualização cadastral, oferecimento de
informação falsa ou prestação de informação de difícil ou onerosa
verificação;

 abertura, movimentação de contas ou realização de operações por


40890976813

detentor de procuração ou de qualquer outro tipo de mandato;

 apresentação de irregularidades relacionadas aos procedimentos de


identificação e registro das operações exigidos pela regulamentação
vigente, seguidas ou não do encerramento do relacionamento comercial;

 cadastramento de várias contas em uma mesma data, ou em curto


período, com depósitos de valores idênticos ou aproximados, ou com
outros elementos em comum, tais como origem dos recursos, titulares,
procuradores, sócios, endereço, número de telefone, etc;

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 realização de operações em que não seja possível identificar o
beneficiário final, observados os procedimentos definidos na
regulamentação vigente;

 informação de mesmo endereço comercial por diferentes pessoas


jurídicas ou organizações, sem justificativa razoável para tal ocorrência;

 representação de diferentes pessoas jurídicas ou organizações pelos


mesmos procuradores ou representantes legais, sem justificativa
razoável para tal ocorrência;

 informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas


naturais, sem demonstração da existência de relação familiar ou
comercial; e

 incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento informados


com o padrão apresentado por clientes com o mesmo perfil;

IV - situações relacionadas com a movimentação de contas:

 movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade


econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do
cliente;

 transferências de valores arredondados na unidade de milhar ou que


estejam um pouco abaixo do limite para notificação de operações;

 movimentação de recursos de alto valor, de forma contumaz, em


benefício de terceiros;
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 manutenção de numerosas contas destinadas ao acolhimento de


depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados,
resultem em quantia significativa;

 movimentação de quantia significativa por meio de conta até então pouco


movimentada ou de conta que acolha depósito inusitado;

 ausência repentina de movimentação financeira em conta que


anteriormente apresentava grande movimentação; utilização de cofres de
aluguel de forma atípica em relação ao perfil do cliente;

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 dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como recebimento
de crédito, de juros remuneratórios para grandes saldos ou, ainda, de
outros serviços bancários especiais que, em circunstâncias normais,
sejam valiosas para qualquer cliente;

 mudança repentina e injustificada na forma de movimentação de recursos


ou nos tipos de transação utilizados;

 solicitação de não observância ou atuação no sentido de induzir


funcionários da instituição a não seguirem os procedimentos
regulamentares ou formais para a realização de uma operação;
recebimento de recursos com imediata compra de instrumentos para a
realização de pagamentos ou de transferências a terceiros, sem
justificativa;

 realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma,


configurem artifício para burla da identificação da origem, do destino, dos
responsáveis ou dos beneficiários finais;

 existência de contas que apresentem créditos e débitos com a utilização


de instrumentos de transferência de recursos não característicos para a
ocupação ou o ramo de atividade desenvolvida pelo cliente;

 recebimento de depósitos provenientes de diversas origens, sem


fundamentação econômico-financeira, especialmente provenientes de
regiões distantes do local de atuação da pessoa jurídica ou distantes do
domicílio da pessoa natural;
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 pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que não


apresentem ligação com a atividade ou ramo de negócio da pessoa
jurídica;

 pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para fornecedor


distante de seu local de atuação, sem fundamentação econômico
financeira;

 realização de depósitos de cheques endossados totalizando valores


significativos;

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 existência de conta de depósitos à vista de organizações sem fins
lucrativos cujos saldos ou movimentações financeiras não apresentem
fundamentação econômica ou legal ou nas quais pareça não haver
vinculação entre a atividade declarada da organização e as outras partes
envolvidas nas transações;

 movimentação habitual de recursos financeiros de ou para pessoas


politicamente expostas ou pessoas de relacionamento próximo, não
justificada por eventos econômicos;

 existência de contas em nome de menores ou incapazes, cujos


representantes realizem grande número de operações atípicas; e

 transações significativas e incomuns por meio de contas de depósito de


investidores não residentes constituídos sob a forma de trust;

V - situações relacionadas com operações de investimento interno:

 operações ou conjunto de operações de compra ou de venda de títulos e


valores mobiliários a preços incompatíveis com os praticados no
mercado ou quando realizadas por pessoa cuja atividade declarada e
perfil não se coadunem ao tipo de negociação realizada;

 realização de operações atípicas que resultem em elevados ganhos para


os agentes intermediários, em desproporção com a natureza dos serviços
efetivamente prestados;

 investimentos significativos em produtos de baixa rentabilidade e liquidez;

 investimentos significativos não proporcionais à capacidade econômico-


40890976813

financeira do cliente, ou cuja origem não seja claramente conhecida; e

 resgates de investimentos no curtíssimo prazo, independentemente do


resultado auferido;

VI - situações relacionadas com cartões de pagamento:

 utilização, carga ou recarga de cartão em valor não compatível com a


capacidade econômico-financeira, atividade ou perfil do usuário;

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 realização de múltiplos saques com cartão em terminais eletrônicos em
localidades diversas e distantes do local de contratação ou recarga;

 utilização do cartão de forma incompatível com o perfil do cliente,


incluindo operações atípicas em outros países;

 utilização de diversas fontes de recursos para carga e recarga de


cartões; e

 realização de operações de carga e recarga de cartões, seguidas


imediatamente por saques em caixas eletrônicos.

VII - situações relacionadas com operações de crédito no País:

 realização de operações de crédito no País liquidadas com recursos


aparentemente incompatíveis com a situação econômico-financeira do
cliente;

 solicitação de concessão de crédito no País incompatível com a atividade


econômica ou com a capacidade financeira do cliente;

 realização de operação de crédito no País seguida de remessa de


recursos ao exterior, sem fundamento econômico ou legal, e sem
relacionamento com a operação de crédito;

 realização de operações de crédito no País, simultâneas ou


consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em prazo muito curto;

 liquidação de operações de crédito no País por terceiros, sem justificativa


aparente;
40890976813

 concessão de garantias de operações de crédito no País por terceiros


não relacionados ao tomador;

 realização de operação de crédito no País com oferecimento de garantia


no exterior por cliente sem tradição de realização de operações no
exterior; e

 aquisição de bens ou serviços incompatíveis com o objeto da pessoa


jurídica, especialmente quando os recursos forem originados de crédito
no País;

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VIII - situações relacionadas com a movimentação de recursos oriundos
de contratos com o setor público:

 movimentações atípicas de recursos por agentes públicos, conforme


definidos no art. 2º da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992;

 movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou jurídica


relacionados a patrocínio, propaganda, marketing, consultorias,
assessorias e capacitação;

 movimentações atípicas de recursos por organizações sem fins


lucrativos; e

 movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou jurídica


relacionados a licitações;

IX - situações relacionadas a consórcios:

 existência de consorciados detentores de elevado número de cotas,


incompatível com sua capacidade econômico-financeira ou com o objeto
da pessoa jurídica;

 aumento expressivo do número de cotas pertencentes a um mesmo


consorciado;

 oferecimento de lances incompatíveis com a capacidade econômico


financeira do consorciado;

 oferecimento de lances muito próximos ao valor do bem;

 pagamento antecipado de quantidade expressiva de


40890976813 prestações
vincendas, não condizente com a capacidade econômico-financeira do
consorciado;

 aquisição de cotas previamente contempladas, seguida de quitação das


prestações vincendas;

 utilização de documentos falsificados na adesão ou tentativa de adesão a


grupo de consórcio;

Ufa!
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Finalmente o conteúdo está finalizado.

Um pouco cansativo, mas necessário para a aprovação.

Agora, podemos iniciar a resolução de exercícios, que seguem


abaixo:

01. CESGRANRIO/BB/2015

Sr. X é cidadão brasileiro, possuindo bens, direitos e obrigações no


Brasil, bem como atividades negociais no exterior. Por força de suas
atividades empresariais, ele possui um cartão de crédito ilimitado, com
validação fora do país, emitido por instituição financeira transnacional
com autorização para atuar no país. Em determinado momento, as
sociedades empresariais das quais participa não atingem as suas
metas, gerando prejuízos. Apesar disso, o nível dos seus gastos e
transferências externos aumenta, o que gera comunicação preventiva
aos órgãos de controle. Nos termos da Lei no 9.613/1998, a
comunicação em resposta à requisição do órgão competente ocorrerá
por meio da:

(A) seção de auditoria

(B) gerência especial

(C) área de inteligência

(D) responsável financeira

(E) matriz no Brasil


40890976813

02. CESGRANRIO/BB/2014

Sr. X é gerente de uma agência bancária. Ele recebe o cliente, Sr. W,


conhecido empresário do ramo da construção civil, com inúmeras
aplicações financeiras na agência. Com o passar do tempo, gerente e
cliente tornam-se amigos e confidentes. Em determinado dia, o
empresário lhe confidencia ter recebido uma proposta de um conhecido
para legalizar valores que ele recebia, sem declarar à Receita Federal, e

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que adviriam de atividades não autorizadas pela lei. Diante desse fato, o
gerente adverte seu cliente de que, caso acolhesse a proposta, estaria
realizando, em termos de lavagem de dinheiro, o que caracteriza a etapa
de

(A) ocultação

(B) conclusão

(C) multiplicação

(D) integração

(E) manutenção

03. CESGRANRIO/BB/2014

Sr. Q é diretor executivo do Banco LX & T, tendo sido designado para


ser responsável pela implementação das medidas previstas na Circular
do Bacen no 3.461/2009, bem como pelas comunicações aos órgãos
nela indicados para a prevenção da lavagem de dinheiro. Não sendo a
instituição integrante de um conglomerado financeiro, não poderá o
diretor, nos termos da citada Circular, exercer função relativa à

(A) gerência de contas de pessoas jurídicas

(B) comissão governamental

(C) avaliação de recursos humanos


40890976813

(D) administração de recursos de terceiros

(E) participação em entes associativos

04. FCC/BB/2013

O COAF − Conselho de Controle de Atividades Financeiras compõe a


estrutura legal brasileira para lidar com o problema da lavagem de
dinheiro e tem como missão
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(A) autorizar, em conjunto com os bancos, o ingresso de recursos
internacionais por meio de contratos de câmbio.

(B) julgar se é de origem lícita a incorporação na economia, de modo


transitório ou permanente, de recursos, bens e valores.

(C) identificar e apontar para a Secretaria da Receita Federal do Brasil os


casos de ilícito fiscal envolvendo lavagem de dinheiro.

(D) prevenir a utilização dos setores econômicos para lavagem de dinheiro e


financiamento do terrorismo.

(E) discriminar as atividades principal ou acessória de pessoas físicas e


jurídicas sujeitas às obrigações previstas em lei.

05. FCC/BB/2012

O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de


operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na
economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de
recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por
meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases
independentes:

(A) cobrança, conversão e destinação.

(B) colocação, ocultação e integração.

(C) contratação, registro e utilização.40890976813

(D) exportação, tributação e distribuição.

(E) aplicação, valorização e resgate.

06. FCC/BB/2011

Os profissionais e as instituições financeiras têm de estar cientes que


operações que possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
previstos na lei de lavagem de dinheiro

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(A) dependem de verificação prévia pelo Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (COAF).

(B) precisam ser caracterizadas como ilícito tributário pela Receita Federal do
Brasil.

(C) não incluem as transações no mercado à vista de ações.

(D) devem ser comunicadas no prazo de 24 horas às autoridades


competentes.

(E) devem ser comunicadas antecipadamente ao cliente.

07. FCC/BB/2011

Na legislação brasileira, NÃO representa um crime cujo resultado é


passível de tipificação na lei de lavagem de dinheiro:

(A) contrabando.

(B) terrorismo.

(C) tráfico de armas.

(D) extorsão mediante sequestro.

(E) ilícito tributário

08. FCC/BB/2011

Depósitos bancários, em espécie ou em cheques de viagem, de valores


40890976813

individuais não significativos, realizados de maneira que o total de cada


depósito não seja elevado, mas que no conjunto se torne significativo,
podem configurar indício de ocorrência de

(A) crime contra a administração privada.

(B) fraude cambial.

(C) fraude contábil.

(D) crime de lavagem de dinheiro.

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(E) fraude fiscal.

09. FCC/BB/2010

A Lei no 9.613/98, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação


de bens, direitos e valores, determina que

(A) os crimes são afiançáveis e permitem liberdade provisória.

(B) a simples ocultação de valores é suficiente para cumprir exigência


punitiva.

(C) o agente pode ser punido, ainda que a posse ou o uso dos bens não lhe
tenha trazido nenhum proveito.

(D) a obtenção de proveito específico é exigida para caracterizar o crime.

(E) é facultado à instituição financeira fornecer talonário de cheque ao


depositante enquanto são verificadas as informações constantes da ficha
proposta.

10. FCC/BB/2010

A Lei no 9.613, de 1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem de


dinheiro e ocultação de bens, determina que as instituições financeiras
adotem alguns mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos,
as instituições financeiras deverão
40890976813

(A) instalar equipamentos de detecção de metais na entrada dos


estabelecimentos onde acontecem as transações financeiras.

(B) verificar se os seus clientes são pessoas politicamente expostas,


impedindo qualquer tipo de transação financeira, caso haja a positivação
dessa consulta.

(C) identificar seus clientes e manter seus cadastros atualizados nos termos
de instruções emanadas pelas autoridades competentes.

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(D) comunicar previamente aos clientes suspeitos de lavagem de dinheiro as
possíveis sanções que estes sofrerão, caso continuem com a prática
criminosa.

(E) registrar as operações suspeitas em um sistema apropriado e enviar para


a polícia civil a lista dos possíveis criminosos, com a descrição das
operações realizadas.

11. FUMARC/BDMG/2011

A Lei 9613/1998 dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de


bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro
para os ilícitos nela previstos; cria o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. Dentre outros,
ela tipifica como crime: ocultar ou dissimular a natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos
ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:

I. De tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; de


terrorismo e seu financiamento; de contrabando ou tráfico de armas,
munições ou material destinado à sua produção;

II. De extorsão mediante sequestro; Contra a Administração Pública,


inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou
omissão de atos administrativos;

III. Contra o sistema financeiro nacional; Praticado por organização


40890976813

criminosa; Praticado por particular contra a administração pública


estrangeira;

IV. Contra partido político.

Baseando-se no contexto acima, assinale a alternativa CORRETA:

a) Todas as assertivas estão corretas.

b) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

c) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.

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d) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.

12. CESGRANRIO/BB/2014

Nos termos da circular no 3.542/2012, NÃO está inserida nas hipóteses


de controle de situações relacionadas com atividades internacionais a

(A) existência de recursos pertencentes ou controlados, direta ou


indiretamente, por pessoas que reconhecidamente tenham cometido atos
terroristas.

(B) realização de transferências unilaterais que, pela habitualidade, valor ou


forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade.

(C) utilização de operações complexas e com custos mais elevados que


visem a dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação da natureza
da operação.

(D) realização de pagamentos de importação e recebimentos de exportação,


antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja avaliação econômico-
financeira seja incompatível com o montante negociado.

(E) realização de pagamentos a terceiros não relacionados a operações de


importação ou de exportação.

01. A questão é direta.

Vimos que, de acordo com a Lei 9613/98, há a necessidade de identificação,


40890976813

manutenção de registros e comunicação de operações financeiras atípicas ou


suspeitas por parte de todas
as“pessoas jurídicas que tenham, em caráter
permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória,
cumulativamente, ou não, a captação, intermediação e aplicação de recursos
financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, entre outras.

Desta forma, o responsável pela comunicação é a pessoa jurídica da


instituição financeira. Dito de outro modo, é a matriz que deve informar sobre
as operações suspeitas.

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GABARITO: LETRA A

02. Questão um pouco polêmica, em meu entendimento.

De acordo com o comando da questão, o Sr. W. recebeu uma proposta de


um amigo para “legalizar” valores advindos de atividade não autorizada por
lei. Como o Sr. W possui atividade econômica lícita, o termo “legalizar” dá a
entender que a proposta do seu amigo foi para integrar os recursos na
economia formal.

No entanto, a banca considerou como correta a Alternativa A, correspondente


à fase de ocultação. Entendo que seriam necessárias mais informação para
se conseguir diferenciar a ocultação da integração.

GABARITO: LETRA A

03. Ótima questão.

Segundo a Circular. as instituições a que se aplicam a norma devem indicar


ao Banco Central do Brasil diretor responsável pela implementação e
cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular. O responsável por
estas atividades no âmbito da instituição financeira pode desempenhar outras
funções, exceto a relativa à administração de recursos de terceiros.

Adicionalmente, no caso de conglomerados financeiros, admite-se a


indicação de um diretor responsável pela implementação e cumprimento das
40890976813

medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas comunicações


referentes às respectivas instituições integrantes.

GABARITO: LETRA D

04. Achou que era preciosismo do professor citar missão, visão e valores do
COAF?

Mas, não!
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Como vimos no tópico relacionado a Missão do COAF é prevenir a utilização
dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento do
terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre
os setores público e privado.

GABARITO: LETRA D

05. Esta é mole.

A transformação dos recursos “sujos” em “limpos” através da lavagem de


dinheiro é feita em 3 etapas: colocação, ocultação e integração.

GABARITO: B

06. Uma das obrigações impostas pela lei 9.613/98 às instituições financeiras
e pessoas físicas contempladas na mesma, na intenção de se prevenir a
prática do crime de lavagem de dinheiro, é justamente a comunicação no
prazo de 24h ao Coaf de todas as operações suspeitas de lavagem de
dinheiro, sem dar ciência de tal ato ao cliente.

As pessoas obrigadas a comunicar, assim como as operações passíveis de


comunicação (suspeitas) estão elencadas na Circular e Carta-Circular do
Bacen expostas na aula.

GABARITO: LETRA D

40890976813

07. Esta questão é muito interessante.

Até 2012, era necessária a prática de alguns crimes antecedentes para


configurar a lavagem de dinheiro. Desta forma, os recursos originados de
práticas tais como contrabando, terrorismo, tráfico de armas e extorsão
mediante sequestro e colocados na economia eram “lavados”. A colocação
de recursos oriundos de ilícitos tributários não era considerado como crime
de lavagem de dinheiro.

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No entanto, com a atualização da Lei de Lavagem de Dinheiro, em 2012,
vimos que qualquer infração penal antecedente é capaz de configura a
lavagem de dinheiro.

Portanto, nos termos atuais, esta questão está com todos os itens anulados.
E por isto resolvi citá-la, mostrando o antes e depois da Lei.

GABARITO: ANULADA

08. Como não podia ser diferente, o caso denota crime de lavagem de
dinheiro.

GABARITO: LETRA D

09. Quando definimos o crime de lavagem de dinheiro, no início da aula, não


foi citada a necessidade de proveito na posse ou uso do bem originado com
recursos oriundos de infração penal.

Portanto, a Letra C faz sentido. Para ser punido, o indivíduo que comete o
crime de lavagem de dinheiro não necessita fazer proveito do bem, mas tão
somente converter os recursos oriundos de infração penal em bens ou outros
ativos.

GABARITO: LETRA C

10. Vejamos as alternativas: 40890976813

a) esta norma de instalação de equipamentos não é derivada da legislação


de lavagem de dinheiro, mas de outros regulamentos de segurança

b) as pessoas politicamente expostas devem ser identificadas, mas não


podem ter impedidas qualquer tipo de transação financeira

c) Está correta. Como vimos, há a necessidade das instituições financeiras


manter o cadastro atualizado e identificar seus clientes.

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d) As comunicações ao COAF ou demais órgãos competentes não é feita
mediantecomunicaçãoprévia dos clientes “denunciados”.Vimos que a
comunicação prescinde o aviso prévio aos clientes

e) Incorre em erro parecido com a letra b. Assim como não podem ser
impedidas de realizar todas as transações financeiras, as pessoas
politicamente expostas possuem restrições, que forma citadas no decorrer da
aula.

GABARITO: LETRA C

11. Como vimos, a lei 9.613/98 determina que o crime de Lavagem de


Dinheiro consiste na ocultação ou dissimulação da natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou
valores PROVENIENTES, DIRETA OU INDIRETAMENTE, DE INFRAÇÃO
PENAL.

Dessa forma, entendendo que infração penal pode ser definida como
qualquer crime ou contravenção cometida pelo agente, todas as alternativas
elencadas são possíveis de serem práticas antecedentes ao crime de
lavagem de dinheiro.

GABARITO: LETRA A

12. A alternativa A é a correta.


40890976813

A saber, recursos pertencentes ou controlados,

direta ou indiretamente, por pessoas que reconhecidamente

tenham cometido atos terroristas, não configuram indícios da prática do crime


de Lavagem de Dinheiro e, desta forma, não estão passíveis de controle.

GABARITO: LETRA A

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6. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS

01. CESGRANRIO/BB/2015

Sr. X é cidadão brasileiro, possuindo bens, direitos e obrigações no


Brasil, bem como atividades negociais no exterior. Por força de suas
atividades empresariais, ele possui um cartão de crédito ilimitado, com
validação fora do país, emitido por instituição financeira transnacional
com autorização para atuar no país. Em determinado momento, as
sociedades empresariais das quais participa não atingem as suas
metas, gerando prejuízos. Apesar disso, o nível dos seus gastos e
transferências externos aumenta, o que gera comunicação preventiva
aos órgãos de controle. Nos termos da Lei no 9.613/1998, a
comunicação em resposta à requisição do órgão competente ocorrerá
por meio da:

(A) seção de auditoria

(B) gerência especial

(C) área de inteligência

(D) responsável financeira

(E) matriz no Brasil

A questão é direta.

Vimos que, de acordo com a Lei 9613/98, há a necessidade de identificação,


manutenção de registros e comunicação de operações financeiras atípicas ou
40890976813

suspeitas por parte de todas


as“pessoas jurídicas que tenham, em caráter
permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória,
cumulativamente, ou não, a captação, intermediação e aplicação de recursos
financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, entre outras.

Desta forma, o responsável pela comunicação é a pessoa jurídica da


instituição financeira. Dito de outro modo, é a matriz que deve informar sobre
as operações suspeitas.

GABARITO: LETRA A

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02. CESGRANRIO/BB/2014

Sr. X é gerente de uma agência bancária. Ele recebe o cliente, Sr. W,


conhecido empresário do ramo da construção civil, com inúmeras
aplicações financeiras na agência. Com o passar do tempo, gerente e
cliente tornam-se amigos e confidentes. Em determinado dia, o
empresário lhe confidencia ter recebido uma proposta de um conhecido
para legalizar valores que ele recebia, sem declarar à Receita Federal, e
que adviriam de atividades não autorizadas pela lei. Diante desse fato, o
gerente adverte seu cliente de que, caso acolhesse a proposta, estaria
realizando, em termos de lavagem de dinheiro, o que caracteriza a etapa
de

(A) ocultação

(B) conclusão

(C) multiplicação

(D) integração

(E) manutenção

Questão um pouco polêmica, em meu entendimento.

De acordo com o comando da questão, o Sr. W. recebeu uma proposta de


um amigo para “legalizar” valores advindos de atividade não autorizada por
lei. Como o Sr. W possui atividade econômica lícita, o termo “legalizar” dá a
entender que a proposta do seu amigo foi para integrar os recursos na
economia formal.
40890976813

No entanto, a banca considerou como correta a Alternativa A, correspondente


à fase de ocultação. Entendo que seriam necessárias mais informação para
se conseguir diferenciar a ocultação da integração.

GABARITO: LETRA A

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03. CESGRANRIO/BB/2014

Sr. Q é diretor executivo do Banco LX & T, tendo sido designado para


ser responsável pela implementação das medidas previstas na Circular
do Bacen no 3.461/2009, bem como pelas comunicações aos órgãos
nela indicados para a prevenção da lavagem de dinheiro. Não sendo a
instituição integrante de um conglomerado financeiro, não poderá o
diretor, nos termos da citada Circular, exercer função relativa à

(A) gerência de contas de pessoas jurídicas

(B) comissão governamental

(C) avaliação de recursos humanos

(D) administração de recursos de terceiros

(E) participação em entes associativos

Ótima questão.

Segundo a Circular, as instituições a que se aplica a norma devem indicar ao


Banco Central do Brasil diretor responsável pela implementação e
cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular. O responsável por
estas atividades no âmbito da instituição financeira pode desempenhar outras
funções, exceto a relativa à administração de recursos de terceiros.

Adicionalmente, no caso de conglomerados financeiros, admite-se a


indicação de um diretor responsável pela implementação e cumprimento das
medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas comunicações
40890976813

referentes às respectivas instituições integrantes.

GABARITO: LETRA D

04. FCC/BB/2013

O COAF − Conselho de Controle de Atividades Financeiras compõe a


estrutura legal brasileira para lidar com o problema da lavagem de
dinheiro e tem como missão

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(A) autorizar, em conjunto com os bancos, o ingresso de recursos
internacionais por meio de contratos de câmbio.

(B) julgar se é de origem lícita a incorporação na economia, de modo


transitório ou permanente, de recursos, bens e valores.

(C) identificar e apontar para a Secretaria da Receita Federal do Brasil os


casos de ilícito fiscal envolvendo lavagem de dinheiro.

(D) prevenir a utilização dos setores econômicos para lavagem de dinheiro e


financiamento do terrorismo.

(E) discriminar as atividades principal ou acessória de pessoas físicas e


jurídicas sujeitas às obrigações previstas em lei.

Achou que era preciosismo do professor citar missão, visão e valores do


COAF?

Mas, não!

Como vimos no tópico relacionado a Missão do COAF é prevenir a utilização


dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento do
terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre
os setores público e privado.

GABARITO: LETRA D

05. FCC/BB/2012

O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de


40890976813

operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na


economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de
recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por
meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases
independentes:

(A) cobrança, conversão e destinação.

(B) colocação, ocultação e integração.

(C) contratação, registro e utilização.


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(D) exportação, tributação e distribuição.

(E) aplicação, valorização e resgate.

Esta é mole.

A transformação dos recursos “sujos” em “limpos” através da lavagem de


dinheiro é feita em 3 etapas: colocação, ocultação e integração.

GABARITO: LETRA B

06. FCC/BB/2011

Os profissionais e as instituições financeiras têm de estar cientes que


operações que possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
previstos na lei de lavagem de dinheiro

(A) dependem de verificação prévia pelo Conselho de Controle de Atividades


Financeiras (COAF).

(B) precisam ser caracterizadas como ilícito tributário pela Receita Federal do
Brasil.

(C) não incluem as transações no mercado à vista de ações.

(D) devem ser comunicadas no prazo de 24 horas às autoridades


competentes.

(E) devem ser comunicadas antecipadamente ao cliente.

Uma das obrigações impostas pela lei 9.613/98 às instituições financeiras e


40890976813

pessoas físicas contempladas na mesma, na intenção de se prevenir a


prática do crime de lavagem de dinheiro, é justamente a comunicação no
prazo de 24h ao Coaf de todas as operações suspeitas de lavagem de
dinheiro, sem dar ciência de tal ato ao cliente.

As pessoas obrigadas a comunicar, assim como as operações passíveis de


comunicação (suspeitas) estão elencadas na Circular e Carta-Circular do
Bacen expostas na aula.

GABARITO: LETRA D

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07. FCC/BB/2011

Na legislação brasileira, NÃO representa um crime cujo resultado é


passível de tipificação na lei de lavagem de dinheiro:

(A) contrabando.

(B) terrorismo.

(C) tráfico de armas.

(D) extorsão mediante sequestro.

(E) ilícito tributário

Esta questão é muito interessante.

Até 2012, era necessária a prática de alguns crimes antecedentes para


configurar a lavagem de dinheiro. Desta forma, os recursos originados de
práticas tais como contrabando, terrorismo, tráfico de armas e extorsão
mediante sequestro e colocados na economia eram “lavados”. A colocação
de recursos oriundos de ilícitos tributários não era considerado como crime
de lavagem de dinheiro.

No entanto, com a atualização da Lei de Lavagem de Dinheiro, em 2012,


vimos que qualquer infração penal antecedente é capaz de configura a
lavagem de dinheiro.

Portanto, nos termos atuais, esta questão está com todos os itens anulados.
E por isto resolvi citá-la, mostrando o antes e depois da Lei.

GABARITO: ANULADA 40890976813

08. FCC/BB/2011

Depósitos bancários, em espécie ou em cheques de viagem, de valores


individuais não significativos, realizados de maneira que o total de cada
depósito não seja elevado, mas que no conjunto se torne significativo,
podem configurar indício de ocorrência de

(A) crime contra a administração privada.

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(B) fraude cambial.

(C) fraude contábil.

(D) crime de lavagem de dinheiro.

(E) fraude fiscal.

05. Como não podia ser diferente, o caso denota crime de lavagem de
dinheiro.

GABARITO: LETRA D

09. FCC/BB/2010

A Lei no 9.613/98, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação


de bens, direitos e valores, determina que

(A) os crimes são afiançáveis e permitem liberdade provisória.

(B) a simples ocultação de valores é suficiente para cumprir exigência


punitiva.

(C) o agente pode ser punido, ainda que a posse ou o uso dos bens não lhe
tenha trazido nenhum proveito.

(D) a obtenção de proveito específico é exigida para caracterizar o crime.

(E) é facultado à instituição financeira fornecer talonário de cheque ao


depositante enquanto são verificadas as informações constantes da ficha
proposta. 40890976813

Quando definimos o crime de lavagem de dinheiro, no início da aula, não foi


citada a necessidade de proveito na posse ou uso do bem originado com
recursos oriundos de infração penal.

Portanto, a Letra C faz sentido. Para ser punido, o indivíduo que comete o
crime de lavagem de dinheiro não necessita fazer proveito do bem, mas tão
somente converter os recursos oriundos de infração penal em bens ou outros
ativos.

GABARITO: LETRA C

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10. FCC/BB/2010

A Lei no 9.613, de 1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem de


dinheiro e ocultação de bens, determina que as instituições financeiras
adotem alguns mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos,
as instituições financeiras deverão

(A) instalar equipamentos de detecção de metais na entrada dos


estabelecimentos onde acontecem as transações financeiras.

(B) verificar se os seus clientes são pessoas politicamente expostas,


impedindo qualquer tipo de transação financeira, caso haja a positivação
dessa consulta.

(C) identificar seus clientes e manter seus cadastros atualizados nos termos
de instruções emanadas pelas autoridades competentes.

(D) comunicar previamente aos clientes suspeitos de lavagem de dinheiro as


possíveis sanções que estes sofrerão, caso continuem com a prática
criminosa.

(E) registrar as operações suspeitas em um sistema apropriado e enviar para


a polícia civil a lista dos possíveis criminosos, com a descrição das
operações realizadas.

Vejamos as alternativas:

a) esta norma de instalação de equipamentos não é derivada da legislação


de lavagem de dinheiro, mas de outros regulamentos de segurança
40890976813

b) as pessoas politicamente expostas devem ser identificadas, mas não


podem ter impedidas qualquer tipo de transação financeira

c) Está correta. Como vimos, há a necessidade das instituições financeiras


manter o cadastro atualizado e identificar seus clientes.

d) As comunicações ao COAF ou demais órgãos competentes não é feita


mediantecomunicaçãoprévia dos clientes “denunciados”.Vimos que a
comunicação prescinde o aviso prévio aos clientes

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e) Incorre em erro parecido com a letra b. Assim como não podem ser
impedidas de realizar todas as transações financeiras, as pessoas
politicamente expostas possuem restrições, que forma citadas no decorrer da
aula.

GABARITO: LETRA C

11. FUMARC/BDMG/2011

A Lei 9613/1998 dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de


bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro
para os ilícitos nela previstos; cria o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. Dentre outros,
ela tipifica como crime: ocultar ou dissimular a natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos
ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:

I. De tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; de


terrorismo e seu financiamento; de contrabando ou tráfico de armas,
munições ou material destinado à sua produção;

II. De extorsão mediante sequestro; Contra a Administração Pública,


inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou
omissão de atos administrativos;

III. Contra o sistema financeiro nacional; Praticado por organização


40890976813

criminosa; Praticado por particular contra a administração pública


estrangeira;

IV. Contra partido político.

Baseando-se no contexto acima, assinale a alternativa CORRETA:

a) Todas as assertivas estão corretas.

b) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

c) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.

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d) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.

Como vimos, a lei 9.613/98 determina que o crime de Lavagem de Dinheiro


consiste na ocultação ou dissimulação da natureza, origem, localização,
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
PROVENIENTES, DIRETA OU INDIRETAMENTE, DE INFRAÇÃO PENAL.

Dessa forma, entendendo que infração penal pode ser definida como
qualquer crime ou contravenção cometida pelo agente, todas as alternativas
elencadas são possíveis de serem práticas antecedentes ao crime de
lavagem de dinheiro.

GABARITO: LETRA A

12. CESGRANRIO/BB/2014

Nos termos da circular no 3.542/2012, NÃO está inserida nas hipóteses


de controle de situações relacionadas com atividades internacionais a

(A) existência de recursos pertencentes ou controlados, direta ou


indiretamente, por pessoas que reconhecidamente tenham cometido atos
terroristas.

(B) realização de transferências unilaterais que, pela habitualidade, valor ou


forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade.

(C) utilização de operações complexas e com custos mais elevados que


visem a dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação da natureza
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da operação.

(D) realização de pagamentos de importação e recebimentos de exportação,


antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja avaliação econômico-
financeira seja incompatível com o montante negociado.

(E) realização de pagamentos a terceiros não relacionados a operações de


importação ou de exportação.

A alternativa A é a correta.

A saber, recursos pertencentes ou controlados,

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direta ou indiretamente, por pessoas que reconhecidamente

tenham cometido atos terroristas, não configuram indícios da prática do crime


de Lavagem de Dinheiro e, desta forma, não estão passíveis de controle.

GABARITO: LETRA A

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7. GABARITO QUESTÕES

QUESTÃO RESPOSTA

01 LETRA A

02 LETRA A

03 LETRA D

04 LETRA D

05 LETRA B

06 LETRA D

07 ANULADA

08 LETRA D

09 LETRA C

10 LETRA C

11 40890976813

LETRA A

12 LETRA A

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