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Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Escola Nacional de Botânica Tropical


Mestrado Profissional em Biodiversidade em Unidades de
Conservação

Trabalho de Conclusão

Guia ilustrado das espécies arbóreas na Reserva


Biológica do Tinguá (RJ), com base em caracteres
vegetativos

Fernanda Felipe de Negreiros Almeida

Rio de Janeiro
2017
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Escola Nacional de Botânica Tropical
Mestrado Profissional em Biodiversidade em Unidades de
Conservação

Guia ilustrado das espécies arbóreas na Reserva Biológica


do Tinguá (RJ), com base em caracteres vegetativos

Fernanda Felipe de Negreiros Almeida

Trabalho de Conclusão apresentado ao


Programa de Mestrado Profissional em
Biodiversidade em Unidades de
Conservação da Escola Nacional de
Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Mestre em
Biodiversidade em Unidades de
Conservação.

Orientador: Massimo G. Bovini

Rio de Janeiro
2017

II
Guia ilustrado das espécies arbóreas na Reserva Biológica do
Tinguá (RJ), com base em caracteres vegetativos.

Fernanda Felipe de Negreiros Almeida

Trabalho de Conclusão apresentado ao Programa de Mestrado Profissional


em Biodiversidade em Unidades de Conservação da Escola Nacional de
Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de
Mestre em Biodiversidade em Unidades de conservação.

Aprovado por:
Prof. Dr. Massimo G. Bovini _______________________________
Prof. Dr. Haroldo Cavalcante de Lima______________________________
Prof. Dr. Vinicius Castro Souza _______________________________

Em __/___/2017

Rio de Janeiro
2017

III
Almeida, Fernanda Felipe de Negreiros.

A447g Guia ilustrado das espécies arbóreas na Reserva Biológica do


Tinguá (RJ), com base em caracteres vegetativos / Fernanda Felipe
de Negreiros Almeida. – Rio de Janeiro, 2017.

xi, 156 f. : il. ; 28 cm.

Trabalho de conclusão (Mestrado Profissional em Biodiversidade


em Unidades de Conservação) – Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro / Escola Nacional de Botânica Tropical,
2017.

Orientador: Massimo G. Bovini.

Bibliografia.

1. Mata Atlântica. 2. Espécies arbóreas. 3. Morfologia vegetal. 4.


Chave de identificação. 5. Reserva Biológica do Tinguá (RJ). 5. Rio de
Janeiro (Estado). I. Título. II. Escola Nacional de Botânica Tropical.

CDD 577.3509815

IV
Agradecimentos

Agradeço primeiramente ao meu orientador Massimo Giuseppe Bovini por ter aceitado
me orientar e pelos ensinamentos ao longo destes dois anos. Agradeço por ter acreditado
em mim.
Ao Haroldo Cavalcante de Lima e João Marcelo Alvarenga por participarem da
avaliação prévia contribuindo com valiosas sugestões.
Agradeço a colaboração dos taxonomistas: Adriana Quintella Lobão (Annonaceae),
Alexandre Quinet (Lauraceae), Andre Marcio Araujo Amorim (Malpighiaceae), Ariane
Luna Peixoto (Monimiaceae), Cyl Farney Catarino de Sá (Nyctaginaceae), Maria de
Fátima Freitas (Myrsinaceae), Genise Vieira Somner (Sapindadeae), Jose Fernando
Andrade Baumgratz (Melastomataceae), Haroldo Cavalcante de Lima (Fabaceae e
diversas famílias), Marcelo da Costa Souza (Myrtaceae), Maria Helena Durães Alves
Monteiro (Sapotaceae), Massimo Giuseppe Bovini (Malvaceae e diversas famílias),
Nilda Marquete Ferreira da Silva (Combretaceae), Ronaldo Marquete (Salicaceae),
Sebastião José da Silva Neto (Rubiaceae) e aos futuros taxonomistas Carlos Daniel
Miranda Ferreira (Malvaceae) e Lilian Prado Gomes da Rosa (Melastomataceae), por
identificarem o material botânico que em sua maioria apresentava-se estéril.
Ao Pablo Jose Francisco Pena Rodrigues, Warlen Costa e Mariana de Andrade
Iguatemy, fiéis companheiros de campo que tornaram os dias mais divertidos,
estressantes e repletos de aventuras, momentos que só a Rebio Tinguá pode nos
proporcionar.
A esta natureza incrível que há na Rebio Tinguá, que chega a ser majestosa.
Aos mateiros que foram fundamentais neste trabalho, sem eles seria uma tarefa
impossível concluí-lo. São realmente pessoas de extrema importância, “Os nossos
olhos”. Ao Sr. Walter da Silva, pela sua experiência e informações valiosas sobre a
Rebio Tinguá. Ao Ivo Paes Leme de Souza, grande conhecedor da Rebio Tinguá. Ao
Adilson Pintor, pela sua proteção, ensinamentos e risos contínuos. Ao Jorge Caruso,
pela colaboração no campo.
À Coordenadora do projeto PPbio, Claudia Franca Silva Barros por ter permitido uma
oportunidade de estar inserida neste projeto, no qual aprendi muito.

V
Ao CNPQ, pela bolsa concedida nestes dois anos que foram de extrema importância
para a condução deste trabalho.
Ao Haroldo Cavalcante de Lima, Vinicius Castro Souza e Marcelo da Costa Souza por
terem aceitado participar desta banca.
À minha família, que sempre estive ao meu lado incentivando.
Aos funcionários da pousada dos aeroviários (Umbelina, D. Lucia, Simone, Ivo, Jussara
e Mauro), que sempre nos receberam muito bem. Em especial a D. Lucia, que sempre
preparava uma comida gostosa, que era servida no final da noite, na volta dos
exaustivos campos, e seus doces caseiros, que são deliciosos.
Aos amigos e colegas que conheci no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, agradeço a
conversa alegre, quando possível, nos corredores do prédio da Dipeq (Diretoria de
pesquisa).
Aos colegas e amigos da Escola Nacional de Botânica Tropical.
Ao Haroldo Cavalcante de Lima pelo empréstimo da lupa e de diversos livros,
dissertações e teses.
À Karen de Toni pelo empréstimo da lupa.
Ao Pablo Jose Francisco Pena Rodrigues, pelo empréstimo da máquina fotográfica,
livros e uma infinidade de coisas que não será possível listar aqui, além de ter
colaborado com as fotografias do tronco e corte das árvores em campo.
À Mariana de Andrade Iguatemy e Pablo Jose Francisco Pena Rodrigues pela revisão
deste trabalho e sugestões.
Ao Rafael da Silva Ribeiro pela confecção do mapa da Reserva Biológica do Tinguá.
Ao Jardim botânico do Rio de Janeiro, por ter concedido o carro para o transporte em
campo.
Aos funcionários da Escola nacional de botânica e à Maria Fernanda de S. Lavandeira
em especial.
À Curadoria e aos funcionários do herbário do Jardim botânico do Rio de Janeiro.
Aos funcionários da Biblioteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Aos Funcionários da Rebio Tinguá.

VI
Resumo

Este "Guia Ilustrado da Reserva Biológica de Tinguá" foi elaborado para disseminar o
conhecimento sobre as espécies de árvores desse importante remanescente florestal. As
identificações botânicas frequentemente são feitas com base em estruturas reprodutivas,
e muitos estudos florísticos e ecológicos exibem táxons não identificados, uma vez que
nas coletas há uma grande proporção de materiais estéreis. Além disso, a chance de
encontrar indivíduos com flores ou frutos em regiões tropicais em geral é baixa,
principalmente devido à ausência de sincronicidade entre os padrões fenológicos das
espécies. Neste "Guia Ilustrado" foram selecionadas estruturas vegetativas que também
permitem a identificação botânica. Assim, as descrições das espécies foram baseadas
principalmente em estruturas vegetativas selecionadas tais como cascas, ramos, folhas e
folíolos. Os indivíduos foram escolhidos dentro da parcela permanente de 1 ha,
denominada de "PPBIO 5 Tinguá RAPELD". Esta apresentou um total de 439 árvores
(DAP >10 cm), abrangendo 33 famílias botânicas e 130 táxons. A partir deste total,
foram selecionados 91 táxons para compor o Guia. Estes táxons foram distribuídos em
27 famílias e 59 gêneros, e as famílias botânicas mais importantes foram Myrtaceae,
Lauraceae, Rubiaceae, Fabaceae, Sapotaceae, Chrysobalanaceae, Primulace e
Melastomataceae. Os gêneros mais importantes foram Ocotea, Eugenia, Myrcia,
Myrsine, Calyptranthes e Pouteria. A Reserva Biológica Tinguá está localizada em um
hotspot em biodiversidade e até hoje grande parte das espécies citadas aqui nunca foi
estudada. Além disso, 6 espécies (8% do total) foram reconhecidas como muito
ameaçadas. Portanto, há uma grande falta de informação sobre as espécies localmente.
Assim, este Guia Ilustrado representa uma ferramenta importante para auxiliar e
acelerar a identificação botânica das espécies arbóreas neste rico remanescente da Mata
Atlântica.

Palavras Chave: Mata Atlântica, Rapeld, chave de identificação, morfologia.

VII
Abstract

The “Illustrated Guide to the Tinguá Biological Reserve” was published to disseminate
information about the tree species in this very important forest remnant. Botanical
identifications are usually based on plant reproductive structures, but many floristic and
ecological studies cite unidentified taxa because a large percentage of the specimens are
sterile – as the chances of finding flowering or fruiting individuals in tropical regions
are generally low, largely due to the absence of synchrony of their phenological rhythms.
The "Illustrated Guide" therefore stresses vegetative structures that allow accurate
botanical identifications based largely on vegetative structures such as bark, branches,
leaves, and leaflets. The individuals described in the Guide were all encountered within
a one hectare permanent plot (named "PPBIO 5 Tinguá RAPELD") holding 439 trees
(DBH >10 cm) belonging to 33 botanical families and 130 taxa. Of that total, 91 taxa
were selected for inclusion in the Guide. The included taxa are distributed among 27
families and 59 genera; the most important botanical families are Myrtaceae, Lauraceae,
Rubiaceae, Fabaceae, Sapotaceae, Chrysobalanaceae, Primulace, and Melastomataceae.
The most important genera are Ocotea, Eugenia, Myrcia, Myrsine, Calyptranthes, and
Pouteria. The Tinguá Biological Reserve is located in a "biodiversity hotspot", but
many of its trees have never been studied, generating a considerable information gap
concerning local species. Six tree species (8% of the total) are recognized as highly
threatened. This Illustrated Guide therefore represents an important tool for aiding and
accelerating botanical identifications of tree species in this very rich Atlantic Forest
remnant.

Key words: Atlantic Forest, Rapeld, key identification, plant morphology.

VIII
Sumário

Resumo...........................................................................................................................VII
Abstract.........................................................................................................................VIII
Lista de Figuras...............................................................................................................XI
1 Introdução............................................................................................................1

1.1 Mata Atlântica.......................................................................................................1

1.2 Efeitos da fragmentação........................................................................................2

1.3 Ampliação do conhecimento da biodiversidade....................................................3

1.4 Dificuldade de identificação de indivíduos sem flor e fruto.................................3

1.5 Guias ilustrados.....................................................................................................4

1.6 Objetivos................................................................................................................7

2 Metodologia..........................................................................................................8

2.1 Área de estudo.......................................................................................................8

2.2 Campo....................................................................................................................9

2.2.1 Técnica RAPELD (Inventários rápidos de pesquisas ecológicas de longa


duração).............................................................................................................................9

2.2.2 Montagem da parcela, marcação de indivíduos, coleta e armazenamento de


material............................................................................................................................10

2.3 Laboratório...........................................................................................................11

2.3.1 Identificação do material.......................................................................................11

2.4 Construção do Guia ilustrado................................................................................12

2.4.1 Imagens fotográficas..............................................................................................14


3 Resultados...............................................................................................................15

3.1 Espécies arbóreas da parcela Rapeld....................................................................15

3.2 O Guia ilustrado....................................................................................................19


IX
4 Discussão.............................................................................................................25

4.1 Caracteres gerais relevantes na identificação botânica de árvores........................25

4.2 Famílias com elevado número de indivíduos.......................................................26

4.3 Espécies restritas e ameaçadas de extinção..........................................................29

4.4 Relevância para conservação da Reserva Biológica do Tinguá………………….30

5 Conclusão............................................................................................................31

6 Referências Bibliográficas.................................................................................32

7 Anexo....................................................................................................................42

X
Lista de Figuras

Figura 1 - Mapa da Reserva Biológica do Tinguá e localização da parcela Rapeld 5( ).


Fonte: http://catalogo-ppbio.jbrj.gov.br/v2/index.php......................................................9

Figura 2 – Estrutura da montagem da parcela Rapeld, com 250 m de comprimento e 40


m de largura. Fonte: Castilho et al. 2014........................................................................10

Figura 3 - Parte do Guia ilustrado com informações como família, nome da espécie,
descrição, distribuição no Brasil, domínio fitogeográfico, grau de ameaça e fotos da
espécie Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr..............................................................14

Figura 4 - Distribuição das espécies em relação às famílias botânicas apresentadas no


Guia Ilustrado de espécies arbóreas da Rebio Tinguá....................................................18

Figura 5 - Distribuição das espécies em relação aos gêneros apresentados no Guia


Ilustrado de espécies arbóreas da Rebio Tinguá.............................................................18

Figura 6 - Ocorrência das espécies que compõem o Guia ilustrado distribuídas por
Biomas brasileiros...........................................................................................................20

Figura 7 - Principais Estados que compõem as espécies deste guia .............................21

Figura 8 - Categorias de grau de ameaça das espécies que compõem o Guia


ilustrado...........................................................................................................................23

Figura 9 - Espécies que apresentaram maior número de indivíduos na parcela


Rapeld..............................................................................................................................24

XI
1 INTRODUÇÃO

1.1 Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um bioma megadiverso que abrange diversas formações florestais


e fitofisionomias, sendo estas: Florestas Ombrófilas densa, mista e aberta; Florestas
estacionais, deciduais e semideciduais; Brejos interioranos, encraves florestais, campos de
altitudes, restingas, manguezais e muçunungas (Veloso et al. 1991; Rizzini 1997; Pinto et al.
2012). Parte dessa variedade de fitofisionomias e condições estão relacionadas à variação da
latitude e longitude, o clima, a variação pluviométrica e ao gradiente altitudinal que vai desde
áreas baixas ao nível do mar até topos de montanhas (Morellato et al. 2000; Oiveira – Filho &
Fontes 2000). Esse conjunto de fitofisionomia e condições têm contribuído para a riqueza de
espécies nesse bioma, abrigando mais de 20.000 espécies de plantas (Shepherd, 2005).
Ainda assim, mesmo abrigando tanta diversidade tanto da flora como da fauna, esse
bioma vem sendo reduzido drasticamente (Dean 1996; Ribeiro et al. 2009). Sua extensão
original de 1.3153.460 km², que se estendia desde o nordeste até o extremo sul do Brasil (SOS
Mata Atlântica, 2016), hoje possui apenas 11% do seu total original, sendo que 80 % desses
fragmentos possuem área menor do que 100 ha e muitos deles apresentam ausência de
conectividade (Ribeiro et al. 2009).
Entretanto, esses efeitos estão relacionados à ocupação e alteração que vem ocorrendo
há mais de 500 anos, desde a ocupação do território brasileiro por europeus. Dentre os fatores
que colaboraram para a degradação e ocupação da Mata Atlântica após o descobrimento do
Brasil, pode ser citado o extrativismo do Pau-Brasil (Paubrasilia echinata (Lam.) E. Gagnon,
H.C. Lima & G.P. Lewis). Posteriormente no século XVII deu-se o início do ciclo da cana-
de-açúcar, com inserção também da pecuária e intensificação da mineração, e no século XIX
foram o ciclo do café e a intensificação da agricultura (Dean 1996).
Atuando como importante impacto, cerca de 72% da população brasileira ocupa, hoje
o bioma Mata Atlântica, provocando a aceleração e diminuição deste bioma (SOS Mata
Atlântica, 2016), pelo desmatamento, fogo, expansão da agricultura e pastagem, agropecuária,
exploração madeireira, abertura de rodovias, desenvolvimento industrial, plantação de cacau,
monocultura de eucalipto, soja e especulação imobiliária (CEPF 2001; Tabarelli et al. 2004;
McGeoch et al. 2010). Estes atos são mais aparentes e podem ser monitorados por satélite,
mas outras ameaças podem ficar obscuras e imperceptíveis mesmo utilizando a tecnologia,
como o corte e a extração de palmito, a caça ilegal, o comércio de animais e a invasão de

1
espécies exóticas (Peres et al. 2006). Este conjunto de ameaças vem acelerando a diminuição
de riqueza e diversidade da Mata Atlântica.

1.2 Efeitos da fragmentação

A fragmentação da Mata Atlântica, acelerada por ações antrópicas tem contribuído


para o aumentado dos efeitos de borda (Rodrigues & Nascimento, 2006), provocando
alterações que podem ocorrer tanto em escala regional como global. Esses efeitos, sobre uma
escala regional, podem alterar o microclima do ambiente, drenagem do solo, luminosidade do
ambiente e o regime do vento (Viana & Pinheiro 1998; Rambaldi et al. 2003; Costa et al.
2012). A partir disso, podem ser vistas alterações que ocorram na riqueza, composição,
diversidade e dinâmica das espécies vegetais. Em alguns casos, pode haver o favorecimento
de espécies de estágios iniciais de sucessão, muitas vezes em detrimento de espécies de
estágios de sucessão mais avançados, podendo gerar um menor recrutamento de plântulas e
aumento da mortalidade de árvores emergentes (Oliveira et al. 2004; Tabarelli et al. 2004;
Wright 2005; Iguatemy, 2008; Tabarelli et al. 2008; Jesus, 2009). Com isso, possivelmente
em um futuro próximo, poderá haver homogeneização do ambiente (Oliveira et al. 2004),
tornando - o mesmo frágil e suscetível à competição e invasão por espécies exóticas
(McGeoch et al. 2010).
Alguns estudos apontam o declínio de árvores maiores nas florestas tropicais devido à
exploração ambiental (Lindenmayer et al. 2012). Outros apontam que as florestas brasileiras
estão sofrendo homogenização e secundarização das espécies, em detrimento de florestas
mais maduras (Joly et al. 2014). Esses estudos mostram também que, caso os efeitos das
ações antrópicas não sejam cessados ou não seja feita nenhuma intervenção para a
recuperação, é possível, dependendo da fragilidade e do tamanho dos fragmentos, que
futuramente essas áreas possam se tornar pouco ricas em espécies (Oliveira et al. 2004;
Liebsch et al. 2008). Isso poderá alterar irreversivelmente a composição de espécies, levando
a uma menor diversidade e até mesmo à extinção de espécies mais raras e ameaçadas
(Oliveira et al. 2004; Caiafa & Martins 2010).
Grande parte dos fragmentos remanescentes que restaram estão onde a agricultura e a
pecuária não alcançaram expressivo sucesso e/ou sofreram algum declínio (Leitão – Filho
1987). Muitos fragmentos, que possuem extensões maiores e são mais conservados na Mata
Atlântica, estão concentrados em cadeias montanhosas ao longo da Serra do Mar e da Serra da
Mantiqueira, no sudeste do Brasil (Leitão – Filho 1987; Almeida & Carneiro, 1998), e

2
apresentam grande riqueza e representatividade florística. Porém existem também fragmentos
menores localizados em outros trechos não montanhosos do sudeste do Brasil, no sul da
Bahia, centro norte do Espírito Santo e no nordeste brasileiro (Rambaldi & Oliveira 2003), e
em florestas de baixadas (Turner & Corlett 1996). Essas áreas precisam ser urgentemente
inventariadas, tamanha destruição e ameaça pelas quais vêm sofrendo, pois abrigam grande
riqueza e endemismo.

1.3 Ampliação do conhecimento da biodiversidade

Por conta de todas as adversidades, do alto grau de ameaça e por apresentar alta
riqueza de espécies, a Mata atlântica é considerada um hotspot em biodiversidade (Myers et
al. 2000). Mesmo com todas as adversidades e histórico de impactos, ainda é possível
descrever espécies novas, e até gêneros desconhecidos para a ciência, em fragmentos ou áreas
já bem inventariadas da Mata Atlântica (Neto & Ávila Jr. 2007; Neto & Callado 2008; Sobral
& Stehmam 2009). Isso mostra que há muito para se conhecer no bioma, e que é preciso
ampliar as pesquisas para não se perder as informações dessa grande biodiversidade, ainda
desconhecida.
Entretanto, para isso é preciso ampliar a formação de recursos humanos, ampliando os
estudos e o número de taxonomistas, tornando possível um melhor conhecimento da flora do
Brasil (Shepherd, 2005; Funk, 2006; Carvalho 2009). Alguns estudos apresentam lacunas,
seja pela falta de conhecimento de grupos específicos ou ausência de mão de obra qualificada,
sendo necessários estudos mais amplos no Brasil que envolvam o conhecimento da flora
(Lewinsohn, 2005; Kim & Burne 2006). Por outro lado, ampliar uma rede integrada de
informações, com o envolvimento de vários especialistas em diversos países, através da
tecnologia, pode ser um caminho promissor para pesquisa e capacitação de estudantes
(Newton et al. 2015).

1.4 Dificuldade de identificação de indivíduos sem flor e fruto

Em muitos levantamentos e inventários florísticos e fitossociológicos constam listas de


táxons sem identificação, pois há uma proporção grande de material estéril (Rodrigues, 1996;
Jesus, 2009; Carvalho & Conde, 2014). Estes são relativamente mais difíceis de identificar e
muitas vezes é preciso contar com a participação e experiência de taxonomistas mais
experientes. Para aumentar a chance de encontrar indivíduos férteis nos levantamentos, seria

3
necessário investir mais idas a campo. Entretanto o tempo e recurso financeiro são reduzidos
na maior parte dos estudos, e há falta de projetos que possam dar continuidade ao
acompanhamento de floração (Funk 2006). Além disso, a falta de literatura especializada e
completa sobre alguns grupos taxonômicos também dificulta a identificação de algumas
espécies, tornando o trabalho moroso e difícil. Nesse caso, é necessário muitas vezes recorrer
aos especialistas em determinadas famílias botânicas (Rodrigues, 1996).
Além disso, em regiões tropicais úmidas, as estações apresentam pouca sazonalidade,
e geralmente não apresentam picos de padrões fenológicos marcantes, estes estão mais
ligados ao efeito do comprimento de luz do dia, temperatura e precipitação (Morellato et al.
2000, Tarola & Morellato 2000). Assim, há também dificuldade de se encontrar indivíduos
férteis, devido aos eventos supra anuais caracterizados por algumas espécies (Tarola &
Morellato 2000), isso pode dificultar a identificação botânica, já que a mesma é feita
principalmente com base nas estruturas florais e/ou do fruto. Além disso, podemos ter o efeito
da mudança climática alterando os seus padrões de fenologia (Yang & Rudolf, 2010; Rafferty
& Ives, 2011).
Trabalhos relacionados com a florística foram realizados na Reserva Biológica do
Tinguá (Rodrigues 1996; Barroso & Peixoto 1996; Jesus 2009; Albuquerque et al. 2010), e
há, inclusive, uma chave de identificação das espécies de dicotiledôneas com base em
caracteres vegetativos (Braz et al. 2004). Outros estudos também vêm sendo desenvolvidos e
tratam dos efeitos de borda, flora e ecologia (Rodrigues et al. 2016; Rodrigues et al., dados
não publicados). Esses trabalhos apontam a relevância da área, apresentando diversas espécies
em diferentes níveis de ameaça (Iguatemy et al., dados não publicados 2017). Muitos desses
estudos apresentam uma lista extensa de indivíduos não determinados, sem identificação até o
nível de gênero.

1.5 Guias ilustrados

Os guias ilustrados são imprescindíveis para apoiar e integrar redes de pesquisa. A


elaboração de guias requer a certificação das espécies por especialistas, para dar qualidade
científica às mesmas. Além disso, facilitam a identificação botânica, auxiliando na
continuidade de projetos em longo prazo em diversos estudos multidisciplinares.
No cenário regional, guias de identificação tornam-se imprescindíveis, já que podem
utilizar características morfológicas vegetativas (Ribeiro et al. 2002; Urbanetz 2010, Flores et
al. 2015). Além disso, vários trabalhos utilizam como base para a identificação botânica

4
materiais sem flor e/ou fruto (Ribeiro et al. 2002; Braz et al. 2004; Urbanetz 2010), sendo
igualmente importante a elaboração de chaves de identificação de famílias botânicas ou das
floras regionais (Eltink et al. 2011; Sprengel-Lima & Rezende 2013), de forma que estas
auxiliem na identificação do material botânico o mais rápido possível.
Guias ilustrados locais e regionais são fortes difusores de conhecimento e apresentam,
em geral, uma abordagem em linguagem simples e didática, o que torna seu acesso mais
rápido e fácil (Eltink et al. 2011; Sprengel-Lima & Rezende 2013). Geralmente os guias
ilustrados fornecem informações sobre a flora e fauna em geral, ou podem estar restritos a
determinados grupos taxonômicos em escala regional (Lima et al. 2006; Lima et al. 2008;
Zuquim et al. 2008; Vitt et al. 2008, Camargo et al. 2008), ou ainda para estudos de uma área
específica (Ribeiro et al. 2002, Aximoff & Ribeiro, 2002; Silva et al. 2012; Buril et al. 2013,
Marcon et al. 2013).
Guias ilustrados são mundialmente utilizados e difundidos. Em vários países,
sobretudo naqueles onde a difusão do conhecimento científico alcança boa parte da
população, podem ser observados guias relativamente antigos, como o elaborado por Vaucher
(1922), para troncos de árvores. Além disso, guias são explorados para uma infinidade de
finalidades e possuem várias abordagens. Sua linguagem, inclusive, pode ser adequada para
vários públicos-alvo. Isso permite, por exemplo, que sejam trabalhados temas como
jardinagem, horticultura, história natural, montagem de jardins com plantas nativas, jardins
para culinária chinesa, dentre outros (Timber Press, 2017). Também é possível auxiliar a
montagem de jardins temáticos voltados para determinados grupos de organismos, tais como:
pássaros (para estudos sobre o comportamento), fungos, plantas carnívoras e micróbios
(Timber Press, 2017). Em parques nacionais no exterior, esses guias possuem ampla
abordagem, visibilidade e funcionam como importantes veículos para divulgação do
conhecimento local (Yellowstone 2017; NPS 2017).
Na elaboração de um guia botânico é necessário que as espécies sejam primeiramente
coletadas e posteriormente identificadas. Nesse sentido, é importante inicialmente diferenciar
as principais características de cada espécie, utilizando as principais estruturas que as
diferenciam. Entretanto, já que o público alvo pode ser bastante variado, é importante
selecionar estruturas facilmente identificáveis e que não exijam instrumentos muito
elaborados para sua observação.
No Brasil, o pioneiro na elaboração de guias ilustrados foi Harri Lorenzi, na década de
80, sendo lançado nessa linha o primeiro livro “Plantas daninhas do Brasil”, em 1982
(Lorenzi, 2008). Posteriormente foram lançados, na década de 90, outros trabalhos como as

5
“Plantas Ornamentais no Brasil” e o amplamente difundido “Árvores brasileiras” (Lorenzi,
2002 a; Lorenzi, 2002 b.; Lorenzi e Souza, 2008), que atualmente possui três volumes. Após
isso, também foram publicados vários outros livros na mesma linha, e do mesmo autor. Estes
livros exibem a grande riqueza da flora, incluindo até espécies exóticas, que são importantes
difusores de conhecimento e base de muitos estudos, sendo utilizados por botânicos,
agrônomos, acadêmicos, curiosos e leigos no assunto.
De forma incipiente, temos alguns guias ilustrados que foram feitos em unidades de
conservação no Brasil, como o guia de borboletas na Mata atlântica, Amazônia e Cerrado
(Uehara – Prado, 2004; Santos et al. s/ ano); O guia de pássaros (Farias et al. 2015; Pichorim
et al. 2016) e o da flora de Itatiaia (Aximoff & Ribeiro, 2012), mas ainda temos uma área
enorme que pode ser ampliada no aspecto do conhecimento (ICMBIO, 2007).
No meio científico, atualmente tem se dado mais prestígio à elaboração de artigos
científicos em detrimento da elaboração de livros. Independentemente de sua importância
para a geração de conhecimento e para a comunidade científica, isso não exclui a necessidade
de publicar livros. Os artigos científicos não estão ao alcance de grande parcela da população
e os termos técnicos podem ser de difícil compreensão e escritos em outros idiomas. Assim,
os guias ilustrados ultrapassam as barreiras apresentadas, levando o conhecimento para um
público mais amplo.
Como dito anteriormente, temos mais de 70% da população brasileira residindo
próximo às áreas de Mata Atlântica. Para que essas áreas sejam efetivamente conservadas, é
necessária a conscientização e colaboração local da população.
Este guia ilustrado de espécies arbóreas da Reserva Biológica do Tinguá-RJ é um
efetivo difusor de conhecimento sobre a flora local e auxilia na identificação de espécies em
pesquisas científicas. Dentre suas várias utilidades, pode ser destacado o auxílio na
identificação das espécies para pesquisadores, gestores de unidades de conservação e
estudantes. Com linguagem acessível, os guias se tornam atrativos para o público em geral
que passa a se familiarizar com a flora local. A informação inicial trata de uma parcela de
pesquisa permanente na qual as árvores foram inventariadas e serão utilizadas como subsídio
para diversos outros estudos. Este material também poderá ser utilizado pelos analistas e
gestores da Rebio Tinguá, estudantes e comunidade local, sendo um valioso material didático
para todos que se interessem pela flora e, sobretudo, pela difusão as ações de conservação e
educação ambiental.

6
1.6 OBJETIVOS

- Identificar espécies arbóreas em uma parcela do módulo Rapeld/Rebio do Tinguá - RJ;


- Produzir um guia ilustrado dando ênfase a caracteres vegetativos das espécies arbóreas;
- Elaborar uma chave de identificação em nível de família com os caracteres vegetativos das
espécies arbóreas amostradas.

7
2 METODOLOGIA

2.1 Área de estudo

A Reserva Biológica (REBio) do Tinguá foi criada pelo decreto nº 97.780, de 23 de


maio de 1989, e possui uma extensão de 26.260 hectares, localizada entre a latitude 22º
22’20’’S e 22º45’00”S, longitude 43º40’00” W e 43º05’40” (Figura 1). Inserida na mata
atlântica, abrange diversas formações florestais do tipo Floresta ombrófila submontana,
floresta ombrófila densa Montana e floresta ombrófila densa altomontana (MMA/IBAMA
2006). Apresenta temperatura anual média varia de 13º C a 23º C e a pluviosidade média
varia entre 1500 mm a 2600 mm (ICMBIO 2007). A REBio Tinguá possui em seu entorno os
municípios de Miguel Pereira, Japeri, Petrópolis, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Queimados
(ICMBIO 2007; MMA/IBAMA 2006). Abrange características de relevo e geomorfológicas
como; Maciços Alcalinos Intrusos, Escarpas Serranas, Planícies Fluviomarinhas, Maciços do
Tinguá, Escarpas das Serras do Couto e dos Órgãos, Baixadas das Baías de Guanabara e
Sepetiba. O Maciço do Tinguá é uma unidade montanhosa que possui 1.600m de altitude
(MMA/IBAMA 2006).
A REBio do Tinguá é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral assim
reconhecida pelo Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC). Suas principais
finalidades são o desenvolvimento de pesquisas científicas e atividades educativas (SNUC
2002). Há localmente a passagem de dutos da Petrobras, implantados antes da criação da
reserva, que transportam derivados de petróleo do Rio de Janeiro (RG) para Belo Horizonte
(MG). Existe a ocorrência de espécies exóticas, provavelmente disseminadas em tempos
pretéritos, quando havia vilas na região, além de caça e extrativismo na região
(MMA/IBAMA 2006).
Vale ressaltar que a Rebio Tinguá apresenta uma flora de extrema importância e
exuberância. Além disso, diversos trabalhos vêm sendo desenvolvidos nessa reserva (Jesus
2009; Reis 2008; Hottz 2010; Rodrigues et al. 2016), mas certamente devido a sua dimensão,
tem grande potencial para ser um “observatório no longo prazo”. A REBio Tinguá também
possui, na sua lista de espécies, várias que estão ameaçadas de extinção (Iguatemy et al. dados
não publicados 2017).

8
Figura 1: Mapa da Reserva Biológica do Tinguá e localização da parcela Rapeld 5( ) Fonte:
http://catalogo-ppbio.jbrj.gov.br/v2/index.php

2.2 Campo

2.2.1 Técnica RAPELD (Inventários rápidos de pesquisas ecológicas de longa duração)

O método RAPELD compreende o estudo em uma grande área amostral onde há


pouca variação nas condições das áreas estudadas. Além disso, possui a capacidade de
integrar pesquisas com maior número de grupos taxonômicos e especialistas de diversas
áreas, de forma mais rápida e eficaz, com a proposta de estudo em longo prazo (Magnusson,
et al. 2005; Magnusson, et al. 2013). A implantação do Rapeld foi iniciada na Amazônia, mas
precisamente na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Atualmente já existem outros sítios de
estudos dessa natureza em outros biomas. Os estudos estão integrados ao Programa de
Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do CNPq. Atualmente estão sendo implantados na
Rebio Tinguá cinco parcelas Rapeld ( Rapeld 1, Rapeld 2, Rapeld 3, Rapeld 4 e Rapeld 5) ao

9
longo de um gradiente altitudinal. Mas, para este estudo, foi contemplada apenas uma parcela
Rapeld 5, com área amostral de 1 ha (Figura 1).

2.2.2 Montagem da parcela, marcação de indivíduos, coleta e armazenamento de


material

Foi utilizada a metodologia de montagem de parcela RAPELD em uma área situada


nas coordenadas 22º32’21.03’’S e 43º25’18.73”O, em uma altitude de 959 metros composta
por Floresta Ombrófila Montana. A metodologia Rapeld baseia se na montagem de parcela
com extensão de 250 metros de comprimento, ao longo de uma curva de nível, e com 40
metros de largura (Figura 2), sendo que os 20 metros de cada lado são separados por um
corredor central. Os primeiros 10 metros de cada lado são marcados os indivíduos com DAP
≥ 10 cm, nos 10 metros subsequentes de cada lado foram marcados os indivíduos com DAP ≥
30 cm (Castilho et al. 2014). A parcela foi marcada com fitilho e canos de PVC.

250 m

40 m

Figura 2 – Estrutura da montagem da parcela Rapeld, com 250 m de comprimento e 40 m de


largura. Fonte: Castilho et al. 2014.

10
Cada indivíduo arbóreo recebeu uma placa de identificação com numeração
progressiva. Esta placa foi fixada com prego a uma altura de 1.60 m. Informações adicionais
observadas no tronco da árvore como lenticelas, látex e outras características importantes, que
pudessem diferenciar, foram anotadas em planilha. As informações inseridas na planilha
seguiram as seguintes especificações: Piquete (localização dos indivíduos no piquete a cada
10 m), número do individuo, localização X e Y de cada indivíduo arbóreo (medido com trena
manual e/ou eletrônica), lado da parcela (direito ou esquerdo), DAP (diâmetro na altura do
peito), POM (altura onde foi retirada a medida do DAP), forma de vida (árvore ou palmeira),
Estrato arbóreo (dossel, subdossel, sub-bosque, emergente), flag (informações sobre a árvore,
como morta, inclinada, segundo o manual do (RAINFOR, 2016), família e espécie (Castilho
et al. 2014; RAINFOR, 2016). Após montagem da parcela, foi iniciada a coleta do material
arbóreo com vara de podão, e as amostras foram herborizadas e desidratadas pelo método
tradicional (Fidalgo & Bononi, 1989).

2.3 Laboratório

2.3.1 Identificação do material

Após o procedimento de coleta e herborização, o material arbóreo foi identificado


preferencialmente por especialistas, chaves de identificação, bibliografia específica e consulta
a coleções botânicas. Boa parte da identificação foi feita por especialistas nas respectivas
famílias botânicas, já que o material, em sua maioria, foi composto por material estéril. A
nomenclatura taxonômica das espécies foi conferida através do banco de dados do site da
Flora do Brasil (Flora do Brasil, 2020). Embora algumas espécies possuam nomes científicos
confirmados por especialistas, com outras espécies não foi possível chegar com precisão ao
nome científico correto. Por isso, sendo assim, o epíteto científico recebeu cf. ou aff.,
confirmando a necessidade de estudos nessa natureza.
Os materiais férteis coletados na Rebio Tinguá foram incorporados ao Herbário do
Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB). Por outro lado, as amostras
das espécies coletadas na parcela Rapeld, que estavam sem flores ou frutos, foram incluídas
na coleção RB somente quando se tratavam de novas ocorrências para o local, ou de espécies
ameaçadas de extinção.

11
2.4 Construção do Guia ilustrado

O foco deste guia ilustrado de árvores está nas características vegetativas compostas
por material fresco ou herborizado.
Parte das informações que estão neste guia priorizaram caracteres que pudessem ser
vistos a olho nu, entretanto algumas características foram melhores observadas com a
utilização de lupa de aumento ou lanterna. Como exemplos, respectivamente para observações
os tricomas, glândulas ou pontos translúcidos.
Procuramos manter uma linguagem mais clara dos termos técnicos, para abranger um
maior público alvo. Quando possível, substituíamos o termo técnico por palavras mais
simples (exemplo, tricomas = pelos). Porém, quando não era possível a substituição, os
termos foram inseridos no glossário no final do guia ilustrado. O glossário é composto por
uma definição da estrutura ou por figuras.
A elaboração do guia ilustrado contou com várias etapas, dentre elas:
A descrição de cada espécie para a elaboração do guia e da chave de identificação foi
feita com base no material coletado e herborizado e/ou por vezes utilizando material fresco
coletado na parcela Rapeld. Entretanto algumas espécies apresentaram poucos indivíduos.
Com isso, ampliamos a descrição das mesmas com materiais adicionais da ReBio depositados
em coleções, ou de material de ramário, nas quais foi possível capturar maiores variações que
ocorreram entre os indivíduos. Foi utilizada a lupa (Leica EZ4) para observar o material
herborizado.
As espécies identificadas foram distribuídas em grupos de acordo com a arquitetura
foliar, sendo divididos em folhas compostas palmadas e pinadas, folhas simples opostas,
folhas simples alternas e folhas verticiladas. Dentro desses grupos há uma chave de
identificação de estruturas vegetativas em nível de família, para cada grupo. Posteriormente, a
chave de identificação de cada grupo, as espécies foram distribuídas em ordem alfabética.
Para a confecção do Guia, foi disponibilizada para cada espécie uma página (Figura
3), composta pelo nome da família, a espécie com seu respectivo autor ou somente o gênero e
autor, quando não possível identificá-la à nível específico.
A descrição da espécie ou do gênero seguiu a seguinte ordem: classificamos a árvore
em subdossel, dossel, emergente; o tronco da árvore com base em Vaucher (1922), seguido
por coloração da entrecasca de acordo com o que foi observado, ramo, gema apical e lateral,
margem da folha, disposição e tamanho das folhas, ápice e base da folha, face abaxial e

12
adaxial, padrão de nervação, nervura primária e secundária, domácia, pontos translúcidos, etc.
Como material complementar à descrição de espécies, foram utilizadas descrições de diversos
autores sobre cada espécie.
A distribuição geográfica e o bioma foram obtidos de dados do site da Flora do Brasil
(Flora do Brasil, 2020), seguindo a distribuição geográfica pela seguinte sequência: primeiro
os estados da região norte, centro oeste, nordeste, sudeste e sul. Os biomas seguiram a
seguinte ordem: Bioma Amazônico, Pantanal, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Campos
sulinos.
O nome vulgar foi composto por informações de mateiros locais, exsicatas de espécies
da Rebio Tinguá ou de trabalhos já feitos na região sobre o conhecimento tradicional da
comunidade do seu entorno (Sobrinho, 2007). As espécies sobre as quais não havia
informação precisa sobre o nome vulgar não foram expostas neste guia. O Grau de ameaça foi
extraído do site da Flora do Brasil (Flora do Brasil, 2020). Abaixo de todas essas informações
há numeração das figuras com a espécie e as principais estruturas que podem diferenciá-las.
Após breve informação das espécies, segue imagem fotográfica referente a elas, sendo
representada por fotos do tronco, casca, entrecasca, disposição das folhas, variação da
morfologia das folhas e dos folíolos, e as principais características que pudessem acrescentar
informações sobre cada espécie como: glândulas, domácias, gema apical e lateral, lenticela,
padrão de nervação, nervuras, tricomas, estípula terminal, margem da folha, estípulas, pontos
translúcidos, glândulas, dentre outras. Foram utilizados os seguintes guias para melhor
compreensão de algumas estruturas (Vaucher, 1922; Hickey & King 2000; Gonçalves &
Lorenzi, 2011).

13
ANNONACEAE

Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr.


C

Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Casca com


sulcos verticais profundos e entrecasca marrom.
A
Ramos jovens cobertos de pelos. Quando adultos com
poucos pelos. Com imbira. Gemas laterais e apicais
amareladas. Pecíolos 0.4-0.5 cm compr.,
canaliculados, enegrecidos quando herborizados.
Folhas alternas 5.8-17.7 x 1.6-5.1 cm, dísticas,
discolores, margem inteira, cartáceas, lanceoladas a
elípticas, ápice acuminado a agudo, base aguda a B D
acuminada, face adaxial sem pelos, face abaxial E

coberta de pelos, nervação broquidódroma, nervuras


principais e secundárias proeminentes.

Distribuição no Brasil: Rio de Janeiro.

Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.


F
Grau de ameaça: NE

Figura 1 - Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr. A -


Casca. B – Entrecasca. C e D – Parte do ramo. E –
Variação das folhas. F - Detalhe das gemas apicais. G
– Detalhe do pelos na face abaxial da folha. E G

Figura 3 – Parte do Guia ilustrado com informações como família, nome da espécie,
descrição, distribuição no Brasil, domínio fitogeográfico, grau de ameaça e fotos da espécie
Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr.

2.4.1 Imagens fotográficas

A captura da imagem foi feita com máquina fotográfica profissional Canon PowerShot
G7 (10.0 mega pixels) e Canon INC. Quando necessário, o uso de tripé. Nas imagens
fotográficas, quando necessário, foram usados recursos para melhoramento de contraste e
brilho.

14
3 RESULTADOS

3.1 Espécies arbóreas da parcela Rapeld

Na parcela Rapeld 5 foram encontrados 439 indivíduos arbóreos (DAP>10 cm), sendo
33 famílias botânicas distribuídas em 130 espécies. Deste total, 91 táxons foram identificados
à nível específico ou genérico, para compor o guia ilustrado. Segue abaixo a tabela com a lista
completa de famílias e espécies apresentadas (Tabela 1). Os 91 táxons que compõem este guia
foram distribuídos em 27 famílias e 59 gêneros. As famílias mais representativas, em ordem
decrescente, foram Myrtaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Fabaceae, Sapotaceae,
Chrysobalanaceae, Primulace e Melastomataceae (Figura 4). Os gêneros mais representativos
foram Ocotea, Eugenia, Myrcia, Myrsine Calyptranthes e Pouteria (Figura 5).

Tabela 1 - Espécies apresentadas no Guia ilustrado de espécies arbóreas da Rebio Tinguá-RJ.

Famílias Espécies
Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr.
Annonaceae
Guatteria latifolia R.E.Fr.
Apocynaceae Geissospermum laeve (Vell.) Miers
Araliaceae Schefflera angustissima (Marchal) Frodin
Caricaceae Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC.
Celastraceae Maytenus sp1.
Couepia parvifolia Prance
Licania kunthiana Hook.f.
Chrysobalanaceae
Parinari excelsa Sabine
Hirtella hebeclada Moric. ex DC.
Clusiaceae Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
Combretaceae Buchenavia kleinii Exell
Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth.
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.
Andira cf. ormosioides Benth.
Copaifera lucens Dwyer
Inga lanceifolia Benth.
Fabaceae Ormosia fastigiata Tul.
Pseudopiptadenia schumanniana (Taub.) G.P.Lewis & M.P.Lima
Tachigali urbaniana (Harms) L.G.Silva & H.C.Lima
Vatairea heteroptera (Allemão) Ducke
Beilschmiedia angustifolia Kosterm.
Lauraceae
Cinnamomum glaziovii (Mez) Kosterm.

15
Cryptocarya moschata Nees & Mart.
Mezilaurus navalium (Allemão) Taub. ex Mez
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.
Nectandra puberula (Schott) Nees
Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez
Ocotea catharinensis Mez
Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez
Ocotea dispersa (Nees & Mart.) Mez
Ocotea domatiata Mez
Ocotea elegans Mez
Ocotea glaziovii Mez
Ocotea notata (Nees & Mart.) Mez
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer
Malvaceae Eriotheca cf. candolleana (K.Schum.) A.Robyns
Leandra sp1.
Melastomataceae Meriania glabra (DC.) Triana
Miconia chartacea Triana
Mollinedia aff. acutissima Perkins
Monimiaceae
Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins
Moraceae Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.
Calyptranthes caudata Gardner
Calyptranthes grandifolia O.Berg
Calyptranthes strigipes O.Berg
Eugenia cf. zuccarinii O.Berg
Eugenia pruniformis Cambess.
Eugenia verticillata (Vell.) Angely
Eugenia sp1.
Eugenia sp2.
Eugenia sp3.
Marlierea obscura O.Berg
Myrtaceae Marlierea tomentosa Cambess.
Myrceugenia ovalifolia (O.Berg) Landrum
Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg
Myrcia cf. guianensis (Aubl.) DC.
Myrcia tenuivenosa Kiaersk.
Myrcia sp1.
Myrcia sp2.
Myrciaria cf. pumila (Gardner) O.Berg
Neomitranthes amblymitra (Burret) Mattos
Neomitranthes warmingiana (Kiaersk.) Mattos
Plinia cf. pseudodichasiantha (Kiaersk.) G.M.Barroso ex Sobral
Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell
Nyctaginaceae
Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz
Olacaceae Heisteria silvianii Schwacke
Peraceae Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.

16
Myrsine gardneriana A.DC.
Myrsine hermogenesii (Jung-Mend. & Bernacci) M.F.Freitas &
Primulaceae Kin.-Gouv.
Myrsine parvula (Mez) Otegui
Myrsine umbellata Mart.
Quiinaceae Quiina glazovii Engl.
Amaioua intermedia Mart. ex Schult. & Schult.f.
Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum.
Cordiera concolor (Cham.) Kuntze
Rubiaceae Faramea pachyantha Müll.Arg.
Ixora schottiana Müll.Arg.
Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl.
Rudgea macrophylla Benth.
Casearia aff. pauciflora Cambess.
Salicaceae
Casearia arborea (Rich.) Urb.
Sapindaceae Cupania racemosa (Vell.) Radlk.
Manilkara subsericea (Mart.) Dubard
Sapotaceae Manilkara sp1.
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.
Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni
Pouteria sp1.
Qualea gestasiana A.St.-Hil.
Vochysiaceae
Vochysia laurifolia Warm.

17
25

20
Nº de Espécies

15

10

Clusiaceae
Euphorbiaceae

Quiinaceae
Sapotaceae

Melastomataceae

Combretaceae

Sapindaceae
Salicaceae

Moraceae
Olacaceae
Rubiaceae

Primulaceae

Monimiaceae

Caricaceae

Malvaceae
Celastraceae

Elaeocarpaceae
Araliaceae

Peraceae
Fabaceae
Lauraceae

Chrysobalanaceae
Myrtaceae

Nyctaginaceae

Vochysiaceae
Apocynaceae

Famílias Botânicas

Figura 4 – Distribuição das espécies em relação às famílias botânicas apresentadas no


Guia Ilustrado de espécies arbóreas da Rebio Tinguá.

10
9
8
Nº de espécies

7
6
5
4
3
2
1
0

Gêneros

Figura 5 – Distribuição das espécies em relação aos gêneros apresentados no Guia Ilustrado
de espécies arbóreas da Rebio Tinguá.

18
3.2 O Guia ilustrado

O Guia ilustrado das espécies arbóreas do Tinguá (Anexo) foi dividido em seções,
sendo estas compostas por: espécies com folhas simples alternas, espécies com folhas simples
opostas, espécies com folhas verticiladas e espécies com folhas compostas palmadas e
pinadas. No início de cada seção há uma chave de identificação das famílias botânicas, com as
respectivas localizações das espécies que as compõem. Seguindo a chave de identificação de
cada grupo, são dispostas as pranchas de cada espécie com as seguintes informações: nome da
família botânica, espécie ou gênero (com autor), breve descrição das características
vegetativas, distribuição geográfica e biomas onde a espécie ocorre, nome vulgar (caso exista
para a região) e grau de ameaça. Quando a identificação foi possível até gênero, essas
informações adicionais não foram possíveis. É importante mencionar que este guia utiliza o
material vegetativo como base para a identificação, assim o número da figura relacionando as
fotos chama atenção para os respectivos detalhes que devem ser observados. No final da seção
das pranchas, há também um glossário explicativo com fotos ou descrições das principais
estruturas das espécies, anexo.
As espécies que compõem este guia ocorrem principalmente no bioma Mata Atlântica
e em florestas Ombrófilas. Entretanto, também podem ser observadas espécies com
distribuições geográficas mais amplas que se distribuem por outros biomas brasileiros. O
bioma Mata Atlântica apresentou a maior porcentagem de ocorrência com 56 % das espécies
aqui mostradas, o bioma Cerrado teve 21%, seguido pelo bioma Amazônico com 12 %,
Caatinga 10% e Pantanal com 1%. Neste guia não foram encontradas espécies que ocorram no
Bioma Pampa, o que era em parte esperado, já que nosso foco esteve nas espécies arbóreas
(Figura 6).

19
Biomas x Espécies Pantanal
1% Caatinga
10%

Amazônia
12%

Mata Atlântica
56% Cerrado
21%

Figura 6 – Ocorrência das espécies que compõem o Guia ilustrado distribuídas por Biomas
brasileiros.

As espécies encontradas na área de estudo, além de serem registradas no Rio de


Janeiro, onde está localizada a Rebio Tinguá em uma porção de floresta típica da Mata
Atlântica, também ocorreram em outros estados. Assim, os principais estados com ocorrência
das espécies mencionadas neste guia foram Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas gerais, São
Paulo, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Figura 7). São estados que estão
localizados principalmente na faixa litorânea do Brasil onde o Bioma Mata Atlântica está
inserido. Contudo, há também o estado de Minas Gerais que está no interior da região sudeste
e que possui formações florestais tanto de Mata Atlântica como de Cerrado.

20
90

80

70

60
Nº de espécies

50

40

30

20

10

Rondônia
Rio de Janeiro

Santa Catarina

Mato Grosso

Pará
Acre
São Paulo

Pernambuco
Espírito Santo

Paraná

Goiás

Amapá

Paraíba
Ceará

Roraima

Piauí
Amazonas
Mato Grosso do sul

Rio Grande do norte


Rio Grande do sul
Bahia

Maranhão

Sergipe
Alagoas
Minas Gerais

Distrito Federal

Estados

Figura 7 – Principais Estados que compõem as espécies deste guia ilustrado.

Em relação ao status de conservação, a União Internacional para a Preservação da


Natureza (IUCN, 2017) é uma organização que, dentre suas principais atividades, está à
avaliação do grau de ameaça de diversos táxons globalmente. Suas atividades vêm
colaborando para a coleta e disseminação de informação sobre as espécies que são prioritárias
para conservação. Apresenta, inclusive, uma lista com táxons discriminados em categorias de
ameaça que variam do maior para o menor grau de ameaça, sendo estas: Criticamente
ameaçada (CR), Em perigo (EN), Vulnerável (VU), Quase ameaçada (NT) ou Menos
preocupante (LC). Apresenta também informações sobre espécies com Deficiência de dados

21
(DD) ou ainda menciona aquelas que não tenham sido avaliadas (NE) quanto ao grau de
ameaça. Os critérios para a avaliação do grau de ameaça são focados na representatividade da
população, área de ocorrência e as principais ameaças à população (para mais detalhes ver
(https://www.iucn.org).
As espécies avaliadas quanto ao grau de ameaça neste guia seguiram as informações
obtidas no site da Flora do Brasil e no CNCFlora, este responsável pela avaliação do grau de
ameaça das espécies da flora do Brasil. Esta iniciativa pioneira conta com a colaboração de
diversos taxonomistas. Dentre os resultados destacamos o “Livro vermelho da Flora do
Brasil”, que apresenta diversas espécies com seus respectivos graus de ameaça e áreas
prioritárias para conservação. As informações contidas nesse livro preenchem em parte, as
lacunas que existiam sobre as espécies ameaçadas (Martinelli & Moraes 2013). Entretanto,
ainda há um grande número de espécies que precisam ser avaliadas.

Informações detalhadas sobre as espécies aqui abordadas foram escassas. Nesse


sentido, a maioria das espécies (77% do total – 65 sp.) que estão neste guia não foram sequer
avaliadas quanto ao grau de ameaça (Não avaliadas / NE). Por outro lado, as que foram
avaliadas quanto ao grau de ameaça totalizaram 23% do total 19 sp. Deste total, somente 12
espécies (14%) apresentaram dados de grau de ameaça menos preocupante (LC). Já as
espécies que alcançaram categorias de grau de ameaça mais críticas somaram 8%, sendo que
4% (3 sp.) estiveram na categoria de Vulnerável (VU), são elas: Neomitranthes amblymitra,
Ocotea catharinensis, Pouteria gardneri. Os outros 4% (3sp.) estiveram na categoria de em
perigo (EN): Mezilaurus navalium, Ocotea odorifera e Rudgea macrophylla. Somente a
espécie Ocotea aciphylla esteve na categoria de Quase ameaçada (NT). As famílias destas
espécies foram Myrtaceae, Lauraceae, Sapotaceae e Rubiaceae, que são conhecidas pela
diversidade e riqueza florística no Bioma Mata Atlântica, e, que seguindo o padrão geral para
o bioma, apresenta espécies ameaçadas de extinção.

22
Grau de ameaça das espécies
16%
14%
12%
10%
Espécies

8%
6%
4%
2%
0%
EN VU NT LC

Figura 8 – Categorias de grau de ameaça das espécies que compõem o Guia ilustrado.

Em se tratando de número de indivíduos por espécies, as dez espécies com maior


número de indivíduos na Parcela Rapeld e apresentadas neste guia foram respectivamente:
Licania kunthiana (Chrysobalanaceae), Guapira aff. opposita (Nyctaginaceae), Copaifera
lucens (Leguminosae), Maytenus sp1. (Celastraceae), Qualea gestasiana (Vochysiaceae),
Ficus luschnathiana (Moraceae), Guapira aff. nitida (Nyctaginaceae), Calyptranthes
grandifolia (Myrtaceae), Vochysia laurifolia (Vochysiaceae) e Bathysa australis (Rubiaceae)
(Figura 9).

23
30

25
Nº de espécies

20

15

10

Espécies

Figura 9 – Espécies que apresentaram maior número de indivíduos na parcela Rapeld.

24
4 DISCUSSÃO

4.1 Caracteres gerais relevantes na identificação botânica de árvores

Em vários estudos em inventários e estudos ecológicos, há sempre uma grande


proporção de árvores que não estão em fase reprodutiva, e a base de estudo é a comunidade
florística (Rodrigues, 1996; Jesus, 2009; Hottz, 2010). Portanto, caracteres vegetativos em
geral são muito utilizados para a identificação botânica em diversos trabalhos (Ribeiro et al.
2002; Braz et al. 2004; Silva et al. 2012; Carvalho & Conde, 2014; Flores et al. 2015). Sendo
assim, há um crescente de publicações que se baseiam em características vegetativas para uma
correta identificação (Ribeiro et al. 2002; Braz et al. 2004; Silva et al. 2012; Flores et al.
2015). Isso se dá, em parte, através da colaboração de taxonomistas experientes. A
identificação botânica precisa, utilizando material vegetativo, é difícil e em grande parte exige
experiência do observador. Contudo, com a capacitação adequada é possível desenvolver essa
habilidade. Em alguns grupos de pesquisa, há pessoas que possuem um conhecimento
bastante amplo sobre as famílias botânicas, sobretudo sobre aquelas que representam seu foco
de estudo. Assim podem diferenciar mais facilmente as estruturas vegetativas. Nesse sentido,
até mesmo na literatura mais especializada, alguns autores já descrevem em artigos científicos
as diferenças vegetativas entre as espécies (Quinet & Andreata 2002; Freitas & Kinoshita
2015).
Este guia ilustrado de espécies arbóreas da Rebio Tinguá tem como ideia principal
ampliar e facilitar o conhecimento da flora local atingindo também um amplo público, mais
precisamente direcionado a pesquisadores e estudantes, para que auxilie no inventário
florístico da área e sirva de apoio a vários estudos multidisciplinares. Diferencia-se inclusive
de outros guias por utilizar como base as características vegetativas das espécies. Além de
imagens fotográficas que facilitam a identificação das espécies, seja em campo através da
observação direta, ou no laboratório observando o material herborizado. Sendo assim, este
guia pretende ser um facilitador que, de forma rápida e precisa, permite o reconhecimento de
várias espécies da região sem a necessidade de que estas estejam em fase reprodutiva.
Cabe lembrar que algumas características vegetativas são perceptíveis quando o
material ainda está fresco, como o látex e a coloração de determinadas estruturas da planta. A
espécie Myrsine gardneriana é um bom exemplo, pois apresenta o pecíolo avermelhado. Por
outro lado, algumas características são mais visíveis quando o material está herborizado,
como é o caso das nervuras secundárias das espécies da família Primulaceae e as
Nyctaginaceas, que, quando herborizadas, tornam-se escurecidas, quase nigrescentes, também

25
apresentadas neste guia. Outras características podem ser vistas tanto em material fresco
quanto herborizado. Há estípulas que em material fresco são facilmente vistas, mas que em
material herborizado somente é possível notar as cicatrizes nos ramos. Tais estruturas são
comuns nas famílias Rubiaceae, Malphigiaceae e Quinaceae. Pontos translúcidos são
frequentemente observados nas famílias Myrtaceae, Salicaceae e Fabaceae, tanto no material
fresco quanto herborizado. Portanto, a observação atenta do material fresco e herborizado,
mesmo sem flores, permite identificar várias espécies.
As cascas das árvores podem ser utilizadas como caráter diagnóstico para a
identificação de algumas famílias botânicas como, por exemplo, a Lauraceae. Mas quanto à
determinação em nível de espécie, apenas um grupo muito restrito há realmente
confiabilidade como, por exemplo, o Geissospermum laeve (Pau - pereira). No campo é
possível observar cascas semelhantes, mas que pertencem a famílias distintas como, por
exemplo, Amaioua intermedia (Rubiaceae), Pouteria caimito e Pouteria sp1. (Sapotaceae).
Geralmente, na floresta no Tinguá, as populações dessas espécies apresentam indivíduos
muito grandes. Para diferenciá-las é necessário observar as folhas, cascas e presença, ou
ausência, de látex branco, sendo esta última característica típica de Sapotaceae. Entretanto,
em Myrtaceae, a casca e a entrecasca do caule possuem importantes características de auxílio
para identificação, já que estas podem apresentar caracteres diferenciados (fissuras verticais
profundas, descamantes em remendos assimétricos, lisas, coloração esverdeada, cascas que
permanecem unidas em uma extremidade após descascar) e as entrecascas (vermelha,
marrom, branca) também. Além disso, outras estruturas também podem ser úteis, tais como as
gemas apicais, pontos translúcidos, tamanhos e formato das folhas e tricomas. Entretanto, isso
precisa ser verificado com cautela, já que outras famílias também apresentam estruturas
semelhantes na entrecasca avermelhada como Myrsinaceae e Chrysobalanaceae. Esta família,
inclusive, também apresenta lenticelas na casca.

4.2 Famílias com elevado número de indivíduos

As Rubiáceaes podem ser facilmente identificadas no campo pela presença de


estípulas nos ramos. Porém esta estrutura também pode ser compartilhada com outras
espécies que possuam folhas opostas, como Niedenzuella sp1., Quiina glazovii e Vochysia
laurifolia, assim há a necessidade de observar outras características. Embora o guia tenha 7
espécies de Rubiaceae, elas são identificadas pelas estípulas que apresentam grande
variedade de tamanhos, formas e posições. Além disso, as diferenças nos tamanhos das folhas

26
podem ser marcantes, já que em alguns casos podem chegar a 3.3 cm de comprimento, como
em Cordiera concolor, até 36.7 cm de comprimento, como em Bathysa australis.
A família Lauraceae foi a que apresentou o maior número de gênero neste guia, sendo
reconhecida em campo devido ao seu odor aromático nas folhas e cascas e pelos seus troncos
geralmente lenticelados. Nesse caso, as espécies desta família podem ser diferenciadas pela
presença ou ausência de domácias, tamanho e formato da gema apical e folhas.
Entretanto espécies do mesmo gênero, e por consequência mais próximas como
Mollinedia acutissima e Mollinedia schottiana, Guapira opposita e Guapira nitida,
Nectandra membranacea e Nectandra puberula, Neomitranthes amblymitra e Neomitranthes
warmingiana podem apresentar grande dificuldade na identificação. Entretanto, no caso de
Alchornea triplinervia e Alchornea glandulosa, mesmo sendo do mesmo gênero, são
facilmente diferenciadas ao observar a quantidade de glândulas na face abaxial das folhas.
Este guia ilustrado possui imagens fotográficas que auxiliam na identificação das
estruturas vegetativas. Além disso, é possível comparar os formatos e tamanhos das folhas
que podem variar muito. Por outro lado, existem estudos que utilizam outros métodos para
identificação botânica que tem como base caracteres vegetativos. A anatomia da madeira de
árvores, por exemplo, na qual são feitas análises com características macro ou microscópicas
no lenho (Cury & Tomazello-Filho, 2011) são bastante eficientes. Entretanto, esses trabalhos
dependem de um tempo maior, já que é necessário preparar o material da madeira para análise
(Cury & Tomazello-Filho, 2011: Heerdt & Júnior, 2016). Esses resultados são marcantes e
podem trazer resultados importantes sobre a diferenciação intra específica de algumas
espécies (Heerdt & Júnior, 2016). A dendrologia também é outro ramo da ciência que tem
auxiliado na identificação botânica, ao utilizar características das cascas e ramos das folhas
frescas (Carvalho & Conde, 2014). Essas e outras perspectivas têm buscado soluções para a
identificação de materiais botânicos que não apresentam estruturas reprodutivas (Medeiros,
2009; Carvalho & Conde, 2014).
Contudo vale ressaltar, quando se trata de riqueza específica, que algumas espécies
apresentadas neste guia apresentaram um elevado número de indivíduos. Isso pode ter
diversas causas e, no caso da espécie Guapira aff. opposita, pode ter relação com a amplitude
geográfica e plasticidade fenotípica deste gênero (Sá 1994). Essa espécie, inclusive, apresenta
grande abundância em trabalhos no Bioma Mata Atlântica, desde áreas de restingas à Floresta
ombrófila densa Montana (Joly et al. 2012), e também em estudos realizados na Rebio
Tinguá, onde ocorrem tanto em borda mais impactada quanto no interior da floresta mais

27
preservada (Rodrigues 1996; Jesus 2009; Hottz 2010). Entretanto, G. opposita é muito
parecida com G. nitida e ambas ficam com as folhas enegrecidas quando herborizadas.
Copaifera lucens Dwyer é outra espécie com grande número de indivíduos, possui
distribuição geográfica na região nordeste e sudeste do Brasil (Flora do Brasil, 2020),
pertence a uma família que apresenta elevada riqueza em diversos trabalhos de levantamentos
florísticos e fitossociológicos (Silva & Tozzi, 2011; Joly et al. 2012, Silva et al. 2016) nos
trópicos e globalmente (Lima et al. 1994). O gênero Copaifera ocorre em praticamente todos
os estados do Brasil e produz óleos – resinas que são muito empregadas no conhecimento
popular como anti-inflamatórios e cicatrizantes (Junior & Pinto, 2002). A madeira possui alta
durabilidade, sendo emprega na marcenaria e apresenta bastante interesse para as indústrias de
perfumaria, cosméticos e vernizes (Junior & Pinto, 2002). Segundo Junior e Pinto (2002), são
escassos os trabalhos com chaves de identificação para o gênero, já que muitas vezes as
espécies do gênero Copaifera podem ser confundidas com outras espécies do mesmo gênero.
Parte desta lacuna foi preenchida com artigo publicado sobre o gênero na região Amazônica
(Martins-da-Silva et al. 2008) e outro desenvolvido em regiões mais variadas do Brasil
(Costa, 2007). Segundo Medeiros 2009, há deficiência de estudos taxonômicos e ecológicos
para a família Fabaceae. Porém alguns trabalhos mais recentes têm elucidado lacunas
importantes, como a definição de um novo gênero para a família, através da colaboração de
vários pesquisadores (Azani et al. 2017).
Estudos que vêm sendo feitos na Rebio Tinguá afirmam a importância da família
Myrtaceae para a região, sobretudo devido à sua abundância e riqueza (Jesus 2009; Hottz
2010) na Mata Atlântica (Murray - Smith et al. 2009). Porém ainda há uma grande
dificuldade na identificação botânica precisa e muitos indivíduos estão classificados em
morfoespécies (Jesus 2009; Hottz 2010). Algumas espécies da família Myrtaceae, que
compõem este guia são restritas somente ao estado do Rio de Janeiro, como Calyptranthes
caudata e Myrciaria cf. pumila. Embora seja uma família riquíssima, alguns autores relatam
que o grupo possui grande complexidade taxonômica (Barroso & Peixoto, 1996). Nesse
sentido, há também grande dificuldade no uso de características vegetativas para identificação
botânica (Carvalho & Conde, 2014). Com isso, atualmente vários trabalhos vêm afirmando a
necessidade de se ampliar e intensificar os estudos sobre essa importante família botânica.
Ainda hoje estão sendo descritas novas espécies de Myrtaceae em diversas regiões da Mata
Atlântica (Sobral et al. 2016 ).
A família Lauraceae também é bem representada em diversos trabalhos devido a sua
grande riqueza de espécies (Murray - Smith et al. 2009; Lima et al. 2011; Joly et al. 2012).

28
Neste trabalho, foi a segunda família com maior número de espécies, e o gênero Ocotea
apresentou maior número de indivíduos. No campo é facilmente reconhecido pelo seu cheiro
aromático e possui também espécies restritas ao estado do Rio de Janeiro, como
Beilschmiedia angustifolia, Cinnamomum glaziovii e Mezilaurus navalium. Esta última,
inclusive, no passado foi muito explorada para a fabricação de barcos, além do uso de sua
madeira nobre para indústria moveleira, atualmente somente pode ser encontrada na Rebio
Tinguá, segundo Alves (2011).

4.3 Espécies restritas e ameaçadas de extinção

Além dessas espécies que foram mencionadas anteriormente quanto à restrição


geográfica, existem outras também localizadas somente no estado do Rio de Janeiro que estão
neste guia, sendo elas: Duguetia microphylla, Couepia parvifolia, Meriania glabra,
Mollinedia aff. acutissima, Rudgea macrophylla e Qualea gestasiana. É possível que estas
espécies e as anteriores não tenham sido apresentadas em outros guias devido a sua restrita
amplitude geográfica. Portanto, esse aspecto chama atenção para a importância dessas
espécies para conservação, já que no Rio de Janeiro restam apenas 15% do que havia de Mata
Atlântica (Myers et al. 2000).
Nesse aspecto, há neste guia várias espécies que não foram avaliadas quanto ao grau
de ameaça. Dentre as espécies contidas no guia e que estão ameaçadas de extinção, podemos
citar, Neomitranthes amblymitra, Ocotea catharinensis, Pouteria gardneri, Mezilaurus
navalium, Ocotea odorifera e Rudgea macrophylla. Em um trabalho realizado com espécies
arbóreas depositadas em herbário, com referência à região do Tinguá, foram listadas 563
espécies, destas 33 encontram-se ameaçadas de extinção (Iguatemy et al. dados não
publicados). É possível que boa parte delas, que não foram avaliadas quanto ao grau de
ameaça, já estejam ameaçadas também. Em um levantamento feito com espécies de répteis, os
táxons, que estavam na categoria de ameaça “menos preocupante” (NT – Quase ameaçada),
podem, em poucos anos (50 anos), ser elevados a categorias de maior grau de ameaça, caso
não sejam conduzidas medidas para a conservação (Stanton et al. 2015). É possível que exista
um padrão similar para plantas. Além disso, é muito preocupante o fato de existirem muitas
espécies com dados deficientes de informações (Roberts et al. 2016), uma vez que a intensa
fragmentação e ameaças ao bioma podem, em pouco tempo, levar muitas espécies à extinção
(Ribeiro et al. 2009). É necessário também que as áreas protegidas sejam ampliadas e
devidamente conservadas, pois ainda existem muitos fragmentos ou áreas extensas que sequer

29
foram inventariadas (SNUC 2000; ICMBIO 2016). Isso inclui áreas já protegidas pelo sistema
nacional de unidades de conservação (SNUC 2000; ICMBIO 2016) sobre as quais há pouca
informação e também trechos em propriedades particulares. Portanto, é importante acelerar a
geração de conhecimento sobre as espécies.

4.4 Relevância para conservação da Reserva Biológica do Tinguá

A grande riqueza dessa área indica que existe um grande potencial para ampliação do
conhecimento sobre a flora local. Há, inclusive, o registro nessa região de mais de 563
espécies arbóreas (Iguatemy et al. dados não publicados). Entretanto, como no Tinguá, ainda
existem extensas áreas pouco exploradas por pesquisadores, possivelmente o número de
espécies é muito maior. Além disso, vale ressaltar a importância da Reserva Biológica do
Tinguá quanto aos aspectos ligados à conservação, pois ela abriga diversas espécies
ameaçadas de extinção somente encontradas nessa região. Além disso, há também uma lista
extensa de ameaças a essa reserva, tais como extração seletiva, caça e impactos diversos no
entorno. Embora esse guia ilustrado apresente 91 táxons, cabe ressaltar que representa um
passo inicial para o conhecimento da região.

30
5 CONCLUSÃO

O Guia ilustrado das espécies arbóreas da Reserva Bilógica do Tinguá é um difusor de


conhecimento da flora da Rebio do Tinguá, amplia o conhecimento das espécies arbóreas da
região.
Atua como uma ferramenta para acelerar a identificação do material botânico, já que
os trabalhos levantados na Rebio Tinguá apresentam extrema riqueza e endemismo e poucos
indivíduos com caracteres reprodutivos.
Algumas espécies são facilmente identificáveis em campo devido à ausência das
estruturas reprodutivas, mas algumas espécies como: Mollinedia acutissima e Mollinedia
schottiana, Guapira opposita e Guapira nitida, Nectandra membranacea e Nectandra
puberula, Neomitranthes amblymitra e Neomitranthes warmingiana, que são mais próximas
requerem uma observação mais robusta para a identificação.
Sobre as espécies que estão em gêneros e possuem nomes científicos provisórios
como: Eriotheca cf. Candolleana, Eugenia cf. Zuccarinii, Myrcia cf. Guianensis, Myrciaria
cf. Pumila e Plinia cf. Pseudodichasiantha é necessário ampliar os estudos nessas espécies,
para classificá - las em um nome científico correto.
Guias ilustrados e chaves de identificação podem ser feitos utilizando características
vegetativas.
A maioria das espécies que compõe este Guia ilustrado sequer foi avaliada quanto ao
grau da ameaça, e a outra parcela está ameaçada de extinção, demonstrando a carência de
informações sobre as espécies que são encontradas no local.
Devido à grande riqueza da Rebio Tinguá é necessário ampliar a formulação de Guias
ilustrados das famílias com maior riqueza de espécies e ameaçadas.
É necessário ampliar os estudos nas áreas de taxonomia e ecologia na Rebio Tinguá, já
que os critérios para a avaliação do grau de ameaça são focados na representatividade da
população, área de ocorrência e ameaças à população.

31
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samambaias e licófitas da REBIO Uatumã, Amazônia Central. Manaus: Áttema
Design Editorial. Pp. 321.

41
7 ANEXO

42
Guia ilustrado das espécies
arbóreas da Rebio Tinguá
(RJ), com base em
caracteres vegetativos
Folhas simples alternas

39 Espécies

3 Gêneros

Folhas simples opostas


e subopostas

34 Espécies

6 Gêneros

Folhas compostas

11 Espécies

Folhas verticiladas

3 Espécies
44
FAMÍLIAS DE FOLHAS SIMPLES
ALTERNAS

ANNONACEAE....................Pág. 49
FAMÍLIAS DE FOLHAS FAMÍLIAS DE FOLHAS
APOCYNACEAE..................Pág. 51
SIMPLES OPOSTAS E COMPOSTAS
CELASTRACEAE................Pág. 52 SUBOPOSTAS
ARALIACEAE..................Pág. 134
CHRYSOBALANACEAE....Pág. 53 CLUSIACEAE.....................Pág. 93
CARICACEAE..................Pág. 135
COMBRETACEAE..............Pág. 57 ELAEOCARPACEAE.........Pág. 94
LEGUMINOSAE..............Pág. 136
ELAEOCARPACEAE..........Pág. 58 LAURACEAE......................Pág. 95
MALVACEAE..................Pág. 143
EUPHORBIACEAE.............Pág. 59 MELASTOMATACEAE.....Pág. 96
SAPINDACEAE...............Pág. 144
LAURACEAE......................Pág. 61 MONIMIACEAE.................Pág. 99

MORACEAE.......................Pág. 75 MYRTACEAE...................Pág. 101

NYCTAGINACEAE……...Pág. 76 NYCTAGINACEAE..........Pág. 122


FAMÍLIAS DE FOLHAS
OLACACEAE.....................Pág. 78 QUINACEAE.....................Pág. 124 VERTICILADAS

PERACEAE........................Pág. 79 RUBIACEAE.....................Pág. 125 NYCTAGINACEAE........Pág. 146

PRIMULACEAE................Pág. 80 VOCHYSIACEAE.............Pág. 131 RUBIACEAE....................Pág. 148

SALICACEAE...................Pág. 84

SAPOTACEAE..................Pág. 86

45
Folhas
alternas

Cryptocarya moschata Nees & Mart.

46
Chave para a identificação das famílias de folhas alternas

7 – Folhas sem tricomas ou não perceptíveis a olho


1 – Plantas com látex.
nu...........................................................................CELASTRACEAE
2 – Estípulas terminais presentes...................................MORACEAE
7’ – Folhas com tricomas perceptíveis até a olho nu..........................8
2’ – Estípulas ausentes........................................................................3
8’ – Ramos sem gemas laterais e apicais; nervuras secundárias e
3 – Casca com sulcos verticais profundos, folhas de ápice
terciárias inconspícuas..................................................OLACACEAE
acuminado...............................................................APOCYNACEAE
8 – Ramos com gemas laterais ou apicais..........................................9
3’ – Casca com sulcos verticais rasos ou granulados quebrando em
9 – Folhas tipicamente obovadas e concentradas no ápice dos ramos;
remendos assimétricos; folhas de ápice redondo, agudo ou raramente
presença de domácias...........................................COMBRETACEAE
acuminado...................................................................SAPOTACEAE
9’ – Folhas raramente obovadas, mas frequentemente elípticas ou
1’ – Plantas sem látex.
lanceoladas, nunca concentradas no ápice dos ramos......................10
4 – Folhas alternas, opostas a subopostas no mesmo
10 – Folhas de consistência coriácea e sem
indivíduo..........................................................ELAEOCARPACEAE
odor..................................................................................PERACEAE
4’ – Folhas sempre alternas no mesmo indivíduo..............................5
10’ – Folhas frequentemente de consistência cartácea, geralmente
5 – Folhas de margem inteira.
com odor marcante...........................................................................11
6 – Folhas com linhas translúcidas apenas na nervura central;
11 – Ramos sem imbira, folhas geralmente com domácias
pecíolo vinoso quando material vivo.......................PRIMULACEAE
......................................................................................LAURACEAE
6’ – Folhas sem linhas translúcidas na nervura central; pecíolo nunca
11’ – Ramos com imbira, folhas sem domácias.......ANNONACEAE
vinoso................................................................................................ 7
5’ – Folhas de margem serreada.....................................................12

47
12 – Folhas com três ou muitas glândulas...........EUPHORBIACEAE
12’ – Folhas sem glândulas, porém com pontos
translúcidos..................................................................SALICACEAE

48
C

ANNONACEAE
Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr.
Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Casca com sulcos
AA
verticais profundos e entrecasca marrom. Ramos jovens cobertos de A
pelos. Quando adultos com poucos pelos. Com imbira. Gemas
laterais e apicais amareladas. Pecíolos 0.4-0.5 cm compr.,
canaliculados, enegrecidos quando herborizados. Folhas alternas 5.8-
17.7 x 1.6-5.1 cm, dísticas, discolores, margem inteira, cartáceas,
lanceoladas a elípticas, ápice acuminado a agudo, base aguda a
acuminada, face adaxial sem pelos, face abaxial coberta de pelos, B DD
nervação broquidódroma, nervuras principais e secundárias CE
proeminentes.
Distribuição no Brasil: Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 1 - Duguetia microphylla (R.E.Fr.) R.E.Fr. A - Casca. B –


Entrecasca. C e D – Parte do ramo. E – Variação das folhas. F - F
Detalhe das gemas apicais. G – Detalhe do pelos na face abaxial da
folha.

49

E G
ANNONACEAE
Guatteria latifolia R.E.Fr.
Descrição: Árvores de dossel. Ramos flexuosos, com pelos quando
jovens e com poucos pelos quando adultos. Gemas laterais. Pecíolos
0.4-0.5 cm de compr., canaliculados, enegrecidos quando Figura 2 - Guatteria latifolia R.E.Fr. A – Parte do ramo. B – Ramo
herborizados, com pelos. Folhas alternas 5.8-17.7 x 1.6-5.1 cm, flexuoso e gemas laterais. C - Variação das folhas.
dísticas, cartáceas, elípticas, margem inteira a ondulada, ápice
acuminado, base aguda, face adaxial sem pelos, face abaxial com
poucos ou sem pelos, nervação broquidódroma, nervuras principais e
secundárias proeminentes, 9-13 pares de nervuras secundárias
A B
laterais.
Distribuição no Brasil: Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaçada: NE

Figura 2 - Guatteria latifolia R.E.Fr. A – Parte do ramo. B – Ramo


flexuoso e gemas laterais. C - Variação das folhas.

50

C
APOCYNACEAE
Geissospermum laeve (Vell.) Miers
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca com sulcos
A
verticais profundos e entrecasca com sabor amargo. Látex branco.
Ramos e pecíolos (0.2- 0.7 cm de compr.) canaliculados, com ou
sem pelos. Folhas alternas 5-8.5 x 1.4-3.9 cm, cartáceas, elípticas,
margem inteira e ondulada, ápice acuminado, base cuneada, face
adaxial sem pelos, face abaxial com pelos concentrados nas nervuras
principais ou ausentes, nervação parcialmente broquidódroma e
nervuras principais proeminentes. B C
Distribuição no Brasil: Amazonas, Amapá, Pará, Bahia, Maranhão, B
Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. B
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome popular: pau – pereira.
Grau de ameaçada: NE

Figura 3 - Geissospermum laeve (Vell.) Miers A - Casca. B –


Entrecasca com látex. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E
– Detalhe da nervação.

51

D E
E
CELASTRACEAE
Maytenus sp1.
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Entrecasca
avermelhada. Ramos com lenticelas, com ou sem pelos. Gemas
apicais e laterais. Pecíolos 0.2-0.5 cm de compr., com pelos ou
ausentes. Folhas alternas 3.0-7.5 x 1.1-2.5 cm, cartáceas, elípticas ou
obovadas, margem inteira, glândulas na face adaxial, ápice
acuminado, base aguda, face adaxial sem pelos, face abaxial com ou
sem pelos, nervação broquidódroma, nervuras principais
proeminentes. A B

Figura 4 - Maytenus sp1. A - Entrecasca. B – Parte do ramo. C –


Variação das folhas. D – Gemas no detalhe e ramos com lenticelas.

52

C D
CHRYSOBALANACEAE
Couepia parvifolia Prance
Descrição: Árvores de dossel. Casca lisa com lenticelas formando A
linhas verticais e entrecasca vermelha. Ramos com lenticelas. Gemas
laterais e apicais cobertas de pelos. Estípulas longas e caducas. A
Pecíolos 0.3-0.5 cm de compr., canaliculados, com ou sem pelos.
Folhas alternas 3.1-5.3 x 0.6-1.6 cm, cartáceas, discolores, elípticas a
lanceoladas, margem inteira e revoluta, ápice acuminado, base
acuminada, face adaxial brilhante, com pelos nas nervuras centrais
B C
ou ausentes, face abaxial com pelos, nervação broquidódroma, difícil
de ver devido à cobertura de pelos, 7-9 pares de nervuras
secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 5 - Couepia parvifolia Prance A- Casca. B – Entrecasca. C –


Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da nervação.

53
D E
CHRYSOBALANACEAE
Hirtella hebeclada Moric. ex DC.
Descrição: Árvores de dossel. Casca lisa com lenticelas espalhadas.
Entrecasca vermelha. Ramos cobertos de pelos amarelados quando jovens, A
lenticelados, aparentes quando sem pelos. Gemas apicais e laterais cobertas
de pelos amarelados. Presença de estípulas. Pecíolos 0.5-0.7 cm de compr.,
cobertos de pelos. Folhas alternas 4.1-8.2 x 2.3-4.3 cm, coriáceas, ovadas a
elípticas, margem inteira, ápice agudo e acuminado, base redonda, face
adaxial com pelos concentrados nas nervuras principais, face abaxial com
muitos pelos, glândulas concentradas na base da folha, mais visíveis A
quando estão com poucos pelos, nervação broquidódroma, nervuras B C
principais e secundárias adaxiais proeminentes, e impressas na face
abaxial, 8-10 pares de nervuras secundárias.
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata atlântica.
Nome popular: milho – torrado.
Grau de ameaça: NE

Figura 6 - Hirtella hebeclada Moric. ex DC. A - Casca. B – Entrecasca. C


– Parte do Ramo. D – Variação das folhas. E – Folha com nervação e
glândula na base.

54

D E
CHRYSOBALANACEAE
Licania kunthiana Hook.f.
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca coberta de lenticelas
formando linhas verticais e entrecasca vermelha. Ramos avermelhados A
com lenticelas. Presença de estípulas. Pecíolos 0.6-1.3 cm de compr.,
canaliculados, com pelos perdendo com a idade. Folhas alternas 13.4-6.7 x
5.7-2.4 cm, discolores, margem inteira, cartáceas, oblongas a ovadas,
elípticas, ápice acuminado, base cuneada a arredondada, face adaxial com
poucos pelos ou ausentes, face abaxial com pelos, nervação
A
eucamptódroma, nervuras principais e secundárias abaxiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, B C
Roraima, Tocantins, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Distrito
Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: milho - cozido
Grau de ameaça: NE

Figura 7 - Licania kunthiana Hook.f. A- Casca. B – Entrecasca. C – Parte


do ramo. D – Variação das folhas discolores. E – Detalhe das lenticelas
nos ramos.

55

D E
CHRYSOBALANACEAE
Parinari excelsa Sabine
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca com lenticelas
A
em linhas finas verticais e entrecasca rosada. Ramos com lenticelas,
A
com poucos pelos. Gemas laterais e apicais. Pecíolos 0.6-1.0 cm de A
compr., quando jovens, cobertos de pelos, com par de glândulas.
Folhas alternas 3.8-7.5 x 1.3-4.0 cm de compr., discolores, cartáceas
a coriáceas, elípticas a ovadas, ápice acuminado, base arredondada
para cuneada, face adaxial brilhante, pelos concentrados nas
nervuras centrais ou ausentes, face abaxial com pelos, nervação B C
broquidódroma, nervuras principais e secundárias proeminentes, 13-
24 pares de nervuras secundárias.
Distribuição no Brasil: Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia,
Roraima, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
E
Grau de ameaça: NE
Figura 8 - Parinari excelsa Sabine. A - Casca. B – Entrecasca. C –
Parte do Ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe das glândulas.
F e G - Folhas discolores.

56

D F G
D
COMBRETACEAE
Buchenavia kleinii Exell
Descrição: Árvores de dossel. Raiz tabular. Entrecasca marrom
clara. Gemas apicais cobertas de pelos. Pecíolos 1.2-2.7 cm de A
compr., com pelos. Folhas alternas espiraladas 5.6-9.3 x 1.6-4.0 cm
de compr., cartáceas, discolores, com domácias, obovadas, margem
inteira, ápice arredondado, base cuneada, face abaxial com pelos
concentrados nas nervuras principais, ou ausentes, face abaxial com
pelos concentrados nas nervuras principais e secundárias, nervuras
principais e secundárias proeminentes.
B C
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC

Figura 9 - Buchenavia kleinii Exell. A - Casca. B – Entrecasca. C –


Parte do Ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da gema
apical.

57

D E
ELAEOCARPACEAE
Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth.
Descrição: Árvores de dossel a subdossel. Casca lisa com lenticelas
e entrecasca rosada. Gemas apicais e laterais. Ramos estriados, A
lenticelados, poucos pelos ou ausentes. Estípulas caducas. Pecíolos
1.2-2.7cm de compr., poucos pelos ou ausentes, com pulvino
superior e inferior. Folhas alternas, opostas a subopostas com 6.2-
13.4 x 1.6-4.0 cm, margem inteira a ondulada, discolores, com
domácias, elípticas, obovadas a oblanceoladas, ápice acuminado a
agudo, base aguda ou cuneada, face adaxial com ou sem pelos nas
B C
nervuras primárias, face abaxial com ou sem pelos, nervação
broquidódroma, nervuras principais e secundárias abaxiais
proeminentes.
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio
de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC
Figura 10 - Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. A - Casca. B
- Entrecasca. C - Parte do ramo. D - Variação das folhas. E –
Nervuras e detalhe das domácias.

58

D E
EUPHORBIACEAE
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca com lenticelas. Gemas
laterais e apicais. Ramos com lenticelas. Estípulas caducas. Pecíolos 5-7
cm de compr., com poucos pelos ou ausentes. Folhas alternas 6.5-17.5 x
3.1-9.7 cm, discolores, cartáceas, orbiculares, obovadas, margem serreada,
ápice acuminado a agudo, base redonda ou obtusa, face adaxial com
poucos pelos ou ausentes, face abaxial com pelos, domácias entre as
nervuras principais e secundárias, 3 a 6 glândulas na base ou espalhadas na
folha, nervação actinódroma basal, 3 nervuras principais, nervuras
principais e secundárias proeminentes. A B
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima,
Bahia, Maranhão, Sergipe, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 11 - Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. A - Casca com


lenticelas. B – Parte do ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe das
glândulas.

59

C D
EUPHORBIACEAE
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca irregular com lenticelas
e entrecasca vermelha. Gemas laterais e apicais. Ramos com lenticelas.
Estípulas caducas. Pecíolos 2.7-7.5 cm de compr., com poucos pelos ou A
ausentes. Folhas alternas 5.1-18.8 x 3.7-11.2 cm, discolores, cartáceas,
orbiculares, obovadas, margem serreada, ápice acuminado a agudo, base
redonda ou obtusa, face adaxial com poucos pelos ou ausentes, face
abaxial com pelos, domácias entre as nervuras principais e secundárias, 1 a
3 glândulas na base ou dispersas na folha, nervação actinódroma basal, 3
nervuras principais, nervuras principais e secundárias proeminentes. B C
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Bahia,
Pernambuco, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e
Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 12 - Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. A- Casca. B


– Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E –
Detalhe da glândula.

60

D E
LAURACEAE
Cinnamomum glaziovii (Mez) Kosterm.
Descrição: Árvores de dossel. Casca com fendas verticais rasas,
A
aromáticas e entrecasca avermelhada. Ramos marrons, lisos, sem
pelos, com lenticelas. Pecíolos 1.5-2.5 cm de compr., canaliculados.
Gemas apicais e laterais com pelos amarelados. Folhas alternas 5.4-
17.4 x 3.0-7.8 cm, cartáceas a coriáceas, margem inteira e ondulada,
elípticas a ovadas, ápice acuminado, base obtusa, domácias na base
da folha, face adaxial sem pelos, face abaxial com poucos pelos ou
ausentes, nervação acródroma – broquidódroma, 3 nervuras B C
principiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata atlântica.
F
Grau de ameaça: NE

Figura 13 – Cinnamomum glaziovii (Mez) Kosterm. A - Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E e F –
Detalhe da nervação e das domácias.

61

D E
LAURACEAE
Cryptocarya moschata Nees & Mart.
Descrição: Árvores emergentes. Casca lisa descamando em placas
A
assimétricas, deixando trechos mais claros, aromática e entrecasca
rosada. Ramos enegrecidos quando herborizados. Pecíolos 0.6-1.9
cm de compr., canaliculados. Gemas apicais e laterais cobertas de
pelos. Folhas alternas 7.0-12.1 x 2.0-3.5 cm, coriáceas, discolores,
elípticas, margem inteira e revoluta, ápice acuminado a agudo, base
aguda, face abaxial e adaxial sem pelos, nervação eucamptódroma,
nervuras principais e secundárias proeminentes, 6-7 nervuras B C
secundárias laterais e venação reticulada densa.
Distribuição no Brasil: Tocantins, Alagoas, Bahia, Pernambuco,
Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais,
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 14 – Cryptocarya moschata Nees & Mart. A - Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D - Variação das folhas. E – Folhas
sem pelos.

62

D E
LAURACEAE
Mezilaurus navalium (Allemão) Taub. ex Mez
Descrição: Árvores de subdossel. Casca lisa e aromática, entrecasca
avermelhada. Ramos cilíndricos, marrons, com lenticelas. Pecíolos A
0.7- 2.0 cm de compr., enegrecidos quando herborizados. Gemas
apicais com pelos amarelados. Folhas alternas 5.5-13.5 x 1.5-3.4 cm,
cartáceas, discolores, margem inteira e ondulada, elípticas a
lanceoladas, ápice agudo a acuminado, base aguda, face adaxial e
abaxial com poucos pelos ou ausentes, poucas pontuações
glandulares na face abaxial, nervação broquidódroma, venação B CB
reticulada, nervuras principais e secundárias abaxiais proeminentes,
12-24 nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro.
Bioma: Mata Atlântica.
Nome popular: tapinhoã ou tapinuã.
Grau de ameaça: EN

Figura 15 – Mezilaurus navalium (Allemão) Taub. ex Mez A -


Casca. B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D - Variação das folhas.
E – Lenticelas no ramo (seta) e gema apical.

63

D E
LAURACEAE
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.
Descrição: Árvores de dossel. Casca lisa ou com fissuras verticais rasas,
aromáticas. Ramos ovais, com pelos. Pecíolos 0.5-1.0 cm de compr.,
canaliculados, com pelos. Gemas apicais e laterais amareladas. Folhas
alternas 6.3-13.2 x 2.1- 4.0 cm, cartáceas ou membranáceas, elípticas a
lanceoladas, margem inteira e revoluta, ápice acuminado, base aguda, face
adaxial e abaxial com pelos quando jovens, adultos com poucos pelos,
nervação broquidódroma e eucamptódroma, venação reticulada densa,
nervuras principais e secundárias abaxiais proeminentes, 4-5 pares de
nervuras secundárias, com ou sem domácias nas axilas das nervuras A B

secundárias.
Distribuição geográfica: Acre, Rondônia, Tocantins, Bahia, Goiás,
Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina.
Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: canela.
Grau de ameaça: NE

Figura 16 – Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. A - Casca. B – Parte


do ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe das nervuras.

64

C D
LAURACEAE
Nectandra puberula (Schott) Nees
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca irregular com
lenticelas, aromática e entrecasca amarelada. Ramos com pelos ou
A
ausentes. Gemas apicais e laterais cobertas de pelos amarelados. Pecíolos
0.5-1.1 cm de compr., canaliculados, com pelos ou ausentes, enegrecidos
quando herborizados. Folhas alternas 6.6-11 x 1.5-3.1cm, cartáceas,
margem inteira, lanceoladas a elípticas, ápice acuminado a agudo, base
aguda, face adaxial sem pelos, face abaxial com ou sem pelos, domácias
entre as axilas das nervuras secundárias, nervação eucamptódroma,
venação reticulada, nervuras principais e secundárias abaxiais
B C
proeminentes, 3-5 pares de nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Bioma: Cerrado e Mata Atlântica.
Nome popular: canela – sassafraz.
Grau de ameaça: NE

Figura 17 – Nectandra puberula (Schott) Nees A – Casca. B – Entrecasca.


C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe das domácias.

65

D E
B
LAURACEAE
Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez
Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Casca rachada em pequenas
escalas finas e irregulares, com lenticelas, aromática e entrecasca
amarelada. Ramos ovais, com lenticelas e pelos. Pecíolos 0.8-1.3 cm de A
compr., canaliculados, com pelos, enegrecidos quando herborizados.
Gemas apicais compridas e laterais curtas amareladas, cobertas de pelos.
Folhas alternas 7.3-14.1 x 1.9-4.1 cm, coriáceas a cartáceas, lanceoladas ou
elípticas, margem inteira, ápice acuminado a longo acuminado, base aguda,
face adaxial brilhante, pardo amarelada, com pelos nas nervuras principais
ou ausentes, face abaxial com pelos, nervação broquidódroma, venação C D
reticulada, nervuras principais adaxiais impressas e abaxiais proeminentes,
6-10 nervuras secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Amazonas, Rondônia, Tocantins, Bahia,
Maranhão, Pernambuco, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NT

Figura 18 – Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez. A e B – Casca. C –


Entrecasca. D – Parte do ramo. E – Variação das folhas. F – Detalhe das
gemas apicais e laterais.

66

E F
LAURACEAE
Ocotea catharinensis Mez
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca irregular com
lenticelas, aromática e raiz tubular. Ramos com lenticelas. Pecíolos A
0.5-1.5 cm de compr., canaliculados, com pelos. Gemas apicais e A

laterais com pelos amarelados. Folhas alternas 6.2-11.5 x 1.6-4.2 cm,


cartáceas, margem inteira e ondulada, lanceoladas a elípticas, ápice
acuminado a agudo, base aguda, face adaxial brilhante e sem pelos,
face abaxial com poucos pelos e domácias na axila dos primeiros
pares de nervuras, nervação broquidódroma, venação reticulada
B C
densa, nervuras principais proeminentes na face abaxial. A B
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: VU

Figura 19 – Ocotea catharinensis Mez A – Casca. B – Raiz tubular.


C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe das
domácias.

E
67 D

D
C
LAURACEAE
Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez
Descrição: Árvores de subdossel. Casca lisa e aromática, entrecasca
marrom clara. Ramos com lenticelas, angulosos e estriados. Gemas
apicais e laterais com pelos amarelados. Pecíolos 0.7-1.2 cm de
compr., canaliculados, com ou sem pelos, enegrecidos quando
herborizados. Folhas alternas 7.5-11.4 x 2.1-4.3 cm, cartáceas,
elípticas, margem inteira e ondulada, ápice acuminado a agudo, base
cuneada, face adaxial e abaxial sem pelos, nervação broquidódroma,
A B
venação reticulada densa, 5-7 pares de nervuras secundárias.
Distribuição no Brasil: Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: NE

Figura 20 – Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez A - Casca. B –


Parte do ramo. C – Entrecasca. D e E - Variação das folhas.

68

D E
LAURACEAE
Ocotea dispersa (Nees & Mart.) Mez
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca rugosa e
aromática, entrecasca vermelha. Ramos com pelos. Gemas apicais e A

laterais cobertas de pelos. Pecíolos 0.5-0.8 cm de compr.,


canaliculados, com poucos pelos ou ausentes. Folhas alternas 5.7-
12.8 x 1.9-4.1cm, cartáceas, elípticas a lanceoladas, margem inteira e
ondulada, ápice acuminado, base aguda, face adaxial com poucos
pelos ou ausentes, face abaxial com pelos, pontuados glandulares
enegrecidos, domácias em tufos de pelos nas axilas das nervuras B C
secundárias, nervação broquidódroma, venação reticulada densa,
nervuras principais e secundárias proeminentes, 4-6 pares de
nervuras secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE
Figura 21 – Ocotea dispersa (Nees & Mart.) Mez A - Casca. B –
Entrecasca. C - Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe
das domácias.

69

D E
LAURACEAE
Ocotea domatiata Mez
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca com lenticelas
dispersas, aromáticas, entrecasca parda. Ramos estriados com A

lenticelas. Pecíolos 1.0-1.6 cm de compr., canaliculados, enegrecidos


quando herborizados. Gemas apicais e laterais amareladas. Folhas
alternas 6.1-13 x 1.9-4.0 cm, cartáceas, lanceoladas a elípticas,
margem inteira e espessa, ápice agudo a acuminado, base aguda,
face adaxial brilhante quando herborizada, face abaxial e adaxial
com poucos pelos ou ausentes, com domácias, nervação B C
broquidódroma, venação reticulada densa e 5-7 pares de nervuras
secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE
F

Figura 22 – Ocotea domatiata Mez A - Casca. B – Entrecasca. C –


Parte do ramo. D – Variação das folhas. E e F – Detalhe das
domácias e gema apical.

70

D E
LAURACEAE
Ocotea elegans Mez
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca com lenticelas
A
e aromática, entrecasca parda. Ramos com lenticelas. Gemas apicais
e laterais com pelos. Pecíolos 0.8-1.7 cm de compr., canaliculados e
enegrecidos quando herborizados. Folhas alternas 5.2-13.5 x 1.8-4.2
cm, cartáceas, margem inteira, elípticas a lanceoladas, ápice
acuminado, base atenuada ou aguda, raramente com domácias, face
adaxial sem pelos, face abaxial com poucos pelos nas nervuras
centrais ou ausentes, nervação broquidódroma, venação reticulada B C
densa, nervuras principais e secundárias proeminentes, 6-7 pares de B C
nervuras secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 23 – Ocotea elegans Mez A – Casca. B – Entrecasca. C – E


Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Pecíolos enegrecidos e
lenticelas. F – Detalhe da domácia.

71

D F
LAURACEAE
Ocotea glaziovii Mez
Descrição: Árvores emergentes. Ramos angulosos, com lenticelas.
Gemas apicais e laterais. Pecíolos 0.8-1.4 cm de compr.,
canaliculados, enegrecidos quando herborizados. Folhas alternas 12-
21.5 x 4.0-9.3 cm, cartáceas a coriáceas, aromáticas, margem inteira,
elípticas, ápice acuminado ou obtuso, base acuminada, face adaxial e
abaxial sem pelos, nervação broquidódroma, nervuras principais e
secundárias abaxiais proeminentes, 8-10 nervuras secundárias
laterais e venação reticulada densa. B
A
Distribuição no Brasil: Tocantins, Bahia, Distrito Federal, Goiás,
Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: canela-embuia.
Grau de ameaça: NE

Figura 24 – Ocotea glaziovii Mez A - Parte do Ramo. B, C e D –


Ramos, gema apical e lateral.

72

C D
LAURACEAE
Ocotea notata (Nees & Mart.) Mez
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca escamosa e
aromática. Ramos sem pelos, estriados, angulosos, com lenticelas.
Gemas apicais e laterais enegrecidas quando herborizadas. Pecíolos
1.3-1.7 cm de compr., esverdeados, amarelados ou avermelhados
quando frescos, folhas alternas 5-10.5 x 2.4-4.5 cm, cartáceas,
elípticas ou ovais, margem inteira e espessa, ápice acuminado, base
aguda, face adaxial brilhante e sem pelos, face abaxial sem pelos,
nervação broquidódroma, venação reticulada densa, nervuras A B
principais e secundárias proeminentes, avermelhadas quando
herborizadas, 5-7 nervuras secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Bahia, Pernambuco, Sergipe, Espírito
Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 25 – Ocotea notata (Nees & Mart.) Mez A - Casca. B – Parte


do ramo. C e D – Variação das folhas.
D

73

C
LAURACEAE
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer
Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Casca com fendas verticais
lenticeladas e aromáticas. Entrecasca amarelada. Ramos angulosos, A
estriados, sem pelos, com lenticelas. Gemas apicais enegrecidas quando A
A
herborizadas. Pecíolos 0.5-1.2 cm de compr., canaliculados e enegrecidos
quando herborizados. Folhas 5.7-16.4 x 2-5.4 cm, alternas e verticiladas no
ápice, elípticas a obovadas, ápice acuminado ou agudo, base aguda, face
abaxial e adaxial sem pelos, nervação bronquidódroma, nervuras principais
e secundárias proeminentes nas faces abaxiais, 7-10 pares de nervuras
secundárias alternas e reticulado denso. B C
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica
Nome Popular: sassafraz.
Grau de ameaça: EN

Figura 26 – Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer A - Casca. B - Entrecasca.


C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe das gemas
E
apicais e pecíolos enegrecidos.

74

D
MORACEAE
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca com fissuras
verticais rasas. Entrecasca avermelhada. Presença de látex branco. A

Ramos com lenticelas, com ou sem pelos. Estípulas terminais.


Pecíolos 0.9-1.7 cm de compr., canaliculados, com ou sem pelos.
Folhas alternas 5.5-14.7 x 2.5-7.1 cm, cartáceas a coriáceas,
discolores, elípticas a obovadas, margem inteira e revoluta, ápice
acuminado a agudo, base aguda, face adaxial sem pelos, face abaxial
com pelos alvo amarelos ou ausentes, nervuras principais e B C
secundárias abaxiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Bahia, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul
e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC

Figura 27 – Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. A - Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E –
Detalhe da estípula terminal.

75
B

D E
NYCTAGINACEAE
Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell
Descrição: Árvore de subosque a emergente. Casca lisa, entrecasca
clara e madeira macia. Ramos sem pelos, com lenticelas e A
enegrecidos quando herborizados. Pecíolos 1.0-3.5 cm de compr.,
estriados, sem pelos e enegrecidos quando herborizados. Folhas
opostas, subopostas, verticiladas, alternas, 5.3-17.5 x 3.0-9.4 cm,
lisas, face adaxial brilhante, discolores, enegrecidas quando
herborizadas, cartáceas, ovais, elípticas, obovadas, orbiculares,
margem inteira e revoluta, ápice agudo, acuminado, base aguda, B C
acuminada e obtusa, nervação broquidódroma.
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameça: LC
D

Figura 28 - Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell. A –


Casca. B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Detalhe da face
abaxial. E – Detalhe da face adaxial. F – Variação das folhas.

76

E F
NYCTAGINACEAE
Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz
Descrição: Árvore de subdossel a dossel. Casca lisa, entrecasca clara e
madeira macia. Ramos estriados quando herborizados, com lenticelas,
pontuações enegrecidas claras ou enegrecidas. Gema lateral e apical
coberta de pelos avermelhados. Pecíolos 0.4-1.6 cm de compr.,
canaliculados e enegrecidos. Folhas opostas, subopostas, alternas, A
verticiladas, 2.8-12.3 x 1.8-4.9 cm, enegrecidas quando herborizadas,
cartáceas e coriáceas, pontuações nas duas faces das folhas, com ou sem
pelos, lanceoladas, ovais, elípticas, orbiculares e oblongas, margem inteira,
C
ápice acuminado e agudo, base aguda, assimétrica e redonda, nervação
broquidódroma.
Distribuição geográfica: Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Distrito Federal, Goiás,
B D
Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: cebola e cebolinha.
Grau de ameaça: NE
Figura 29 - Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz. A – Casca. B – Entrecasca.
C – Parte do ramo. D – Detalhe do ramo. E – Variação das folhas. F –
Detalhe das cicatrizes no ramo.

77
E F
OLACACEAE
Heisteria silvianii Schwacke
Descrição: Árvores de dossel a emergente. Casca irregular com
fissuras verticais rasas. Com látex branco escasso. Ramos e pecíolos
(0.9-1.5 cm de compr.) enegrecidos quando herborizados. Folhas
alternas 5.1-14 x 2.1-5.3 cm, coriáceas, discolores, elípticas, ápice
acuminado, base aguda a cuneada, face adaxial e abaxial sem pelos,
nervação broquidódroma, nervuras principais abaxiais proeminentes,
nervuras secundárias salientes nas duas faces e reticulado denso.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de A B
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 30 – Heisteria silvianii Schwacke A – Casca. B – Parte do


ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe da nervação secundária.
E - Detalhe do ramo e pecíolos.

78

C D
PERACEAE
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.
Descrição: Árvores de dossel a emergente. Casca lisa e entrecasca
marrom. Ramos com pelos. Gemas apicais e laterais cobertas de pelos.
Pecíolos 0.9-1.7 cm de compr., canaliculados, enegrecidos quando
herborizados, com pelos. Folhas alternas 5.1-12.3 x 2-5.8 cm, discolores
quando herborizados, coriáceas, obovadas a elípticas, margem inteira,
ápice agudo, obtuso, retuso ou acuminado, base cuneada, face adaxial com
pelos nas nervuras centrais ou ausentes, face abaxial com pelos estrelados e
glândulas, nervação broquidódroma, nervuras principais e secundárias
proeminentes. A B C
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia,
Roraima, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 31 – Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Folhas,
ramos, gemas apicais e laterais com pelos.

79

D E
PRIMULACEAE
Myrsine gardneriana A.DC.
Descrição: Árvores de dossel. Entrecasca avermelhada. Ramos lisos e sem
pelos. Gemas apicais e laterais. Pecíolos 0.9-1.4 cm de compr.
avermelhados e canaliculados. Folhas alternas 5.7-14.1 x 2.5-4.6 cm,
cartáceas a coriáceas, lisas, sem pelos, obovadas, margem inteira e
revoluta, ápice acuminado a agudo, base aguda, face abaxial com
pontuações, nervação broquidódroma perceptível quando o material está
herborizado, nervuras principais abaxiais proeminentes, nervuras
secundárias perceptíveis quando o material está herborizado.
Distribuição no Brasil: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas A B
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE C

Figura 32 – Myrsine gardneriana A.DC. A – Entrecasca. B – Parte do


ramo. C – Folha sem nervura aparente. C – Nervuras secundárias não
aparentes. D – Variação das folhas com nervura secundária aparente. E –
Gema apical e pecíolos avermelhados. F- Face abaxial com pontuações.
E

80

D F
PRIMULACEAE
Myrsine hermogenesii (Jung-Mend. & Bernacci) M.F.Freitas &
Kin.-Gouv.
Descrição: Árvores de dossel. Casca lisa e entrecasca avermelhada. A

Gemas apicais e laterais. Ramos estriados. Pecíolos 0.8-1.5 cm de


compr., canaliculados e enegrecidos quando herborizados. Folhas
alternas 6.5-23.5 x 2.1-5.9 cm, membranáceas a cartáceas,
discolores, lisas, sem pelos, elípticas a obovadas, margem inteira
levemente revoluta, ápice agudo a acuminado, base acuminada, face
adaxial brilhante e face abaxial com pontuações, nervuras principais B C
proeminentes nas duas faces da folha, linhas translúcidas nas
nervuras centrais.
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE
Figura 33 – Myrsine hermogenesii (Jung-Mend. & Bernacci)
M.F.Freitas & Kin.-Gouv. A – Casca. B - Entrecasca. C – Parte do
ramo. D – Variação das folhas. E – Linhas translúcidas na nervura
central.

81

D E
PRIMULACEAE
Myrsine parvula (Mez) Otegui
Descrição: Árvores de subdossel. Casca rugosa e entrecasca rosada.
Pecíolos 1.0-1.9 cm de compr., canaliculados e enegrecidos quando
herborizados. Gemas apicais e laterais. Folhas alternas 7.0-15.2 x
1.6-4.1 cm, membranáceas a cartáceas, sem pelos, lisas, margem
inteira, elípticas a lanceoladas, ápice agudo a acuminado, base
aguda, face adaxial brilhante, face abaxial com linhas translúcidas
nas nervuras principais e pontuações dispersas.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de A B
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 34 – Myrsine parvula (Mez) Otegui. A – Casca e entrecasca.


B – Parte do ramo. C – Variação das folhas. D – Linhas translúcidas
na nervura central e pontuações dispersas pela folha.

82

C D
PRIMULACEAE
Myrsine umbellata Mart.
Descrição: Árvores de subdossel. Entrecasca vermelha. Pecíolos
1.2-1.5 cm de compr., canaliculados. Folhas alternas 15.5-19.6 x 4.3-
4.7 cm, discolores, cartáceas, lisas, sem pelos, elípticas, margem
inteira, ápice acuminado a agudo, base aguda, pontuações na face
abaxial, nervação broquidódroma, nervuras principais adaxiais
canaliculadas e abaxiais proeminentes e com linhas translúcidas.
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Bahia,
Ceará, Pernambuco, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso A B

do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,


São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata
Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 35 – Myrsine umbellata Mart. A – Entrecasca B – Parte do


ramo. C – Variação das folhas. E – Linhas translúcidas e pontuações
na face abaxial.

83

C D
SALICACEAE
Casearia arborea (Rich.) Urb.
Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Casca com fendas verticais
rasas e entrecasca marrom clara. Ramos flexuosos, estriados, com pelos.
A
Estípulas caducas. Pecíolos 0.3-0.6 cm de compr., com pelos. Folhas
alternas 2.6-9.5 x 1.1-2.5 cm, cartáceas, discolores, pontos translúcidos,
oblongas, margem serreada, ápice acuminado, base arredondada, face
adaxial com pelos concentrados nas nervuras centrais, face abaxial com
pelos nas nervuras centrais e secundárias, nervação broquidódroma,
venação reticulada, nervuras principais e secundárias proeminentes, 7-10
pares de nervuras secundárias laterais. B C
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia,
Roraima, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 36 – Casearia arborea (Rich.) Urb. A - Casca. B - Entrecasca. C –


Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe dos pontos
translúcidos.

84

D E
SALICACEAE
Casearia aff. pauciflora Cambess.
Descrição: Árvores de dossel. Casca lisa e entrecasca marrom.
Ramos sem pelos e lenticelados. Estípulas caducas. Pecíolos 0.7-1.0
cm de compr., canaliculados, enegrecidos quando herborizados.
Folhas alternas 4.0-13.2 x 2.5-4.7 cm, cartáceas, discolores, pontos
translúcidos, obovadas a elípticas, margem serreada, ápice
acuminado, base atenuada, obtusa e assimétrica, face adaxial sem
pelos, face abaxial com pelos principalmente nas nervuras centrais,
domácias, nervuras principais e secundárias proeminentes. A B
Distribuição no Brasil: Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
Paraná.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC

Figura 37 – Casearia aff. pauciflora Cambess. A – Casca e


D
entrecasca. B – Parte do ramo. C – Variação das folhas. D –
Lenticelas no ramo. E – Detalhe da domácia.

85

C E
SAPOTACEAE
Manilkara subsericea (Mart.) Dubard
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca granulada A
quebrando em remendos assimétricos, presença de látex branco.
Ramos fissurados, com lenticelas e cicatrizes. Gemas apicais
enegrecidas quando herborizadas. Pequenas estípulas ou ausentes.
Pecíolos 0.8-2.3 cm de compr., canaliculados e enegrecidos. Folhas
alternas 3.1-8.5 x 1.6-4.8 cm concentradas nos ápices dos ramos,
discolores, coriáceas, oblanceoladas, ápice redondo, obtuso ou
emarginado, base aguda, cuneada ou atenuada, face adaxial sem B C
pelos, face abaxial com poucos ou sem pelos, nervuras principais
proeminentes e secundárias impressas abaxiais.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: massaranduba.
Grau de ameaça: LC
E
Figura 38 – Manilkara subsericea (Mart.) Dubard A - Casca. B –
Entrecasca com látex. C e E – Parte do ramo. D – Variação das
folhas. F – Detalhe da gema apical.

86

D F
SAPOTACEAE
Manilkara sp1.
B
Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Presença de látex branco.
Ramos fissurados, com cicatrizes. Gemas apicais. Pecíolos 1.2-2.5
cm de compr., canaliculados, sem pelos. Folhas alternas 8.2-17.2 x
3.5-7 cm, concentradas nos ápices dos ramos, discolores, coriáceas,
oblanceoladas, ápice redondo, obtuso ou emarginado, base aguda,
cuneada ou atenuada, face adaxial sem pelos, face abaxial com
poucos ou sem pelos, nervuras principais proeminentes e secundárias
impressas abaxiais. A C

Figura 39 – Manilkara sp1. A e C – Parte do ramo. B – Entrecasca


com látex. D – Variação das folhas. E – Cicatrizes no ramo. F –
Detalhe da gema apical.

87

D
E F
SAPOTACEAE
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca rachada em
A
pequenos e médios tamanhos. Presença de látex branco. Gemas
apicais cobertas de pelos. Ramos com cicatrizes. Pecíolos 1.0-2.5 cm
de compr., folhas alternas espiraladas 8-18 x 1.5-3.4 cm, cartáceas,
oblanceoladas, ápice agudo, base aguda a atenuada, face adaxial com
poucos pelos nas nervuras principais ou ausentes, face abaxial com
poucos ou sem pelos, nervação eucamptódroma ou broquidódroma,
venação reticulada, nervuras principais e secundárias proeminentes. B C
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia,
Roraima, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 40 – Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. A - Casca. B –


Entrecasca com látex. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas.
E – Detalhe da gema apical.

88

D E
SAPOTACEAE
Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca com fissuras
verticais rasas, com lenticelas. Presença de látex. Ramos estriados, com A
lenticelas, com poucos ou sem pelos. Gemas apicais e laterais amareladas. A
Pecíolos 0.8-1.3 cm de compr., canaliculados, com poucos ou sem pelos.
Folhas alternas 2.7-9.5 x 1.7-4.6 cm, discolores, cartáceas, elípticas, ápice
agudo, base cuneada a atenuada, face adaxial sem pelos, face abaxial com
pelos amarelados /brancos ou ausentes, nervação broquidódroma, nervuras
principais e secundárias proeminentes.
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, B C
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Distrito Federal, Goiás,
A

Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica
Grau de ameaça: VU

Figura 41 – Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni A - Casca. B


– Entrecasca com látex. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas.
E – Detalhe das gemas apicais.

89

D E
D
SAPOTACEAE
Pouteria sp1.
Descrição: Árvores de dossel. Casca rachada em pequenos e médios
tamanhos. Presença de látex. Ramos, gemas apicais e pecíolos (2.0- A
3.3 cm de compr.) cobertos de pelos. Folhas alternas espiraladas 8.4-
18 x 1.5-4.0 cm, discolores, cartáceas, elípticas a oblanceoladas,
ápice acuminado, base aguda, face adaxial com poucos pelos e
abaxial com pelos, nervação broquidódroma, venação reticulada,
nervuras principais e secundárias proeminentes.
B C
B
B

Figura 42 – Pouteria sp1. A - Casca. B – Entrecasca com látex. C e


E
E – Parte do ramo. D – Variação das folhas. F – Detalhe das gemas
apicais. E

90

D F
Folhas
opostas e
subopostas

Calyptranthes grandifolia O.Berg

91
Chave para identificação das famílias de folhas opostas e
subopostas

1- Margem foliar inteira .....................................................................2 6 - Lâmina foliar com nervação acródroma perfeita ou não

1’ - Margem serreada .........................................................................3 .....................................................................MELASTOMATACEAE

3 - Folhas sem estípulas e com nervação 6’ - Lâmina foliar com nervação de outros tipos ...............................7

broquidódroma........................................................ MONIMIACEAE 7 - Lâmina foliar com pontos translúcidos..................MYRTACEAE

3’ - Folhas com estípulas foliáceas e com nervação craspedódroma 7’ - Lâmina foliar sem pontos translúcidos........................................8

...................................................................................... QUINACEAE 8 - Folhas com estípulas ....................................................................9

2 - Folhas opostas, subopostas ou alternas no indivíduo…................4 8’ - Folhas sem estípulas ................................................................. 10

4 - Casca não aromática; presença de domácias nas nervuras 9 - Folhas com estípulas interpeciolares ...................... RUBIACEAE

........................................................................ ELAEOCARPACEAE 9’ - Folhas sem estípulas interpeciolares ..............VOCHYSIACEAE

4’ - Casca aromática; ausência de domácias nas nervuras 10 - Gema apical cilíndrica ou oval com ou sem pelos; folhas de

..................................................................................... LAURACEAE ápice agudo a caudado às vezes com pelos na nervura

2’ - Folhas sempre opostas ................................................................5 principal...................................................................... MYRTACEAE

5 - Ramos e pecíolos com exsudato amarelo ............ CLUSIACEAE 10’ - Sem as características acima .................... NYCTAGINACEAE

5’ - Ramos e pecíolos sem exsudato amarelo.....................................6

92
CLUSIACEAE
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
Descrição: Árvore de subdossel. Casca com fissuras verticais rasas,
entrecasca avermelhada e presença de látex amarelo. Ramos
canaliculados e sem pelos, pecíolos 0.7-1.2 cm de compr.,
A
enrugados, canaliculados. Folhas opostas 5.5-11 x 1.8-3.8 cm,
cartáceas a coriáceas, sem pelos, elípticas a ovais, margem inteira e
revoluta, ápice acuminado a agudo, base aguda e atenuada, nervação
craspedódroma, venação reticulada, nervuras principais abaxiais
proeminentes.
Distribuição geográfica: Acre, Amazonas, Pará, Bahia, Ceará,
B C
Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 1 - Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi. A –


Casca. B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas.

93

D
ELAEOCARPACEAE
Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth.
Descrição: Árvores de dossel a subdossel. Casca lisa com lenticelas
e entrecasca rosada. Gemas apicais e laterais. Ramos estriados, A
lenticelados, poucos pelos ou ausentes. Estípulas caducas. Pecíolos
1.2-2.7cm compr., poucos pelos ou ausentes, com pulvino superior e
inferior. Folhas alternas, opostas a subopostas com 6.2-13.4 x 1.6-
4.0 cm, margem inteira a ondulada, discolores, com domácias,
elípticas, obovadas a oblanceoladas, ápice acuminado a agudo, base
aguda ou cuneada, face adaxial com ou sem pelos nas nervuras
B C
primárias, face abaxial com ou sem pelos, nervação broquidódroma,
nervuras principais e secundárias abaxiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC

Figura 2 - Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. A - Casca. B -


Entrecasca. C - Parte do ramo. D - Variação das folhas. E – Nervuras
e detalhe das domácias.

94

D E
LAURACEAE
Beilschmiedia angustifolia Kosterm.
Descrição: Árvore de dossel a emergente. Casca lisa e aromática.
Ramo enrugado, com lenticelas, pontuações com ou sem pelos.
Gema apical e lateral com pelos amarelados. Pecíolos enegrecidos
quando herborizados, 0.8-2.0 cm compr., folhas opostas a
subopostas 6-10.4 x 1.9-3.0 cm compr., discolores, coriáceas,
pontuações nas duas faces da folha, lanceoladas, margem inteira e
revoluta próximo à base, ápice agudo, base aguda, face adaxial
brilhante com poucos pelos, face abaxial com pelos, nervação A B
bronquidódroma, nervuras principais abaxiais proeminentes, 5-7
nervuras secundárias laterais.
Distribuição no Brasil: Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 3 - Beilschmiedia angustifolia Kosterm. A – Casca. B – Parte


do ramo. C- Variação das folhas. D – Detalhe da gema apical.

95

C D
MELASTOMATACEAE
Leandra sp1.
Descrição: Árvore de subdossel. Casca com fissuras verticais rasas e
entrecasca vermelha. Ramos com pelos, perdendo com o tempo, A
Pecíolos 0.8-2.5-cm de compr., com pelos. Folhas opostas 4.6-11.2
x 1.5-3.3 cm, cartáceas, discolores, elípticas, margem inteira, ápice
acuminado, base acuminada, nervação acródroma perfeita basal e
suprabasal, face adaxial com pelos quando jovem, perdendo com o
tempo, face abaxial com pelos concentrados nas nervuras principais,
secundárias e terciárias, 5 nervuras principais proeminentes. B C

Figura 4 - Leandra sp1. A – Casca. B – Entrecasca. C – Parte do


ramo. C – Variação das folhas. E – Detalhe dos pelos nas folhas.

96
D E
MELASTOMATACEAE
Meriania glabra (DC.) Triana
Descrição: Árvore de dossel e subdossel. Casca branca com sulcos
verticais profundos e assimétricos e entrecasca clara. Gema apical.
Ramos próximos ao ápice são lisos e achatados. Pecíolos 0.6-2.6 cm A

de compr., canaliculados, sem pelos, folhas opostas 4.2 -17.3 x 2.5-


7.6 cm, cartáceas, sem pelos, elípticas, lanceoladas e ovais, margem
inteira, ápice acuminado, base levemente atenuada ou acuminada,
nervação acródroma perfeita basal e suprabasal, 3 nervuras
principais, nervuras principais abaxiais proeminentes.
B C
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 5 - Meriania glabra (DC.) Triana. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe
da gema apical. F – Detalhe do ramo achatado.

97

D F
MELASTOMATACEAE
Miconia chartacea Triana
Descrição: Árvore de subdossel. Casca com linhas verticais
assimétricas rasas e entrecasca vermelha. Gema apical e lateral.
A
Pecíolos 0.8-2.4 cm de compr., folhas opostas 4.3-14 x 0.9-2.4 cm,
cartáceas, discolores, brilhantes na face adaxial, lanceoladas,
margem inteira e revoluta, ápice acuminado a agudo, base aguda,
face adaxial sem pelos ou concentrados nas nervuras principais, face
abaxial coberta de pelos visíveis, nervação acródroma basal perfeita,
3 nervuras principais, nervuras principais adaxiais canaliculadas e B
abaxiais proeminentes.
C
Distribuição geográfica: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas
Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina.
Bioma: Mata Atlântica e Cerrado.
Grau de ameaça: NE
E
Figura 6 - Miconia chartacea Triana. A – Casca. B - Entrecasca. C
– Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe dos pelos e
gema apical. F – Detalhe da gema lateral.

98
D F
MONIMIACEAE
Mollinedia aff. acutissima Perkins
Descrição: Árvore de dossel e subdossel. Casca com fendas
A
verticais rasas e entrecasca creme. Ramos com lenticelas, com pelos.
Gema apical coberta de pelos amarelados. Pecíolos 1.1-2.3 cm de
compr., com pelos. Folhas opostas 2.6-10 x 1.4-4.0 cm, discolores,
cartáceas, pontuações enegrecidas na face adaxial e abaxial, elípticas
e lanceoladas, margem serreada no médio superior, ápice
acuminado, base acuminada e aguda, pelos nas duas faces da folha,
nervação broquidódroma, 4-8 nervuras secundárias laterais. B C
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 7 - Mollinedia aff. acutissima Perkins. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe
da margem serreada. F – Detalhe da gema apical.

99

D F
MONIMIACEAE
Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins
Descrição: Árvore de subdossel a emergente. Casca com fissuras verticais
rasas e entrecasca marrom clara. Ramos cobertos de pelos e lenticelas.
Gema apical e lateral coberta de pelos amarelados. Pecíolos 1.0-1.7 cm de A
compr., com pelos, folhas opostas 4.0-9.4 x 2.4-5.9 cm, discolores,
cartáceas, pontuações enegrecidas e marrons na face adaxial, ovais,
orbiculares, elípticas, margem serreada no médio superior, ápice
acuminado, base obtusa a levemente acuminada, aguda, acuminada, pelos
na face abaxial e adaxial, mais abundante na face abaxial e principalmente
nas nervuras centrais, nervação broquidódroma, nervuras perceptíveis nas B C
duas faces da folha, nervuras principais adaxiais canaliculadas e abaxiais
proeminentes e 6-8 nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 8 - Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe das
lenticelas. F – Detalhe da gema apical.

100

D F
MYRTACEAE
Calyptranthes caudata Gardne
Descrição: Árvore de dossel. Casca descamante em remendos
assimétricos e entrecasca rosada. Ramos sem ou com poucos pelos,
ramos novos com linhas proeminentes próximas à gema apical.
Gema apical com pelos. Pecíolos 0.2-0.4 cm de compr., A
canaliculados e enegrecidos quando herborizados, folhas opostas
2.7-5.8 x 0.7-1.4 cm, discolores, sem pelos, cartáceas, com pontos
translúcidos, elípticas, margem inteira e coletora, ápice caudato, base
acuminada e aguda, nervuras principais abaxiais proeminentes e
amareladas quando herborizadas.
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE
B C

Figura 9 - Calyptranthes caudata Gardne. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D - Variação das folhas. E – Detalhe
dos pontos translúcidos.

101

D E
MYRTACEAE
Calyptranthes grandifolia O.Berg
Descrição: Árvore de subdossel a dossel. Casca lisa descamando em
remendos assimétricos e entrecasca vermelha. Ramos lisos, descamantes,
A
com lenticelas, pontuações enegrecidas, com ou sem pelos, ramos
próximos ao ápice achatado. Gemas apicais e laterais amareladas. Pecíolos
0.4-1.7 cm compr., canaliculados, com ou sem pelos, enegrecidos quando
herborizados, Folhas opostas 5.1-16 x 1.8-5.4 cm, discolores, cartáceas a
coriáceas, pontos translúcidos, pontuações enegrecidas, elípticas, ovais,
obovadas e lanceoladas, margem inteira, ondulada e coletora, ápice
acuminado a agudo, base cuneada, pelos nas duas faces da folha, nervuras B C
principais adaxiais canaliculadas e abaxiais proeminentes, nervuras
secundárias abaxiais salientes, 11-15 nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 10 - Calyptranthes grandifolia O.Berg. A – Casca. B – Entrecasca.


C – Parte do Ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da gema apical.

102

D E
MYRTACEAE
Calyptranthes strigipes O.Berg
Descrição: Árvore de dossel e subdossel. Entrecasca rosada. Ramos
jovens cobertos de pelos, adultos com poucos ou sem pelos, com
cicatrizes. Gema apical. Pecíolos 0.3-0.6 cm de compr., coberto de
pelos que se perdem com o tempo. Folhas opostas 6.2-13 x 1.9-4.0
cm, cartáceas, com pontos translúcidos, lanceoladas e elípticas,
margem inteira e coletora, ápice agudo, base cuneada, face abaxial
com pelos e nervação broquidódroma.
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
A B
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE
D

Figura 11 - Calyptranthes strigipes O.Berg. A – Entrecasca. B –


Parte do ramo. C – Variação das folhas. D - Detalhe dos pecíolos
com pelos.

103

C
MYRTACEAE
Eugenia pruniformis Cambess.
Descrição: Árvore de dossel a emergente. Casca com fissuras
verticais rasas, entrecasca marrom. Ramos claros, estriados e
A
fissurados, com pontuações enegrecidas. Gemas apicais e laterais
com pelos. Pecíolos 1.0-1.3 cm de compr., enegrecidos quando
herborizados, canaliculados. Folhas opostas 3.0-7.8 x 1.2-3.1 cm,
cartáceas, discolores, com pontos translúcidos, pontuações nas duas
faces das folhas, elípticas, margem inteira e revoluta, ápice
acuminado, base aguda, face adaxial sem pelos, face abaxial com B C
pelos brancos a avermelhados, nervação broquidódroma, nervuras
principais adaxiais canaliculadas e abaxiais proeminentes.
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
Mato Grosso.
Bioma: Mata Atlântica e Cerrado.
Grau de ameaça: NE

Figura 12 - Eugenia pruniformis Cambess. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe
da gema apical.

104 D E
MYRTACEAE
Eugenia verticillata (Vell.) Angely
Descrição: Árvore de subdossel. Casca irregular e entrecasca
avermelhada. Ramos com muitos pelos quando jovens, aparentes a A
olho nu. Gema apical e lateral. Pecíolos 0.5-1 cm de compr., folhas
opostas e subopostas 6.0-10.7 x 2-4 cm, cartáceas, com pontos
translúcidos, elípticas e lanceoladas, margem inteira, ápice
acuminado, base acuminada e cuneada, folhas jovens cobertas de
pelos nas duas faces, visíveis a olho nu, folhas adultas apresentam
poucos pelos nas duas faces, nervação broquidódroma, nervuras B
principais abaxiais proeminentes. C
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bioma: Mata Atllântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 13 - Eugenia verticillata (Vell.) Angely. A - Casca e


entrecasca. B – Detalhe dos pelos nas folhas, ramos e pecíolos. C e E
- Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Ramo jovem.

105

D E
MYRTACEAE
Eugenia cf. zuccarinii O.Berg
Descrição: Árvore de sub-bosque a dossel. Casca lisa e entrecasca
marrom clara. Ramos estriados e impressos quando próximos ao A
ápice. Gema apical. Pecíolos 0.4-0.7 cm de compr., enegrecidos e
canaliculados quando herborizados, folhas opostas a subopostas 4.7-
7.9 x 1.3-3.9 cm, cartáceas, discolores, sem pelos, obovadas e
elípticas, margem inteira e coletora, ápice caudato, base aguda,
nervação broquidódroma, nervuras principais adaxiais canaliculadas
e abaxiais proeminentes. B C
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameça: NE

Figura 14 - Eugenia cf. zuccarinii O.Berg. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe
da gema apical.
E

106

D
MYRTACEAE
Eugenia sp1.
Descrição: Árvore de dossel. Casca com fissuras verticais rasas,
entrecasca marrom. Ramos avermelhados, estriados, sem pelos.
A
Gema apical e lateral. Pecíolos 0.7-1.0 cm de compr., enegrecidos,
canaliculados. Folhas opostas a subopostas 6.1-9 x 1.6-2.9 cm,
discolores, cartáceas, com poucos pontos translúcidos, elípticas,
margem inteira e coletora, ápice acuminado a agudo, base aguda,
face adaxial e abaxial sem pelos, venação reticulada, nervuras
principais adaxiais canaliculadas e abaxiais proeminentes.
B C

Figura 15 - Eugenia sp1. A – Casca. B – Entrecasca. C – Parte do


ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe das gemas.

107

D E
MYRTACEAE
Eugenia sp2.
Descrição: Árvore de subdossel. Casca com placas ásperas que
permanecem unidas em uma extremidade após descascar, entrecasca A
marrom clara. Ramos estriados e sem pelos. Gema apical e lateral.
Pecíolos 0.7-0.9 cm de compr., enegrecidos e canaliculados. Folhas
opostas e subopostas, 6.7 -7.6 x 2.7-3.5 cm, discolores, cartáceas,
com pontos translúcidos e pontuações enegrecidas na face abaxial,
elípticas e obovadas, margem inteira e revoluta, ápice agudo, base
aguda a acuminada, face adaxial sem pelos, face abaxial sem ou com C
B
pelos concentrados nas nervuras principais, nervação
broquidódroma, nervuras principais adaxiais levemente
canaliculadas e abaxiais proeminentes, nervuras secundárias abaxiais
salientes, nervuras aparentes nas duas faces da folha, 8-10 nervuras
secundárias laterais.

Figura 16 - Eugenia sp2. A – Casca. B – Entrecasca. C – Parte do


ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da gema apical.

108

D E
MYRTACEAE
Eugenia sp3.
Descrição: Árvore de dossel. Casca lisa descamando em remendos
assimétricos e entrecasca avermelhada. Ramos descamantes, sem
pelos, com pontuações enegrecidas, ramos novos com poucos ou
sem pelos, ramos próximos ao ápice canaliculado. Gemas apicais e
laterais com pelos amarelados, pecíolos 0.4-0.6 cm de compr.
enegrecidos, canaliculados, com pouco ou sem pelos. Folhas opostas
6.3 -7.9 x 2.5-3.2 cm, discolores, cartáceas, com poucos pontos
translúcidos, pontuações na face abaxial, elípticas a oblanceoladas,
A B
margem inteira, espessa e coletora, ápice agudo a acuminado, base
aguda a acuminada, face adaxial e abaxial sem ou com pelos
concentrados nas nervuras principais, nervuras principais adaxiais
canaliculadas e abaxiais proeminentes.

Figura 17 - Eugenia sp3. A – Casca e entrecasca. B e D – Parte do


ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe da gema apical.

109
C D
MYRTACEAE
Marlierea obscura O. Berg
Descrição: Árvore de dossel. Casca lisa e verde, entrecasca branca.
Ramos descamantes. Gema apical coberta de pelos. Pecíolos 0.6-1.0
cm de compr., enegrecidos quando herborizados, folhas opostas 8.0-
15.2 x 3.0-5.7 cm, cartáceas, com pontos translúcidos, discolores
quando herborizados, elípticas a ovais, margem inteira e coletora,
ápice acuminado, base acuminada, folhas mais novas com pelos nas
duas faces das folhas. Quando mais velhos, pelos somente na face
abaxial, nervação broquidódroma, nervuras principais abaxiais
A B
proeminentes.
Distribuição geográfica: Minas Gerais e Espírito Santo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 18 - Marlierea obscura O. Berg. A – Casca. B – Entrecasca.


C – Parte do ramo. D – Detalhe dos pelos nas folhas. E – Detalhe da
D
gema apical e pecíolos.

110

C E
MYRTACEAE
Marlierea tomentosa Cambess.
Descrição: Árvore de subdossel. Ramos descamantes, com ou sem pelos
visíveis, com pontuações enegrecidas em alguns ramos. Gema apical
coberta de pelos com coloração amarelada e numerosas brácteas. Pecíolos B
0.7-1.5 cm compr., com ou sem pelos vistos a olho nu, enegrecidos quando
herborizados, folhas opostas 12.9-22.5 x 4.7-8.3 cm, cartáceas ou
coriáceas, discolores, com pontos translúcidos, elípticas, ovais,
oblanceoladas, margem inteira, ápice acuminado, base obtusa, arredondada
ou acuminada, nervação broquidódroma, face adaxial com pelos nas folhas
novas e ausentes nas mais velhas, face abaxial com pelos mais
concentrados nas nervuras centrais, aparentes, nervuras principais adaxiais
canaliculadas e abaxiais proeminentes, com pelos e pontos enegrecidos,
13-18 pares de nervuras secundárias. A C
Distribuição geográfica: Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 19 - Marlierea tomentosa Cambess. A – Parte do ramo. B – Gema


apical. C – Detalhe da gema apical com numerosas brácteas. D – Variação
da folha.

111

D
MYRTACEAE
Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg
Descrição: Árvore de subdossel. Casca irregular descamante em
remendos assimétricos e entrecasca vermelha. Gema apical e lateral A
com pelo avermelhado, ouro ou marrom. Ramos com ou sem pelos.
Pecíolos 0.3-0.7 cm de compr., canaliculados com ou sem pelos,
folhas opostas 2.7-5.1 x 0.6-1.8 cm, cartáceas, discolores, com
pontos translúcidos, elípticas, margem inteira, ápice agudo, base
acuminada a aguda, face abaxial sem pelos ou concentradas nas
nervuras centrais, nervação broquidódroma, nervuras principais B C
canaliculadas na face adaxial e proeminentes na face abaxial.
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC

Figura 20 - Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg. A – Casca.


B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E –
Detalhe da gema apical. F – Detalhe dos pontos translúcidos.

112

D F
MYRTACEAE
Myrceugenia ovalifolia (O.Berg) Landrum
Descrição: Casca dividida em blocos assimétricos com fissuras
profundas, entrecasca vermelha. Ramos avermelhados descamantes,
impressos próximo ao ápice. Gema apical e lateral coberta de pelos A
avermelhados. Pecíolos 0.3-0.8cm de compr., canaliculados e
enegrecidos. Folhas 3.7-8.3 x 1.4-3.0 cm, discolores, coriáceas,
obovadas, margem inteira e coletora, elípticas, ápice agudo e
acuminado, base aguda a cuneada, face adaxial sem pelos, face
abaxial sem ou com poucos pelos, nervação broquidódroma, nervura
B C
principal adaxial canaliculada e abaxial proeminente.
Distribuição geográfica: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 21 - Myrceugenia ovalifolia (O.Berg) Landrum. A – Casca. E


B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D - Variação das folhas. E –
Detalhe da gema apical. F – Detalhe dos pontos translúcidos.

113

D F
MYRTACEAE
Myrcia cf. guianensis (Aubl.) DC.
Descrição: Árvore de subdossel. Entrecasca vermelha. Gema apical
e lateral. Ramos achatados e com pontuações, pecíolos 0.3-0.5 cm de
compr., canaliculados, com pontuações, folhas opostas 3.9-6.6 x 1.9-
3.3 cm, com pontos translúcidos, sem pelos, membranáceas,
elípticas, margem inteira e coletora, ápice acuminado, base
levemente atenuada, nervação broquidódroma, nervuras principais
abaxiais proeminentes.
Distribuição geográfica: Acre, Amazonas, Amapá, Pará,Ceará, A B
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Mato Grosso,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: LC

Figura 22 - Myrcia cf. guianensis (Aubl.) DC. A - Entrecasca. B –


Parte do ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe dos pontos
translúcidos.

D
114

C
MYRTACEAE
Myrcia tenuivenosa Kiaersk.
Descrição: Árvore de subdossel. Casca irregular e descamante,
entrecasca marrom. Ramos descamantes com pelos avermelhados. A
Gema apical com pelos avermelhados. Pecíolos 0.7-1 cm compr.,
canaliculados com pelos, folhas opostas 7.4-14 x 2.6 - 4.7 cm,
cartáceas, discolores, com pontos translúcidos, elípticas e
lanceoladas, margem inteira e coletora, ápice acuminado, base
acuminada, face adaxial sem pelos, face abaxial com pelos
avermelhados próximos às nervuras principais, nervação
B C
broquidódroma, nervuras principais adaxiais canaliculadas e abaxiais
proeminentes com pelos.
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

E
Figura 23 - Myrcia tenuivenosa Kiaersk. A – Casca. B – Entrecasca.
C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da gema
apical. F – Detalhe do ramo descamante.

115

D F
MYRTACEAE
Myrcia sp1.
Descrição: Árvore de dossel. Casca lisa e com fendas verticais
rasas, entrecasca marrom. Ramos descamantes, com pontuações e
A
fissurados. Gema apical e lateral coberta de pelos amarelados.
Pecíolos 0.3-0.5 cm de compr., enegrecidos e canaliculados. Folhas
opostas 5.1-6.7 x 1.5-2.9 cm, discolores, cartáceas, com pontuações
em algumas folhas, poucas pontuações translúcidas, margem inteira
e revoluta, elípticas a obovadas, ápice acuminado, base aguda, face
adaxial com ou sem pelos, face abaxial com pelos, nervação B C
broquidódroma, nervuras principais adaxiais canaliculadas e abaxiais
proeminentes.

Figura 24 - Myrcia sp1. A – Casca. B – Entrecasca. C – Parte do


ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da gema.

116

D E
MYRTACEAE
Myrcia sp2.
Descrição: Árvore de subdossel. Gema apical e lateral coberta de
pelos amarelados de 0.4-1.2 cm compr. Pecíolos 0.2-0.7 cm de
compr., canaliculados, com pelos. Folhas opostas 7.9-14.6 x 3.1-6,
discolores, cartáceas, ovais a elípticas, ápice agudo, base cuneada,
face adaxial com pelos mais concentrados nas nervuras principais e
secundárias, face abaxial com pelos nas nervuras principais,
podendo ser visto a olho nu, nervação broquidódroma, nervuras
principais adaxiais proeminentes e abaxiais canaliculadas, 10-14
nervuras secundárias laterais.

A B

Figura 25 - Myrcia sp2. A – Parte do ramo. B – Detalhe da gema


apical. C – Detalhe da nervação e pelos na nervura central.

117

C
MYRTACEAE
Myrciaria cf. pumila (Gardner) O.Berg
Descrição: Árvore emergente. Casca coberta de lenticelas e
entrecasca vermelha. Ramos novos com pontuações. Gema apical. A

Pecíolos 0.5-0.9 cm de compr., canaliculados, enegrecidos quando


herborizados, folhas opostas 5.5-7.2 x 1.7-2.8 cm, cartáceas, sem
pelos, discolores quando herborizadas, com pontos translúcidos,
pontuações escuras na face abaxial, elípticas, margem inteira,
ondulada e coletora, ápice acuminado e agudo, base acuminada,
nervação broquidódroma. B C

Distribuição geográfica: Rio de Janeiro.


Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 26 - Myrciaria cf. pumila (Gardner) O.Berg. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe
da gema apical.

118
D E
MYRTACEAE
Neomitranthes amblymitra (Burret) Mattos
Descrição: Árvore emergente. Entrecasca marrom. Gema apical e
lateral enegrecidas. Ramos marrons, sem pelos, estriados, achatados
no ápice dos ramos, pecíolos 0.6-1.3 cm de compr., enegrecidos,
canaliculados, sem pelos. Folhas opostas 5.6-12 x 2.8-4.8 cm,
coriáceas, sem pelos, pontos translúcidos, pontuações enegrecidas na
face abaxial, brilhantes na face adaxial quando herborizadas,
margem inteira, revoluta e coletora, obovadas e elípticas, ápice
acuminado, base cuneada, nervuras principais adaxiais levemente
A B
canaliculadas e abaxiais levemente proeminentes, nervuras
secundárias podem ser vistas nas duas faces das folhas.
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: VU

Figura 27 - Neomitranthes amblymitra (Burret) Mattos. A – Casca e


entrecasca. B – Parte do ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe
dos ramos, pecíolos e gemas.

119

C D
MYRTACEAE
Neomitranthes warmingiana (Kiaersk.) Mattos
Descrição: Árvore de subdossel. Casca fissurada em linhas verticais.
Ramos claros, estriados com pontuações escuras, sem pelos.
Pecíolos 1-1.3 cm de compr., canaliculados e enegrecidos quando
herborizados. Folhas opostas 6.4-13.7 x 3-5 cm, coriáceas, sem
pelos, margem interia e coletora, pontos translúcidos poucos
visíveis devido à espessura da folha, pontuações enegrecidas na face
abaxial, brilhantes em alguns pontos na face adaxial, elípticas a
obovada, margem inteira e revoluta, ápice acuminado a agudo, base A B
cuneada, nervação bronquidódroma, nervuras principais adaxiais
levemente canaliculadas e abaxiais proeminentes.
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo e Paraná.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 28 - Neomitranthes warmingiana (Kiaersk.) Mattos. A –


Casca. B – Parte do ramo. C – Variação das folhas. D – Detalhe do
ramo e pecíolos.

120

C D
MYRTACEAE C
Plinia cf. pseudodichasiantha (Kiaersk.) G.M.Barroso ex Sobral
Descrição: Árvore de subdossel. Casca lisa e entrecasca vermelha.
Gema apical e lateral. Pecíolos 0.2-0.3 cm de compr., enegrecidos
A
quando herborizados, sem pelos, canaliculados. Folhas opostas 2,1-
5.2 x 0.4-1.1 cm, cartáceas, com pontos translúcidos, sem pelos,
pontuações escuras na face abaxial, lanceoladas, margem inteira,
ápice acuminado, base acuminada, nervação broquidódroma,
nervuras principais abaxiais proeminentes.
Distribuição geográfica: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, B D
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 29 - Plinia cf. pseudodichasiantha (Kiaersk.) G.M.Barroso


ex Sobral. A – Casca. B – Parte do ramo. C – Detalhe da gema
apical. D – Parte do ramo. E – Variação das folhas.

121

E
NYCTAGINACEAE
Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell
Descrição: Árvore de subosque a emergente. Casca lisa, entrecasca
clara e madeira macia. Ramos sem pelos, com lenticelas, e A
enegrecidos quando herborizados. Pecíolos 1.0-3.5 cm de compr.,
estriados, sem pelos e enegrecidos quando herborizados. Folhas
opostas, subopostas, verticiladas, alternas, 5.3-17.5 x 3.0-9.4 cm,
lisas, face adaxial brilhante, discolores, enegrecidas quando
herborizadas, cartáceas, ovais, elípticas, obovadas, orbiculares,
margem inteira e revoluta, ápice agudo, acuminado, base aguda, B C
acuminada e obtusa, nervação broquidódroma.
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameça: LC
D

Figura 30 - Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell. A –


Casca. B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Detalhe da face
abaxial. E – Detalhe da face adaxial. F – Variação das folhas.

122

E F
NYCTAGINACEAE
Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz
Descrição: Árvore de subdossel a dossel. Casca lisa, entrecasca clara e
madeira macia. Ramos estriados quando herborizados, com lenticelas,
pontuações enegrecidas claras ou enegrecidas. Gema lateral e apical
coberta de pelos avermelhados. Pecíolos 0.4-1.6 cm de compr.,
canaliculados e enegrecidos. Folhas opostas, subopostas, verticiladas,
A
alternas, 2.8-12.3 x 1.8-4.9 cm, enegrecidas quando herborizadas, cartáceas
e coriáceas, pontuações nas duas faces das folhas, com ou sem pelos,
lanceoladas, ovais, elípticas, orbiculares e oblongas, margem inteira, ápice
acuminado e agudo, base aguda, assimétrica e redonda, nervação C
broquidódroma.
Distribuição geográfica: Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Distrito Federal, Goiás,
Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São B D

Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: cebola e cebolinha.
Grau de ameaça: NE
Figura 31 - Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz. A – Casca. B – Entrecasca.
C – Parte do ramo. D – Detalhe do ramo. E – Variação das folhas. F –
Detalhe das cicatrizes no ramo.

123

E F
QUINACEAE
Quiina glazovii Engl.
Descrição: Árvore de subdossel. Ramos lisos, brilhantes, sem pelos,
com lenticelas. Estípulas 1.3-3.2 x 0.4-1.4 cm, foliáceas, sem pelos.
Pecíolos 0.4-1.1 cm compr., enegrecidos, sem pelos. Folhas 10.3-
25.5 x 2.8 -7.7 cm, cartáceas, sem pelos, coloração amarronzada B

quando herborizada e verde claro quando fresca, elípticas, margem


serreada e revoluta, ápice agudo a acuminado, base aguda a
acuminada, face adaxial e abaxial sem pelos, nervação
craspedódroma, nervuras principais e secundárias abaxiais
proeminentes e adaxiais salientes, 12-24 pares de nervuras
secundárias laterais. A C
Distribuição geográfica: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 32 - Quiina glazovii Engl. A – Parte do ramo. B – Detalhe


das estípulas. C – Variação das estípulas. D – Variação das folhas.

124

D
RUBIACEAE
Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum.
Descrição: Árvore de dossel e subdossel. Ramos próximos ao ápice,
achatados, coberto de pelos, canaliculados, estípulas interpeciolares
cobertas de pelos e com resina. Pecíolos 1-5.2 cm de compr.,
redondos, canaliculados próximos à base das folhas, cobertos de
pelos, folhas opostas 9-36.7 x 3.1-19.6 cm, cartáceas, discolores,
com domácias, elípticas, margem inteira, ápice acuminado, base
cuneada, nervação broquidódroma, face adaxial com pelos, face B

abaxial com pelos nas nervuras, nervuras principais adaxiais


canaliculadas, nervuras principais e secundárias abaxiais
proeminentes, ambas nervuras são vistas nas duas faces, 18-25 pares
de nervuras laterais. A C
Distribuição geográfica: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul
e Santa Catarina.
Bioma: Mata Atlântica e Cerrado.
Grau de ameaça: LC
Figura 33 - Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum. A – Parte do
ramo. B e C – Detalhe das estípulas. D – Variação das folhas.

125

D
RUBIACEAE
Cordiera concolor (Cham.) Kuntze
Descrição: Árvore de dossel e subdossel. Casca lisa e entrecasca clara.
Ramos redondos, com poucos ou sem pelos, cicatrizes deixadas por
estípulas e pecíolos. Pecíolos 0.5-1.0 cm de compr., enegrecidos, A
canaliculados, com poucos ou sem pelos, folhas opostas 3.3-11 x 1.5-4
cm, cartáceas, discolores, ovais, obovadas, elípticas, margem inteira e
ondulada, ápice acuminado a agudo, base acuminada e aguda, face abaxial
e adaxial com poucos pelos quando jovens; quando adultos sem pelos;
nervação broquidódroma, nervuras podem ser vistas nas duas faces da
folha, face adaxial canaliculada, face abaxial proeminente e secundária B C
saliente, com pontuações enegrecidas, 5-18 pares de nervuras secundárias
laterais.
Distribuição geográfica: Pará, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Distrito
Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São
Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 34 - Cordiera concolor (Cham.) Kuntze. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da
estípula ou cicatrizes.

126

D E
RUBIACEAE
Faramea pachyantha Müll.Arg.
Descrição: Árvore de subdossel. Ramos impressos próximos ao
ápice, podendo ser canaliculados, sem pelos, presença de estípulas
interpeciolares. Pecíolos 1-2.2 cm de compr., folhas opostas 5.8-
17.8 x 3.2-7.5 cm, cartáceas, ovais, elípticas, obovadas e oblongas,
margem inteira, ápice acuminado e base aguda a acuminada, com
poucos pelos ou sem pelos na face abaxial, nervação
bronquidódroma, nervuras principais abaxiais proeminentes e
secundárias salientes, 8-10 pares de nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica. A B
Grau de ameaça: NE

Figura 35 - Faramea pachyantha Müll.Arg. A – Parte do ramo. B –


Detalhe da estípula. C – Variação das folhas.

127

C
RUBIACEAE
Ixora schottiana Müll.Arg
Descrição: Árvore de dossel a subdossel. Casca irregular e
entrecasca vermelha. Ramos sem pelos, claros, mas enegrecidos
quando próximos ao ápice, cicatrizes deixadas por pecíolos e
estípulas. Presença de estípulas interpeciolares. Pecíolos 0.5-1.7 cm
de compr., enegrecidos quando herborizados, canaliculados, folhas
opostas 4.9-15.5 x 2.2-6.3 cm, cartáceas, brilhante face adaxial,
obovadas a elípticas, margem inteira, ápice agudo, base redonda,
com poucos ou sem pelos nas duas faces da folha, pontuações A B
enegrecidas na face abaxial, nervação broquidódroma, 11-13
nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo
e Paraná.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

D
Figura 36 - Ixora schottiana Müll.Arg. A – Casca e entrecasca. B –
Parte do ramo. C – Variação das folhas. D e E – Detalhe das
estípulas.

128

C E
RUBIACEAE
Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl.
Descrição: Árvore de subdossel. Casca lisa e entrecasca clara.
Ramos enegrecidos quando herborizados, sem pelos, com cicatrizes
nos ramos e estípulas interpeciolares persistentes. Gema apical.
Pecíolos 0.3-0,9 cm de compr., enegrecidos, canaliculados, folhas
opostas 3-8.2 x 1-2.6 cm, membranáceas, discolores, elípticas,
margem inteira, ápice acuminado, base aguda, face adaxial sem ou
com poucos pelos, pontuações enegrecidas na face abaxial, nervação
broquidódroma, nervuras principais abaxiais enegrecidas, 9-14 pares A B
de nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Bahia, Paraíba, Pernambuco, Distrito
Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. C

Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.


Nome vulgar: psychotria – amarela.
Grau de ameaça: NE
Figura 37 - Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. A – Casca e
entrecasca. B – Parte do ramo. C – Detalhe das estípulas. D –
Variação das folhas.

129

D
RUBIACEAE
Rudgea macrophylla Benth.
Descrição: Árvore de subdossel. Ramos com lenticelas, estípulas
interpeciolares 1-1.1 x 0.7- 0.8 cm, pecíolos 1.7-3.5 cm de compr.,
folhas opostas 14.7-25.7 x 3.1-6.7 cm, cartáceas, sem pelos,
discolores, elípticas e oblaceoladas, margem inteira, ápice
acuminado a agudo, base acuminada ou aguda, nervação
bronquidódroma, nervuras principais abaxiais proeminentes e
secundárias salientes, 13-15 nervuras secundárias laterais.
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro. A B
Bioma: Mata Atlântica.
Nome vulgar: chapeu - de - couro.
Grau de ameaça: EN

Figura 38 - Rudgea macrophylla Benth. A – Parte do ramo. B –


Detalhe da estípula. C - Variação das folhas.

130

C
VOCHYSIACEAE
Qualea gestasiana A.St.-Hil.
Descrição: Árvore de subdossel a emergente. Casca irregular e
entrecasca vermelha. Ramos próximos ao ápice são canaliculados e
avermelhados quando jovens. Gema apical e lateral com pelos. Com A

estípulas intrapeciolares. Pecíolos 0.5-1.1 cm de compr., enegrecidos


quando herborizados, canaliculados, com ou sem pelos. Folhas
opostas 3.4-7.0 x 1.2-2.5 cm, cartáceas, discolores, face adaxial
brilhante, elípticas a obovadas, margem inteira e espessa, ápice
acuminado, base aguda, face abaxial sem pelos ou concentradas nas B C
nervuras principais, nervação craspedódroma, nervuras principais
adaxiais canaliculadas e abaxiais proeminentes, com nervuras
secundárias perpendiculares às nervuras centrais.
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

E F
Figura 39 - Qualea gestasiana A.St.-Hil. A – Casca. B –
Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Face
adaxial. F – Face abaxial. G e H – Detalhe das estípulas e cicatrizes.

131

D G H
VOCHYSIACEAE
Vochysia laurifolia Warm.
Descrição: Árvore de subdossel a emergente. Casca com placas
irregulares de tamanho médio e entrecasca vermelha. Gema apical e A
lateral com pelos. Ramos com lenticelas e linhas proeminentes que
vão até as estípulas intrapeciolares, ramos próximos ao ápice
chegam a ser canaliculados. Presença de estípulas. Pecíolos 0.7-1.5
cm compr. enegrecidos, canaliculados e com pelos. Folhas opostas
3.8-11.3 x 1.2-3.3, discolores, cartáceas, margem inteira e espessa,
ápice agudo e acuminado, base cuneada, face adaxial sem pelos, face
B C
abaxial com ou sem pelos, nervuras principais adaxiais canaliculadas
e abaxiais proeminentes, nervação broquidódroma, venação
reticulada.
Distribuição geográfica: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica e Cerrado.
Grau de ameça: NE
Figura 40 - Vochysia laurifolia Warm. A – Casca. B – Entrecasca. C
– Parte do ramo. D – Variação das folhas. E – Detalhe da gema e
estípulas.

132

D E
Chave para a identificação das famílias de folhas compostas

1 - Folhas compostas digitadas.........................................................2


1’ - Folhas compostas nunca digitadas...............................................4
2 - Ramos com acúleos...............................................CARICACEAE

Folhas
2’ - Ramos sem acúleos.....................................................................3
3 - Folíolos 5-8, com articulação na base do
pecíolo.........................................................................MALVACEAE
3’ - Folíolos 8-13, sem articulação na base do

Compostas pecíolo.........................................................................ARALIACEAE
4 - Folhas com apículo, resultante da atrofia da raque; folíolos
serreados...................................................................SAPINDACEAE
4’ - Folhas sem atrofia da raque, pinadas ou bipinadas, folíolos
opostos ....................................................................LEGUMINOSAE

Tachigali urbaniana (Harms) L.G.Silva & H.C.Lima


133
ARALIACEAE
Schefflera angustissima (Marchal) Frodin
Descrição: Árvores de subdossel. Casca lisa e entrecasca marrom.
Ramos estriados. Pecíolos com 2.3-5 cm compr., estriados, com
pelos, sem articulação na base. Folhas compostas digitadas, com 8-
13 folíolos, margem inteira, folíolos com 7.5-20.3 x 2.2-6,0 cm,
cartáceos, discolores, lanceolados, ápice acuminado, base levemente
atenuada, nervação broquidódroma, face adaxial sem pelos e face
abaxial com poucos pelos, nervuras principais e secundárias
proeminentes.
A B
Distribuição no Brasil: Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: bandaira.
Grau de ameaça: NE

Figura 1 - Schefflera angustissima (Marchal) Frodin A – Casca. B –


Parte do ramo. C – Variação dos folíolos. D – Detalhe dos pecíolos.

134

C D
CARICACEAE
Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC.
Descrição: Árvores de subdossel. Casca estriada com acúleos.
A
Ramos com acúleos e pecíolos 0.2-0.4 cm compr. Folhas compostas
digitadas 6-9.5 x 1.6-3.2 cm, margem inteira, 5-12 folíolos
lanceolados a elípticos, ápice agudo a acuminado, base acuminada,
face adaxial e abaxial sem pelos, 5-14 pares de nervuras secundárias.
Distribuição no Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia,
Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Goiás,
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, B C
Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina.
Domínio Fitogeográfico: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: mamão – jacatia.
Grau de ameaça: LC

Figura 2 - Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. A – Casca. B –


Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Folíolos. E – Detalhe dos ramos
com acúleos.

135

D E
LEGUMINOSAE
Andira cf. ormosioides Benth.
Descrição: Árvores emergentes. Casca lisa e entrecasca marrom.
A
Ramos estriados. Gemas apicais e laterais. Pecíolos com pulvino
inferior, estípulas caducas, raquis com estipelas, com ou sem pelos,
entre raquis 1.3 a 2.7 cm compr., peciólulos 0.2-0.5 cm compr.,
canaliculados, com pulvínulos, com poucos pelos. Folhas compostas
pinadas, imparipinadas, margem inteira, folíolos opostos ou
subopostos 3,6-7.5 x 1.0-1.9 cm, 5-7 pares de folíolos, discolores,
cartáceos, oblongos, ápice acuminado a agudo, base obtusa e B C
redonda, face adaxial com poucos pelos, face abaxial com pelos,
nervação eucamptódroma, 10-14 pares de nervuras secundárias.
Distribuição no Brasil: Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: angelim – pedra.
Grau de ameaça: NE
E
Figura 3 - Andira cf. ormosioides Benth. A – Casca. B - Entrecasca.
C - Parte do ramo. D – Variação dos folíolos. E – Detalhe das
estipelas. F – Detalhe da cicatriz das estípulas e gema apical.

136

D F
LEGUMINOSAE
Copaifera lucens Dwyer
Descrição: Árvores de dossel a emergentes. Casca lisa ou irregular e
entrecasca marrom. Ramos estriados com lenticelas. Pecíolos 1.0-2.3
cm compr. com pulvino inferior, entre raquis 0.9-3.3 cm. Peciólulos
0.2-0.4 cm compr. com pulvínulo. Folhas compostas pinadas,
paripinadas, margem inteira, folíolos opostos e subopostos 2,0-8.5 x
1,1-3,6 cm, 3-4 pares de folíolos, elípticos, ovados, ovais todos
assimétricos, ápice acuminado a agudos assimétricos, base obtusa
A B
assimétrica, face adaxial brilhante sem pelos, face abaxial sem pelos
ou concentrados nas nervuras principais, pontos translúcidos,
venação reticulada.
Distribuição no Brasil: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: copaíba. D
Grau de ameaça: NE
Figura 4 - Copaifera lucens Dwyer. A – Casca e entrecasca. B –
Parte do ramo. C – Variação dos folíolos. D - Venação reticulada. E
– Detalhe dos pontos translúcidos.

137

C E
LEGUMINOSAE
Inga lanceifolia Benth.
Descrição: Árvores de subdossel. Casca lisa com lenticelas e
A
entrecasca marrom clara. Ramos com lenticelas, estriados e sem
pelos. Estípulas caducas. Ráquis canaliculadas, com glândulas, entre
ráquis 1.3-3.2 cm compr., peciólulos 0.1-0.5 cm compr., com
pulvínulos enegrecidos quando herborizados. Folhas compostas
pinadas, folíolos opostos 4.0-10.7 x 1.2-2.9 cm, paripinados, (1)2-
3(4) pares de folíolos, margem inteira, cartáceos, sem pelos,
elípticos, ápice acuminado, base aguda e assimétrica e nervação B C
broquidódroma.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: ingá; inga - feijão.
Grau de ameaça: LC

Figura 5 - Inga lanceifolia Benth. A – Casca. B – Entrecasca. C-


Parte do ramo. D - Variação dos folíolos. E – Detalhe da glândula e
estípula.

138

D E
LEGUMINOSAE
Ormosia fastigiata Tul.
Descrição: Árvores de dossel. Casca irregular e entrecasca marrom.
Ramos cobertos de pelos quando jovens, perdendo-os quando adultos, com
estípula. Gemas apicais e laterais. Pecíolos com pulvino inferior. Ráquis
canaliculadas, entre ráquis 1.0-3.5 cm compr., peciólulos 0,3-0,6 cm
compr. com pulvínulo e cobertos de pelos perdendo-os com a idade. Folhas
compostas pinadas, folíolos opostos e subopostos 2.3-8.3 x 1.5-3.5 cm,
imparipinados, 3-4 pares de folíolos, margem inteira, coriáceos, discolores,
ovados a oblongos, ápice agudo, base obtusa. Ambas as faces com pelos
A B
quando jovem, perdendo-os quando adultos, face abaxial com coloração
ferrugínea, quando adultos os pelos ficam concentrados nas nervuras
principais, nervação eucamptódroma, 8-10 de nervuras secundárias
laterais, nervuras principais e secundárias abaxiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica e Cerrado.
Nome Popular: angelim – tento; tento.
Grau de ameaça: NE

Figura 6 - Ormosia fastigiata Tul. A – Casca e entrecasca. B- Parte do


ramo. C - Variação dos folíolos. D – Detalhe das gemas e estípulas.

139

C D
LEGUMINOSAE Variação dos folíolos. E – Lenticelas nos ramos. F- Detalhe da
Pseudopiptadenia schumanniana (Taub.) G.P.Lewis & M.P.Lima glândula.
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca lisa e
entrecasca marrom clara. Ramos com lenticelas. Pecíolos com
A
pulvino inferior, peciólulos 0.1-0.2 cm compr. com pulvino inferior
e superior, com uma glândula. Folhas compostas bipinadas, folíolos
opostos 4.1-12.7 x 1.2-4.3 cm, paripinados, margem inteira,
cartáceos, discolores, elípticos assimétricos, ápice acuminado, base
aguda e assimétrica, domácias na base dos folíolos, nervação
broquidódroma, sem pelos na face adaxial e na face abaxial com B C
poucos pelos.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

E
Figura 7 - Pseudopiptadenia schumanniana (Taub.) G.P.Lewis &
M.P.Lima A – Casca. B – Entrecasca. C- Parte do ramo. D -

140

D F
LEGUMINOSAE
Tachigali urbaniana (Harms) L.G.Silva & H.C.Lima
Descrição: Árvores de subdossel a emergentes. Casca com fendas
verticais rasas e entrecasca marrom. Ramos com cicatrizes. Estípula A

composta, 3-10 segmentada. Gema apical. Pecíolos com pulvino


inferior. Peciólulos 0.3-0.6 cm compr. com pulvínulo. Folhas
compostas pinadas, folíolos opostos 3.8-13.6 x 2.1-5.9 cm,
paripinados, 3-5 pares de folíolos, margem inteira, cartáceos,
elípticos e obovados assimétricos, ápice acuminado a agudo, base
assimétrica, nervação broquidódroma, nervuras principais e B C
secundárias avermelhadas quando herborizadas, e venação
reticulada.
Distribuição no Brasil: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: ingá - roxo.
E F
Grau de ameaça: NE
Figura 8 - Tachigali urbaniana (Harms) L.G.Silva & H.C.Lima A –
Casca. B – Entrecasca. C- Parte do ramo. D - Variação dos
folíolos.E – Folíolos jovens. F – Detalhe da gema apical. G –
Nervuras. H – Cicatrizes do pecíolo no ramo. G

141

D
E
H
LEGUMINOSAE
Vatairea heteroptera (Allemão) Ducke
Descrição: Árvores de dossel. Casca lisa e entrecasca marrom. Ramos
estriados e com lenticelas. Pecíolos 0.4- 0.5 cm compr., com pulvino e
pelos. Ráquis canaliculadas, com estipelas, enegrecidas quando A
herborizadas. Peciólulos canaliculados 0,3-0,5 cm compr. com pulvínulo,
enegrecidos. Folhas compostas pinadas, folíolos opostos, subopostos ou
alternos 3.0-10.3 x 1.8-5.0 cm, 5-9 pares de folíolos, imparipinados,
cartáceos a coriáceos, oblongos, margem levemente serreada, ápice
acuminado a agudo, base arredondada, face adaxial sem pelos, face abaxial
com ou sem pelos, nervação broquidódroma, nervuras principais adaxiais B C
canaliculadas e abaxiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Alagoas, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Domínio Fitogeográfico: Mata Atlântica.
Nome Popular: angelim – amargoso.
Grau de ameaça: NE

Figura 9 - Vatairea heteroptera (Allemão) Ducke. A - Casca. B -


Entrecasca. C- Parte do ramo. D – Detalhe da estipela.
142

D
MALVACEAE
Eriotheca cf. candolleana (K.Schum.) A.Robyns
Descrição: Árvores de subdossel. Casca com fendas verticais rasas.
Ramos estriados. Pecíolos 0.3-0.5 cm compr., canaliculados com A

pulvino. Folhas compostas digitadas, margem inteira, 5-8 pares de


folíolos, com 3.5-14.5 x 0.8-4.6 cm, discolores, cartáceos, elípticos a
obovados, ápice agudo a retuso, base aguda, face adaxial sem pelos e
abaxial com pelos, nervação broquidódroma e nervuras principais
abaxiais proeminentes.
Distribuição no Brasil: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso B C
do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Domínio Fitogeográfico: Cerrado e Mata Atlântica.
Grau de ameaça: NE

Figura 10 - Eriotheca cf. candolleana (K.Schum.) A.Robyns A –


Casca. B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Variação dos folíolos. ]

143

D
SAPINDACEAE
Cupania racemosa (Vell.) Radlk.
Descrição: Árvores de subdossel. Casca lisa e entrecasca marrom. Ramos
canaliculados, com ou sem pelos. Pecíolos canaliculados. Ráquis terminais
A
opostas ao último folíolo. Peciólulos 0.2-0.3 cm compr., canaliculados,
com ou sem pelos. Folhas compostas pinadas, paripinadas, 6-12 folíolos,
margem serreada, folíolos alternos 3.9-10.3 x 1.9-2.9 cm, discolores,
cartáceos, oblongos e ovais, ápice agudo, obtuso, e oval, base cuneada e
assimétrica, face adaxial brilhante, com poucos pelos ou ausentes, face
adaxial com pelos principalmente nas nervuras e domácias, nervação
eucamptódroma, nervuras principais e secundárias proeminentes na face B C
abaxial, nervuras principais canaliculadas na face adaxial.
Distribuição no Brasil: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande
do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Domínio Fitogeográfico: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: camboatazinho.
Grau de ameaça: NE

E
Figura 11 - Cupania racemosa (Vell.) Radlk. A - Casca. B - Entrecasca. C
- Parte do ramo. D - Variação dos folíolos. E – Detalhe da raque terminal
oposta ao último folíolo. F – Ramo e pecíolos.

144

D F
Chave para a identificação das famílias de folhas verticiladas

1 – Estípulas caducas ou presentes nos ramos mais jovens, folhas


verticiladas nos ramos....................................................RUBIACEAE
1’ – Estípulas ausentes, folhas verticiladas, opostas, subopostas e
alternas no mesmo indivíduo..............................NYCTAGINACEAE

Folhas
Verticiladas
Amaioua intermedia Mart. ex Schult. & Schult.f.
145
NYCTAGINACEAE
Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell
Descrição: Árvore de subosque a emergentes. Casca lisa, entrecasca
clara e madeira macia. Ramos sem pelos, com lenticelas e A
enegrecidos quando herborizados. Pecíolos 1.0-3.5 cm de compr.,
estriados, sem pelos e enegrecidos quando herborizados. Folhas
opostas, subopostas, verticiladas, alternas, 5.3-17.5 x 3.0-9.4 cm,
lisas, face adaxial brilhante, discolores, enegrecidas quando
herborizadas, cartáceas, ovais, elípticas, obovadas, orbiculares,
margem inteira e revoluta, ápice agudo, acuminado, base aguda, B C
acuminada e obtusa, nervação broquidódroma.
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Bioma: Mata Atlântica.
Grau de ameça: LC
D

Figura 1 - Guapira aff. nitida (Mart. ex J.A.Schmidt) Lundell. A –


Casca. B – Entrecasca. C – Parte do ramo. D – Detalhe da face
abaxial. E – Detalhe da face adaxial. F – Variação das folhas.

146

E F
NYCTAGINACEAE
Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz
Descrição: Árvore de subdossel a dossel. Casca lisa, entrecasca clara e
madeira macia. Ramos estriados quando herborizados, com lenticelas,
pontuações enegrecidas claras ou enegrecidas. Gema lateral e apical
coberta de pelos avermelhados. Pecíolos 0.4-1.6 cm de compr.,
canaliculados e enegrecidos. Folhas opostas, subopostas, verticiladas, A
alternas, 2.8-12.3 x 1.8-4.9 cm, enegrecidas quando herborizadas,
cartáceas e coriáceas, pontuações nas duas faces das folhas, com ou sem
pelos, lanceoladas, ovais, elípticas, orbiculares e oblongas, margem inteira,
ápice acuminado e agudo, base aguda, assimétrica e redonda, nervação
C

broquidódroma.
Distribuição geográfica: Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Distrito Federal, Goiás,
B D
Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Nome Popular: cebola e cebolinha.
Grau de ameaça: NE
Figura 2 - Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz. A – Casca. B – Entrecasca.
C – Parte do ramo. D – Detalhe do ramo. E – Variação das folhas. F –
Detalhe das cicatrizes no ramo.

147

E F
RUBIACEAE
Amaioua intermedia Mart. ex Schult. & Schult.f.
Descrição: Árvores de subdossel a dossel. Casca com fendas verticais
rasas e entrecasca marrom. Ramos castanhos com ou sem pelos. Gemas
apicais cobertas de pelos amarelados. Estípulas caducas ou presentes nos
ramos mais novos. Coléteres entre os nós. Pecíolos de 0.4 -1.1cm compr.,
com ou sem pelo. Folhas verticiladas, com 4.9-13.3 x 1.4-4.0 cm, 3 folhas
em cada nó, descolores, cartáceas, domácias elípticas e lanceoladas,
margem inteira, ápice acuminado, base aguda, na face adaxial sem ou com
pelos nas nervuras principais, face abaxial com pelos mais abundantes,
principalmente nas nervuras primárias e secundárias, nervação A B
eucamptódroma.
Distribuição geográfica: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe,
Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Bioma: Mata Atlântica e Cerrado.
Grau de ameaça: NE

Figura 3 - Amaioua intermedia Mart. ex Schult. & Schult.f. A - Casca


com entrecasca. B - Parte do ramo. C – Variação das folhas. D – Gema
apical e coléteres.

148

C D
GLOSSÁRIO

149
Glossário de termos técnicos utilizados no guia Cartácea – Espessura da folha semelhante a uma cartolina.

Coriácea – Espessura da folha semelhante a do couro.

Abaxial – face da lâmina foliar que fica acima (na direção do sol). Canaliculado – superfície que possui uma fenda em formato de
Adaxial – face da lâmina foliar que fica abaixo (na direção do solo). canal.

Cóleteres – estruturas secretoras geralmente localizadas nos ramos


próximos à base das folhas.

Discolor – quando há diferença de coloração entre a face abaxial e


adaxial das folhas.

Domácia – estrutura formada por aglomerado de “pelos” geralmente


localizados entre as nervuras primárias e secundárias.

Entrecasca – parte localizada entre a casca e parte mais interna do


caule.
Ápice da folha – parte superior da folha (ver tipos de ápice).
Estípula – apêndice laminar localizado no ramo próximo a base das
Base da folha – parte basal da folha (ver tipos de base). folhas, protege gemas apicais e laterais.

Caduca – termo utilizado para denominar parte da planta que na Estipela – tipo de estípula localizado próximo de folíolos e
fase de senescência (ex. folhas e estípulas) cai precocemente. foliólulos nas folhas compostas.

150
Flexuoso – denominação dos ramos quando estruturados em formato
de “zigue zague”, ora para direita, ora para esquerda.

Folhas alternas - disposição das folhas no ramo de modo alterno


(B).

Folha composta – quando o limbo é dividido em pinas ou folíolos


(D).

Folhas opostas - Disposição das folhas no ramo de modo oposto


(A).

Folhas verticiladas - disposição da folha quando 3 ou mais folhas A B


saem do mesmo nó (C).

151
C D
Herborizado - material vegetal que passou pelo processo de
secagem em uma estufa (herborização).
Folíolos – termo utilizado em folhas compostas para designar as
subdivisões do limbo. .

Gema apical – Parte superior da


planta responsável pelo Imparipinado - termo
crescimento de um ramo. utilizado em folhas
compostas, quando as
disposições dos folíolos no
ápice dos ramos estão em
número ímpar.

Gema lateral – estrutura lateral da


planta que pode formar uma flor,
folha ou ramo. Látex – material leitoso e pegajoso expelido de troncos, ramos,
folhas, quando danificados, que pode apresentar coloração branca,
amarela, vermelha, dentre outras (ex: famílias Apocynaceae,
Clusiaceae e Sapotaceae.

152
Lenticela – pequena elevação sobre o tecido mais externo do caule
ou ramo, responsável por trocas gasosas da planta.

Margem - borda da folha.

Membranáceas - folhas que possuem uma consistência fina, ou


seja, de membrana.

Nectário – estruturas secretoras de substâncias (ex: néctar).

Nervação - padrão de distribuição das nervuras primárias e


secundárias nas folhas, estas que podem ser eucamptódroma,
actinódroma, broquidódroma e acródoma.
Eucamptódroma Actinódroma Broquidódroma Acródroma

153
Pecíolo - ligação entre o ramo e a folha.

Nervura Peciólulo – ligação entre a raque e os folíolos em folhas compostas.


Principal Nervuras principais e
secundárias – São como “Pelos” = Tricomas – estruturas sobre a epiderme da folha,
“veias” localizadas na pecíolos, ramos e gemas.
superfície das folhas, por
onde são transportadas Pontos translúcidos – pequenos pontos circulares localizados nas
Nervura substâncias essências à folhas por onde é possível passar luz.
secundária planta.
Pontuações – pequenos pontos circulares sobre a superfície das
folhas ou ramos.

Pulvinos – estruturas localizadas nos pecíolos de algumas folhas que


Nó – Parte da planta por onde há inserção de três ou mais folhas. dão mobilidade à planta. “Cotovelo da planta”

Pulvínulos - estruturas localizadas nos peciólulos de folíolos que


dão mobilidade. “Cotovelos”.
Paripinado - termo
utilizado em folhas
Raque - termo que denomina a extensão de um folíolo em folhas
compostas, quando a
disposição dos folíolos no compostas.
ápice dos ramos está em
número par. Revoluta – margem da folha que se enrola em direção à face
abaxial.

154
Reticulada – folha com nervuras com disposição em rede ou
emaranhado.

Venação – arranjo de distribuição das nervuras em folhas, folíolos e


folíolulos.

Tipos de folhas

Oblonga Obovada Assimétrica Ovada Orbicular

Ápice da folha

Elíptica Oval Lanceolada

Caudato Acuminado Agudo Retuso Redondo

155
Base da folha

Acuminado Levemente atenuado Agudo

Obtusa Cuneada Assimétrica Redonda

156

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