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Belito Norte Ibraimo

Resolução de Exercícios da 1a Sessão


Licenciatura em educação física e desporto

Universidade Católica de Moçambique

Delegação de Nampula

2020
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Belito Norte Ibraimo

Resolução de Exercícios da 1a Sessão


Licenciatura em educação física e desporto

Universidade Católica de Moçambique

Delegação de Nampula

2020
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Índice

I. Introdução....................................................................................................................3

II. Possíveis respostas.......................................................................................................4

III. Conclusão..................................................................................................................16

IV. Referencias Bibliográficas.........................................................................................17


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I. Introdução

O presente trabalho é o resultado da resolução de alguns exercícios no módulo de práticas


pedagógicas I como forma de preparação do estudante do ensino a distancia no curso de
educação física. Foram várias obras físicas e electrónicas lidas para tornar realidade deste
trabalho. Quanto a organização seguiu a organização padrão de um trabalho científico com os
seguintes passos: introdução, desenvolvimento e conclusão
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II. Possíveis respostas

1. Segundo Fernando (1999:159) defende que a pratica pedagógica é uma actividade


intencional de ensino e aprendizagem não reduzida a questão c da didáctica e
fundamentos da pedagogia de estudar e de aprender sendo que Libanêo (1994), a
formação do professor possui duas dimensões que se resumem em formação teórico
científica e formação técnica-practica.
2. A Supervisão Pedagógica no contexto da Formação inicial e contínua dos professores

Conceito e enquadramento da Supervisão Pedagógica A Supervisão Pedagógica podem ser


encarada em dois sentidos: como disciplina de estudo das Ciências de Educação e como
actividade de controlo/seguimento e promoção da qualidade educativa, através o
acompanhamento e apoio à formação e às práticas docentes (Varela, 2011).

Na primeira acessão, “a Supervisão Pedagógica constitui um corpo de conhecimentos e


instrumentos que propiciam a análise, a coordenação e a orientação das actividades pedagógicas,
permitindo, do mesmo passo identificar, classificar e satisfaz necessidades de formação, em
sentido lato. Nesta perspectiva, o objecto de estudo da Supervisão Pedagógica é o processo
educativo e formativo, considerado holisticamente e estruturado em torno de cinco tipos de
agentes ou protagonistas: o professor, o aluno, a escola como organização, o contexto e o quadro
normativo”

(Varela, 2011, p. 132). Enquanto actividade de seguimento e promoção da qualidade de


desempenho docente, a Supervisão Pedagógica constitui um trabalho de acompanhamento,
análise, orientação, coordenação e apoio ao desenvolvimento dos professores, em particular, dos
processos de ensino-aprendizagem e de educação-formação dos alunos, orientado para a
promoção activa da qualidade educativa. Nesta acção, “a Supervisão Pedagógica aponta para
uma construção e uma orientação metodológicas, reflexivas e interactivas nas quais os
conhecimentos são aplicados, adquiridos e reconstruídos, mobilizando e sendo mobilizados por
uma dinâmica de experimentação-reflexão-validação-planificação-ação-reflexão” (Varela,Ibid .,
p. 132). A supervisão pedagógica ocorre, essencialmente, em dois principais contextos ou
momentos da formação do professor: o da formação inicial do professor e o da formação em
exercício. Entende-se por formação inicial de professores o “início, institucionalmente
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enquadrado e formal, de um processo de preparação e desenvolvimento da pessoa, em ordem ao


desempenho e realização profissional numa escola ao serviço de uma sociedade historicamente
situada” (Estrela, 2002, p. 18).

A formação inicial de professores, por seu turno, apresenta dois contextos em que é possível
realizar-se a supervisão pedagógica:

a) O contexto de formação que antecede o estágio de fim de curso, em que costuma verificar-se a
aproximação dos formandos (enquanto futuros professores) com o contexto da aplicação,
mediante a assistência a aulas e a própria iniciação dos formandos na prática da leccionação, à
semelhança do que acontece no cenário de imitação artesanal, no cenário behaviorista ou no
cenário clínico;

b) O contexto do estágio pedagógico (de final do curso), “fonte de conhecimento através da


experimentação e reflexão, como momento privilegiado de integração de competências, como
oportunidade para representar mentalmente a qualidade do produto final e apreciar a própria
capacidade de agir, como tempo de clarificação do sentido das mensagens entre formador e o
formando, de diálogos com a própria acção e de aceitação dos desafios que esta provoca”
(Alarcão & Roldão, 2008. 19).

 A supervisão pedagógica de professores em exercício insere-se no paradigma da “formação ao


longo da vida” e assume especial relevância na perspectiva do desenvolvimento da
profissionalidade docente e da melhoria incessante da qualidade da educação. Com efeito, é, em
especial, nos contextos de vida e de aprendizagem

3. A educação a distância não é apenas aprender de longe, supõe a permanência do


indivíduo em seu meio para converte-lo assim em um factor de educação (CIRIGLIANO,
apud ARETIO, 2002, p.78)

Neste sentido, educar é preparar para a liberdade, transformar o aluno em ser livre por saber
escolher e actuar socialmente. O bom orientador académico, aquele que acompanha a rotina
diária dos alunos, convive com seus dilemas, duvidas e ansiedades, partilha de seus sucessos,
deve estimular a diversidade, torcendo para que os seus alunos tenham suas próprias ideias e que
tenham a coragem de defende-los.
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4. As vantagens do Ensino a distância:


 Para o aluno é possível definir benefícios em vários campos como a possibilidade de se
realizar mais pesquisas na própria Internet a respeito dos assuntos, terem acesso a
informações a qualquer momento e qualquer lugar, e principalmente nos momentos de
motivação para estudar. Também não existe aula perdida, pois todas elas estão sempre
disponíveis por determinado prazo. Já para o professor os ganhos estão na possibilidade
de se disponibilizar maior conteúdo do que aquele possível de se divulgar em sala de
aula, criar um ambiente de diálogo favorável no qual as críticas podem ser impessoais,
inclusão de adendas informativos que possam motivar os alunos e contextualizá-los com
as novidades académicas, diferentemente de livros que sofrem pequenas alterações a cada
edição.

 Além disso, há também o carácter geográfico e social do ensino a distância, quando


aplicado em sua totalidade. Como as instituições de ensino superior estão mais
concentradas em centros específicos, fica difícil o acesso por aqueles que moram em
cidades menores e em regiões rurais e não possuem possibilidade de mudança para outros
locais. Além disso, o custo dos cursos a distância é significativamente inferior aos custos
dos cursos presenciais pois além de não requererem estrutura física (mesas, cadeiras,
projectores, dentre outros), também proporcionam economia aos estudantes em virtude da
ausência de necessidade de deslocamento e de realizar refeições fora de casa.

 Para o aluno é possível definir benefícios em vários campos como a possibilidade de se


realizar mais pesquisas na própria Internet a respeito dos assuntos, terem acesso a
informações a qualquer momento e qualquer lugar, e principalmente nos momentos de
motivação para estudar.
 Também não existe aula perdida, pois todas elas estão sempre disponíveis por
determinado prazo.
 Já para o professor os ganhos estão na possibilidade de se disponibilizar maior conteúdo
do que aquele possível de se divulgar em sala de aula, criar um ambiente de diálogo
favorável no qual as críticas podem ser impessoais, inclusão de adendas informativos que
possam motivar os alunos e contextualizá-los com as novidades académicas,
diferentemente de livros que sofrem pequenas alterações a cada edição.
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 Além disso, o custo dos cursos a distância é significativamente inferior aos custos dos
cursos presenciais pois além de não requererem estrutura física (mesas, cadeiras,
projectores, dentre outros), também proporcionam economia aos estudantes em virtude da
ausência de necessidade de deslocamento e de realizar refeições fora de casa.
5. Importância de conhecimento das leis para o desenvolvimento da escola regula o
funcionamento da instituição de ensino e por lá estão escrito as normas e deveres do
funcionário.
6. Organização estrutural de uma escola.

Conselho da
escola

Director da
escola

Director
adjunto

Coordenadores do
ciclo

Técnico da
secretaria
Professores

Alunos
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7. Diferença entre Educação, formação e Instrução


Educação compreende o conjunto dos processos, influências, estruturas e acções que intervêm no
desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação activa com o meio natural e
social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais, visando a formação
do ser humano. A educação é, assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os
seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à
nossa existência humana individual e grupal. Escreve a esse respeito o pedagogo alemão
SCHMIED-KOWARZIK (1983):
A educação é uma função parcial integrante da produção e reprodução da vida social, que é
determinada por meio da tarefa natural e, ao mesmo tempo, cunhada socialmente da regeneração
de sujeitos humanos, sem os quais não existiria nenhuma praxis social. A história do progresso
social é simultaneamente também um desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades
espirituais e corporais e em suas relações mútuas.
A sociedade depende tanto da formação e da evolução dos indivíduos que a constituem, quanto
estes não podem se desenvolver fora das relações sociais.

Desde a época de Platão, o termo educação foi centro dos debates. Para ele era dar ao corpo e a
alma toda beleza e perfeição que fosse possível. Émile Durkheim a considerava a preparação
para a vida. Para Pestalozzi, a educação do ser humano deve responder às necessidades de seu
destino e às leis de sua natureza. Para José Martins, é depositar em cada homem toda a obra da
humanidade vivida, é preparar o ser humano para a vida.

Segundo o ICCP (1988) se entende por educação o conjunto de influências que exerce a
sociedade sobre o indivíduo. Isso implica que o ser humano se educa durante toda a vida.
A educação consiste, ante todo, em um fenómeno social historicamente condicionado e com um
marcado carácter classista. Através da educação se garantirá a transmissão de experiências de
uma geração à outra. (ICCP, 1988, p.31)
Segundo Lênin, V (apud. ICCP, 1988), a educação é uma categoria geral e eterna, pois é parte
inerente da sociedade desde seu surgimento. Também, a educação constitui um elo essencial no
sucessivo desenvolvimento dessa sociedade, a ponto de não conceber progresso histórico-social
sem sua presença.
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Para Martins (1990) a educação é um processo de acção da sociedade sobre o educando, visando
entregá-lo segundo seus padrões sociais, económicos, políticos, e seus interesses. Reconhece-se
aqui a necessária preparação para a vida, já referida em outras definições e que só se logra a
através de convicções fortes e bem definidas de acordo com esses padrões. Por isso é tão
importante, mas que uma definição o mais precisa possível, a caracterização deste objecto de
estudo e pesquisa da Pedagogia.
Para uns, Educação é processo, para outros é categoria, ou fenómeno social, ou preparação, ou
conjunto de influências, e muitos conceitos mais. Ainda seguindo a linha de pensamento de J.
Martins, se concorda que:
A educação tem os seguintes caracteres:
É fato histórico, pois se realiza no tempo;
É um processo que se preocupa com a formação do homem em sua plenitude;
Busca a integração dos membros de uma sociedade ao modelo social vigente;
Simultaneamente, busca a transformação da sociedade em benefício de seus membros;
É um fenómeno cultural, pois transmite a cultura de um contexto de forma global;
Direcciona o educando para o auto consciência;
É ao mesmo tempo, conservadora e inovadora. (MARTINS, J, 1990, p.23)
Deve-se analisar que a educação, mais que processo, mais que conjunto de influências, e outras,
é uma actividade. Como toda actividade tem orientação, portanto, pode ser planejada. É
processo, pois está constituída por acções e operações que devem ser executadas no tempo e no
espaço concreto. É resultado que expressa ou manifesta uma cultura, como fato sócio-histórico.

 Mas, o que é educação?


A definição a seguir não pretende ser exaustiva, nem focalizada nessa palavra desde a
perspectiva da linguística textual, onde claramente, o significado sempre estará dependendo de
seu contexto. Aqui só se esta definindo a categoria geral e eterna, como objecto de estudo e
pesquisa da Pedagogia.

Portanto, a Educação é uma actividade social, política e económica, que se manifesta de diversas
formas e que seu sistema de acções e operações exercem influências na formação de convicções
para o desenvolvimento humano do ser social e do ser individual
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Neste último aspecto vale destacar que o ser humano que se pretende construir, desde a óptica
como ser social, deve ser um cidadão culto, respeitoso, com as principais virtudes, como o
próprio J.Martins especifica. Esse ser humano deve ser.desenvolvido simultaneamente nos
planos, físico e intelectual, que tem consciência clara de suas possibilidades e limitações. Um
homem munido de uma cultura que lhe permita conhecer, compreender e reflectir sobre o
mundo. (MARTINS, J 1990, p. 22)

Isso significa que a educação pode ser direccionada, considerando a expressão social que deve
reflectir na consciência de cada pessoa. Por outro lado, se deve também trabalhar, nessas
influências que exerce a sociedade e o estado na formação humana do ser individual, onde:
O homem independente, mas não isolado, que conhecendo suas capacidades físicas, intelectuais
e emocionais, e senhor de uma visão crítica da realidade, seja capaz de actuar de forma eficaz e
eficiente nessa realidade. (MARTINS, J 1990, p. 22)
Resumindo, a educação, como fenómeno inerente à sociedade, é orientação, é processo e
expressão de uma cultura sociopolítica. Pois como actividade, está constituída por esses
aspectos. Por outro lado, sabe-se que o ser humano se realiza culturalmente em tempo e espaço, e
que a complexidade dos fenómenos sociais e a quantidade de cultura emanada de muitas
gerações, precisam ser optimizadas no tempo.
Resumindo, não deveria utilizar-se o termo Educação como sinónimo de instrução ou ensino, ao
menos seria factível a palavra composta "Educação Escolar" o qual cientificamente falando,
implicaria outra coisa diferente de ensino ou instrução. Nessa distinção reside uma das questões
das ambiguidades no uso e diferenciação dos aspectos tratados aqui. Essas ambiguidades dão
origens a outras. Por isso, e em busca de seu aperfeiçoamento social e individual, surge o
processo pedagógico, que não deve confundir-se com o processo docente, com educação, ou com
o processo educativo
O processo pedagógico, como aspecto consciente dentro do planejamento educacional, surge a
partir das mudanças sofridas pela sociedade e com o objectivo de construir determinado
protótipo de ser humano. Por isso, um dos meios importantes para influir na construção desse
novo ser, é através do adequado planejamento educacional. Aí, os programas, planos, e
projectos, resultado dessas actividades de gestão educativa, serão introduzidos e generalizados
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como forma ideal para orientar, executar e controlar o trabalho educativo. Portanto, é nessa
perspectiva que o termo educação é considerado dentro do campo da didáctica.

 O que é Instrução?
Este é um termo que tem sido utilizado indistintamente para se referir ao que se define como
educação, e também tem sido empregado com a denotação dada aqui de ensino. Isso traz consigo
um grande dilema. Soma-se a essa ambiguidade do termo, o fato de existirem erros de tradução
de um idioma a outro. Mas, como o objectivo não é fazer a história das denotações desta palavra,
se passa a delimitar sua concepção neste trabalho.

Segundo Baranov, S.P. et al. (1989, p. 22) "a instrução constitui o aspecto da educação que
compreende o sistema de valores científicos culturais, acumulados pela humanidade". Nesta
perspectiva nota-se a coincidência com o próprio termo de educação. A instrução, não é
directamente um aspecto da educação, nem reside dentro desta, nem é inerente a ela; porém,
deve ser considerada essa instrução, como uma das melhores formas de aperfeiçoar e optimizar o
processo educativo, o que é diferente.

A instrução não é inerente à educação; não obstante, através da instrução pode-se desenvolver a
educação. Se os especialistas que consideram a instrução ou ensino como parte inerente à
educação, se eles estiveram certos, não existiriam pessoas bem instruídas, pessoas já formadas,
porém más educadas. Ou também, não existiriam analfabetos, sem alguma instrução, com uma
"boa educação".
É muito mais preciso, desde a óptica deste trabalho, o conceito de instrução valorado pelos
alemães Neuner, G, et al. (1981, p. 112) enfatizando que na literatura pedagógica o conceito de
instrução se emprega, na maioria das vezes, com a significação de ministrar e assimilar
conhecimentos e habilidades, com a formação de interesses cognoscitivos e talentos, e com a
preparação para as actividades profissionais.
O ICCP (1988), também valora a instrução com essa mesma perspectiva profissionalizante
quando expressa que:
O conceito expressa o resultado da assimilação de conhecimentos, hábitos, e habilidades; se
caracteriza pelo nível de desenvolvimento do intelecto e das capacidades criadoras do homem. A
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instrução pressupõe determinado nível de preparação do indivíduo para sua participação numa ou
outra esfera da actividade social. (ICCP, 1988, p. 32)
Portanto, a instrução não forma parte do conceito de educação, nem existe uma denominada lei
de unidade da instrução e a educação. A instrução, como manifestação concreta do ensino, é uma
acção didáctica que desenvolve o intelecto e a criatividade dos seres humanos com
conhecimentos e habilidades que os prepara para desenvolver actividades socioculturais.

É possível que uma das causas pela qual a Didáctica seja considerada uma disciplina da
Pedagogia consiste na falsa concepção de que a educação leva implícita dentro de si o processo
de ensino. Portanto, como se expresso anteriormente que na língua científica não admite a
sinonímia, Educação, Ensino e Instrução designam realidades diferentes.

 O que é Formação?
O conceito de formação deriva da palavra latina formatĭo. Trata-se da acção e do efeito de
formar ou de se formar (dar forma a/constituir algo ou, tratando-se de duas ou mais pessoas ou
coisas, compor o todo do qual são partes).

A formação também se refere ao modo como uma pessoa foi criada na sua infância e
adolescência, isto é, à educação que recebeu. Exemplo: “Aquela senhora é muito bem formada”
(é educada e tem modos elegantes).

Na geologia, uma formação é um conjunto de estratos que formam uma unidade rochosa, a que
se associa geralmente o nome do lugar. Já, na botânica, é um grupo de vegetais de uma região
com características comuns.
Em suma:
A Educação se centra na formação do ser humano, especificamente na construção da
personalidade, enquanto o Ensino reflecte o processo de optimização da aprendizagem
(aprendência), a qual ajuda na formação do ser humano, mas não o define. Já a Instrução é uma
forma de manifestar-se o ensino, onde se focaliza os aspectos de conhecimentos e saberes da
realidade objectiva e subjectiva, que complementam o treinamento e a formação qualificada.
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8. Segundo PEREIRA (2011), a inovação curricular tem de ser entendida como sendo
“introdução de mudanças de forma planificada visando produzir uma melhoria da acção
educacional”. A inovação curricular parte de uma intenção deliberada de modificação de
uma dada situação com a crença de que esta acção pode ser ousada de outra forma. A
inovação curricular pode envolver a uma parte do processo de ensino-aprendizagem.
Assim, por inovação curricular, pode ser percebida como sendo a criação de respostas
novas aos desafios oferecidos por um dado contexto educacional, a partir da análise
reflexão que se faz da actual situação, verificando avaliativamente as efectivas
contribuições que tais inovações podem oferecer para enfrentar os desafios e produzir as
melhorias esperadas. Em termos estruturais, afirmamos que houve inovação se há algo
novo num determinado processo. Para o currículo do Ensino Básico introduzido em 2004,
constituíram inovações os seguintes elementos:
 Ciclos de aprendizagem – que são unidades de aprendizagem com objectivo de
desenvolver habilidades e competências especificam. Assim o ensino básico, na base da
reforma curricular de 2004, compreende três ciclos: 1º ciclo (1ª a 2ª classes); 2º ciclo (3ª a
5ª classes) e 3º ciclo (6ª a 7ª classe).
 Ensino Básico integrado constitui a articulação de conhecimentos em todas áreas de
conhecimento que compõem o currículo, conjugado com as actividades extracurriculares.
 O Currículo Local;
 A distribuição de professores no 3º ciclo;
 A promoção semi-automática; e
 A introdução de novas disciplinas (Inglês, Educação Musical e Ofícios).

A estrutura curricular do Ensino está organizada de modo a garantir o desenvolvimento integrado


de habilidades, conhecimentos, valores e competências, assim sendo, está estruturado em três
áreas: área de comunicação e ciências sociais; área de matemática e ciências sociais e área das
actividades práticas e tecnológicas.

9. Factores que influenciam a não qualidade no ensino moçambicano:


Existe por várias razões, tais como o abandono da escola antes da conclusão do ciclo, as
reprovações anteriores que dão lugar a grandes desníveis entre a idade cronológica do aluno e o
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nível escolar em que se encontra, a falta de materiais pedagógicos, os métodos usados pelos
professores. Os níveis de fracasso escolar podem ser totais (em todas as disciplinas) ou parciais
(numa ou duas disciplinas). Dificuldade na língua oficial, horários activos pouco adequados, não
acompanhamento dos pais e encarregados da educação
Sugestões
 Os pais ou encarregados da educação devem fazer acompanhamento
dos seus educandos junto da escola.
 Deve-se alocar-se mais recursos na escola.
 Houver promoções de palestras nas comunidades, sobre a importância
da escola.
 As avaliações forem objectivas em todas as classes

10. Na educação formal, o Currículo é a interacção planejada dos alunos com o conteúdo
institucional, materiais, recursos e processos para avaliar a consecução dos objectivos
educacionais.

11. A Escola dispõe ainda de um Conselho Consultivo, órgão de aconselhamento dos órgãos de


governo da Escola para assuntos de definição estratégica, pronunciando-se sobre assuntos de
carácter pedagógico, científico e de interacção com a sociedade.

 O Director é o órgão de administração e gestão da escola nas áreas pedagógica, cultural,


administrativa, financeira e patrimonial.
 O Conselho Geral é o órgão de direcção estratégica responsável pela definição das linhas
orientadoras da actividade da escola, assegurando a participação e representação da
comunidade educativa, nos termos e para os efeitos da Lei de Bases do Sistema
Educativo.
 O Conselho Pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação
educativa da escola, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e
acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente.

12. A variável política consiste em preparar os seus membros para garantir a sua continuidade e
o seu desenvolvimento. Trata-se de um processo dinâmico que busca, continuamente, as
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melhores estratégias para responder aos novos desafios que a continuidade, transformação e
desenvolvimento da sociedade impõem
13. Os dois requisitos
 Aplicação do método cientifico na investigação da realidade educativa , cultural, social e
económica do pais isto é tornar o ensino mais relevante, no sentido de formar cidadãos
capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua família, da sua
comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,
manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito
pelos direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.
 Coordenação dos serviços da educação e destes com os demais serviços do estado, em
todos os níveis da administração pública isto é a visão da relevância do currículo deve
fundamentar-se na percepção de que a educação tem de ter em conta a diversidade dos
indivíduos e dos grupos sociais, para que se torne num factor, por excelência, de coesão
social e não de exclusão
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III. Conclusão

Pretendi nesta resolução de exercícios reflectir sobre as práticas pedagógicas I, sem a intenção de
trabalhar na perspectiva de levantar causas e efeitos, pois pela complexidade do objecto de
estudo e pela natureza, são inúmeras as questões, possibilidades e condições que interferem
nessas práticas.
Todavia, é preciso levar em conta que, a transformação de ideias e práticas não ocorre de forma
linear e repentina, modificá-las significa reconhecer que existe um processo histórico em
construção no contexto em que ocorrem e que torna os caminhos, que conduzem às mudanças,
complexos e diversos no processo de ensino e aprendizagem.
O trabalho docente é inserido num contexto sociocultural e político que não foi desconsiderado
em algumas respostas de alguns exercícios. A estrutura de organização e gestão, assistência
pedagógica, espaços de discussão e reflexão são elementos importantes na constituição da escola
como espaço de formação e revisão de práticas pedagógicas conservadoras.
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IV. Referencias Bibliográficas


ARAUJO, J. As intencionalidades como diretrizes da prática pedagógicas. Em Pedagogia
Universitária São Paulo: Papirus, 2002.
BARANOV, S.P. et al. Pedagogía. La Habana: Pueblo y Educación, 1989.
GARCIA, R O fazer e pensar dos supervisores e orientadores educacionais. 9 ed. São Paulo:
Loyola, 2004
HAYDT, R. Curso de didática Geral. 3.ed. São Paulo: Ática, 1997.
HOFF, S. Fundamentos filosóficos dos livros didáticos elaborados por Ratke, no século XVII.
Em Revista Brasileira de Educação pág. 147. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rbedu/n25/n25a12.pdf . Acesso em: 18/11/2007.
ICCP. Pedagogía. La Habana: Pueblo y Educación, 1988.
I ENCUP. I Encontro Nacional de Coordenadores das Universidades Públicas Brasileiras.
Disponível em: http://ced.ufsc.br/nova/encontro_reforma_pedagogia/GT2.htm. Acesso em
30/11/2007

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