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1 SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Volume 2
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
CADERNO DO PROFESSOR
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO MÉDIO
1a SÉRIE
VOLUME 2
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
A NOVA EDIÇÃO
Os materiais de apoio à implementação f incorporar todas as atividades presentes
do Currículo do Estado de São Paulo nos Cadernos do Aluno, considerando
são oferecidos a gestores, professores e alunos também os textos e imagens, sempre que
da rede estadual de ensino desde 2008, quando possível na mesma ordem;
foram originalmente editados os Cadernos f orientar possibilidades de extrapolação
do Professor. Desde então, novos materiais dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do
foram publicados, entre os quais os Cadernos Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
do Aluno, elaborados pela primeira vez vidades;
em 2009. f apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do sente nos Cadernos do Aluno – gabarito
Professor e do Aluno foram reestruturados para que, nas demais edições, esteve disponível
atender às sugestões e demandas dos professo- somente na internet.
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexões entre as orientações ofe- Esse processo de compatibilização buscou
recidas aos docentes e o conjunto de atividades respeitar as características e especificidades de
propostas aos estudantes. Agora organizados cada disciplina, a fim de preservar a identidade
em dois volumes semestrais para cada série/ de cada área do saber e o movimento metodo-
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e lógico proposto. Assim, além de reproduzir as
série do Ensino Médio, esses materiais foram re- atividades conforme aparecem nos Cadernos
vistos de modo a ampliar a autonomia docente do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
no planejamento do trabalho com os conteúdos crever a atividade e apresentar orientações mais
e habilidades propostos no Currículo Oficial detalhadas para sua aplicação, como também in-
de São Paulo e contribuir ainda mais com as cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do
ações em sala de aula, oferecendo novas orien- Professor (uma estratégia editorial para facilitar
tações para o desenvolvimento das Situações de a identificação da orientação de cada atividade).
Aprendizagem.
A incorporação das respostas também res-
Para tanto, as diversas equipes curricula- peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
res da Coordenadoria de Gestão da Educação elas podem tanto ser apresentadas diretamente
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do após as atividades reproduzidas nos Cadernos
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader- do Professor quanto ao final dos Cadernos, no
nos do Professor, tendo em vista as seguintes Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
finalidades: des, elas aparecem destacadas.
Além dessas alterações, os Cadernos do possibilitando que os conteúdos do Currículo
Professor e do Aluno também foram anali- continuem a ser abordados de maneira próxi-
sados pelas equipes curriculares da CGEB ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades
com o objetivo de atualizar dados, exemplos, de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
situações e imagens em todas as disciplinas, temporâneo.
Seções e ícones
?
!
Homework Roteiro de
experimentação
Atividade Avaliadora 24
Tema 2 – Corpo, saúde e beleza – Conceitos: atividade física, exercício físico e saúde 27
Atividade Avaliadora 36
Atividade Avaliadora 72
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Educação Física – 1a série – Volume 2
sem estabelecer procedimentos isolados e for- como professor, para outras atividades ou
mais. As Atividades Avaliadoras devem favore- variações de abordagem dos mesmos temas.
cer a geração, por parte dos alunos, de informa-
ções ou indícios, qualitativos e quantitativos, Neste mesmo sentido, o Caderno do Aluno
verbais e não verbais, que serão interpretados é mais um instrumento para servir de apoio
pelo professor, nos termos das competências ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos.
e habilidades que se pretende desenvolver em Elaborado a partir do Caderno do Professor,
cada tema/conteúdo. Privilegia-se a proposição este material adicional não tem a pretensão de
de Situações de Aprendizagem que favoreçam restringir ou limitar as possibilidades do seu
a aplicação dos conhecimentos em situações fazer pedagógico.
reais e a elaboração de textos-síntese relacio-
nados aos temas abordados. São também prio- De acordo com o projeto político-pedagó-
rizados os questionamentos dirigidos aos alu- gico da escola e do planejamento do compo-
nos ao longo das aulas, para que se verifique a nente curricular, é possível que os temas nele
compreensão dos conteúdos e a aquisição das elencados, selecionados dentre os propostos
competências e habilidade propostas. no Caderno do Professor, não coincidam com
as atividades que vêm sendo desenvolvidas na
A quadra é o tradicional espaço da aula de escola. Neste caso, a expectativa é subsidiar o
Educação Física, mas algumas Situações seu trabalho para que as competências e habi-
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser lidades propostas, tanto no Caderno do Pro-
desenvolvidas na sala de aula, no pátio exter- fessor quanto no Caderno do Aluno, sejam
no ou em outro espaço da escola, na biblio- alcançadas.
teca, na sala de informática ou de vídeo, bem
como em espaços da comunidade local, des- Para otimizar o tempo pedagogicamente
de que compatíveis com as atividades progra- necessário para a aula, o Caderno do Alu-
madas. Algumas etapas podem ser realizadas no apresenta as Situações de Aprendizagem,
pelos alunos como atividade extra-aula (pes- também propostas no Caderno do Professor,
quisas, produções de textos etc.). como sugestões de pesquisa e atividades de
lição de casa. Além disso, traz, em todos os
As orientações e sugestões a seguir têm volumes, dicas sobre nutrição e postura, a
por objetivo oferecer-lhe subsídios para o fim de contribuir para a construção da au-
desenvolvimento dos temas apresentados. tonomia dos alunos, um dos princípios do
Não pretendem apresentar as Situações de Currículo da disciplina.
Aprendizagem como as únicas a serem rea-
lizadas, nem restringir a sua criatividade, Isto posto, professor, bom trabalho!
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TEMA 1 – ESPORTE – SISTEMAS DE JOGO E TÁTICAS
EM MODALIDADE COLETIVA: O RÚGBI E O FUTEBOL
AMERICANO
O rúgbi tem sua origem diretamente as- antes da autorização. Essa “linha” separava
sociada ao processo de escolarização na In- as duas equipes e, assim como ocorre no mo-
glaterra, em meados do século XIX, quando mento do passe/lançamento no futebol, ela é
as regras do futebol foram formalmente in- também imaginária no rúgbi, dependendo de
troduzidas em sete escolas públicas daquele cada situação de jogo. Não era permitido pas-
país. Seis dessas escolas estavam praticando o sar a bola com as mãos para um jogador po-
mesmo tipo de esporte, mas na Rugby School sicionado à frente. Nesse caso, o chute faz-se
(fundada em 1567) parecia haver uma versão necessário para realizar o passe.
completamente diferente.
© Wallace Kirkland/Time & Life Pictures/Getty Images
As seis escolas associaram-se e prossegui-
ram na formalização do esporte, chamando-o
de Football Association (que é a modalidade
esportiva mais popular no Brasil, o futebol,
atualmente regulamentada pela Fédération
Internationale de Football Association, a Fifa),
enquanto a modalidade praticada na Rugby
School se desenvolveu de modo diferente. Há
controvérsia e incerteza sobre os motivos dessa
diferenciação, mas ela é comumente atribuída
à insistência dos alunos em correr com a bola
nas mãos, o que era válido nas regras anteriores.
Sabe-se que, na década de 1830, esse tipo de jo-
gada era comum entre os alunos daquela escola.
Figura 1 – Tentativa de chute ao gol no rúgbi.
Algumas regras estabelecidas naquele
período permaneceram, como as pontuações Entretanto, as regras foram registradas
por chutar a bola entre duas traves (verticais) apenas em 1863, quando os alunos da Rugby
e acima de um travessão (horizontal), permi- School começaram a disputar competições
tindo tentativas de gol de longa distância, e com outras escolas e clubes. Com o aumento
o direito ao “prêmio” de uma tentativa extra da competitividade, ocorreram algumas mu-
de chutar, caso o jogador consiga invadir a danças, sobretudo para minimizar as lesões
defesa adversária com a bola em mãos. Era e acidentes mais graves e, por volta de 1893,
comum entre os defensores a permanência em as regras do rúgbi tornaram-se praticamen-
grupo próximo às traves como tática. Por isso, te as mesmas utilizadas até hoje e o esporte
a formação inicial do ataque e da defesa em profissionalizou-se.
cada jogada e a regra do impedimento foram
tópicos definidos na época. O impedimento O futebol americano, derivado do rúgbi e do
ocorria quando um jogador ultrapassava a li- futebol, também teve sua origem vinculada ao
nha demarcatória do local de início da jogada, processo de escolarização nos Estados Unidos
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Educação Física – 1a série – Volume 2
no decurso do século XIX, mas a partir das agressividade no contato entre os jogadores
faculdades e fraternidades de estudantes uni- ou à velocidade no jogo. Na Universidade
versitários. Um jogo que parece ter influencia- de Harvard, um jogo semelhante era dispu-
do a modalidade foi o ballown, disputado por tado entre calouros e veteranos, marcando
grupos de alunos na Universidade de Princeton, a confraternização dos estudantes no início
em que os jogadores deveriam transpor a defesa do ano letivo. O jogo era disputado em uma
adversária, conduzindo a bola com os punhos segunda-feira chamada “sangrenta” por cau-
e os pés. Não havia regras registradas quanto à sa das condições da disputa.
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Jogos semelhantes tornaram-se populares As mudanças ocorreram principalmente pela
na região de Boston e as universidades passa- pressão das fraternidades e dos patrocinado-
ram a organizar disputas entre suas equipes, até res das universidades, cujos filhos praticavam
que em 1867 as primeiras regras foram forma- a modalidade, para reduzir a incidência de le-
lizadas por iniciativa de Princeton. O esporte sões graves. Logo depois, o futebol americano
mantinha características comuns ao rúgbi e ao tornou-se profissional.
futebol, mas várias modificações foram feitas,
principalmente a regulamentação do passe dire- As regras e a sua institucionalização nas
cionado à frente com as mãos, e em 1906 foram duas modalidades têm semelhanças e diferen-
estabelecidas as regras conhecidas atualmente. ças. A seguir estão algumas:
Origem nas escolas públicas do sistema de Origem nas faculdades do sistema privado de
Educação Básica da Inglaterra. Ensino Superior dos Estados Unidos.
A equipe não é obrigada a avançar duran- Cada equipe tem quatro tentativas para avançar
te todo o tempo, mas cada tentativa de fazer determinada distância (10 jardas, equivalente a
gol recebe uma pontuação diferenciada (cada 9,14 metros) e manter a posse da bola; caso não
try vale cinco pontos), valendo mais caso seja avance, a bola passa para a equipe adversária.
convertida (cada conversion vale dois pontos).
O jogador pode chutar a bola para o gol O jogador pode chutar a bola para o gol (field
fazendo transpor o travessão entre as traves goal), fazendo-a transpor o travessão entre as
durante as partidas (droap goal), marcando traves (três pontos).
três pontos ou, ainda, optar pelo chute, no
caso de cobrança de penalidade (três pontos).
Quadro 1 – Comparativo entre características do rúgbi e futebol americano.
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Educação Física – 1a série – Volume 2
Os sistemas de jogo no rúgbi refletem sua Zelândia (chamados “all blacks”) e de ou-
organização estratégica e também caracte- tros países da Oceania, que incorporaram
rísticas culturais e antropológicas das equi- uma celebração aborígine na preparação
pes, como no caso dos jogadores da Nova para as partidas.
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© Thomas Northcut/Iconica/Getty Images
© Tom Stewart/Corbis/Latinstock
Figura 8 – Tática no futebol americano – diagrama de Figura 9 – Variação do rúgbi e do futebol americano
uma jogada. jogado no parque.
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Educação Física – 1a série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
FLAGBALL: O FUTEBOL SEM CONTATO
O objetivo desta Situação de Aprendiza- americano, sem o contato entre os jogado-
gem é proporcionar a compreensão de carac- res – e, em seguida, analisarão as suas regras.
terísticas importantes do rúgbi e do futebol Depois elaborarão estratégias para colocá-
americano. Os alunos vivenciarão um jogo -las em prática na dinâmica do jogo, perce-
semelhante ao flag football – que apresenta bendo implicações táticas e alternativas para
características comuns ao rúgbi e ao futebol os sistemas de jogadas.
Sugestão de recursos: quadra com tabelas de basquetebol (ou com traves de futebol, ou um espaço
equivalente com paredes nas extremidades em que se possa riscar “traves” com giz); bola de futebol
americano ou de rúgbi (ou uma bola murcha com formato irregular); coletes; tiras/fitas de tecido (uma
para cada aluno); folhas de papel sulfite; canetas.
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durante a realização do jogo ou modifique-as Professor, solicite que os alunos
conforme as características de cada turma. analisem as imagens e depois res-
pondam às questões presentes na
f O jogo terá início no centro da quadra e seção “Para começo de conversa”,
cada equipe terá quatro chances consecu- no Caderno do Aluno.
tivas para fazer gol; caso não consiga, a
bola passará para a equipe adversária; Você já deve ter visto no cinema ou na TV
f o movimento inicial deve ser feito com a uma modalidade esportiva em que o jogador
bola no solo (jogo parado) e com um joga- corre com uma bola oval nas mãos, tentando
dor passando-a entre os membros inferio- avançar até a linha final do campo, enquan-
res para seu colega (jogo iniciado); to os adversários tentam interceptá-lo. Neste
f para marcar ponto (fazer gol ou touchdown), esporte, além da bola, o jogador também
um jogador deve ultrapassar a linha de pode ser interceptado.
fundo da quadra com a bola nas mãos ou
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Educação Física – 1a série – Volume 2
Nas imagens anteriores observam-se ca- Organize um debate entre os alunos para
racterísticas semelhantes entre dois esportes: evidenciar os pontos bem-sucedidos de cada
bola oval, jogadores avançando com a bola estratégia utilizada. Questione-os sobre os pon-
na mão e adversários tentando interceptá-los. tos em que ocorreram falhas na expectativa ou
No entanto, são modalidades diferentes. Veja na execução, buscando soluções para resolver
se você sabe a diferença entre elas! os problemas percebidos.
Etapa 2 – Sem plano, sem chance Faça pausas durante o jogo para a revisão
das estratégias e, depois, discuta as impressões
Solicite aos alunos de cada equipe que dos alunos, caracterizando os planos de ação
discutam e combinem uma estratégia para o para o ataque e para a defesa de cada equipe.
jogo, diferenciando-a no ataque e na defesa. Solicite às equipes que sugiram alternativas
Retorne ao jogo e faça pausas para que as para as táticas elaboradas pelo adversário e
equipes possam rever suas estratégias. É ne- que registrem suas conclusões.
cessário que todas as eventuais alterações no
plano de ação definido pelos alunos sejam re- Professor, chame a atenção dos alunos
gistradas, para viabilizar a discussão posterior para as considerações apresentadas na seção
dos critérios que utilizaram. “Curiosidade”, no Caderno do Aluno.
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Curiosidade
© Marc Serota/The New York Times/Latinstock
Nem todo mundo gosta de modalidades esportivas com muito contato físico. Logo, o futebol
americano não agrada a todas as pessoas. Por isso, foi criada uma variação desta modalidade: o
flag football.
As regras são praticamente as mesmas, mas nada de interceptar o jogador para que ele perca a
posse de bola! Para que isso aconteça, o adversário deve retirar uma das faixas que ficam presas (com
velcro) ao calção. Você vai vivenciar o flag football nas suas aulas.
Estima-se que o Estado de São Paulo tenha 2,5 mil praticantes dessa modalidade, a maioria na
capital. Se você mora nessa cidade ou a visita com frequência, pode assistir aos jogos nos parques
Ibirapuera, Villa-Lobos, da Juventude e Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET, antigo Ceret).
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
COMPREENSÃO E APLICAÇÃO DOS SISTEMAS
DE JOGO NO RÚGBI
O objetivo desta Situação de Aprendiza- de regras e condutas do rúgbi, vivenciando-o
gem é proporcionar a compreensão do código e comparando-o a códigos semelhantes de
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Educação Física – 1a série – Volume 2
outras manifestações do futebol. O propó- jogos baseados em regras elaboradas nas três
sito é que os alunos elaborem estratégias modalidades de futebol, enfatizando os códi-
durante o jogo, adaptando-as a sistemas gos do rúgbi. Depois elaborarão estratégias
coerentes de ações individuais e coletivas, e para colocá-las em prática na dinâmica de um
percebendo as implicações táticas de cada torneio com vários jogos, discutindo impli-
escolha. Após pesquisar e comparar os códi- cações táticas e alternativas para os sistemas
gos de regras do rúgbi, os alunos vivenciarão de jogadas.
Conteúdo e temas: sistemas de jogo e táticas do rúgbi; códigos de regras e condutas do rúgbi, do futebol
e do futebol americano.
Sugestão de recursos: computadores com internet para pesquisa; quadra com tabelas de basquetebol
(ou com traves de futebol, ou um espaço equivalente com paredes nas extremidades em que se possa
riscar “traves” com giz); bola de futebol americano ou de rúgbi (ou uma bola murcha com formato
irregular); coletes; folhas de papel sulfite; canetas (uma para cada equipe).
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Roteiro Rúgbi Futebol americano
Professor, com base nessa pesquisa, solicite fazer durante o jogo. Organize a vivência e
que os alunos criem um livro com as regras a discuta, ao final ou nos intervalos entre as
serem empregadas nas vivências. partidas, as opções escolhidas por equipe em
função do sistema definido para a disputa.
Etapa 2 – Torneio “híbrido” de rúgbi Compare, junto com os alunos, as estratégias
definidas na Situação de Aprendizagem ante-
Organize equipes com os alunos e, antes de rior (flagball) e as colocadas em prática nas
iniciar cada partida, solicite às equipes que re- partidas. É importante que os alunos elabo-
gistrem suas intenções em um plano de ação, rem argumentos coerentes para justificar suas
estabelecendo os detalhes do que pretendem escolhas e condutas.
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Educação Física – 1a série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
ELABORAÇÃO DE TÁTICAS NO FUTEBOL AMERICANO
O objetivo desta Situação de Aprendi- ciarão jogos semelhantes ao futebol ameri-
zagem é proporcionar a compreensão de cano, elaborando, aplicando e analisando
aspectos táticos ofensivos e defensivos do estratégias. Depois discutirão as implica-
futebol americano. O propósito é que os ções táticas, propondo alternativas para os
alunos elaborem estratégias e as apliquem sistemas de jogadas ofensivas e defensivas,
durante os jogos, percebendo as implica- voltando a colocá-las em prática na dinâmi-
ções táticas de suas escolhas. Eles viven- ca do jogo.
Conteúdo e temas: sistemas de jogo e táticas no futebol americano; o espetáculo esportivo no futebol
americano.
Sugestão de recursos: lousa e quadra com tabelas de basquetebol (ou com traves de futebol, ou um
espaço equivalente com paredes nas extremidades em que se possa riscar “traves” com giz); bola de
futebol americano ou de rúgbi (ou uma bola murcha com formato irregular); coletes; folhas de papel
sulfite; canetas (uma para cada equipe).
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© Dorling Kindersley/Getty Images
Observe, na imagem a seguir, que o time função de bloqueá-los, para que o círculo
representado pelos círculos está com a posse atrás deles possa se deslocar e receber o passe
da bola, ou seja, está no ataque. A coluna de do seguinte (o que está mais atrás) e avançar
círculos imediatamente à frente dos X tem a até o espaço de gol para realizar o touchdown.
© Paulo Manzi
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Educação Física – 1a série – Volume 2
Elabore um esquema com uma jogada de seu individual dos alunos que talvez não tenham
time. Utilize a imagem anterior como referência. marcado pontos, mas que realizaram a pro-
teção para quem pontuou, trabalhando em
Professor, neste momento, há um espaço no Caderno do equipe. Sugira que escolham as jogadas mais
Aluno para que seja preenchido com o esquema solicitado. bem-sucedidas no ataque e na defesa.
Cada aluno deverá representar um esquema tático, confor-
me exemplificado no Caderno do Aluno. Provavelmente, re- Peça que reelaborem suas táticas, aperfei-
presentará uma situação vivida em aula. çoando-as com base no que foi discutido.
Organize outros jogos para que apliquem as
Etapa 2 – Desafiando os estrategistas novas táticas e analise os critérios utilizados
nas inovações.
Peça aos grupos que expliquem suas joga-
das aos demais, utilizando uma lousa, e dis- Professor, solicite aos alunos que localizem
cuta com todos os alunos as implicações tá- na coluna da direita uma palavra que é parcei-
ticas bem-sucedidas e/ou frustradas durante ra na coluna da esquerda; em seguida, que as
o torneio. Valorize tanto as táticas ofensivas registrem no espaço correspondente na seção
quanto as defensivas, inclusive o desempenho “Desafio!”, no Caderno do Aluno.
Desafio!
Palavras parceiras
Localize na coluna da direita uma palavra que é parceira da palavra da coluna da esquerda; em
seguida, registre-a no espaço em branco correspondente. Siga o exemplo. Ao preencher o desafio,
surgirá o nome da principal jogada do futebol americano, na qual a equipe atacante entra na área ao
fundo do campo com a posse da bola.
Ofensiva A T A Q U E Desvio
Fugir C O R R E R Ofensa
Número Q U I N Z E Wilson
Acontece O C O R R E Correr
Atingir C H E G A R Ataque
Atalho D E S V I O Quinze
Injúria O F E N S A Novato
Nome W I L S O N Chegar
Iniciante N O V A T O Ocorre
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ATIVIDADE AVALIADORA
Observe os alunos durante o desenvolvimen- Com base nas aulas de Educação Física e
to das Situações de Aprendizagem, avaliando nas atividades deste volume, assinale a alter-
suas ações e como expõem sua compreensão nativa correta.
a respeito das atividades. Analise as decisões
tomadas pelos grupos, as ações realizadas, as 1. Um jogador de rúgbi tem direito a um try
diferentes negociações ocorridas em relação às quando:
regras. Analise também o envolvimento de to-
dos na elaboração das estratégias e dos sistemas ( ) é interceptado por um adversário.
de jogo. Verifique a compreensão das posições ( ) deixa a bola cair no chão.
específicas dentro de cada sistema, ofensivo e (X) realiza um touchdown.
defensivo, e a combinação de ambas, como no ( ) executa o field goal.
exemplo do “iron men”, em que os jogadores jo-
gam tanto no ataque quanto na defesa. 2. No futebol americano, quando uma equipe
utiliza os mesmos jogadores para atacar e
Ao longo da realização das atividades, pro- defender, ela adota o estilo:
ponha a redação de textos-síntese sobre aquilo
que foi trabalhado e discutido nos ambientes
( ) ataque e defesa.
de aula. Aproveite os registros das estratégias
elaboradas pelos alunos ou faça questiona- ( ) duplo.
mentos orais, individualmente ou em grupo, ( ) vice-versa.
como forma de verificar suas compreensões. (X) iron men.
Ao longo das situações de aula, você pode 3. Quando um jogador realiza um touchdown,
apresentar algumas questões, como: sua equipe marca seis pontos e ele tem di-
reito a um chute extra ao gol, valendo um
f Quais são as principais características das ponto. A que modalidade se aplica esta
modalidades esportivas vivenciadas? afirmação?
f Dessas características, quais são as seme- Futebol americano.
lhantes e quais são as diferentes?
f Como podemos compreender o desempenho 4. Quando um jogador consegue passar pela
e o espetáculo esportivo do ponto de vista defesa adversária, ao atravessar o espaço
dos praticantes das modalidades analisadas? do gol e tocar o solo com a bola em mãos,
f Se algum aluno já assistiu na TV a uma parti- ele realiza um:
da de rúgbi ou de futebol americano, ou a al-
gum filme ou seriado que retrate jogos dessas (X) touchdown.
modalidades, indague se as vivências realiza- ( ) field goal.
das nas aulas corresponderam às expectati- ( ) flag football.
vas de desempenho e de espetáculo esportivo ( ) conversion.
mostrados pela mídia.
5. Uma equipe marca quatro pontos quan-
Professor, solicite aos alunos do um jogador, em um chute, consegue
que assinalem a alternativa que a bola transponha o travessão entre
correta nas questões presentes as traves. A que modalidade se aplica esta
na seção “Você aprendeu?”, afirmação?
no Caderno do Aluno. Rúgbi.
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Educação Física – 1a série – Volume 2
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afro-americano, gerando desconforto entre Homem trabalha como ajudante em uma
os jogadores racistas. Mas a força de vonta- equipe de futebol, servindo os atletas, que
de do técnico tentará fazer unir os jogadores constantemente o humilham. Ele busca es-
de ambas as etnias para um objetivo maior: paço em uma equipe com menos prestígio e
superar as diferenças e vencer o campeonato. passa a jogar profissionalmente.
Invictus (Invictus). Direção: Clint Eastwood. Um domingo qualquer (Any given Sunday).
EUA, 2009. Drama. 120 min. Livre. Baseado Direção: Oliver Stone. EUA, 1999. Drama.
em fatos reais, o filme retrata por meio do rúgbi 162 min. 18 anos. Trata das vitórias e das
a tentativa do então presidente sul-africano, derrotas de uma equipe de futebol ameri-
Nelson Mandela, de unir a população de seu cano, focando os interesses financeiros en-
país para uma reflexão sobre o racismo e as volvidos no esporte profissional e as conse-
desigualdades socioeconômicas. quências para a vida pessoal de jogadores,
técnicos e dirigentes. Este filme é indicado
O rei da água (The waterboy). Direção: Frank para o professor devido à restrição da classi-
Coraci. EUA, 1998. Comédia. 90 min. Livre. ficação etária.
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Educação Física – 1a série – Volume 2
© JLP/Sylvia Torres/Corbis/Latinstock
Os conceitos de atividade física, exercício
e saúde sempre estiveram presentes na Edu-
cação Física escolar brasileira desde a sua
origem. A atividade física inclui toda movi-
mentação produzida pela musculatura esque-
lética com gasto expandido de energia, como
nas atividades domésticas, laborais e de lazer,
exercícios e esportes.
© B. Pepone/Corbis/Latinstock
cia anaeróbia e força muscular, flexibilidade e
composição corporal), realizada repetidamente,
é denominada exercício físico. Portanto, o exer-
cício é uma subcategoria da atividade física.
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© Fernando Favoretto
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Educação Física – 1a série – Volume 2
© PM Images/Iconica/Getty Images
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Tal concepção contrapõe-se ao conceito de A saúde também é relacionada aos pa-
saúde, pautado em estudos epidemiológicos drões de beleza da sociedade. A obesidade,
sobre os fatores de risco para doenças dege- por exemplo, que em determinados períodos
nerativas cardiovasculares, como o sedenta- históricos foi sinônimo de saúde, beleza e
rismo e a obesidade. Tais estudos enfatizam a sedução, hoje é sinônimo de doença e falta
presença de fatores de risco no estilo de vida de controle sobre o corpo. Os atuais padrões
das pessoas, inclusive de crianças, e tendem a de beleza, estabelecidos em grande parte
valorizar a transmissão de informações rela- pelos meios de comunicação, têm levado a
cionadas à importância da prática de ativida- uma busca desenfreada por um corpo ma-
des físicas e exercícios por toda a vida. gro, com adesão a práticas alimentares e
de exercitação física que ameaçam a saúde
Todavia, autores como Farinatti (2002) cri- orgânica e psicológica, como já tratado no
ticam as campanhas de prevenção e educação volume 1.
em saúde que visam à promoção de estilos de
vida ativos, pois se concentram de forma exa- Os padrões estéticos da sociedade também
gerada na transmissão de informações, negli- têm pressionado o consumo de produtos e ser-
genciando projetos pessoais como a motiva- viços por parte da população que está envelhe-
ção e adesão para a prática de atividade física, cendo. A pele enrugada e os cabelos brancos,
além de responsabilizar o indivíduo pela práti- por exemplo, têm sido manipulados como ten-
ca de sua atividade física, independentemente tativa de negar o envelhecimento como parte
de condições ambientais adversas. do ciclo da vida, estimulando a ideia de que ter
o corpo eternamente jovem é um requisito para
Tais críticas não desmerecem a importância a felicidade.
dos estudos epidemiológicos, mas é necessário
que a Educação Física escolar adote estraté- Por outro lado, a prática sistemática e ade-
gias didáticas adequadas na utilização dessas quada de atividades e exercícios físicos, ao oti-
informações, de modo que os alunos realmente mizar o potencial de plasticidade presente no
consigam mudanças de condutas a longo pra- organismo humano, contribui para a preven-
zo, e não um acréscimo ao seu repertório de ção de doenças associadas ao envelhecimento
informações sobre saúde. Por sinal, tais infor- e melhora a qualidade de vida na chamada
mações estão amplamente disponíveis a todos terceira idade. E a Educação Física pode con-
nos meios de comunicação – o que parece não tribuir decisivamente para isso, ao fornecer
ser condição suficiente para levar as pessoas a informações e parâmetros para sua prática, du-
mudarem seus hábitos de vida. rante os vários ciclos de escolarização.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
É ATIVO QUEM QUER?
O objetivo desta Situação de Aprendizagem é física ou exercício. Os dados serão comparados
demarcar a diferença, do ponto de vista da prá- e analisados à luz da concepção de saúde cole-
tica de exercícios físicos, entre saúde individual e tiva, com identificação de fatores e motivos que
coletiva. Os alunos apontarão atividades físicas e dificultam ou impedem sua participação nas prá-
exercícios realizados com frequência, bem como ticas apontadas como favoritas. Em seguida, na
suas práticas favoritas, quer as realizem ou não, perspectiva da saúde individual, os alunos elabo-
classificando-as quanto ao conceito: atividade rarão exercícios para estimular componentes da
30
Educação Física – 1a série – Volume 2
aptidão física (resistência aeróbia, força muscular, dos, individualmente, com material adaptado e
flexibilidade), que possam ser facilmente realiza- em locais acessíveis.
Sugestão de recursos: folhas de papel sulfite; canetas; materiais alternativos como garrafas PET conten-
do areia, cabos de vassoura ou outros.
31
© Hans Neleman/Stone/Getty Images
esportes ou outros tipos de atividades físicas e
exercícios; se são atividades individuais ou co-
letivas; se exigem ou não materiais e locais es-
pecíficos para a prática –, assim como os fato-
res que dificultam ou impedem a participação
dos interessados: tempo livre; acesso a locais
e materiais; qualidade dos locais disponíveis;
orientação especializada; impossibilidade fi-
nanceira ou outros.
comunidade?
32
Educação Física – 1a série – Volume 2
Treino de
X
vôlei
© Yuri Dojc/The Image Bank/Getty Images
33
Professor, as respostas aqui são subjetivas. No entanto, a in- grupos que elaborem exercícios relacionados
tenção é provocar uma reflexão sobre os impedimentos para aos diferentes componentes de maneira que
as práticas que o aluno gostaria de realizar. Em geral, a dificul- todos eles sejam abordados. Leve alguns
dade ocorre devido a fatores socioeconômicos, e a intenção materiais alternativos para facilitar a ela-
deste tema é que se discuta a necessidade de reivindicar es- boração dos exercícios, como garrafas PET
paços e condições para a prática dos exercícios físicos. contendo areia em várias quantidades (para
obter variação de peso), cabos de vassoura
Etapa 2 – A saúde é da minha conta etc. Se necessário, reapresente os conceitos
das diversas capacidades físicas, já aborda-
Retome o conceito de saúde que destaca dos no Ensino Fundamental.
os aspectos biológicos e a responsabilidade
pessoal sobre os fatores de risco. Em seguida, A seguir, proponha que os grupos apresen-
proponha aos alunos que, em grupos, elabo- tem os exercícios para que toda a turma os
rem e apresentem exercícios que estimulem vivencie. Auxilie-os a analisar cada um deles,
alguns componentes da aptidão física rela- quanto à adequação em relação à capacidade
cionada à saúde (força, resistência e flexibi- física que se propõe estimular e à viabilidade
lidade) e que possam ser realizados indivi- em termos de execução individual, bem como
dualmente, em espaços acessíveis. Sugira aos locais para práticas acessíveis a todos.
f Força: no campo da atividade física, representa o nível de tensão exercido por um músculo contra
determinada resistência (carga). Resulta da contração ou tensão muscular, que pode ser máxima ou
não, com ou sem movimentação e/ou variação do comprimento do músculo. Pode ser classificada
em diferentes tipos: (a) conforme o trabalho produzido pelo músculo, em estática (isométrica) ou
dinâmica (isotônica); (b) quanto à forma de aplicação motora, em máxima (pura), rápida (explosiva
ou potência muscular) e de resistência.
f Resistência: é a capacidade que permite sustentar determinada carga de trabalho pelo período de tem-
po mais longo possível, até o surgimento dos sinais/sintomas de fadiga, sem perda da qualidade de
execução dos movimentos. Possui diversas formas de manifestação: (a) quanto à demanda metabólica
predominante, divide-se em aeróbia e anaeróbia; (b) quanto à cota de participação muscular, diferen-
cia-se em geral e local (localizada); (c) quanto ao tempo de duração, em curta, média e longa.
34
Educação Física – 1a série – Volume 2
cidades físicas, elabore dois exercícios para cos, bastões feitos com cabo de vassoura etc.)
cada capacidade, que possam ser realizados para a aula a fim de enriquecer a apresenta-
individualmente e em espaços acessíveis. ção dos exercícios! Registre na tabela a seguir
Combine com seu professor e leve material os dois exercícios elaborados para cada capa-
alternativo (garrafas PET com areia, elásti- cidade. Siga o exemplo.
Professor, faça uma reflexão com os alunos sobre as considerações apresentadas na seção
“Você sabia?”, no Caderno do Aluno.
Você sabia?
Se você acredita que saúde é ausência de doença e que é possível uma pessoa reverter sozinha o seu
quadro de obesidade, seu conceito de saúde aproxima-se do chamado viés biológico (saúde é ausência
de doença) e individualizado (o sujeito é responsável pela prevenção de fatores que põem em risco
sua saúde). Mas o que se busca discutir aqui é o conceito de saúde coletiva, que contribui para o que
chamamos de promoção da saúde.
Pense em seu bairro. Se alguém quiser fazer caminhadas antes ou depois do trabalho, encontrará
ruas iluminadas? A jornada de trabalho das pessoas permite-lhes algum tipo de lazer? Há espaços
públicos que ofereçam atividades físicas orientadas e ações preventivas de saúde?
© Andy Sacks/Photographer’s Choice/Getty Images
© Ivania Sant’Anna/Kino
35
Quando se fala em autonomia com relação ao “Se-Movimentar”, entende-se que ela não pode se
restringir à aquisição do conhecimento das técnicas trabalhadas na disciplina de Educação Física,
embora estas sejam importantes para o desenvolvimento da aptidão física pessoal. Ao compreender
a importância dos exercícios físicos para a saúde, reconhece-se que eles não podem fazer parte da
vida apenas no período escolar. Dessa maneira, é necessário refletir sobre esse assunto e reivindicar
recursos e condições para a prática de exercícios físicos.
Organize-se com outras pessoas do bairro a fim de discutir ações que permitam otimizar a prática
de exercícios físicos para todos. Aos poucos, você perceberá os amplos benefícios da saúde coletiva.
ATIVIDADE AVALIADORA
Durante as diversas etapas, procure verifi- coletiva, e suas implicações na prática de
car se os alunos, em suas manifestações verbais exercícios físicos;
e escritas, individualmente ou em grupo: f diferenciam atividade física de exercício
físico, tanto em suas próprias experiên-
f diferenciam e reconhecem as caracterís- cias de Se-Movimentar como em práticas
ticas dos conceitos de saúde individual e descritas pelo professor ou colegas;
36
Educação Física – 1a série – Volume 2
“Boneco articulado”
© Inspirestock/Latinstock
Um galho provavelmente se dobrará até certo ponto, mas depois quebrará. Outro detalhe: o
galho verde é mais flexível que o galho seco, que se quebra com mais facilidade. Faça a experiên-
cia em casa.
Neste Caderno, vamos abordar alguns aspectos sobre a coluna vertebral. Ela é formada por 33
pequenos ossos, chamados de vértebras. Como os ossos são rígidos, eles costumam quebrar quan-
do são forçados.
37
Entre as vértebras, há outro tipo de estrutura (disco intervertebral), com certo grau de flexibi-
lidade, que funciona como um “amortecedor” e protetor das vértebras. Essa estrutura evita tanto
o atrito entre as vértebras como os impactos que a coluna sofre no dia a dia (andando, correndo,
saltando e flexionando o corpo, por exemplo).
Vértebra
O conjunto chamado de coluna vertebral funciona como as colunas de um edifício, dando sus-
tentação ao tronco. Observe o esqueleto da figura a seguir e veja que à coluna prende-se a caixa
torácica e que, equilibrando-se no topo, há a cabeça.
© Alfred Pasieka/SPL/Latinstock
© Medical.com RF/Getty Images
38
Educação Física – 1a série – Volume 2
Na verdade, há uma espécie de cinturão que envolve as vértebras e procura mantê-las no lu-
gar. Ele é formado por músculos e ligamentos (imagem da esquerda), estruturas flexíveis e resis-
tentes que permitem a mobilidade do tronco para flexionar-se, inclinar-se lateralmente e virar-se
para o lado.
Ao observar uma coluna vertebral sadia, em diferentes ângulos (imagem da direita), nota-se
que ela não tem curvas quando vista de frente ou de costas, o que não ocorre quando observada
lateralmente.
As curvas vistas lateralmente são naturais em todo ser humano, mas não devem ser exageradas.
Quando olhamos uma coluna de frente e observamos algum tipo de curvatura, chamamos essas
curvas de desvios da coluna vertebral.
Muitos desvios são resultantes de posturas inadequadas. Há outras razões para esses desvios
que necessitam de tratamento médico.
No Tema 4 serão abordados os desvios posturais. Enquanto isso, seguem algumas dicas para
que você mantenha uma postura adequada.
Dicas!
f Faça exercícios regularmente para fortalecer os músculos que sustentam seu corpo.
f Evite sobrecargas unilaterais, pois alteram a postura e sobrecarregam determinadas regiões
do corpo, causando fadiga muscular. Com o excesso de peso, os ombros costumam ficar
desalinhados, com um lado mais baixo que o outro.
f Alinhe seu corpo, principalmente os ombros, colocando-os para trás, evitando as “corcundas”.
f Mantenha o abdome e os glúteos contraídos o maior tempo possível, o que ajuda a alinhar
a região lombar, evitando dor nas costas.
f Use saltos baixos. Os saltos muito altos alteram o alinhamento da pélvis e de toda a coluna,
além de sobrecarregarem as estruturas dos pés.
f Controle sua postura ao sentar, deitar ou ficar em pé. Vale a pena ficar atento. Uma boa
postura impressiona e transmite mensagem de confiança e firmeza, além de trazer mais au-
toconfiança e desenvolver a autoestima.
39
apenas aqueles que apresentaram dificul- f reelaboração individual de algumas tare-
dades. Por exemplo: fas anteriormente realizadas em grupo:
investigação sobre espaços para a prática
f roteiro de estudos sobre os conceitos de exercícios físicos na comunidade, pro-
abordados, para posterior apresentação posição de outros exercícios para melho-
em registro escrito ou outra forma; ria da aptidão física.
ANDRADE, Sandra dos Santos. Saúde e be- PALMA, Alexandre. Atividade física, proces-
leza do corpo feminino – algumas representa- so saúde-doença e condições socioeconômi-
ções no Brasil do século XX. Movimento, Por- cas: uma revisão de literatura. Revista Paulis-
to Alegre, v. 9, n. 1, p. 119-143, jan./abr. 2003. ta de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1,
40
Educação Física – 1a série – Volume 2
p. 97-106, jan./jun. 2000. Disponível em: <http:// temas da saúde e aptidão física (inclusive os de
citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v14%20 exercício e atividade física), explorando os pos-
n1%20artigo8.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2013. síveis efeitos de variáveis relacionadas à saúde,
O autor apresenta vários estudos que associam como diferentes modalidades esportivas, parâ-
as condições socioeconômicas ao processo de metros de desenvolvimento pubertário e aspec-
saúde-doença e à atividade física. tos socioculturais, sobre os padrões de aptidão
física de escolares do Ensino Médio.
Periódico
Outros documentos
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Cam-
pinas, v. 27, n. 3, p. 7-202, maio 2006. Disponí- Carta de Ottawa. Disponível em: <http://
vel em: <http://rbceonline.org.br/revista/index. bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_
php/RBCE/issue/view/108>. Acesso em: 12 nov. promocao.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2013.
2013. Publicação periódica do Colégio Brasi- Documento resultante da Primeira Conferência
leiro de Ciências do Esporte (CBCE), que de- Internacional sobre Promoção da Saúde, reali-
dicou essa edição ao tema saúde, sociedade e zada em Ottawa, Canadá, em 1986. Trata do
educação física/ciências do esporte, apresen- conceito de promoção da saúde, abordan-
tando vários artigos sob várias abordagens. do temas como pré-requisitos para a saúde,
capacitação, políticas públicas de saúde, ação
Dissertação comunitária, serviços de saúde etc.
41
TEMA 3 – GINÁSTICA: PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS –
GINÁSTICA AERÓBICA
No Brasil, os espaços privados para a prá- do que ficou conhecido como Método Cooper),
tica da ginástica, que hoje conhecemos por e pelos vídeos de ginástica (com ênfase na gi-
“academias”, surgiram na década de 1930, nástica localizada) produzidos pela atriz esta-
na cidade do Rio de Janeiro, sob influência dunidense Jane Fonda. Contudo, caracterizada
de métodos ginásticos europeus do início do pela excessiva presença de saltos, saltitos e gi-
século XX. Na década de 1960, além da ca- ros, realizados sem a devida preocupação com
listenia, muitas academias dedicavam-se ao a postura, a ginástica aeróbica dos anos 1980
“levantamento de peso”, prática associada levou ao aparecimento de lesões articulares em
ao halterofilismo. seus praticantes – daí a denominação “ginásti-
ca de alto impacto” pela qual ficou conhecida.
Nos anos 1980, a ginástica aeróbica ganhou Surge então a ginástica aeróbica de baixo im-
grande espaço nas academias, beneficiando-se pacto, que busca minimizar os efeitos lesivos às
da popularidade do conceito de “exercício ae- articulações, seguida do step training, ginástica
róbio”, difundido na década anterior pelo mé- que alterna movimentos de subida e descida de
dico estadunidense Kenneth Cooper (criador um pequeno degrau.
© John Henley/Corbis/Latinstock
Figura 21 – Step.
42
Educação Física – 1a série – Volume 2
São exercícios destinados à melhoria das funções cardiovascular e respiratória “que envolvem a uti-
lização de grandes grupos musculares, e que possam ativar todo o sistema orgânico de oxigenação: co-
ração, pulmões, sangue e vasos sanguíneos, e incluem esforços de média e longa duração (maior que 5
minutos), de caráter dinâmico, em ritmo constante e de intensidade moderada” (GUEDES & GUEDES,
1995, p. 18). Para se conseguir benefícios com esse tipo de esforço, o treinamento aeróbio deve ser reali-
zado de três a cinco vezes por semana.
Portanto, pode-se falar em exercício aeróbio não apenas na chamada “ginástica aeróbica”, mas
também em atividades como caminhada, corrida e andar de bicicleta, desde que sejam esforços de
longa duração, com intensidade moderada e sem que o praticante apresente sinais de fadiga (hiperven-
tilação). Em outras palavras, pode-se dizer que, se durante uma atividade você conseguir conversar um
pouco, isso pode ser indício de que se trata de uma atividade predominantemente aeróbia.
43
© Luca DiCecco/Alamy/Glow Images
44
Educação Física – 1a série – Volume 2
Na ginástica aeróbica, é importante aten- Além disso, é preciso cautela com os chama-
tar para os seguintes parâmetros: dos “exercícios de alto impacto”, que são aque-
les em que os dois pés saem do solo, de modo
f frequência (três a cinco vezes por semana); alternado ou simultâneo, e que, ao provocar
f intensidade (60% da frequência cardíaca alta força de impacto, quando executados con-
máxima para iniciantes, 70% para interme- tinuamente podem causar lesões articulares nos
diários e 85% para treinados); tornozelos e joelhos.
f duração (de 20 a 60 minutos por sessão).
Baixo impacto: são aqueles em que pelo menos um dos pés permanece em contato com o solo ou
bem próximo dele. Exemplos: marcha, saltitos, elevação de joelhos, grapevines (deslocamento lateral
cruzado, deslocamento lateral em quatro tempos).
Alto impacto: movimentos em que os dois pés saem do solo, alternada ou simultaneamente, e que, quan-
do realizados em alta velocidade, com elevado número de repetições, excessiva amplitude de movimentos
e/ou má postura (como hiperextensão dos joelhos) podem causar lesões articulares. Exemplo: corrida esta-
cionária, polichinelos, twists (toque do pé à frente, no calcanhar), pêndulo lateral (troca de apoio da perna,
transferindo o peso do corpo de um lado para o outro), saltito alternado.
Esses movimentos podem ser utilizados a partir de diferentes repetições, associados à movimenta-
ção de braços e interligados por transições de movimentos simples, como giros e saltos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
RELEMBRAR, CALCULAR E CAMINHAR
O objetivo desta Situação de Aprendiza- Os objetivos e os princípios orientadores
gem é possibilitar aos alunos a compreensão dos exercícios aeróbios serão apresentados a
do conceito de exercício aeróbio, por meio da partir de exemplos de atividades aeróbias. A
realização de um programa de caminhada. seguir, propõe-se que os alunos realizem um
Com base nos conteúdos dos volumes anterio- programa de caminhada, com base em parâ-
res, os alunos serão estimulados a relacionar metros de intensidade, frequência e duração.
exercícios de longa e baixa/média duração, Para tal, os alunos calcularão sua frequência
com o desenvolvimento da capacidade de re- cardíaca máxima e a zona-alvo de treinamen-
sistência aeróbia, a melhoria do sistema car- to, buscando estabelecer o ritmo em que de-
diovascular e respiratório e o emagrecimento. verão caminhar, e ajustando-o em função da
45
frequência cardíaca apurada ao final de cada nhada, os alunos relatarão as mudanças que
caminhada. Ao final do programa de cami- perceberam em sua condição física.
46
Educação Física – 1a série – Volume 2
47
3. São atividades predominantemente aeróbias: horário extraclasse, preferencialmente, com
diferentes velocidades e intensidade de esfor-
a) caminhada. ço variando entre 60% da FCM para alunos
b) esteira. sedentários e 85% para alunos que praticam
c) bicicleta ergométrica. regularmente algum tipo de esporte/exercício.
d) musculação.
e) aerofunk. Defina a duração das caminhadas: 20 mi-
f) aeroboxe. nutos para a primeira semana, 25 minutos
para a segunda e 30 minutos para a semana
Etapa 2 – Calcular e caminhar final. Para isso, é necessário que os alunos en-
contrem a sua frequência cardíaca máxima e a
Proponha a realização de um programa de zona-alvo de treinamento. Oriente os alunos
caminhada a ser realizado durante três ou qua- em relação ao uso de vestuário adequado, lo-
tro semanas (de acordo com o número de aulas cais de percurso e horários (para que evitem
previsto para o desenvolvimento do tema) que horários em que a temperatura é muito ele-
siga os princípios orientadores da exercitação vada). Oriente-os também para que se certifi-
aeróbia. O programa constará de caminhadas quem das condições de segurança do percurso
a serem realizadas pelo menos três vezes por se- escolhido, caso optem por vias públicas, pra-
mana (de preferência em dias alternados) e em ças, parques etc.
Resistência aeróbia: capacidade de realizar movimentos por um período prolongado de tempo, com utili-
zação predominante de mecanismos aeróbios (que ocorrem na presença de oxigênio) de produção de energia.
A FCrep deve ser tomada pela manhã, logo ao despertar, antes de se levantar da cama.
FCr = (220 – 17) – 60 A FCr = 203 – 60 A FCr = 143 ( 10 bpm
A intensidade do treinamento varia de 50% a 85% do VO* máximo (50 a 85 % da FCr), logo:
2
FCT 50% = (50 x 143) 8 100 A 50% FCr = 7150 8 100 A 50% FCr = 71,5 bpm
FCT 50% = 50% FCr + FCrep A FCT 50% = 71,5 + 60 A 131,5 bpm
FCT 85%= (85 x 143) 8 100 A 85% FCr = 12155 8 100 A 85% FCr = 121,55 bpm
FCT 85% = 85% FCr + FCrep A FCT 85% = 121,55 + 60 A 181,55 bpm
Para esse aluno, a zona-alvo de treinamento deverá ser de, no mínimo, 131,5 bpm e, no máximo, de
181,55 bpm com base na FCr, em que FCT corresponde à FC de treinamento.
48
Educação Física – 1a série – Volume 2
Pulso: o que é?
Corresponde à pulsação arterial que se faz sentir em várias regiões do corpo, caracterizando uma
representação da frequência cardíaca a distância.
49
zona-alvo de treinamento, para que registrem atividade, você verifica que sua FC é de 130
os dados na tabela presente na seção “Lição bpm (batimentos por minuto); o que isso sig-
de casa”, no Caderno do Aluno. nifica? Que diferença faria se ela fosse 120 ou
140 bpm?
Calcular e caminhar
Calculamos a zona-alvo de treinamento,
Treinamento exige planejamento. Você já pois, dependendo do objetivo desejado du-
sabe que uma pessoa que deseja se submeter a rante esse tipo de prática, sua frequência car-
treinamento físico regular deve passar por uma díaca deverá estar em determinada faixa, ou
orientação e avaliação de um professor de Edu- seja, entre x (mínimo) e y (máximo) batimen-
cação Física e também médica. tos por minuto. Se estiver abaixo do mínimo,
você deve acelerar, se estiver acima do máxi-
Quem decidirá o que, quando e como iniciar mo, você deve reduzir o ritmo. A frequência
o treinamento será o professor de Educação verificada durante a atividade é chamada de
Física. Na escola, seu professor está capacita- frequência cardíaca de treinamento (FCT).
do para tirar todas as dúvidas que você tiver.
Correr, por exemplo, pode ajudar no emagre- Para realizar o seu programa de cami-
cimento e na melhora da condição cardiorres- nhadas, seu professor vai ensiná-lo a calcu-
piratória e da velocidade. Será que para todos lar sua zona-alvo de treinamento, por meio
esses objetivos a corrida deve ser praticada com de uma fórmula. Para este cálculo, você
a mesma intensidade? precisará da sua frequência cardíaca de re-
pouso (FCrep), medida ao acordar, e da sua
Lembre-se de que intensidade é o grau de frequência cardíaca máxima (FCM), lem-
vigor físico que empreendemos na ativida- brando que FCM = 220 − idade.
de. Por que será que vemos as pessoas nos
parques correndo com frequencímetros ou De posse do cálculo, inicie o programa de
realizando a palpação para medir a frequên- caminhada, orientado pelo seu professor, e re-
cia cardíaca (FC)? Digamos que, ao final da gistre na tabela a seguir seu progresso.
PROGRAMA DE CAMINHADA
1a semana / / minutos
bpm
/ / minutos
bpm
50
Educação Física – 1a série – Volume 2
/ / minutos
bpm
2a semana / / minutos
bpm
/ / minutos
bpm
/ / minutos
bpm
3a semana / / minutos
bpm
/ / minutos
bpm
/ / minutos
bpm
Obs.:
51
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
ASSISTIR, COMPARAR E PRATICAR
O objetivo desta Situação de Aprendi- princípios gerais que as orientam. A seguir,
zagem é levar os alunos a perceberem que apresente aos alunos a estrutura básica de
os princípios da ginástica aeróbica estão uma sessão de ginástica aeróbica tradicio-
associados ao exercício aeróbio, o qual lhe nal. Na etapa seguinte, eles realizarão uma
empresta o nome, assim como identificar rotina de ginástica aeróbica, após a qual to-
exercícios e técnicas comuns às várias mo- marão a frequência cardíaca (FC), que será
dalidades de ginástica aeróbica. Inicialmen- avaliada em função da sua zona-alvo de
te, os alunos assistirão a vídeos curtos em treinamento. Ao final, os alunos verbaliza-
que possam ser observadas rotinas (sequên- rão suas sensações durante a realização da
cias) de diversas modalidades de ginástica prática, em termos de percepção do esfor-
aeróbica, ou as observarão em academias, ço, motivação, dificuldades etc. Motive-os
buscando identificar os exercícios/movi- a discutir também aspectos relacionados ao
mentos comuns a todas elas, bem como os acesso à prática da ginástica aeróbica.
52
Educação Física – 1a série – Volume 2
A seguir, peça aos alunos que busquem que os princípios, os exercícios e as técnicas das
identificar os exercícios/movimentos comuns diferentes modalidades observadas são muito
a todas as modalidades, bem como os princí- parecidos, com diferenças maiores apenas no
pios gerais que as guiam (em termos de tipo ritmo musical e na combinação de exercícios
de esforço, intensidade, tempo de duração). O das rotinas. Ao final da etapa, apresente a es-
objetivo aqui pretendido é levá-los a perceber trutura de uma sessão de ginástica aeróbica.
53
Etapa 2 – Praticar: quando experimentei, eu... Ao final, solicite aos alunos que verbali-
zem suas sensações durante a prática: como
Proponha aos alunos a execução de uma sentiram o esforço realizado (variação dos
rotina (sequência) de ginástica aeróbica, com batimentos cardíacos, ritmo, nível de esforço
música e movimentos típicos da atividade, exigido etc.), se ficaram motivados a aderir
com duração de 10 a 15 minutos, precedida a essa modalidade de ginástica, do que mais
da fase de aquecimento. Você mesmo poderá gostaram e do que menos gostaram nela,
elaborar a rotina, tomando como base alguns quais as dificuldades sentidas etc. Há tam-
dos vídeos apresentados aos alunos. Consulte- bém outros aspectos que podem ser levanta-
-os sobre qual modalidade de ginástica prefe- dos, como:
rem. Se quiser, demonstre uma rotina ou peça
a um dos alunos, que pratique habitualmente f Essa modalidade de ginástica é acessível a
a ginástica aeróbica, que a demonstre, sob sua todos?
orientação. Outra opção é convidar um profis- f Eu tenho acesso a essa prática?
sional de academia para apresentar a rotina. f A quem se destina prioritariamente? Com
O importante é garantir que os alunos viven- que objetivos?
ciem uma prática de ginástica aeróbica. f É possível ser praticada em qualquer local?
Após a prática, solicite aos alunos que rea- Caso haja interesse e motivação por par-
lizem a contagem da frequência cardíaca e a te dos alunos, uma rotina de outra variação
avaliem em função da zona-alvo de treina- da ginástica aeróbica poderá ser vivenciada a
mento, já calculada na Situação de Aprendi- seguir, evidenciando-se suas semelhanças e di-
zagem anterior. ferenças com a anterior.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
COMPETIR
Nesta Situação de Aprendizagem, preten- curtos com apresentações de coreografias de
de-se levar os alunos a perceberem as dife- GAE em eventos, buscando identificar seme-
renças entre a ginástica aeróbica tradicional, lhanças e diferenças em relação à ginástica
praticada com objetivos de melhoria do siste- aeróbica tradicional. A seguir, realizarão
ma cardiorrespiratório, e a ginástica aeróbica uma pesquisa em sites, com o objetivo de
esportiva (GAE), modalidade competitiva. aprofundar seus conhecimentos sobre essa
Inicialmente, os alunos assistirão a vídeos modalidade esportiva.
54
Educação Física – 1a série – Volume 2
55
1. Aquecimento (5 a 10 minutos) Brasileira de Ginástica. Como sugestão, apre-
sentamos o roteiro a seguir.
É a preparação do organismo para o esforço
que será exigido e se dá pela elevação da tempe- a) Exercícios: passos básicos e elementos
ratura corporal. Exercícios indicados: balanceios de dificuldade.
e passos de baixo impacto com intensidade cres- b) Código de pontuação.
cente, mobilizando o maior número de grupos c) Equipamentos.
musculares possível. Exercícios de alongamento d) Provas e níveis.
também podem ser incluídos.
e) Desempenho do Brasil na modalidade.
f) Histórico.
2. Trabalho aeróbio (10 a 40 minutos)
Agora respondam: quais são as principais di-
A intenção é elevar a frequência cardíaca ferenças entre a ginástica aeróbica tradicional e
para aumento da resistência aeróbia: exercí- a ginástica aeróbica esportiva?
cios de força podem aparecer nesta etapa. A Espera-se que os alunos percebam a diferença entre a ginás-
intensidade deve variar de acordo com o grau tica aeróbica e a ginástica aeróbica esportiva (GAE), voltadas
de condição física de cada aluno. Para inician- respectivamente à melhoria da saúde e à competição, e a par-
tes, esta parte da sessão não deve ultrapassar tir da pesquisa reúnam elementos para a composição de uma
15 minutos. sequência.
56
Educação Física – 1a série – Volume 2
Se você cumpriu todas as tarefas, não 3. Após determinar o objetivo do seu treina-
terá dificuldade para responder às questões mento aeróbio, uma faixa de frequência
seguintes: cardíaca de exercício foi determinada. A
essa faixa, que determina um número mí-
1. Composta por 7 passos básicos e 4 grupos nimo e um número máximo de batimentos
de elementos de dificuldade, a coreografia por minuto, damos o nome de:
apresentada deve ser de 1 minuto e 45 se-
gundos. Essa frase se refere à: a) frequência cardíaca de repouso.
b) frequência cardíaca de reserva.
a) ginástica aeróbica. c) frequência cardíaca máxima.
b) ginástica aeróbica esportiva. d) zona-alvo de treinamento.
c) ginástica acrobática.
d) ginástica alternativa. 4. Uma pessoa de 20 anos e Frequência Cardía-
ca de Repouso (FCrep) de 60 bpm pede sua
2. Atividade largamente difundida pelas aca- ajuda para o cálculo da zona-alvo de treina-
demias, trazida para o Brasil na década de mento. Qual a Frequência Cardíaca Máxima
1980. Essa frase se refere à: (FCM) e a Frequência Cardíaca de Reserva
(FCr) dessa pessoa?
a) ginástica aeróbica.
b) ginástica aeróbica esportiva. a) FCM = FCM = 220 – idade Ȼ 220 – 20 = 200 bpm
c) ginástica acrobática.
d) ginástica alternativa. b) FCr = FCr = FCM – FCrep Ȼ 200 – 60 = 140 bpm
ATIVIDADE AVALIADORA
Procure, ao longo do programa de cami- Além das informações obtidas nas aulas,
nhada, avaliar se os alunos conseguem adequar eles poderão também consultar outros tex-
seu ritmo às frequências cardíacas aferidas, tos e/ou sites, a fim de aprofundar o tema.
mantendo-se dentro da intensidade desejada. Será necessário que os grupos conversem
Ao final do programa, procure avaliar com entre si, de modo que os distintos momen-
os alunos, com base na análise de seus depoi- tos da aula relacionem-se com os propósitos
mentos e dos dados registrados, se eles conse- de cada grupo. O plano da sessão poderá
guem identificar melhorias em sua condição ser apresentado por escrito e previamente
física, dificuldades encontradas e ideias para avaliado por você, que fará as correções e
programar e realizar com maior eficácia um os ajustes necessários. Posteriormente, ele
novo programa de caminhada. será vivenciado na quadra, com a partici-
pação de todos os alunos. Observe, em rela-
Organize os alunos em quatro grupos. ção à modalidade de ginástica em questão,
Cada grupo será responsável por diferentes se as partes da sessão atendem os objetivos
partes de uma sessão de ginástica aeróbica. preconizados e se os exercícios/movimentos
Um grupo será responsável pelo aqueci- são adequados.
mento; outros dois, pela parte do trabalho
aeróbio (este deve ser dividido em duas par- Com relação à ginástica aeróbica espor-
tes – exercícios aeróbios propriamente ditos tiva, procure avaliar se os alunos conseguem
e exercícios localizados); e o último, pelo explicitar as diferenças entre essa modalidade
alongamento/relaxamento. e a ginástica aeróbica tradicional, em termos
57
de duração, capacidades físicas envolvidas, Professor, faça uma reflexão com os alunos
intensidade e amplitude dos movimentos, en- sobre as considerações apresentadas na seção
tre outros aspectos possíveis. “Curiosidade”, no Caderno do Aluno.
Curiosidade
Alto impacto: os saltos são considerados exercícios de alto impacto e, para que se caracterizem
como tal, é necessário que haja uma fase aérea, ou seja, os dois pés devem perder o contato com o solo
alternada ou simultaneamente. São exemplos desses movimentos: corridas (em deslocamento ou esta-
cionária), polichinelos e suas variações, pêndulo lateral (alternância de apoio da perna, transferindo o
peso do corpo de um lado para o outro) e twists (toque do pé à frente, no calcanhar).
Quando esses movimentos são executados em alta velocidade, em postura inadequada (como hi-
perextensão dos joelhos, ou rotações e flexões bruscas do tronco), com elevado número de repetições e
excessiva amplitude de movimentos, podem causar lesões articulares.
Baixo impacto: pelo menos um dos pés permanece em contato com o solo ou bem próximo dele.
Exemplos: marcha, saltitos, elevação de joelhos, grapevines (deslocamento lateral cruzado, desloca-
mento lateral em quatro tempos). Na composição da sequência, os exercícios de alto e baixo impacto
são associados à movimentação de braços e interligados por giros e saltos.
Há, também, outras opções de ginástica de baixo impacto. Um exemplo é a hidroginástica, que alia
exercícios da ginástica aeróbica com os da ginástica localizada na piscina. Além de aliviar o impacto
nas articulações, ainda oferece maior resistência (já que a água oferece mais resistência do que o ar),
aumentando o efeito do exercício.
© Klaus Rose/F1 Online/Glow Images
58
Educação Física – 1a série – Volume 2
Artigos Sites
GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES, Jo- Confederação Brasileira de Ginástica. Disponí-
ana Elisabete R. P. Atividade física, aptidão vel em: <http://cbginastica.com.br/cbg/>. Aces-
física e saúde. Revista Brasileira de Atividade so em: 12 nov. 2013. Aborda diversos aspectos
Física e Saúde, Londrina, v. 1, n. 1, p. 18-35, relativos à ginástica aeróbica esportiva (GAE):
1995. Aborda as relações entre atividade fí- definições, histórico, exercícios, critérios de
sica, aptidão física e saúde, alertando para o arbitragem e código de pontuação, categorias,
fato de que apenas uma atividade física, que provas e níveis.
propicie melhoria dos componentes da apti-
dão física (como a resistência aeróbia), causa Cooperativa do Fitness. Disponível em: <http://
impacto positivo sobre a saúde orgânica. www.cdof.com.br/aulas.htm>. Acesso em:
12 nov. 2013. Em diversos links, apresenta
TEIXEIRA, Aleluia H. L. Orientação pedagógi- conceitos, princípios, exercícios e estrutura
ca: a ginástica da escola e a ginástica da academia. de uma sessão de ginástica aeróbica, dicas
Currículo Básico Comum – Educação Física para montar coreografias e sugestões de
Ensino Médio. Centro de Referência Virtual exercícios para sessões de ginástica aeróbi-
do Professor – SEE/MG/2005. Disponível em: ca e localizada.
59
TEMA 4 – LUTA – ESGRIMA
A luta sempre esteve presente na vida do ser Enfim, há modalidades de lutas tão conhecidas
humano, obtendo distintos interesses e signifi- e apreciadas quanto outros esportes considera-
cados ao longo do tempo, ligados à sobrevivên- dos de massa, como o futebol ou o voleibol.
cia, espetáculo, hobby e violência, e por vezes
relacionada a aspectos religiosos e culturais. Apresentando a esgrima
Embora haja diferentes enfoques em rela- Esgrima significa “arte de jogar ou lutar
ção aos interesses e significados das lutas, é com armas brancas”. É uma luta antiga, que
possível observar invariantes, ou seja, aspec- ao longo dos tempos experimentou diversas
tos comuns entre uma e outra luta, como a transformações, principalmente com a influên-
semelhança de objetivos de combate, a relação cia da tecnologia. Existem vestígios de que as
dos movimentos e demais ações, tais como a lutas com espadas existem desde 1170 a.C. e que
forma de atacar, defender-se e preparar-se. desde essa época, na antiga Roma, havia escolas
que formavam especialistas para o combate com
Os alunos do Ensino Médio certamente já armas brancas (RIBEIRO & CAMPOS, 2007).
conhecem algumas lutas, seja pela intervenção A esgrima se faz presente nos Jogos Olímpicos
das mídias ou vivência própria. Mas o que se da Era Moderna desde o seu início, em 1896.
deve discutir são a forma e a intencionalidade
do “lutar”, para evidenciar a complexidade A esgrima foi introduzida no Brasil no pe-
das questões sobre eficácia, resolução de pro- ríodo imperial, com a intervenção de D. Pedro
blemas, aspectos técnicos e táticos que englo- II. Em 1906, foi criado o Curso de Formação
bam a luta. em Ginástica e Esgrima, no Batalhão de Caça-
dores de São Paulo (RIBEIRO & CAMPOS,
Frequentemente há resistência à aceitação 2007). Em 1909, surgiu o curso de esgrima na
das lutas no âmbito escolar, principalmente Escola de Educação Física da Força Pública de
pela sua forma de treinamento analítica e até São Paulo. Por sua vez, o Exército Brasileiro
mesmo dolorosa. A indústria cinematográfica contratou os serviços de um mestre francês cha-
é, em parte, responsável por essa visão, já que mado Gauthier, instrutor de esgrima da Escola
muitas vezes atribui o êxito do combate ao trei- Joinville le Point, na França, para ministrar
namento pautado na eficiência dos movimentos esgrima aos militares no Brasil. Atualmente, a
e no esforço físico dos lutadores, extremamente Escola de Educação Física do Exército realiza
submissos aos personagens dos “mestres”. Há o “Curso de Mestre d’Armas”.
de se considerar também a formação das “gan-
gues” e a própria história de algumas modali- Em busca de maior valorização e reco-
dades, como o boxe, que em seu início causou a nhecimento da esgrima no país, a Federação
morte de muitos praticantes devido à ausência Paulista de Esgrima e a Federação Carioca de
de materiais e regras que auxiliassem na preser- Esgrima se uniram e criaram a União Brasi-
vação da saúde e da vida. leira de Esgrima em 1927, que, logo depois, se
filiou à Federação Internacional de Esgrima.
As lutas, assim como outras manifestações
da Cultura de Movimento, foram “esportiviza- Em 1936, pela primeira vez, a esgrima bra-
das” e hoje compreendem grandes espetáculos, sileira disputou os Jogos Olímpicos, em Ber-
inúmeros campeonatos com mobilização de fãs. lim; a partir daí, consolidou-se no Brasil e
60
Educação Física – 1a série – Volume 2
Quadro 2.
61
© Conexão Editorial 4
2
3 6
1
5
Figura 28 – Vestes da esgrima: 1 – Jaqueta; 2 – Luva; 3 – Fios elétricos; 4 – Arma; 5 – Calça; 6 – Máscara;
7 – Plastron, um objeto de proteção para o membro superior direito e para a região do tórax.
62
Educação Física – 1a série – Volume 2
Figura 30.
Ofensiva após um
Resposta bloqueio de ataque
adversário.
Figura 33.
Quadro 3.
63
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
TOUCHÉ! LUTAR COM ESPADAS
O objetivo desta Situação de Aprendizagem das lutas com material adaptado e, por fim,
é apresentar a esgrima aos alunos, propiciando será simulada a realização de uma competição
vivências da luta. Inicialmente serão apresenta- oficial de esgrima, com exploração dos aspec-
das algumas imagens que marcam o processo tos técnicos e táticos da luta, e da apreciação da
histórico da esgrima. A seguir, serão vivencia- esgrima como espetáculo.
Conteúdo e temas: processo histórico da esgrima; adaptação de materiais e regras; aspectos táticos e
técnicos da esgrima.
Sugestão de recursos: jornais; fita adesiva; tinta guache de várias cores; colchonetes; giz.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 8
Etapa 1 – Identificando o processo as suas primeiras manifestações aos dias de
histórico da esgrima hoje. O objetivo é apresentar a modalidade e
evidenciar o processo de modernização que
Professor, inicialmente você pode apre- ela experimentou. Atente para os comentá-
sentar aos alunos algumas imagens que mar- rios e opiniões dos alunos, como forma de
cam o processo histórico da esgrima, desde identificar o que já sabem sobre a esgrima.
Ilustrações: © Conexão Editorial
64
Educação Física – 1a série – Volume 2
© Conexão Editorial
Figura 36.
Professor, faça uma reflexão com os do pelo uso em combate até chegar à esgrima
alunos sobre as considerações apre- esportiva de hoje.
sentadas no texto e solicite que assi-
nalem a alternativa correta nas Você sabe o que significa o termo esgri-
questões presentes na seção “Para começo de ma? Quais os implementos usados nessa
conversa”, no Caderno do Aluno. luta?
© Nice One Productions/
Corbis/Latinstock
1. Esgrima significa:
65
4. As armas utilizadas na esgrima são: d) sabre, espada e garrucha.
Curiosidade
Esgrima é uma luta com armas brancas. A esgrima esportiva é praticada em uma área de 14 m
de comprimento por 1,5 a 2 m de largura, e seu principal objetivo é tocar o adversário com a arma e
evitar ser tocado. As armas utilizadas nas competições masculinas e femininas são a espada, o florete
e o sabre, que diferem entre si no desenho e também na pontuação.
Fotos: © Fernando Favoretto
Segundo a Federação Paulista de Esgrima, a espada tem a lâmina de seção triangular de no má-
ximo 90 cm. O comprimento total da arma não pode ultrapassar 110 cm. Durante a luta, o toque é
dado com a ponta da arma, e pontua-se quando qualquer parte do corpo é tocada. Já o florete tem
a mesma medida da espada, mas a lâmina é mais fina e é de seção quadrangular. O toque também
66
Educação Física – 1a série – Volume 2
é feito com a ponta da arma, mas para ser válido só pode tocar o tronco. O sabre é uma arma cuja
lâmina de seção retangular mede no máximo 88 cm (o comprimento total da arma não pode ultra-
passar a medida de 105 cm), mas o toque é de ponta e de corte (lado), valendo da cintura para cima,
incluindo os membros superiores.
Atualmente a pontuação nas competições é eletrônica e, para tal, a vestimenta dos esgrimistas é
especial, com sensores nas armas e nas vestimentas. Mas, como isso não existia no passado, o esgri-
mista gritava touché! (“toquei!”) quando acertava o adversário. O uso das roupas brancas, que surgiu
posteriormente, e o mergulho das armas em tintas foram introduzidos para deixar as roupas marca-
das pelos golpes e facilitar a visualização dos juízes.
A roupa dos esgrimistas atualmente é composta de uma jaqueta branca acolchoada, de manga
comprida; protetor acolchoado de axilas (para as mulheres, protetor acolchoado de seios); luva bran-
ca; máscara de tela metálica com aba acolchoada para cobrir o pescoço e calças brancas. Para a pon-
tuação eletrônica são incluídos os fios de corpo, armas elétricas e vestimentas metálicas conhecidas
como plastrons, usadas sob a jaqueta.
Professor, faça uma reflexão com os alunos sobre as considerações apresentadas na seção “Você
sabia?”, no Caderno do Aluno.
Você sabia?
Você sabia que a esgrima faz parte dos Jogos Olímpicos da Era Moderna desde 1896? Que a partici-
pação brasileira nessa modalidade nos Jogos Olímpicos se deu pela primeira vez quarenta anos depois,
em Berlim, em 1936? Que no Brasil a esgrima foi introduzida no período imperial devido ao interesse de
D. Pedro II pela modalidade?
67
Etapa 2 – Vivenciando a esgrima (2) Aplicar a fita adesiva para que a “es-
pada” fique rígida, evitando que as folhas de
Solicite aos alunos que tragam folhas de jornal se soltem.
jornal e que venham trajados com camisetas
de cor clara, de preferência brancas. Providen- (3) Por fim, basta “molhar” a ponta da es-
cie fita adesiva e tinta guache de várias cores. pada com a tinta guache.
(1) Enrolar o jornal de modo a montar “ca- f dois alunos lutam, e outros dois marcam
nudos” grandes que pareçam uma espada. a pontuação; cada toque da ponta da es-
pada na camisa vale um ponto (lembran-
© Conexão Editorial
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Educação Física – 1a série – Volume 2
Professor, solicite aos alunos que Escreva abaixo da imagem qual é a arma
analisem as imagens e completem a (espada, florete ou sabre) utilizada pelos
tabela apresentada na seção “Lição esgrimistas e quais são os toques válidos
de casa”, no Caderno do Aluno. na competição com essa arma.
b)
c)
69
Professor, solicite aos alunos que Pesquise com seus colegas os nomes dos
preencham a tabela relacionando movimentos (golpes) básicos da esgrima (ba-
os movimentos com a descrição lestra, estocada, flecha, reprise e resposta).
correspondente na seção “Pes-
quisa em grupo”, no Caderno do Aluno. Descrição dos golpes básicos da esgrima:
versário;
f movimento das pernas, rápido e curto,
para frente, ou seja, um salto curto em di-
reção ao adversário;
f ataque em que a ponta da arma toca o ad-
versário;
f progressão ofensiva, rápida e agressiva
contra o adversário;
f golpe à frente, depois de o lutador estender
Confronto entre dois esgrimistas. a perna dianteira.
Assim como em outras lutas, na esgrima Preencha os espaços vazios com a des-
existem ações como atacar, defender-se e crição anterior correspondente a cada mo-
preparar-se. vimento.
Balestra Movimento das pernas, rápido e curto, para frente, ou seja, um salto curto em direção ao adversário.
70
Educação Física – 1a série – Volume 2
Desafio!
Una as letras por uma linha e forme diferentes palavras. Quanto maior o número de palavras for-
madas, maior é o seu vocabulário. Depois procure identificar quais palavras podem ser relacionadas
com a esgrima. Exemplo: Plastrons – vestimentas metálicas usadas sob a jaqueta.
71
O C I F P N
A P A L U E
D T S O C H
A E T R O U
O R M E N T
T E B A S O
ATIVIDADE AVALIADORA
Durante a realização das Situações de f Quem pode praticar esgrima em nossa so-
Aprendizagem ocorrem oportunidades para ciedade? Por quê?
avaliar os alunos. Algumas questões podem f Como um lutador deve tratar seu adver-
auxiliar a sistematizar a Atividade Avaliado- sário?
ra, podendo ser respondidas oralmente ou por
escrito, de forma individual ou coletiva. Professor, nesse momento, faça
uma reflexão com os alunos sobre
f O que é preciso para vencer uma luta? as considerações apresentadas na
f Quais são as principais características da seção “Aprendendo a aprender”, no
esgrima? Caderno do Aluno.
Os desvios da coluna
© Adam Gault/Digital Vision/Latinstock
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Educação Física – 1a série – Volume 2
Mas como identificar as atitudes estruturais e as escolióticas? Fique ligado nestas informações.
As atitudes escolióticas são desequilíbrios, vícios posturais. São menos graves, pois os desvios são
mais suaves e podem ser corrigidos. Também são chamadas de escolioses funcionais. Já as escolioses es-
truturais não são corrigidas por exercícios, prejudicam a postura das pessoas e podem afetar os órgãos
internos, causando complicações em seu funcionamento. Em alguns casos, há necessidade de cirurgia.
Você deve estar se perguntando: como saber se temos uma escoliose ou não? Se ela é estrutural ou
funcional (atitude escoliótica)?
Existem algumas dicas e um teste muito simples que pode ajudar em uma primeira identificação.
Em caso de dúvidas, peça ajuda a seu professor de Educação Física.
Você deve estar descalço, em pé, relaxado e de costas para quem vai analisá-lo. Visualmente pode
ser, em alguns casos, possível identificar alguns desvios.
Realize na sequência o Teste de Adams: a partir da posição em pé, com pernas e pés unidos, faça uma
flexão do tronco para a frente, deixando a cabeça e os braços bem soltos (caídos). Seu professor ou sua fa-
mília deve verificar se há alguma elevação (gibosidade) em um dos dois lados das suas costas (assimetria).
73
© Hans Neleman/Corbis/Latinstock
© Estelle Klawitter/Corbis/Latinstock
Costas com lados simétricos. Costas com lados assimétricos: apresentando gibosidade.
Se você apresentou uma elevação (giba) no Teste de Adams, faça uma avaliação com um médico
ortopedista, pois os resultados apontam para uma escoliose estrutural.
Se você não tem gibosidades, fique tranquilo e continue a cuidar de sua coluna vertebral para
evitar o aparecimento de possíveis problemas.
Repita esta avaliação pelo menos uma vez por ano, especialmente durante a sua adolescência,
período em que as escolioses costumam se instalar.
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Educação Física – 1a série – Volume 2
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QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
1a série 2a série 3a série
Esporte Ginástica Luta
– Modalidade coletiva: basquetebol – Práticas contemporâneas em academias: – Modalidade de luta pouco conhecida
– Sistemas de jogo e táticas em uma ginástica aeróbica, ginástica localizada pelos alunos: boxe
modalidade coletiva já conhecida dos e/ou outras Contemporaneidade
alunos Mídias – Corpo, Cultura de Movimento, diferença,
Corpo, saúde e beleza – Significados/sentidos no discurso das preconceito e expectativas de desempenho
– Padrões e estereótipos de beleza mídias sobre a ginástica e o exercício físico e esportivo como construções
corporal físico culturais
– Consumo e gasto calórico: alimenta- – O papel das mídias na definição de mo- Corpo, saúde e beleza
ção, exercício físico e obesidade delos hegemônicos de beleza corporal – Princípios do treinamento físico:
Volume 1
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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Mattos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior, Natalina de Fátima Mateus e Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA Roseli Gomes de Araujo da Silva.
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências da Natureza
Área de Ciências Humanas
Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e
Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Maria Elizabete da Costa Teônia de Abreu Ferreira.
Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Santana da Silva Alves.
Curricular de Gestão da Educação Básica Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
João Freitas da Silva Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Margarete dos Santos Benedicto e Walter Nicolas
de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Otheguy Fernandez.
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Luís Prati.
Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Valéria Tarantello de Georgel
Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
Coordenadora Geral do Programa São Paulo Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
faz escola
PEDAGÓGICO Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Valéria Tarantello de Georgel
Área de Linguagens M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budiski de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
EQUIPES CURRICULARES
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia
Ventrella.
Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana
Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela
Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e
BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
Espanhol): Ana Beatriz Pereira Franco, Ana Paula
Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
de Oliveira Lopes, Marina Tsunokawa Shimabukuro
Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
e Neide Ferreira Gaspar.
Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, e Sonia Maria M. Romano.
Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli
Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz,
Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina
de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda
Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso,
Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar
Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Alexandre Formici, Selma Rodrigues e
Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Área de Ciências da Natureza Sílvia Regina Peres.
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth
Área de Matemática
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e
Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Rodrigo Ponce.
Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Maria da Graça de Jesus Mendes. Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Física: Anderson Jacomini Brandão, Carolina dos Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
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