com
REI SALOM‹O
Artigos Maçônicos
Trabalhos Digitais
Parte III
Projeto Aprendiz
ICQ: 8700927
MSN MESSENGER: jelliscarvalho@hotmail.com
E-mail: jellis@uol.com.br
SKYPE: jellisrsalomao
O obreiro que não estiver portando instrumento de trabalho, quando cruzar o eixo
da loja (linha imaginaria que vai da porta do templo até atrás do dossel do V.’. M.’.),
deve parar, postar-se à ordem altivamente e fazer a saudação sempre com os pés
em esquadria, seguindo após, naturalmente, para o fim desejado.
A subida do oriente é sempre pelo lado norte. A descida pelo lado sul. Os degraus
do oriente são alcançados normalmente um a um, com os pés alternando-se em
passos simples, não havendo paradas nem junção dos pés em degraus. A subida e a
descida e sempre iniciada com o pé que chegar.
O Obr.’. que se retirar definitivamente deverá ficar entre colunas fazer a saudação
às luzes, depositar seu óbolo na bolsa de beneficência, prestar o juramento de
silêncio e aguardar a permissão para deixar o Templo.
O amor é dado, mas nunca pode ser exigido: o mesmo deve ser dito da
fraternidade, que não pode ser senão uma manifestação do amor. Nenhuma
verdadeira e sincera manifestação de fraternidade pode obter-se a não ser quando
verdadeiramente a sentimos e realizamos interiormente: um maçom tornar-se-á
verdadeiro maçom e irmão conforme sinta em si mesmo o Ideal Maçônico e possa
se reconhecer como irmão dos demais.
Quando se progride no Caminho da Vida (do qual a Maçonaria nos oferece em suas
cerimônias uma maravilhosa interpretação) e se aproxima do reconhecimento (que
não é unicamente o frio conceito ou percepção intelectual, mas a direita consciência
e sentimento) da realidade do Princípio Único de tudo, sente-se então,
interiormente e de uma forma sempre mais clara, sua íntima união e solidariedade
com toda a manifestação da Vida, e desta íntima consciência e sentimento, uma
verdadeira compreensão e realização da fraternidade será a conseqüência
espontânea e natural.
Que cada um, pois se eleve, à sua maneira , e conforme lhe for possível, sobre seu
egoísmo e sua ignorância, e que reconheça sua verdadeira natureza, manifestação
do Princípio da Vida que vive em todos os seres (e que tem recebido na Maçonaria o
nome de Grande Arquiteto), reconhecendo assim seus deveres, ou seja sua relação
com o próprio Princípio da Vida, consigo mesmo e com seus semelhantes. Este é o
caminho por meio do qual a Maçonaria ensina a fraternidade e busca sua mais
prática e efetiva realização.
Não é sem razão que um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos —
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE — no seu poema “O HOMEM e as suas viagens” , afirma que o ser
humano pela sua inteligência e poder, querendo saber a verdade, conquistou a lua , há que conquistar
Marte, Vênus , todos os sistemas solares, galáxias e depois de conquistar todo o Universo, sentirá que
tudo não valeu de nada visto que não era isso que ele queria de fato saber. Mas somente ai estará mais
fácil de todas: a Grande viagem. A tarefa de conhecer seu próprio intimo, sua própria essência e
ironicamente, no fim, ele estará de volta ao começo de tudo.
Pois bem, a primeira instrução diz exatamente isso. Fala desta viagem. E talvez seja a
Maçonaria a única instituição que habilitará queimar etapas especiais, as quais aludiu o poeta e
que os homens profanos julgam ser imprescindíveis realizar e vencer.
A simbologia da Régua, do Maço, do Cinzel, nos prova que a Maçonaria estava naquele
princípio dos tempos, junto da verdade e que a verdade de então, esta aqui agora, como sempre
haverá de estar. Portanto, lapidar a PEDRA BRUTA e adentrar no intimo de cada um de nós
mesmo. É buscar dentro de nossa alma a centelha viva do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
que habita nosso ser. Uma centelha divina e perfeita que o mundo profano esconde com vício,
egoísmo, apegos a materialidade e que somente com muito esforço, com a iniciação e vida
maçônica poderemos fazer aflorar definitivamente. Desbastar a Pedra Bruta e caminhar para o
amor fraternal, e ter a força interna para praticar a solidariedade humana , e ir ao encontro da
pureza, da Luz , da verdade, dos três últimos degraus do trono do templo, e que representam a
evolução espiritual de todo Maçom. Mas antes devemos entender que temos de mostrar a força, o
O CINZEL, que ensina a ser o esforço , lento, mas compensador, e que somente com ele
poderemos furar a PEDRA BRUTA que somos nós, em busca da virtude, da iluminação, pela
inteligência , em busca da purificação da alma. E esta tarefa é do aprendiz e intransferível, pois é
da própria antiguidade oriental que nos vêm a máxima que somente melhorando a nós mesmos,
poderemos melhorar o mundo, os que não se salvam não podem salvar ninguém.
E finalizando , hoje sabemos porque todos os Irmãos são Aprendizes e que na reunião de Aprendiz é que
se desbasta a PEDRA BRUTA tarefa esta que exede a um salário, é tarefa para toda a vida maçônica, é
• Não freqüente as reuniões, Mas quando for lá procure algo para reclamar.
• Se comparecer a qualquer atividade procure falhas nos trabalhos de quem está lutando pela Instituição.
• Se a diretoria pedir a sua opinião sobre um importante assunto, responda que não tem nada a dizer e depois
espalhe como deveriam ser feita as coisas.
• Não faça mais do que o absolutamente necessário, porém quando os IIr∴ estiverem trabalhando com boa
vontade e com interesse para que tudo corra bem, afirme que sua Loja está dominada por um grupinho.
• Não leia o boletim oficial e muitos menos os Informativos; Jornais e comunicados da sua Loja.
• Se for convidado para qualquer cargo, recuse alegando falta de tempo e depois critique com afirmações do
tipo: Essa turma quer é ficar para sempre nos cargos.
• Quando tiver divergências com um Ir∴, procure com toda intensidade vingar-se da Instituição. Faça ameaças
de abrir processo ético e envie cartas aos membros do quadro com acusações pesadas à diretoria.
• Sugira, insista e cobre a realização de congressos, cursos e palestras, e quando a Loja realiza-los, não se
inscreva, nem compareça.
• Se receber um questionário da Loja solicitando sugestões, não preencha e se os IIr∴ da diretoria não adivinhar
as suas idéias e pontos de vista, critique e espalhe a todos que é ignorado.
• Após toda essa “colaboração espontânea” quando cessarem as publicações, o lazer e todas as demais
atividades, enfim, quando sua Loja morrer, estufe o peito e afirme com orgulho “EU NÃO DISSE ?
Autor Desconhecido
A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da
realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade
discreta.
Os sinais, símbolos e toques, a íntima essência das alegorias e o significado das palavras que
correspondem aos diferentes graus, (por seu caráter e sua transmissão ininterrupta) até a mais remota
Antigüidade. Nos Templos sagrados de todos os tempos e de todas as religiões, entre as estátuas,
gravuras, baixos-relevos e pinturas; nos escritos que nos foram transmitidos, em representações
simbólicas de origens diversas, nas próprias letras do alfabeto, podemos encontrar vários traços de uma
intenção indubitavelmente iniciática ou maçônica (sendo os dois termos, até certo ponto, equivalentes); e
eventualmente não aparecerem nestas representações os mesmos sinais de reconhecimento.
À iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos, e aos meios de reconhecimento
(sinais, palavras e toques) que usavam entre si e por intermédio dos quais abriam suas portas ao irmão à
iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos, e aos meios de reconhecimento (sinais,
palavras e toques) que usavam entre si e por intermédio dos quais abriam suas portas ao viajante iniciado
que se fazia reconhecer como um deles, tratando-o como irmão, qualquer que fosse sua procedência.
Tendo sido consagrado maçom, o neófito está agora em condições de receber os sinais, marcha e a
bateria do grau, bem como, a palavra sagrada e de modo de dá-la, juntamente com os meios de
reconhecimento, que constituem o fundamento de suas instruções.
Por outro lado, os sinais e meios de reconhecimento, e tudo quanto se refere aos trabalhos maçônicos,
devem conservar-se no mais absoluto segredo, posto que deste segredo depende a perfeita aplicação,
utilidade e eficácia dos mesmos. São estes os meios exteriores ou materiais com os quais está formada e
é soldada fazendo-se efetiva, a mística cadeia de solidariedade, que através da Maçonaria abraça toda a
superfície da Terra.
Na transição da Maçonaria medieval para a Maçonaria Moderna foi incorporada essa tradição de sigilo
com todo o seu rigor medieval, e isso transparece claramente no Livro das Constituições, da Grande Loja
de londres, ao dedicar um capítulo especial à instrução dos irmãos quanto ao seu procedimento na
presença de estranhos, no ambiente familiar, na companhia dos vizinhos, etc, recomendando especiais
cuidados para não revelar nada que acontecesse em suas reuniões e atividades como maçons.
Atualmente o "segredo maçônico" se limita aos rituais internos das lojas, à interpretação de seus símbolos
e, principalmente, aos sinais de reconhecimento, pois sinal de reconhecimento não secreto não seria sinal
de reconhecimento.
CONHEÇA A MAÇONARIA
O que é a Maçonaria ?
A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica , educativa
e progressista.
Porque é Filosófica ?
É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência ,
propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e
relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.
Porque é Filantrópica ?
É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma
classe , sendo , pelo contrário , suas arrecadações e seus recursos se destinam
ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo,
religião ou raça . Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação
espiritual e pela tranqüilidade da consciência.
Porque é Progressista?
É progressista porque partindo do principio da imortalidade e da crença em um
principio criador regular e infinito , não se aferra a dogmas , prevenções ou
superstições . E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na
busca da verdade , nem reconhece outro limite nessa busca sendo a da razão
com base na ciência.
A Maçonaria é religiosa ?
Sim , é religiosa , porque reconhece a existência de um Único principio criador ,
Regulador , absoluto , supremo e infinito ao qual se dá o nome de GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO , porque é uma entidade espiritualista em
contraposição ao predomínio do materialismo . Estes fatores que são essenciais
e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO,
formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônica .
CRUZ, é a disposição de dois objetos, um atravessado sobre o outro ; é a insígnia de várias ordens
honoríficas; é o antigo instrumento de suplício, formado por duas peças atravessadas uma sobre a
outra, em que se prendiam criminosos. Símbolo antiqüíssimo e universal, a cruz é encontrada com
grandes variações morfológicas, mas o modelo básico é sempre a intersecção de dois segmentos, um
vertical e outro horizontal. O significado é sempre o da conjunção dos opostos: o eixo vertical
(masculino), com o eixo horizontal (feminino) ; o positivo com o negativo ; o superior com o inferior ;
o tempo com o espaço ; o ativo com o passivo ; o Sol com a Lua ; o dia com a noite ; a vida com a
morte ; e assim por diante. Os principais tipos de cruz, com interesse para o Rito Escocês Antigo e
Aceito, são os seguintes:
Cruz Simples
Formada por quatro segmentos iguais (como um sinal de +), é a forma básica, símbolo perfeito da
união dos opostos. É também chamada de cruz grega.
Em aspa --- com o formato de um "xis" (x) --- simboliza a união do mundo superior com o mundo
inferior e tem esse nome porque consta que Santo André teria sido supliciado numa cruz com esse
formato. Ela simboliza, também, o infinito incognoscível, pois suas hastes divergem até ao infinito. É
uma das "chaves" para alfabetos maçônicos.
Reproduz o desenho da letra grega tau (T). Símbolo muito antigo, já era usada pelos antigos
egípcios, como a representação de um martelo de duas cabeças. sinal "daquele que faz cumprir" ; para
os gauleses, representava o martelo do deus escandinavo Thor.
Cruz Quádrupla
Cruz Ansata
Importante símbolo solar egípcio, é uma cruz em tau, com um círculo na parte superior, a qual, na
realidade, era um hieróglifo, com o significado de vida. Esotericamente, expressa a idéia do círculo da
vida, colocado na superfície da matéria inerte, para vivificá-la. Também, como a estrela hominal de
cinco pontas, essa cruz pode ser chamada de hominal, ou seja, assimilada à figura humana, com o
círculo representado a cabeça, a haste horizontal representando os membros superiores, e a haste
vertical representando o tronco e os membros inferiores.
Com oito pontas --- ou quatro, bipartidas na extremidade --- é, no sentido místico, a representação
das forças centrípetas do espírito. Emblema da Ordem dos Cavaleiros de São João, da ilha de Malta, é
também usada em condecorações militares.
Formada por um ramo vertical e por dois horizontais desiguais --- o inferior mais longo do que o
superior --- representava os bispos e príncipes da Igreja cristã primitiva. O seu nome é alusivo à
região da Lorraine (Lorena), situada na parte oriental da França. É emblema privativo dos membros
efetivos do Supremo Conselho.
Composta de um ramo vertical e outro horizontal, cada um deles tem, nas pontas, um pequeno
ramo tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de forcada porque forcado é um utensílio de
lavoura, formado por uma haste de pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto de
bifurcação.
Cruz Rosa-Cruz
Com a rosa na intersecção dos braços da cruz , é interpretada como o corpo físico do homem, com
os braços estendidos, em saudação ao Sol --- que simboliza a Luz Maior --- no Oriente. A rosa, no
centro da cruz, simboliza a alma humana, o "eu" interior, que vai se desenvolvendo no homem, à
medida que ele recebe mais luz. Colocada no centro exato da cruz, a rosa representa o ponto de
unidade.
José Castellani
Do livro
"Manual Heráldico do REAA" Volume II (graus 19 a 33),
que trata, com ilustrações, de painéis, paramentos,
bandeiras e símbolos do REAA
Ser Maçom é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, que
choram, que têm fome, dos que clamam pelo Direito, pela Justiça e os
utilizam como única norma de conduta o bem de todos e seu
engrandecimento e o progresso.
Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz
do gênero humano.
Ser Maçom é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos vivos o
mesmo respeito que dedicamos aos nossos mortos.
Autor desconhecido
CURIOSIDADE
Negativa apenas ou, Negativa podendo assumir uma conotação extremamente positiva na Mac∴ ?
Em nossa iniciação somos introduzidos na câmara de reflexão e lá nos deparamos com varias figuras
simbólicas e frases para que o candidato realmente reflita sobre tudo que viveu ate ali e verdadeiramente
saber se está preparado e se quer seguir em frente, dentre as frases que lá estão destacamos agora, “Se a
curiosidade aqui te conduz, retira-te”.
Com relação à frase a cima, perguntado, se a curiosidade e somente nociva a nossa Ordem ou, ela
tem também seu lado positivo.
Encontramos no dicionário da língua portuguesa, Aurélio século Xxl encontramos os seguintes
conceitos da palavra “Curiosidade”:
Diante destes sete conceitos vamos nos ater apenas a dois que interessam para nosso trabalho.
APRENDIZ-MAÇOM:
Aprendiz é aquele que aprende um oficio, ou uma arte. Em Maçonaria, é o primeiro grau
do simbolismo e refere-se ao neófito, ao principiante, que, simbolicamente, está aprendendo a arte de
construir, ou Arte Real. O trabalho do Aprendiz é na Pedra Bruta, que deve ser desbastada e
esquadrejada por ele, para se tornar cúbica, servindo, assim, para as construções. Evidentemente, isso
é apenas simbólico, em alusão aos antigos maçons de oficio, verdadeiros construtores.
A VENTAL
Avental é a peça de couro, de pano, ou de outro material, usada no decorrer de certos trabalhos,
para proteção do corpo, ou da roupa. Em Maçonaria, o avental é o símbolo do trabalho e lembra o
avental de couro usado pelos esquadrejadores (canteiros) e entalhadores de pedra das corporações
medievais de oficio, para proteção do corpo contra eventuais estilhaços. O avental do Aprendiz é de
couro, ou pelica (que 6 uma pele fina de animal, geralmente carneiro), branco e usado com a abeta
levantada, em lembrança do avental dos canteiros, o qual cobria o peito, o abdome e parte dos
membros inferiores.
CADASTRO
O termo designa, entre outras coisas, o recenseamento, ou qualquer registro de pessoas ou
coisas. O número de registro de cada maçom, na Obediência a que pertence, é colocado num cartão de
CAPITAÇÃO
É o imposto que se paga por cabeça. Entre as contribuições pecuniárias devidas pelos membros
de uma Loja, está taxa de Capitação, que é a taxa paga por cabeça, ou seja, por cada maçom (o termo
não deve ser confundido com “captação”, do verbo captar).
CINZEL
É o instrumento, cortante numa das extremidades. Usado por gravadores e escultores. A arte de
cinzelar é um dos mais antigos artesanatos, pois foram encontradas peças de cobre cinzeladas nas
cavernas do Neolítico (o final da Pré - História e início da Idade dos Metais). Simbolicamente, o cinzel
é um dos instrumentos de trabalho do Aprendiz Maçom, com o qual ele desbasta a Pedra Bruta,
esquadrejando-a. Simboliza a Razão e a Inteligência.
GEOMETRIA
Designa a parte da Matemática que tem por objeto o espaço e as figuras que nele podem ser
concebidas, ou a medida das linhas, das superfícies e dos volumes. E uma das Sete Ciências ou Artes
Liberais da Antiguidade. De origem egípcia, a Geometria foi levada à Grécia antiga e, como base da
ARTE DE CONSTRUIR, das relações triangulares e do circulo, da Astronomia e da medida das
terras férteis às margens do rio Nilo, serviu de fundamento filosófico para os sábios gregos. levando
aos conceitos de ORDEM, EQUILÍBRIO e HARMONIA UNIVERSAL, que seriam tomados, já desde
os primórdios da Maçonaria moderna (Ver o capitulo “Síntese da História da Maçonaria”), como
obra divina. Como base da arte de construir, a Geometria é a principal ciência desse grande conjunto
de ciências que é a Maçonaria.
GRÃO-MESTRE
É o chefe do Poder executivo maçônico, o supremo mandatário de uma Obediência,
regularmente eleito pela maioria do povo maçônico, para um mandato variável, conforme a
Obediência. No Grande Oriente do Brasil, o mandato é de cinco anos.
GUTURAL
Designa tudo o que 6 relativo à garganta (em latim: guttur) e, por isso, designa, também, a
saudação do grau de Aprendiz Maçom — sinal gutural — feita com a mão sobre a garganta.
INTERSTÍCIO
Designa o intervalo de espaço ou de tempo. Em Maçonaria, designa o tempo mínimo durante o
qual o obreiro deve permanecer em seu grau - em plena atividade para poder ser promovido a um
grau superior. Esse tempo é variável de Obediência para Obediência, mas e, geralmente, de um ano.
IRMÃO
Designa o homem que, em relação a outro, tem os mesmos pais, ou somente o mesmo pai, ou a
mesma mãe. Designa, também, o membro de uma confraria, o correligionário, o amigo inseparável, o
frade sem ordens sacras. Sendo, a Maçonaria, uma confraria, uma fraternidade, os maçons usam o
tratamento de Irmão — Poderoso Irmão, Eminente Irmão, Sereníssimo Irmão, para autoridades
maçônicas — independentemente de implicações místicas a respeito do termo.
LITURGIA
Designa a forma e a ordem aprovadas pela autoridade eclesiástica, para celebrar os ofícios divinos,
especialmente o da missa, e, também, o estudo dos ritos sagrados. O termo, é, como se vê, mais
aplicado à religião (e a Maçonaria NÃO É UMA RELIGIÃO), mas, levando-se em conta a etimologia
da palavra (do grego: leitourgia =função pública), qualquer sociedade que realize um cerimonial,
público ou reservado determinada foma de desenvolvimento da cerimônia, estará exercendo uma
função litúrgica, toque acontece na Maçonaria, daí a aplicação da palavra para designar o
procedimento durante o desenvolvimento ritual de uma sessão.
LOJA
O termo provem do germânico: leubja e do frâncico: laubja, através do francês: logee designa o
pavimento térreo de um prédio, a casa comercial estabelecida em loja e, também, uma corporação
maçônica e o local onde ela realiza reuniões, embora seja preferível falar em templo, preservando o
vocábulo Loja para distinguir a corporação e o conjunto dos obreiros reunidos. Originada nas
Guildas medievais, a palavra “leubja” (cuja pronúncia é “lóibja”), significava, no antigo idioma
germânico, lar, casa, abrigo; e acabou dando origem a termos de sentidos eventualmente diferentes,
em outros idiomas: “lodge”, em inglês, “loge”, em francês, “loggia”, em italiano, “logia”, em
castelhano. Em português, a palavra loja provem do frâncico (idioma dos antigos francos) “laubja”,
através do francês “loge’, e significa pavimento térreo de um prédio, ou loja comercial. Em italiano, o
termo “loggia” passou a designar a entrada de edifício, ou galeria usada para exposições artísticas,
para venda de produtos artesanais, ou como pátio, varanda, alpendre. Portanto, nem todas designam
casas comerciais, mas todas designam a reunião e a corporação de maçons.
O termo surgiu, pela primeira vez, cm 1292, num documento de uma GUILDA, organização de
oficio medieval(Ver ”Síntese da História da Maçonaria”). As guildas de mercadores adotaram a
palavra para designar os seus locais de depósito e de venda dos produtos manufaturados, enquanto
que as guildas artesanais a usaram para designar os seus locais de trabalho, ou seja, as oficinas dos
artesãos. Destas últimas, originou-se o nome das corporações maçônicas e a reunião de seus membros.
MAÇO
É um instrumento de madeira rija, do formato de um paralelepípedo, com um cabo no centro,
utilizado por escultores e entalhadores de pedra. É o outro instrumento de trabalho do Aprendiz
Maçom: o que atua sobre o cinzel, na tarefa de desbastamento e esquadrejamento da pedra bruta.
MAÇOM
É o iniciado na Maçonaria. O termo é originário do francês: maçon = pedreiro e o mais correto,
para o membro da Maçonaria seria a expressão FRANCO MAÇOM ou PEDREIRO LIVRE. E
evidente que o maçom só simbolicamente é um pedreiro, um construtor, já que o seu trabalho é na
construção social e não na de edificações.
OBEDIÊNCIA
O termo, no caso da Maçonaria, significa dependência, subordinação e se aplica à associação de
um grupo de Lojas, colocadas sob a direção de um Grão-Mestrado. Até 1717, as Lojas eram livres e
os laços que as ligavam eram profissionais — na fase operativa — e fraternais, sem qualquer
dependência comum. A 24 de junho daquele ano, era criada a primeira Obediência do mundo, a
Grande Loja de Londres, a qual foi o ponto de partida para a adoção generalizada do sistema
obediencial. A primeira Obediência criada soba denominação de Grande Oriente foi a da França, em
dezembro de 1771. Hoje, todas as Lojas são subordinadas, ou seja, são da obediência de um Grande
Oriente ou de uma Grande Loja. É usado, também, em lugar de Obediência, o termo Potência,
embora o primeiro seja mais adequado.
PASSE
É uma palavra que permite a passagem, ou seja, que faz com que um obreiro possa ser admitido
no templo. Alguns ritos não possuem Palavra de Passe no grau de Aprendiz, sob a alegação de que,
em primitivos tempos, o Aprendiz não podia deixar, durante o seu aprendizado, o local de trabalho,
motivo pelo qual não necessitava de uma palavra de passe quando de seu retomo. A Palavra de Passe
PALAVRA SAGRADA
Também é um dos meios de reconhecimento de cada grau, podendo ser pedida pelo Guarda do
Templo. No Rito Escocês Antigo e Aceito, existe, no inicio e no final dos trabalhos, a cerimônia de
transmissão da Palavra Sagrada. o mesmo acontecendo no Rito Brasileiro.
PALAVRA SEMESTRAL
É penhor de regularidade e de frequência. Enviada pelo Grão-Mestre, a cada seis meses, às
Lojas, dela somente o Venerável Mestre toma conhecimento, transmitindo-a aos obreiros de seu
quadro, alinhados na Cadeia de União.
É prova de regularidade, pois se pode supor que quem não conhece a palavra do semestre em curso e
nem a do anterior, não frequenta Loja há mais de seis meses, sendo, portanto. irregular, A Palavra
Semestral foi criada pelo Grande Oriente da França. em 1777.
PEDRA BRUTA
É a pedra tosca, informe, não trabalhada. Nela trabalham, simbolicamente os Aprendizes
Maçons, revivendo o trabalho dos canteiros medievais, com finalidade de esquadrejá-la e transformá-
la numa pedra cúbica, para que possa ser usada nas construções. Para esse esquadrejamento, o
Aprendiz usa, como instrumentos de trabalho, o cinzel, para desbastar a pedra, o maço, para atuar
sobre o cinzel, além de uma régua, para marcar os locais a esquadrejar.
PEDREIRO-LIVRE
É como é chamado o maçom. A expressão, assim como a francesa “franc-maçon”, a italiana
“libero muratore”, a alemã “freimaurer”, tem origem na inglesa FREEMASON, considerada com
dupla origem, nas instruções da Grande Loja Unida da Inglaterra: refere-se aos maçons operativos
que trabalhavam em FREESTONE (pedra de cantaria, ou pedra que pode ser cortada
LIVREMENTE, sem quebras ou rachaduras), ou ao fato de que houve época em que muitos homens
eram servos e somente HOMENS LIVRES é que podiam pleitear seu ingresso na Maçonaria. As
palavras já foram usadas juntas desde o inicio do século XVIII, surgindo nas Constituições de
Anderson, de 1723.
PODERES MAÇÔNICOS
Tendo uma estrutura semelhante à do Estado, as Obediências maçônicas possuem os poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo, dirigido pelo Grão-Mestre, conta com um Grão-
Mestre Adjunto, Grandes Oficiais e Grandes Secretários, auxiliados por um Conselho do Grão -
Mestrado, sendo que só os cargos de Grão-Mestre e Adjunto é que são eletivos, já que os outros são
livremente preenchidos pelo Grão-Mestre. O Legislativo tanto pode ser exercido por Deputados
RÉGUA
É um instrumento usado para traçar linhas retas. Simbolicamente, quando o Aprendiz trabalha
na pedra bruta, ele, para desbastá-la, usa o cinzel e o maço, mas necessita da régua para marcar os
locais a esquadrejar. E por isso que, ao lado do cinzel e do maço, a régua também deve ser
considerada um instrumento do Aprendiz Maçom, embora alguns ritos não a considerem como tal. É
o símbolo da lei, da ordem e da inteligência, que devem comandar as atividades do maçom.
RITO
De maneira geral, é o cerimonial próprio de um culto, ou de uma sociedade, determinado pela
autoridade competente. Designa, também, a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão, culto,
seita, religião. Embora não haja, entre os diversos agrupamentos maçônicos, notáveis diferenças
doutrinárias, filosóficas, ou ideológicas, elas existem, palpavelmente, quanto à interpretação de fatos
históricos, à analise do esoterismo básico de muitas práticas maçônicas, às influências sociais,
religiosas e políticas e até à situação geográfica. Em decorrência disso, sempre existiram dezenas de
ritos maçônicos, o que, longe de mostrar divido ou enfraquecimento, sugere , muito mais, propicia
diversas correntes de pensamento que convergem para um ponto comum. A Igreja, que é uma sólida
instituição, também possui muitos ritos (25)-dezenove deles na Igreja Oriental - sem que isso abale
sua estrutura doutrinária.
RITUAL
É tudo o que é relativo a rito, ou que contem fitos. É, também, o livro que contem a ordem e a
forma das cerimônias, religiosas, ou não. Por extensão, refere-se a qualquer cerimonial, ou ao
conjunto de regras a serem seguidas. Em Maçonaria, o cerimonial de cada rito é o seu ritual, assim
como o livro que contem a cronologia e as regras do cerimonial. O Aprendiz—assim como qualquer
maçom— deve estudar profundamente o ritual de seu grau, qualquer que seja o rito, pois as práticas
rituais, assim como os símbolos, são as formas veladas, alegóricas, metafóricas com que a Maçonaria
transmite, aos iniciados, a sua doutrina.
SIMBOLISMO
É a expressão ou interpretação por meio de símbolos. Símbolos são figuras, marcas, ou
quaisquer objetos que tenham significado convencional, consagrado pela tradição e pelo uso. Em
Maçonaria, quase todos os símbolos são ligados à arte de construir e encerram uma lição moral e ética
para o iniciado.
TEMPLO
Entre os romanos era o lugar descoberto, elevado e sagrado. É o edifício consagrado ao culto
religioso e, por extensão, o lugar respeitável, ou sagrado. Em Maçonaria, é o local onde as Lojas
fazem as suas sessões ritualísticas. O primeiro templo maçônico foi concluído em 1776, em Londres,
tomando por base, como os templos posteriores, as igrejas — que tomaram, como arquétipo, ou
modelo, o templo de Jerusalem — e o Parlamento britânico.
TOQUE
É um sinal de reconhecimento maçônico, feito ao se tocarem as mãos, num cumprimento. Há
um toque diferente para cada grau maçônico. Junto com os sinais e as palavras, o toque faz parte do
telhamento, ou reconhecimento de um maçom.
Quando desta cerimônia, o iniciado deve estar livre e despojado dos metais, isto é,
qualidades inferiores, vícios, paixões do seu intelecto, de suas crenças e preconceitos,
deve aprender a pensar por si mesmo e não seguir, como cego, o conhecimento e crenças
dos outros.
O iniciado deixa despojar-se de toda a sua vontade própria. Coloca acima de tudo a
comunhão fraterna. Abri-se assim uma qualidade excepcional de relação após a
compreensão desta atitude, transformando a relação fraterna em uma relação
transparente, isenta de todo amor-próprio e de todo ensimesmar-se.
Este deixar dos metais é o ponto essencial da sabedoria, onde o iniciado deixa-se
conduzir pelo caminho da pura simplicidade.
Esta atitude de profunda humildade, pela qual o iniciado se coloca, faz o mesmo atar
laços de amizade com todas as criaturas, e é de uma extrema importância, pois vem
reforçar a fraternidade humana propriamente dita. E esta, com efeito, encontra sua melhor
garantia nesta fraternidade maçônica com atitudes de respeito e de amor para com todo o
conjunto da criação e para com todas as formas de vida, por mais simples que sejam.
O respeito pela pessoa humana começa pelo respeito pela vida, sob suas humildes
formas. Assim quando nos despojamos dos metais, estamos nos despojando de todas as
Nesta Ordem de importância, resume toda a Filosofia Maçônica, nelas não residindo nenhum segredo.
A Maçonaria prega, como único ponto doutrinário, a existência de um ente criador, a quem designa como
Grande Arquiteto, que tudo fez, que tudo criou, não restando as suas criaturas, outro objetivo que não o de
Nada mais a Maçonaria prega, pois não é uma religião, sendo apenas religiosa. Ainda mais,
determinada que cada um de seus membros pratique a Religião que a sua consciência lhe determinar.
Podemos observar que em toda a parte da terra, nos mais distantes locais, em nas mais
diferentes datas, esse sentimento pelo divino brotou no intimo do ser humano, e em cada local os
homens o interpretaram a sua maneira.
Surgiram mesmos deuses sanguinários, que exigiam sacrifícios terríveis, mas, temos de entender
que mesmo esses deuses foram emanações da mesma chama sagrada. Esses deuses não eram
sanguinários. Sanguinários foram os homens que os interpretaram.
A emanação sempre foi a mesma, a interpretação é que foi diferente. Cada um de nós deve, de
acordo com a Filosofia Maçônica, viver a deidade de acordo com sua consciência.
Se vivemos de acordo com nossas consciências criamos regras que chamamos de ordenação
moral.
A ordenação moral é variável de acordo com o tempo e espaço.
De acordo com o tempo porque a moral evolui na mesma medida que o ser humano.
Também no espaço, aqui considerado como o local geográfico, faz com que a moral tenha outras
interpretações, pois civilizações que emergiram ao mesmo tempo, em vários locais tiveram costumes
completamente diferentes.
Tempo e espaço tem portanto, influência significativa na formação da moral. Não pode uma
raça ou uma civilização, ou uma religião, submeter uma outra as suas regras.
Essa é uma simplória explicação da primeira parte da Grande Trilogia: Deus sob o ponto de
DIÁCONOS
Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que
serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o
Apóstolo, se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas
Escrituras: "Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I
Coríntios 3:5); "Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico,
apenas Diáconos.
Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia
das diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres(2). Em Roma, o Diácono
veio e instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas
denominações evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos
Irmãos.
FONTES MAÇÔNICAS
A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo
evidências de que nos fala Harry Mendoza(3) e nos fornece detalhes Harry Carr(4), o cargo existiria na
Most Ancient & Honorable Fraternity of Free and Accepted Masons (Mais Antiga e Respeitável
Fraternidade de Maçons Livres e Aceitos), cerca de 1751, conhecida por Grande Loja dos Antigos, rival
da Grande Loja londrina, a quem os Antigos, com sentido depreciativo, denominavam de "Modernos".
Laurence Dermott, o notável Grande Secretário dessa Obediência histórica, registraria, em 1753, atas
dos Antigos, bem como, em 1754, atas da Loja nº 37, que ele mesmo serviria como Junior e como
Senior Deacon (Segundo e Primeiro Diácono, respectivamente), assim como Vigilante, antes de ser
Conforme apontamentos de Carr (op. cit. p. 88) e Mendoza (op. cit. p. 17), a mais antiga referência
a diáconos, em uma Loja na Inglaterra, é datada de 1733/34, em Swalwell, Gateshead, Durham,
descrevendo-se seus deveres como "mensageiros do Venerável e dos Vigilantes". As Lojas que não
possuíam Diáconos utilizavam os serviços do Mestre de Banquetes (Steward) ou do Segundo Vigilante
(Junior Warden). Os Stewards, tudo indica, não reduziam suas funções apenas a atividades de
banquetes, mas sim levavam mensagens (missão dos Diáconos) bem como desempenhavam parte das
funções Ritualísticas hoje, no R.: E.: A.: A.:, por exemplo, reservada aos Expertos.
Afinal, quando das tratativas para a união das duas Grandes Lojas inglesas rivais (a dos Antigos e a
dos Modernos), foi criada, em 1809, a Special Lodge of Promulgation, nesta a resolução de se
adotarem Diáconos. Com ressalvas. A nota resumida, então publicada, recomendava que os Diáconos
fossem utilizados, mesmo que, pelo devido exame, ficasse provado que não se constituíam em uma
função antiga, apenas sendo Oficiais úteis e necessários: "Resolved that Deacons (being proved on due
investigation, to be not only Ancient but useful and necessary Officers) be reconmended ...". E, na ata
da Old Dundee Lodge, nº 18, datada de 8 de fevereiro de 1810 (Apud Carr, idem, ibidem) encontra-se
interessante registro de efeitos dessa adoção de 1809: "O Venerável Mestre relatou sobre a
necessidade de mais dois novos Oficiais para atender às alterações efetuadas(5), informando que eles
se denominam Diáconos (...) um Senior Diácono e um Júnior Diácono, a eles cabendo Jóias como no
velho significado, isto é, Mercúrio, o mensageiro dos deuses, e não no moderno, "a pomba com um
ramo de oliveira" (Carr, op. cit., p. 88/89). No Livro das Constituições, Grande Loja Unida da
Inglaterra, 1815, se oficializaria o cargo.
É fácil, desse modo, compreender o motivo de os Ritos Adonhiramita e Moderno não adotarem
Diáconos, distinguindo-se dos outros Ritos. Constituídos ainda no Século XVIII, anteriores pois à união
das duas Grandes Lojas inglesas rivais, da qual resultaria a Grande Loja Unida da Inglaterra (1813), os
dois Ritos em tela seguiam, na França, ao modo Ritualístico dos Modernos (Grande Loja de Londres),
que não utilizava Diáconos oficialmente. E assim continuaram, mesmo após a mudança de 1809, nas
tratativas para a união inglesa. Como continuariam com a inversão de Colunas, palavras, etc.,
providência que os Modernos haviam adotado em 1730, após a infidelidade de Samuel Prichard(6).
FUNÇÃO
A tradição tem dado aos Diáconos a função de mensageiros. Há exemplares antigos de Jóias desses
Cargos (Primeiro e Segundo Diáconos) constituídas por um Mercúrio alado, o mensageiro dos seres do
Olimpo, como há exemplares em que aparece a clássica forma da Pomba que traz no bico o ramo de
oliveira, mensagem a Noé de que a água baixara e já havia terra firme após o dilúvio (Gênesis 8: 11).
Em todos os Ritos, que possuem estes Oficiais, com variações próprias de cada Rito, sempre cabe aos
Diáconos esta ou aquela missão de transmitir ordens ou mensagens, como levar o livro de atas para
assinaturas, transmitir a Palavra Sagrada, etc.
De modo significativo, contudo, principalmente no sistema inglês, aos Diáconos cabe funções
semelhantes a dos Expertos no R.: E.: A.: A.:, já dissemos. À época em que a Grande Loja de Londres
não adotava Diáconos, as funções hoje exercidas por eles em uma Loja inglesa, principalmente a de
conduzir os Candidatos durante as Cerimônias, eram efetuadas pelos Vigilantes. Isso bem se vê na
célebre Exposure de Prichard (Masonry Dissected, 1730) de que falamos acima. Ali está bem claro que
o Segundo Vigilante recebia o candidato na porta da Loja, mais ou menos como hoje compete ao
Guarda Interno fazer (Rito de York/Emulação), e o Primeiro Vigilante realizava uma perambulação
apresentando o Candidato ao Venerável Mestre, além de ensinar-lhe a aproximar-se do Venerável,
trabalho hoje, no Rito de Emulação, da alçada do Segundo Diácono(7).
OS BASTÕES E O PÁLIO
É por tradição, o uso de bastões pelo Mestre de Cerimônias e Diáconos.
Os Diáconos usam Bastões? Formam Pálio? São questões suplementares. É sempre interessante
conhecer as Exposures que nos revelam Rituais e práticas do Século XVIII, quando foram estruturados
os primeiros Rituais. Por exemplo, embora não expliquem a razão exata de os Maçons terem adotado
o uso de Bastões, provam que os Bastões são de antiga utilização entre nós. Por certo introduzidos na
Maçonaria como cópia de Cerimoniais de outra natureza ou de outras Instituições.
A célebre Exposure, "Three Distinct Knocks" (1760)(8), revela-nos que o Mestre e os seus dois
Diáconos, cada um deles, portava durante as Cerimônias um Bastão negro, com cerca de sete pés de
comprimento (cerca de 2,10 m), tanto ao abrir como ao fechar a Loja, não explicando, contudo, qual o
procedimento desses Oficiais com essas Varas/Bastões. O Diretor de Cerimônias portava um Bastão
branco. Outrossim havia a prática de os Diáconos cruzarem as Varas sobre a cabeça do Candidato
durante preces e juramentos. A Exposure de Prichard (1730) registrava que o Candidato, na Iniciação,
ajoelhava-se "dentro do Esquadro" (within the square). Expressão dúbia. Tanto podia indicar o
cruzamento dos Bastões sobre a cabeça do Candidato, eis que o Nível medieval, utilizado pelos
Operativos, era um Triângulo de madeira com um Prumo no centro - os Bastões cruzados
inequivocamente, assim, suscitando-nos a idéia de um Nível - como podia, de outro modo, por
dubiedade, representar um Esquadro no chão. Assim a expressão "within the square" originou o
costume existente em algumas Lojas inglesas, de o Candidato ajoelhar-se dentro de um grande
Esquadro de madeira colocado no chão ou sobre o banco de ajoelhar-se (Apud Carr idem, ibidem)(9).
Este procedimento, de cruzar Bastões sobre a cabeça do Candidato no ato de seu juramento, ainda
permanece na atualidade do Rito de Emulação (ou de York, na expressão brasileira), os Diáconos
sustentando as Varas com a mão esquerda, cruzando-as sobre a cabeça do Candidato, ajoelhado. Com
a mão direita permanecem à ordem. Como se vê, costume antigo e não se pode dizer que há erro
nisso. São variações.
Havia outras. Carr fala-nos de Ritual de 1847(10), onde a prece pelo Candidato era efetuada tendo
os Diáconos as mãos reunidas sobre as mãos do Candidato, segurando os respectivos Bastões com a
mão livre. Recordar, na atualidade, o ato de cruzar as mãos sobre a cabeça do Mestre que está sendo
Instalado.
Na realidade hoje discutimos muito quanto ao Pálio, formado na abertura e no fechamento do Livro
das Sagradas Escrituras, havendo explicações de toda ordem, ditas "esotéricas", esse procedimento
constituindo-se apenas em mera variação de costume antigo, desde o paganismo, realizado sempre
que vai ser procedido um ato solene ou vai se conceder uma honraria. Sempre se formam Arcos ou
Pálios com as mãos, Bastões ou Espadas. Aliás (com profundo caráter espiritual), no Cristianismo
nascente do primeiro século, os que iriam formar o clero cristão, encarregando-se das celebrações
Ritualísticas, recebiam poderes por meio de um Ritual de imposição das mãos de outros que já haviam
recebido tais poderes e a autorização de lhos transmitir(11). No Século XVIII, na Maçonaria, como
ainda na atualidade, cruzavam-se os Bastões dos Diáconos, bem como cruzavam-se Espadas, para
formar um Arco para passagem de honra. No Rito de York (Emulação), em cada Sessão, Venerável e
Vigilantes são recebidos sob os Bastões cruzados dos Diáconos.
CONCLUINDO
A primeira Grande Loja, fundada em 1717, Londres, e a Grande Loja dos Antigos, 1751, nunca
publicaram um Ritual ou deram autorização ou aprovação a qualquer publicação. Contudo da Exposure
de Prichard (1730), bem como de outros documentos, assim as atas irlandesas mencionadas
permitem-nos concluir pela adoção gradativa, sem unanimidade, do cargo de Diáconos, inclusive
portando Bastões. E esses estudos, procedidos no limiar do Século XIX, mais próximo das origens da
NOTAS
(1) P. Chantraine - Diccionnaire Étymologique de la Langue Grecque - Histoire des mots, Éditions
Klincksieck, Paris, 1984, 2 vols., publicada com a colaboração do Centre National de la Recherche
Scientifique.
(2) Dicionário Enciclopédico da Bíblia. Redator: A. van den Born; Colaboradores: D. S. Attema et.
al.; Trad.: Frederico Stein; Coordenação em Língua Portuguesa: Frei Frederico Vier, O. F. M. - Ed.
Vozes, Petrópolis, 1971, 3ª Ed. holandesa, 1589, pág. 394.
(3) MENDOZA, Harry. Fifty Questions Answered. Apostila, "Quatuor Coronati" Lodge nº 2076,
Londres, 1993, 67 pp., p. 17.
(4) CARR, Harry. The Freemason at Work, 7ª Ed., rev., Lewis Masonic, Londres, 1992, 405 pp.,
p. 88.
(6) Para melhor informação, ver Nicola Aslan - Estudos Maçônicos sobre Simbolismo, Ed. do
Grande Oriente do Brasil, Rio, 1969, Razões históricas da Inversão das Colunas p.129 e segs. (A
Editora "A TROLHA" republicou esta obra, disponível aos leitores interessados).
(7) Ver in Assis Carvalho - A Maçonaria - Usos & Costumes, Coleção Caderno de Estudos
Maçônicos, nº 25, Ed. "A TROLHA", Londrina - PR, 1ª ed., 1995, 198 pp., p. 32/35.
(9) Xico (Assis Carvalho, op. cit. p.34/35) fez tradução da qual respeitosamente discordo. Do
texto de Prichard: "With my bare-bended Knee and Body within the Square (vírgula), the Compass
extended to my naked Left Breast, my naked Right Hand on the Holy Bible". Xico traduziu: "Com o
meu joelho despido e o corpo com um Esquadro e o Compasso apontado para o meu peito esquerdo
nu (...)" - mas há uma vírgula deixada de lado. Com ela ficaria assim: "Com o meu joelho despido e o
corpo dentro do Esquadro (vírgula), o Compasso apontado para o meu peito esquerdo nu e minha mão
direita despida sobre a Bíblia".
(10) Ritual de Claret, 4ª. ed., cerca de 1847 - Apud Carr, op. cit. p. 192.
(11) Philip Hughes - História da Igreja Católica, trad. de Leônidas Gontijo de Carvalho, Cia.
Editora Nacional, S. Paulo 1954, 336 pp., p. 17.
Este trabalho do nosso Irmão Fernando de Faria, foi encontrado na página da Loja Triumpho do
Direito, do Grande Oriente do Estado do Rio Grande do Sul.
EM PÉ E A ORDEM
Em todos os momentos de nossa vida, a qual pode ser ela maçônica, pessoal, ou
mesmo em nossa vida profissional, é muito importante que tenhamos a capacidade
de poder enfrentar as mais diversas situações com determinação, de modo, a
estarmos sempre EM PÉ E A ORDEM, não só aos nossos familiares, e a quem
necessitar, mas também a nossa Fraternal Ordem Maçônica.
Um velho ensinamento judaico já dizia que “O Homem pode ter tanto a terra
quanto o céu sob os seus pés, o que equivale a dizer que ele tem a força e
sabedoria suficiente para construir tanto o Bem quanto o Mal”, assim sendo,
nós maçons pertencentes a esta tão nobre fraternidade, também temos a capacidade
e o dever de estarmos sempre prontos para confraternizarmos com o nosso próximo
e estarmos sempre à disposição para ajudar.
Esta fraternal ação será primeiramente entre irmãos, pois só os que a entendem e se
reconhecem como irmãos podem realizá-la, busquemos assim, colocar em pratica atitudes
básicas de tudo isso e reconheçamos a Verdade da Unidade Fraternal que esta em nos
colocarmos Em Pé e a Ordem a todos os seres.
E MPUNHANDO A
EMPUNHANDO AE SPADA
ESPADA
Dexter significa direita em latim, e Sinister esquerda, entre os áugures romanos, o que
ficava à esquerda era desfavorável e de mau agouro, dai veio a palavra sinistro.
O mesmo significado tem os movimentos que vão seja para a direita, seja para a
esquerda.
Nos ritos de Magia Negra, diz Victor Henry, a direita cede este lugar para a esquerda, e
se coloca um pé a frente, é o pé esquerdo, apresenta-se o flanco esquerdo ao fogo ou a
qualquer outro acessório em torno do qual se ande.
Na Escócia os Celtas, conservaram até os nossos dias, o costume de fazer três vezes a
volta aos objetos que eles querem santificar, dos indivíduos que querem honrar ou proteger.
“Assim como a corrente de água pura da montanha brilha mais, à medida em que é exposta aos ratos glorio-
sos do sol, assim também nossa consciência será mais iluminada à medida em que a dirigirmos para a luz”.
Que os estudos do esoterismo contido nos símbolos do Templo Maçônico possam ser valiosos instrumentos
na nossa busca da ‘Arte Real”.
O Conhecimento Esotérico pode satisfazer ao anseio que tem a humanidade por uma doutrina que satisfaça
tanto a mente quanto ao coração, que seja o remédio para as feridas da incompreensão do homem e que atire
abaixo as barreiras das razões e religiões temporais. No fundo, somos todos filhos do mesmo pai e
participamos da mesma origem - as crenças, como os rios, vão sempre para o mar, que é a verdade única.
Para isso, em sua ampla heterogeneidade, o conhecimento esotérico oferece um conjunto de ensinamentos
de profunda verdade e sensatez para quem se disponha a desenvolver suas possibilidades latentes que, por
sua incalculável transcendência, se perdem no infinito.
Não há dúvida, então, que o homem moderno pode falar nesses conhecimentos de uma visão maravilhosa do
esquema divino, cuja magnificência produzirá nele uma devoção em direção a Deus não sentida antes.
Assim também. desenvolvem-se uma compreensão intelectual e uma resposta aos variados problemas da
vida, tornando, desta forma, sua mente satisfeita ao saber qual é o objetivo e a finalidade do universo e da
sua existência. Estas perguntas todas não são contestadas satisfatoriamente nem nos cultos ortodoxos, nem
na ciência ou na filosofia acadêmica. Tudo isso lhe permitirá ordenar sua existência e ajustá-la ao plano
divino, o qual deve ser sua primordial tarefa, fazendo-a de uma forma compreensiva, de tolerância e mútuo
respeito com todos os seres que o rodeiam.
A sabedoria antiga não dispõe de fórmulas patenteadas para este trabalho, nem de atalhos iniciáticos. Aos
estudantes que estão decididos a dar seus primeiros passos na realização da grande obra, o único caminho é
o conhecimento esotérico. E a oportunidade de melhorar por si próprios, através de um consistente
programa de esforços inteligentemente dirigidos, para que possam receber depois, do acordo com seus
conhecimentos, a ajuda de que necessitam para maior superação.
Por conseguinte, não nos equivoquemos ao estudar estes sagrados ensinamentos, pensando que seremos
superiores aos demais, ou que isto vá nos auxiliar a aumentar nosso prestígio ou riqueza pessoal. Devemos
ter bem presente que a Sabedoria Divina não está interessada em melhorar a condição material do indivíduo,
nem rodeá-lo de opulência. Sua finalidade não é tornar os homens ricos cm posses externas, mas em
consciência ou realizações internas.
Por isso, desde o princípio, devemos entender perfeitamente que se o egoísmo fonte de todos os males não
for eliminado de nossas almas, não poderemos esperar ganhar nenhum conhecimento de positivo valor, que
seja em benefício para nossa perfeição e’ para nossos semelhantes. A Sabedoria Esotérica demanda muitos
anos de purificação e preparação antes que seus adeptos estejam capacitados para instruir-se nas coisas mais
primárias.
Todos nós que tentamos empreender o estudo das verdades sagradas contidas no conhecimento esotérico,
conscientes do nosso sincero interesse, devemos nos submeter a um plano de vida e disciplina, compatível
com nossas possibilidades, que possa nos capacitar. Por meio da constância e do amadurecimento
poderemos transmitir uma mensagem de luz e verdade aos nossos semelhantes. Se nosso propósito está bem
encaminhado, devemos então, desde o princípio, oferecer nossos serviços à humanidade, pois em toda alma
existe este anseio expresso. A medida que avançamos no caminho do logro, compreendemos que o doar é a
única maneira de se obter, e que recebemos mais quando nos esforçamos para transmitir ao mundo o que
ganhamos.
Deus. Nossa meta não deve ser a glória do momento, pois o poder que buscamos é o de acumulação lenta e
progressiva, O conhecimento é uma das mais nobres emoções humanas e, na maioria das vezes, este desejo
pode nos levar ao erro. O ainda pouco discernimento nos leva aos equívocos por causa do entusiasmo, da
precipitação ou da falsa orientação. O primeiro passo, então, está no conhecimento o importante é separar o
Quem busca o conhecimento esotérico deve estar consciente de que a consecução deste intento é o máximo
que podemos aspirar em nossas vidas. Há que se reconhecer que, apesar de ser um caminho árduo, a sua
realização é grandiosa e sublime e seu ganho é incomensurável.
ESPIRITUALISMO E ESOTERISMO
Por “Espiritualismo” compreende-se toda a imensa série de ensinos de idéias e argumentos
que tendem explicar a vida sob um conceito superior a matéria, em oposição ao
materialismo.
A verdade é que não poderia mesmo ser de outra forma, desde que o atual “Espiritualismo”
não é mais do que um produto da mentalidade humana, presa ainda a um conceito
demasiado concreto e formalista, sem uma base de “realidade” substancial. Poder-se-ia dizer
que o atual “espiritualismo” é ainda demasiado mundano, sujeito a toda sorte de emoções
negativas, superficiais e ilusórias. É produto da “personalidade” não se eleva acima do
raciocínio exclusivista e egoísta. Funciona no mesmo nível do desejo e da fantasia, que
caracteriza todas as criações do homem mundano, Quanto mais se alarga o conhecimento,
quanto mais o homem acumula idéias e opiniões, quanto mais forja concepções e elabora
novos planos intelectuais, mais exclusivista e separatista se torna, porque a base do
intelectualismo e do raciocínio concreto é o separatismo, que cada vez se torna mais
acentuado. Os sábios e pensadores do assunto, declaram que no campo intelectual e mental,
a unificação é impossível, e têm toda a razão. Os fatos provam insofismavelmente essa
realidade. Nos nossos tempos os vários conceitos “espiritualistas” são um terrível exemplo da
tendência exclusivista e separatista da mentalidade concreta. O “espiritualismo” como tudo
na vida, tornou-se mais um motivo de separações, de competências de lutas e desarmonias
entre os homens.
Sempre custa muito compreender-se que nesse nível de consciência mundano nada se pode
alcançar. Enquanto o homem não compreender que no campo personalista do intelecto e do
raciocínio concreto não lhe é possível sair desse nível, todo o esforço será inútil, e o seu
“espiritualismo” continuará a ser uma das suas muitas fantasias, sem nenhum resultado
prático. Dentro desse nível de consciência só pode haver confusão, e, por fim, a mais amarga
desilusão.
Nesse sentido o Esoterismo é verdadeiramente um ensino “oculto”, não porque ele esconda
ou se reserve, mas porque, no nível de consciência em que o homem comum se encontra
não lhe é possível percebê-lo e entendê-lo. Esse é o grande “segredo” do Esoterismo, que por
uma fatalidade, em conseqüência de sua própria condição, o homem comum não admite, não
acredita e não leva a sério. No seu nível inferior de mentalidade concreta, em seu nível
superficial de consciência, o homem comum não pode ver as realidades do Esoterismo, e
quando examina algo dos seus ensinos prende-se unicamente à letra, materializando
sistematicamente todos os seus conceitos. Ao passar para o nível inferior de consciência do
homem comum, as realidades superiores do Esoterismo tornam-se “letra morta” e perdem
Elevar o seu nível de consciência, para atingir o sentido superior dos ensinos é o primeiro
trabalho efetivo de realização que o maçom “buscador de luz” há de fazer, e então poderá
perceber os “segredos” que se encobrem na sua apresentação intelectual, nas suas letras.
Quando for capaz de sentir o seu sentido superior, quando puder perceber o espírito dos
ensinos maçônicos, então verificará , com surpresa sua, que pode perceber o sentido real de
todos os ensinos de todas as correntes tradicionais e o valor de quaisquer ensinos que se
apresentem. Com a capacidade superior de um nível mais alto de consciência poderá ver a
realidade das coisas, e já não se enganará nem se iludirá com aparências. Verá o valor e a
importância de cada ensino e poderá “separar as pérolas dos cascalhos”. Nos nossos tempos
os ensinos “esotéricos” estão sendo apresentados gradualmente, sob vários aspectos, mas
obedecendo todos a um plano inteligentemente traçado, de acordo com as necessidades
espirituais de cada raça no caminho da evolução. È preciso urgentemente, nos livrarmos do
fanatismo, do exclusivismo, porque isso só prova incapacidade de entendimento. Fanatismo e
exclusivismo são produtos do nível mundano e inferior de consciência. O entendimento não
gera nunca o fanatismo, pelo contrário, convence “ao buscador de luz” de que deve ser
“tolerante”, mesmo porque não há forma mais desastrosa de sustentar e defender uma idéia
ou um ensino do que deixar-se fanatizar por ele. O fanático não “defende” nenhuma idéia,
nenhum ensino; o que ele faz, sem o perceber, é perverter e arruinar essas idéias aos olhos
de todo mundo. O que o fanatismo pode fazer é atrair e arrastar outras mentalidades fracas,
para constituir com elas perigosas correntes, de conseqüências fatais. Deixar-se influir por
qualquer corrente de fanatismos, qualquer que seja o seu rótulo, é prejudicar-se seriamente,
porque enquanto se está preso a uma corrente mental dessa espécie paralisasse o avanço
da consciência, e começa-se a retrogradar perigosamente.
O ESQUADRO E
O COMPASSO
Uma vez adquirida a noção de círculo, o homem inventou o Compasso que não somente serve para traçar
círculos mas também para tomar e marcar medidas. O Compasso representa a imagem do pensamento
nos diversos círculos percorridos por ele; o afastamento dos dois ramos, assim como suas aproximações,
figuram os diversos modos de raciocínio que, em certos casos deve ser largo e abundante e, em outros,
Graças às suas pontas, o Compasso pode ser cravado na matéria, desde que a abertura seja inferior a
180 Graus, pois, uma vez atingida essa abertura, as duas varas confundem-se em uma linha reta e o
No simbolismo dos três primeiros Graus, o Compasso tem a abertura de 45º. Uma vez for-
mada a Loja de Aprendiz, o Esquadro deverá ser colocado sobre o Compasso, simbolizando essa
disposição, que, nesse Grau, a matéria ainda predomina sobre o espírito.
O NÍVEL E A
PERPENDICULAR (PRUMO)
O Nível maçônico é diferente do nível comum. O Nível maçônico não fornece apenas a linha horizontal, mas a
horizontal precisamente comprovada pela posição correta da linha vertical. Para que a horizontal seja realmente a
O Nível maçônico é o símbolo da igualdade. É a jóia distintiva do 1º Vig.’., é o emblema da igualdade, simboliza a
O Nível é o emblema da igualdade fraternal com que todos as maçons se reconhecem, fazendo lembrar que, em
A Perpendicular ou Prumo, é o símbolo da independência, da dignidade, altivez e imparcialidade dos justos, pois a
perpendicular não pende, como acontece com as oblíquas, é a jóia do 2º Vig.’., símbolo da profundidade do
conhecimento e da retidão, prevenindo qualquer desvio oblíquo. Lembra a todos os maçons que todos os seus atos
devem ser justos e medidos para o levantamento de um Templo moral justo e perfeito.
Prumo não projeta sombra. O Maçom trabalha sem “fazer sombras” em ninguém, sem vaidade, o meio-dia, hora do
máximo esplendor do sol, é também a hora em que a construção pode ser verificada com maior precisão, por meio
do Nível e do Prumo.
Diz-se que os antigos construtores assim procediam e, uma vez que tudo corria bem, proclamavam ao chefe que
“Oh ! Quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos ! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o
qual desce para a barba, a barba de Aarão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do
Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o senhor a sua benção e a vida para sempre”.
Israel assim como seu povo é abençoado por Deus, dizem em historias populares, que é o povo
escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon,
um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos; Cortado por diversos e importantes rios, dentre
eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes videiras e oliveiras assim com
produz tudo o que se planta.
Como Jerusalém está situada na meseta central da Palestina, para chegar à cidade santa de qualquer
parte da terra, é preciso “subir”, o que explica bem a razão de ser da expressão “das subidas”, circundada
pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca majestosamente o monte
Hermon.
O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve em seu cume o tempo
todo, e é de lá, que após que vem o orvalho santo junto com as bênçãos; A neve derretida, forma os rios e os
lençóis de água, e por sua importância é que no salmo 133, destaca de forma tão bela.
Quando Davi falava “O quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos! ” importância que dava
aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava
à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de qualquer lugar.
E o óleo citado “...é como o óleo precioso...” era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado
para urgir os reis e sacerdotes, e ou aqueles neófitos que asparivam a alguma iniciação; Importante à ponto
de comparar com os irmãos unidos e sua grandiosidade.
Agora quando fala “...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião...” refere-se
ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho
é a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.
Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada citação, de onde podemos refletir
e só assim, entendermos o que Davi Dizia:
AARÃO
O membro destacado da tribo de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui
um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos
judeus.
A BARBA
Pelos espalhados pelo rosto, adorna a face do homem desde os mais remotos tempos, a barba mereceu
dos mais variados, novos semitas e não semitas da antiguidade, um trato especial, destinaram-lhe grandes
cuidados. Não apenas um símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que
engrandeceram o império Brasileiro, figuras imponentes pela conduta e em particular, símbolo de
austeridade moral.
Os Israelitas a que pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba, a ela conferiam forte
merecimento, apreciável atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade. Os
Israelitas por si mesmo, pelo que ela representava, raspá-la e eliminá-la do rosto, demonstrava sinal de dor
profunda.
AS VESTES
De especial significa litúrgico e ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar
atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e variava de conformidade com os diversos ofícios
religiosos para invocação da divindade.
Havia especial referência pela cor branca nas vestes sacerdotais, nas representações egípcias
contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam um avental grosseiro e curto, já o
sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua categoria, enquanto que o
sacerdote vinculado ao ritual de coroação, exibia uma pele de pantera.
No velho testamento presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de
aproximar-se do altar através das grades, talvez um precursor do avental maçônico.
Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, desça pela barba e escorria à orla
de suas vestes.
O MONTE HERMON
Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do antilíbano do qual se separa um vale
profundo e extenso, apresenta-se de forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando um
pouco mais, para entender a geografia dessa região que viram nascer a história do mundo bíblico: O
Antilíbano é a cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando das planícies de Bekaa. De
todas as cadeias montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois desenvolve-se no nordeste ao sul-
sudeste, por quase 163 quilômetros, suas extensões e alturas são visíveis à partir do mediterrâneo; Seu ponto
culminante é o monte Hermon, com mais de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o
vento traz o orvalho.
O MONTE SIÃO
Também chamado de monte de Deus, o monte Sião não que seja santo por si mesmo, más porque o
Senhor o escolhera para ser sua morada, para todos, o monte será um refúgio seguro e inabalável.
O orvalho que escorre de Hermon para os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre
o orvalho abençoado, todas as suas complacências.
Em Salmos 2:6 vemos que Deus mesmo instalou seu rei sobre o monte santo, “ Eu, porém constituí
meu rei sobre o monte Sião ” O mesmo lugar em que Abraão ia sacrificar o filho conforme ( 2 Cr 3:1 e
Gen. 22:2).
A BENÇÃO
Tudo que é bom e lhe é agraciado; Em Hebraico, seu significado é “berakak” palavra que deriva de
“Berek” que por sua vez significa joelho. Nota-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a
benção a invocação das graças de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e
unção, portanto, de joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.
Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz despertada a sua potencialidade
energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e
magia.
“O onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com
as bênçãos dos seios maternos e dos úteros”.
(Gênesis 49:25)
Assim “ ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre... ”.
BIBLIOGRAFIA: Trabalho recebido via internet
Tais estudos, como é óbvio, não se prendem a questões religioso-sectárias, o que sairia totalmente do
espírito maçônico, mas sim ao conteúdo filosófico, ao núcleo ético, dos ensinamentos das religiões, os
quais, na verdade, são todos superponíveis uns aos outros.
De fato, por mais inconciliáveis que pareçam, à primeira vista, os diversos sistemas religiosos, quem
os examina com imparcialidade, não pode deixar de concluir que só existe, na verdade, uma religião,
sempre adaptada à situação social em que surge. Seus elementos essenciais constituem, independente
de seus dogmas, a mais completa metodologia educacional, pois, acompanhando o homem do berço
até o túmulo, tem como finalidade adaptá-lo, cada vez mais, ao convívio social. E, do ponto de vista
da transcendência, não existe uma religião melhor do que a outra, já que a melhor, para cada um de
nós, é aquela que nos facilitará melhor compreender os mistérios e desígnios de Deus, permitindo-nos
entrar em comunhão com um TODO MAIOR, não importa o nome que se lhe dê. O que importa é que
esse estado de consciência nos leve a descobrir uma razão de viver, um sentido de vida, que
ultrapasse nossa simples presença na Terra.
Dentro dessa concepção, façamos uma sucinta análise da Trilogia Cristã, constituída pela Fé,
Esperança e Caridade, ou seja, pelas Virtudes Teologais.
As Virtudes Teologais
A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite-nos não só a praticar
bons atos, mas a dar o melhor de que dispomos. Com todas as suas forças físicas e espirituais, a
pessoa virtuosa tende ao bem, persegue-o e escolhe-o na prática.Se alguém busca sempre dizer a
verdade, possui a virtude da veracidade ou sinceridade. Se prima por ser rigorosamente honesto com
o direito dos outros, tem a virtude da justiça.Para os teólogos do Cristianismo, se adquirimos uma
virtude por esforço próprio, como as mencionadas acima, ela é uma virtude natural. Mas, há virtudes
que exigem muito mais para se consolidar; dependem de um "dom divino" para serem adquiridas e a
elas o homem não pode chegar só com seus dotes naturais. São as virtudes sobrenaturais ou
teologais, assim chamadas porque dizem diretamente à intervenção divina.Na verdade, nada ocorre
sem a presença de Deus. "Invocado ou não, Deus está sempre presente".
A Fé
Das três Virtudes Teologais a Fé é fundamental.Não confundamos a Fé com a simples crença, como
magistralmente frisa Huberto Rohden.
Tal confusão surgiu nos primeiros anos do Cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi
traduzido para o latim.
Como esse substantivo latino não tem verbo derivado do mesmo radical, como no grego, os tradutores
viram-se obrigados a recorrer a um verbo de outro radical, valendo-se de credere, que em português
deu crer.Crença, crer, com efeito, têm conotação diferente de Fé, de ter Fé. Refere-se a algo incerto,
vago, como quando dizemos: "creio que vai chover", "creio que Fulano mudou-se de casa".
Crer em Deus não é o mesmo que ter Fé ou fidelidade a Deus. Quem tem Fé, fides, fidelidade
estabelece com Deus perfeita sintonia ou sinfonia de pensamentos, palavras e obras.Se o espírito
humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem Fé, embora talvez creia. Tal pessoa
pode, em tese, aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter Fé.
Crer é um ato apenas intelectual, de quem se persuadiu de algo que lhe parece verdadeiro; ter Fé vai
mais longe. É uma atitude de consciência e de vivência, que brota da experiência íntima. É o resultado
de uma intuição espiritual, que transcende a mera intelectualização.A Fé implica certeza. Ter Fé é
guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que vai muito além do âmbito da crença.
Conseguir a Fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer "eu creio", mas afirmar "eu sei", ou seja,
eu saboreio, que é o significado etimológico de saber, com todas as dimensões da razão, iluminadas
pela luz do sentimento.Essa Fé não é de boca para fora, recitada. É profunda, inabalável, não se
estagnando em nenhuma circunstância de vida, habilitando-nos a superar os maiores obstáculos. É
nesse sentido que "a Fé remove montanhas", que são os entraves encontrados em nosso caminho
evolutivo, ou seja, os vícios, as paixões, os preconceitos, a ignorância, os interesses puramente
materiais, as dores, os reveses, o infortúnio etc.
Em outras palavras, com a certeza na assistência de Deus, a Fé exprime a confiança, que sabe
enfrentar todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração.
A Fé inteligente
A Maçonaria insiste em que a Fé não pode ser reduzida à simples crença em certos dogmas religiosos,
aceitos sem exame, anulando-se a razão. Essa é uma "fé cega", comparável a um farol, cuja
luminosidade não atravessa o nevoeiro, deixando o navegante sem saber seu rumo nos momentos de
tormenta.
A verdadeira Fé é esclarecida, como um foco elétrico, que ilumina com brilhante luz o caminho de
nossa evolução e ser percorrido.Chamemo-la "Fé racional" e, por isso mesmo, robusta. Necessita ser
conquistada, porquanto passa pelas tribulações da dúvida, pelas aflições que embaraçam o caminho
dos que buscam o livre exame e a liberdade de pensamento.Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-
nos reconhecer os princípios que regem o mundo e o homem.
Assim, a verdadeira Fé é inteligente, porque se apóia na lógica. Não basta somente dizer "tenho fé". É
indispensável conhecer, compreender, saber a dinâmica dessa certeza.
A Fé não dispensa o suporte da razão. "Quem tem olhos de ver, que veja!". Basta lançar nossos olhos
sobre as obras da criação, para se ter certeza da existência de Deus. Não há efeito sem causa. O
Universo existe; ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar esse axioma das
ciências e admitir que o nada pode fazer tudo. Deus é a Grande Lei que estabeleceu e mantém a
Harmonia Universal. É o Grande Arquiteto do Universo. Duvidar da existência de Deus é duvidar de si
mesmo!
A Fé vivida em plenitude, como acima definida, já contém a Esperança, virtude teologal pela qual
confiamos na promessa da vida eterna.
Em Maçonaria, usamos a expressão "Oriente Eterno", no sentido de que a alma é imortal e o
fenômeno a que se chama morte não é, senão, a transição de uma etapa de nossa evolução infinita.
Por isso, a pessoa consciente, que possui a virtude da Esperança, é capaz de vencer o medo, as
tribulações, as intempéries da vida diária, com compreensão e resignação, agradecendo a dádiva das
provas e provações que Deus nos oferece, para que nos aperfeiçoemos em nossa caminhada
espiritual, na busca da LUZ que vem do Oriente.
A Caridade
Enquanto a Fé e a Esperança são virtudes que vivenciamos em um plano subjetivo, a Caridade é uma
ação explícita, em nível objetivo. É uma atuação, embora deva ser silenciosa. Sua prática desenvolve
a Fé e a Esperança.
Um dos fundamentos da Ordem Maçônica é a prática da Caridade, sob a forma de filantropia, visando
ao bem estar do gênero humano. De fato, nossa Instituição não está constituída para se obter lucro
pessoal de nenhuma espécie, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos destinam-se a
contribuir materialmente para aqueles que estão privados dos meios de prover uma digna
subsistência. E "que nossa mão esquerda não saiba o que dá nossa mão direita".
Fazer aos demais o que desejaríamos fosse feito conosco.Perdoar as ofensas tantas vezes quanto
forem necessárias.Respeitar nos semelhantes a LIBERDADE de opiniões e pensamentos divergentes
dos nossos.Ter pelo próximo solidariedade fraternal, FRATERNIDADE.Lutar pela IGUALDADE de direitos
entre as pessoas.Abster-se de julgamentos precipitados e de juízos temerários.
A lista é imensa. O que importa é sabermos que essa "caridade moral" não implica subserviência de
nossa parte. Pelo contrário, quanto mais nos respeitemos e qualifiquemos, mais capacidade teremos
de nos dar, de amar, de sermos caridosos.
Em todos os sistemas e Ritos da Maç∴ Simbólica Universal, denomina-se "Apr∴" o Iniciado nos seculares
segredos dessa Ord∴. O termo foi tirado da Maç∴ Operativa, na qual o Apr∴ ocupava o lugar mais inferior
da escala entre os operários. A Maç∴ Especulativa, que sucedeu à Maç∴ Operativa, ocupa não mais com a
arte de construção, mas com a moral, com o Simbolismo e Rituais, adotou os Usos, Costumes e
Regulamentos bem como os instrumentos da antiga modalidade. Através da adoção de todos os elementos
da Maç∴ Operativa, a Maç∴ Especulativa estabeleceu o seu próprio sistema de organização e de
moralidade.
O Apr∴ M∴ trabalha na P∴ B∴ (símbolo do Apr∴ M∴), diz-se que quando um homem é rústico,
ignorante e mal-educado, que não passa de uma pedra bruta. Na Maç∴, a P∴B∴ é um símbolo que
representa a necessidade do esquadrejamento, ou seja, do desbastamento das arestas dessa pedra que ocorre
com paciência e com o tempo estabelecido, até ver essa pedra transformada em P∴C∴.
A P∴ B∴ simboliza portanto as imperfeições do espírito e do coração que o M∴ deve se esforçar por
corrigir. O Apr∴ M∴ trabalha nas LLoj∴ Azuis, ou também chamadas Oficinas Simbólicas. No REAA
(Grande Loja da França), os três primeiros graus (Apr∴, Comp∴ e M∴M∴), são regidos pela Grande
Loj∴. Sendo o 1° grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a moral Maç∴ de
Posteriormente com a entrada dos especulativos e as novas correntes de pensamento, a interpretação dos
Símbolos passou a ter novas conotações.
A interpretação dos Símbolos é, talvez, o mais difícil ramo do estudo maçônico e em seu nome muitos
absurdos foram cometidos.
Vamos estudar o Malho e o Cinzel, apresentando em primeiro lugar dois aspectos que são aceitos,
praticamente, por todos os autores.
São chamados de instrumentos ativos: o Compasso, o Malho, o Prumo e a Régua. Estes instrumentos são,
em geral, relacionados como Espírito e com o lado masculino.
Assim temos :
• MALHO – Vontade na ação.
• CINZEL – Discernimento na investigação.
• RÉGUA – Precisão na execução.
O MALHO – O Malho é um instrumento de trabalho dos mais utilizados pelo Apr∴. Em seu primeiro
trabalho, o Apr∴ começa a desbastar a P∴ B∴ e, a partir daí, tem início seu eterno aprimoramento.
Considerado como um instrumento ativo, é o Símbolo da vontade, da força, do trabalho, da determinação.
Não devemos nos esquecer que o Malhete, nas mãos dos VVen∴ e VVig∴, nada mais é do que um
pequeno Malho. Aqui ele representará o poder e a autoridade de quem dirige.
Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir
a vontade. Utilizando ao acaso, com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição,
incompatível com a Maç∴.
O CINZEL – Instrumento considerado passivo, companheiro inseparável do Malho. Destina-se a receber a
aplicação da Força do Malho, dando-lhe direção. Indispensável no polimento da Pedra Bruta. Enquanto o
Malho simboliza a Força do 1º Vig∴, o Cinzel representa beleza, atributo do 2º Vig∴.
Sendo seguro sempre pela mão esquerda e movido pelo Malho, vai produzindo o desbaste da P∴ B∴,
produzindo a Beleza final. Simboliza, desta forma, a Educação, a Inteligência, o Aperfeiçoamento. Para
alguns, é o Símbolo do trabalho do homem sobre si mesmo, em busca do eterno aprimoramento.
Enquanto o Apr∴, o M∴ recebe a revelação do que representa o trabalho da Maç∴, e aprende que para ser
digno e capaz de desempenhar suas funções como legítimo M∴ precisará libertar e purificar o seu coração.
Apagar antigos rancores, superstições, ódios e equívocos históricos e filosóficos. Nessa fase diz-se que a
P∴ B∴ começa a ser desbastada, ou seja, todos os maus costumes são abandonados juntamente com os
preconceitos e paixões que enchem o nosso mundo profano. Para o trabalho de desbastar a P∴ B∴, o Apr∴
recebe as suas ferramentas especiais: o Cinzel para tirar as asperezas da pedra, que equivale à faculdade de
pensar com retidão. O Cinzel é impulsionado pelo Maço ao ser aplicado sobre a P∴ B∴. É sempre seguro
Existem diversas ferramentas no painel da loja de aprendiz (esquadro, compasso, nível, prumo), contudo das
ferramentas que ali encontramos, nos trabalhos do grau de aprendiz usamos o Maço, o Cinzel e a Régua de
24 polegadas. Sendo as duas primeiras destinadas a desbastar a pedra bruta e representam as duas
faculdades gêmeas do homem, à vontade e o livre arbítrio, com a finalidade de transformá-la em pedra
polida ou cúbica. No tocante a régua, simboliza o bom comportamento dos homens na sociedade.
O maço
O maço tem a forma de um cone truncado, com base onde se encaixa o cabo, na parte mais larga, é
geralmente confeccionado de madeira, tratando-se de um martelo, sem orelhas, sendo usado para bater no
cinzel ajudando a desbastar a pedra bruta. Lembrando que a pedra bruta representa o homem sem instrução,
com as suas asperezas de caráter, devidas à ignorância em que se encontra e as paixões que o dominam.
O malho de ferro é a ferramenta mais importante para a consumação do trabalho e representa a perseverança
e a energia do aprendiz, impulsionando à meditação e dirigindo o pensamento na procura da verdade,
trazendo ao aprendiz a força necessária para transpor os obstáculos que possam surgir.
O aprendiz no painel do 1º grau é visto ajoelhado em frente à pedra bruta, segurando o malho na mão
direita, ocasião em que o malho representa, simbolicamente, a vontade firme e perseverante do aprendiz,
sendo a energia que age e proporciona a realização prática da obra, representando a força física, por isso é
usado na mão direita, pólo ativo. Usá-lo requer o domínio da força e a ciência na dosagem certa dessa força.
O cinzel
Ferramenta cortante e penetrante. Com o cinzel se pode dilacerar e marcar impressões em materiais duros.
Ele nos ensina que a educação, o preparo moral e a perseverança são os caminhos para a perfeição, pois com
insistentes trabalhos se adquire o hábito da virtude, aclarando a inteligência, chegando a purificação do
espírito e evoluindo para um plano melhor e mais elevado.
No trabalho para desbastar a pedra bruta o cinzel é seguro com a mão esquerda e junto com o malho são
imprescindíveis, nada podendo ser feito sem eles. Simbolicamente quando unidos representam o espírito
para superar as coisas materiais. A união desses dois instrumentos representa a inteligência e a razão que
tornam o maçom capaz de discernir o bem do mal, o justo do injusto.
O obreiro para evoluir precisa trabalhar com o uso da razão e sem ela, de nada valerá seu esforço. O cinzel
representa a força intelectual, produzindo a beleza do acabamento, da verdade e da luz que deve ser buscada
por todos nós.
Filmes e a Maçonaria
Magnolia
Este filme, de Paul Thomas Anderson, também contém referências maçônicas. Em uma das
cenas, aparece um símbolo maçônico em uma enciclopédia, no instante em que um garoto
estuda pela TV através de um game show. Em uma outra cena, um produtor de TV apóia sua
mão no ombro do apresentador, mostrando um anel com símbolo maçônico, e dizendo "Nos
encontramos entre o nível e o esquadro.". No elenco, Tom Cruise, Jeremy Blackman e Melinda
Dillon.
O Homem que queria ser rei - (The Man Who Would Be King)
Baseado na história de Rudyard Kipling. Soldados mercenários convencem a população da tribo
É bom notar que o Senhor nunca se nomeou como sendo "Deus". Ele, quando se referiu a Si próprio, o fez
como sendo: "YHWH" - (EU SOU) - Êxodo 3.13 e 14. Talvez você nem saiba explicar por que foi dado a
"YHWH" o nome de Deus, mas gostaria que os maçons explicassem o porquê de eles darem o nome de
"Grande Arquiteto do Universo" a Jeová. Então leia: A "Lei Mosaica", através do seu terceiro mandamento,
proibia terminante e literalmente que se tomasse aquele precioso nome de "YHWH" (Jeová) em vão, e, é
assim que ela determinou: "Não tomarás o nome do Senhor (teu Deus) em vão, porque o Senhor não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êxodo 20.7.) Os israelitas que tinham, indiscutivelmente, um
grande temor por esse nome muito sagrado, não ousavam nem pronunciá-lo. E, quando alguém precisava
usar, ou até mesmo escrever esse nome, tinha primeiro de passar por um rigoroso ritual de purificação,
inclusive tomava-se banho, mudava-se a roupa, e colocava, se estivesse escrevendo, uma pena de ouro só
para grafar aquele "Tetragrama" e depois retirava-a, guardando-a para um nova oportunidade, e, só assim,
podia usá-lo com muita reverência, reserva e respeito. Mesmo com toda essa exigência, tal nome só podia
ser usado espaçadamente, isto é, poucas vezes por dia. Por isso mesmo, eles preferiam usar nomes
substitutivos e alternativas tais como: "El", "Eloim", "Eloá," "Elyon", "El Shadday" e "Adonay" que,
traduzidos para o português, nos deram as palavra "Deus" e "Senhor". Mas, mesmo assim, esses nomes,
essas alternativas, esses substitutivos dos israelitas, não podiam ser pronunciados de qualquer forma e a
toda e qualquer hora. Isto deveria ser também observado e rigorosamente cumprido, inclusive pelos
estrangeiros que estivessem dentro do território de Israel e a grande maioria dos "pedreiros de Salomão" era
de estrangeiros. Dessa forma, para respeitar o terceiro mandamento da Lei Mosaica e observar esse costume
rigoroso dos israelitas; para evitar que eles, especialmente como estrangeiros, fossem acusados do
cometimento do pecado de usar o nome de "YHWH" em vão, ou de usar com abuso o nome "El" e suas
O Imortal Pitágoras assim o definiu em linguagem bem maçônica, " Deus é a ordem e a harmonia, graças à
qual existe e conserva o Universo . Deus é Uno, não será nunca, como pensam alguns, fora do mundo, serão
no próprio mundo e todo no mundo inteiro ( Justino ) . Nele se formam todos os seres, imortais
como Ele; suas obras são suas. Deus é a alma de tudo . Deus está no Universo e o Universo está em Deus. O
mundo e Deus são apenas um. Se te perguntarem : "Qual é a natureza de Deus ? "Responde : " O circulo
cujo centro está em todas as partes e a circunferência em nenhuma parte . Se te perguntarem ainda : " Que é
Ele ? " Repete : " Deus é a alma de tudos os corpos e o espirito do Universo ( segundo Cicero ). Para
representar Deus, o sábio escreve a Unidade ".
HINO NACIONAL
Letra de Joaquim Osório Duque Estrada
Coro
Coro
Coro
Coro
HINO DA INDEPENDÊNCIA
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga
Música: D. PedroI
MAÇONS, AVANTE
(Dedicado à Maçonaria Brasileira)
Letra do Autor
Estribilho:
HINO MAÇÔNICO
(Letra e música atribuídas a D. Pedro I - Imperador do Brasil)
Maçons, alerta
Tende firmeza
Vingai direitos estribilho
Da natureza
estribilho
estribilho
estribilho
estribilho
estribilho
Bandeira querida...
Encerras um rico sentido místico,
pois a numerologia do quatro
está presente em você
Quatro pessoas te idealizaram
Levaram quatro dias para te crias
Foi o quarto decreto que te oficializou
E quatro são tuas cores
Em Novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I - ocorrida a 7 de abril daquele ano - é que os
trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande
Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.
Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em
praticamente todas as províncias, o Grande Oriente do Brasil logo se tornou um participante ativo em todas
as grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo com que sua História se confunda com a própria
História do Brasil Independente.
Na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram abatendo o escravagismo,
paulatinamente; entre elas, a "Lei Euzébio de Queiroz", que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a
"Lei Visconde do Rio Branco", de 1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas daí em diante.
Euzébio de Queiroz foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau 33; o Visconde do Rio
Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. O trabalho
maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888.
A campanha republicana, que pretendia evitar um terceiro reinado no Brasil e colocar o país na mesma
situação das demais nações centro e sul americanas, também contou com intenso trabalho maçônico de
divulgação dos ideais da República, nas Lojas e nos Clubes Republicanos, espalhados por todo o país. Na
hora final da campanha, quando a república foi implantada, ali estava um maçom a liderar as tropas do
Exército com seu prestígio: Marechal Deodoro da Fonseca que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente
do Brasil.
Durante os primeiros quarenta anos da República - período denominado "República Velha" - foi notória a
participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política nacional, através de vários presidentes
maçons, além de Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz de Campos Salles, Marechal
Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e Washington Luís Pereira de Souza.
Durante a 1ª Grande Guerra (1911 - 1918), o Grande Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu
Grão-Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil no conflito, ao lado das
nações amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande Oriente já enviava
contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas ao socorro das vítimas da guerra.
E, em 1983, investia na juventude, ao criar a sua máxima obra social; a Ação Paramaçônica Juvenil, de
âmbito nacional, destinada ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens - de ambos os sexos, filhos ou
não filhos de maçons.
Presente em Brasília - capital do país, desde 1960 - onde se instalou em 1978, o Grande Oriente do Brasil
tem, hoje, um patrimônio considerável, e em diversos Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital Federal,
onde sua sede ocupa um edifício com 7.800 metros quadrados de área construída.
Com aproximadamente 2.000 Lojas, com cerca de 61.500 obreiros ativos (31.12.1999), reconhecido por
mais de 100 Obediências regulares do mundo, o Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência
Maçônica do mundo latino e reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da Inglaterra, de
acordo com os termos do Tratado de 1935.
Portanto, a Maçonaria teve um papel muito importante na História do Brasil, visto que vários Maçons
participaram e contribuíram nos momentos históricos mais importantes do país.
Bibliografia:
Constituição do Grande Oriente do Brasil, 2001
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa, Nova Fronteira,
1995.
Ritual – R...E...A...A... de Apr..., 2001
História do GOB
Período Monárquico:
O Grande Oriente do Brasil foi fechado pelo seu Grão-Mestre, o imperador Pedro I, quatro meses após
a sua instalação. Mas em 1827 alguns irmãos iniciaram outro movimento para reacender a Maçonaria
no país, e em 1828 criaram um corpo diretor denominado Grade Oriente Brasileiro, porém apenas
simbólico e com uma Loja funcionando no Rito Escocês Antigo e Aceito.
Em 1831, depois da abdicação de D. Pedro I, abriu-se nova pugna entre maçons brasileiros; pois com
a reinstalação, em 23 de novembro desse ano, do anterior Grande Oriente Brasileiro, passaram os dois
Grandes Orientes a tratar-se como inimigos, não obstante trabalharem ambos no Rito Moderno ou
Francês. O Grande Oriente do Brasil esteve quase sempre em luta com outras potências maçônicas, e
em funcionamento irregular, a não ser nos breves períodos em que viveu à sombra do Supremo
Conselho para os Estados Unidos do Brasil. Em 12 de novembro de 1832 o antigo embaixador
brasileiro Montezuma, munido de plenos poderes do Supremo Conselho da Bélgica, fundou um
Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, no Rio de Janeiro, onde instalou uma Loja a que
denominou Educação e Moral. Este ilustre irmão era filiado a uma Loja do Grande Oriente do Brasil e a
uma outra do anterior Grande Oriente Brasileiro, e com o advento desta nova situação, passaram os
dois Grandes Orientes a criar Capítulos e consistórios , cada qual com um supremo Conselho. Em 23
de fevereiro de 1834 foi celebrado em Paris o “Traité d’Union d’Aliance et Confédération Maçonnique”
entre os Supremos Conselhos dos Estados Unidos da América do Norte, França e Brasil, este último
representado pelo Grande Lugar-tenente Comendador Machado E. Silva.
Por esse tratado, o supremo conselho do Brasil, então mais conhecido como Supremo conselho
Montezuma, deixou de fazer parte da federação de Paris. Do verdadeiro Supremo Conselho do Brasil,
assim feito adormecer, surgiram três novos Supremos Conselhos, dois dos quais, de vida efêmera, se
fundiram no Grande Oriente do Brasil. O outro grupo, emanado do Supremo conselho de Montezuma
desde 1842, reuniu-se ao anterior Grande Oriente Brasileiro, tomando o nome de Supremo Conselho
do Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, o qual aboliu inteiramente o Rito
Moderno ou Francês.
Por esse tratado, o supremo conselho do Brasil, então mais conhecido como Supremo conselho
Montezuma, deixou de fazer parte da federação de Paris. Do verdadeiro Supremo Conselho do Brasil,
assim feito adormecer, surgiram três novos Supremos Conselhos, dois dos quais, de vida efêmera, se
fundiram no Grande Oriente do Brasil. O outro grupo, emanado do Supremo conselho de Montezuma
desde 1842, reuniu-se ao anterior Grande Oriente Brasileiro, tomando o nome de Supremo Conselho
do Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, o qual aboliu inteiramente o Rito
Moderno ou Francês.
Reinando a anarquia em todas estas Ordens, cada multiplicação sua redundava em novo fracasso. Em
1843 foi fundada a Companhia Glória de Lavradio, com novo Grande Oriente, que também acabou se
cindindo em dois grupos. Um dos grupos aclamou seu Grão-Mestre do Lavradio o barão de Cairu, ao
passo que um dos dignitários do outro grupo, tendo monopolizado todos os poderes, provocou o
Reinando a anarquia em todas estas Ordens, cada multiplicação sua redundava em novo fracasso. Em
1843 foi fundada a Companhia Glória de Lavradio, com novo Grande Oriente, que também acabou se
cindindo em dois grupos. Um dos grupos aclamou seu Grão-Mestre do Lavradio o barão de Cairu, ao
passo que um dos dignitários do outro grupo, tendo monopolizado todos os poderes, provocou o
afastamento de mais de 1.500 maçons, os quais, sob a direção do grande irmão Dr. Joaquim Saldanha
Marinho, fundaram em 1863 o Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos.
Em 1870 o visconde do Rio Branco foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Lavradio, ao passo que
Saldanha Marinho sempre deteve esse cargo na Ordem dos Beneditinos. Em 1872, mercê dos esforços
do Grande Oriente de Lisboa, estes dois Grandes Orientes foram reunidos sob a denominação de
Grande Oriente Unido e Supremo conselho do Brasil, e a sua Constituição provisória foi promulgada
em 23 de setembro de 1872, no vale do Lavradio. Na ocasião da fusão havia 122 Lojas, das quais 68
Capitulares: 99 eram do Rito Escocês Antigo e Aceito, 11 do Rito Moderno ou Francês, 9 do Rito
Adoniramita, e 1 Grande Loja de Hamburgo; 1 de York e 1 de Adoção (mulheres). Delas, 51
provinham do Grande Oriente dos Beneditinos, 31 dos de Lavradio e 40 cujas colunas foram erguidas
depois da constituição do Grande Oriente Unido e Superior Conselho do Brasil.
A família maçônica brasileira estava de novo pacificada e a Ordem prosperou até a reeleição o Grão-
Mestre, a qual decorreu acidentada, pois o candidato dos Beneditinos obteve grande maioria dos votos
sobre o do Grande Oriente do Brasil. Então o Grande Oriente do Lavradio declarou nula a unificação
dos dois Grandes Orientes, feita em setembro de 1872. Este caso foi submetido às potências
estrangeiras, as quais, por grande maioria, decidiram que o visconde do Rio Branco não se achava
qualificado para anular uma fusão e deram ganho de causa a Saldanha Marinho. Como nenhum acordo
fora obtido entre os dois ex-Grandes Orientes, Saldanha retornou aos Beneditinos, mas continuando a
dirigir o Grande Oriente Unido e Supremo conselho do Brasil, e desta vez com o reconhecimento de
quase todas as potências mundiais.
Saldanha Marinho deteve esse primeiro malhete até 1880, e o Visconde do Rio Branco permaneceu
Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil até 1878, quando o sucedeu o Grão-Mestre Adjunto Dr. F. J.
C. Júnior.
Período Republicano:
Daí em diante a Maçonaria no Brasil prosseguiu mais ou menos normalmente suas atividades, sem
lances historicamente notáveis a não ser algumas alterações em sua constituição, tendentes a definir,
restringir ou ampliar poderes, até que em junho de 1927, o Supremo Conselho, convocado pelo
Grande Comendador Dr. Otávio Kelly, resolveu romper o Tratado de união entre o Grande Oriente do
Brasil, que havia sido firmado em 1864, para constituir-se uma potência maçônica mista. Este ato
provocou a fundação das Grandes Lojas soberanas em vários Estados do Brasil, com jurisdição nas
Lojas de seu território; Lojas de Perfeição, Capítulos, conselhos de Kadosch e Consistórios de Príncipes
do Real Segredo, obedientes ao Supremo Conselho. Todas as Grandes Lojas fundadas trocaram
representantes com as Grandes Lojas do Mundo, muitas das quais deixaram de reconhecer o Grande
Oriente do Brasil como potência maçônica regular. Ao passo que o Supremo Conselho, funcionando no
Grande Oriente do Brasil, fundado ao arrepio das Grandes Constituições e resoluções da Confederação
dos Supremos conselhos, é julgado espúrio e irregular pelos demais Supremos Conselhos, não tendo
por isso sido recebido no Congresso dos Supremos Conselhos, realizado em Paris em 1928 e em
Bruxelas em 1935. Por esses motivos, o Grande Oriente do Brasil tem sofrido contínuas
fragmentações, pois muitas Lojas têm se retirado de sua jurisdição para fundar novas potências, umas
irregulares, outras não.
Há anos, o incenso vem sendo utilizado pelas diversas crenças, religiões e mesmo
pessoas descompromissadas com qualquer tipo de credo.
Os antigos, extremamente cautelosos e minuciosos em relação ao preparo de seus rituais,
e, é claro, do ambiente em que realizavam estes rituais, escolhiam os incensos mais
apropriados para aquilo que desejavam e esperavam alcançar.
O uso dos incensos se propagou pelo tempo, tornando-se um importante instrumento
universal de meditação, purificação, proteção, não sendo errado acreditar em algumas
afirmações encontradas em livros, sites e crendices, tais como:
I. Os incensos, uma vez utilizados de maneira correta, criam uma atmosfera no ambiente,
de energia, equilíbrio e harmonia, que ajudam o ser humano a sintonizar mais facilmente
com os planos superiores;
II. Associam o homem à divindade, o finito ao infinito. Alguns, ainda, afirmam que os
incensos possuem a incumbência de levar a prece para o céu.
III. Os incensos estão relacionado ao elemento ar e representam a percepção da
consciência que, no ar, está presente em toda parte.
De fato, estas são apenas algumas das inúmeras afirmações devotadas a este “santo
remédio”, se assim podemos chamá-lo.
Os Incensos são misturas de ervas, aromas, ou seja, misturas de componentes alquímicos
que possuem a função básica de elevar espiritualmente, tanto o ambiente como o próprio
ser, servindo como agente mediúnico das intenções humanas ao Astral.
Para manipular corretamente o incenso, devemos tomar certos cuidados tais como:
a) Acender o incenso sempre com uma intenção clara, podendo ser um puro
agradecimento, prece, meditação ou o que mais tiver em mente;
b) Nunca devemos apagar o incenso com sopros;
c) Tentar sempre escolher a fragrância ou mistura conciliando com o que buscamos.
Alguns escritores descrevem a fumaça como sendo o, abstratamente, a transmutação da
matéria em espírito , ou seja carvão com o aroma, respectivamente. Talvez isto explique o
porque da necessidade de se ter uma intenção.
FRAGRÂNCIAS
A Câmara Escura da Reflexão é o Símbolo do estado de consciência ainda nas trevas, significa o isola-
Despojado dos metais, depara-se o candidato com o grão de trigo, que sepultado na terra germina com
seu próprio esforço em busca da luz; o pão e a água para que imite o exemplo em seu próprio corpo,
limpando-o e educando-o para apresentá-lo como pão do sacrifício; o sal e o enxofre, que são as duas
O testamento, que na vida profana é a preparação para a morte, aqui e o princípio da vida, e o executor
é o próprio iniciado, renascendo para cumprir seus deveres para com Deus, para consigo mesmo e para com
seus semelhantes.
Estas perguntas são a explicação do que respondeu o guia pelo candidato: o vicio é a
escravidão, a cadeia que estorva o Homem que sendo escravo do vício não pode ser livre
e de bons costumes; a virtude é a força, sentido moral que domina os vícios e debilidades.
Estabelece-se o domínio do superior sobre o inferior; é o programa do Iniciado na verdade
e na virtude.
O despojamento dos metais significa que tudo neste mundo se paga, que não se pode
receber sem dar; é o abandono às paixões e às vontades. Significa ainda a necessidade do
candidato abandonar os pensamentos que lhe pareciam agradáveis até então.
Com o coração descoberto em sinal de sinceridade e franqueza, o joelho direito
desnudo para marcar os sentimentos de humildade, e o pé esquerdo descalçam em sinal
de respeito, inicia o candidato a primeira viagem em busca do segundo elemento, a Água.
O contato com o primeiro elemento, a Terra, foi feito na Câmara das Reflexões, quando
nos foi lembrado que dela viemos e a ela retornaremos.
Uma vez cumpridos os deveres do Juramento, torna-se o iniciado digno de ver a Luz.
Cai a venda ou ilusão que lhe impede de ver a realidade. Vê os Irmãos com Espadas, que
não significam ameaça, mas as dificuldades a serem superadas no cumprimento dos
ideais. Quando o Iniciado cumpre todos os deveres ou obrigações e ajoelha-se ante ao Al-
tar, que é o seu coração, o Venerável Mestre, que ali é o Cristo, toma a Espada Flamígera e
pronuncia a consagração acompanhada pelos golpes do Grau. Feito isto, levanta-o e
abraça-o, chamando-o pela primeira vez de “Irmão”; cinge-lhe então com o Avental, maior
de todas as condecorações humanas, que simboliza o trabalho, dever do homem e fonte
de todos os bens. Dá-se ao iniciado dois pares de luvas, sendo um para sua amada. As
luvas, assim como o Avental, são brancas, como Símbolo das boas obras.
No topo da Coluna do Norte ficará a embelezá-la por três anos. Os três anos e as três
viagens simbolizam o tríplice período que marcará as etapas de estudos e progresso. Os
três anos referem-se às três artes:
Gramática, Lógica e Retórica. A Gramática é o conhecimento das letras, princípios,
signos, Símbolos da verdade. Os três anos têm ainda estreita relação com os três
primeiros números: um sentido da unidade universal; dois, dualidades da manifestação; e
três, Trindade ou Perfeição.
Quando fui iniciado numa loja simbólica, recebi várias orientações, entre as quais
uma me tocou profundamente: “o aprendiz deve permanecer em silêncio e ouvir, meditar, pen-
sar, perguntar, e que não deve falar, o que atrapalha o seu aprendizado”. Esclareceram-me,
porém, que não era proibido de falar e, se quisesse, não me seria negada a palavra. Fui alertado
de que calado teria mais aproveitamento, pois receberia uma somatória de informações e, se
começasse a participar das discussões em loja, correria o risco de retardar o meu aprendizado.
Diante de tal circunstância, procurei fazer uma pesquisa em livros e revistas do porquê os
aprendizes não devem falar em loja.
A Maçonaria é uma instituição eminentemente iniciática, que tem por doutrina transmitir seus sagrados
ensinamentos através do estudo dos símbolos e deles deverão ser extraídas as verdades eternas. Somente os
A palavra iniciar deriva do latim initiare ou initiurn e o sufixo in indica para dentro.
Na acepção esotérica, voltado para dentro, ou seja, o ingresso ao mundo interno e desco-
nhecido. Ora, todo aquele que inicia não domina, principalmente aquele que inicia uma vida
nova. Simbolicamente, o aprendiz morreu para os vícios profanos e está iniciando uma nova
caminhada em busca do aperfeiçoamento moral e intelectual pregado pela Sublime Ordem,
para que possa ser útil para si mesmo e à humanidade.
Ao ser iniciado, o aprendiz nasceu, é uma criança que se defronta com o mundo
desconhecido. Portanto, não tem condições de integrá-lo em toda a sua plenitude. sendo
necessário um guia que o prepare e lhe ensine as primeiras palavras para que possa
comunicar-se e fazer-se entender.
Já num outro estágio, essa criança já aprendeu a soletrar as primeiras letras, pois já assimilou os primeiros
ensinamentos básicos, razão pela qual o aprendiz só sabe soletrar. O companheiro, mais adiantado, aprendeu
a silabar. E a fase da curiosidade e a todo o momento o companheiro pergunta: Por que é assim?
A expressão não podem representa uma proibição tácita, ou seja, estão proibidos, já
está determinado. Já a expressão não devem representa um conselho, uma lembrança, uma
sugestão seguida de uma explicação: não devem porque... e se justifica.
Da pedra cúbica já foram retiradas as suas asperesas, e os companheiros necessitam de outros instrumentos
para o seu trabalho. Necessitam de cálculos e precisão - do intelecto - para a execução da obra traçada pelos
Ao mestre, que domina os conhecimentos e já adquiriu sua plenitude, fala, resolve, participa e ensina.
José Castelanni, um dos mais conceituados autores, também discute com muita propriedade. E claro que isto
é simbólico, pois ninguém impede de um aprendiz falar durante as sessões,’ “embora a ortodoxia maçônica
1. Simbolicamente, o aprendiz é uma criança de tenra idade, que não sabe fazer uso do vocabulário.
2. Esta é a razão mais importante: em todas as ordens iniciáticas da antiguidade, “o neófito limitava-se a
ouvir para aprender”.
Nas escolas pitagóricas, o primeiro grau era dos ouvintes, que participavam das reuniões, mas guardavam
absoluto silêncio numa fase que durava dois anos, durante os quais se limitavam a “ouvir e a aprender”. No
mitrismo persa, o primeiro grau era o corax (o corvo); no mitrismo, o neófito era o servo do sol, que podia
imitar a fala, mas não podia criar idéias próprias. Assim, era mais um ouvinte que um participante.
Iniciação-Simbolismo
A partir do momento que alguém se torna Maçom, há de se conscientizar que haverá um caminho longo a
percorrer. Pode-se dizer que é um caminho sem fim. Ao longo dessa caminhada há bons e maus momentos. Os
bons deverão ser aproveitados como incentivo, e os maus não poderão ser motivo de esmorecimento e desistência
da viagem iniciada. A linguagem, sempre empregada nas Lojas Maçônicas, diz que o Aprendiz Maçom é uma pedra
bruta que deve talhar-se a si mesmo para se tornar uma pedra cúbica. É o início da sua jornada Maçônica.
O nutrimento elementar para a viagem é conhecido do Maçom desde de nossa primeira instrução recebida:
A régua de 24 polegadas, o maço e o cinzel. Com o progresso, o Maçom vai recebendo outros objetos, tais como o
nível, o prumo, o esquadro, o compasso, a corda, o malhete e outros. Os utensílios de trabalho, obviamente, são
simbólicos. Todos os símbolos nos abrem as portas sob condição de não nos atermos apenas às definições morais.
E é com o manuseio dessas ferramentas que se começa a tomar consciência do valor iniciático da Maçonaria em
nossa 3a instrução. O espírito Maçônico ensina, aos seus adeptos, um comportamento original que não se encontra
em nenhum outro grupo de homens. Se isso não for absorvido, não será um bom Maçom, livre e de Bons costumes.
Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode
estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem escravo de suas próprias paixões e
preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já
possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da
Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade,
pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para
uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de
uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja
Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição,
Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde o nós homens nos
aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que os possibilitam ser, cada vez
mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um
brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser
homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é
escravo de suas paixões , que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.Não é homem
livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios. Não é homem livre aquele que é
dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações. Não é homem livre, quem se enchafurda no
vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos
instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as.
Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam, que
desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se
de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do
bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos
preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de
regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações
domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.
Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas
e a dignidade ou decoro social.
A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que
os regulam são, inequivocamente, fundados nela.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é
defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons
costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados
compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da
fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz
com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as
derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno se vencido,
porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo,
sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve
cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem
qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é
abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade, não se desvia
do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao
semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um
prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o
ódio destrói, só a amizade constrói.
Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que
façam destacar a maçonaria.
O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.
Bibliografia :
James Anderson
James Anderson, habitualmente denominado de "pai da Maçonaria Especulativa", nasceu na
cidade de Aberdeen, (Escócia), por volta do ano de 1680. Estudou teologia em sua cidade
natal, no "Marischal College", onde acabou recebendo o seu título de "Doutor em Teologia",
naturalmente presbiteriano, religião então predominante na Escócia.
Ainda antes de 1710, Anderson veio fixar residência em Londres, onde ele, mais tarde,
comprou os direitos de vicariato de uma Capela Presbiteriana, situada em "Swallow Street"
(Rua das Andorinhas), onde ainda em 1735 o encontramos fazendo as suas pregações.
Em sua qualidade de vigário presbiteriano ele se tornou muito conhecido do povo londrino,
em face de suas inúmeras pregações, muitas das quais chegou a publicar em folhetos
avulsos. As que mais admiração causaram foram as cinco seguintes:
1. "Nós esperamos a paz, que não veio; Dia da Saúde" (Jeremias 8-15), pronunciada em
16/01/1712 na Igreja de Swallow Street.
2. A pregação de 30/01/1714, teve como título: "Assassinos de Rei, não", um nome assaz
curioso. Tratava-se de uma pregação a favor do Rei George I, recentemente coroado, contra
as falcatruas e confabulações do partido católico do pretendente Jacobus III.
4. Esta foi uma pregação fúnebre no dia do 1º aniversário do falecimento do padre William
Lorinzer, um ministro presbiteriano que tinha feito a sagração de Anderson.
E não há duvidas que Anderson, ao abordar este assunto, falava de experiência própria, pois
consta que por volta de 1720 tinha perdido todo o seu patrimônio, e a sua situação
financeira estivera tão precária, que os seus credores o lançaram na "torre dos devedores",
de onde o tiraram os seus Irmãos Maçons, depois de terem pago as suas dívidas.
Exemplares destas cinco pregações existem ainda hoje na biblioteca dos advogados, de
Edinburgh.
Logo no ano seguinte, de 1733, publicou o livro: "A Unidade na Trindade, e a Trindade na
Unidade". Em 1739 editou o livro "Notícias de Elysium" e "Conversas com os Mortos" e,
finalmente, em 1742, ainda surgiu, em edição póstuma a "História genealógica da Casa
Nobre de Ivery" uma antiga estirpe irlandesa, cujo membro vivo na ocasião era o Conde de
Egmont.
Nunca se soube em que Loja Anderson fora iniciado, mas é provável que ainda tenha sido na
Escócia, de modo que já era Maçom feito a filiar-se a uma Loja em Londres.
Deve ter trabalhado com incrível rapidez, a não ser que já tenha feito os estudos
preliminares, pois já em 21/12/1721, apresentou o Manuscrito Projeto, que foi entregue a
14 Irmãos competentes, e esta mesma comissão depois de feitas as resolvidas emendas
consideradas necessárias, aprovou a nova Constituição em 25/03/1722.
A autorização da impressão da Constituição e sua venda criou grande celeuma, e por isto, o
Irmão Anderson parece ter ficado afastado dos trabalhos durante quase 10 anos das Lojas.
Mas em 24/02/1735 Anderson apresentou-se novamente à Grande Loja, pedindo licença
para imprimir uma Edição da Constituição aumentada, cujo novo texto foi finalmente
aprovado em sessão de 25/01/1738, pelos representantes das 56 Lojas presentes, sendo
impressa logo em seguinda.
Kurt Prober
Quando levantamos templos a virtude e cavamos masmorras aos vícios, estamos levando em
consideração o que todos os livros sagrados de todas as religiões vem falando a milhares de
anos com sua escrita clara, suscinta e velada: por exemplo: na Bíblia, o grande Kabir Jesus diz:
que devemos negar a si mesmos, negando dentro de nós mesmos os nossos vícios, tais como: a
nossa ira, a nossa vaidade, o nosso orgulho e a nossa ambição: no Alcorão, Maomé com toda a
sua sabedoria, nos disse: morte aos infiéis, em que os infiéis são os nossos próprios vícios e
defeitos, e que seus seguidores, hoje, pensam equivocadamente que somos nós os ocidentais;
no Baghavad Ghita, livro sagrado dos Hindostânico, aconteceu uma batalha de Arjuna,
personagem épico deste livro, contra seus parentes, em que muitos seguidores desta filosofia
hindu levam ao pé da letra, mas que na realidade, meus queridos IIr∴, lutar contra os parentes
significa, aqui, cavar e enterrar os próprios vícios; no budismo, Sidharta, nos fala em aniquilação
budista, que também significa a morte dos nossos vícios.
E aqui na Loja? Será que estamos nos propondo a mudar, cavando masmorras aos vícios e
levantando templo a virtude ou estamos dando vazão e espaço a antigos rancores, alimentando a
ira e nossas ambições desenfreadas, sem amparo, nem sustentáculo das colunas deste Templo,
onde se prega o amor e união dos IIr∴.
Faça de seu corpo uma pedra dentro desta Loja e de seu espírito um laboratório de experiências,
pois empenhando-se em uma pesquisa profunda a respeito do funcionamento espiritual da Loja,
teremos possibilidades de fazer mudanças positivas em nosso interior. Como diz o sábio: o
exterior é reflexo do mundo interior, e, quando soa a bateria no Ritual Maçônico e o som chega
aos nossos ouvidos de forma harmônica, significa que estamos em harmonia com todo o
universo, e, provavelmente teremos uma Sessão Justa e Perfeita. Mas quando a bateria soa em
desarmonia, o ritmo da Loja desanda, e, os IIr∴ que provocaram inconscientemente tal
desarmonia, trazem na sua ambição, o falso sentimento, que pela força e pelo grito podem
conseguir tudo que querem, inseridos na visão mundana e superficial do que realmente é a
maçonaria. Claro está, que a única forma de desenvolvimento no mundo maçônico é o
desprovimento completo e absoluto do egoísmo, onde o sentimento de irmandade, fruto do
Liberdade, Igualdade e Fraternidade não são as três maiores palavras do nosso vocabulário,
mas são sem dúvida as três palavras que em todos os vocabulários do mundo abrangem a maior
grandeza, o maior conteúdo significativo. Se as questionarmos profundamente, desvencilhados
de todos dogmas, tabus e superstições que moldam a nossa sabedoria vamos encontrar
exatamente dentro da tríade as grandes respostas que nos desafiam ao largo de séculos e
milênios, para solucionar as questões sociais que agitam o mundo e atormentam a humanidade.
Nenhuma dessas três maravilhas se realizou ainda, na sociedade humana que conhecemos;
tanto a liberdade quanto a igualdade ou a fraternidade somente viveram em nossa imaginação
porque a concretização em fato social de uma delas apenas significaria criar aqui na terra o
verdadeiro Jardim do Edem; o mesmo paraíso com que todos nós sonhamos, e que, por
desconhecermos o caminho para encontrá-lo, acabamos por colocá-lo na imaginação utópica de
uma eternidade. Dizemos que apenas uma dessas três palavras será o bastante para levar-nos
ao aperfeiçoamento da sociedade humana porque elas não são entre si isoladas; nenhuma delas
sobrevive isoladamente; elas formam uma trilogia perfeita, no mais grandioso e indestrutível elo
triangular do universo. Elas se complementam, somando-se as duas primeiras para formar a
terceira, como se tivéssemos um triângulo retângulo, onde os quadrados de dois lados se somam
para fazer um lado maior. Este lado maior, que na geometria chamamos hipotenusa, significa a
fraternidade que, indiscutivelmente, constitui o mais flamejante e supremo desiderato da
humanidade; o oásis da sociedade humana que jamais se realizará na ausência de uma
liberdade total e ilimitada para cada indivíduo, a par de uma igualdade perfeita para os direitos de
todos. A liberdade e a igualdade da mesma forma, nenhuma se realizará sem a presença da
outra, onde ambas se vão somar para criar a fraternidade, como o destino específico que a
natureza, ou G∴ A∴ D∴ U∴ , traçou para o homem inteligente.
O dia que se implantar a fraternidade no nosso mundo não haverá mais guerras e nada dos
acontecimentos funestos que nos consternam neste momento. Será o paraíso do homem
inteligente. Mas a fraternidade não poderá ser instituída por um decreto; o homem, esse impostor
que vem estupidamente destruindo o ecossistema e tudo de belo que a natureza criou, há um
tempo que, paradoxalmente, intitula-se uma imagem e semelhança de Deus, não tem capacidade
nem faculdades lógicas para criar a fraternidade através de uma ordem ou qualquer forma
Somente a igualdade, é o elemento único de nossa tríade que poderá ser constituído pelo
homem, ou seja, instituído através de uma constituição. Não pela maneira vulgar e até graciosa
que está consignada em nossas constituições e inclusive no documento magno que intitulamos:
"Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão", onde o poder bazofia com os
dizeres: "são todos iguais perante a lei", sem a instituição dos mínimos preceitos que tornem as
pessoas iguais. Até poderia ser válida esta afirmação se a lei representasse a justiça, como
sendo o consenso da humanidade; porém, é de notar-se que todos os absurdos que pratica o
homem estão capitulados nas leis, ou, pelo menos, as leis lhes cederam espaço para existirem.
O simples fato de estarmos constituindo uma condição de igualdade através de uma declaração
já caracteriza perfeitamente um domínio e desigualdade entre quem declara e os declarados.
A implantação da igualdade social por meio de uma constituição não significa ainda a solução
ideal, de vez que o sistema constitucional vigente no mundo ainda não nos parece haver
alcançado os resultados ideais e definitivos; eis que as mais de 200 constituições existentes, vem
sofrendo constantes emendas e alterações. Nem a constituição norte americana, que apontamos
como modelo, nos configura uma constituição ideal. Ela sobrevive há mais de 200 anos com
resultados estáveis porque são sustentados, mas que se nos afiguram bem longe do ideal e
definitivo. Uma constituição é o documento intelectual mais profundo e sábio que poderá um povo
realizar, porque somente através de uma carta magna se instituirão os valores e disciplina para
uma sociedade ideal. A constituição deverá ser o poder impessoal e único para governar um
povo; uma lei para governar os homens, sem o menor espaço à intromissão de homens para
governar as leis. É o paradoxo de nossas Cartas, como autênticas fábricas de homens para
governar e até abusar livremente das leis. As assembléias constituintes atuais, representam mas
não defendem a vontade popular; são institutos próprios da conjuntura em que o homem domina
o homem e organizam-se para negociar os interesses apenas dos que detém o poder, onde até
comportamentos verdadeiramente selvagens são regulamentados. Os preceitos de uma
constituição deverão nascer de uma idealização e nunca de alguma negociação.
A igualdade é um fato social que se determina desde a adoção de institutos que propiciem e
assegurem sua realização. Associa-se com os demais elementos da tríade e constitui a única
porta de entrada para formarmos um novo triângulo; possivelmente o mais lindo e maravilhoso,
que se vai incluir nos demais da nossa Magnífica Ordem. É o lema grandioso que inspirou a
Revolução Francesa como "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", e que pedimos vênia para
inová-lo como: "Igualdade, Liberdade e Fraternidade", de vez que só a começar da igualdade a
sociedade humana alcançará sua realização. Desde a igualdade social o homem poderá criar
nosso triângulo maravilhoso, ao transferir do "homo-fera" para o "homo-sapiens" o poder que
dirige o mundo, assim constituindo o verdadeiro "Triângulo da Salvação".
Os homens estão em guerra, dentro de um círculo vicioso, desde as mais remotas notícias que
nos traz a historia sobre sua presença na superfície da terra. São trágicos e apavorantes os
desajustes que conflitam e enlutam nosso momento social, com indícios bem claros de
aumentarem cada vez mais. Tudo se passa e tudo se tenta sem nada de positivo concretizar,
como se estivéssemos num recinto em chamas, sem portas visíveis para sairmos. Resta-nos
apenas a alternativa de perguntar: "Por que tudo isso ocorre? Onde estará a solução?... E
não será por demais surpreendente a resposta quando encontrarmos bem nítido e visível a
escolherão seu comportamento ideal, dentro de uma liberdade ampla, onde os direitos de cada
pessoa sejam limitados apenas pelos direitos idênticos de seu semelhante. Jamais atingiremos
este objetivo nas instituições vigentes de pseudodemocracia, onde a coletividade não escolhe os
seus direitos e sim escolhe os agentes do poder, mediante alienação de todos os seus direitos e
toda soberania.
Numa sociedade em que o direito seja criado livremente pelo consenso de todos, é obvio que
todos os conhecerão para saber respeitá-lo, ao tempo que se farão os melhores fiscais de seu
cumprimento, sem deixar lugar para sua transgressão. Diante disto, desaparecerão os motivos
para conflitos, assim como também desaparecerá a necessidade de tribunais e a existência de
presídios humanos ou qualquer forma de repressão.
Isto é o que entendemos por igualdade social, onde está implícita a liberdade e desabrochará
sem dúvida o maior desiderato do homem inteligente, que é a fraternidade e equivale ao paraíso
encantado com que todos nós sonhamos e nunca imaginamos estar tão perto de nós.
BIBLIOGRAFIA: Ir.’. Sebastião Costa – A Maçonaria e os Grandes Mistérios
PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES
SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.
Assim sendo, SER LIVRE significa, não estar apegado à matéria e aos elementos
materiais. Ser livre é estar liberto do EGO, o elemento que nos aprisiona ao corpo
de barro e nos impede de transcender rumo à verdadeira luz. Essa Verdadeira Luz
habita todos os seres vivos e os conecta diretamente a um corpo mais elevado, mas
está oculta pelo dogma, preconceito e demais arestas da pedra bruta. Somos uma
célula que pertence a um corpo chamado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alah,
Jeová ou tantos outros nomes usados para representar o criador; nossa missão é
nos purificar para que possamos voltar a fazer parte desse corpo de pura luz.
Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.
A Maçonaria será tão grande e boa quanto nós, os Irmãos, se formos grandes e
bons individualmente.
Se uma única pessoa representa uma vela na escuridão, um grupo de pessoas irradiando
luz seria o equivalente a um farol que guia e dá rumo aos desorientados pela ausência de
luz.
PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES
SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.
O que valoriza o homem e deveria valorizai especialmente o Maçom, não pode ser
avalizado por certidões negativas, nem por vagas informações de terceiros e nem
por entrevistas feitas por pessoas que não possuem esse sentimento da
fraternidade universal.
Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.
Vedar os olhos
A cerimônia da vedação dos olhos tem enorme relevância, pois é o ponto de partida,
ou melhor, o disparo da iniciação.
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