▪ RESUMO
preferirmos, mais adiante além dos apontamentos, fiz a questão de elaborar alguns
Albert Einsten
São vários os conceitos de Direito penal, mas neste artigo traremos aquele
que se mostra mais afigurado no meu entender, sendo assim pretendo perfilhar o
conceito que faz menção que o Direito Penal, é um ramo de Direito Publico que
visa a descoberta dos infractores do crime e aplicação da consequente medida de
segurança (nos casos dos inimputáveis).
Muitas vezes nos temos nos deparamos, com vários manuais ou mesmo
textos soltos que referem a Direito Criminal e outros a Direito Penal, afinal
trata-se de mesmos termos?
São várias as teorias que se posicionam em relação aos fins imediatos dentre as
quais podemos destacar as seguintes:
CONCEITOS PRELIMINARES
Como forma de ter uma melhor compreensão sobre o tema em alusão
convém trazer os conceitos ligados a este tema, que sob nosso viés torna-se
imperioso, trazer estes conceitos, começaremos por trazer o significado das
expressões constantes no tema.
Logo, a lei é igual para todos e não existem privilégios pessoais que
limitem a aplicabilidade da lei penal, não vigorando o princípio legibus solutu.
Há, no entanto, Pessoas que por virtude das suas funções na orgânica do Estado
ou em razão de regras de Direito Internacional gozam de imunidades.
Coisa semelhante sucede com os Deputados que, nos termos do art. 173
da constituição são invioláveis pelas opiniões e votos que emitem no exercício
do seu mandato.
O que nos parece, e de certo modo, acaba por funcionar como tal, ser uma
violação do princípio da igualdade, só que estas eventuais excepções são feitas
pela própria constituição e por tanto não se levantará o problema da
inconstitucionalidade, a não ser por quem admita de uma forma mais ou menos
"metafísicas", que é possível haver normas constitucionais, feridas de
inconstitucionalidade.
EXCEPÇÕES DIPLOMÁTICAS
Há também excepções diplomáticas, que aliás poderiam também
enquadrar-se num princípio de extraterritorialidade, com o princípio da
extraterritorialidade nota-se que um individuo fica isento da jurisdição da lei
local, esta afecta também as pessoas que representam oficialmente o seu próprio
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Estado no estrangeiro, especialmente os diplomatas e as autoridades supremas
em caso de visitas, implicando geralmente, nesses casos, imunidade perante as
forças coactivas. Assim:
Não abrange:
• Empregados particulares;
Porem, estas imunidades são irrenunciáveis pelas pessoas, mas podem ser
renunciadas pelo Estado representado.
Ainda no âmbito processual sobre a figura do P.R pode-se dizer que este
só pode ser julgado no Tribunal Supremo, quando estiverem em causa a prática
de crimes no exercício da sua função ou por causa delas, depois de haver
anuência da Assembleia da República e remetido ao directamente ao Procurador
- Geral da República. Ainda pode se dizer que em termos processuais esta figura
não pode ser sujeito a medida de coacção máxima da prisão preventiva durante o
exercício das suas funções nos termos do artigo 153 da CRM.
Alguns autores dizem que para que o individuo seja responsável penalmente por
determinado delito são necessárias três condições básicas que são:
Segundo o cultor Figueiredo Dias, entende que a tese que considera, que
as pessoas colectivas não podem ser passiveis de ilícitos criminais louva-se
numa ontologificação e autonomização inadmissível do conceito de acção, ao
esquecer que este conceito pode ser feito pelo tipo de ilícito de exigências
normativas que o conforme como uma certa unidade de sentido social, e
importante demostrar a capacidade de acção das pessoas colectivas e, para isso,
muito tem contribuído as outras doutrina como exemplo a doutrina holandesa e
norte-americana.
CAPACIDADE DE ACÇÃO
Pressuposto básico da aplicação de qualquer pena é a existência de uma
acção típica, ilícita e culposa e punível. Neste sentido, urge, antes de mais nada,
para que possamos imputar responsabilidade penal das pessoas colectivas.
Contrário da maioria dos autores fazia-o não devido à incapacidade de culpa,
mas à incapacidade de acção do ente colectivo, a qual se colocava num
momento anterior ao da capacidade de culpa. Segundo aquele cultor, o
comportamento de que se parte é o comportamento humano e, em princípio ao
contrário do que acontece em todos os ramos de Direito, nomeadamente no
Direito Civil só o dos indivíduos e não o das colectividades: societas deliquere
non potest. Pelo que a irresponsabilidade jurídico-criminal das pessoas
colectivas deriva, assim, logo da sua incapacidade de acção e não apenas, como
querem alguns, da sua incapacidade de culpa.
Igualmente, na esteira do ilustre professor João Castro, assegura que “a
especificidade normativa da acção criminal” leva-nos a “concluir pela
incapacidade de acção das pessoas colectivas”, na medida em que só a negação
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de valores pelo homem, só o comportamento humano e a conduta dos
indivíduos, pode constituir acção jurídico-penal.
CAPACIDADE DE CULPA
Nas sábias palavras do autor acima supracitado, o grande ataque
dogmático principal que se faz a punibilidade das pessoas colectiva reside na
incapacidade destas, em suportarem um juízo de censura ética, isto e, um
verdadeiro juízo de culpa.
Na verdade a culpa, enquanto censura ética jurídica do agente por não ter
actuado de modo diverso, pressupõe a ideia de que o seu destinatário é um
sujeito livre e responsável que podia (e devia) ter arguido de modo diverso.
Levando em conta, que o imputável não age com culpa, não há que se
falar em pena, mas sim em medidas de segurança, esta que é uma substituição da
pena, de índole assistencial, fundada na periculosidade e não na
responsabilidade do autor facto.
Neste sentido, assume particular importância a questão dos fins das penas.
Importa, todavia, ainda salientar que a doutrina que se perfile determina a
compreensão que se venha a fazer do princípio da culpa. Por outras palavras, as
doutrinas retribuicionistas olham a culpa como fundamento e medida da pena e
as doutrinas preventivas encaram-na como pressuposto e limite da pena. Ou
seja, a mediação penal deve cingir-se a crimes em que a perturbação da ordem
pública seja limitada, não ultrapassando em larga medida o interesse mediato da
vítima, procurando-se a obtenção de paz privada entre o agressor e a vítima.
Caso 1
Um temporal provoca a morte a dez pessoas. Para o direito Penal há uma acção?
Caso 2
Caso 3
Caso 4
Caso 5
Doutrina Penal: coacção moral – há acção, o que não significa que o agente seja
punido. Acção humana mas condicionada.
Caso 7
Caso 8
Caso 9
R: Respostas 7 e 8.
Caso 10
R: Resposta 7, 8 e 9.
Caso 11
Caso 13
A, por força de uma descarga eléctrica, parte uma peça de mobiliário. QI?
Conclui-se que apenas nos casos 6 e 11 é que havia acção. Não há acção pelo
pensamento, pela força irresistível, pela inconsciência e quando estamos perante
um acto puramente reflexo.
Caso 14
A., ao provar um vestido numa senhora, abraçou-a. Esta procurou então afastá-
lo mas, nesse momento o seu peito ficou a descoberto. De imediato, A lança-se
sobre o mesmo beijando-o e mordiscando-o, tendo-lhe causado uma ferida. QI?
Caso 15
Quando A conduzia na estrada, entrou pela janela que se encontrava aberta uma
mosca que estava na direcção da sua vista. A realizou então um movimento
brusco de defesa com a mão. Este movimento reflectiu-se no volante e
consequentemente A perdeu o controlo sobre o seu automóvel que se projectou
na via oposta, provocando a colisão com o veículo que seguia na faixa contrária.
Da mencionada colisão, resultaram ferimentos em várias pessoas.
SD – há acto reflexo.
Caso 16
OMISSÃO VS ACÇÃO
Caso 17
Com está a afogar-se em alto mar. A lança uma bóia a C, a meio retira-a e C
morre afogado. QI?
Normativamente esta conduta deve ser equiparada a quando o agente não age
desde início (omissão). É como se houvesse dois dispêndios de energia de
sentido contrário.
Caso 18
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C está-se a afogar em alto mar. A lança uma bóia a C, as a meio do caminho B
retira-a e C morre afogado.
Caso 20
O que é acção livre na causa? Pessoa derrogar-se para cometer crime” 20º/4
Caso 21
Caso 22
NB: Estes apontamentos tem a sua primeira fase, está que encontra-se
concluída, a segunda parte encontra-se prevista para a primeira quinzena do mês
de Março, em casos de Duvidas, criticas e sugestões, os meios que poderão usar
para contactar-me poderão encontrar no rodapé deste resumo, soo assim posso
melhorar na próxima parte dos apontamentos, os art. usados correspondem ao
código penal em vigor ou seja aprovado em 2014.
Lajos Kossuth