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de Frederick Douglass,
Um Escravo Americano.
Escrita por ele mesmo.
Frederick Douglass
CONSELHO EDITORIAL:
Profª. Drª. Sandra Sirangelo Maggio (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Prof. Dr. Claudio Vescia Zanini (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Profª. Drª. Adriane Ferreira Veras (Universidade Estadual do Vale do Acaraú
Prof. Dr. José Carlos Marquez Volcato (Universidade Federal de Pelotas)
Profª Drª Jaqueline Bohn Donada (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
ii
Esta obra foi publicada originalmente em inglês com o título
Frederick Douglass
Tradução
Leonardo Poglia Vidal
Revisão
Caroline Navarrina de Moura
Acompanhamento Editorial
Lis Yana de Lima Martinez
Título original The Narrative of the life of Frederick Douglass: an American Slave
ISBN: 1515175340
ISBN-13: 978-1515175346
________________________________________________________________
Todos os direitos autorais desta edição reservados ao tradutor e organizador da
mesma
ISBN: 1515175340
ISBN-13: 978-1515175346
DEDICATÓRIA
i
Leonardo Poglia Vidal (tradução)
AGRADECIMENTOS
ii
NOTA DO TRADUTOR
3
Leonardo Poglia Vidal (tradução)
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Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Americano
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Leonardo Poglia Vidal (tradução)
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Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Americano
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Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Americano
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Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Americano
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Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação da UFRGS.
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REFERÊNCIAS
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PREFÁCIO
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CARTA DE
WENDELL PHILLIPS, ESQ.
Boston, 22 de abril de 1845.
Caro amigo:
Com certeza, você lembra da velha fábula “O Homem e
o Leão”, em que o leão reclama que não teria sido tão
caluniado “se os leões escrevessem a história”.
Bem, estou feliz por ter chegado o tempo em que “os
leões escrevem a história”. Por tempo demais, tivemos que
compreender o caráter da escravidão pela evidência deixada
involuntariamente pelos senhores de escravos. Até se
poderia descansar satisfeito com o que está evidente, e que
por isso pode ser entendido como o resultado dessa
relação, sem buscar mais a fundo, a fim de descobrir se
entendeu sua totalidade. É verdade que aqueles que ficam
uma semana inteira olhando os sacos de milho, e adoram
contar as chibatadas nas costas dos escravos, dificilmente
seriam o material para formar abolicionistas e
reformadores. Lembro que, em 1838, muitos esperavam
pelos resultados do experimento na Índia Ocidental, antes
que se juntassem a nós. Esses “resultados” chegaram muito
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FREDERICK DOUGLASS
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CAPÍTULO I
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CAPÍTULO II
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10[NT] Embora a tradição literal fosse justamente ‘Casa Grande’, que era
usada no Brasil, não quis empregar o mesmo vocábulo para não confundir
o leitor dando a ideia de uma única casa grande - as fazendas em questão
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tinham cada uma sua ‘casa grande’ e sua ‘senzala’ – o Casarão, no caso, era
conhecido por ter a Casa Grande maior do que as vizinhas.
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CAPÍTULO III
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acredito que não seja exagero; ele tinha tantos que não os
conhecia quando via, e nem os escravos das fazendas do
entorno o conheciam. Dizem que um dia, ao cavalgar pela
estrada, encontrou um negro e perguntou, do jeito comum
de se dirigir aos negros nas estradas públicas do sul:
“Então, garoto, a quem você pertence?” “Ao coronel
Lloyd”, respondeu o escravo. “Bem, e o coronel te trata
bem?” “Não, senhor”, respondeu ele. “Quê, ele faz você
trabalhar demais?” “Sim, senhor.” “E você não tem comida
o suficiente?” “Sim, senhor, o pouco de comida que ele me
dá é suficiente12.”
O coronel, depois de descobrir o lugar a que o escravo
pertencia, continuou seu caminho, e o homem também
seguiu seu rumo, sem sequer sonhar que tinha conversado
com seu senhor. Não se falou, pensou ou ouviu mais a
respeito do ocorrido até duas ou três semanas depois,
quando o pobre homem descobriu através de seu feitor que
seria vendido para um mercador da Geórgia. Ele foi
imediatamente acorrentado e algemado e, assim, sem aviso
prévio, afastado para sempre de sua família e amigos por
uma mão mais implacável que a morte. Esse é o castigo por
dizer a verdade, a mera verdade, ao responder uma série de
perguntas simples.
É, em parte, por conta de casos semelhantes que os
escravos, quando lhes perguntam a respeito de sua
condição ou o caráter de seus senhores, quase sempre
12[NT] No original, "Yes, sir, he gives me enough, such as it is.", o que a princípio
pareceria uma resposta afirmativa – só que ‘such as it is’ é uma expressão
idiomática que sugere algo insuficiente ou de qualidade inferior. A inserção
da contradição na frase traz o mesmo efeito de sentido.
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ele era mais rico, os de Jepson dizendo que ele era mais
esperto e mais viril. Os escravos do coronel Lloyd se
gabariam dizendo que ele podia comprar e vender Jacob
Jepson, e os escravos do Sr. Jepson dizendo que ele era
capaz de surrar o coronel Lloyd. Essas discussões quase
sempre acabavam em briga entre os dois grupos, e se
considerava que os que ganhassem no braço tinham
vencido a discussão. Pareciam pensar que a nobreza de seus
mestres era transferida para eles. Já era ruim o suficiente ser
escravo; agora, ser escravo de um homem pobre era
mesmo uma desgraça!
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CAPÍTULO IV
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14[NT] Uma adaptação radical do original, que apregoa que “it was worth a
half-cent to kill a ‘nigger,’ and a half-cent to bury one” (valia meio centavo
matar um negro, e meio centavo enterrar um). Mas aqui, seguindo a opção
mais coerente com os objetivos desta tradução, privilegiou-se a clareza e o
sentido em detrimento da fidelidade ao original.
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CAPÍTULO V
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CAPÍTULO VI
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16[NT] No original, “if you give a nigger an inch, he will take an eel” (se você der
a um negro uma polegada, ele toma uma vara). Como as medidas não são as
mesmas e nem o ditado é familiar, se trocou por um de significado e forma
semelhantes.
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17 [NT] "Take that, you black gip!" – ‘gip’ sendo uma corruptela de ‘gyp’,
sinônimo de ‘trapaceiro/a’.
18 [NT] No original, ‘pecked’, que significa ‘bicada’. Uma vez que grande
parte das pessoas hoje em dia mora nas cidades e só conhece a galinha
como vem à mesa, adapta-se para uma forma em que, imagina-se, o sentido
venha mais naturalmente.
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CAPÍTULO VII
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CAPÍTULO VIII
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CAPÍTULO IX
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20[NT] Menos de meio bushel (portanto, menos que 12,5Kg de milho, para
ser exato, o que daria pouco mais de três quilos por pessoa na semana). A
dieta narrada por Douglass totaliza cerca de 1600Kcal por dia, de acordo
com estimativa do site caloriecount.com, e é indicada para emagrecimento.
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CAPÍTULO X
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* [NA] Este Sandy Jenkins era o mesmo homem que me deu a raiz que
supostamente me preveniria de ser surrado pelo Sr. Covey. Ele era um
“sujeito esperto”. Costumávamos, com frequência, falar da luta que travei
com Covey, e sempre que falávamos sobre isso ele atribuiria meu sucesso
como o resultado da raiz que ele tinha me dado. Essa superstição é muito
comum entre os escravos mais ignorantes. É difícil que um escravo morra
sem sua morte ser atribuída a alguma feitiçaria.
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processo de abolição.
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sabíamos nada.”32
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35 [NT] 15 milhas.
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CAPÍTULO XI
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a pior coisa com que tive que lidar – seu carinho era meu
ponto fraco, e foi o que mais me fez hesitar em minha
decisão. Além da dor da separação, o medo e a apreensão
por uma possível falha eram muito maiores do que em
minha primeira tentativa. A minha derrota anterior voltou
para me atormentar. Tinha certeza que, se falhasse dessa
vez, selaria meu destino – não tinha a menor esperança de
evitar os piores tipos de punição, nem de ser colocado em
um lugar de onde a fuga fosse impossível. Nem precisava
de muita imaginação para enxergar as tribulações horríveis
que me esperavam se eu falhasse. A desgraça da escravidão
e a bênção da liberdade pairavam sempre diante de mim –
era vida ou morte. Mas permaneci firme e, conforme tinha
planejado, a três de setembro de 1838, escapei de meu jugo
e consegui chegar à Nova Iorque sem uma única
interrupção. Como o fiz, que meios adotei, em que direção
viajei e por que tipo de transporte, não posso mencionar
pelas razões que expliquei acima.
Com frequência, me perguntam como me senti quando
cheguei em um Estado livre. Nunca fui capaz de responder
essa pergunta de uma maneira que me satisfizesse. Foi um
dos momentos mais eufóricos que já experimentei;
suponho que me senti como um marinheiro desarmado,
que é salvo de piratas por um navio de guerra. Quando
escrevi a um querido amigo, imediatamente assim que
cheguei à Nova Iorque, disse que me sentia como alguém
que tivesse escapado de uma toca de leões famintos. Mas
esse estado de espírito rapidamente se dissipou, e fui
tomado novamente por uma grande insegurança e solidão.
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JAMES W. C. PENNINGTON
Nova Iorque, 15 de set. de 1838
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38[NT] The Lady of the Lake, poema narrativo, de Sir Walter Scott, publicado
em 1810. Nele, entre outras coisas, são narrados o feudo e a reconciliação
entre o rei James V, da Escócia, e James Douglas, antigo mentor do jovem
James e conde de Bothwell, que se encontra exilado como inimigo.
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APÊNDICE
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Uma Paródia
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Mas essa alegria teve vida curta, pois eu não estava ainda
além do alcance dos escravagistas. Logo descobri que Nova
Iorque não era tão segura ou livre quanto tinha imaginado,
e uma sensação de solidão e insegurança me oprimiu
tristemente. Por coincidência, encontrei na rua, poucas
horas após minha chegada, um fugitivo que eu tinha
conhecido muito bem enquanto escravo. As notícias que
ele me contou me alarmaram. Ele era conhecido em
Baltimore como o “Jake do senhor Allender”, mas, em
Nova Iorque, tinha o nome mais respeitável de ‘William
Dixon’. Jake, por lei, era propriedade do Doutor Allender,
e Tolly Allender, filho do doutor, já tinha tentado
recapturar o SR. DIXON, mas havia falhado por falta de
evidências que amparassem sua petição. Jake me contou as
circunstâncias do processo, e quão perto tinha chegado de
ser mandado de volta à escravidão e à tortura. Me disse que
Nova Iorque estava cheia de sulistas que voltavam para as
terras do norte, e que as pessoas de cor de Nova Iorque
não eram confiáveis, pois havia homens de minha cor que
me trairiam por alguns dólares, e que homens eram
contratados para ficar à espreita dos fugitivos. Que não
deveria confiar a ninguém o meu segredo, e não podia nem
pensar em me dirigir ao cais ou às pensões para os negros,
pois esses lugares eram vigiados de perto. Ele próprio não
tinha como me ajudar, e, na verdade, ele parecia temer que
eu próprio fosse um traidor. Suponho que, por conta dessa
apreensão, ele logo mostrou sinais de querer se livrar de
mim, e em seguida desapareceu à procura de trabalho, com
o pincel de cal na mão.
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SOBRE O TRADUTOR
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