Você está na página 1de 4

Núcleo de Práticas Jurídicas - UNITINS

Aluno: Pedro Henrique Macedo Silva

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO


TRABALHO DA COMARCA DE ______.

Processo número ____________________.

RECLAMANTE, já qualificada nos autos da reclamatória trabalhista em epígrafe,


movida em face de RECLAMADA, vem respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, por meio de seu procurador o qual subscreve, procuração em anexo,
inconformada com a respeitável sentença proferida, interpor o presente

RECURSO ORDINÁRIO

Com fulcro no art. 895, I da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.

Assim, requer o recebimento das razões recursais anexas e a posterior remessa aos autos
ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região para o reexame da matéria.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local, data.

Advogado OAB/__ no ___


Núcleo de Práticas Jurídicas - UNITINS
Aluno: Pedro Henrique Macedo Silva

RAZÕES RECURSAIS

PROCESSO NO ________

RECORRENTE: RECLAMANTE

RECORRIDO: RECLAMADA

ORIGEM: ___ VARA DO TRABALHO DE ____

EGRÉGIO TRIBUNAL,

COLENDA TURMA,

EMÉRITOS JULGADORES:

1. SÍNTESE PROCESSUAL

A recorrente ajuizou reclamação trabalhista pleiteando as verbas rescisórias, a


percepção em dobro pelo período de afastamento, acrescido de danos morais, tendo em
vista as graves humilhações sofridas em decorrência dos fatos dispostos na petição
inicial.

Ocorre que o MM. Juiz da __ Vara do Trabalho de ____ julgou a ação procedente
em parte, sentenciando a reintegração da reclamante/recorrente e o pagamento de forma
simples do período de afastamento, não considerando os fatos graves ocorridos e a
impossibilidade da continuidade do contrato de trabalho.

A decisão recorrida merece ser reformada de acordo com os fundamentos abaixo


expostos.

2. DAS RAZOES PARA A REFORMA DA SENTENÇA

2.1. DA DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Na presença da injusta demissão e das humilhações sofridas em publico, a


recorrente pleiteou o pagamento das verbas rescisórias, o pagamento em dobro do
período de afastamento, bem como indenização por danos morais.

Nos autos, foi comprovado que a recorrida exigia de seus funcionários atestado
de esterilização bem como a boa aparência, esse último um critério bem quanto
subjetivo.

A respeitável sentença do juízo a quo não observou que configurada a pratica


discriminatória contra a recorrente pela recorrida e sob a luz da Lei n o 9.029/1995 em
seu art. 4o é faculdade do empregado, além do direito de pleitear por danos morais, o
direito de escolher entre a reintegração com ressarcimento integral do período de
Núcleo de Práticas Jurídicas - UNITINS
Aluno: Pedro Henrique Macedo Silva

afastamento ou a percepção em dobro do período de afastamento, uma vez que o


rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório por parte do empregador.

Art. 4o. O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta
Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre:

I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento,


mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e
acrescidas de juros legais; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida


monetariamente e acrescida dos juros legais.

Uma vez que se configura insustentável a convivência no ambiente de trabalho


devido à forma da despedia injusta e das humilhações sofridas e que em sua reclamação
trabalhista a reclamante/recorrente solicitou o pagamento em dobro afastando por
completo a opção da reintegração. O MM Juiz a quo deveria ter respeitado a escolha da
reclamante diante da situação e não determinar a reintegração ao ambiente de trabalho
contra a sua vontade.

Diante do exposto, requer que a sentença seja reformada, respeitando o disposto


na legislação apresentada.

2.2. DOS DANOS MORAIS

Diante dos fatos acima mencionados, persiste o cabimento de danos morais, sob a
luz da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu art. 5 o incisos V
e X, onde expressa a proteção à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das
pessoas assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.

O Código Civil determina em seus arts. 186 e 927, que aquele que comete ato ilícito
e violar direito de outrem, ainda que exclusivamente moral, fica obrigado a repará-lo.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Considerando que a CLT não prevê dispositivos em relação à reparação por


dano moral, porém em seu art. 8o § 1º dispõe que na falta de disposições legais o direito
comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.

E que de acordo com a Súmula 392 do TST, a Justiça do Trabalho é competente


para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material decorrentes da
Núcleo de Práticas Jurídicas - UNITINS
Aluno: Pedro Henrique Macedo Silva

relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele


equiparadas.

Diante o exposto, a recorrente requer que a sentença seja reformada e que a


recorrida seja condenada ao pagamento dos valores dos danos morais a serem arbitrados
por este Egrégio Tribunal.

3. DO PEDIDO
Ante o exposto, a recorrente requer:

a) O recebimento, processamento e reconhecimento deste Recurso Ordinário;


b) A reforma da sentença proferida pelo MM. Juiz a quo acolhendo em sua
integralidade nos termos acima exarados, modificando a opção da reintegração e
pagamento de forma simples do período de afastamento para o pagamento em
dobro do período de afastamento e o reconhecimento da indenização por danos
morais.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data.

Advogado OAB/__ no____

Você também pode gostar