Nunca se falou tanto em comunicação organizacional e interpessoal. Até parece que somente nos últimos tempos as pessoas e as organizações descobriram que esse processo aparentemente muito simples, mas de complexo mecanismo, tem sido o causador de inúmeros transtornos. Ouvir ativa e empaticamente exige performance elaborada. Quando pequenos fomos treinados a andar, a falar, a ler e a escrever. Ouvir cuidadosamente, jamais. Sob essa ótica, é preciso reconhecer que a comunicação entre duas ou mais pessoas só se processa de fato quando a mensagem foi compreendida pelo receptor. Em meios as formas de comunicar-se, a linguagem não-verbal constituídas pelos símbolos, códigos e manifestações corporais merece cuidado especial. Muitas mensagens são transmitidas por um corpo que fala e que sente por meio do sorriso da alegria, do olhar que desaprova, dos dedos em V de vitória, por exemplo. As faces rubras, a gagueira e o tremor das mãos podem sinalizar estados de irritação, de insegurança, de medo ou de cansaço. Por isso, a arte da comunicação exige técnica e sensibilidade o que ainda é problema para muita gente e empresas. Geralmente os ruídos de comunicação surgem a partir da não identificação ou descumprimento de regras essenciais. Não importa com quem se fala ou o que se fala. Elementos como clareza, objetividade, vocabulário, dicção, local, além dos aspectos emocionais e psicológicos do emissor e do receptor são fatores determinantes para o alcance da compreensão necessária. A ausência ou o comprometimento de um destes elementos podem contribuir para o recrudescimento dos conflitos. Como ferramenta estratégica e na geração de valor da imagem da empresa e do profissional, a comunicação precisa ser gerenciada e a aplicação de algumas regras auxiliam na construção de relações de confiança, de credibilidade e de segurança. No elenco de cuidados, valem as seguintes orientações:
– Discipline a audição. Ouça empaticamente e efetivamente.
– Evite avaliações precipitadas e preconceituosas sobre quem está falando e o que está sendo falado. – Respeite as diferenças. Saiba conviver com as diversidades. – Fale com clareza, com objetividade, o necessário. – Fale com naturalidade, sem artifícios. – Use vocábulos de fácil compreensão. Gírias nem pensar. – Tenha domínio sobre o que está falando. – Certifique-se que o receptor entendeu a informação transmitida. – Cuide da expressão corporal. Ela sinaliza muito a intenção do que se fala.
Cuidar do falar é mais do que necessário e cultivar uma boa audição é
imprescindível na convivência cotidiana.
Elizabeth H. de Oliveira. Historiadora e Pedagoga. Pós-Graduada em Gestão de
Pessoas e Pedagogia Empresarial. MBA em Gestão Administrativa. Consultora e Comunicadora Empresarial.