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Prof.

Cléoton Queiroz
Versão revisada 2.0

2016

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 1


Sumário
1. Sistema elétrico de potência - sep 3

Geração 3
Transmissão 8
Distribuição 8

2. Conceitos básicos e formulas para desenvolvimento de projeto elétrico 8


8
Tensão elétrica 9
Corrente elétrica 9
Resistencia elétrica 9
Circuitos em serie, paralelos e circuitos mistos. 10
Potencia elétrica 10

3. Componentes das instalações elétricas 14


Quadro geral de distribuição (QGD) 14
Disjuntor Termomagnético (DTM) 14
Disjuntor Diferencial Residual (DR) 15
Disjuntor de Proteção contra Surto (DPS) 15

4. Tipos de fornecimentos de energia elétrica 16


5. Simbologia padronizada para instalações elétrica 17
6. Diagramas elétricos 23
7. Comando de iluminação e tomada 27

Desenvolvimento do projeto de instalações elétricas passo a passo 29

1. Aquisição da planta baixa 30


2. Escolha dos locais para instalação dos pontos de iluminação 30
3. Calculo da área de cada cômodo e potencia dos circuitos de iluminação 31
4. Escolha dos locais para instalação dos interruptores na planta baixa 31
5. Levantamento de carga para pontos de tomadas de uso geral (TUG) e independente (TUE) 31
6. Escolha do local para instalação do QGD 33
7. Dimensionamento dos condutores 34
8. Dimensionamento dos eletrodutos 39
9. Divisão dos circuitos para elaboração do projeto 41
10. Dimensionamento do dispositivo de proteção 41
11. Quadro de distribuição de cargas 42
12. Dimensionamento do alimentador 43
13. Dimensionamento extra: pontos de antena de TV, telefone e interfone 45
14. Diagrama unifilar 45
15. Diagrama bifilar 46
16. Projeto finalizado 47

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1. SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

Você já parou para pensar de que forma a eletricidade chega às tomadas de sua casa?

Um Sistema Elétrico de Potência, SEP, pode ser definido como o conjunto de equipamentos e instalações
para a geração e transmissão de grandes blocos de energia. Entre o local da geração de energia e o seu
consumo.

Dividido em 3 subsistemas:
 Geração,
 Transmissão,
 Distribuição.

Normas

A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na norma internacional IEC 60364, é
a norma aplicada a todas as instalações cuja tensão nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC.

GERAÇÃO

Geração de energia nuclear

Baseada na fissão de átomos de um determinado


elemento químicos: urânio e ou plutônio; as usinas
nucleares são cercadas de polêmica e protestos
vindas de diversas correntes da sociedade, devido
ao risco, sempre presente, deste tipo de energia
escapar ao controle dos operadores e causar
destruição e morte às áreas vizinhas.

As tragédias Chernobyl, na Ucrânia (antiga União


Soviética) e mais recentemente o ocorrido na usina
de Fukushima, cidade japonesa ficaram registradas
na historia.

Vantagens

 Não libera gases “efeito estufa”;


 Exigência de pequena área para construção da usina;
 Grande disponibilidade do combustível;

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 Pequena quantidade de resíduos;
 Independência de fatores climáticos (ventos;
chuvas)

Desvantagens

 O lixo nuclear radioativo deve ser armazenado


em locais seguros e isolados;
 Risco de acidentes nucleares;
 Problemas ambientais, devido ao
aquecimento de ecossistemas aquáticos pela
água de resfriamento dos reatores.

Energia solar

A energia solar é a energia


eletromagnética cuja fonte é o sol. Ela
pode ser transformada em energia
térmica ou elétrica e aplicada em
diversos usos. As duas principais
formas de aproveitamento da energia
solar são a geração de energia elétrica
e o aquecimento solar de água.

Para a produção de energia elétrica são


usados dois sistemas: o heliotérmico,
em que a irradiação é convertida
primeiramente em energia térmica e
posteriormente em elétrica; e o
fotovoltaico, em que a irradiação solar é
convertida diretamente em energia
elétrica.

Os coletores solares são equipamentos que captam a radiação solar e a convertem em calor, transferindo
este calor para um fluido (ar, água, ou sal). Os coletores possuem uma superfície refletora, que direciona a
radiação direta a um foco, onde está localizado um receptor. Uma vez tendo absorvido o calor, o fluido
escoa pelo receptor que aquece a agua e a transforma em vapor, o vapor em alta pressão gira uma turbina
conectada a um eixo do gerador convertendo energia mecânica em magnética e esta em elétrica.

Outra forma de utilizar do sol é através de painel fotovoltaico que é constituído por células fotovoltaicas (ou
células solares) são feitas a partir de materiais semicondutores (normalmente o silício). Quando a célula é
exposta à luz, parte dos
elétrons do material
iluminado absorve fótons
(partículas de energia
presentes na luz solar).

Os elétrons livres são


transportados pelo
semicondutor até serem
puxados por um campo
elétrico. Este campo elétrico
é formado na área de
junção dos materiais, por
uma diferença de potencial
elétrico existente entre
esses materiais

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semicondutores. Os elétrons livres são levados para fora da célula solar e ficam disponíveis para serem
usados na forma de energia elétrica.

Vantagens Desvantagens

 Energia renovável, inesgotável.  Baixa eficiência nas formas de


 Baixo impacto ambiental, armazenamento
 Manutenção mínima.  Baixo rendimento, 15% em media.
 Ocupa pequena área;  Não pode ser produzida 24h por dia.
 A energia solar é excelente em lugares  Possui alto custo para implantação.
remotos ou de difícil acesso,  Dependência climática.
 Podem ser instalada próximo ao centro
de consumo

Um sistema de energia solar fotovoltaico é um sistema capaz de gerar energia elétrica através da radiação
solar. Existem dois tipos básicos de sistemas fotovoltaicos: Sistemas Isolados (Off-grid) e Sistemas
Conectados à Rede (Grid-tie).

Os Sistemas Isolados são utilizados em locais


remotos ou onde o custo de se conectar a rede
elétrica é elevado. São utilizados em casas de
campo, refúgios, iluminação, telecomunicações,
bombeio de água, etc. Já os Sistemas Conectados à
rede, substituem ou complementam a energia
elétrica convencional disponível na rede elétrica.
Enquanto um sistema isolado necessita de baterias
e controladores de carga, sistemas conectados à
rede funcionam somente com painéis e inversores,
já que não precisam armazenar energia.

Energia eólica

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Grandes turbinas colocadas em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um cata-vento ou
um moinho que produz com o movimento da hélice um campo magnético na turbina. Esse movimento,
através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de
aero gerador, necessário para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados
isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão.

Vantagens
 Energia renovável, inesgotável. Desvantagens

 Manutenção mínima.
 Ocupa área remota;  Causa impacto ambiental e visual;
 Podem ser instaladas em fazendas  Pode afetar o comportamento habitual de
juntamente com a criação de gado e migração das aves.
agricultura;  Dependência climática.
 Não emite gases poluentes e não geram
resíduos;

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Geração de energia hidroelétrica

No Brasil, 80% da geração de energia elétrica é proveniente de


fontes hídricas, 11% de termoelétricas e o restante por outros
processos.

A partir da usina, a energia é transformada em subestação,


elevados níveis de tensão (69/88/138/240/440kV) e
transportada em corrente alternada através de cabos elétricos,
até as subestações rebaixadoras, delimitado a fase de
transmissão.

Vantagens

 Energia renovável, inesgotável. Desvantagens


 Manutenção mínima.
 Utilização do subproduto “agua” para o  Causa impacto ambiental;
consumo e agricultura;  Pode afetar o deslocamento de animais
 Baixo custo de geração; de seus habitas naturais;
 “Não emite gases poluentes e não geram  Deslocamento de povos indígenas para
resíduos”; outras localidades;
 Barragens e rios são usados para  Ocupa área muito grande.
navegação;  Elevado custo para a implantação;
 Grande potencia de geração;

Termoelétricas e Biomassa

A usina termoelétrica é uma instalação industrial que produz energia a partir do calor gerado pela queima de
combustíveis fósseis (como carvão mineral, óleo, gás, entre outros). Essas usinas funcionam da seguinte
maneira: a queima de substancias derivadas do petróleo ou biomassa aquece uma caldeira com água, essa
água será transformada em vapor, cuja força irá movimentar as pás de uma turbina que por sua vez
movimentará um gerador.

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TRANSMISSÃO

Linha de Transmissão de Energia Elétrica


Destinados a transportar a energia elétrica desde a fase de geração até a fase de distribuição,

Abrangendo processos de elevação e rebaixamento de tensão elétrica, realizados em subestações


próximas aos centros de consumo.

Essa energia é transmitida em corrente alternada (60


Hz) em elevadas tensões (138 a 500 kV).

Os elevados potenciais de transmissão se justificam


para evitar as perdas por aquecimento e redução no
custo de condutores e métodos de transmissão da
energia, com o emprego de cabos com menor bitola ao
longo das imensas extensões a serem transpostas,
que ligam os geradores aos centros consumidores.

DISTRIBUIÇÃO

Distribuição de Energia Elétrica


É o segmento do setor elétrico que compreende os
potenciais após a transmissão, indo das subestações
de distribuição entregando energia elétrica aos clientes.

A distribuição de energia elétrica aos clientes é


realizada nos potenciais:
Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV / 13,8
kV / 23 kV;
Clientes residenciais, comerciais e industriais até a
potência de 75 kVA (o abastecimento de energia é
realizado no potencial de 127, 220 e 380 Volts);

Exercícios de revisão 01 - Anexo

2. CONCEITOS BÁSICOS E FORMULAS PARA DESENVOLVIMENTO DE PROJETO ELETRICO

Tensão elétrica

A tensão elétrica é uma diferença de potencial


elétrico entre dois pontos ou (D.D.P). É a
força necessária para movimentos os elétrons
e criar assim uma corrente elétrica. Esta
diferença de potencial pode representar uma
fonte de energia (uma força eletromotriz) ou
mesmo uma perda de energia ou
armazenamento (queda de tensão).

Unidade de medida Volt (V).

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Corrente elétrica

A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que


circula por um condutor quando entre suas
extremidades houver uma diferença de
potencial.

Movimento 0rdenado de elétrons.

Unidade de medida Amperes (A).

Tensão continua x Tensão alternada

A tensão e corrente contínua é aquela que durante


um intervalo de tempo determinado, não varia de
intensidade. As fontes mais comuns de tensão e
corrente contínua são as baterias, pilhas, dínamos
(gerador de C.C.) e os retificadores eletrônicos. A
corrente contínua é muitas vezes abreviada por CC
ou DC (do inglês, direct current).

É definida tensão alternada como a que varia ao


longo do tempo, a corrente que não só varia de
sentido, mas também em sua intensidade ao longo
do tempo.
A corrente alternada, possui uma oscilação que se
repete de maneira constante, em intervalos de
tempo regulares. Esta variação é chamada de
período. A este tipo de corrente damos o nome de
corrente alternada, abreviada por CA ou AC. (do
inglês, alternate current).

Simbologia de corrente alternada


E corrente continua

Resistência Elétrica

É a dificuldade com que a corrente elétrica atravessa um condutor.

Unidade de medida Ohm (Ω).

Qual chuveiro que gasta menos energia sendo da mesma potencia?


Um chuveiro ligado em 220V ou um chuveiro ligado em 127V

Resposta: os dois gastam a mesma quantidade de energia.

O consumo esta relacionado com a potencia do chuveiro. Se as potencias forem


iguais o consumo será igual. O medidor faz a medição em kWh/mês, ou seja,
potencia consumida em horas durante 30 dias.

A economia está na compra de cabos de diâmetro menor quando alimentados por


uma tensão de 220V.

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Associação de resistência

Na associação em serie a tensão é dividida entre as resistências e a corrente é mantida a mesma. “Divisor
de tensão”

Na associação em paralelo a corrente é dividida entre as resistências e a tensão é mantida a mesma.


“Divisor de corrente”.

Relações entre corrente,


Tensão e resistência

Condutor x Isolante

Condutor é todo material que permite a mobilidade fácil dos elétrons, sendo os melhores condutores os
metais.

Ex: Ferro, alumínio, aço, zinco;

Isolante é todo material que não permite mobilidade dos elétrons.

Ex: madeira, vidro, borracha, plástico.

Potência Elétrica

É uma grandeza física que mede a energia que está sendo


transformada na unidade de tempo,
É o trabalho realizado por uma determinada máquina em uma
unidade de tempo.

Unidade de medida Watt (W).

Outras unidades:
HP = 746W que significa horsepower
CV = 736W que significa cavalo vapor

. Relações entre corrente, tensão e potencia.

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Triangulo de potencia

Definições

Potência Ativa (kW): É a que realmente produz trabalho útil;

Energia Ativa (kWh): Uso da potência ativa num intervalo de tempo;

Potência Reativa (kvar):


 Indutiva - É a usada para criar o campo eletromagnético das cargas indutivas como motores de
indução;
 Capacitiva - É a usada para aumentar a tensão das cargas capacitivas como fontes chaveadas e
reatores eletrônicos;
 Resistiva - É a usada em cargas resistivas como lâmpadas incandescentes; fp=1

Potência Aparente (kVA): Soma vetorial das potências ativa e reativa, ou seja, é a potência total absorvida
pela instalação.

Fator de Potência (fp): Razão entre Potência Ativa e Potência Aparente, não deve ser inferior a 0,92.

Nos projetos de instalações elétricas residenciais, os cálculos efetuados são baseados na potência
aparente e na potência ativa.

Portanto, é importante conhecer a relação entre elas para se entender o que é fator de potência.
Em projetos de instalações residenciais, aplicam-se os seguintes valores de fator de potência para saber
quanto da potência aparente foi transformado em potência ativa:

FP = 1,00 - para iluminação incandescente


FP = 0,95 - para o circuito de distribuição
FP = 0,80 - para pontos de tomada e circuitos independentes
FP = 0,92 - fator de potencia mínimo para circuitos indutivos e capacitivos imposto pela CEMIG.

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Exemplo 1:
- Potência aparente de pontos de tomada e circuitos independentes = 8.000 VA,
Fator de potência utilizado = 0,80
Potência ativa de pontos de tomada e circuitos independentes

8.000 VA x 0,80 = 6.400 W

Exemplo 2:
Potência ativa do circuito de distribuição = 9.500 W
Fator de potência utilizado = 0,95
Potência aparente do circuito de distribuição

9.500 W ÷ 0,95 = 10.000 VA

Calculo de consumo kWh/mês

Consumo kWh/mês = nº de equipamentos x potencia do equipamento (W) x horas/dia x dias/mês


1000

Exercícios 01
Calcule o consumo mensal de energia elétrica (KWh/mês) e valor da conta (R$) de uma residência que
possui os seguintes eletrodomésticos: Dado (constante tarifação Cemig 0,775).

QUANT. EQUIPAMENTO TEMPO DE USO POTENCIA CONSUMO Kwh/mês

6 Lâmpadas Led 6h por dia 7W


1 TV LED 40“ 4h por dia 150 W
1 DVD 4h por dia 9W
1 Micro System 2h por dia 30 W
1 Notebook 3h por dia 63 W
1 Refrigerador 240 L 10h por dia 120 W
1 Liquidificador 2 min por dia 600 W
1 Microondas 20L 12 min por dia 800 W
1 Climatizador 10h por dia 75 W
1 Motor bomba 1h por dia 2 CV
CONSUMO TOTAL KWh/mês

Exercícios 02
Em uma instalação elétrica o wattímetro indica um potencia de 8KW e o vármetro indica uma potencia de
6Kvar. Calcule o fp, o ângulo φ e a potencia aparente.

Exercícios 03
Calcule o fator de potencia e a potencia aparente de uma instalação 3φ se:
V= 220 volts
I= 105 A
P= 20 KW

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Exercícios 04
Calcule a resistência equivalente, a corrente total e a potencia do circuito.

Exercícios 05
Calcule a resistência equivalente, a corrente registrada no amperímetro e a potencia do circuito.

Exercícios 06
(F.M. Itajubá-MG) Abaixo temos esquematizada uma associação de resistências. Qual é o valor da
resistência equivalente entre os pontos A e B e a tensão sobre R4?

Exercícios 07
Calcule as potencias ativa, aparente, reativa e triangulo de potencia de cada carga

Considerar 03 tipos de cargas:


Iluminação de 50 KVA, lâmpadas incandescentes, “FP = 1”
Motor de indução de 180HP, 3Ø, FP=0,85 indutivo e rendimento 90%
Motor Síncrono 95KW, 3Ø, FP=0,80 capacitivo e rendimento 95%

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3. COMPONENTES DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Quadro Geral de Distribuição – QGD

É um equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica de


uma ou mais fontes de alimentação e distribui-las a um ou mais
circuitos. Destinado a abrigar um ou mais dispositivos de proteção
e/ou manobra e a conexão de condutores elétricos interligados a
eles, a fim de distribuir a energia elétrica aos diversos circuitos.

Devem ser previstos espaços para ampliações futuras em quadros


de distribuições.

Tabela com quantidade de circuitos e espaços reservas:

Disjuntores:
Dispositivos de manobras e proteção,
capazes de: estabelecer, conduzir e
interromper correntes em condições
normais do circuito; Estabelecer, conduzir
por tempo especificado e interromper
correntes em condições anormais do
circuito. Operam com disparadores que
podem ser térmicos, eletromagnéticos e
eletrônicos;
Os térmicos atuam na ocorrência de
sobrecarga moderada. Funcionam pela dilatação desigual de suas lâminas; Os magnéticos possuem uma
bobina que atrai uma peça articulada quando a corrente atinge um determinado valor;

Escolha do disjuntor:
As seguintes informações devem ser
fornecidas pelo fabricante:
Tipo (modelo) do disjuntor;
Características nominais
- tensão nominal em Vca;
- nível de isolamento;
-curvas características (tempo x corrente)

- corrente nominal;
- frequência nominal;
-capacidade de corrente
em curto-circuito;
- capacidade de
interrupção em curto-
circuito;
- ciclo de operação.

Dispositivo diferencial-

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residual (DR)

Equipamentos de seccionamento mecânico destinado à abertura dos contatos


quando ocorre corrente de fuga a terra; Sua finalidade é proteger vidas
humanas contra choques elétricos (corrente s ≤ 30 mA); Não protege o circuito
contra sobre correntes ou curtos-circuitos; Necessita da conexão com o neutro.

Locais que devem possuir o dispositivo DR:


Circuitos de banheiros ou chuveiros;
Circuitos de tomadas externas;
Circuitos de utilização residencial (cozinha, copa...);
Circuitos em edificações não residenciais com tomadas que
sirva cozinha, copa, lavanderias, áreas de serviço, garagens
e áreas internas molhadas.

Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)

Protege equipamentos contra surtos energéticos, provocados por descargas atmosfera, direcionando o
surto energético a terra. Deve ser instalado antes do DR.

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4. TIPO DE FORNECIMENTO

A ND-5.1 define que são atendidos em baixa tensão (127V/220V) aqueles consumidores que apresentarem
carga (potência total) instalada igual ou inferior a 75kW, ressalvados os casos indicados no
Capítulo 1 - item 5.1 da Norma em questão.

4.1. Classificação das Unidades Consumidoras

4.1.1 Tipo A: Fornecimento de energia a 2 fios (Fase -Neutro)

Abrange as unidades consumidoras urbanas ou rurais atendidas por redes de distribuição secundárias
trifásicas (127V/220V) ou redes de distribuição secundárias bifásicas (127/254V), com carga instalada até
10kW e da qual não constem:
a) motores monofásicos com potência nominal superior a 2 cv;

4.1.2 Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2 Condutores Fase -Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas em áreas urbanas ou rurais atendidas por redes de
distribuição secundárias trifásicas (127/220V) ou redes de distribuição secundárias bifásicas (127/254V),
que não se enquadram no fornecimento tipo A, com carga instalada até 15kW e da qual não constem:
a) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo A, se alimentados em 127V;
b) motores monofásicos com potência nominal superior a 5 cv, alimentados em 220V;

4.1.3 Tipo C: Fornecimento de energia a 4 fios (3 Condutores Fase -Neutro)

Abrange as unidades consumidoras urbanas ou rurais a serem atendidas por redes de distribuição
secundárias trifásicas (127/220V), com carga instalada entre 15,1 kW a 75,0kW, que não se enquadram nos
fornecimentos tipo A e B e da qual não constem:
a) os aparelhos vetados aos fornecimentos tipo A, se alimentados em 127V;
b) motores monofásicos com potência nominal superior a 5cv, alimentados em 220V;
c) motores de indução trifásicos com potência nominal superior a 15cv.

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As indicações das normas NBR 5410:2004, ND-5.1 e ND-5.2 que se aplicam às instalações elétricas
prediais estão descritas a seguir.

Carga Instalada

A carga instalada é determinada a partir do somatório das potências nominais dos aparelhos, dos
equipamentos elétricos e das lâmpadas existentes nas instalações. O tipo de fornecimento define o número
de fases que irão alimentar a instalação elétrica. Está relacionado com a carga instalada. A determinação do
tipo de fornecimento, para o caso de Minas Gerais, deve ser feito de acordo com as normas da CEMIG, ND-
5.1 e ND- 5.2. Esta última esta associada à primeira e será utilizada posteriormente, para realização do
projeto de edificações coletivas.

Padrão de entrada

É a instalação compreendendo o ramal de entrada, poste ou pontalete particular, caixas, dispositivo de


proteção, aterramento e ferragens, de responsabilidade do consumidor, preparada de forma a permitir a
ligação da unidade consumidora à rede da Cemig

Ponto de Entrega

É o ponto até o qual a Cemig se obriga a fornecer energia elétrica, com participação nos investimentos
necessários, bem como, responsabilizando-se pela execução dos serviços de operação e de manutenção
do sistema, não sendo necessariamente o ponto de medição. Portanto é o ponto de conexão do sistema
elétrico da Cemig (ramal de ligação) com as instalações elétricas da unidade consumidora (ramal de
entrada).

Ramal de Entrada

É o conjunto de condutores e acessórios instalados pelos consumidores entre o ponto de entrega e a


proteção geral ou quadro de distribuição geral (QDG).

Ramal de Ligação

É o conjunto de condutores e acessórios instalados pela Cemig entre o ponto de derivação da rede
secundária e o ponto de entrega.

5. SIMBOLOGIA PADRONIZADA PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

A norma NBR 5444:1989 regulamenta a simbologia padronizada. Ela divide a representação dos
componentes nas seguintes categorias:

A – dutos de distribuição;
B – quadros de distribuição;
C – interruptores;
D – luminárias, refletores e lâmpadas;
E – tomadas e F – motores e transformadores.
Os símbolos dos diagramas multifilares são utilizados somente para representação de esquemas
elementares para demonstração ou experiências em laboratório.

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6. DIAGRAMAS ELÉTRICOS PREDIAIS

6.1. Diagrama multifilar

Este diagrama representa todo o sistema elétrico, em seus detalhes, com todos os condutores.
Cada traço é um fio que será utilizado na ligação dos componentes. A larga aplicação deste tipo de
representação em projetos da área de comandos elétricos e automação industrial não impedem seu uso
para representar circuitos simples como os utilizados em instalações prediais.

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Sempre que for representado um símbolo, este estará instalado em uma caixa de passagem, quer seja no
teto ou parede, e os condutores sempre estarão passando por dentro dos eletrodutos, os quais sempre
terão origem de um Quadro de Distribuição (QD). Em um projeto, se a sua representação fosse feita na
forma multifilar, cada condutor seria representado por um traço, saindo do QD e chegando ao seu destino.
Como observamos na figura acima, seria impossível representar um projeto na forma multifilar, pois seriam
tantos os traços, que dificultariam a sua interpretação.

6.2. Diagrama Unifilar

O diagrama unifilar representa um sistema elétrico simplificado que identifica o número de condutores e
representa seus trajetos por um único traço. Geralmente, representa a posição física dos componentes da
instalação, porém não representa com clareza o funcionamento e sequência funcional dos circuitos. Na
figura a seguir, temos um esquema de um circuito elétrico composto de interruptor simples, tomada,
lâmpadas incandescentes, redes de eletrodutos e fiação, todos representados na forma unifilar.

Nos projetos elétricos representados em planta baixa, utiliza-se o diagrama unifilar devido à facilidade de
interpretação do posicionamento dos componentes e das ligações entre caixas de passagem através de
eletrodutos.

6.3. Diagrama Funcional

Apresenta todo o sistema elétrico e permite interpretar,


com clareza e rapidez, o funcionamento ou sequência
funcional dos circuitos. Não se preocupa com a posição
física dos componentes da instalação, pois os caminhos
das correntes são representados por meio de retas, sem
cruzamento ou inclinação na vertical ou horizontal. Neste
esquema, mostra-se o equipamento exatamente como
ele é encontrado à venda no mercado, ou como ele é
industrialmente fabricado.

Nota: Os elementos de circuito contidos em um diagrama elétrico devem sempre ser representados em seu
estado normal (desligado). Através das figuras a seguir é possível fazer um comparativo entre os tipos de

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representação apresentados. Todos os esquemas representam o mesmo circuito: Lâmpada incandescente
comandada por interruptor conjugado com tomada.

Exemplos

7. COMANDOS DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS

7.1. Comando Simples

Um único interruptor acionando um ou mais pontos de luz. Deve-se observar a corrente máxima suportada
pelo interruptor para o acionamento de mais de um ponto.

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7.2. Comando Simples Com Duas Lâmpadas

Um interruptor acionando dois conjuntos de um ou mais pontos de luz. Deve-se observar a corrente máxima
suportada pelos interruptores para acionamento de vários pontos.

7.3. Comando Three-Way (Paralelo)

Comando que utiliza dois interruptores de modo a acionar um ponto ou conjunto de pontos de locais
distintos. Usualmente utilizado em escadas, corredores de tamanho médio, salas compridas, etc. Deve-se
atentar ao fato de que este tipo de comando é
feito utilizando-se interruptores específicos.

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7.4. Comando Four-Way

O comando four-way é utilizado de maneira similar ao three-way. Entretanto, é possível acionar um


mesmo ponto ou um conjunto de pontos de luz a partir de n locais. A configuração para este circuito de
comando utiliza 2 interruptores three-way e n interruptores four-way.

7.5. Comando De Tomadas Monofásicas De Uso Geral (Tug) E Especifico (Tues)

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DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS PASSO A PASSO

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1. Aquisição da planta baixa – Prancha 01
 Tamanho A1

2. Escolha dos locais para instalação dos pontos de iluminação

Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga de iluminação Condições para
estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz:
 Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;
 Nas áreas externas, a determinação da quantidade de pontos de luz fica a critério do instalador;
 Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do box ou da banheira,
para evitar o risco de acidentes com choques elétricos.

Simbologia utilizada

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 30


Condições para estabelecer a potência mínima de iluminação

A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.


 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m , deve ser prevista uma
2

carga mínima de 100 VA;


 Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m , deve ser prevista uma carga
2
2
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m , acrescida de 60 (VA) para cada aumento de 4
2
m inteiros.
NOTA: Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas. O número de
pontos de luz deve ser tal que haja uma distribuição uniforme em cada cômodo, devendo, para destaques
específicos, pontos de luz complementares.

3. Calculo da área de cada cômodo e potencia dos circuitos de iluminação

Dimensões Dimensões Potência de


Nº Dependência 2 6m2 4m2 4m2
(C x L) Área (m ) Iluminação (VA)

1 Cozinha 2,9 2,8 8,1 100 0 0 100


2 Área de serviço 1 2,8 2,8 100 0 0 100
3 Sala de jantar 4 2,8 11,2 100 60 0 160
4 Sala de estar 4,1 4 16,4 100 60 60 220
5 Dormitório 1 5 3 15 100 60 60 220
6 Dormitório 2 3 3,2 9,6 100 0 0 100
7 Dormitório 3 3 3,2 9,6 100 0 0 100
8 Circulação 4,4 1,1 4,8 100 0 0 100
9 Varanda 1 4 4,0 100 0 0 100
10 WC 1 4 1,4 5,6 100 0 0 100
11 WC 2 4 1,4 5,6 100 0 0 100
Total 92,8 1400

4. Escolha dos locais para instalação dos interruptores na planta baixa

5. Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga de pontos de tomada e


circuitos independentes

As tomadas são caracterizadas como: de uso geral, TUG’s ou de uso específico, TUE’s.

Entende-se por tomada de uso específico aquelas utilizadas para alimentar equipamentos cuja corrente
nominal é superior a 10A.

Segundo a NBR 5410, “todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente
dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10A deve constituir um circuito independente”. O
projeto deve prever o número, a localização e o tipo das TUE’s em função do layout da instalação e das
necessidades do usuário. Tais tomadas devem estar no máximo a 1,50m de distância do aparelho.

5.1 Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomada:

A previsão do número e da carga das demais tomadas, TUG’s, deverá ser determinada de acordo com o
esquema a seguir:

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Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga de pontos de tomadas e circuitos independentes
Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomada:
Local Área (m 2) Quantidade mínima Potência Observações
mínima(VA)
A uma distância de no mínimo60 cm da banheira
Banheiros ( com banheira e/ou chuveiro) Qualquer 1 junto ao lavatorio 600 ou do box. Se houver mais de uma tomada, a
potencia minima será de 600 VA por tomada

600 VA por ponto de


Acimade cada bancada deve haver no minimo
Cozinha, copa, copa cozinha, area de serviço, lavanderia 1 para cada 3,5 m ou fração tomada, até 3 pontos, e
Qualquer dois pontos de tomadas de corrente, no memo
e locais similares de perímetro 100 VA por ponto
ponto ou em pontos distintos
adicional
Admite-se que o ponto de tomada seja instalado
Varanda Qualquer 1 100 proximo ao seu ponto de ascesso quando não for
possivel ser instalado no local.

1 para cada 5 m ou fração de No caso de salas de estar é possivel que um


perímetro, espaçadas tão ponto de tomada seja usado para alimentação de
Salas e e dormitórios Qualquer uniformes quanto possivel 100 mais de um equipamento. Por isso é
recomendavel equipá-las com a quantidade de
tomadas necessárias

1 ponto de de tomada para Quando a área do cômodo ou da dependência for


cada 5 m, ou perímetro, se a igual ou inferior a 2,25 m2, adminite-se que esse
área da dependência for ponto seja posicionado externamente ao cômodo
Demais dependências Qualquer superior a 6 m2, devendo 100 ou à dependência, no máximo a 80 cm da porta
esses pontos ser espaçados de acesso.
tão uniformes quanto
possível.

5.2 A potência de cada ponto de TUG depende do cômodo no qual ela se encontra. Dessa forma, tal
potência é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes
valores:
 Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos,
no mínimo 600VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100VA por ponto para os excedentes,
considerando-se cada um desses ambientes separadamente;
 Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100VA por ponto de tomada.

Dimensões TUG (Projeto) TUE (Projeto)


Nº do Perímetro Quantidade
Dependência
circuito (C x L) (m) Mínima Quantidade Potência (VA) Quantidade Discriminação Potência (W)

1 cozinha 2,9 2,8 11,40 4 4 1900 1 microondas 1500


2 area de serviço 1 2,8 7,60 2 2 1200 1
3 Sala de jantar 4 2,8 13,60 3 3 300
4 sala de estar 4,1 4 16,20 4 4 400
5 dormitório 1 5 3 16,00 3 3 300 1 ar condic. 1400
6 dormitório 2 3 3,2 12,40 3 3 300
7 dormitório 3 3 3,2 12,40 3 3 300
8 circulação 4,4 1,1 11,00 3 3 300
9 varanda 1 4 10,00 1 1 100
10 wc 1 4 1,4 10,80 1 1 600 1 chuveiro 4500
11 wc 2 4 1,4 10,80 1 1 600 1 chuveiro 4500
Total 28 6300 5 11900

Em banheiros, essencialmente, é necessária a


observação de distâncias seguras entre os pontos
de tomada e “áreas molhadas” como boxes de
chuveiro e banheiras.
No Volume 0, somente é admitida uma tensão
máxima de 12V, sendo que essa fonte deve ser
instalada fora do Volume 0.

Nenhum dispositivo de proteção, comando ou


seccionamento pode ser instalado nos Volumes 0,
1, e 2. Desta forma, quaisquer tomadas,

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excetuando-se a TUE do chuveiro, devem ser colocadas no Volume 3. O mesmo é válido para comandos de
iluminação (interruptores).

Os equipamentos de iluminação instalados nestes locais devem ser especialmente projetados para esse
uso, de forma que, quando instalados não permitam que o excesso de umidade se acumule em condutores,
porta-lâmpada (receptáculo) ou em outras partes elétricas.

5.3 Escolha dos locais para instalação das tomadas

Segundo o item 9.5.3 da NBR 5410:2004, os circuitos de iluminação e tomadas devem ser distintos, salvos
os casos em que a corrente do circuito comum a iluminação e tomadas seja inferior a 16A e que este não
seja o único circuito de tomadas e/ou iluminação de toda a instalação. Desta forma, adota-se o critério de
separação integral de circuitos de luz e força. Além disso, a separação destes circuitos promove uma
melhoria no que diz respeito à “alimentação a outras partes da instalação quando do defeito de um circuito”.

5.4 Simbologia utilizada para tomadas


É recomendada a previsão de circuitos independentes para cargas com mais de 10A (TUEs).

É obrigatório que os pontos de tomada de cozinhas, copas,


copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente
destinados à alimentação de tomadas desses locais.

A mínima potência dos circuitos deve ser de,


aproximadamente, 1270VA (10A) e a potência máxima dos
circuitos deve ser de cerca de 2540VA (20A).

6. Escolha do melhor local para instalação do QGD


Observar as normas ABNT 5410
 Quantidade mínima de circuito
 Local mais próximo das cargas elevadas

7. Dimensionamento dos condutores de cada circuito

Em circuitos residenciais, os condutores fase e neutro


devem possuir a mesma bitola.

Em instalações residenciais e/ou prediais, os condutores


mais utilizados são de cobre com isolamento em PVC (policloreto de vinila), EPR (borracha etileno-
propileno) e XLPE (polietileno reticulado). O isolamento deve ser do tipo não propagador de chamas.

7.1 Tipos de condutores:

A principal distinção entre fios e cabos está relacionada a


flexibilidade dos condutores, uma vez que, a medida que a bitola do
condutor aumenta, sua flexibilidade diminui.

Neste aspecto, os fios são rigidos formado por um único fio sólido e
os cabos são flexívei formado por encordoamento de diversos fios
sólidos.

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 33


O isolamento definirá a resposta à variações na corrente e consequentemente, na temperatura do condutor.

Tipo de isolamento x Temperaturas do condutor

8. Critérios para dimensionamentos dos condutores

Para o dimensionamento segundo o método exposto, é necessário determinar a area da seção transversal
(bitola) do condutor de acordo com três critérios:

 Critério seção mínima do condutor


 Critério da Capacidade de Corrente e
 Critério de Queda de Tensão.

IMPORTANTE: Os critérios deverão ser feitos separadamente. O condutor a ser adotado, deverá ser
2
o de maior Seção (mm ).

8.1.1 Critério seção mínima do condutor de fase

Segundo a NBR 5410, a seção mínima dos condutores utilizados em circuitos eletricos devem ser:


2
Circuitos de iluminação: 1,5mm ;

2
Circuitos de força – TUGs e TUEs: 2,5mm .

8.1.2. Dimensionamento do neutro

O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito e, em um circuito monofásico, deve ter a
mesma seção do condutor de fase, pode ser necessário um condutor neutro com seção superior à dos
condutores fase conforme a tabela abaixo.

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8.1.3. Dimensionamento do condutor de proteção eletrica - PE (terra)

O aterramento é a ligação elétrica intencional com a terra. Tal ligação tem por objetivo fornecer um caminho
favorável e seguro ao percurso de correntes elétricas indesejáveis e inseguras. O esquema de aterramento
mais utilizado em instalações é o TN-S. Neste esquema o condutor neutro e o condutor de proteção são
distintos ao longo de toda instalação, sendo interconectados apenas no quadro de proteção geral.

8.2 Capacidade de Corrente

Ao circular uma corrente elétrica em um condutor, ele aquece e o calor gerado é transferido para o ambiente
em redor, dissipando-se. Se o condutor está instalado ao ar livre a dissipação é maior.
Caso o condutor esteja instalado em um eletroduto embutido na parede, a dissipação do calor é
menor. Quando existem vários condutores no mesmo eletroduto embutido, as quantidades de
calor, geradas em cada um deles se somam aumentando ainda mais a temperatura dentro desse eletroduto.

Inicialmente, calcula-se a corrente nominal em cada circuito e, em seguida, aplicar os fatores de correção
FCT (Fator de Correção de Temperatura) e FCNC (Fator de Correção para Número de Circuitos).
A corrente de cada circuito (Icirc) é definida por:

 Icirc = corrente do circuito


 FP = fator de potência do circuito.
 Pcirc = potencia ativa do circuito (W)
 Vcirc= tensao do circuito (V)
 Scirc= potencia aparente do circuito (VA)

Aplicando os fatores de correção, a corrente do circuito corrigida (Ic) sera dada por:

 Ic = corrente do circuito corrigida


 FCT = fator de correção por temperatura
 FCNC = fator de correção para numero de circuitos no mesmo eletroduto.

É importante considerar tal correção na medida em que ambos interferem na troca de calor entre
condutores e ambiente. Os fatores de correção por temperatura e de correção por numero de circuitos no
mesmo eletroduto são definidos de acordo com as tabelas a seguir.

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 35


Tabelas: FCT e FCNC

Finalmente, utilizando a tabela que relaciona as bitolas dos condutores e suas respectivas capacidades de
condução de corrente, determina-se o condutor que atende à corrente de projeto definida:

Tabela: capacidade de corrente em (A) para condutores de cobre a 70ºC

Nota:

2 condutores carregados =
monofásico ou bifásico
3 condutores carregados =
trifásico

B1 = método de instalação por


condutor isolado ou cabo
unipolar em eletroduto
embutido em alvenaria
B2 = método de instalação por
cabo multipolar em eletroduto
embutido em alvenaria

Tabela-36 versão completa


NBR 5410-2004 pagina 101.

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 36


Exemplo: Circuito de chuveiro monofásico com potência de 4500W. Considere T = 30ºC e que o número de
circuitos agrupados seja 3 (no pior trecho do eletroduto onde passa o circuito do chuveiro) método de
instalação: B1.
Dados: Chuveiro -> Carga resistiva S = P = 4500W V = 127V

2
Logo, o condutor a ser escolhido é aquele de seção # 4,0 mm

8.3. Queda de Tensão

Os aparelhos consumidores de energia elétrica são projetados para trabalharem em determinado valor de
tensão com reduzida tolerância. À medida que a distância entre o medidor de energia e a potência da carga
aumenta a queda de tensão ao longo do condutor também aumenta. Em baixa tensão, em nenhum caso a
queda de tensão nos circuitos terminais deve ser superior a 4% (NBR 5410).

A queda de tensão percentual em um circuito pode ser expressa por:

Δv % =100
Δv 𝜌∗2∗𝐿 Δv = R ∗ 𝐼 ∗ 𝐶𝑂𝑆𝜑
𝑉 R= 𝐴

Nota: R= a resistência do condutor


I = a corrente do circuito
V= a tensão nominal de fase da instalação (127V ou 220V).
ρ= (RÔ) Resistividade especifica do material (0,0172 para o cobre) (0,0278 para o aluminio)
2
A = área da seção transversal do condutor em mm
L = Comprimento do condutor em metros
2
S(mm2) = área da seção transversal do condutor em mm

Calcular a área da seção transversal do condutor para circuito monofásico e bifásico.

Exemplo: Calcular a area da seção transversal atraves do metodo por queda de tensao para o circuito de ar
condicionado.
Dados: queda de tensão admissível 2%, tensão 127V, FP = 0,92, Potencia 1200W, distância 40m.

De acordo com a área da seção transversal, o condutor comercial deverá ser no minimo de #6,0 mm2.

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 37


O cálculo da queda de tensão através de fórmulas com os dados do circuito elétrico pode ser
relativamente trabalhoso. Com o objetivo de facilitar os cálculos de queda de tensão, foram
elaboradas tabelas, que são utilizadas pelo Momento Elétrico (ME)

8.3.1 - Momento Elétrico (ME)

O Momento Elétrico (ME) é igual ao produto da corrente (A) que passa pelo condutor pela distância
total em metros (m) desse circuito:

ME = I x L (A.m)

Estão apresentadas a seguir, Tabelas práticas do produto Ampère x Metro (A.m) para quedas de tensão
com diferentes valores percentuais (1%, 2% e 4%) e de tensões aplicadas, para condutores de cobre com
isolamento em PVC/70ºC.

A Tabela 3.6 apresenta o Momento Elétrico (A.m) utilizando os condutores em Eletroduto de Material
Não Magnético

Momento Elétrico (A.M) – Eletroduto de Material não magnético

Condutor 127 V monofásico 220 V monofásico 220 V trifásico

(mm2)
1% 2% 4% 1% 2% 4% 1% 2% 4%

1,5 55 110 221 96 192 383 111 222 443


2,5 91 182 363 157 314 628 179 358 715
4 141 282 564 244 488 977 282 564 1127
6 218 436 871 357 714 1427 412 824 1648
10 332 664 1327 574 1148 2297 666 1332 2664
16 498 996 1992 863 1726 3451 995 1990 3981
25 726 1452 2903 1257 2514 5028 1457 2914 5828
35 941 1882 3763 1630 3260 6519 1880 3760 7521
50 1176 2352 4704 2037 4074 8148 2340 4680 9361
70 1494 2988 5976 2588 5176 10353 3014 6028 12055
95 1841 3682 7363 3188 6376 12753 3667 7334 14667

Determinar a bitola dos condutores em eletrodutos de material não magnetico a serem ligados a uma
carga trifásica situada a 50 metros de distância e cuja corrente é de 25 A, a tensão do circuito é 220V e a
queda de tensão não pode ultrapassar a 4%;

ME = I x L ME = 25 x 50 ME = 1.250 A.m

Consultando a Tabela 3.6 tem-se:


Fio de 4 mm2 - Momento elétrico = 1.127 A.m
Fio de 6 mm2 - Momento elétrico = 1.648 A.m

O valor calculado de 1.250 A.m está situado entre estes dois valores. Neste caso deve-se escolher o
2
condutor de maior seção, ou seja, o fio de 6 mm .

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Tabela 3.7 apresenta o Momento Elétrico (A.m) utilizando os condutores em Eletroduto de Material
Magnético

Momento Elétrico (A.m) – Eletroduto de Material Magnético

127 V Monofásico 220 V Monofásico 220 V Trifásico


Condutor

(mm2) 1% 2% 4% 1% 2% 4% 1% 2% 4%
1,5 55 110 221 96 192 383 110 220 440
2,5 91 182 363 157 314 628 183 366 733
4 146 292 584 253 506 1012 293 586 1173
6 219 438 876 379 758 1517 431 862 1725
10 363 726 1451 395 790 1581 733 1466 2933
16 552 1104 2208 957 1914 3867 1128 2256 4513
25 847 1694 3386 1467 2934 5867 1732 3464 6929
35 1146 2292 4586 2000 4000 8000 2316 4632 9263
50 1530 3060 6121 2651 5302 10603 3056 6112 12223
70 2082 4164 8328 3607 7214 14427 4151 8302 16604
95 2702 5404 10809 4681 9362 18724 5366 10732 21464

8. Dimensionamento dos eletrodutos

O dimensionamento dos eletrodutos diz está relacionado à determinação do diâmetro nominal dos mesmos.
O diâmetro dos eletrodutos deve ser tal que os condutores possam ser facilmente instalados ou retirados.
Dessa forma, segundo o item 6.2.11.1.6 da NBR 5410, a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo
quociente entre a soma das áreas das seções transversais dos condutores previstos, calculadas com base
no diâmetro externo, e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deve ser superior a:

 53% no caso de um condutor;


 31% no caso de dois condutores;
 40% no caso de três ou mais condutores;

Via de regra, levando em conta que a maioria dos trechos contém mais de dois condutores, utiliza-se como
área de ocupação máxima uma taxa de 40% do interior do eletroduto.

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 39


Considerando a recomendação, existe uma tabela que fornece diretamente o tamanho do eletroduto.

Exemplo: Dimensione o seguinte trecho de eletroduto.

Os circuitos 1 e 2 tem condutores de 1,5mm2, os condutores do circuito 3 e o aterramento tem bitola de


6,0mm2.

Portanto, conclui-se que o eletroduto deverá ser de φ25mm.

A figura abaixo representa o diagrama unifilar do circuito com o eletroduto, já considerando o seu diâmetro.

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 40


9. Divisão dos circuitos para elaboração do projeto elétrico

Pode-se considerar circuito elétrico como o conjunto de componentes, condutores e cabos, ligados ao
mesmo equipamento de proteção (disjuntor). Então, cada circuito será composto pôr todos os condutores,
eletrodutos, tomadas, luminárias ligados a um mesmo disjuntor. Tem- se dois tipos básicos de circuito:
Circuito de Distribuição – liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição. Circuito Terminal – é aquele
que parte do quadro de distribuição e alimenta diretamente lâmpadas, tomadas de uso geral (TUG) e
tomadas de uso específico (TUE)

Segundo a NBR 5410/04, deve-se: Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de TUGs,
procurando limitar a corrente total do circuito a 10A. Prever circuitos independentes, exclusivos para cada
equipamento que possua corrente nominal superior a 10A. Limitar a potência total para 1.270VA em
instalações 127V e 2.200 VA em 220V.

Isso pressupõe que, para uma instalação predial residencial , tem-se, no mínimo, três circuitos terminais: um
para iluminação, um para uso geral e um para uso específico (chuveiro).
No entanto, um bom projeto de circuitos terminais devera ser dividido em:

circuitos de iluminação

Área Social: salas, dormitórios, banheiros, circulação, varanda e hall.


Área de Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.

circuitos de tomadas de uso geral (TUGs)

Área Social: sala, dormitórios, banheiro, circulação, varanda e hall.


Área de Serviço: Copa, Cozinha e Área de serviço.

circuitos de tomadas de uso especifico (TUEs)

Com relação aos circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter um circuito independente para cada
carga que possua uma corrente nominal superior a 10A como Chuveiros, micro-ondas, etc, portanto um
disjuntor para cada tomada que alimentará o equipamento específico. Nas instalações alimentadas com
duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases de modo que se obtenha o maior
equilíbrio possível.

10. Dimensionamento do dispositivo de proteção

É muito simples dimensionar o correto disjuntor que irá proteger um circuito. Segundo a NBR 5410/04, basta
respeitar a equação:

Ic ≤ In ≤ Iz
, onde Ic é acorrente corrigida do circuito, In é a corrente nominal do disjuntor e Iz é a capacidade de
condução de corrente do condutor. Isso significa que a corrente do disjuntor tem que ser maior ou igual à
corrente corrigida e ao mesmo tempo, ser menor ou igual à capacidade de condução de corrente do
condutor.

Disjuntores comerciais e suas capacidades de correntes

Modelo NEMA
10A, 15A, 20A, 25A, 30A, 35A, 40A e 50A.

Modelo DIN
6A, 10A, 16A, 20A, 25A, 32A, 40A, 50A e 63A

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 41


QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS

Circuito Potencia Corrente (A) Proteção Equilibrio das cargas (W)


Tensão Nº de circuitos Circuito Corrigida Seção dos Iz In
Dependencia Potencia Total Total agrupados Nº de
Nº Tipo (V) condutores Tipo Disjuntor A B C
(VA) (VA) (W) (FCNC) Icirc = P / Vx fp Ic = I circ / FCT x FCNC polos condutor (A)
(mm2) (A)
Iluminação Cozinha 100
1 200 200 127 2 1,6 2,0 1,5 DIN 1 17,5 16 200
de serviço Area de serv. 100
Sala jantar 160
Sala estar 220
11. Quadro de distribuição de cargas

Dormitorio 1 220
Dormitorio 2 100
Iluminação
2 Dormitorio 3 100 1200 1200 127 2 9,4 11,8 1,5 DIN 1 17,5 16 1200
social
WC 1 100
WC 2 100
circulação 100
Varanda 100
Sala jantar 300
Sala de estar 400

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista


3 TUGs WC 1 600 2000 1600 127 2 15,7 19,7 2,5 DIN 1 24,0 20 1600
WC 2 600
Varanda 100
circulação 300
Dormitorio 1 300
4 TUGs 1200 960 127 2 9,4 11,8 2,5 DIN 1 24,0 20 960
Dormitorio 2 300
Dormitorio 3 300
Cozinha 1900
5 TUGs 3100 2480 127 2 24,4 30,5 6,0 DIN 1 41,0 32 2480
Area de serv. 1200
6 TUE Chuveiro WC1 4500 4500 4500 220 2 20,5 25,6 4,0 DIN 2 32,0 32 2250 2250
7 TUE Chuveiro WC2 4500 4500 4500 220 2 20,5 25,6 4,0 DIN 2 32,0 32 2250 2250
8 TUE microondas. Coz 1630 1630 1500 127 1 12,8 12,8 2,5 DIN 1 24,0 16 1500
9 TUE Ar cond. Dorm. 1 1522 1522 1400 220 1 6,9 6,9 2,5 DIN 2 24,0 16 644 644
TOTAL 19852 18340 5574 6100 6554

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12. Dimensionamento do Alimentador

Determinação da demanda

a) Características da edificação
Nº de pavimentos/aptos : 6/24
Nº aptos/pavimento : 4
Área útil/apto : 90m²

b) Carga instalada do condomínio

Potência
Quantidade Descrição
Unitária (W) Total(kW)
50 lâmpada incandescente 60 3000
8 lâmpada incandescente 100 800
15 tomada simples 100 1500
1 chuveiro elétrico 4400 4400
1 Motor trifásico 1 CV/220V (B. d’água) 1130 1130
2 Motor trifásico 6CV/220V (elevador) 5450 10900
Total geral da carga instalada 21,73

c) Carga instalada por apartamento

Potência
Quantidade Descrição
Unitária (W) Total(kW)
15 lâmpada incandescente 60 0,9
20 tomada simples 100 2
2 chuveiro elétrico 4400 8,8
2 tomada de força 600 1,2
Total geral da carga instalada 12,9

d) Tipo de fornecimento das unidades consumidoras

d.1 Condomínio : Como a carga instalada é superior a 15kW, a alimentação será trifásica (TABELA - 22)
e dimensionada pela demanda em kVA (TABELA -23)

Condomínio: Demanda de iluminação e tomadas

Potência
Quantidade Descrição
Unitária (W) Total(kW)
50 lâmpada incandescente 60 3,0
8 lâmpada incandescente 100 0,8
15 tomada simples 100 1,5
Total geral da carga instalada 5,3

Carga = (Ilum / fp) + (TGUs / fp) (fator de potencia - TABELA 24)


Carga = 3,00 + 0,80 + 1,50/0,92 = 5,43 kVA
Demanda = 5,43 x 0,64 = 3,48kVA (fator de demanda = 0,64 -TABELA 20)

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 43


Condomínio: Demanda do chuveiro elétrico

Potência
Quantidade Descrição
Unitária (W) Total(kW)
1 chuveiro elétrico 4400 4,4
Total geral da carga instalada 4,4

Carga = 4,40 = 4,40KVA (fator de potencia - TABELA 24)


Demanda = 4,40 x 1 = 4,40kVA (fator de demanda =1 -TABELA 14)

Condomínio: Demanda de motores

Potência
Quantidade Descrição
Unitária (W) Total(kW)
1 Motor trifásico 1 CV/220V (B. d’água) 1130 1,13
2 Motor trifásico 6CV/220V (elevador) 5450 10,9
Total geral da carga instalada 12,03

Demanda = (Quant de motores (A) x Demanda do nº total de motores (A)) (TABELA - 16)
+ (Quant de motores (B) x Demanda do nº total de motores (B)) (TABELA - 16)

Demanda = 1 x 0,97 + 2 x 4,54kVA = 10,05 kVA

Demanda total do condomínio

DC = 3,48 + 4,4 + 10,05kVA = 17,93kVA

Portanto, o condomínio pertence: (Tabela 4).


Faixa: C2
Tipo de fornecimento: Trifásio
Proteção do condomínio: disjuntor tripolar de 60A

d.2 Apartamentos : Como a carga instalada está entre 10,1KW e 15kW, a alimentação será
bifásica (TABELA - 22), dimensionada pela carga instalada conforme a (Tabela 23).

Carga instalada: 12,9KW

Portanto, o condomínio pertence: (Tabela 4).


Faixa: B2
Tipo de fornecimento: Bifásico
Proteção dos apartamentos: disjuntor bipolar de 60A

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 44


e) Cálculo da demanda total (DT)
Para dimensionar a entrada de serviço

DT = ( 1,4 . f . a ) + DC

Demanda dos aptos ( 1,4 x f x a )


20 apartamentos f = 19,86 (TABELA - 10)
Area de cada apartamento 90m² a = 1,96 (TABELA - 11)

Demanda dos aptos = 1,4 x 19,86 x 1,96kVA = 54,50kVA

Demanda Total
D = 54,50 + 17,93 = 72,43kVA

Portanto a entrada de serviço deve ser dimensionada pela faixa de 66,1 a 75,0kVA (item 7 da Tabela 1A)

Proteção Geral: disjuntor tripolar 200A

13. Dimensionamento extra


Pontos de TV, telefone e interfone

14. Diagrama unifilar

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 45


15. Diagrama bifilar

16. Projeto finalizado

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 46


Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 47
19. Realizar memorial descritivo

 Folha A4
 Descrever o proposito do projeto
 Anotação dos cálculos

20. Incluir informações extras no projeto – Prancha 02

 Tamanho A2
 Detalhes de aterramento

 Detalhes do quadro de medição QM

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 48


 Croqui da edificação

 Diagrama unifilar

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 49


REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

Apostila de Elementos de Instalações Elétricas Prediais. SENAI – Rio de Janeiro. 2003

Apostila Instalações Elétricas 1 – UFRJ

Apostila Instalações Elétricas Residenciais - ELEKTRO/PIRELLI

Apostila de Instalações Elétricas Prediais. SENAI – Centro de Formação Profissional Afonso Greco.

CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura. 4. Ed. São Paulo:
Blucher, 2013.

CAVALIN, Geraldo e CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas Prediais: Conforme Norma NBR
5410:2004. 14. Ed. São Paulo: Érica, 2006.

CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 15. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

Guia Prático para Instalações Residenciais e Prediais – SCHNEIDER ELECTRIC

Manual do Aterramento Elétrico - ELEKTRO/PIRELLI

NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão

NBR 5444:1989 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais

ND-5.1 – Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária – Rede de Distribuição Aérea –


Edificações Individuais

ND-5.2 – Fornecimento de Energia Elétrica Em Tensão Secundária – Rede de Distribuição Aérea –


Edificações Coletivas

Apostila elaborada por Cléoton Queiroz - Engenheiro Eletricista 50

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