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CURSO DE PSICOLOGIA
MODELO
Educação Ambiental
Michael Pollan, jornalista renomado e autor de "O dilema do onívoro", Richard Oppenlander, autor
de "Food Choice e Sustainability", e Will Potter, autor de "Green is the new Red" fornecem
entrevistas que permeiam o conteúdo do filme.
Em "Cowspiracy", o diretor Kip Andersen conta sua história de envolvimento com a causa
ambiental. Ele, como muitos outros, voltou os olhares sobre a questão após assistir
ao documentário de Al Gore, "Uma verdade inconveniente". Mas após se deparar com
estatísticas oficiais da ONU que informavam que a agricultura animal tem emissões de gases
superiores a todo o setor de transportes (carros, caminhões, trens, navios e aviões), a vontade de
pesquisar mais sobre o tema surgiu, e, junto com ela, o documentário.
"Eu descobri que um hambúrguer de 114 gramas requer quase 2,5 mil litros de água para ser
produzido. Eu tenho tomado banhos curtos para economizar água e descubro que comer apenas um
hambúrguer é equivalente a dois meses inteiros de banho", diz Kip no documentário.
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A mensagem que o filme deixa é sobre a necessidade de reduzir o consumo de carnes para salvar o
planeta. Diversos estudos apontam os benefícios de uma dieta vegetariana para a saúde humana,
além disso, um estudo classificou as carnes processadas como cancerígenas e a carne vermelha como
potencialmente cancerígena. Diante de todos esses impactos para o meio ambiente e para nossa
saúde, fica o desafio de mudar hábitos para reduzir o consumo de carnes. Comer também pode ser
um ato político. Ao escolher o que está presente em sua mesa, você também está decidindo alguns
dos rumos que o planeta vai tomar (saiba mais sobre os impactos ambientais do consumo de carne e
a devastação causada pela industria agropecuária).
Atividade 2
A sucessão de tragédias que marcou o começo do ano no Brasil leva a comparações entre
desastres que, embora diferentes, têm aspectos em comum – acusações de negligência contra
quem administrava os espaços, demora ou inexistência de responsabilização de culpados,
respostas insuficientes por parte do poder público e, na maioria dos casos, mortes que
poderiam ter sido evitadas.
É o que ocorre em casos como o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro, e a
tragédia em Mariana, em 2015; e nos incêndios do Centro de Treinamento do Flamengo, em
fevereiro, e incêndio no Museu Nacional, em 2018.
'Não existe incêndio acidental, todos são resultado de falhas', dizem especialistas
Órgão federal que fiscaliza barragens é o 2º mais exposto a fraudes e corrupção, diz TCU
Nesses grandes desastres recentes, também se repete o fato de as empresas e instituições envolvidas
classificarem a situação como meros acidentes, episódios que não poderiam ter sido previstos,
tampouco evitados.
Contrariam, inclusive, as investigações da Polícia Federal, do Ministério Público e de outras
instituições que apontam que, na maioria dos casos, houve sinais que foram ignorados e medidas
de segurança que não foram tomadas, mas poderiam ter reduzido danos e os números de vítimas ou
até mesmo evitado as tragédias.
A BBC News Brasil analisou cinco tragédias que ocorreram no Brasil nas últimas décadas.
Os cinco episódios também têm em comum o fato de que ninguém foi criminalmente punido pelos
desastres. Mesmo outras formas de responsabilização, como sanções econômicas e multas
ambientais, também foram tímidas, na visão dos especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.
O que chama a atenção no Brasil, afirmam os especialistas, é que muitas vezes as tragédias não se
refletem em mudanças significativas e as lições que poderiam ser aprendidas no combate a novos
desastres são ignoradas.
Um exemplo citado é a falta de sirenes em Mariana, em 2015, que não fez com que a
Vale resolvesse o problema a tempo de evitar tantas mortes em Brumadinho, quatro anos
depois: sirenes foram instaladas, mas não funcionaram, e não havia um sistema de alerta reserva.
O amparo às vítimas nas tragédias brasileiras, quando ocorreu, foi lento e insuficiente. Os
especialistas ouvidos pela BBC consideram que prevaleceu a proteção ao poder econômico em
detrimento da reparação. "O poder econômico acaba ditando como devem se dar os programas de
reparação, à revelia do poder público", afirma Rafael Portella, da Defensoria Pública do Espírito
Santo, que atuou na defesa dos atingidos pela tragédia de Mariana na Bacia do Rio Doce.
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O Brasil é reconhecidamente falho para lidar com tragédias há décadas - tanto que o Banco Mundial
fez um estudo entre 1995 e 2014 para calcular quanto o país perde com a resposta inadequada a
desastres naturais - foram prejuízos da ordem de R$ 800 milhões por ano.
Segundo o relatório da entidade, os danos econômicos são agravados quando a população pobre é
vítima de uma catástrofe. "Quando a população pobre é vítima de uma catástrofe, a perda
proporcional de riqueza é de duas a três vezes maior do que entre a não-pobre, devido à natureza e à
vulnerabilidade dos seus bens e meios de subsistência", diz o Banco Mundial.
A mistura de lama e lixo industrial destruiu distritos da cidade de Mariana, causou a morte de 19
pessoas e prejuízos ambientais e sociais ao longo dos 650 km entre a cidade e a foz do rio Doce, no
Espírito Santo. Os danos ambientais e sociais estão sendo avaliados até hoje. Segundo o Ibama, mas
de 770 mil hectares de áreas de preservação permanente foram afetados pelo desastre.
Como estão as vítimas em 2019: Mais de três anos depois da tragédia, até a população de outras
cidades afetadas pela lama da barragem está sentindo efeitos da contaminação por metais pesados,
como doenças respiratórias e de pele. E as famílias temem nunca ser indenizadas pela Samarco,
mineradora responsável pela barragem que rompeu e controlada conjuntamente por Vale e BHP
Billiton.
Mais de 500 mil pessoas tiveram o abastecimento de água comprometido em MG e no ES, segundo o
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, órgão vinculado ao Conselho Nacional de Recursos
Hídricos. De acordo com a Defesa Civil de MG, somadas as populações dos 35 municípios do
Estado no caminho da lama, é possível chegar a um número de 1 milhão de pessoas afetadas.
Os prejuízos econômicos também estão sendo contabilizados até hoje. Atividades que dependem do
ambiente, como a pesca por exemplo, foram fortemente prejudicadas – até hoje pescadores lutam
para sobreviver e, sem indenização, acumulam milhares de reais em dívidas.
O que as investigações apontaram: A Polícia Federal e o Ministério Público apontaram que as
empresas sabiam do risco de rompimento. O Ministério Público também apontou falhas e omissões
no processo de licenciamento ambiental das operações. No fim do ano passado, relatores da ONU
enviaram carta ao governo brasileiro criticando omissão na investigação da tragédia, a falta de uma
análise completa dos danos causados e de uma resposta adequeada às pessoas e comunidades
prejudicadas.
Quem foi punido: Em outubro de 2016, o Ministério Público denunciou à Justiça 21 pessoas
acusadas de provocar inundação, desabamento, lesão corporal e homicídio com dolo eventual
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(quando o réu assume o risco de matar). Mas o processo criminal chegou a ficar quase um ano
parado desde então.
Até hoje, ninguém foi preso e o julgamento ainda não foi marcado. O MPF também promoveu uma
ação coletiva no valor de R$ 155 bilhões contra a Samarco, mas essa ação foi finalizada no ano
passado, quando a Samarco assinou na Justiça um novo termo de ajustamento de conduta que
estabeleceu novas diretrizes para o processo de reparação dos impactos da tragédia e teve maior
participação das comunidades atingidas. As empresas também foram multadas por diversos órgãos
ambientais, mas só uma das 68 multas está sendo paga.
O que a empresa alega: A Samarco e suas controladoras – a Vale e a BHP Billiton – tratam o
episódio como acidente. Uma fundação privada, a Renova, foi criada para lidar com as reparações
após um acordo da empresa com o Governo Federal, os Estados e outros órgãos. A Renova diz que,
até janeiro deste ano, foi pago R$ 1,4 bilhão em indenizações e auxílios financeiros.
"Foram atendidas 11.937 famílias em razão dos danos gerais sofridos, celebrando 8.388 acordos,
pagando 8.321 indenizações e realizando 1.010 antecipações de indenização de danos gerais. Das
propostas apresentadas, 98.9% foram aceitas e resultaram em acordos de indenização dos atingidos",
diz a fundação. A Renova diz também que o "auxílio financeiro emergencial, por sua vez, assiste
atualmente 11.753 famílias".
O que falta acontecer: Atualmente, o Ministério Público tenta reabrir a tomada de depoimentos de
testemunhas após a defesa dos acusados pedir interrupção à Justiça Federal. O processo de
pagamento de indenizações e acordos da Renova com as vítimas também está em andamento.
Mas o modelo de criar uma fundação privada para lidar com as consequências da catástrofe é
criticado por quem acompanha o processo. "Isso gera um esfacelamento do limite entre o que é
responsabilidade do público e o que é privado", afirma Portella, da Defensoria Pública do ES.
Almeida cita o exemplo de Brumadinho. "Mandaram prender rapidinho os auditores. Por quê? Existe
um crime específico na lei de crimes ambientais para uso de documentos fraudados em processos de
licenciamento, e o caso dos auditores se encaixava perfeitamente nesse artigo", diz ela. "Mas eles
foram soltos porque conseguiram comprovar que tinham avisados os gestores da Vale dos riscos.
Então, eles repartiram as responsabilidades. Mas porque não prenderam os gestores? Porque os
gestores não se encaixam perfeitamente nesse crime."
"Enquanto não criarmos um tipo específico (de crime) para quem tem poder de mando, os gestores
vão continuar podendo se safar na esfera criminal", diz ela.
"A Justiça é muito rápida para punir indivíduos em condições vulneráveis, mas não tem a mesma
agilidade e os mesmos critérios quando se trata de grandes poderes econômicos", diz Rafael Portella.
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O desastre: O incêndio na boate Kiss, em 2013, deixou 242 mortos e 636 feridos. A boate na cidade
de Santa Maria (RS) pegou fogo quando a banda Gurizada Fandangueira, que tocava no local,
acendeu um sinalizador para criar efeitos pirotécnicos. As chamas atingiram o revestimento de
espuma do teto e se espalharam rapidamente.
Como estão as vítimas em 2019: As famílias das vítimas também entraram com ações cíveis de
indenização contra os donos da boate, processo que está em andamento.
O que as investigações apontaram: A superlotação, a falta de saídas de emergência, a falha dos
extintores de incêndio e a falta de outros equipamentos de segurança foram apontados pelas
investigações feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público como fatores que agravaram a
tragédia e aumentaram o número de mortos.
Quem foi punido: A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso e indiciou 16 pessoas no fim de
2013. Quatro dos indiciados se tornaram réus por 242 homicídios em um processo que tramita na
Justiça desde então: os dois sócios da casa, Elissandro Calegaro Spohr e Mauro Hoffmann, e dois
integrantes da banda, Marcelo Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão. Os quatro réus chegaram a
ser presos durante a investigação, mas no mesmo ano passaram a aguardar o julgamento em
liberdade.
Seis anos depois da tragédia, o julgamento ainda não foi marcado pois a Justiça não definiu qual tipo
de crime deve ser julgado. O Ministério Público pede que os réus sejam julgados por homicídio com
dolo eventual – no qual o acusado assume o risco de matar alguém – e pedem julgamento por
Tribunal do Júri. No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu que o crime em
questão é homicídio culposo – quando não há intenção de matar – e, portanto, deve ser julgamento
apenas pelo juiz, sem júri.
O Ministério Público chegou a abrir uma investigação sobre uma possível improbidade
administrativa de funcionários da prefeitura da cidade e de outras autoridades por terem permitido
que a boate funcionasse com licenças vencidas, mas nenhuma denúncia foi apresentada à Justiça.
O que a defesa dos acusados alega: A defesa dos réus diz que "não há no processo elementos que
indiquem que os acusados tenham aceitado o resultado de morte ou lesões corporais das vítimas da
boate Kiss".
O que falta acontecer: Atualmente, dois recursos especiais sobre a questão estão sendo analisados
pelo Superior Tribunal de Justiça (ST), que desde 10 de janeiro aguarda um parecer do Ministério
Público Federal (MPF) sobre o caso. Só depois do julgamento no STJ o processo deve voltar para a
primeira instância, onde o juiz deve marcar a data do julgamento - quer seja por um juiz ou por um
Tribunal do Júri.
Como está o museu em 2019: Nesta semana, o museu abriu as portas para que fotógrafos
registrassem o que sobrou da estrutura. Cheio de escombros, marcas de fogo, barras de ferro
retorcidas e paredes desmoronadas, o museu se tornou um campo de "garimpo".
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Equipes técnicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que administra a instituição,
trabalham em contêineres instalados próximos ao museu para recuperar peças, catalogá-las e levá-las
para uma área de armazenamento da UFRJ. Até agora, cerca de 2 mil itens foram recuperados, entre
eles os fragmentos do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo já encontrado no Brasil, com
11,3 mil anos.
O que as investigações apontaram: Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga as causas do
incêndio – a instituição diz que aguarda a liberação do laudo técnico da perícia. A falta de
manutenção do espaço do museu foi apontada por muitos se não como causa, pelo menos como fator
agravante e responsável por uma devastação tão grande.
Alertas sobre risco de fogo e outros problemas estruturais começaram há mais de uma década.
Entre 2013 e 2018, o orçamento anual do museu, repassado pela UFRJ, caiu drasticamente de R$
531 mil, em 2013, para R$ 54 mil, em 2018.
Quem foi punido: Como as investigações ainda estão em andamento, ninguém foi responsabilizado
pelo episódio, e o caso ainda deve demorar para chegar na Justiça.
O que dizem as instituições envolvidas: Após o incêndio, a UFRJ divulgou uma nota dizendo que
"há décadas as universidades federais do país vêm denunciando o tratamento conferido ao
patrimônio das instituições universitárias brasileiras e a falta de financiamento adequado". "Urge, por
parte do Governo Federal, uma mudança no sistema de financiamento das universidades federais do
país", disse a nota.
O reitor da universidade, Roberto Leher, também afirmou nunca ter recebido qualquer recurso do
Ministério da Cultura para manutenção do museu. O Minc, por sua vez, afirmou que o então ministro
da Cultura, Sérgio Sá Leitão, recebeu o reitor após assumir a pasta e nenhum projeto foi apresentado.
"Sem apresentação formal de projetos, não é possível fazer a destinação de recursos", disse a pasta.
O que falta acontecer: A repercussão da tragédia fez com que o museu conseguisse
um investimento de R$ 85 milhões de diferentes fontes para recuperar o prédio e o acervo, mas a
maior parte dinheiro ainda não está disponível – deve ser repassado ao longo deste ano, segundo o
Alexander Kellner, diretor da instituição.
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O relatório também apontou outro problemas, como o fato de que a "comunicação de falhas
recorrentes e de maus funcionamentos não estava sendo feita regularmente à Autoridade de Aviação
Civil" e o de que o manual da aeronave era de difícil acesso.
Quem foi punido: O Ministério Público chegou a acusar três pessoas: Marco Aurélio dos Santos de
Miranda e Castro, então diretor de segurança de voo da TAM; Alberto Fajerman, que era vice-
presidente de operações da empresa; e Denise Abreu, na época diretora da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac). No entanto, a Justiça absolveu os três acusados em 2015, sentença que foi
confirmada em segunda instância em 2017. Depois da confirmação, o Ministério Público decidiu não
recorrer.
O que dizem as instituições envolvidas: Depois do acidente, a Anac reviu normas e o aeroporto de
Congonhas passou por obras para aumentar a segurança. A TAM fez acordos com as famílias das
vítimas e chegou a pagar as indenizações. Em 2017, a companhia foi condenada a pagar um valor
complementar. No mesmo ano, parte dos parentes das vítimas fecharam acordo de R$ 30 milhões
com a Airbus, fabricante da aeronave.
O que falta acontecer: O caso está praticamente encerrado.
Uma sequência de fortes chuvas atingiu a região serrana do Estado causando deslizamentos e
inundações em dezenas de municípios, deixando 918 mortos e cerca de 30 mil pessoas desalojadas e
desabrigadas. Isso foi equivalente a 50% das mortes em desastres naturais nos 20 anos anteriores
(entre 1991 e 2010, foram 1.783 mortes em 28 desastres).
Isso sem contar as milhares de pessoas afetadas de outras formas, como as que contraíram
leptospirose por causa das inundações. Cidades como Teresópolis, Nova Friburgo, Bom Jardim,
Petrópolis, Sumidouro, Areal e São José do Vale do Rio Preto decretaram estado de calamidade
pública. A Defesa Civil estadual, as prefeituras e a Força Nacional empregaram mais de mil pessoas
para lidar com a situação.
Segundo uma estimativa do Banco Mundial publicada em 2012, a tragédia gerou um prejuízo de
cerca de R$ 4,8 bilhões, entre custos de reparação de encanamentos e canais de drenagem, danos a
infraestrutura de energia, gastos com reconstruções de ruas e rodovias, prejuízos para o comércio e
danos a propriedades particulares, entre outros.
Como estão as vítimas em 2019: Nas regiões atingidas há até hoje sinais da devastação de oito anos
atrás. As moradias prometidas para retirar a população da região de risco não foram totalmente
entregues.
O que apontaram as investigações: Causada pela junção das fortes chuvas com a ocupação
irregular de encostas e várzeas de rios - que, apontam especialistas, é resultado do déficit
habitacional - a tragédia foi agravada pela falta de prevenção nas cidades afetadas, cujas
administrações alegaram falta de tempo para tomar as medidas necessárias.
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O temporal havia sido previsto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mas a Defesa Civil
estadual ignorou os alertas, segundo uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo na época.
No ano anterior ao desastre, o governo brasileiro havia admitido à ONU que boa parte do sistema de
defesa civil do país estava despreparado para lidar com o impacto de desastres naturais. A avaliação
estava em um documento enviado pela Secretaria Nacional da Defesa Civil.
Quem foi punido: A situação toda foi tratada como desastre natural. Nenhuma investigação oficial
foi aberta e ninguém foi responsabilizado. Sérgio Cabral, que era governador do Estado da época,
hoje está preso, mas por questões não relacionadas ao episódio – ele foi condenado a mais de 100
anos de prisão por 15 crimes diferentes no âmbito de operações como a Lava Jato.
O que dizem as instituições envolvidas: Após o episódio, o governo federal e o governo estadual
liberaram R$ 551,7 milhões para ajudar as cidades afetadas.
O que falta acontecer: Uma solução permanente para o problema da moradia e da ocupação
irregular das encostas está longe de acontecer. Não foi um tema prioritário na campanha do
governador Wilson Witzel, eleito ano passado. Hoje, quase 172 mil pessoas ainda moram em áreas
de risco na região serrana do Estado, segundo dados de serviços de emergência.
Segundo a ONU, a questão da responsabilização por crimes ambientais e desastres naturais não é só
uma questão de legislação - a proliferação de leis ambientais ou mecanismos de punição não resolve
sem um ambiente institucional em que elas sejam aplicadas.
"A menos que o Estado de Direito Ambiental seja fortalecido, leis aparentemente rigorosas estão
fadadas a falhar", afirmou David Boyd, relator especial da ONU sobre Direitos Humanos e Meio
Ambiente, no ano passado.
Atividade 3
O presente artigo tem como objetivo demonstrar, por meio de pesquisas e estudos, o surgimento do
direito ambiental no contexto mundial e no ordenamento jurídico de nosso país, bem como,
analisarmos a importância da escola por meio da educação ambiental na transformação dos
indivíduos consumistas do mundo contemporâneo. Este estudo leva a fazer uma reflexão sobre a
importância da educação ambiental como disciplina escolar se há uma real possibilidade de
influenciar no desenvolvimento sustentável dos educandos, levando-os a terem uma consciência
voltada à valorização da vida, adquirindo novos hábitos e novo estilo de vida, abdicando do
consumismo capitalista e fazendo uso racional dos recursos naturais. A sociedade contemporânea,
principalmente nos países de primeiro mundo, onde o uso de produtos industrializados é mais
recorrente, vem a cada dia promovendo um consumismo cada vez mais desenfreado, isso a médio e
longo prazo, podem levar com que os recursos naturais venham a se exaurir com maior velocidade,
levando a um colapso de proporções global. A natureza já não aguenta mais essas agressões e a cada
dia vem dando demonstrações disso por meio das inúmeras catástrofes climáticas. Diante de toda
problemática ambiental que o mundo globalizado enfrenta é de extrema importância que essa e as
novas gerações tenham em seus currículos escolares desde as séries iniciais a dimensão ambiental,
pois sabemos que a escola sem sombra de dúvida é o local ideal para que todo esse processo
aconteça.
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Atividade 4
“Terra: existe um futuro?” foi produzido pelo canal Discovery Channel e disponibilizado em 2015.
O documentário aborda a questão do aquecimento global de uma forma bem realista. Aponta as
causas, os efeitos que sentiremos no futuro e as ações que devem ser tomadas para evitar as piores
consequências. Infelizmente, se nada mudar, a realidade que o futura nos reserva é bastante drástica e
com um desequilíbrio ambiental imenso. O quadro apresentado pelo documentário precisa ser
mudado urgentemente. Este especial trata do aquecimento global sob uma ótica realista, apontando,
além de suas causas, os efeitos que de fato temos vivenciado e veremos de forma mais recorrente em
um futuro próximo e providências práticas para que essa trajetória rumo ao colapso seja
interrompida. O abuso de recursos naturais, como água e combustíveis fósseis, o desmatamento e o
aquecimento global podem comprometer a sobrevivência na Terra. No programa, a computação
gráfica constrói esses cenários futuros que resultam dos séculos de crescimento desordenado. Por
outro lado, o especial também mostra que ainda podemos reverter o curso em direção ao caos e as
iniciativas que vêm sendo tomadas para que essas mudanças ocorram a tempo de nos livrarmos do
colapso global. Projeções numéricas e relatos de especialistas planificam de maneira realista a
relação entre o crescimento da população, da produção industrial e do consumo, com seus
desdobramentos. Um mundo de catástrofes, pragas, escassez de água potável e desequilíbrio
ambiental: essa é a realidade que espera por nós, caso não haja uma mudança de conduta drástica e
imediata. Em contrapartida há aqueles que se posicionam de forma diferente, que negam a realidade
do aquecimento global ou pelo menos negam que o ser humano tenha um papel relevante, esses
pensamentos são chamados de negacionismo climáticos O negacionismo climático é considerado
uma forma de pseudociência porque recusa o valor de uma massa de observações, cálculos e
medições que convergem todos para a mesma direção. Se baseia principalmente em opiniões, ou em
ideologias e por suas importantes repercussões sociais e ambientais negativas é visto como uma
grande ameaça ao bem comum. Os autores que negam a existência do aquecimento global, e que
aqui poderiam ser citados são Taylor Hill, Stephen Leahy, João Ozorio Melo, Luiz Carlos Molion
entre outros. O negacionismo climático defende a ideia de que os eventos climáticos não são de
forma alguma interferidos pela ação humana, e pelos autores que como os citados negam a existência
do aquecimento global. Taylor Hill e Stephen Leahy participaram da escrita do livro "Uma verdade
inconveniente", e defenderam seu posicionamento de não acreditar no aquecimento global. João
Ozorio, em muitos de seus artigos na academia afirma o fato do aquecimento global ser uma
mentira. Segundo Luiz Carlos Molion (...) as projeções futuras dos modelos de clima (MCG)
resultantes de cenários hipotéticos, são meros exercícios acadêmicos, não confiáveis e, portanto, não
utilizáveis para o planejamento das atividades humanas e o bem-estar social. Argumenta-se que a
influência humana no clima, se existir, seja muito pequena e impossível de ser detectada em face de
sua grande variabilidade natural. Considerando essa variabilidade, é muito provável que ocorra um
resfriamento global nos próximos 20 anos ao invés de um aquecimento.(...) Os negacionistas
empregam uma variada série de argumentos para contestar as conclusões da ciência dizendo que; A
concentração de gases estufa não está se elevando na atmosfera; Mesmo se o aquecimento estiver
acontecendo, deve-se a causas naturais ou Mesmo se as causas não forem naturais, a participação
humana é pequena. Porém esses argumentos e muitos outros foram refutados pelos maiores
climatologistas e geocientistas da atualidade em conjunto com o conhecimento acumulado em uma
vasta quantidade de estudos e pesquisas. Com sua posição e conduta dúvidas e incertezas
disseminam entre a população leiga papel de descrédito da ciência, bloqueando assim as medidas
necessárias de combate ao aquecimento global.
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Atividade 5
Agenda 21
A Agenda 21, além de um documento oficial, é uma das medidas mais amplas já
tomadas em todo o mundo para promover o desenvolvimento sustentável das sociedades.
A Agenda 21 é um programa articulado de ações resultante de diversos encontros
promovidos pela Organização das Nações Unidas com o tema “Meio Ambiente e suas
relações com o desenvolvimento”. Trata-se da medida mais ampla já adotada para tentar
executar a tarefa de promover um desenvolvimento sustentável em todo o mundo, ou seja,
uma forma de desenvolvimento que vise à extração dos recursos da natureza para garantir o
sustento do mundo atual sem prejudicar as gerações futuras.
Oficialmente, a Agenda 21 é um documento que foi elaborado durante a ECO-92 – a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – realizada no
ano de 1992, na cidade do Rio de Janeiro. Esse documento é o resultado de um compromisso
das nações para desenvolver suas economias sem prejudicar o meio ambiente, com mais de
2500 recomendações práticas para executar tal esforço.
Nesse sentido, cada país deve elaborar, manter e atualizar sua própria Agenda 21 para
garantir as bases da sustentabilidade em seus territórios. Tal elaboração deve ser específica
ao contexto em que cada país se insere, o que evita, por exemplo, que um país econômica e
estruturalmente mais frágil sucumba aos interesses de potências econômicas do mundo
desenvolvido. A ideia é que, em consonância com a realidade das diferentes populações, o
meio ambiente não seja ameaçado pelas práticas predatórias executadas pelo ser humano.
No caso do nosso país, fala-se da Agenda 21 Brasileira, que objetiva ratificar e especificar os
compromissos assinados durante as conferências internacionais realizadas pela ONU. Ela foi
elaborada entre os anos de 1996 e 2002 e implementada a partir de 2003.
O seu desenvolvimento, então, partiu dos seguintes princípios: a) a gestão dos recursos
naturais; b) o desenvolvimento de uma agricultura sustentável; c) o incentivo à concepção de
cidades sustentáveis; d) a construção de infraestruturas com vistas à integração regional; e) a
redução das desigualdades sociais; e f) a potencialização da ciência e tecnologia voltadas em
prol da sustentabilidade.
Não obstante, um dos principais méritos da Agenda 21 brasileira foi ter se construído, em
grande parte, com base nas Agendas 21 locais. Isso representou uma maior participação da
população nas esferas decisórias, em uma perspectiva de “baixo para cima”, ou seja, do povo
para as esferas administrativas, com planejamento participativo. O resultado principal foram
os seis princípios acima enumerados.
Embora existam outros termos e acordos internacionais no sentido de promover metas de
controle da poluição e da degradação da natureza, a Agenda 21 é, sem dúvidas, o mais
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importante documento nesse sentido. Por esse motivo, ela serve como um guia de como o
Brasil deverá se desenvolver nos próximos tempos, com vistas a garantir a integração
territorial, a diminuição das desigualdades sociais e a promoção de um modelo econômico
que se garanta em uma relação de harmonia com o meio ambiente e os recursos naturais.
ATIVIDADE 6
b) Sobre o Objetivo 4°: Educação de Qualidade, o que a Agenda 2030 preconiza sobre a
Educação Ambiental?
R- A educação ambiental deve Empoderar as pessoas, a qual todas devem ter acesso a
direitos básicos, o documento também a ponta que objetivo é promover uma educação
inclusiva e equitativa, com que todos independente de ser homens ou mulheres tenham as
mesmas oportunidades de aprendizagem ao longo de suas vidas.
c) Iria garantir que todas as crianças pudessem ter acesso as escolas de forma regulares e em um
ambiente bom para estudos, para que pudessem adquirir conhecimentos e habilidades necessária para
o desenvolvimento sustentáveis, estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero e
uma promoção de uma cultura de paz e não violência.
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