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1. Escute a música Nada será como antes, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos,
disponível no link <https://www.youtube.com/watch?v=8sW461txkqs> e marque, na
lista abaixo, os sentimentos que ela despertar em você.
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Fonte: <http://www.miltonnascimento.com.br/site/letras.php> Acesso em: 16/03/2017.
Atividade proposta e desenvolvida
pela equipe do Redigir FALE/UFMG
● Trabalhar com a canção “Nada será como antes” explorando as relações de amizade e
incertezas no contexto da ditadura militar.
● Produzir uma resposta às questões apresentadas pela canção.
1. Escute a música Nada será como antes, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos,
disponível no link <https://www.youtube.com/watch?v=8sW461txkqs> e marque, na
lista abaixo, os sentimentos que ela despertar em você.
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Fonte: <http://www.miltonnascimento.com.br/site/letras.php> Acesso em: 16/03/2017.
Atividade proposta e desenvolvida
pela equipe do Redigir FALE/UFMG
“Nada será como antes” (Milton/Ronaldo Bastos) foi considerada “um autêntico libelo de
oposição ao regime vigente”. [...] os versos expõem o drama dos que se preocupavam com o
destino imprevisível dos exilados pela ditadura, entre os quais estava o próprio irmão de
Ronaldo Bastos, tendo a ideia da letra surgido quando ele lia um artigo sobre a questão do
“amanhã” na MPB, com transferência do enfoque da área musical para a política. Por ter na
procura pelos amigos a sua expressão máxima, não por acaso o motivo ritmo-melódico é muito
semelhante ao da canção “With a little help from my friends” (Lennon/McCartney), do disco dos
Beatles, St. Pepper’s Lonely Heart Club Band, de 1967. “Resistindo na boca da noite”
(escuridão da ditadura após o AI-5) “um gosto de sol” (a esperança de que no amanhã, com a
democracia e a liberdade, nada será como antes).
5. Por que ele está com o pé na estrada? Para onde ele vai?
Atividade proposta e desenvolvida
pela equipe do Redigir FALE/UFMG
Pé na estrada é uma expressão muito usada por quem viaja e sabemos que músicos viajam muito
tocando em muitas cidades. Podemos interpretar que ele já está com o pé na estrada como ato
de resistência, talvez irá buscar auxílio ou fazer alguma coisa para mudar a situação imposta
pela “boca da noite”, contudo, a letra não deixa claro para onde ele vai exatamente, só sabemos
que ele vai “se mexer”, não vai ficar parado, vai fazer alguma coisa para mudar a situação.
7. O trecho a “boca da noite” se opõe a que expressão no texto? O que significa essa
expressão?
O termo “boca da noite” se opõe a expressão “um gosto de sol”. Ela remete a coisas boas,
sendo o contrário da noite, ou seja, que trás luz, esperança.
8. Por que ele diz que “nada será como antes, amanhã”? O que acontece no “agora”? O que
aconteceu antes e como será o amanhã?
O eu lírico sabe que as coisas irão mudar, ele tem esperança que não será como o passado, nem
como o presente. A letra sugere que aconteceram coisas más tanto no passado, quanto no
presente e que o causador é a “boca da noite”, ou seja, a ditadura militar. Já o amanhã é a
perspectiva de melhoria, de que aconteça uma mudança boa, de que as pessoas voltem a ter
liberdade e que volte a democracia.
9. O trecho a “boca da noite” se opõe a que expressão no texto? O que significa essa
expressão?
O termo “boca da noite” se opõe a expressão “um gosto de sol”. Ela remete a coisas boas,
sendo o contrário da noite, ou seja, que trás luz, esperança.
10. A palavra “ventania” nesse texto tem uma conotação positiva ou negativa? O que ela
representa ou significa?
A palavra ventania nos sugere semelhança com furacão, ou seja, corresponde a ventos fortes,
com velocidades altas fazendo estragos por onde passa. Ela pode ter no texto uma conotação
negativa, por outro lado, também pode ser um elemento que vai provocar mudanças que podem
ser positivas.
Não há uma resposta exata para essa questão, os alunos precisam construir um sentido com
base no restante do texto. A palavra “ventania” pode ter uma conotação ruim, se relacionada à
ditadura militar (“boca da noite”) ou uma conotação positiva se relacionada aos movimentos de
resistência que podem vir de vários lugares, quando menos se espera (“num domingo qualquer,
qualquer hora”). O importante é que os alunos construam uma lógica para suas respostas.
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Fonte: <http://www.aulete.com.br/boca%20da%20noite> Acesso em: 16/03/2017.
Atividade proposta e desenvolvida
pela equipe do Redigir FALE/UFMG
11. Por que ele pergunta “Que notícias me dão dos amigos? /Que notícias me dão de você?”
Por que ele não tem notícias dos amigos? Por que ele não tem notícias do interlocutor
(você)?
Podemos inferir que após sua partida o eu lírico fica sem notícias de seus amigos e busca saber
como eles estão. Associamos o motivo de ele não ter notícias pela presença da “boca da noite” e
pela “ventania” presentes no texto, que, se relacionadas a algo ruim, podem causar males a seus
amigos. Ao questionar notícias também do interlocutor, ele cria uma espécie de aproximação e
de amizade.
12. Você é o amigo e vai responder às perguntas “Que notícias me dão dos amigos? Que
notícias me dão de você?” Escreva uma versão da música “Nada será como antes”
respondendo ao seu amigo.
Seria interessante que, para fazer essa resposta, os alunos pesquisassem um pouco mais sobre o
AI-5 e o período da ditadura no nosso país. O professor de História pode ser um parceiro nessa
atividade, fornecendo informações e sugerindo fontes de consulta aos alunos.
Seria interessante que situações mais recentes fossem pesquisadas por eles, como o assassinato
da vereadora Marielle Franco, que defendia os direitos das mulheres e era militante dos direitos
humanos. Ainda hoje não se sabe quem foram os responsáveis por esse crime.
Se quiserem, os alunos podem gravar suas versões e para isso, devem se preocupar em escrever
a nova letra respeitando a métrica da música. Eles podem tocar e cantar suas versões ou cantar
usando um playback da versão instrumental dessa música (ex.: Dudu Lims Trio:
https://youtu.be/O5FX23FA3Mc). É interessante que eles registrem essas experiências usando o
gravador ou a câmera do celular. Caso queiram, eles podem compartilhar a sua versão nas
redes sociais, sempre lembrando de citar a música original e seus compositores, que serviram de
inspiração para a produção dessa nova versão.
Caso eles prefiram, podem fazer outras músicas, explorar outros ritmos em resposta a essa
música, explorando o contexto da ditadura ou estabelecendo alguma relação desse período com
os tempos atuais.
Se quiser aprofundar ainda mais nessa discussão, há outra atividade do Redigir sobre a música
“Cérebro eletrônico”, de Gilberto Gil, que dialoga com o contexto da ditadura:
https://sites.google.com/site/redigirufmg/atividades/musica/cerebro-eletronico