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ORGANIZADOR
e:
Um dos temas fundamentais no panorama atual
dos estudos do Novo Testamento é o da formação
dos textos que o compõem. Em A formação do Novo
Testamento o leitor irá encontrar a história da reda-
ção dos Evangelhos sinóticos; a escola joanina -
Evangelho, Cartas e Apocalipse; os escritos paulinos
e pós-paulinos. O livro traz ainda uma leitura sobre
Mt 19,1-12, em que trata do divórcio, com nova pro-
posta para a relação entre os sexos.
Hoje em dia já não se aborda esses temas como
há algum tempo. De acordo com o progresso da
ciência, é preciso, também no âmbito do Novo Tes-
tamento, assumir uma nova atitude.
ISBN 85-356-0347-6
«. · 9 788535 603477
José O'Callaghan
ORGANIZADOR
-
AFORMAÇAO
DO NOVO
TESTAMENTO
(i;nas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vários autores.
Título original: La formación deI Nuevo Testamento.
Bibliografia.
ISBN 85-356-0347-6
00-2916 CDD-225.61
Paulinas
Rua Pedro de Toledo, 164
04039-020 - São Paulo - SP (Brasil)
Te!.: (OXXll) 5085-5199 - Fax: (OXXll) 5085-5198
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Telemarketing: 0800-157412
Apresentação.... 7
PARTE I
PARTE 11
1. Teste de auto-avaliação...
Juan Carlos García Domene 103
Bibliografia
José Fernández Lago 109
6
APRESENTAÇÃO ~.
9
Parte I
O ENIGMA
DOS SINÓTICOS
Os evangelhos sinóticos propõem um enigma: que tipo
de relações literárias existem entre estes três evangelhos, de tal
forma que possam ser explicadas as grandes semelhanças e, ao
mesmo tempo, as grandes diferenças existentes entre eles?
Todavia, como pano de fundo desta questão, encontra-se
toda uma forma de entender a evolução da tradição evangé-
lica e o próprio desenvolvimento do movimento cristão.
Neste livro, são apresentadas algumas das teorias mais
importantes com as quais se tentou responder ao enigma
sinótico. De modo especial, é apresentada a teoria das fontes,
que é a que melhor explica as relações entre Marcos, Mateus
e Lucas. O estudo deste tema proporciona muitos ensinamen-
tos sobre a vida das comunidades primitivas, sobre a natureza
dos evangelhos e sobre a forma de lê-los.
A formação dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas,
chamados de Evangelhos Sinóticos (ES), suscita um problema
muito particular: que relação existe entre eles? Está claro que
não são absolutamente independentes entre si, mas também é
verdade que não são mera cópia um do outro. Qual é sua
origem e sua ordem de procedência? Há dois séculos este
problema desafia e entusiasma os pesquisadores. Sem sombra
de dúvida, a solução deste problema é indispensável para uma
boa leitura dos ES. Todavia, há mais do que isso: o estudo das
relações entre os textos leva-nos às comunidades que os
produziram, a suas características, evolução e relacionamen-
tos, isto é, introduz-nos em algo tão empolgante quanto a vida
do cristianismo primitivo.
1. O fato sinótico
A. Concordâncias
a. Versículos
Mt Me Le
a. Preparação do ministério 3,1-41 1,1-13 3,1-4,13
b. Ministério na Galiléia 4,12-18,35 1,14-9,50 4,14-9,50
e. Viagem a Jerusalém 19,1-20,34 10,1-56 9,51-18,43
d. Paixão e ressurreição 21-28 11-16 19-24
14
l TIBÉRIO' CALíGULA CLÁUDIO DOMICIANO NERVA TRAJANO
141 \ 371 41 6 ; 117
Judéia PROCURADORES
Samaria Pôncio Pilalos 41
Iduméia
Galiléia
Peréia
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Inácio
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B. Discordâncias
2. Teorias sinóticas
16
b. Evangelho fundamental
Evangelho Fundamental
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Mateus Marcos Lucas
c. Dependência mútua
Mt - - - - - - - - - -... Lc
~
Mc
Mc Q
""~ Lc
~/
Mt
18
Em que se baseia esta teoria?
Na defesa do primado de Me, apresentam-se três argu-
mentos:
Q Mc
r:><!
Mt
e. A fonte Q em destaque
22
3. Os evangelhos sinóticos na vida da Igreja primitiva
23
c. Pluralidade dos evangelhos como elemento positivo
25
HISTÓRIA
DAS FORMAS
o método da História das Formas baseia-se no princípio
de que a forma literária de uma unidade literária corresponde
a uma situação histórica determinada. Aplicado aos evange-
lhos, este princípio auxilia no conhecimento da obra de Jesus
e da criatividade da Igreja primitiva na transmissão desta obra.
O ceticismo dos resultados sobre Jesus de Nazaré, ao qual
chegaram os primeiros promotores deste método, são devidos
não ao método em si mesmo mas aos seus preconceitos.
1. Um beco sem saída
29
2. Abrir novos caminhos
3. O método
5. Elementos positivos
6. Apriorismos ou preconceitos
40
A HISTÓRIA DA REDENÇÃO
DOS EVANGELHOS SINÓTICOS
2. Marcos
3. Mateus
Conclusão
53
A ESCOLA ]OANINA:
EVANGELHO,
CARTAS E APOCALIPSE
Falar da escola joanina significa pura e simplesmente
aceitar a profunda convicção dos exegetas de que o evangelho
de João (Jo) foi escrito em uma série de etapas, nas quais
colaboraram vários autores.
A essas etapas seguiu-se, em outro momento e provavel-
mente em outro lugar, a redação das chamadas cartas joaninas.
Em um meio cultural sensivelmente diferente, mas
provavelmente próximo ao de Jo e ao das cartas, foi redigido
o Apocalipse.
A seguir apresentaremos as razões principais destes
pontos de vista.
Os manuais de introdução ao estudo do NT apresentam
em pormenores os passos que sinalizam e justificam a existên-
cia de uma escola joanina (cf., por exemplo: J. O. Tufií, X.
Alegre, Escritos joánicos y cartas católicas, Verbo Divino,
Estella, 1995). Nas páginas que seguem, apresentamos uma
versão menos técnica, mais acessível e, esperamos, mais clara
para nossos leitores.
3. A formação do Apocalipse
67
ESCRITOS PAULINOS
E PÓS-PAULINOS
As cartas paulinas como tais, ao contrário dos evange-
lhos, não são fruto de uma recopilação e sim de uma vontade
de comunicar algo a pessoas concretas, em um momento
concreto. Sua composição, provavelmente, foi um processo
linear, que podia durar de uma semana a três meses, a contar
do momento em que o apóstolo ditava a saudação inicial até
o momento em que colocava a sua assinatura.
Esse fato nos convida a ler cada carta como um todo
único; todavia, isto não nos impede de descobrirmos os
processos anteriores à saudação inicial, bem como de investi-
garmos a respeito da evolução das cartas depois de elas terem
sido enviadas por Paulo.
1. Materiais preliminares
3. Formação do epistolário
5. A fronteira da paulinidade
80
o NOVO TESTAMENTO
COMO PALAVRA DE DEUS
o Concílio Vaticano II tornou-se um eco dos grandes
problemas bíblicos no âmbito católico de meados do século
XX. No capítulo quinto da Constituição Dei Yerburn, 17-20,
encontra-se a apresentação, a compreensão e a avaliação do
Novo Testamento como testemunho perene da Palavra de
Deus. O testemunho é a categoria teológica da Dei Verbum
quando apresenta a relação entre Jesus Cristo e os evangelhos,
entre a Palavra que se fez homem e a Palavra que se fez livro.
Neste artigo, temos um novo comentário ao documento
conciliar que nos permite conhecer e aprofundar alguns temas
candentes do Novo Testamento, seu processo de formação e
a historicidade dos evangelhos, a partir do Magistério da
Igreja católica.
Quando o Concílio Vaticano II foi anunciado no dia 25
de janeiro de 1959, os problemas bíblicos mais candentes para
o mundo católico estavam concentrados no NT. Mais preci-
samente, nos evangelhos. O Documento do Santo Ofício,
datado de 20 de junho de 1961, sobre a historicidade dos
evangelhos, a condenação da Vie de ]ésus de J. Steinmann
(26.6.1961) e a famosa polêmica romana dos anos 1960-
1962, tinham como ponto nevrálgico os evangelhos. O Con-
cílio foi aberto neste contexto de tensão e pessimismo. Naque-
las circunstâncias, era impossível imaginar que os ânimos
serenassem e que os conceitos, ficassem claros, o que resultou
no atual capítulo V da Dei Verbum. Elaborado por uma
equipe de especialistas que trabalhou como grupo autônomo
no interior da Comissão Doutrina], este capítulo transfor-
mou-se em uma perfeita miniatura do que deveria ser uma
introdução crítico-teológica do NT. O relator do capítulo foi
o belga B. Rigaux, OFM. Colaboraram como peritos: C.
Moeller, A. Prignon, K. Rahner, S. Ramírez e Ratzinger, e
Philipps como coordenador do grupo.
4. A Inspiração
7. O gênero evangélico
9. Os textos apostólicos
94
Parte
LEITURA DE UM
TEXTO BÍBLICO: MT 19,1-12
Com o pretexto da questão sobre o divórcio no diálogo
de Jesus com os fariseus e com os discípulos, este artigo nos
situa no contexto cultural e no mundo de valores dos evange-
listas Mateus e Marcos, possibilitando-nos uma leitura em
profundidade do Texto de Mt 19,1-12, até suscitar uma nova
visão da mensagem de Jesus em sua proposta original e
escandalosa de um tipo de relações pessoais livres de toda
dependência, subordinação ou domínio, e contrárias a todo
tipo de banalização, manipulação ou abuso. O autêntico
desafio de Jesus consiste em construir um único espaço
compartilhado, também hoje, na relação entre os sexos.
1. o contexto
2. O texto
102
Parte 111
TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO
PARA OS LEITORES
Neste livro, tivemos a oportunidade de ficarmos mais
informados sobre um tema apaixonante: a formação do Novo
Testamento. Existem teorias, hipóteses e muitas coisas escri-
tas. Procure demonstrar o que ficou claro para você.
Número de acertos:
Entre 1 e 3: Obrigado pela participação!
Entre 3 e 5: Releia este livro com mais atenção!
Entre 6 e 8: Parabéns!
Entre 9 e 10: Desfrute seu talento: continue estudando e
não se arrependerál!
108
BIBLIOGRAFIA