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4.1. INTRODUÇÃO
Na lição de José Paschoal Rossetti1 economia abrange apenas uma fração das
ciências sociais, competindo a esta ciência o estudo “da ação econômica do homem,
envolvendo essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da
renda, o dispêndio e a acumulação.”
A despeito da superficial abordagem das definições supra, pode-se facilmente
concluir que as ações econômicas, bem como seus problemas não possuem
contornos bem delineados. As ligações existentes entre a economia e outros ramos
científicos, como o direito ou a sociologia, decorrem, segundo Rossetti 2, de que as
relações humanas e os problemas nelas implícitos ou delas decorrentes não são
facilmente separáveis segundo níveis de referência pré-classificados.
4 José Gomes Brito. Degradação ambiental, Revista dos mestrandos em direito econômico da UFBA, p.225.
5 José Afonso da Silva, op. cit., p. 818.
são garantidos no texto constitucional, mas, a toda
evidencia, não podem primar sobre o direito fundamental
à vida, que está em jogo quando se discute a tutela da
qualidade do meio ambiente, que é instrumental no
sentido de que, através dessa tutela, o que se protege é um
valor maior: a qualidade da vida humana.
6 Marshal.
7 Ricardo Carneiro, op. cit., pp. 2/3.
ambientais inevitáveis, tanto mais quando se leva em conta as projeções de
aumento demográfico para os próximos anos.
8 Ricardo Carneiro, op. cit., p. 3 “(... ) Se perguntarmos aos ecologistas a receita para obter a compatibilização entre
as aspirações materiais da humanidade com a preservação dos ecossistemas naturais e a manutenção dos padrões
mínimos de qualidade de vida, a maior parte deles certamente irá propor como situação ideal aquela em que se
pudesse deter rapidamente os níveis atuais de crescimento econômico , refrear o aumento populacional, demover as
pessoas dos seu hábitos perdulários de consumo, alterar radicalmente as matrizes energéticas fósseis, substituindo-
as pelo fluxo permanente da energia solar, investir maciçamente os recursos hoje disponíveis na recuperação de
ambientes degradados e no combate à pobreza e, sobretudo, mudar radicalmente os valores socialmente aceitos,
eliminando o individualismo e a concupiscência, em favor da simplicidade, da austeridade e da solidariedade.(...)”
controlar seus níveis de utilização dos recursos naturais, bem como o grau e o teor
de suas emissões.”