Você está na página 1de 7

SEMINÁRIO MAIOR “DOM JOSÉ ANDRÉ COIMBRA”

CURSO DE TEOLOGIA
DISCENTE JOÃO PAULO DE OLIVEIRA COSTA PERÍODO: 8°
DISCIPLINA DIREITO CANÔNICO I
DOCENTE ESP. PADRE ANTÔNIO ALVES DE SOUSA

FICHA DE LEITURA
Obra: Constituição dogmática do Concílio Vaticano II
Do que se trata: O que a Igreja diz de si mesma; o que a Igreja diz de si mesma ao
mundo
Título: Lumen Gentium
Autor: Padres Conciliares (Concílio Vaticano II)
Papa da Época: Paulo VI
Tema: Igreja
Informações sobre a autoria: O Concílio Vaticano II foi um Concílio Ecumênico da
Igreja, convocado pelo Papa João XXIII, no dia 25 de dezembro de 1961, através da
bula papal Humanae Salutis. Foi inaugurado no dia 11 de outubro de 1962, e teve 4
sessões, se encerrando no dia 8 de dezembro de 1965, sob o papado de Paulo VI.
Foram atuantes no Concílio mais de 2000 Padre Conciliares, que tinham a intenção
de atualizar a Igreja. A constituição dogmática Lumen Gentium é um dos textos mais
importantes do Concílio Vaticano II. Foi demoradamente discutida durante a segunda
sessão do Concílio, sofreu muitas modificações e emendas, e foi aprovada no dia 19
de novembro de 1964, recebendo 2134 votos favoráveis dos 2145 votantes. Foi
promulgada no dia 21 de novembro de 1954. Seus temas principais são a natureza e
constituição da Igreja, não só enquanto instituição, mas também como corpo místico
de Cristo.

“[...] a Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima


união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” [...] (LG 1).
“Desde a origem do muno a Igreja foi prefigurada. Foi admiravelmente preparada na
história do povo e na Antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifesta
pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será gloriosamente consumada” [...] (LG
2).
“O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa-nova, isto é, o advento do Reino
de Deus prometido nas Escrituras” [...] (LG 5).

1
“A Igreja [...] recebeu a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus, de
estabelece-lo em todos os povos e deste Reino constituiu na terra o germe e o início”.
(LG 42).
“[...] nos é dado conhecer a natureza íntima da Igreja por várias imagens”. (LG 6).
“Ao comunicar o seu Espírito, fez de Seus irmãos, chamados de todos os povos,
misticamente os componentes de Seu próprio corpo. Nesse corpo difunde-se a vida
de Cristo nos crentes que, pelos sacramentos, de modo misterioso e real, são unidos
a Cristo morto e glorificado”. (LG 7).
“A cabeça deste corpo é Cristo”. (LG 7).
“[...] a Igreja terrestre e a Igreja enriquecida de bens celestes, não devem ser
consideradas duas coisas, mas formam uma só realidade complexa em que se funde
o elemento divino e humano”. (LG 8).
“Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na
Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com
ele” [...]. (LG 8).
“Entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus avança, peregrina, a
Igreja, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que venha [...]. Mas é fortalecida
pela força do Senhor ressuscitado” [...]. (LG 8).
“Aprouve a Deus santificar e salvar os homens não singularmente, sem nenhuma
conexão uns com os outros, mas constitui-los num povo [...]. Escolheu por isso a Israel
como o Seu povo, estabeleceu com ele uma aliança e instruiu-o passo a passo” [...].
(LG 9).
“Foi Cristo que instituiu esta nova aliança, isto é, o novo testamento em seu sangue
[...], chamando de, entre judeus e gentios, um povo que junto crescesse para a
unidade, não segundo a carne, mas no Espírito, e fosse o novo Povo de Deus” (LG
9).
“Os batizados, pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados como
casa espiritual e sacerdócio santo, para que por todas as obras do homem cristão
ofereçam sacrifícios espirituais e anunciem os poderes d’Aquele que das trevas os
chamou à sua admirável luz” [...]. (LG 10).
“A índole sagrada e organicamente estruturada da comunidade sacerdotal efetiva-se
tanto através dos sacramentos, como através do exercício das virtudes”. (LG 11).

2
“O Povo santo de Deus participa também do múnus profético de Cristo [...]. o conjunto
dos fiéis, ungidos que são pela unção do Santo (cf. 1Jo 2,20 e 27), não pode enganar-
se no ato de fé”. (LG 12).
“[...] o único Povo de Deus estende-se a todos os povos da terra [...]. pois todos os
fiéis dispersos pela terra estão em comunhão com os demais no Espírito Santo” [...].
(LG 13).
“[...] esta Igreja peregrina é necessária para a salvação”. (LG 14).
“[...] a Igreja sabe-se ligada aos batizados que são ornados com o nome cristão, mas
não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão sob o
Sucessor de Pedro”. (LG 15).
“[...] os que ainda não receberam o Evangelho se ordenam de diversos modos ao
Povo de Deus”. (LG 16).
“Para promover a glória de Deus e salvação de todos estes, a Igreja, lembrada do
mandamento do Senhor que disse: ‘pregai o Evangelho a toda criatura’ (Mc 16,16),
cuida diligentemente de fomentar as missões”. (LG 16).
“A Igreja trabalha de maneira tal que tudo o que de bom se encontra semeado no
coração e na mente dos homens ou nos próprios ritos e culturas dos povos não só
não desapareça, mas seja sanado, elevado e aperfeiçoado para a glória de Deus,
confusão do demônio e felicidade do homem”. (LG 17).
“[...] Cristo Senhor instituiu na Sua Igreja uma variedade de ministérios que tendem
ao bem de todo corpo”. (LG 18).
“O Senhor Jesus [...] constituiu Doze para que ficassem consigo e para enviá-los a
pregar o Reino de Deus [...]. institui-os à maneira de colégio ou grupo estável, ao qual
prepôs Pedro escolhido entre os mesmos” [...]. (LG 19).
“[...] Os apóstolos cuidaram de instituir sucessores nessa sociedade hierarquicamente
ordenada”. (LG 20).
“Para desempenhar ofícios tão excelsos, os Apóstolos foram enriquecidos por Cristo
com especial efusão do Espírito descendo sobre eles [...]. E eles mesmos transmitiram
aos seus colaboradores mediante a imposição das mãos este dom espiritual [...], que
chegou até nós pela sagração episcopal”. (LG 21).
“[...] o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro [...], consta que também foi
dado ao Colégio dos Apóstolos, unido ao seu Chefe” [...]. (LG 22).

3
“E os Bispos individualmente são o visível princípio e fundamento de unidade em suas
igrejas particulares, formadas à imagem da Igreja universal” [...]. (LG 23).
“[...] várias Igrejas, constituídas em diversos lugares pelos Apóstolos e seus
sucessores, no decurso dos tempos se reuniram em numerosas comunidades
organicamente unidas, que, conservando a unidade da fé e a única constituição divina
da Igreja universal, gozam de disciplina própria, uso litúrgico próprio, patrimônio
teológico e espiritual próprios”. (LG 23).
“Esta religiosa submissão da vontade e da inteligência deve de modo particular ser
prestada com relação ao autêntico Magistério do Romano Pontífice, mesmo quando
não fala ‘ex-cathedra’”. (LG 25).
“A infalibilidade prometida à Igreja reside também no Corpo Episcopal, quando, com
o Sucessor de Pedro, exerce o supremo Magistério” (LG 25).
“O Bispo, distinguido pela plenitude do Sacramento da Ordem, é ‘o administrador da
graça do sacerdócio supremo’, mormente na Eucaristia, que ele mesmo oferece ou
cuida que seja oferecida, e pela qual continuamente a Igreja vive e cresce”. (LG 26).
“[...] tem o sagrado direito e o dever perante Deus de legislar para seus súditos, de
julgar e de ordenar tudo que se refere à organização do culto e do apostolado”. (LG
27).
“A eles é confiado plenamente o múnus pastoral, ou o cuidado habitual e cotidiano
das almas. [...] não devem ser considerados como vigários do Romano Pontífice”. (LG
27).
“Os Presbíteros, solícitos cooperados da ordem episcopal, seu auxílio e instrumento,
chamados para servir o povo de Deus, forma com seu Bispo um único presbitério [...].
Em cada comunidade local de fiéis tornam presente de certo modo o Bispo, ao qual
associam com espírito fiel e magnânimo”. (LG 28).
“Os Diáconos estão no grau inferior da hierarquia. São-lhe impostas as mãos ‘não
para o sacerdócio, mas para o ministério’. [...] servem ao povo de Deus na diaconia
da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o Bispo e seu presbitério. [...]
deve administrar solenemente o batismo, conservar e distribuir a Eucaristia, assistir e
abençoar o matrimônio em nome da Igreja, levar o Viático aos moribundos, ler a
Escritura aos fiéis, instruir e exortar o povo, presidir o culto e as orações dos fiéis,
administrar os sacramentais, oficiar exéquias e enterros. Dedicados aos ofícios de
caridade e administração” [...]. (LG 29).

4
“Este diaconato pode ser conferido a homens de idade madura, mesmo casados, ou
a moços idôneos, para os quais, porém, deve continuar firme a lei do celibato”. (LG
29).
“[...] leigos são [...] todos os cristãos, exceto dos membros de ordem sacra e do estado
religioso aprovado na Igreja”. (LG 31).
“É porém específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus
exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus”. (LG 31).
“Um é, pois, o povo eleito de Deus: ‘um só Senhor, uma só fé, um só batismo” [...].
(LG 32).
“[...] os leigos, como adoradores agindo santamente em toda parte, consagram a Deus
o próprio mundo”. (LG 34).
“Cada leigo individualmente deve ser perante o mundo testemunha da ressurreição e
vida do Senhor Jesus e sinal do Deus vivo”. (LG 38).
“[...] a Igreja [...] é indefectivelmente santa. Pois Cristo [...] amou a Igreja como sua
esposa. Por ela Se entregou com o fim de santifica-la [...]. Unia-a a Si como Seu corpo
e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus. Por isso na Igreja
todos [...] são chamados à santidade” [...]. (LG 39).
“[...] todos os fiéis cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da
vida cristã e à perfeição na caridade” (LG 40).
“Portanto, todos os fiéis cristãos nas condições, ofícios, ou circunstância de sua vida,
e através disto tudo, dia a dia mais se santificarão, se com fé tudo aceitam da mão do
Pai celeste e cooperam com a vontade divina, manifestado a todos, no próprio serviço
temporal, a caridade com que Deus amou o mundo”. (LG 41).
“[...] o primeiro e mais necessário dom é a caridade, pela qual amamos a Deus acima
de tudo e ao próximo por causa d’Ele”. (LG 42).
“O martírio [...] é estimado pela Igreja como exímio dom e suprema prova de caridade”.
(LG 42).
“De modo especial favorecem igualmente a santidade da Igreja os múltiplos conselhos
que no Evangelho o Senhor propõe à observância dos seus discípulos”. (LG 42).
“[...] tal estado [religioso] não constitui um estado intermediário entre o clerical e o
laical”. (LG 43).
“Pelos votos, ou outros sagrados laços de natureza semelhante ao voto, o fiel se
obriga aos três mencionados conselhos evangélicos”. (LG 44).

5
“Portanto, o estado constituído pela profissão dos conselhos evangélicos, embora
não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está contudo firmemente relacionado
com sua vida e santidade”. (LG 44).
“No cumprimento de seus ofícios para com a Igreja, segundo sua peculiar forma de
vida, os membros devem prestar reverência e obediência aos bispos, conforme as leis
canônicas”. (LG 45).
“A Igreja [...] só se consumará na glória celeste, quando chegar o tempo da
restauração de todas as coisas” [...]. (LG 48).
“[Cristo] enviou aos discípulos o Seu vivificante Espírito, e por Ele constituiu seu
Corpo, que é a Igreja, com sacramento universal da salvação”. (LG 48).
“[...] Já na terra a Igreja é assinalada com a verdadeira santidade embora imperfeita”.
(LG 48).
“Unidos, pois a Cristo na Igreja [...] somos na verdade chamados filhos de Deus [...],
mas ainda não aparecemos com Cristo na glória” [...]. (LG 48).
“Em vista disso, a união dos que estão na terra com os irmãos que descansam na paz
de Cristo, de maneira nenhuma se interrompe, ao contrário, conforme a fé perene da
Igreja, vê-se fortalecida pela comunicação dos bens espirituais”. (LG 49).
“[...] a Igreja terrestre, desde os primórdios da religião cristã, venerou com grande
piedade a memória dos defuntos [...], também ofereceu sufrágios em favor deles”. (LG
50).
“Todavia não somente a título de exemplo veneramos a memória dos habitantes do
céu, mas mais ainda para corroborar a união de toda a Igreja no Espírito, pelo
exercício da caridade fraterna” [...]. (LG 50).
“[...] a Virgem Maria [...] é concebida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do
Redentor”. (LG 53).
“[...] supera de muito todas as outras criaturas, celestes e terrestres”. (LG 53).
“[...] é verdadeiramente a Mãe dos membros (de Cristo) ...porque cooperou pela
caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta cabeça. E
por causa disso é saudada também como membro supereminente e de todo singular
na Igreja, como seu tipo e modelo excelente na fé e caridade”. (LG 53).
“E abraçando a vontade salvífica de Deus com coração pleno, não retida por nenhum
pecado, consagrou-se totalmente como serva do Senhor à pessoa e obra de seu Filho,

6
servindo sob Ele e com Ele, por graça de Deus onipotente, ao mistério da redenção”.
(LG 56).
“Esta união entre Mãe e Filho na obra da salvação manifesta-se desde o tempo da
virginal concepção de Cristo até Sua morte”. (LG 57).
“[...] terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à gloria celeste.
[...] foi exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo”. (LG 59).
“Todavia a materna missão de Maria a favor dos homens de modo algum obscurece
nem diminui esta mediação única de Cristo, mas até ostenta sua potência” [...]. (LG
60).
“[...] pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do
salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por tal motivo ela se
tornou para nós mãe na ordem da graça”. (LG 61).
“[...] a Mãe de Deus é o tipo da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união
com Cristo. No mistério da Igreja [...] a Bem-aventurada Virgem Maria ocupa um lugar
eminente e singular como modelo de virgem e de mãe” (LG 63).
“[...] na Beatíssima Virgem a Igreja já atingiu a perfeição”. (LG 65).
“[...] Maria esteve presente aos mistérios de Cristo e é merecidamente honrada com
culto especial pela Igreja”. (LG 66).
“[...] a Mãe de Jesus [...] é a imagem e o começo da Igreja como deverá ser
consumada no tempo futuro. Assim também brilha aqui na terra como sinal de
esperança segura e do conforto para o povo de Deus em peregrinação” [...]. (LG 68).
“Todos os fiéis supliquem instantemente à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que
ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também agora [...] interceda
junto ao seu Filho até que todas as famílias dos povos, tanto as que estão ornadas
com o nome de cristão como as que ainda ignoram o seu Salvador, sejam felizmente
congregadas nas paz e concórdia, no único Povo de Deus, para a glória da Santíssima
e Indivisa Trindade” (LG 69).

Você também pode gostar