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Sermão Nº 3 Domingo 19/12/2010
Sermão Nº 3 Domingo 19/12/2010
2. Introdução.
Antes que falemos dessa passagem em sí, quero falar sobre o escopo
geral das parábolas e suas características; ou seja, falar da finalidade que
Jesus tinha a respeito disto da qual tanto citava nos evangelhos.
A palavra em grego παραβολὴ é composto e significa “colocar de
lado” e/ou tem um significado de querer fazer “paralelos”. Jesus tinha o
intuíto de comparar e constratar o Reino de Deus com elementos da
natureza terrena1.
Quero que vocês saibam que quando Cristo falava sobre as parábolas
tinha sempre em mente uma idéia principal e focado a uma explicação na
maioria das vezes e sem ter que fazer muitos “paralelismos”
desnecessários. Algumas pessoas quando interpretam as passagens querem
opinar nos detalhes de cada cenário, de cada elemento, de cada
personagem; achando que cada símbolo tem algum significado espiritual
desfocando totalmente da idéia principal imposta por Cristo e sem nenhum
respaldo bíblico.
Uma pergunta que devemos fazer sobre as parábolas é: por que Jesus
as usou? Muitas pessoas e até mesmo os cristãos professos acreditam que
era para facilitar no entendimento da Palavra, mas esse pensamento é um
equívoco. Na verdade é justamente o contrário, Ele queria revelar apenas
aos Seus discípulos e ainda quer revelar somente aos Seus, a aqueles que
são do aprisco de Cristo. Uma prova bíblica são os vs. 11 e 12:
1
Cheung, V. (2003). The Parables of Jesus. Boston: Reformation Ministries
Internacional, p. 4.
2
2.Desenvolvimento.
Quero falar de probabilidades. Institutos como o IBGE3 e DataFolha
traçam pesquisas nas intenções de votos das pessoas em eleições de
presidentes e governantes com porcentagens, entre outros tipos de
pesquisas. Junto com a probabilidade de o candidato ser eleito ou não,
coloca-se uma margem de erro para cima ou para baixo da porcentagem
prevista, eu diria que no máximo a margem de erro seria de 10%, não mais
que isso. Então se um candidato tem a probabilidade de ter 35% das
intenções de voto a varição gira em torno dos 25% a 45% de votos reais.
E o que isso tudo tem a ver com a parábola de Jesus? Veja que é
citado quatro tipos de ouvintes da Palavra e apenas um tipo é o que vem a
dar bons frutos e persevera em Cristo (v. 23) e todos os outros três são
considerados solos ruins e caminham pelo caminho largo da perdição
condenados por toda a eternidade. Sem bons frutos vocês sabem o que
acontece, João Batista em Lucas 9.3 nos adverte: O machado já está posto
à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e
lançada ao fogo. Lembrando que bons frutos são a evidências de uma fé
viva em Jesus Cristo, nossa única videira e evidências de um novo
nascimento operado somente pelo Espírito Santo.
Isto não é um conto de fadas, isso é real. Pesquisas feitas por homens
não erram tanto assim como citei antes. Se essas pesquisas até acertam em
certa ocasiões, quanto mais as palavras de Cristo que é inerrante e
verdadeiras. Será realmente que essa parábola não é aplicável nesse recinto,
em vocês? É com imenso temor e tremor em meu coração digo que há uma
grande probabilidade da maioria de vocês que me ouvem de não
2
Cf Is 6.9-10
3
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
3
4
Cf. 1Co 3.6
4
5
Cf. Jo 14.6
6
Cf. Ap 22.17
7
Cf. Mt 5.45
5
Versos 8 e 23.
8 Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta
por um.
Explicação: 23 E, finalmente, o que foi semeado em boa terra: este é aquele
que ouve a palavra e a entende, e dá uma colheita de cem, sessenta e trinta
por um.
Terra em grego é γη (gê) que é um prefixo que deu origem a palavras
como geologia, geografia e gênesis. Lembrando que viemos do pó e fomos
feito do barro como Adão10. E interessante que Adão e homem (adam) no
hebraico é parecido com terra (adamah). Esse mesmo prefixo gê é usado
para falar sobre regeneração que significa uma nova gênesis, um novo
nascimento, uma nova terra, um novo princípio e um novo coração e um
novo homem em Cristo Jesus!
Digo-lhes verdadeiramente que , se o grão de trigo não cair na terra
e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto.11
É preciso morrer o velho homem, se despir dele e se tornar uma nova
criatura. É preciso morrer para o mundo, para a carne e os próprios desejos.
Estes são os que fazem a vontade do Pai que está no céu, que vivem
para glória dEle, eles dão frutos um por trinta, um por sessenta e um por
cem. Eles ouvem a Palavra, entendem e praticam. Eles amam a Deus,
amam a Sua Santidade e a Sua Lei, tem zelo por Ele e pelos irmãos em
Cristo. Eles são os bens-aventurados pobres de espírito, os que choram, os
humildes de coração, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos,
os puros de coração, os pacificadores e os que são perseguidos por causa da
justiça. Estes são o sal e luz do mundo. São parecidos com Cristo, são a
imagem e semelhança dEle12. São os que fazem a diferença neste mundo
caído! (Continue se necessário). A verdadeira igreja é o trigo da terra. Ela
pode ser peneirada, escolhida, malhada e sacudida para lá e para cá.
Contudo, nem sequer um grão se perderá. A palha e o joio serão
queimados. O trigo será juntado no celeiro celestial.13
Bibliografia
Calvino, J. (2009). Salmos volume 1 - Série Comentários Bíblicos. São José
dos Campos: Editora Fiel.
Cheung, V. (2003). The Parables of Jesus. Boston: Reformation Ministries
Internacional.
Ryle, J. C. (1879). Santidade - Sem a qual ninguém verá o Senhor. Editora
Fiel.
Spurgeon, C. H. (s.d.). Alimentando as Ovelhas ou Divertindo os Bodes?
10
Cf. Gn 2.7
11
Cf. Jo 12.24
12
Cf. Rm 8.29
13
Ryle, J. C. (1879). Santidade – sem a qual ninguém verá o Senhor. Editora Fiel.