Marcelo D’Arienzo
Auto Eletrônica Marcelo
Em algumas linhas de veículos de exportação o diesel antes de ser pressurizado passa pela
central para refrigerá-la, nos nacionais não.
Para que todo o sistema funcione dispomos de um gerenciador chamado ECU, ou seja, Modulo
de Controle Eletrônico, ele é o cérebro do conjunto e tem a função de controlar as operações do
motor através de funções pré-programadas na memória. O acesso aos dados disponíveis na ECU
é feito através de um conector de diagnóstico.
O sistema dispõe de Sensores que tem como função informar dados sobre as condições de
trabalho do motor e Atuadores que tem a função de agir para com os comandos dados pela ECU,
assim fazendo com que o motor trabalhe ao comando do seu condutor.
Como todos os sistemas diesel este também não possui borboleta de admissão de ar e como não
existe mais a bomba injetora, a aceleração do motor é feita através do pedal do acelerador
eletrônico que envia para a ECU a posição e ela faz com que os atuadores acelerem ou reduzam
o giro do motor.
Veremos agora todos os componentes que fazem parte do sistema de injeção diesel Common
Rail.
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Sensores:
1. Sensor de Pressão Atmosférica;
2. Sensor de Rotação;
3. Sensor de Posição do comando;
4. Sensor de Posição do Pedal do Acelerador;
5. Sensor de Temperatura do Liquido de Arrefecimento;
6. Sensor de Pressão e Temperatura do Ar de Admissão;
7. Sensor do Pedal do Freio;
8. Sensor do Pedal da Embreagem;
9. Sensor da Temperatura do Diesel (alguns modelos);
10. Sensor Pressão do Diesel (no Rail);
11. Sensor de Velocidade;
Atuadores:
1. Eletroválvula Reguladora da Pressão do Diesel;
2. Eletroválvula de Desligamento do Cilindro da Bomba (alguns modelos);
3. Bicos Injetores;
4. Eletroválvula Moduladora da Pressão do Turbo (alguns modelos);
5. Bomba Elétrica Interna ou Externa ao Tanque;
6. Bomba de Alta Pressão.
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Sensores:
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2. Sensor de Rotação
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3. Sensor de Posição do Comando
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4. Sensor de Posição do Pedal do Acelerador
O sensor de Posição do Pedal do Acelerador é um potenciômetro
rotativo e o sinal tem como objetivo calcular a rotação em marcha
lenta, ângulo de inicio de injeção e tempo de injeção em aceleração e
desaceleração. A movimentação do pedal aciona um contato
deslizante que, através de uma trilha de resistência elétrica, gera o
sinal de acordo com a situação solicitada. Este sensor é composto por
duas pistas de leitura, que possuem alimentação e aterramento
independentes.
Sintomas em caso de falhas; Se o circuito do SPA estiver
interrompido, o motor não responderá aos comandos de aceleração
impostos pelo condutor, pois a ECU não identificará a movimentação
do pedal.
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Raciocínio para Testes
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5. Sensor da Temperatura do Liquido de
Arrefecimento
O sensor ECT informa a ECU a temperatura do liquido de
arrefecimento do motor. É um sensor resistor do tipo NTC, que reduz
sua resistência interna na medida em que a temperatura aumenta. A
ECU utiliza esta informação para corrigir o valor de injeção de
combustível, ângulo de inicio de injeção e rotação de marcha – lenta.
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5.2 Tensão de Alimentação; com o sensor desconectado testar
diretamente no conector e a chave ligada resposta esperada 5,0 Vdc.
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6. Sensor de Pressão e temperatura do Ar de
Admissão.
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Tabela Temperatura do Ar x Resistência.
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Tabela Pressão x Tensão
Circuito Elétrico
O sensor CMD é alimentado pela ECU com 5 Vdc através dos pinos 1 e
3 do sensor, pino 1 Massa e pino 3 +5 Vdc, Os pinos 2 e 4 são as saídas
de sinais sendo pino 2 Temperatura do Ar e pino 4 sinal da pressão no
coletor.
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Teste 2; Resposta de tensão da Pressão, com o multiteste na escala Vdc,
ponteira positiva no pino 4 e negativa no pino 1, resposta conforme a
tabela.
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8. Sensor do Pedal de Embreagem
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Sintomas em caso de falhas:
Circuito Elétrico:
O sensor é alimentado pela ECU com 5,0 Vdc e massa, retornando sinal
variável de Vdc; É composto por três pinos sendo pino 1 Massa, pino 2
Saída de sinal, pino 3 Alimentação 5,0Vdc.
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11. Sensor de Velocidade
Informa a ECU a velocidade do veiculo, através deda freqüência de
pulso elétrico enviados a ela. É um sensor que opera segundo o principio
do efeito Hall. O sensor é alimentado diretamente pela chave de ignição.
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Atuadores:
Circuito elétrico:
Raciocínio para testes; como este atuador trabalha por pulsos modulados
(PWM), os testes a serem realizados serão com o multiteste na escala
Hz.
Teste 1: Frequência de acionamento; colocar as ponteiras do multiteste
diretamente ao sensor, positiva no pino 1 e a negativa no pino 2, resposta
esperada 265 Hz.
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Teste 2: Tensão de Alimentação; desconecte o sensor e meça
diretamente ao conector no pino 1 ponteira positiva e massa a ponteira
negativa, resposta esperada na escala Vdc 12,0 vdc.
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Circuito elétrico:
3. Bicos Injetores
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Sintomas em caso de falhas:
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Teste 2: Curva de alimentação dos bicos injetores.
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porcas que fixam a tubulação aos injetores. Com uma chave 8 mm, solte
os parafusos de fixação dos eletroinjetores. Remova os eletroinjetores.
Para a instalação, execute o procedimento inverso.
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4. Eletroválvula Moduladora de Pressão do Turbo.
O modulador é uma válvula eletromagnética com a função de liberar ou
bloquear a passagem de vácuo para a válvula WASTE-GATE do turbo
compressor.
Controlada pela ECU, a válvula ajusta, eletronicamente, a passagem de
ar para a admissão do motor.
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Raciocínio para a manutenção
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Devemos lembra que, para realizar todos os testes devemos estar com o
motor na temperatura normal de trabalho, nem todos os sistemas
Commom Rail são iguais, por isso. Temos que analisar cada montadora
individualmente, alguns sensores e ou atuadores podem existir em
alguma marca em outra não, é o caso das velas de aquecimento, alguns
modelos possuem uma válvula chamada Termoviatore (no caso da
Ducato 2.8 JTD).
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Sistema da Linha de Combustível
28
Esquemática dos Sistemas
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Nomenclaturas usadas em manuais de reparos
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Como utilizar um multímetro digital
Um multímetro digital pode ser utilizado para diversos tipos de medidas, agora
iremos citar as três mais comuns:
Além destas ele pode ter escalas para outras medidas específicas como:
temperatura, freqüência, semicondutores (escala indicada pelo símbolo de um
diodo), capacitância, ganho de transistores, continuidade (através de um apito), etc.
A seleção entre as escalas pode ser feita através de uma chave rotativa, chaves de
pressão, chaves tipo H-H ou o multímetro pode mesmo não ter chave alguma, neste
caso falamos que o multímetro digital é um equipamento de auto-range, ou seja,
ele seleciona a grandeza e a escala que esta sendo medida automaticamente. Em
alguns casos podemos encontrar multímetros que tem apenas uma escala para
tensão, uma para corrente e uma para resistência, este tipo de multímetro também é
auto-range, nele não é preciso se procurar uma escala específica para se medir um
determinado valor de tensão.
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Tensão contínua = VCC, DCV, VDC (ou um V com duas linhas sobre ele, uma
tracejada e a outra continua).
Corrente contínua = DCA, ADC (ou um A com duas linhas sobre ele, uma
tracejada e uma continua).
Resistência = Ohms,
Para medirmos corrente com um multímetro digital, devemos colocar ele em série
com o ponto a ser medido. Se quisermos medir a corrente que circula por uma
lâmpada devemos desligar um lado da lâmpada, encostar neste ponto uma ponta de
prova e a outro ponta deve ser encostado no fio que soltamos da lâmpada. Isto é
uma ligação em série (é importante frisar que a maioria dos multímetros digitais só
mede corrente contínua, portanto não devem ser usados para se medir a corrente
alternada fornecida pela rede elétrica. Encontramos corrente contínua em pilhas.
Dínamos e fontes de alimentação, que são conversores de tensão e corrente
alternada em tensão e corrente contínua).
Para medirmos resistência devemos desligar todos os pontos da peça a ser medida
(uma lâmpada incandescente, por exemplo, deve estar fora do seu soquete) e
encostarmos uma ponta de prova em cada lado da peça. No caso de uma lâmpada
incandescente encostamos uma ponta de prova na rosca e outra na parte inferior e
metálica do conector da lâmpada.
Todas estas medidas devem ser feitas com critério e nunca devemos encostar
as mãos em nenhuma ponta de prova durante uma medida, caso isto aconteça
corremos o risco de levarmos um choque elétrico e/ou termos uma leitura
errada. Treine bastante como manipular as pontas antes de começar a medir
tudo por aí.
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Uma coisa importante de se perceber é que a grande maioria dos multímetros
digitais tem 3 ou 4 bornes para a ligação das pontas de prova. Normalmente um é
comum e os outros servem para medição de tensão, resistência e corrente. A
indicação dos bornes sempre mostra para quais escalas eles podem ser usados.
Preste atenção. Eis abaixo uns exemplos de como eles estão dispostos:
Borne comum, normalmente indicado por COM – é onde deve estar sempre ligada
a ponta de prova preta.
Borne indicado por V/Ohms/mA – nele deve estar conectada a ponta de prova
vermelha para a medição de tensão (contínua ou alternada), resistência e corrente
na ordem de miliampéres.
Borne indicado por A – a ponta de prova vermelha deve ser ligada nele para a
medição de corrente continua ou alternada (observação: a grande maioria dos
multímetros digitais não mede corrente alternada, verifique se existe uma escala
em seu instrumento para isto antes de fazer a medição).
Suponha que você vai medir uma tensão de 1250V na escala de 1500V, a leitura
que aparecerá no display será de 1250, ou seja:
- Primeiro número = 1 - este dígito é considerado ½ dígito pois não pode assumir
outro valor maior que 1.
- Segundo número = 2 - este dígito é considerado um dígito inteiro, pois pode
assumir valores entre 0 e 9.
- Terceiro número = 5 - este dígito é considerado um digito inteiro, pois pode
assumir valores entre 0 e 9.
- Quarto número = 0 - este dígito também é considerado um digito inteiro, pois
pode assumir valores entre 0 e 9.
Vimos que temos escalas indicadas por diversos valores: 200mA, 2000mV, 20K,
mas o que é isto.
Sempre que façamos uma medida menor que 1 volt o multímetro poderá nos
indicar assim:
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Se estivermos em uma escala indicada por mV o valor apresentado será 900 e
corresponderá a 900mV, se estivermos numa escala indicada por volts o valor será
0,9 e corresponderá a 0,9V.
1V = 1.000mV = 1.000.000uV
Perceba que o ponto mudará de posição dependendo da escala mas a leitura será
sempre a mesma. Este mesmo critério, do ponto mudar de casa, é usado na medida
de qualquer grandeza.
Analise estes exemplos e faça outras leituras para praticar. Coloque o seu
multímetro em uma escala superior a 200VCA (volts de tensão alternada, que é a
tensão que temos na rede elétrica, tomadas, etc.).
Escolha, por exemplo, a escala de 750 VCA e faça a medição, o que aparecerá?
Algo próximo a isto: 127 que você já sabe que é igual a 127 volts alternados.
Veja se o seu multímetro tem uma escala mais baixa do que 750, porém, superior a
127 VCA. Vamos supor uma escala de 200 VCA, qual será a leitura agora? Algo
próximo a: 127,1 que você já sabe que é igual a 127,1 volts alternados.
Não, muito pelo contrário. Se você fizer isto você corre o risco de danificar o seu
multímetro. Sempre se começa a medição pela escala mais alta e, se for possível,
se abaixa à escala para se ter uma leitura com mais precisão.
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Mas pode-se mudar de escalas com o multímetro fazendo a medição?
Não, isto pode danificar o seu aparelho. Primeiro se separa as pontas de prova do
lugar medido, depois se muda a escala e somente agora é que se volta a fazer a
medição, encostando as pontas de prova, novamente.
Representa que você ligou a ponta de prova (+) vermelha no negativo ou vice-
versa. Inverta as pontas e este sinal sumirá.
1A = 1.000mA = 1.000.000uA
Se você for medir uma corrente continua de 50mA na escala de 10A o valor lido
será 0,05 que corresponderá a 50mA. Mas para ter mais precisão é aconselhável se
usar uma escala mais baixa como, por exemplo, a de 200mA.
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Não, muito pelo contrário. Se você fizer isto você corre o risco de danificar o seu
multímetro. Sempre se começa a medição pela escala mais alta e, se for possível,
se abaixa a escala para se ter uma leitura com mais precisão.
Não, isto pode danificar o seu aparelho. Primeiro se separa as pontas de prova do
lugar medido, depois de muda a escala e somente agora é que se volta a fazer a
medição, encostando as pontas de prova, novamente.
1 Ohm = 1.000 m
1.000 Ohms = 1 K
1.000.000 ohms = 1 M
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um numero 1 no lado esquerdo do display. Isto indica que devemos tentar medir
esta resistência em uma escala maior.
Estas escalas de resistência (preferivelmente a mais baixa) podem ser usadas para a
verificação de curto-circuitos e de continuidade ou não de interruptores, fiações
elétricas, fusíveis, lâmpadas, trilhas de cobre, etc. Alguns multímetros tem uma
escala que apita quando sua pontas de prova são encostadas, com esta escala somos
capazes de verificar se pontos estão em curto ou ligados apenas com o ouvido, sem
a necessidade de olhar para o display.
Em elétrica, na maioria das vezes, mediremos valores baixos de resistência ou
verificaremos se dois pontos não estão em curto (estaremos então medindo valores
muito elevados de resistência e devemos usar escalas mais altas. Caso não exista
curto entre os dois pontos um número 1 aparecerá no lado esquerdo do display).Em
eletrônica temos uma infinidade de valores que podem ser encontrados.
Para utilizar corretamente e com eficiência um multímetro digital é interessante
que você meça valores de tensão, corrente e resistência conhecidos, mude de
escalas e perceba as diferenças. Preste sempre muita atenção no ponto e na escala
para fazer a leitura correta. Lembre-se que:
Observações finais:
Um multímetro digital deve ter no mínimo:
Marcelo D’Arienzo
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