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Editor: Ticiano Osório Editor: Pedro Moreira DOMINGO,

ticiano.osorio@zerohora.com.br pedro.moreira@zerohora.com.br 17 DE MAIO DE 2015

LAURO ALVES
AMBIENTE | UM NACO DE PAMPA

BEM-VINDOAO
BANHADO
Biólogo da UFPel,
Giovanni Maurício
ZH VISITA A MAIS NOVA é um dos que
lutam para
reserva biológica do Estado, preservar aves
um “sem fim de verde ameaçadas

inundado” em Rio Grande

DO MAÇARICO
BRUNO FELIN
bruno.felin@zerohora.com.br

B
R-471, saindo de Rio Grande em
direção ao Chuí. Uma placa diz
Santa Izabel à direita. Entre à
esquerda. Na direção do oceano,
é hora de enfrentar uma estrada
vicinal. Siga os cataventos, lá longe. Alguns
quilômetros adiante, o caminho cortará
um manto verde, de capim bem alto. Mui-
to prazer, Banhado do Maçarico.
Então este monte de mato a perder de
vista é a tal da última Unidade de Conser-
vação (UC) decretada no Estado? É uma
primeira pergunta a se esperar do senso co-
mum. Sem o conhecimento da biodiversi-
dade daquele naco de pampa, parece mes-
mo apenas um sem fim de verde inundado
– bichos raros não se mostram muito.
Criada no final de 2014, a Reserva Bio-
lógica do Banhado do Maçarico é a 23ª
UC do Rio Grande do Sul – a última havia
surgido em 2005. Já se sabia há bastante
tempo do valor da área para a natureza,
mas foi a partir de 2007 que ambientalis-
tas passaram a reivindicar a sua proteção
– para salvar cinco espécies ameaçadas
de extinção e garantir o seu papel hídrico
(leia mais na página 26). Naquele ano, o
Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) enviou técni-
É um conceito baseado na Lista Vermelha
da União Internacional para a Conservação
da Natureza. A partir de critérios científicos,
a ONG analisa regiões que contam com po-
pulações de espécies ameaçadas – como a
noivinha-de-rabo-preto e o caboclinho-de-
papo-branco, no caso do Banhado do Maça-
rico –, para identificar locais que deveriam
receber investimentos em preservação. A
escolha pelas aves está na facilidade de ca-
dastrá-las, já que se expõem, cantam, voam.
Mas a intenção da classificação é alertar pa-
ra a biodiversidade como um todo – se é im-
portante para elas, geralmente vale o mesmo
para todos os outros animais.
POUCO MAIS DE 2% DO PAMPA
TEM PROTEÇÃO AMBIENTAL
– Essas áreas úmidas são ambientes jo-
vens do ponto de vista geológico. Por serem
jovens, são mais suscetíveis a perturbações.
Ambientes antigos têm mais resistência. Se
nando Perelló, biólogo que era diretor-geral
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e .com.br
Desenvolvimento Sustentável (Sema) à épo-
ca do decreto e que hoje atua na Fundação
Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
O Pampa é o bioma brasileiro mais longe
de alcançar as Metas de Aichi, estabelecidas
na 10ª Conferência das Partes da Conven-
ção sobre Diversidade Biológica, no Japão, Em vídeo, professor
em 2010. Entre os objetivos acertados pelos de biologia explica
países, está a proteção em Unidades de Con- a importância
servação de 17% da superfície de cada bio- do Banhado do
ma terrestre até 2020 – no Brasil, são seis: Maçarico para a
Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlânti- biodiversidade.
ca, Pampa e Pantanal. Pouco mais de 2% de Veja em zhora.co/
pampa é amparado por UCs (somando os ní- Macarico.
veis federal, estadual e municipal). No Brasil,
só a Amazônia supera a meta, com 26,6%.
– A Convenção da Biodiversidade inseria- ONDE FICA
se em um contexto no qual se buscavam 10km BR-101
mais áreas florestais. Não se olhava muito pa-
BR-116 BR-392
ra o Cerrado, a Caatinga, o Pampa. Esses bio-
mas ficaram muito aquém de ações em prol Rio Grande

cos para uma avaliação. há fogo ou desmatamento, por exemplo, re- da conservação. Agora, o olhar está se voltan- BR-471

Em 2008, a ONG inglesa Birdlife Interna- erguem-se mais facilmente. Em ambientes do para quem está mais preterido – afirma RS
tional identificou o local como uma Impor- mais novos, é mais fácil de romper, daí a im- Rafael Erling, chefe da Divisão de Unidades Banhado do Maçarico
tant Bird Area (área importante para aves). portância de conservar – explica Luís Fer- de Conservação da Sema.

SEGUE
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Casa de cinco
aves ameaçadas
A
Reserva Biológica do Banhado do
Maçarico existe quase por acaso.
Essa história começou em 2012,
quando a Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam)
dispensou a realização de Estudo Prévio de
Impacto Ambiental para o complexo eólico
Corredor de Senandes, da Odebrecht, que fi-
ca a apenas alguns quilômetros de onde hoje
é a reserva. A obra estava quase finalizada,
em 2014, quando o Ministério Público Esta-
dual (MP) entrou com uma ação civil públi-
ca contra a empresa e a Fepam.
Na avaliação do MP, a falta do estudo re-
sultou na instalação de equipamentos em
locais indevidos e modificações que interferi-
riam nos cursos d’água e banhados – como é
coberta por muita vegetação, fica difícil ima-
ginar que aquela zona alagadiça, que tem um
solo tipo turfeira (pouca água exposta e mui-
ta matéria orgânica acumulada), guarde um
lençol freático que alimenta arroios ao norte
e ao sul, o que influi, inclusive, nas águas da
Estação Ecológica do Taim. Além disso, ape-
sar do tamanho do empreendimento, não foi
exigida compensação ambiental.
Houve, então, uma aproximação entre as
partes para tentar mitigar os danos. A Se-
cretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema)
decidiu reconhecer o Banhado do Maçarico
como Unidade de Conservação (UC) e, após
1 CAMINHEIRO-GRANDE
(Anthus nattereri)
Típico passarinho de campo. Caminha no solo
um Termo de Ajustamento de Conduta, a em campos com uma mistura de capim baixo
Odebrecht comprometeu-se a destinar 0,6% e touceiras de ervas mais altas. Come insetos e
(R$ 2,4 milhões) do custo do empreendi- outros animaizinhos. Ergue-se no ar a uns 25
mento à UC. Este valor pagará o levanta- metros de altura para cantar, descendo pouco
mento fundiário (estudo técnico para iden- depois com os pés pendentes e proferindo
tificar quais propriedades estão na reserva e uma série de zumbidos característicos. É
de quem são), o plano de manejo (que define ameaçado pela destruição dos campos para
o que pode e o que não pode ser feito lá) e darem lugar a lavouras de grãos e plantios
parte das indenizações aos donos da terras de pinus e eucalipto. Nível de ameaça:
(o Estado é obrigado a comprar as proprie- CELUTA MACHADO, ARQUIVO PESSOAL
vulnerável (global, nacional, estadual)
dades dentro da demarcação).
Cinco espécies de aves foram as princi-
pais motivadoras para que o ecossistema
fosse resguardado – elas estão classifica-
das como “pouco preocupante”, “vulne-
2 CABOCLINHO-DE-
PAPO-BRANCO
(Sporophila palustris)
rável” e “em perigo”, em ordem crescente de a década de 1990. Por isso, foram chama- fazendas, e adicionou áreas alagadas que se- Passarinho campestre migratório,de
de gravidade. Uma delas é o macuquinho- dos pela Sema para contribuir na construção riam indesejadas. Mas a obrigação de ven- bela plumagem e canto agradável,
da-várzea, que ocorre apenas em um peque- do texto que justifica a criação da reserva. der parte das propriedades incomoda alguns aparece entre novembro e março no
no pedaço do banhado. É de uma família Esta categoria de UC propõe a conservação fazendeiros. Eles afirmam que terão seus Maçarico e passa no Cerrado o período
originária dos Andes e veio parar na Mata de espécies ameaçadas e é instituída por de- empreendimentos inviabilizados. não reprodutivo.Sofre com a redução de
Atlântica há milhares de anos, para depois se creto, sem consulta pública, e não permite – Nós reivindicamos que seja feito o que capinzais pela pecuária,com a destruição
adaptar ao pampa alagado. Entremeado na visitação, a não ser de pesquisadores. o próprio ICMbio propunha para a região, dos campos para dar lugar a lavouras,
densa vegetação, voa pouco e dificilmente – O fato de a comunidade não ter oportu- que era um Refúgio da Vida Silvestre, que pinus e eucalipto,e com
é visto – fotos dele são como prêmios para nidade de se manifestar causa um desgaste não tem característica tão restritiva (per- o comércio ilegal
entusiastas da observação de pássaros, um junto aos proprietários – aponta Maurício. mite áreas privadas, se compatíveis) – diz de aves.Nível de
público que pode virar fonte de renda para Luiz Renato Leite Reis, do Sindicato Rural ameaça: em
os donos das terras vizinhas à unidade. Hoje, LITÍGIOS SÃO COMUNS NAS de Rio Grande. perigo (global,
mesmo sem qualquer estrutura, eles já che- UNIDADES DE CONSERVAÇÃO A situação de litígio é comum nas áreas nacional),
gam de diversas partes do mundo para “pas- decretadas para preservação, segundo Ra- vulnerável
sarinhar”, hospedando-se em Rio Grande. Antes das usinas de energia eólica, o uso fael Erling, chefe da Divisão de Unidades (estadual)
– A biodiversidade do Banhado do Ma- dado aos campos da região não tinha gran- de Conservação da Sema. Mas, como o pla-
çarico é extremamente alta. Vislumbra- de impacto no ecossistema. Os proprietários no de manejo leva de dois a três anos para
mos a sua preservação há muito tempo – das terras são, na maioria, pecuaristas, e a ser concluído, alterações solicitadas pela
diz Rafael Dias, biólogo da Universidade atividade não interfere tanto na vida de mui- comunidade podem ser acolhidas:
Federal de Pelotas (UFPel). tos dos 200 tipos de aves da reserva. – Podemos fazer adequações no períme-
Ele e o colega Giovanni Maurício, também A demarcação proposta pelos técnicos, tro da unidade, caso alguma área não seja
professor da UFPel, conhecem a região des- segundo a Sema, evitou incluir as sedes das considerada relevante para a conservação.

SERGIO GREGÓRIO, ARQUIVO PESSOAL

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O BANHADO DO MAÇARICO é uma das

faixas alagadas dos chamados cordões
litorâneos, formados durante a última
transgressão oceânica, há 5 mil anos.
Isto é, o Oceano Atlântico inundou o
continente e, ao regredir, deixou áreas
alagadas. Por isso, a paisagem desta re-
gião costeira de pampa é caracterizada
WIKIMEDIA

4
NOIVINHA-DE-
RABO-PRETO
(Xolmis dominicana)
Bela ave campestre,é geralmente vista aos casais,
que pousam em ervas baixas de onde decolam
atrás de insetos no solo.Caça no campo,mas dorme
e faz ninhos em banhados densos de gravatás
e palhas.A população dos cordões litorâneos
rivaliza com a dos Campos de Cima da
Serra como as maiores do Brasil. Nível
de ameaça: vulnerável (global,
nacional,estadual)
por linhas de banhado e terreno seco
intercalados.
MAIS DISTANTE DO OCEANO entre esses
banhados, o Maçarico é o mais anti-
go. A vegetação e as espécies de aves
são diferentes das dos outros, pois
tiveram mais tempo para se consolidar. O
Maçarico é um banhado do tipo turfeira,
com pouca água exposta e muita matéria
orgânica acumulada. Tem múltiplas saídas:
para norte, alimenta o sistema de arroios
que drenam para o estuário da laguna dos
Patos e, para sul, alimenta o Arroio da Esti-
va, que drena para o banhado do Taim.

O LIMITE OESTE da Unidade de Conserva-

SERGIO GREGÓRIO, ARQUIVO PESSOAL

5
ção são campos e dunas, que ficam junto
ao banhado. Elas funcionam como uma MACUQUINHO-
barreira para os ecossistemas aquáticos.
Nessas dunas, ficava o limite do continen-
DA-VÁRZEA
te com o oceano (a praia) há milhares de (Scytalopus iraiensis)
anos. É uma fronteira que o mar não ultra- Espécie pertencente a um grupo de
passou na última transgressão oceânica. aves florestais de origem andina,
chegou ao sudeste do Brasil por conta
de antigos movimentos geológicos e
mudanças climáticas. No RS, pode ser
encontrado apenas no Banhado do
Maçarico, no Banhado dos Pachecos
(Viamão) e nos Campos de Cima
da Serra. Vive dentro da vegetação
fechada de banhados de turfa, onde
se formam tramas densas, dificultando
o acesso dos predadores e mesmo
de pesquisadores. É ameaçado
pela drenagem, pelo aterro e pelo
barramento de seu hábitat. Nível
de ameaça: em perigo (global,
nacional, estadual)

3 GAVIÃO
-CINZA
(Circus cinereus)
De médio porte (cerca de 40cm),
alimenta-se de pequenos pássaros,
complementando a dieta com
roedores,répteis e insetos. Caça
em voo baixo,oscilando o

6.253
corpo lateralmente ao vento,
em campos,banhados e
lavouras.Come a presa no solo,
escondido entre a vegetação.
Forma ninhos em meio a densas hectares: é a área da Reserva
palhas dos banhados de turfa.A Biológica do Banhado do
população dos cordões litorâneos Maçarico, o equivalente a
é provavelmente a maior do cerca de 170 vezes o tamanho
Brasil.Nível de ameaça: pouco do Parque da Redenção
preocupante (global),vulnerável
(nacional,estadual) ARTE EDU

SEGUE
WIKIMEDIA

COMO NASCE UMA
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
-Para que uma Unidade de Conservação
(UC) seja criada, é necessário vontade
política, segundo fontes ouvidas por ZH.
Algumas exigem consulta pública, outras
são feitas por decreto. Há diversos locais
identificados pela ciência como possíveis
áreas a serem preservadas.
-A Lei do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC), criada
em 2000, e resoluções da Fepam dizem
que os empreendimentos de significativo
impacto ambiental, que são obrigados
a realizar Estudo e Relatório de Impacto
Ambiental (EIA-RIMA) e que causam danos
diretos ou indiretos em ecossistemas
precisam destinar pelo menos 0,5% do
valor total do investimento da obra para
a compensação ambiental. Esse dinheiro
deve ser aplicado em UCs.
-Dados da Secretaria do Meio Ambiente
e do Desenvolvimento Sustentável
(Sema) mostram que há R$ 80 milhões
provenientes de medidas compensatórias
aguardando um destino. A Sema pode usar
esse valor para investir nas Unidades de
Conservação que já existem ou criar novas.
Depois que uma Unidade de Conservação
é criada, são necessários:
LEVANTAMENTO FUNDIÁRIO
-É um exame técnico de todos os lotes de
terra presentes em determinada área.
Quem é o dono, qual o tamanho etc.
PLANO DE MANEJO
-Assim como o Plano Diretor está para a
cidade, o Plano de Manejo está para a
Unidade de Conservação. Estabelece tudo o
que pode ou não pode ser feito na unidade.
DESAPROPRIAÇÕES
-Alguns tipos de Unidades de Conservação
de Proteção Integral exigem que as terras
sejam compradas pelo Estado, o que,
normalmente, termina na Justiça.
A SITUAÇÃO DAS UCS DO RS
-Das 23 unidades de conservação do
Estado, 12 têm plano de manejo pronto.
Criados ainda na década de 1970, os
Parques Estaduais do Podocarpus (em
Encruzilhada do Sul) e do Camaquã
(Camaquã e São Lourenço do Sul) não têm
nem levantamento fundiário, nem plano
de manejo. Desde que a Sema surgiu, em
1999, apenas quatro UCs foram criadas.
SE TEM DINHEIRO, POR QUE O ATRASO?
-A Sema diz que a maior parte das
compensações está direcionada para pagar
por terras que serão desapropriadas. Como
em grande parte dos casos elas estão em
discussão judicial, uma coisa atrasa a outra.
No entanto, há verbas disponíveis para
investimento nas UCs existentes.
– Os recursos que temos disponíveis de
medidas compensatória têm algum vulto,
o que nos permite sonhar.Mas,primeiro,
vamos sanar as atuais que são carentes
de melhorias e regularização fundiária,
especialmente o Parque Estadual do Delta
do Jacuí.Vamos investir em novas quando
a população da região aceita e acha bom
– diz a secretária secretária do Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável,Ana Pellini.
E AS METAS DE AICHI?
-Para a secretária Ana Pellini,o compromisso
assumido pelo Brasil de preservar 17% de
cada bioma (Amazônia,Caatinga,Cerrado,
Mata Atlântica,Pampa e Pantanal) é uma
queda de braço das mais duras:
– Uma coisa é quem assina esse tipo
de documento e normalmente está
envolvido com questões burocráticas e
uma visão mais longe. Estabelecer para
o setor produtivo que 17% de quase dois
terços do Estado serão retirados da área
produtiva, não é tão palatável. Porque o
pampa pode ser usado para o pastoreio,
mas é uma atividade que nem sempre o
produtor entende como lucrativa. É um
jogo econômico. Lutamos muito pelo lado
da conservação, mas é um jogo difícil.
GLOSSÁRIO
Unidades de Proteção Integral
É o status das áreas mais protegidas.
Dividem-se em cinco categorias:
1 ESTAÇÃO ECOLÓGICA: área destinada
à preservação da natureza e à reali-
zação de pesquisas científicas. Pode ser
visitada apenas com o objetivo educacio-
nal. Posse pública.
Estadual: Aratinga (em São Francisco de
Paula e Itati)
Federais: Estação Ecológica de Aracuri-
-Esmeralda (Muitos Capões) e Estação
Ecológica do Taim (Rio Grande e Santa
Vitória do Palmar)
2 RESERVA BIOLÓGICA: área destinada
à preservação da diversidade bioló-
gica, na qual são realizadas medidas de
recuperação dos ecossitemas alterados
para restaurar o equilíbrio natural e
preservar as espécies. Pode ser visitada
apenas com o objetivo educacional.
Estaduais: Mata Paludosa (Itati), Ibirapui-
tã (Alegrete), São Donato (Itaqui e Ma-
çambará), Serra Geral (Maquiné,Terra de
Areia e Itati), Mato Grande (Arroio Grande)
e Banhado do Maçarico (Rio Grande)
3 PARQUE NACIONAL OU ESTADUAL:
área destinada à preservação dos
ecossistemas naturais e sítios de bele-
za cênica. O parque é a categoria que
possibilita uma maior interação entre
o visitante e a natureza, pois permite
atividades recreativas e educativas,
além de pesquisas científicas.
Estaduais: Camaquã (Camaquã e São
Lourenço do Sul), Delta do Jacuí (Região
Metropolitana), Espigão Alto (Barracão),
Espinilho (Barra do Quaraí), Ibitiriá (Vaca-
ria e Bom Jesus), Itapeva (Torres), Itapuã
(Viamão), Papagaio Charão (Sarandi),
Podocarpus (Encruzilhada do Sul), Quarta
Colônia (Agudo e Ibarama), Tainhas (São
Francisco de Paula, Jaquirana e Cambará
do Sul), Turvo (Derrubadas)
Federais: Parque Nacional da Serra
Geral (Cambará do Sul,São Francisco de
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DONOS DO
BANHADO
Não se sabe ao certo qual es-
pécie de maçarico deu nome
ao banhado em Rio Grande.
Mas três vivem por lá: o
maçarico-real, o maçari-
co-de-cara-pelada e o
maçarico-preto (os
cinco da foto).
Paula,Jacinto Machado-SC e Praia Grande-
-SC),Parque Nacional da Lagoa do Peixe
(Mostardas, São José do Norte e Tavares)
e Parque Nacional de Aparados da Serra
(Cambará do Sul e Praia Grande-SC)
4 MONUMENTO NATURAL: área destina-
da à preservação de lugares singula-
res, raros e de grande beleza cênica, per-
mitindo diversas atividades de visitação.
Essa categoria de UC pode ser constituída
de áreas particulares.
5 REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE: área
destinada à proteção de ambientes
naturais, serve para assegurar condições
de existência ou reprodução para espé-
cies. Permite diversas atividades de visi-
tação e a existência de áreas particulares,
desde que as atividades realizadas sejam
compatíveis com os objetivos da UC.
Estadual: Banhado dos Pachecos
(Viamão)
Federal: Refúgio de Vida Silvestre da Ilha
dos Lobos (Torres)
Unidades de Uso Sustentável
Atividades são permitidas, desde que
sem impacto.
1. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
2. ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO
3. FLORESTA NACIONAL
4. RESERVA EXTRATIVISTA
5. RESERVA DE FAUNA
6. RESERVA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
7. RESERVA PARTICULAR
DO PATRIMÔNIO NATURAL