Jornal Valor --- Página 2 da edição "16/03/2015 2a CAD A" ---- Impressa por cgbarbosa às 15/03/2015@22:20:12

Jornal Valor Econômico - CAD A - BRASIL - 16/3/2015 (22:20) - Página 2- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

Enxerto

A2 | Valor | Sábado, domingo e segunda-feira, 14, 15 e 16 de março de 2015

Brasil

OBrasilno Planejamento eleva limite mensal de

”novonormal”
crescimento econômico em
Sergio Leo todo o mundo.
Zhu Min, vice-diretor-gerente
do FMI e ex-vice-presidente do
Banco da China, advertiu os
participantes do seminário do
IISS sobre a necessidade de
mudar a estratégias de inserção
nos mercados mundiais, para se
adaptar a esse “novo normal” —
ou “novo medíocre”, como
preferiu a gerente-geral do
gastos da AGU e de dois ministérios
Ribamar Oliveira
De Brasília
Em movimento contrário aos
realizados até agora, o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, as-
sinou a portaria 35 elevando os li-
mites mensais para gastos de três
órgãos federais. Os beneficiados
são os ministérios das Relações Ex-
teriores, do Desenvolvimento e a
dos órgãos públicos em 1/18 do
valor anual previsto na proposta
orçamentária de 2015, até a
aprovação do Orçamento. A Lei
de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) fixava o limite em 1/12,
mas o governo decidiu ser mais
rigoroso para demonstrar empe-
nho no ajuste fiscal.
No decreto, o limite mensal
das despesas de custeio do Ita-
bial para não prejudicar o atendi-
mento consular aos cidadãos bra-
sileiros no exterior, preservando a
imagem do Brasil, além de garan-
tir o cumprimento das leis traba-
lhistas nos países onde estão sedia-
dos os postos e o cumprimento de
contratos continuados”.
No caso do Ministério do Desen-
volvimento, Indústria e Comércio
Exterior (Mdic), o limite mensal
destinação é a folha de paga-
mento dos fiscais estaduais”.
A ampliação do limite da AGU
foi de R$ 22,6 milhões e tem o
objetivo de “cobrir contratos es-
senciais ao funcionamento do
órgão, incluindo gastos com tec-
nologia da informação”. Na no-
ta, a assessoria diz que a amplia-
ção do gasto da AGU foi autori-
zada, porque “o órgão já está

N
ão se cantam
músicas de Claudia
Leitte em festa de
Ivete Sangalo, mas,
há poucos dias, o
Brasil não ficou de fora do
“Cartagena Dialogue”, evento
de um dos mais importantes
centros de estudos mundiais,
que se dedicou a discutir a
relação entre os países da Ásia
e a chamada Aliança do
Pacífico, a associação entre
México, Colômbia, Peru e Chile.
“O Brasil é o elefante na sala;
se ele não se integrar, será como
uma União Europeia sem
Alemanha”, comentou o
economista-chefe do Banco
Interamericano de
Desenvolvimento, Juan José
Ruiz, ao falar sobre as
perspectivas da Aliança
do Pacífico.
A ausência do paquiderme
brasileiro não impede, porém,
FMI, Christine Lagarde.
“O ‘novo normal' significa
que os fluxos de investimento
(da Ásia para fora), hoje 50%
concentrados em recursos
naturais, vão mudar”, avisou.
Em lugar de exportar
commodities, por meio de
grandes companhias, como
hoje, os países da América
Latina devem esforçar-se para
aumentar suas exportações de
serviços e de outros bens de
maior valor agregado, por
meio de empresas de menor
porte, defende Zhu Min.
Grandes responsáveis pela
demanda asiática por recursos
naturais, os investimentos na
economia chinesa, hoje por
volta de 44% do Produto
Interno Bruto (PIB), devem cair,
nos próximos anos, a 34%,
prevê Zhu Min. Para cada 1% de
queda nesses investimentos, os
grandes exportadores de
commodities ao mercado
Advocacia-Geral da União (AGU),
que, juntos, poderão gastar mais
R$ 78,9 milhões por mês em “des-
pesas correntes de caráter inadiá-
vel”, até a aprovação e sanção do
Orçamento deste ano.
Depois da fixação dos limites de
gastos mensais pela presidente
Dilma Rousseff, por meio do De-
creto 8.389, em janeiro, o Ministé-
rio das Relações Exteriores vinha se
queixando de falta de recursos pa-
ra manutenção das embaixadas,
como pagamento de energia, in-
ternet, material de escritório, alu-
guel de residências, entre outros.
Dilma estabeleceu o limite
mensal das despesas de custeio
Lista global das dez maiores
áreas de desmatamento
maraty foi fixado em R$ 58,5 mi-
lhões. Agora, a portaria do minis-
tro do Planejamento, publicada
no dia 3, ampliou em R$ 39,3 mi-
lhões o limite, que passou para
R$ 97,8 milhões, alta de 67,2%.
Questionado pelo Valor, o Mi-
nistério do Planejamento expli-
cou, por meio de sua assessoria,
que “a ampliação do limite foi des-
tinada a cobrir despesas de funcio-
namento de postos de representa-
ção no exterior, incluindo paga-
mento de aluguéis, pessoal local e
despesas administrativas”.
Em nota, a assessoria do Plane-
jamento diz ainda que “o limite foi
dado frente à desvalorização cam-
dos gastos de custeio foi ampliado
em R$ 17 milhões. O decreto havia
fixado o limite do ministério em
R$ 58,5 milhões. Com a ampliação,
esse valor passou para R$ 75,5 mi-
lhões, aumento de 29,1%.
A assessoria do Planejamento
informou que a solicitação do
Mdic foi para o pagamento de
bolsistas de pesquisa, que não
estão ressalvados pela LDO,
além de transferência de recur-
sos para a Rede de Fiscalização
do Inmetro, operada em convê-
nio com os Estados. A nota ex-
plica que “grande parte da arre-
cadação da Rede (85%) é de re-
ceita própria dos Estados, cuja
Desmatamento na Amazônia
Principais frentes de devastação na floresta, que abrange nove países
Limites da Pan Amazônia
com um limite próximo ao ano
passado e teria dificuldades em
dar continuidade às atividades
de orientação jurídica e defesa
dos entes públicos, além de per-
mitir honrar contratos conti-
nuados, evitando multas”.
No caso da AGU, a ampliação
autorizada é superior ao limite
mensal anteriormente fixado pe-
lo decreto da presidente Dilma ,
que foi de R$ 15,1 milhões.
O Decreto 8.389 autoriza o mi-
nistro do Planejamento a ampliar
ou remanejar os valores mensais
definidos para cada órgão públi-
co, “desde que devidamente justi-
ficados pelos órgãos”.
Principais frentes de desmatamento

que os países sul-americanos a

oeste do continente pareçam
cada vez mais dispostos a
marginalizar as discussões
sobre integração continental e
sintonizar-se com os mercados
mais dinâmicos fora da região.
“Há 60 anos falamos em
integração e não há um país
latino-americano que tenha
mais de 25% de comércio com
algum vizinho”, notou Ruiz.
Enquanto a integração
continental segue mais robusta
na retórica do que na
realidade, a Ásia cresce de
importância para toda a
América Latina, atualmente
alvo de uma ofensiva de
charme do governo chinês, que
busca diversificar seus
chinês verão uma queda de
0,2% a 0,3% em seu PIB.
“À medida que a Ásia se
torna mais ‘leve’, cai a demanda
de commodities, e precisamos
gerenciar esse ‘soft landing’ na
demanda’”, recomendou Zhu
Min, em entrevista ao Valor, às
margens do Diálogo de
Cartagena. “Cerca de 34% das
exportações da América Latina
vão para a Ásia, grande parte
de commodities”, lembra.
Foi nesse contexto que os
participantes do diálogo
travado na cidade colombiana
de Cartagena discutiram
obstáculos ainda presentes
para o comércio com a Ásia,
mesmo entre os países
sul-americanos voltados ao
Pacífico. Burocracia, barreiras e
inclui Amazônia e Cerrado
Murillo Camarotto
De Brasília
Um relatório que vai ser publi-
cado este mês pela organização
não governamental WWF coloca
duas regiões brasileiras no mapa
das dez maiores frentes de desma-
tamento no mundo. A versão preli-
minar do documento, à qual o Va-
lor teve acesso, aponta que a Ama-
zônia e o Cerrado poderão perder
59 milhões de hectares de mata até
2030, caso não sejam reforçadas as
políticas de controle do desmata-
mento. O volume representa 40%
de todas as áreas verdes que pode-
rão desaparecer do planeta nos
Venezuela
Guiana
Suriname
Guiana
O relatório da WWF estima Francesa
que a região amazônica pode Colômbia
perder entre 23 milhões e 48 mi-
lhões de hectares de floresta até Equador
2030. Pecuária, agronegócio, in-
dústria madeireira e obras de in- Peru
fraestrutura estão entre os prin-
cipais fatores de pressão sobre a
floresta, que abrange nove paí-
ses da América do Sul. A Pan
Amazônia é formada por Brasil,
Brasil
Bolívia, Peru, Colômbia, Equa-
dor, Venezuela, Guiana, Guiana Bolívia
Francesa e Suriname.
Taylor lembra que a redução no
desmatamento em terras brasilei-
ras — que representam 60% da área
total da Pan Amazônia — é negati- Fonte: WWF

América Latina deve
ampliar exportações
de serviços
investimentos.
As implicações desse
movimento não escaparam ao
Instituto Internacional de
Estudos Estratégicos (IISS),
tradicional “think tank”
sediado em Londres, cujo foco
habitual são as questões de
segurança e defesa
internacionais.
O IISS, há pouco mais de
uma semana, mobilizou
ministros, executivos e
especialistas dos países da
Aliança do Pacífico e de nações
da Ásia no que chamou de
Diálogo de Cartagena, que
incluiu um debate animado
sobre perspectivas econômicas
da região. Essas perspectivas
são ainda otimistas, apesar da
ameaça da desaceleração
global.
O fato é que até o México,
bem-sucedido em seu
atrelamento à locomotiva
industrial dos Estados Unidos,
foi obrigado a rever suas
expectativas de crescimento no
ano passado, para algo em
torno de 2% — embora
agências de classificação de
risco prevejam uma
recuperação robusta em 2015.
Os países sul-americanos da
Aliança do Pacífico também
reduziram expectativas. Apesar
da rede de acordos de livre
comércio firmados nos últimos
anos, seguem francamente
dependentes de suas
exportações de commodities,
que representam mais de 80%
das vendas ao exterior.
Essa dependência do ciclo
mundial dos preços de
commodities torna-se
particularmente delicada no
cenário que o Fundo Monetário
Internacional (FMI) vem
chamando de “novo normal”,
de queda ou estagnação no
custo de transporte são alguns próximos 15 anos. vamente compensada pelo cresci-
dos obstáculos ainda não Apesar da expressiva redução mento na devastação dos vizinhos, De acordo com Maretti, a parti- um levantamento sobre o efeito
resolvidos nas discussões dos no ritmo do desmatamento na especialmente Peru e Bolívia. “A cipação das empresas é funda- dos desvios nos leitos dos rios —
acordos de livre comércio Amazônia observada na década Amazônia é um bioma interde- mental, mais ainda incipiente. “Te- comuns nos projetos hidrelétricos
firmados ou em negociação passada, ainda não há segurança pendente. Se o Brasil cuidar e os mos algumas iniciativas bem-su- — sobre a saúde da bacia amazôni-
na região. de que o movimento se manterá outros não, não adianta. O Brasil cedidas na indústria da soja, no ca. O documento será apresentado
Para Zhu Min, os países nos próximos anos, avalia o diretor não pode achar que tem que fazer sentido de não comprar de produ- em abril, durante congresso sobre
latino-americanos devem de Florestas da WWF Internatio- sua parte sozinho”, disse. tores que devastaram a Amazônia. o clima na Coreia do Sul.
buscar oportunidades na nal, Rodney Taylor. O ativista aus- Cláudio Maretti, que coordena Mas ainda é pouco, porque muitos O relatório das frentes de des-
crescente demanda por traliano esteve em Brasília na se- o projeto Amazônia Viva, lembra não compram de fornecedores da matamento afirma ainda que,
serviços que tende a vir da Ásia mana passada para encontros com que os fenômenos climáticos Amazônia, mas compram de no curto prazo, a solução para
— como os serviços turísticos, representantes do projeto Amazô- mais recentes experimentados quem destrói o Cerrado”, diz. Tam- atenuar a degradação é melho-
demandados a cada ano por nia Viva, organizado pela WWF. no país, como a seca prolongada bém são poucas as iniciativas da rar a governança das políticas de
cem milhões de viajantes Coordenador do relatório glo- na região Sudeste e as chuvas e indústria da carne, outro setor vis- preservação. No longo prazo, diz
chineses; ou financeiros, em bal das frentes de desmatamento, enchentes no Norte, podem re- to como “vilão” das florestas. o documento, “agricultura e pe-
uma região cujos mercados de Taylor diz que, apesar dos bons fletir o desmatamento feito ao Entre as maiores preocupações cuária terão que encontrar for-
valores cada vez mais operam resultados dos últimos anos, o longo das últimas décadas. De em relação à Amazônia está o pro- mas de produzir mais com me-
em sintonia com os mercados Brasil ainda é vice-campeão mun- acordo com ele, além do monito- jeto da hidrelétrica de São Luiz do nos terra, menos água e menos
latino-americanos. dial de desmatamento, superado ramento das florestas, são neces- Tapajós, no Pará. O empreendi- poluição”. Os padrões de consu-
A criação de infraestrutura apenas pela Indonésia. Lembra sárias a implementação de políti- mento ainda não recebeu o licen- mo terão que ser revisitados, de
para pequenas e médias que, nos últimos dois anos, a der- cas específicas de preservação da ciamento ambiental, mas é forte- forma a combinar as necessida-
empresas, como plataformas rubada da floresta amazônica floresta e pressão social sobre os mente questionado pelos ambien- des de redução da pobreza com
on-line de comércio, melhoras voltou a crescer no país. principais devastadores. talistas. A WWF está preparando a redução dos resíduos.
na educação da mão de obra,
apoio financeiro à expansão no
comércio global, podem ser
decisivos no ajuste a esse “novo Índice de empresas citadas em textos nesta edição
normal” de menor apetite por
produtos básicos, preconiza o
executivo do FMI. Ágora Corretora D4 Camargo Corrêa B3 Facebook A11, B10 Jota Ele B2 A13, B1, C5 Suzano B1
Airbus B3 Career Center D3 FAW B10 JSL B3 Pixar B11 Synergy B3
O debate sobre integração Anadarko Petroleum B10 Cargill B7 FCStone B12 KKR B10 Previ C5 TAM B1, B2
sul-americana deve recuperar Andrade Gutierrez B3 Carrefour Property B5 Fibria B1, C1 LAN B1 Procter & Gamble A11 Techint B3
fôlego em breve no Brasil Aon D3 Casic B3 Fitch A13 Latam B1 Produtive D3 Telefônica B5
Apache B10 Ceitec B6 Fonseca & Mercadante B5 Learn Capital A11 Queiroz Galvão B3 Tendências Consultoria A3
quando, segundo promete o Ternium B3
Arteris B3 Chesapeake Energy B10 Frankfurt Trust C2 Lehman Brothers A13 Quest A3
Instituto de Pesquisa Atech B3 China Construction Bank C1 General Electric B10 Lens & Minarelli D3 RBC Capital Markets B10, C2 Tesco B5
Econômica e Aplicada (Ipea), Avianca B2 CinemaScore B11 Gerdau B1 LHH D3 Rede Globo D4 Time Warner B11
Azul B2 Cirrus B5 GNT D4 Lorillard B10 Renar Maçãs B12 Totvs B6
for divulgado estudo concluído Toyota B10
Baker Hughes B10 Citigroup C1, B10 Gol B2 Marquise B3 Reynolds B10
há poucos dias sobre a matriz Banco Cruzeiro do Sul C7 Civilport B3 Goldman Sachs A3, C2 Marvel B11 Roche B4 Transnordestina Logística B3
insumo-produto da América Banco do Brasil B5, C1, C5 Comcast B11 Grupo Pão de Açúcar B5 MasterCard B5 Saab B3 Triunfo B3
UBS C5
do Sul — uma avaliação das Banco Paulista C1 Conspiração Filmes D4 HSBC B1, B5, C1, C5 MDA B3 Safras & Mercado B12
Universal Pictures B11
relações entre os setores Banrisul B5 Continental Resources B10 IBM B10 Microsoft A11, B10 Sam’s Club B7
Usiminas B3
Barnes & Noble A11 CSN B1, B3, B4 Ibmec A3 Moinho Anaconda B12 Samsung B10
produtores e fornecedores de BicBanco C1 Damiani B2 IDC B5 Moody A13 Santander B5, C1
Vale B1, C5
Valor B12
toda a região. Bioagência B12 Deutsche Bank B10, C5 IESA Óleo e Gas B3 Multishow D4 SAP B6 Visiona B3
Seria conveniente que esse BlackBerry B10 Disney B11 Imperial Tobacco B10 OAS B3 Saphyr Shopping Centers B5 Vivo B5
debate levasse em conta o BMO Capital Markets A11 Dunnhumby B5 Indra B3 Odebrecht B3, B5 Serasa C7 Volkswagen B10
BMW B1 eBay A11, C14 Infraero B2 OHL B3 Sete Brasil C5 Vulcabras B7
cenário ressaltado pelo BNP Paribas C2 EcoRodovias B3 Invepar B3 Oi B1 Siemens B1 Walmart B7
economista chinês, que exige Bossa Nova Films D4 Eletrobras A3, B1 IRB B6 Oikonomia B4 Soares Penido B3 Warner Bros B11
novas estratégias de conquista Bradar B3 Embraer B3 Itaú Unibanco B5, C14 Omidyar Network A11, C14 Sony Pictures B11 Wells Fargo C5
Bradesco B4, B5 Empo B2 ITV B1 Oracle B6 SporTV D4 WPP B5
do mercado global. Braskem B1 Engevix B3 J.P. Morgan C14 Orbital Engenharia B3 Standard & Poor’s A13, B4 WVG B2
BRF B1 EOG Resources B10 Jato Dynamics B4 Pearson A11 Starbucks A11 Zola D4
O colunista viajou a Cartagena a convite BRMalls B5 EPC Construções B2 JBS B1 Petrobras A3, A9, A12, Stato D3 Zuum B5
do IISS
Sergio Leo é jornalista e especialista em
relações internacionais pela UnB. É autor
do livro “Ascensão e Queda do Império
X”, lançado em 2014. Escreve às
segundas-feiras
E-mail: sergioleo.valor@gmail.com