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Felipe Nunes de Farias - 2 PDF
Felipe Nunes de Farias - 2 PDF
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Fortaleza
Junho de 2010
FELIPE NUNES DE FARIAS
Fortaleza
Junho de 2010
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
A Deus por ser minha fonte de vida. Por ter me dado força para superar os
momentos mais difíceis e nunca ter me abandonado. Agradeço a Ele por todas as graças
realizadas.
Aos meus pais que são exemplos de pessoas honestas e trabalhadoras que sempre
investiram e apoiaram na minha educação. A toda minha família pelo amor e atenção.
A todos os professores do curso de Engenharia Elétrica que fizeram parte da minha
formação acadêmica. Ao meu orientador, Professor Carlos Gustavo Castelo Branco, pela
disponibilidade e atenção em me orientar nesta monografia.
A todos os funcionários da Célula de Projetos em Edificações (CEPRE) do
Departamento de Edificações e Rodovias (DER), em especial aos engenheiros Francisco
Itaimbé Matias de Oliveira, Francisco Benício de Oliveira Filho e Francisco Gilcélio de
Assunção Moreira, que me ensinaram muitas coisas e contribuíram com meu trabalho.
Aos meus colegas de faculdade pelo companheirismo e ajuda em vários momentos
deste curso. Aos meus amigos pela ajuda nos bons e maus momentos e compreensão.
vi
This monograph presents a sequence of steps in the drafting of wiring buildings. Aims to
help the designer to make a basic planning to make an electric bill more objective and
practical. It presents the main basic parts of a electrical design building. Solutions are
proposed based on professional experience in order to optimize a measured one. It made a
case study where it is shown all the steps taken during its preparation in order to illustrate
the methodology.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
8. ALIMENTADORES .................................................................................................... 64
9. SUBESTAÇÃO ............................................................................................................ 82
xii
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 92
ANEXOS .............................................................................................................................. 95
xiii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
1.2. MOTIVAÇÃO
O mercado é muito exigente neste ponto, exigindo que profissional seja prático e
objetivo na fase de elaboração do projeto. Isto requer um planejamento organizado que
facilite seu trabalho.
Esse trabalho demonstra uma metodologia para a criação de projeto de edificações
de Instalações Elétricas. Foi elaborada uma sequência de passos a serem seguidos neste
processo. Essa sequência é usada no campo profissional para uma otimização do processo
de elaboração de projetos. Para ilustrar essa metodologia é mostrado o projeto elétrico feito
para a Ampliação do Quartel General da Polícia Militar do Ceará, localizado na Avenida
Aguanambi em Fortaleza.
O projeto de uma edificação envolve várias etapas: do projeto arquitetônico
juntamente com o Cálculo Estrutural às Instalações (Elétrica, Hidráulica, Sanitário,
Climatização, Circuito Fechado de TV, Telefônico, Lógica). Os projetistas dessas várias
áreas deverão ter um contato durante a elaboração dos projetos, a fim de discutirem as
melhores soluções a serem aplicadas, encontrando a melhor forma possível de
compatibilizar todos os projetos.
Os projetos são entregues aos clientes em várias folhas de tamanho A0 ou A1, com
a planta dos pavimentos, tabelas de cargas, diagramas unifilares, legenda da simbologia,
orientações aos eletricistas e ao setor de orçamento, esquema vertical, padrão de
fornecimento, dimensionamento e detalhamento da subestação (se houver).
É importante ressaltar que essa metodologia envolve alguns passos bastante
subjetivos, ou seja, que não se aplicam a todos os projetos. Cada projeto tem suas
peculiaridades que devem ser respeitadas a fim de se obter uma boa execução do mesmo.
São mostradas as particularidades do projeto com as suas justificativas.
Vale lembrar que os passos, cálculos, dimensionamentos e principalmente as
decisões do projetista são totalmente embasadas e justificadas. Este embasamento foi feito
através da Literatura Técnica juntamente com as normas. As normas utilizadas foram a
NBR 5410/2004 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) da ABNT e a NT 002/2010 -
Revisão 2 da Coelce (Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de
Distribuição).
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2. ETAPAS DO PROJETO
Para todo o projeto elétrico deve ser obedecida uma sequência de passos que ajuda o
projetista a se organizar. Cada passo depende um do outro. O projeto elétrico é composto
pela execução de cada passo na ordem em que é apresentada. A tabela 1 mostra um resumo
das etapas a serem seguidas na elaboração de um projeto elétrico.
Esta sequência de etapas abrange a maioria dos casos. O projetista deve começar o
trabalho analisando os fatores que influenciam diretamente e indiretamente detalhes
posteriores. Nessa etapa reside o principal ponto de subjetividade do projeto. Cada projeto
possui sua individualidade não existindo um totalmente padrão.
Nesta etapa é necessária a visita ao local com a planta de situação fornecida pelo
setor da arquitetura e uma análise do projeto arquitetônico interno por inteiro: plantas
baixas, fachadas, cortes e detalhes. Estes fatores são importantes como ferramentas para a
definição de detalhes construtivos de instalação.
Depois é feito o projeto de iluminação ou projeto luminotécnico. O principal
objetivo deste projeto é o dimensionamento e especificação de lâmpadas e luminárias para
uma iluminação confortável e eficiente.
6
Este projeto é feito de acordo com o tipo de atividade e com possíveis sugestões da
arquitetura. Faz-se uso de softwares de cálculo luminotécnico que o auxiliam a tomar
decisões com uma idéia dos resultados.
O projeto para tomadas de uso geral consiste no dimensionamento dos condutores
de alimentação dos pontos de utilização dos equipamentos (tomadas). Depende da possível
posição dos equipamentos a serem utilizados. Esta informação é obtida com o mobiliário
(layout) do projeto arquitetônico. Neste caso o bom senso e experiência do projetista fazem
a diferença.
O projeto para tomadas de computadores tem características semelhantes à etapa
anterior. Consiste na alimentação dos computadores que são previstos no projeto de
arquitetura através do mobiliário (layout), no qual estão a quantidade e a posição dos
computadores.
O projeto para máquinas de ar-condicionado consiste em levar a alimentação
elétrica para os equipamentos. O dimensionamento e posição são locados no projeto de
climatização feito pelo setor da Engenharia Mecânica.
O projeto de circuitos para força motriz visa a alimentação de equipamentos que
utilizem motores.
Os alimentadores de cada quadro são dimensionados a fim de ter uma noção melhor
da dimensão total das cargas. De acordo com a carga instalada necessita o projeto de uma
subestação.
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3. FATORES DE PROJETO
os pilares, o que garante uma sustentação mecânica favorável. Será colocado forro abaixo
da nervura da laje (aproximadamente 50cm entre a laje e o forro).
Os condutores deverão ser instalados em eletrocalhas ou perfilados (distribuição
principal) devido ao comprimento do quartel e pela quantidade de circuitos a serem
instalados. Isto garante uma sustentação mecânica adequada para a quantidade de
condutores a serem dispostos o que não aconteceria com eletrodutos.
Desta distribuição principal saem derivações de eletrodutos até os pontos de
utilização. A eletrocalha (ou perfilado) será presa através de tirantes na laje.
Analisando as paredes do quartel nota-se que a maioria será composta por divisórias
em PVC. Com isso os condutores serão instalados em canaletas aparentes nas divisórias.
Nos locais com alvenaria os eletrodutos são instalados de forma mais comum (embutido).
Devido ao comprimento do quartel, cada pavimento foi dividido em três setores, no
que diz respeito às instalações, para dar uma melhor organização e visualização ao projeto,
como pode ser visto nas plantas no Anexo. As figuras 4, 6 e 6 mostram a delimitação dos
setores nos pavimentos.
Estas informações são de extrema importância pois ditam o caminho que o projeto
vai tomar. Estas fornecem a informação das características que a instalação terá. Muitas
vezes o projetista inicia o projeto sem o conhecimento destas informações essenciais por
falta de informações. Isto é um grave erro que pode acarretar em problemas futuros.
13
Nesta etapa inicia-se o projeto elétrico propriamente dito. Esta etapa consiste no
dimensionamento de luminárias e lâmpadas por ambiente, a fim de proporcionar uma
iluminação artificial eficiente. Logo após ocorre o dimensionamento do número de tomadas
de uso geral (para ligação de equipamentos elétricos e eletrônicos mais comuns),
dimensionamento de condutores e dispositivos de proteção. Nesta parte será explicado o
dimensionamento dos quadros de carga e diagramas unifilares, que serão aplicados em
todas as outras etapas do projeto.
• Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma carga
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento
de 4 m2 inteiros.
Estes critérios apresentados pela norma foram expostos apenas para efeito
ilustrativo. A norma faz restrições quanto ao uso destes. No item 9.5.2.1.2 de [19] há uma
nota de observação que fala que estas potências são para efeito do dimensionamento da
seção dos condutores.
Além estes critérios são utilizados apenas para locais de habitação. Para o
dimensionamento da carga de iluminação é feito segundo a NBR 5413/1992 (Iluminação de
Interiores). Esta norma fixa os níveis de iluminação de cada ambiente e de cada tipo de
atividade. A tabela 2 mostra os níveis de iluminância por classes de tarefas visuais.
Assim como diz o item 5.2.3 de [13] a maioria das tarefas visuais tem média
precisão, ou seja, geralmente dá-se preferência aos valores do meio da segunda coluna.
15
Após a escolha da iluminância de cada ambiente, o projetista tem que escolher que
tipo de lâmpada e luminária deverá ser instalada em cada ambiente. O tipo de lâmpada, a
potência e a luminária dependem da área do local, do pé-direito (altura do piso ao teto), da
atividade a ser desenvolvida. A tabela 3 mostra uma sugestão de lâmpadas conforme o pé-
direito.
Tabela 3: Seleção de lâmpadas conforme a altura de instalação. [13]
Para o projeto em questão foi escolhida na maioria dos ambientes lâmpadas de 16W
e 32W, já que o pé-direito é de aproximadamente 3m. Como foi dito anteriormente essa
tabela é apenas uma sugestão. Cabe ao projetista a escolha das lâmpadas de acordo com a
área, disponibilidade de mercado ou solicitação do cliente.
Com relação às luminárias, o projetista deve estar munido de catálogos dos
fabricantes onde dispõe de uma gama de tipos. Para critério de escolha o projetista deverá
atentar para o tipo de instalação. A tabela 4 mostra a aplicação de cada tipo de instalação.
16
Figura 7: Luminária com aletas (2x32W) e sua curva de distribuição luminosa. [16]
Na figura 8 é mostrada uma luminária na qual não tem aletas. É usada em áreas em
que o controle de ofuscamento não é necessário, como circulações, copas.
17
Para um alojamento (repouso) foi escolhida uma luminária circular para duas
lâmpadas fluorescentes compactas (2x23W) com baixa temperatura de cor (≈ 2700K), a fim
de proporcionar um melhor conforto. A luminária possui um refletor em alumínio para
aumentar a eficiência da iluminação. A figura 9 mostra essa luminária e seu diagrama de
fotometria.
Recomenda-se o uso de reatores eletrônicos, pois possuem uma perda pequena (de 1
W para luminárias 2x16W e 3W para luminárias 2x32W), alto fator de potência (≈ 0,98) e
possuem tecnologia de filtragem de harmônicos, resultando num baixo THD (menor que
10%). [18] Lembrando que nas lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas o reator tem
uma perda insignificante.
O cálculo pode ser realizado para um dado nível de iluminância médio, ou para uma
determinada quantidade de luminárias. Os resultados podem ser visualizados rapidamente,
possibilitando a realização de diversos testes para comparar diferentes soluções. Para fazer
o projeto de uma sala de espera foram realizados os seguintes passos:
• Passo 1 (Dados do ambiente):
• Comprimento (m) = 7,35
• Largura (m) = 5,12
• Pé-direito (m) = 3,15
• Plano de trabalho = 0,75m
• Cores/Refletâncias = 70%-50%-10%
• Condições do ambiente = 0,8
• Tipo de atividade = Escolhe um ramo com iluminância semelhante à desejada.
• Passo 2 (Seleção das Luminárias):
• Luminária escolhida: Luminária de embutir em forro de gesso para 2 lâmpadas
fluorescentes tubulares de 32W. Corpo, refletor e aletas planas em chapa de aço
tratada com acabamento em pintura eletrostática epóxi-pó na cor branca. [16]
• Passo 3 (Distribuição das luminárias):
Neste passo o programa dá uma sugestão de distribuição de luminárias de acordo
com a iluminância informada. Senão houver sido informada nenhuma iluminância o
programa indica por default a iluminância de 500lux.
O mais adequado é o usuário indicar um número de luminárias e sua rotação e
simular as iluminâncias do ambiente com base nestes parâmetros. Foi sugerida uma
distribuição de 4 luminárias (2 linhas e 2 colunas ) e o resultado é mostrado na figura 11.
• Passo 4 (Resultados):
É mostrada uma distribuição do fluxo como a da figura 11. O usuário pode
acompanhar ponto a ponto o valor da iluminância. Os seguintes valores são dados como
resultados.
• Iluminância média calculada pelo método das cavidades zonais (EMCZ): 234 lux;
• Iluminância média calculada pelo método Ponto a Ponto (EMÉDIO): 209 lux;
• Iluminância máxima calculada pelo método Ponto a Ponto (EMÉDIO): 282 lux;
• Iluminância mínima calculada pelo método Ponto a Ponto (EMÉDIO): 82 lux;
• Distância entre colunas: 3,67m;
• Distância entre linhas: 2,56m;
• Distância parede-coluna: 3,67m;
• Distância parede-linha: 1,28m;
Analisando os resultados vê-se que são valores plausíveis comparando as
iluminâncias de ambientes de semelhantes utilizações no item 5.3 de [15]. Convém lembrar
que este procedimento foi repetido para as outras dependências. As tabelas 5,6 e 7 mostram
o resultado desse projeto para o térreo, 1º pavimento e 2º pavimento respectivamente.
Tabela 5: Número de luminárias projetadas para o térreo.
21
Para o térreo foram projetados quatro postes metálicos, com altura útil de 3m, com
uma luminária de 70W multivapores com duas pétalas. São dois postes para iluminação dos
setores. A figura 13 mostra esta luminária.
Os reatores usados nestas luminárias também são eletrônicos com alto fator de
potência (≈ 0,95) e baixa taxa de distorção harmônica. Para as luminárias de 2x250W o
reator tem uma perda de 25W e para as luminárias de 1x70W o reator tem uma perda de
10W.
Esta etapa consiste no dimensionamento do número de tomadas para uso geral. São
tomadas destinadas a alimentação de equipamentos comuns.
Segundo o item 9.5.2.2.1 de [19], o número de tomadas deve ser dimensionado de
acordo com os equipamentos a serem ligados. Para isso é necessário que o projetista tenha
acesso à informação técnica destes. Esta informação é obtida durante a etapa de análise de
influências internas que foi comentada no item 2.1.
Com relação à potência de cada tomada também é feita de acordo com os
equipamentos a serem ligados, respeitando o item 9.5.2.2.2 e o 4.2.1.2.3 de [19].
A altura das tomadas é determinada de acordo com a dependência e a altura de
instalação do equipamento. A tabela 8 sugere a altura de instalação das tomadas de acordo
com a sua aplicação.
Tabela 8: Determinação da altura das tomadas.
Foram instaladas tomadas médias nas copas (3 primeiras tomadas 600W e as demais
100W). Nas demais dependências foram instaladas tomadas baixas (100W ou outra
potência especificada). Foi estimado um fator de potência de 0,8 indutivo. Esse valor é
atribuído, pois não se sabe o fator de potência dos equipamentos a serem ligados. A locação
de tomadas deve ser feita prevendo a mudança do mobiliário.
É importante salientar que a maioria das tomadas e interruptores serão instaladas em
suporte aparentes para canaletas já que a divisão dos compartimentos é feita por divisórias.
Quando possível há a instalação convencional (embutido em alvenaria).
24
Essa divisão é feita segundo o item 4.2.5 de [19]. Além disso, foram adotados os
seguintes critérios:
• Prever no mínimo dois circuitos de iluminação;
• Prever um circuito exclusivo para tomadas de copas, cozinhas, áreas de serviço ou
semelhantes;
• Foi previsto circuitos de iluminação com no máximo 1.200W (aproximadamente);
• Circuitos de tomadas de uso geral com no máximo 2.400 W(aproximadamente).
Estes limites de potência foram estipulados para limitar o valor da corrente de
circuito, a fim de obter seções dos condutores adequadas para a ligação nos equipamentos
de tomadas e interruptores.
Para grandes seções de condutores há uma incompatibilidade nos terminais de
tomadas e interruptores assim como problemas na colocação dos condutores nos condutos,
gerando problemas para os eletricistas. Atentar para ser feita uma divisão levado em conta a
área afetada em caso de falta do circuito correspondente.
Depois de ser feita a divisão dos circuitos, contabiliza-se a potência de cada circuito.
A corrente nominal de cada circuito através de (1) para circuitos monofásicos e de (2) para
circuitos trifásicos:
P
I N(1φ ) = . (1)
FP.FS.U C
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P
I N(3φ ) = . (2)
3.FP.FS.U C
Onde:
- P: Potência do circuito, dado em Watts.
- I1ϕ: Corrente nominal do circuito monofásico;
- I3ϕ: Corrente nominal do circuito trifásico.
• FP: Fator de Potência. Representa a relação da potência ativa e a potência total. Para
circuitos de iluminação interna é de 0,98 (dado pelo fabricante), iluminação externa é
de 0,95 (dado pelo fabricante), para circuitos de tomadas é de 0,80 (estimado). [18]
• FS: Fator de Segurança. É um fator subjetivo, nele estão incluídos outros fatores que
influenciam no dimensionamento dos condutores. Garante um correto
dimensionamento dos condutores prevendo certa folga. Para este projeto foi adotado
como 0,7.
• UC: Tensão de alimentação do circuito. Para circuitos monofásicos é a tensão de fase
(220V) e para circuitos trifásicos a tensão de linha (380V).
A determinação da seção dos condutores é feita através de três critérios:
• Critério da capacidade de corrente;
• Critério da queda de tensão;
O que apresentar uma seção maior é escolhido para o dimensionamento.
Neste critério o único fator influente é a corrente nominal do circuito. A seção será
determinada pela corrente máxima que percorrerá o condutor. O procedimento para
dimensionar a seção dos condutores é o seguinte:
• Consulta a tabela 33 de [19], contendo o método de instalação e o método de
referência.
• Consulta a tabela 36 de [19] que informa a seção do condutor fase de acordo com o
método de referência e a corrente nominal.
26
Assim, a corrente nominal do circuito deve ter um valor menor que a ampacidade
máxima do condutor escolhido.
Tabela 9: Coeficiente de queda de tensão para condutores isolados 70ºC em V.A/km. [29]
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4.5.1. DISJUNTORES
Este dispositivo é usado para prover proteção contra sobretensões transitórias nas
instalações de edificações. Seu uso é exigido por [19] no item 5.4.2.1.1. Há três classes de
DPS’s que dependem do seu objeto de aplicação:
• Classe I (CL.I): Tem a função de proteção principal da instalação, tendo sua
localização na linha externa de alimentação ou no quadro de distribuição, como
descreve a alínea a) do item 6.3.5.2.1 de [19]. Neste caso será instalado no QGBT.
• Classe II (CL.II): Tem a função de uma proteção suplementar, a fim de atenuar
alguma pertubação que tenha passado pela proteção principal. São instalados nos
quadros secundários, com coordenação em relação ao DPS classe I.
• Classe III (CL.III): São equipamentos avulsos ligados diretamente nas tomadas. É
ligado de maneira intermediária entre a tomada e o equipamento.
4.5.3.2. Instalação
Resposta: Não. Como foi dito na resposta anterior, o secundário do transformador tem uma
ligação estrela aterrado, ou seja, o neutro (PEN) entra combinado com o terra (TN-C) e há
sua separação em condutor neutro e condutor PE, feita no quadro de distribuição principal.
Globalmente, trata-se de um esquema TN-C-S, segundo a nota b) do item 6.3.5.2.2 de [19].
Segundo o item 6.3.5.2.3 de [19], este fluxograma é feito tanto para forma de
instalação do DPS classe I, instalado no quadro de distribuição geral como para os DPS’s
instalados ao longo da instalação. No caso ao longo da instalação temos um esquema TN-S
caracterizando um esquema 3 da figura. No quadro principal é adotado o esquema 2, já que
neste ponto o neutro ainda está combinado com o condutor de proteção.
Segundo o item 6.3.5.2.4 de [19] a seleção dos DPS’s ocorre de acordo com os
seguintes parâmetros:
• Nível de proteção (UP)
Segundo a alínea a) do item 6.3.5.2.4 de [19], o nível de proteção do DPS deve ser
compatível com a categoria II de suportabilidade a impulsos indicada na tabela 11.
Tabela 11: Suportabilidade a impulso exigível dos componentes da instalação. [19]
equipamentos alimentados entre fase e neutro (proteção diferencial), devem ter um nível de
proteção menor (ou seja, 1,5kV).
Segundo a alínea b) do item 6.3.5.2.4 de [19], este valor deve ser igual ou superior
aos valores da tabela 12.
Tabela 12: Valor mínimo de nível de proteção do DPS. [19]
Este dispositivo tem por finalidade proteger o circuito contra falhas no DPS e
correntes de curto-circuito no ponto em que for instalado. Tem a função de abertura para
manutenção ou troca do DPS. [24] O posicionamento do DPS é feito conforme a figura 15.
Esta ligação permite uma continuidade do serviço, mesmo com a falha do DPS, mas
deixa a instalação desprotegida durante a falha. Como a continuidade de serviço é mais
importante, este posicionamento é escolhido.
A corrente nominal do DP dos DPS’s são dimensionados da seguinte forma [24]:
• DPS Classe I: Acompanha o mesmo valor do disjuntor geral, para disjuntores com
corrente nominal até 63A. Para correntes nominais maiores fixa-se o disjuntor de
63A. Para a seção dos condutores de conexão é igual às seções dos alimentadores,
até o valor de 16mm². Para seções maiores, fixa-se em condutores de 16mm².
• DPS Classe II: Disjuntor com corrente nominal de 25A e os condutores de 4mm².
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Essa especificação deve ser feita de acordo com todos os parâmetros mostrados nos
itens 3.6.2 a 3.6.4. Foram escolhidos os parâmetros dos DPS’s da Clamper®. Segundo [25]
as especificações dos DPS são:
• DPS Classe I/II: VCL 275V 12,5/60kA Slim
• UP = 1,5kV
• UC = 275 V
• IIMP = 12,5kA
• IN = 30kA (máximo 60kA)
• ICC = 5kA
4.6. SIMPLIFICAÇÕES:
Neste item será apresentado o quadro de cargas que contém todo o resumo dos
dimensionamentos. Junto com o diagrama unifilar constitui as partes mais importantes do
projeto de instalações elétricas.
Como foi dito a instalação foi dividida em três setores. Os quadros foram nomeados
da seguinte forma:
• QDL- 1.1: Quadro do setor 1 do térreo;
• QDL-1.2: Quadro do setor 2 do térreo;
• QDL-1.3: Quadro do setor 3 do térreo;
• QDL- 2.1: Quadro do setor 1 do 1º pavimento;
• QDL- 2.2: Quadro do setor 2 do 1º pavimento;
• QDL-2.3: Quadro do setor 3 do 1º pavimento;
• QDL-3.1: Quadro do setor 1 do 2º pavimento;
• QDL-3.2: Quadro do setor 2 do 2º pavimento;
• QDL-3.3: Quadro do setor 3 do 2º pavimento;
• QDL-COBERTA: Quadro da coberta (barrilete);
Figura 16: Cabo Superastic Flex® da Prysmian® (Condutor isolado 750V) [20]
Além disso, a simbologia adotada para as seções dos condutores foi a seguinte:
• 3nA(B)TnC-0,6/1kV-1ØD”: Circuito trifásico três fases de seção de A mm², seção
do neutro de B mm² e seção do condutor terra de C mm². Classe de isolamento
0,6/1kV em 1 eletroduto de D polegadas.
• nE: Circuito monofásico com seção E, já que fase, neutro e terra possuem mesma
seção).
Na figura 20 é mostrado o diagrama unifilar do quadro do setor 3 do térreo.
Como é visto logo acima da figura, este quadro é alimentado por um CPG, que será
explicado posteriormente os motivos. Logo abaixo, segue a seção dos condutores do
alimentador, classe de isolamento e o eletroduto.
São mostrados os barramentos de neutro, de terra e das três fases. Seu
dimensionamento está baseado na máxima corrente de 144A. Este barramento é usado para
todos os quadros de distribuição de baixa tensão (380/220V), segundo [23].
No diagrama é mostrado o disjuntor geral do quadro. Há três barramentos, um para
cada fase e cada circuito ligado a um barramento (a cada fase). Cada circuito possui sua
numeração e as seções de seus condutores, seguindo o que já foi dimensionado no quadro
de cargas.
Este item faz um resumo de tudo que foi dito até então. Será tomado como base o
dimensionamento dos circuitos terminais do QDL-1.3. Os outros dimensionamentos são
feitos da mesma forma.
A potência de cada circuito foi feita com base em (6) e (7) para circuitos de
iluminação e tomadas de uso geral, respectivamente:
n
PN = ∑ n.P + n.P
i=1
L R . (6)
Onde:
• PN: Potência do circuito N;
• n: Número de luminárias e reatores;
• PL: Potências das luminárias;
• PR: Perdas dos reatores;
n
PN = ∑ n.P
i=1
T . (7)
Onde:
• PT: Potência atribuída às tomadas;
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Para o quadro QDL-1.3 que corresponde ao setor 3 do térreo foi feita a seguinte
divisão de circuitos:
• Circuito 1: Iluminação
Aplica-se a expressão (6):
• 12 luminárias de 2x32W;
P1 = 12.(2.32) + 12.3 = 804W
• Circuito 2: Iluminação
Aplica-se a expressão (6):
• 3 luminárias de 2x16W e 9 luminárias de 2x32W;
P2 = 3.(2.16) + 3.1 + 9.(2.32) + 9.3 = 702W
• Circuito 3: Iluminação
Aplica-se a expressão (6):
• 9 luminárias de 2x23W e 12 luminárias com 2x32W;
P3 = 9.(2.23) + 12.(2.32) + 12.3 = 1227W
• Circuito 4: Iluminação
Aplica-se a expressão (6):
• 15 luminárias de 2x16W e 3 luminárias 2x32W
P4 = 15.(2.16) + 3.(2.32) + 15.1 + 3.3 = 696W
• Circuito 5: Iluminação
Aplica-se a expressão (6):
• 8 luminárias de 2x32W
P5 = 8.(2.32) + 8.3 = 536W
• Circuito 6: Tomadas
Aplica-se a expressão (7):
• 7 tomadas de 100W
P6 = 7.100 = 700W
• Circuito 7: Tomadas
Aplica-se a expressão (7):
• 12 tomadas de 100W
P7= 12.100 = 1200W
• Circuito 8: Tomadas
42
Figura 21: Parte da tabela 33 da NBR 5410/2004, contendo o método de instalação 22. [19]
Figura 22: Parte da tabela 33 da NBR 5410/2004, contendo o método de instalação 24. [19]
Figura 23: Parte da tabela 33 da NBR 5410/2004, contendo o método de instalação 7. [19]
44
Para a saída do quadro QDL-1.3 mostrado na tabela 13, existem dez circuitos
terminais. Como foi dito anteriormente, foi adotado um condutor de terra para no máximo
quatro circuitos. Então se fixou um terra para os três primeiros circuitos, outro terra para os
três circuitos seguintes e um terra para os quatro circuitos restantes.
• Nº de condutores = 10 condutores de fase + 10 condutores de neutro + 3 condutores
de terra
• Nº de condutores = 23 condutores
Como já foi dito todos os condutores são de 2,5mm² (1n2,5(2,5)Tn2,5). Segundo a
tabela 14 a área de um condutor isolado de 2,5mm² é de 10,2mm².
• Área dos 23 condutores = 23.10,2 = 234,1mm²
A área da eletrocalha 50x50mm é de 2500mm². Aplicando a taxa de ocupação.
• Área de ocupação = 33% de 2500mm² = 825 mm²
A dimensão da eletrocalha é adequada para estes condutores. Para a saída do quadro
são usados eletrodutos. Para eletrodutos de ¾” a área, conforme a tabela 15 é de 356mm².
Aplicando a taxa de ocupação.
• Área de ocupação = 33% de 356mm² = 118 mm²
Observa-se que estes condutores não cabem num eletroduto de ¾”. O eletroduto de
1” tem uma área de 594mm² . Aplicando a taxa de ocupação.
• Área de ocupação = 33% de 594mm² = 196 mm²
Conclui-se que o eletroduto 1” também não comporta estes condutores. Para quatro
circuitos terminais (9 condutores) tem-se uma área de 91,6mm². Então será colocado um
46
eletroduto de 1” para cada quatro circuitos e outros dois eletrodutos para cada conjunto de 3
circuitos restantes, prevendo futuras ampliações.
4.11. CONSIDERAÇÕES
Percebe-se que os critérios adotados servem para tornar o trabalho mais objetivo.
Por exemplo, na divisão de circuitos foi adotado um limite de potência de 1200W para
circuitos de iluminação e 2400W para circuitos de TUG’s, para que a corrente não acarrete
num condutor de seção maior que 2,5mm².
Na divisão de circuitos houve a preocupação de fazer um zoneamento, tanto para
melhorar a seletividade como para limitar a distância do quadro aos pontos de utilização.
Foi visto que estes critérios atenderam aos objetivos esperados.
Os critérios utilizados para os condutos também tem como objetivo minimizar os
cálculos com segurança. Para circuitos terminais foi adotado o eletroduto de ¾” como
mínimo prevendo ampliações. Sua ocupação máxima é de 9 condutores de 2,5mm². Para
números de condutores maiores, passa para outros eletrodutos maiores.
Os disjuntores adotados também oferecem maior objetividade e segurança nos
dimensionamentos. A capacidade de curto-circuito é de 10kA, eliminando a necessidade de
dimensionamento de correntes de curto-circuito.
47
Da mesma forma que foi feito no projeto de tomadas de uso geral, a divisão de
circuitos é feita objetivando uma melhor seletividade, limitar a distância dos quadros aos
pontos de utilização. Dessa forma evita-se que o critério de queda de tensão sobreponha o
critério de capacidade de corrente.
Foi adotado como limite de potência dos circuitos 2400W, ou seja, para cada
circuito quatro tomadas para computadores e uma tomada para impressora no máximo.
No setor 2 de cada pavimento não existem a previsão para locação de computadores
já que é constituído de um hall, uma copa e banheiros. No setor 3 do 2º pavimento também
não é previsto a utilização de computadores pois se constitui de um auditório como visto
nas plantas em anexo.
Figura 26
Figura 27: Diagrama unifilar QFC-2.1
18, 67.14.15
DV% = → DV% = 1, 78%
10.220
Portanto o condutor atende a queda de tensão mínima.
Para a saída do quadro QFC-2.1 mostrado na tabela 17, existem doze circuitos
terminais. Para tomadas de computadores adota-se um condutor de terra exclusivo para
cada circuito devido à maior possibilidade de escoamento de correntes de falta.
• Nº de condutores = 12 condutores fase + 12 condutores neutro + 12 condutores terra
• Nº de condutores = 36 condutores
Como mostrado na tabela 17 todos os condutores são de 2,5mm² (1n2,5(2,5)Tn2,5).
Segundo a tabela 14 a área de um condutor isolado de 2,5mm² é de 10,2mm².
• Área dos 36 condutores = 36(10,2) = 367,2mm²
Aplicando a taxa de ocupação adotada do eletroduto de ¾”.
• Área de ocupação = 33% de 356mm² = 118mm²
54
Percebe-se que estes condutores não cabem no eletroduto de ¾”. Observando a área
de ocupação do eletroduto de 1”.
• Área de ocupação = 33% de 594mm² = 196mm²
Os condutores também não cabem no eletroduto de 1”. Dividindo em três grupos de
quatro circuito terminais (12 condutores).
• Área de 12 condutores = 12(10,2) = 122,1mm²
Prevendo a futura instalação de condutores dos circuitos de reserva adotou-se a
instalação de três eletrodutos de 1” com quatro circuitos terminais (12 condutores) cada um.
Para o perfilado tem-se um perfil de 38x38cm, ou seja, uma área transversal de
1444 mm². Ao aplicar a taxa de ocupação adotada e justificada no item 3.4.2 tem-se:
• Área de ocupação = 33% de 1444mm² = 476,5mm²
Portanto o perfilado é adequado para a passagem destes condutores. Lembrando que
na nota 3 da tabela 33 de [19], a instalação de condutores isolados em perfilados é
permitida seguindo as condições do item 6.2.11.4.1.
passa por outro sistema de bobinas absorvendo o calor do ambiente, ou seja, o gás frio
“joga” o calor interno para o ambiente, tornando-o refrigerado. [28]
A diferença do condicionador do tipo split é a separação das unidades
condensadoras e evaporadoras. A unidade evaporadora é externa, na qual possui a válvula
de expansão e a unidade condensadora, na qual possui o compressor, é externa. Essa á
vantagem do split. É um aparelho silencioso já que o compressor é externo. Outra vantagem
é o uso de compressores alternativos em vez dos compressores rotativos que diminui o
consumo de energia. Vem com o controle remoto para o controle à distância. A figura 29
mostra a unidade condensadora, a unidade evaporadora e o controle remoto.
O diagrama unifilar foi feito seguindo os mesmos critérios dos projetos anteriores.
A figura 30 mostra o diagrama unifilar do quadro QFAC 2.1.
Como foi dito é destinado para cada máquina um circuito. Assim para o setor 3 do
1º pavimento os circuitos foram divididos da seguinte forma:
• 1º Circuito: Condicionador Split de 36.000 BTU/h (ponto monofásico);
De acordo com a tabela 18:
• P1 = 3820 W
• 2º Circuito: Condicionador Split de 48.000 BTU/h (ponto trifásico);
De acordo com a tabela 18:
59
• P2 = 4890 W
• 3º Circuito: Condicionador Split de 36.000 BTU/h (ponto monofásico);
De acordo com a tabela 18:
• P3 = 3820 W
• 4º Circuito: Condicionador Split de 60.000 BTU/h (ponto trifásico);
De acordo com a tabela 18:
• Potência: 5350 W
• 5º Circuito: Condicionador Split de 48.000 BTU/h (ponto trifásico);
De acordo com a tabela 18:
• Potência: 4890 W
• 6º Circuito: Condicionador Split de 18.000 BTU/h (ponto monofásico);
De acordo com a tabela 18:
• Potência: 1890 W
• 7º Circuito: Condicionador Split de 60.000 BTU/h (ponto trifásico);
De acordo com a tabela 18:
• Potência: 3820 W
Para o circuito 4 deste quadro, a corrente nominal é obtida através de (2) com os
seguintes valores:
• Potência (W) = 5350W (como visto no item 6.6.2.)
• UC = 380V (circuito trifásico)
• FP = 0,8
• FS = 0,8
5350
I N(3φ ) = → I N(3φ ) = 12, 7A
3.380.0,8.0,8
60
7.1. ELEVADOR
Onde:
• PEL = Potência Elétrica em W;
• PMEC = Potência Mecânica em cv.
Onde:
• IM1 = Corrente nominal para motores de partida direta;
• IN = Corrente nominal do circuito.
63
Onde:
• IM2 = Corrente nominal para motores com chaves de partida;
Para o motor e análise a corrente nominal é obtida substituindo os valores em (9).
IM2 = 1,5.14,98 → I M2 = 22,47 A
Observa-se que nesse cálculo não foi considerado o rendimento do motor já que o
fator de segurança já cobre este valor.
Para a bomba de recalque aplica-se (1) e (9), para encontrar a corrente nominal para
o cálculo dos condutores.
736
I N1(RECALQUE) = → I N1(RECALQUE) = 5,97A
220.0,8.0, 7
I N(RECALQUE) = 1,8.5,97 → I N(RECALQUE) = 10,75A
Para a bomba de incêndio aplica-se (2) e (10), para encontrar a corrente nominal
para o cálculo dos condutores.
3680
I N1(INCÊNDIO) = → I N1(INCÊNDIO) = 9,98A
3.380.0,8.0, 7
I N = 9,98.1,8 → I N = 17,96 A
64
8. ALIMENTADORES
Nos itens anteriores foram descritos vários projetos que compõem o projeto elétrico.
Foram separados por causa da quantidade de cargas diferentes no edifício novo.
O dimensionamento dos circuitos terminais, os dispositivos de proteção foram
descritos anteriormente. Este item trata dos alimentadores dos quadros.
Os condutores utilizados são unipolares com classe de isolamento 0,6/1kV, com
isolamento em PVC 70ºC, encordoamento classe 5, antichama. A figura 31 mostra este
condutor. A tabela 21 mostra as dimensões dos cabos.
Figura 31: Cabo Sintenax Flex® da Prysmian® (Condutor unipolar 0,6/1kV) [21]
Tabela 20: Coeficiente de queda de tensão para condutores unipolares 70ºC em V.A/km. [29]
Neste caso as seções dos condutores terão a influência dos valores de curto-circuito.
Este critério é válido, pois os condutores que foram dimensionados para transportar
correntes de carga em regime normal tenham grandes dificuldades para transportar as
correntes de curto-circuito que podem chegar a 100 vezes a corrente de carga.
66
TE .ICS
SC = . (11)
234+TF
0,34. log
234+TI
Onde:
• ICS: corrente simétrica de curto-circuito, em kVA;
• TE: tempo de eliminação do defeito, em s;
• TF: temperatura máxima de curto-circuito suportada pela isolação do condutor, em
ºC (para isolação em PVC 160ºC);
• TL: temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de operação,
em ºC (para isolação em PVC 90ºC);
A corrente de curto-circuito é obtida através da sequência de cálculo [33]:
2
P P V
R UT = CU . B . NT . (13)
10.PNT PNT VB
Onde:
• RUT: Resistência do transformador;
• PCU: Perdas no cobre do transformador, em W;
• PNT: Potência nominal do transformador, em kVA;
• VNT: Tensão nominal do transformador, em kVA;
• VB: Tensão de base;
A impedância é dada por (14):
2
P V
Z UT = ZPT . B . NT . (14)
PNT VB
Onde:
• ZPT: Impedância percentual do transformador;
A reatância é dada por (15):
X UT = ZUT 2 − R UT 2 . (15)
8.2.1. SOLUÇÃO 1
De posse do preço dos cabos foi feito o orçamento como é mostrado na tabela 22.
70
Observa-se que para seções maiores o preço cresce de maneira bem significativa,
resultando em uma solução bem cara.
8.2.2. SOLUÇÃO 2
Para esta situação a seção dos alimentadores dos quadros diminuiu bastante, mas a
seção do alimentador deste CPG é grande, tornando a alternativa mais cara. A tabela 24
mostra o orçamento para esta solução. Observa-se que a segunda solução é mais barata que
a primeira já que a seção dos alimentadores dos quadros diminuiu e aumentou somente a
seção do alimentador do CPG.
72
8.2.3. SOLUÇÃO 3
Para esta solução a seção dos alimentadores de cada CPG diminuiu em relação à
seção do alimentador do CPG único. A tabela 28 mostra o custo para esta solução.
Tabela 28: Custo de implementação da terceira solução.
75
Portanto a melhor solução é a instalação de três CPG’s para cada tipo de carga
sendo alimentados pelo QGBT. Essa solução tem a vantagem de manter separadas as cargas
de diferentes tipos e diminuir as influências de umas sobre as outras.
a) Valores de base
Resistência = 0
Reatância
Aplica-se (12) com os seguintes valores:
VNP: 13,8kV;
ICP: 3500A .
1000
X US = → X US = 0,01195 .
3.13,8.3500
ZUS = j0,01195(pu).
A resistência e reatância são dadas por (16) e (17) com os seguintes valores:
• RUCΩ: 0,0958mΩ/m (Alimentador de 240mm²) [33];
• XUCΩ: 0,1070mΩ/m (Alimentador de 240mm²) [33];
• LC1: 3m
• NC1: 1
0,1868.5 1000
R UC1 = . 2
→ R UC1 = 0, 00647pu
1000.1 1000.0,38
0,1070.5 1000
X UC1 = . 2
→ X UC1 = 0, 0037pu
1000.1 1000.0,38
ZUC1 = 0,00647 + j0,0037 (pu).
Como há dois transformadores, essa impedância equivalente também é feita pelo
paralelismo das impedâncias acima.
ZUC1(EQ) = 0,003235 + j.0,0018 (pu).
0,5.5,27
SC = → SC = 30,8mm 2
234+160
0,34. log
234+70
Assim como previsto a seção maior foi determinada pelo critério de queda de
tensão. O critério de curto-circuito é usado principalmente para indústrias. Este critério foi
mostrado apenas para os alimentadores por simplificação de cálculo. Se este critério é
superado para os alimentadores, quanto mais para os circuitos onde a corrente de curto-
circuito é ainda mais minimizada.
80
9. SUBESTAÇÃO
O QGBT existente tem saída para cinco alimentadores que percorrem toda a
edificação. A figura 34 mostra o QGBT existente.
165000
Carga instalada = → Carga instalada = 235714W
0, 7
• Iluminação = 24703W
• Tomadas = 75594W
• Condicionadores de ar = 128299W
• Bombas = 7095W
9.2.1. PARCELA a
9.2.2. PARCELA b
9.2.3. PARCELA c
9.2.4. PARCELA d
• d = 14352W
9.2.5. PARCELA e
Refere-se aos elevadores. Há um elevador de 7,5 cv, como já foi visto. Segundo a
tabela 6 de [23] o fator de demanda para 1 elevador é de 0,8.
e = 0,8.7,5.736 → e = 4416W
9.2.6. PARCELAS f e g
9.4. ATERRAMENTO
10. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
[4] NISKIER, Júlio MACINTYRE,A.J., Instalações Elétricas.5 ed. Rio de Janeiro: Ed.
LTC, 2008
[6] CREDER, H.,Instalações Elétricas. 15ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2007
4619-8353-65720B0C9E05%7D_lampada%20fluorescente%2020%20e%2040%20w.jpg
[13] SILVA, M., Iluminação - Simplificando o Projeto. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. Ciência
Moderna, 2009;
93
no dia 17/05/10;
20/05/10;
[23] NT-002/2010;
dia 20/05/10;
sancasemisopor/arcondicionado_instalacao_split_arquivos/ArcondicionadoSplit.jpg -
94
dia 24/05/10;
ANEXOS
Projeto
Projeto
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Obra
Projeto
Projeto
Projeto
Projeto
Projeto
Projeto
Projeto
Projeto
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Projeto
Projeto
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