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3. Definição:
Equação diferencial é toda equação cujas incógnitas são funções e que contém pelo
menos uma derivada ou diferencial destas funções.
Exemplos:
dy
a) 3x 1 ou y ' 3x 1
dx
b) xdy ydx 0
d2y
c) y 0 ou y '' y 0
dx 2
2 4
d3y d2y
d) x y 3 1 2 ou x yy ''' 1 y ''
2 4
dx dx
2z 2z
e) 0
x 2 y 2
4. Classificação:
A função 𝑦 é denominada variável dependente e 𝑥 a variável independente.
Quando existe apenas uma variável independente, a equação é denominada ordinária
(quatro primeiros exemplos); quando há mais de uma variável livre, a equação é dita equação
diferencial de derivadas parciais (5º exemplo).
5. Ordem e Grau:
A ordem de uma equação diferencial é determinada pela ordem da derivada de mais
alta ordem contida na equação.
O grau da equação é o maior dos expoentes á que está elevada a derivada de mais alta
ordem contida na equação que deve está na forma racional inteira em relação às derivadas.
Exemplos:
d3y y
f) x 3 3 1
dx d y
dx 3
dy
g) x 2e y
dx
b) Solução Particular:
É a solução da equação deduzida da solução geral, atribuindo-se valores particulares às
constantes arbitrárias.
Ex.: Seja a solução geral do exemplo anterior, logo uma solução particular, seria
3
y x 2 x 3 , onde C = 3.
2
c) Solução Singular:
É a solução da equação, que não pode ser deduzida da solução geral, apenas alguns
tipos de equações apresentam essa solução.
Ex.: Seja a equação diferencial y '2 y 2 a 2 . É fácil ver que y = a é uma solução desta
equação, posto que, neste caso, 𝑦’ = 0 𝑒 0² + 𝑎² = 𝑎². Quanto à solução geral é 𝑦 =
𝑠𝑒𝑛(𝑥 + 𝐶)
Como se verá mais adiante, a solução 𝑦 = 𝑎, embora satisfaça a equação diferencial
proposta, não está inclusa na solução geral como simples caso particular. Exemplos de
soluções particulares são:
y sen x , (C = 0) y sen x , C e etc.
3 3
7. Curvas Integrais:
Geometricamente, a solução geral de uma equação diferencial representa uma família
de curvas que recebem o nome de curvas integrais. Essa solução denomina-se primitiva ou
integral da equação diferencial.
Exemplo:
dy
Seja a equação 2x .
dx
Sua solução y x 2 C fornece uma família de parábolas de concavidade voltada
para o eixo y positivo, como mostra a figura.
Exercícios
1) Sendo dadas as curvas seguintes, determinar para cada uma delas a equação diferencial
de menor ordem possível que não contenha nenhuma constante arbitrária.
3x 2
a) y x6
2
b) y c1 sen x c 2 cos x
c) y Cx 2
d) y C1 x 2 C2
f) y C1e3x C2 e 2 x
2) Obter a equação diferencial da família de círculos de raio 10, cujos centros estejam sobre
o eixo y.
3) Verificar que as seguintes funções são soluções das equações diferenciais indicadas:
3
a) y 2 x 8 , y xy ' y ' .
c) 4x 2 2 y 1 0 , xy '2 2 yy ' 4x 0 .
d) y 2 4 x , 2xy ' y .
dy
4) Mostrar que y 2x Ce x é a primitiva da equação diferencial y 2(1 x) e achar
dx
a solução particular relativa a x 0, y 3 i.e. a equação da curva integral que passa por
(0,3) .
2
dy
5) Mostrar que y c 2 cx é a primitiva da equação diferencial 4 x 2 x y 0
dy
dx dx
e achar as equações das curvas integrais que passam pelo ponto (1,2).
Exemplo: Encontre a solução geral e uma solução particular da equação 2 ydy sen xdx 0
para x e y 0.
2
Solução: Faça em seu caderno.
Que é uma equação de variáveis separadas da qual a primitiva pode ser obtida por
integração.
Exemplo: Encontre a solução geral da equação x xy dy y 1 x dx 0 .
Solução: Faça em seu caderno.
9. Problemas Geométricos-Aplicações.
Seja uma linha plana L. Em um ponto 𝑃(𝑥, 𝑦) dessa linha considere-se os chamados
segmentos notáveis, a saber:
L
𝑦
𝑃(𝑥, 𝑦)
T 𝑀 𝑁 𝑥
PT Comprimento da tangente.
PN Comprimento da normal
TM Comprimento da subtangente
MN Comprimento da subnormal
Da figura tem-se:
PM PM
tg TM
TM tg
y Comprimento da subtangente
TM
dy
dx
MN
tg MN PM .tg
PM Comprimento da subnormal
dy
MN y.
dx
2 2 2
PT PM TM
y2
PT y2 2
dy
dx
1
PT y 1 2
dy
dx
Comprimento da tangente
2 2 2
PN PM MN
2
dy
PT y y
2 2
dx
2
dy
PT y 1
dx
Comprimento da normal.
Exercícios
1. Dar a equação da curva que tem a subnormal constante.
2. Dar a equação das curvas que têm a subtangente constante.
. Trajetórias Ortogonais:
Duas famílias de curvas são denominadas trajetórias ortogonais quando todos os entes
de uma das famílias são cortados por cada ente da outra, segundo um ângulo reto.
Exemplo:
Determinar as trajetórias ortogonais às parábolas y 2 4 px para qualquer valor de p.
Solução:
Sabe-se o ângulo reto entre duas curvas é aquele formado com as tangentes no ponto
de contato.
Para que haja perpendicularismo a condição m1 .m 2 1 terá de ser obedecida, onde
m1 e m 2 representam as declividades das tangentes consideradas, ou seja, as derivadas das
curvas que se cruzam em ângulo reto.
dy
Assim sendo, chama-se m1 de , representando a declividade da família de
dx
parábolas, e m 2 de y’ representando a declividade das curvas ortogonais à família dada.
Pela relação m1 .m 2 1 , tem-se:
dy
y' 1
dx
Derivando a equação dada, y 2 4 px , tem-se:
2 ydy 4 pdx
dy 2 p
dx y
ydy 2 pdx
y
A relação m1 .m 2 1 mostra que y '
2p
y
Substituindo em y' p pelo seu valor obtido da equação y 2 4 px , tem-se:
2p
y 2x
y' 2
y'
y y
2.
4x
Separando as variáveis e integrando:
yy' 2 x 0
y2
x 2 C1 0
2
y 2 2x 2 C2 0
Donde se conclui, então que as curvas ortogonais às parábolas são elipses.
Problemas Práticos
1) Uma lancha se desloca numa lagoa com a velocidade de 10 m/s. Em dado instante seu
motor é desligado; a lancha sofre com isso uma redução de velocidade proporcional à
resistência da água. Sabendo-se que ao cabo de 5 s sua velocidade é de 8 m/s, qual será o
tempo necessário para que a lancha adquira velocidade de 1 m/s?
Solução: Faça em seu caderno.
2) Uma bola de golfe de massa 0,5 kg recebe uma tacada que lhe imprime uma velocidade
de 72 km/h. Supondo-se que a bola permanece em contato permanente com o chão e sabendo-
se que a força de atrito que atua sobre ela é de –5 N, qual a distância percorrida pela bola até
parar?
Solução: Faça em seu caderno.
Ex.: Verificar se as funções abaixo são homogêneas, em caso positivo, qual o seu grau?
a) f ( x, y) x 4 x 3 y
Solução: Faça em seu caderno.
yy
b) f ( x, y) e x
tg
x
Solução: Faça em seu caderno.
c) f ( x, y) x 2 sen x cos y
Solução: Faça em seu caderno.
b) x 2 y 2 dx xy 2 y 3 dy 0
c) x y 2 dx x y dy 0
b) xdy ydx x 2 y 2 dx 0
x x
x
c) 1 2e y dx 2e y 1 dy 0
y
d) 2 x 3 y dx y x dy 0
Resp.:
a) x 3 2 y 3 Cx
arcseny
b) Cx e x
x
c) x 2 ye y
C
x y
d) ln y 2 2 xy 2 x 2 4arctg
x
C.
dy M (mx ny a) mx ny a
f (1)
dx N ( px qy b) px qy b
Geometricamente interpretado este fato equivale a efetuar uma translação dos eixos
ao ponto O’( h, k ), intersecção das retas mx + ny + a = 0 e px + qy + b = 0, intersecção que
certamente existe quando o determinante 0 ( ver figura abaixo ). As retas ( 2 ) passam
assim pela origem do novo sistema XO’Y e as suas equações referidas a este sistema são
destituídas de constantes independentes, a saber, assumem a forma:
AX + BY = 0 A’X + B’Y = 0
Y
O’ X
Exemplo:
Determinar a primitiva da equação diferencial ( x + 2y –3 )dx - ( 2x + y –3 )dy = 0
Resp.: (𝑦 − 𝑥)3 = 𝐶(𝑦 + 𝑥 − 2)
podemos eliminar y e dy e ( 1a ) ; o resultado será uma equação a variáveis separáveis. Com efeito,
da relação dv = pdx + qdy, tiramos dy:
dv pdx
dy
q
e introduzimos este valor conjuntamente com v = px + qy em ( 1a ):
dv pdx rv a
f
qdx vb
multiplicando tudo por pdx, vem:
rv a
dv pdx f qdx
vb
rv a
ou isolando dv: dv p qf dx
v b
equação que apresenta as variáveis separadas e se reduz imediatamente a quadraturas.
Exemplo:
Determinar a solução geral das equações abaixo:
a) (2𝑥 − 3𝑦 + 1)𝑑𝑥 + (4𝑥 − 6𝑦 − 3)𝑑𝑦 = 0.
𝐑𝐞𝐬𝐩.: 7𝑥 + 14𝑦 + 5𝑙𝑛(14𝑥 − 21𝑦 − 3) = 𝐶
b) (2𝑥 − 𝑦 + 3)𝑑𝑥 + (4𝑥 − 2𝑦 + 7)𝑑𝑦 = 0
Resp.: 5𝑥 + 10𝑦 − 𝑙𝑛(10𝑥 − 5𝑦 + 17) = 𝐶
M N
Uma equação diferencial M (x, y)dx +N (x, y)dy = 0 é exata se e sua solução é
y x
P
dada por Mdx N y dy c , onde P = Mdx .
Exercício
Encontre a solução geral das equações diferenciais abaixo:
1 1 x 1 𝑥
1) 1 dx 2 1dy 0 Resp.: 𝑥 − 𝑦 − 𝑦 + ln(𝑥𝑦) = 𝑐
x y y y
2) ( x² - y² )dx – 2xydy = 0 Resp.: 𝑥 3 − 3𝑥𝑦 2 = 𝑐
4) e y dx ( xe y 2 y)dy 0 Resp. : xe y y 2 c
Fatores Integrantes
Seja Mdx + Ndy = 0 uma equação diferencial que não é exata. Um fator integrante é uma
função R de x, de y ou de x e y, tal que ao multiplicá-la pela equação diferencial obtemos uma nova
equação diferencial exata.
Suponha que R = R(x), seja um fator integrante, então: RMdx + RNdy = 0 é uma equação
diferencial exata. O que implicará:
( RM ) ( RN )
y x
M R N R
R M R N
y y x x
M N R
R R N
y x x
M N R
R N
y x x
1 M N dR
dx
N y x R
dR 1 M N
R
N y
dx
x
1 M N
ln R dx
N y x
Agora suponha que R = R(y), seja um fator integrante então RMdx + RNdy = 0 é uma
equação diferencial exata. De forma análoga a anterior concluiremos:
1 N M
ln R dy
M x y
Exercício
Exemplos:
dy
1) xy e x
dx
dy
2) y 2 e2x
dx
3) y ' yy' 2 x
Se Q = Q(x) = 0, então a equação é chamada equação homogênea ou incompleta.
dy
Observe que se Py 0 , então multiplicando esta equação por dx, obtemos:
dx
dy Pydx 0
dy Pydx
dy
y Pdx
ln y Pdx c
ye
Pdx c
y e .e c
Pdx
y C.e
Pdx
dy 2
1) y0
dx x
Resp.: 𝑦 = 𝑐𝑥²
dy 2
2) x 2 y0
dx x
−1
Resp.: 𝑦 = 𝑐𝑥 ⁄𝑥²
Se Q = Q (x ) 0, então a equação diferencial é chamada completa. Assim:
dy
Py Q (x) .dx
dx
dy + Py dx = Qdx
dy + (Py – Q)dx = 0
(Py – Q)dx + dy = 0 (*)
ln R P 0dx
1
1
ln R Pdx
R e
Pdx
M
P . e
Pdx
De fato,
y
N Pdx u ( x )
e
x x
e
x
u ( x) Pdx u’( x ) = P
N
P.e
Pdx
x
M N
, logo:
y x
P
u ( x, y ) Mdx N dy
y
Py e dx + e dy = Q e dy
Pdx Pdx Pdx
Observe que:
d(y e ) = dy e + yd ( e )
Pdx Pdx Pdx
= dy e + yP e dx
Pdx Pdx
= Py e dx + e dy
Pdx Pdx
Portanto, teremos:
d(y e ) = Q e dx
Pdx Pdx
Integrando fica:
) Qe
d ( ye
Pdx Pdx
dx
y e = [ Qe
Pdx Pdx
dx + C]
y = e .[ Qe dx + C]
Pdx Pdx
Equação de Bernoulli
1 𝑑𝑧
+ 𝑃𝑧 = 𝑄
1−𝑛 𝑑𝑥
que é uma equação linear de 1ª ordem em z, que pode ser resolvida de acordo com o método anterior.
Uma vez achada a função z, obtemos a partir da relação inicial z y1n :
y z1/ 1n
𝑥 1 1
Resp.: 1) 𝑦 = 2) = +𝑐
𝑐−2𝑥² 𝑥𝑦 2𝑥²
Exercícios
1) Encontre a solução geral das equações diferenciais abaixo:
a) (2𝑥 − 𝑦 + 3)𝑑𝑥 + (4𝑥 − 2𝑦 + 7)𝑑𝑦 = 0 Resp.: 5𝑥 + 10𝑦 − ln(10𝑥 − 5𝑦 + 17) = 𝑐
𝑥−1
a) (𝑥 + 𝑦 + 2)𝑑𝑥 − (𝑥 − 𝑦 − 4)𝑑𝑦 = 0 Resp.: 𝑙𝑛[(𝑥 − 1)2 + (𝑦 + 3)2 ] + 2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 𝑦+3 = 𝑐
2) Verificar se são exatas as seguintes diferenciais e, caso afirmativo, obter a sua solução:
a) 𝑥𝑦²𝑑𝑥 − (2 − 𝑥 2 𝑦)𝑑𝑦 = 0 Resp.: 4𝑦 − 𝑥²𝑦² = 𝑐
b) (𝑥³ + 𝑦³)𝑑𝑥 + 3𝑥𝑦²𝑑𝑦 = 0 Resp.: 𝑥 4 + 4𝑥𝑦³ = 𝑐
c) (𝑥² − 𝑦²)𝑑𝑥 − (2𝑥𝑦 − 3)𝑑𝑦 = 0 Resp.: 𝑥³ + 9𝑦 − 3𝑥𝑦² = 𝑐
d) 2𝑥𝑒 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑥²𝑒 𝑦 𝑑𝑦 = 0 Resp.: 𝑥²𝑒 𝑦 = 𝑐
e) (1 + 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥)𝑑𝑥 + (1 − 𝑐𝑜𝑠𝑥)𝑑𝑦 = 0 Resp.:𝑥 + 𝑦 − 𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑐
Grupamentos Integráveis
Ocorrem frequentemente, na prática, certos grupamentos diferenciais facilmente
integráveis, mediante a introdução de um fator integrante determinado por tentativa. A
eficácia deste recurso depende essencialmente da segurança no manejo de certos diferenciais
clássicos:
Assim dada a equação diferencia ydx xdy 0 . E tendo presente que
x ydx xdy
d 2
, podemos concluir imediatamente que 1 y 2 é um fator integrante da
y y
ydx xdy x x
equação proposta, e escrever: 2
d 0 , integrando, temos: C ou x Cy
y y y
que é uma solução geral procurada.
O mesmo resultado, naturalmente, se obteria por separação das variáveis. Sucede,
porém, que o método empregado se estende a métodos mais complicados. Seja por exemplo
a equação: ( x 2 sen x y)dx xdy 0 , abrindo o parênteses, temos:
x 2 sen xdx ydx xdy 0 , onde se encontra ao lado do grupo anterior, uma função de x
unicamente. É fácil ver que 1 y 2 não é fator integrante desta equação, embora o seja do grupo
ydx - xdy isoladamente. Mas este grupo admite ainda o fator integrante 1 x 2 , posto que
y xdy ydx ( ydx xdy)
d
x
2
x x2
este fator não destrói a integrabilidade do termo restante x 2 sen xdx . Multiplicando a equação
por 1 x 2 , vem:
( ydx xdy) ( xdy ydx) y
sen xdx 0 ou sen xdx ou ainda d sen xdx .
x2 x2 x
y
Donde, integrando: cos x C ou y Cx x cos x
x
As seguintes integrais nos sugerem alguns fatores integrantes notáveis:
1. d ( xy) xdy ydx
y xdy ydx
2. d
x x2
x ydx xdy
3. d
y y2
4. d ( x 2 y 2 ) 2xdx 2 ydy
y xdy ydx
5. d arctg 2
x x y2
y xdy ydx
6. d arcsen
x x x2 y2
7. d ln x 2 y 2
2 xdx 2 ydy
x2 y2
x y 2 ydx 2 xdy
8. d ln
x y x2 y 2
x y 2 xdy 2 ydx
9. d
x y x y 2
x y 2 ydx 2 xdy
10. d
x y x y 2
11. d x m y n mx m1 y n dx nxm y n1dy
1 ydx xdy
12. d
xy x2 y2
x ydx xdy
13. d ln
y xy
Exercício
temperatura
temperatura
inicial
Temperatura da sala
tempo
Temperatura do café em função do tempo
Exemplos:
1) Quando é cometido um assassinato, o corpo, originalmente a 37ºC, esfria de acordo com
a Lei do Resfriamento de Newton. Suponha que após duas horas a temperatura seja de
35ºC, e que a temperatura ambiente permaneça constante e igual a 20ºC.
a) Determine a temperatura, H, do corpo em função de t, o tempo em horas desde que o
assassinato foi cometido.
b) Esboce o gráfico da temperatura em função do tempo.
c) O que acontece a longo prazo com a temperatura? Mostre isto no gráfico e algebricamente.
d) Se o corpo foi encontrado as 4 horas da tarde com a temperatura de 30ºC, quando o
assassinato foi cometido?
1º Tipo: y" f ( y )
Solução:
Multiplica-se ambos os membros por 2y’. Isto é:
2 y '. y"2 y ' f ( y )
d dy
( y'2 ) 2 f ( y) . dx
dx dx
d ( y'2 ) 2 f ( y)dy , integrando-se ambos os membros, tem-se:
d ( y' ) 2 f ( y)dy
2
y ' 2 f ( y )dy C1
dy
2 f ( y)dy C1
dx
dy
dx , integrando, fica:
2 f ( y )dy C1
dy
x C2
2 f ( y)dy C1
k2
Ex: r ( r 0 para r ) k cte r r (t )
r2
Resolução:
d 2r k2 k2
ou r "
dt 2 r2 r2
k2
r . 2r
r2
2rk 2
2rr 2
r
d 2 2k 2 dr
(r ) 2 . . dt
dt r dt
2k 2
r 2 dr
2
d (
r )
1
r ' 2 2k 2 . C1
r
2
2k
r'2 C1 C1 0 p/ r ' 0 e p / r
r
2k 2
r '2
r
2k 2
r '
r
dr k 2
dt r
r dr k 2dt
3 32
r k 2dt C2
2
2
2 2
r r k 2t C 2
3
4 3
r 2k 2 t 2 2 2kt C22
9
9
r 3 k 2 t 2 C '1 t C ' 2
2
Solução:
d 2x dx
2
4 0
dt dt
d 2x dx
2
4
dt dt
dx dx
x" 4 x
dt dt
dx
dt , integrando fica:
4 x
1 dx 1
t C1 t ln x C1
4 x 4
4t 4C1 ln x
x e 4t 4C
1
dx
e 4t 4C1
dt
dx e 1 dt
4t 4C
1
x e 4 t 4 C 2 C3
4
x C.e 4t C3
dy
y 2 C1
dx
dy
y 2 C1 dx
1 y
arctg x C2
C1 C1
y
arctg C1 x C1 C 2
C1
y
tg (Cx C3 )
C1
y C4 tg(Cx C3 )
4º Tipo: y" f ( x)
dy'
y" f ( x)
dx
dy' f ( x)dx
y' f ( x)dx C1
dy
dx
f ( x)dx C1
dy f ( x)dx C1 dx
y f (x)dx C x C
1 2
Ex: y" 3 x
Resolução:
dy'
3x
dx
dy' 3xdx
3x 2
y' C1
2
dy 3x 2
C1
dx 2
3x 2
dy 2 C1 dx
x3
y C1 x C 2
2
r1 m ni e r2 m ni
parte imaginária
parte real
d 2 g
Exemplo: Encontre a solução de 2
dt l
d g
2
g
Solução: 2
0 . Façamos k 2 , temos:
dt l l
d 2
2
k 2 0 "k 2 0
dt
Sua equação característica será:
r 2 k 2 0 r k 2 r 1 k 2 r ik
r1 ki m ni m 0 e n k
r1 ki m ni m 0 e n k
e mt A cos nt B sennt e0 A cos kt Bsenkt A cos kt Bsenkt
3º Caso: b 2 4c 0
A equação característica possui raiz dupla, isto é, r1 r2 . Neste caso,
b b 2 4c b b
r r1 e r2
2 2 2
𝑏
Assim uma solução particular é 𝑦1 = 𝑒 −2𝑥 .
Para determinar outra solução L.I, podemos usar a fórmula:
(*) 𝑦1 𝑦 ′ − 𝑦1 𝑦 = 𝑐. 𝑒 − ∫ 𝑃𝑑𝑥 , onde 𝑦 é a solução a determinar.
𝑏 𝑏 𝑏
𝑦1 = 𝑒 −2𝑥 ⟹ 𝑦1′ = − 𝑒 −2𝑥
2
− ∫ 𝑃𝑑𝑥 = − ∫ 𝑏𝑑𝑥 = −𝑏𝑥
Substituindo estes valores na equação (*), temos:
𝑏 𝑏 𝑏 𝑏
𝑒 −2𝑥 𝑦 ′ + 𝑒 −2𝑥 𝑦 = 𝑐. 𝑒 −𝑏𝑥 ∶ 𝑒 −2 𝑥
2
𝑏 𝑏
− 𝑥
𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑐 𝑒⏟ 2 (∗∗)
⏟2 𝑄′
𝑃′
Para determinar a solução 𝑦 independente de 𝑦1 , basta resolver a equação (**). Assim:
𝑦 = 𝑒 − ∫ 𝑃′𝑑𝑥 . [∫ 𝑄′𝑒 ∫ 𝑃′𝑑𝑥 𝑑𝑥]
𝑏 𝑏 𝑏
𝑦 = 𝑒 −2𝑥 . [∫ 𝑐𝑒 −2 𝑥 𝑒 2𝑥 𝑑𝑥]
𝑏
𝑦 = 𝑒 −2𝑥 [∫ 𝑐𝑑𝑥]
𝑏
𝑦 = 𝑒 −2𝑥 𝑐𝑥
𝑏
𝑦 = 𝑐𝑥𝑒 −2 𝑥
Portanto a solução geral será dada por:
𝑏 𝑏
𝑦 = 𝐶1 𝑒 −2𝑥 + 𝑐𝑥𝑒 −2𝑥
𝑏
𝑦 = (𝐶1 + 𝐶2 𝑥)𝑒 −2𝑥
Exemplo:
Encontre a solução de 𝑦 ′′ + 6𝑦 ′ + 9𝑦 = 0.
Solução:
Sua equação característica é: 𝑟 2 + 6𝑟 + 9 = 0. Resolvendo esta equação do 2º grau,
obtemos:
𝑟1 = −3 e 𝑟2 = −3, que recai no nosso 3º caso, logo a solução geral é dada por:
𝑏
𝑦 = (𝐶1 + 𝐶2 𝑥)𝑒 −2𝑥 , onde 𝑏 = 6, assim:
𝑄𝑦1
𝐾2 = ∫ 𝑑𝑥 + 𝐶2
𝑤
Substituindo os valores de 𝐾1 e 𝐾2 na equação 𝑦𝑝 = 𝐾1 𝑦1 + 𝐾2 𝑦2 , obtemos:
−𝑄𝑦2 𝑄𝑦1
𝑦 = (∫ 𝑑𝑥 + 𝐶1 ) 𝑦1 + (∫ 𝑑𝑥 + 𝐶2 ) 𝑦2
𝑤 𝑤
𝑄𝑦2 𝑄𝑦1
𝑦 = −𝑦1 ∫ 𝑑𝑥 + 𝐶1 𝑦1 + 𝑦2 ∫ 𝑑𝑥 + 𝑦2 𝐶2
𝑤 𝑤
𝑄𝑦2 𝑄𝑦1
𝑦 = −𝑦1 ∫ 𝑑𝑥 + 𝑦2 ∫ 𝑑𝑥 + 𝑦1 𝐶1 + 𝑦2 𝐶2
𝑤 𝑤
𝑦 = 𝑦𝑝 + 𝑦ℎ , que é a solução geral da equação linear completa.
Exemplo:
Encontre a solução da equação 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 5𝑦 = 2𝑒 −𝑥 .
Solução:
1º passo:
Encontrar a solução da equação homogênea 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 5𝑦 = 0.
𝑟 2 + 2𝑟 + 5 = 0 ⟶ Equação característica
𝑟1 = −1 + 2𝑖 e 𝑟2 = −1 − 2𝑖
𝑚 = −1 e 𝑛 = 2
A solução neste caso é dado por:
𝑚𝑥 [𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑚𝑥)
𝑦=𝑒 + 𝐵𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥)], logo:
𝑦 = 𝐴𝑒 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + 𝐵𝑒 −𝑥 𝑠𝑒𝑛2𝑥, onde:
−𝑥
𝑦1 = 𝑒 −𝑥 𝑐𝑜𝑠2𝑥 e 𝑦2 = 𝑒 −𝑥 𝑠𝑒𝑛2𝑥
Solução:
𝑟 3 + 2𝑟 2 + 𝑟 + 2 = 0 (Equação característica)
𝑟 2 (𝑟 + 2) + 1(𝑟 + 2) = 0
⟺ (𝑟 2 + 1)(𝑟 + 2) = 0
2
⟺ 𝑟 + 1 = 0 ou 𝑟 + 2 = 0
⟺ 𝑟 2 = −1 ou 𝑟 = −2
⟺ 𝑟 = −𝑖 ou 𝑟 = 𝑖 ou 𝑟 = −2
Então 𝑟1 = −𝑖, 𝑟2 = 𝑖 e 𝑟3 = −2.
Assim:
𝑦1 = 𝐶1 𝑒 𝑟1 𝑥 = 𝐶1 𝑒 −𝑖𝑥 = 𝐶1 (𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥) = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝐶1 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑦2 = 𝐶2 𝑒 𝑟2 𝑥 = 𝐶2 𝑒 𝑖𝑥 = 𝐶2 (𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥) = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝐶1 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑦3 = 𝐶3 𝑒 −2𝑥
2) 𝑦 ′′′ + 6𝑦 ′′ + 12𝑦 ′ + 8𝑦 = 0;
Solução:
𝑟 3 + 6𝑟 2 + 12𝑟 + 8 = 0 (Equação característica)
Exercício
Encontre as soluções gerais das equações diferenciais lineares abaixo:
a) 𝑦 ′′′ − 7𝑦 ′′ + 12𝑦 ′ = 0;
b) 𝐷2 (2𝐷 − 1)(𝐷 + 1)3 𝑦 = 0;
c) (𝐷4 + 2𝐷3 − 𝐷2 − 2𝐷)𝑦 = 0;
d) (𝐷5 − 12𝐷3 + 16𝐷 2 )𝑦 = 0;
e) 4𝑦 ′′′ − 12𝑦 ′′ + 21𝑦 ′ − 26𝑦 = 0;
Respostas:
a) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 𝑥 + 𝐶3 𝑒 4𝑥 .
𝑥
b) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 2 + 𝑒 −𝑥 (𝐶4 + 𝐶5 𝑥 + 𝐶6 𝑥 2 ).
c) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 𝑥 + 𝐶3 𝑒 −𝑥 + 𝐶4 𝑒 −2𝑥 .
d) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 −4𝑥 + (𝐶4 + 𝐶5 𝑥)𝑒 2𝑥 .
𝑥
e) 𝑦 = 𝑒 2 (𝐴𝑐𝑜𝑠√3𝑥 + 𝐵𝑠𝑒𝑛√3𝑥) + 𝐶𝑒 2𝑥 .
Já a solução geral da equação diferencial de ordem 𝑛 completa é dada por:
𝑦 = 𝑦𝑝 + 𝑦ℎ , onde 𝑦ℎ é a solução da equação homogênea (incompleta) e 𝑦𝑝 é a solução
particular da equação completa.
Para calcular a solução particular 𝑦𝑝 usaremos o método de Descartes que tem-se três
casos a considerar:
1º caso: 𝑄 é um polinômio inteiro em 𝑥 do grau 𝑚, logo 𝑦𝑝 será um polinômio inteiro em 𝑥,
do grau 𝑚 + ℎ, sendo ℎ a ordem da derivada de menor ordem contida na equação:
Exemplo:
Encontre a solução geral da equação linear 𝑦 ′′′ − 4𝑦 ′ = 1 − 3𝑥.
Solução:
Cálculo de 𝑦ℎ .
𝑦 ′′′ − 4𝑦 ′ = 0
𝑟 3 − 4𝑟 = 0 ⟺ 𝑟(𝑟 2 − 4) = 0
⟹ 𝑟1 = 0, 𝑟2 = 2 e 𝑟3 = −2
𝑦1 = 𝐶1 𝑒 0𝑥 = 𝐶1
𝑦2 = 𝐶2 𝑒 2𝑥
𝑦3 = 𝐶3 𝑒 −2𝑥
Logo:
𝑦ℎ = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 2𝑥 + 𝐶3 𝑒 −2𝑥
Agora 𝑦𝑝 = 𝐴𝑥 2 + 𝐵𝑥 + 𝐶, já que 𝑄 é do 1º grau e a menor ordem da derivada que
aparece na equação é 1, isto é, 𝑚 = 1 e ℎ = 1 ⟹ 𝑚 + ℎ = 2 (2º grau).
Derivando 𝑦𝑝 tem-se:
𝑦𝑝′ = 2𝐴𝑥 + 𝐵
𝑦𝑝′′ = 2𝐴
𝑦𝑝′′′ = 0
Substituindo 𝑦′′′ e 𝑦′′ na equação 𝑦 ′′′ − 4𝑦 ′ = 1 − 3𝑥, temos:
0 − 8𝐴𝑥 − 4𝐵 = 1 − 3𝑥
⟺ −4𝐵 − 8𝐴𝑥 = 1 − 3𝑥
Usando igualdade de polinômios, temos:
1
−4𝐵 = 1 ⟺ 𝐵 = −
4
3
−8𝐴 = −3 ⟺ 𝐴 = 8
Substituindo os valores de 𝐴 e 𝐵 em 𝑦𝑝 , temos:
3 1
𝑦𝑝 = 𝑥 2 − 𝑥 + 𝐶
8 4
Assim a solução geral 𝑦 = 𝑦𝑝 + 𝑦ℎ será:
3 1
𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 2𝑥 + 𝐶3 𝑒 −2𝑥 + 𝑥 2 − 𝑥 + 𝐶
8 4
2º caso:
𝑦𝑝 é da forma 𝐴𝑥 ℎ 𝑒 𝑘𝑥 , onde ℎ é o grau de multiplicidade de 𝑘 como raiz da equação
característica.
Exemplo:
Encontre a solução geral da equação 𝑦 ′′ − 7𝑦 ′ + 12𝑦 = 3𝑒 −𝑥 .
Solução:
Cálculo de 𝑦ℎ .
𝑦 ′′ − 7𝑦 ′ + 12𝑦 = 0
𝑟 2 − 7𝑟 + 12 = 0 (Equação característica)
⟹ 𝑟1 = 3 e 𝑟2 = 4
Logo:
𝑦ℎ = 𝐶1 𝑒 3𝑥 + 𝐶2 𝑒 4𝑥
𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 −𝑥 , uma vez que ℎ = 0, pois −1 não é raiz da equação característica.
Derivando 𝑦𝑝 tem-se:
𝑦𝑝′ = −𝐴𝑒 −𝑥
𝑦𝑝′′ = 𝐴𝑒 −𝑥
Substituindo 𝑦𝑝′′ , 𝑦𝑝′ e 𝑦𝑝 na equação 𝑦 ′′ − 7𝑦 ′ + 12𝑦 = 3𝑒 −𝑥 , temos:
𝐴𝑒 −𝑥 + 7𝐴𝑒 −𝑥 + 12𝐴𝑒 −𝑥 = 3𝑒 −𝑥
⟺ 20𝐴𝑒 −𝑥 = 3𝐴𝑒 −𝑥
3
⟺ 20𝐴 = 3 ⟺ 𝐴 =
20
3 −𝑥
Assim: 𝑦𝑝 = 20 𝑒 .
Portanto a solução geral será:
3 −𝑥
𝑦 = 𝐶1 𝑒 3𝑥 + 𝐶2 𝑒 4𝑥 + 𝑒
20
3º caso:
𝑄 é da forma 𝑠𝑒𝑛𝐾𝑥 ou 𝑐𝑜𝑠𝐾𝑥.
𝑦𝑝 será da forma (𝐴𝑠𝑒𝑛𝐾𝑥 + 𝐵𝑐𝑜𝑠𝐾𝑥)𝑥 ℎ , onde ℎ indica o grau de multiplicidade da
raiz imaginária 𝐾𝑖 como raiz da equação característica.
Exemplos:
𝑑4 𝑦 𝑑2 𝑦
2) 𝑑𝑥 4 − 4 𝑑𝑥 2 = 8𝑠𝑒𝑛4𝑥;
Solução:
Cálculo de 𝑦ℎ :
𝑦 ′′′′ − 4𝑦 ′′ = 0
𝑟 4 − 4𝑟 2 = 0 (Equação característica)
⟹ 𝑟1 = 𝑟2 = 0, 𝑟3 = −2 e 𝑟4 = 2
⟹ 𝑦ℎ = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 −2𝑥 + 𝐶4 𝑒 2𝑥
𝑦𝑝 = (𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥)𝑥 0 , pois ℎ = 0 já que a equação característica não apresenta a raiz
imaginária 4𝑖 (𝑘 = 4).
Assim:
𝑦𝑝 = 𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥 derivando tem-se:
𝑦𝑝′ = 4𝐴𝑐𝑜𝑠4𝑥 − 4𝐵𝑠𝑒𝑛4𝑥
𝑦𝑝′′ = −16𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 − 16𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥
𝑦𝑝′′′ = −64𝐴𝑐𝑜𝑠4𝑥 + 64𝐵𝑠𝑒𝑛4𝑥
𝑦𝑝′′′′ = 256𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 256𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥
Substituindo os valores encontrados na equação dada temos:
256𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 256𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥 − 4(−16𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 − 16𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥) = 8𝑠𝑒𝑛4𝑥
256𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 256𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥 + 64𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 64𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥 = 8𝑠𝑒𝑛4𝑥
320𝐴𝑠𝑒𝑛4𝑥 + 320𝐵𝑐𝑜𝑠4𝑥 = 8𝑠𝑒𝑛4𝑥
320𝐴 = 8 1
{ ⟹𝐴= e𝐵 =0
320𝐵 = 0 40
1
Logo 𝑦𝑝 = 40 𝑠𝑒𝑛4𝑥.
1
𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 −2𝑥 + 𝐶4 𝑒 2𝑥 + 𝑠𝑒𝑛4𝑥
40
Exercício
Determine a solução geral das seguintes equações:
a) 𝑦 ′′′ − 2𝑦 ′′ = 3𝑥 2 − 2𝑥 + 1;
b) 𝑦 (4) − 4𝑦 (2) = 3𝑥 3 − 2𝑥 + 1;
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
c) 𝑑𝑥 2 − 7 𝑑𝑥 + 10𝑦 = 8𝑒 2𝑥 ;
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
d) 𝑑𝑥 2 − 4 𝑑𝑥 + 4𝑦 = 8𝑒 2𝑥 ;
𝑑3 𝑦 𝑑𝑦
e) 𝑑𝑥 3 − 4 𝑑𝑥 = 12𝑠𝑒𝑛2𝑥;
f) 𝑦 (4) − 2𝑦 (2) + 𝑦 = 4𝑠𝑒𝑛𝑥.
Respostas:
𝑥4 𝑥3 3𝑥 2
a) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 2𝑥 − − 12 − .
8 8
3𝑥 5 5𝑥 3 𝑥2
b) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑒 −2𝑥 + 𝐶4 𝑒 2𝑥 − − − ;
80 48 8
8
c) 𝑦 = 𝐶1 𝑒 2𝑥 + 𝐶2 𝑒 5𝑥 − 3 𝑥𝑒 2𝑥 ;
d) 𝑦 = 𝐶1 𝑒 2𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 2𝑥 4𝑥 2 𝑒 2𝑥 ;
3
e) 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 −2𝑥 + 𝐶3 𝑒 2𝑥 + 4 𝑐𝑜𝑠2𝑥;
𝑥2
f) 𝑦 = − 𝑠𝑒𝑛𝑥 + (𝐶1 + 𝐶2 𝑥)𝑐𝑜𝑠𝑥 + (𝐶3 + 𝐶4 𝑥)𝑠𝑒𝑛𝑥.
2
A Transformada de Laplace
Nos últimos anos, a transformada de Laplace tem sido utilizada em muitas aplicações
na resolução de certos tipos de equações diferenciais, embora seu uso seja até certo ponto
limitado.
A transformada de Laplace de uma função 𝑓, que representamos por 𝐿[𝑓], é definida
por:
∞
* 𝐿[𝑓] = ∫0 𝑒 −𝑝𝑥 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
É claro que 𝐿[𝑓] existirá quando for convergente a integral imprópria *. Assim,
existindo a integral *, 𝐿[𝑓] será uma função de 𝑝.
Vejamos algumas transformadas de Laplace:
1
𝑓(𝑥) = 1, 𝐿[𝑓] = , 𝑝 > 0
𝑝
1
𝑓(𝑥) = 𝑥, 𝐿[𝑓] = 2 , 𝑝 > 0
𝑝
𝑎
𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑎𝑥), 𝐿[𝑓] = 2 ,𝑝 > 0
𝑝 + 𝑎2
𝑝
𝑓(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑎𝑥), 𝐿[𝑓] = 2 ,𝑝 > 0
𝑝 + 𝑎2
1
𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑎𝑥 , 𝐿[𝑓] = ,𝑝 > 𝑎
𝑝−𝑎
𝑛!
𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑛 , 𝐿[𝑓] = , 𝑛 inteiro positivo
𝑝𝑛+1
Estes resultados são facilmente obtidos fazendo aplicação direta da definição da
transformada de Laplace.
Exemplo:
Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥, calcule 𝐿[𝑓].
Solução:
∞
Por definição 𝐿[𝑓] = ∫0 𝑒 −𝑝𝑥 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, então:
∞
𝐿[𝑓] = ∫ 𝑒 −𝑝𝑥 𝑥𝑑𝑥
0
−𝑝𝑥
𝑥𝑒 −𝑝𝑥 𝑒 −𝑝𝑥 𝑥𝑒 −𝑝𝑥 1 𝑒 −𝑝𝑥 𝑥𝑒 −𝑝𝑥 1 −𝑝𝑥
∫⏟𝑥 𝑒⏟ 𝑑𝑥 = − +∫ 𝑑𝑥 = − + . =− − 2.𝑒
𝑢 𝑑𝑣
𝑝 𝑝 𝑝 𝑝 −𝑝 𝑝 𝑝
𝑥 1 −𝑝𝑥
= (− − 2 ) 𝑒
𝑝 𝑝
𝑢 = 𝑥 ⟹ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
−𝑝𝑥
𝑒 −𝑝𝑥
𝑑𝑣 = 𝑒 ⟹𝑣=
−𝑝
Logo:
∞
−𝑝𝑥
𝑥 1 −𝑝𝑥 +∞ 1 1
∫ 𝑒 𝑥𝑑𝑥 = (− − 2 ) 𝑒 | = 0 − (− 2 ) = 2
0 𝑝 𝑝 0
𝑝 𝑝
Assim:
1
𝐿[𝑓] = 2 , 𝑝 > 0
𝑝
Segue-se da definição da transformada de Laplace, que se 𝐶1 e 𝐶2 forem constantes,
e se 𝐿[𝑓1 ] e 𝐿[𝑓2 ] existem, então: 𝐿[𝐶1 𝑓1 + 𝐶2 𝑓2 ] = 𝐶1 𝐿[𝑓1 ] + 𝐶2 𝐿[𝑓2 ], isto é, a transformada
de Laplace é um operador linear. Assim, se 𝐾 for uma constante qualquer, 𝐿[𝐾] = 𝐾𝐿[1] =
𝐾 𝑛] 𝑛] 𝐾𝑛!
, 𝑝 > 0 e 𝐿[𝐾𝑥 = 𝐾𝐿[𝑥 = (𝑝 > 0, 𝑛 inteiro positivo).
𝑝 𝑝𝑛+1
Analogamente,
3 2
𝐿[3𝑥 + 2] = 3𝐿[𝑥] + 2𝐿[1] = + ,𝑝 > 0
𝑝2 𝑝
Exemplos:
1) Resolver 𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ + 2𝑦 = 𝑠𝑒𝑛2𝑥, 𝑦(0) = 1 e 𝑦 ′ (0) = 1.
Solução:
𝐿[𝑦′′] − 3𝐿[𝑦′] + 2𝐿[𝑦] = 𝐿[𝑠𝑒𝑛2𝑥]
2
𝑝2 𝐿[𝑦] − [𝑦′(0) + 𝑝𝑦(0)] − 3[𝑝𝐿[𝑦] − 𝑦(0)] + 2𝐿[𝑦] =
𝑝2 +4
2
𝐿[𝑦](𝑝2 − 3𝑝 + 2) − (1 + 𝑝 + 3) =
𝑝2 +4
2
(𝑝2 − 3𝑝 + 2)𝐿[𝑦] = +1+𝑝+3
𝑝2 + 4
2
(𝑝2 − 3𝑝 + 2)𝐿[𝑦] = 2 +4+𝑝
𝑝 +4
2 1
𝐿[𝑦] = [ + 4 + 𝑝] . [ 2 ]
+4 𝑝2 𝑝 − 3𝑝 + 2
2 4 𝑝
𝐿[𝑦] = 2
+ +
(𝑝 − 1)(𝑝 − 2)(𝑝 + 4) (𝑝 − 1)(𝑝 − 2) (𝑝 − 1)(𝑝 − 2)
1 𝐴 𝐵
= +
(𝑝 − 1)(𝑝 − 2) 𝑝 − 1 𝑝 − 2
1 𝐴(𝑝 − 2) + 𝐵(𝑝 − 1)
⟺ =
(𝑝 − 1)(𝑝 − 2) (𝑝 − 1)(𝑝 − 2)
⟺ 𝐴𝑝 − 2𝐴 + 𝐵𝑝 − 𝐵 = 1
(𝐴 + 𝐵)𝑝 − 2𝐴 − 𝐵 = 1
𝐴+𝐵 =0
{ ⟹ 𝐴 = −1 e 𝐵 = 1
−2𝐴 − 𝐵 = 1
Logo:
1 −1 1
= +
(𝑝 − 1)(𝑝 − 2) 𝑝 − 1 𝑝 − 2
Também:
1 𝐴 𝐵 𝐶𝑝 𝐷
2
= + + 2 + 2
(𝑝 − 1)(𝑝 − 2)(𝑝 + 4) 𝑝 − 1 𝑝 − 2 𝑝 + 4 𝑝 + 4
⟺ 𝐴(𝑝 − 2)(𝑝2 + 4) + 𝐵(𝑝 − 1)(𝑝2 + 4) + 𝐶𝑝(𝑝 − 1)(𝑝 − 2) + 𝐷(𝑝 − 1)(𝑝 − 2) = 1
⟺ 𝐴(𝑝3 − 2𝑝2 + 4𝑝 − 8) + 𝐵(𝑝3 − 𝑝2 + 4𝑝 − 4) + 𝐶(𝑝3 − 3𝑝2 + 2𝑝 + 0)
+ 𝐷(𝑝2 − 3𝑝 + 2) = 1
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 0𝐷 = 0
−2𝐴 − 𝐵 − 3𝐶 + 𝐷 = 0
⟹ { 4𝐴 + 4𝐵 + 2𝐶 − 3𝐷 = 0
−8𝐴 − 4𝐵 + 0𝐶 + 2𝐷 = 1
1 1 1 0
0
−2 −1 −3 1
0
4 4 2 −3 = [0]
−8 −4 0 2
[ ] 1
Resolvendo o sistema, obtemos:
𝐴 = −0,2, 𝐵 = 0,125, 𝐶 = 0,075 e 𝐷 = −0,05.
1 1 𝑝 0,1 2
𝐿[𝑦] = −0,4. + 0,25. + 0,15. 2 − .
𝑝−1 𝑝−2 𝑝 + 22 2 𝑝2 + 22
𝑥 2𝑥
𝑦 = −0,4𝑒 + 0,25𝑒 + 0,15𝑐𝑜𝑠2𝑥 − 0,05𝑠𝑒𝑛2𝑥
1 1 1 1
⟺ 𝐿[𝑦] = . 2+ . 2
2 𝑝 2 𝑝 +4
1 1 1 2
⟺ 𝐿[𝑦] = . 2 + . 2
2 𝑝 4 𝑝 + 22
𝑥 1
⟺ 𝐿[𝑦] = + 𝑠𝑒𝑛2𝑥
2 4
Exercício
1) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠𝑥, calcule 𝐿[𝑓] pela definição da transformada de Laplace.
2) Resolver 𝑦 ′′ − 𝑦 = 1 + 𝑥, 𝑦(0) = 3, 𝑦 ′ (0) = 0.
3) Resolver 𝑦 ′′ + 4 = 𝑒 3𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑥, 𝑦(0) = 2, 𝑦 ′ (0) = 10.
Respostas:
𝑝
1) 𝑝²+1
5 3
2) 𝑦 = −1 − 𝑥 + 2 𝑒 𝑥 + 2 𝑒 −𝑥
26 29 1
3) 𝑦 = + 𝑥 + 9 𝑒 3𝑥 − 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2𝑥²
9 3
Bons estudos!