Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Natureza jurídica
Momento e legitimidade
As medidas cautelares são passíveis de aplicação ao longo de toda a
persecução penal, é dizer, durante toda a investigação criminal, seja ela
conduzida pela polícia ou por outros órgãos de investigação, como as CPI' s, e
durante o processo. Não há, na lei, prazo de durabilidade da medida. Portanto,
a dilação no tempo depende do fator necessidade. A depender do estado das
coisas (cláusula rebus sic stantibus), e da adequação ao Caso concreto, a
cautelar pode ser substituída, cumulada com outra, ou mesmo revogada, caso
não mais se faça necessária. Sobrevindo novas provas indicando a sua
conveniência, nada impede que seja redecretada.
Exigem assim:
IX - monitoração eletrônica.
A tecnologia também deve ser utilizada em favor da persecução penal.
O monitoramento eletrônico tem seus contornos na década de 60, ganhando
efetividade nos idos da década de 80, notadamente em território americano e
europeu. No Brasil, em que pese leis estaduais de duvidosa constitucionalidade
tratando do tema, como ocorreu no Estado de São Paulo (Lei n° 12.906/08),
fato é que a matéria foi devidamente regulamentada por força da Lei n°
12.258/10, alterando a LEP (Lei de Execução Penal - Lei n° 7.210/84), e
inserindo o instituto para o seguinte tratamento:
a) Saída temporária aos beneficiários do regime semiaberto;
b) Disciplina da prisão domiciliar.
Com o advento da Lei n° 12.403/011, o instituto passa a permear toda a
persecução penal, desde a fase investigativa, contemplando inclusive a
evolução processual, funcionando como verdadeiro substitutivo do cárcere
cautelar, para aferir a ida, vinda ou permanência do indivíduo em determinados
lugares, por meio de aparato tecnológico não ostensivo, com impacto mínimo
na sua rotina, em consonância com o estipulado em decisão judicial.