Stocks
UFCD_7851
341025 - Técnico/a de
Vendas
50 Horas
Aprovisionamento, Logística e Gestão de Stocks UFCD 7851
Índice
Objetivos e conteúdos......................................................................................................................................4
Aprovisionamento............................................................................................................................................6
Gestão de fornecedores.................................................................................................................................10
Condições de entrega.....................................................................................................................................31
Descontos/promoções e Sobrestockagem.....................................................................................................41
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Controlo de existências/inventariação...........................................................................................................47
Determinação de consumos...........................................................................................................................50
Bibliografia......................................................................................................................................................56
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Objetivos
Conteúdos
Aprovisionamento
Papel da compra na cadeia de abastecimento
Processo de compra e respetivas etapas
Gestã o de fornecedores
Aspetos qualitativos na seleçã o de fornecedores
Negociaçã o e revisã o de preços
Comparaçã o entre fornecedores
Avaliaçã o de fornecedores
Gestã o de stocks
Introduçã o à gestã o de stocks
Noçã o e tipo de stocks
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Logística e planeamento
Condiçõ es de entrega
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Aprovisionamento
Âmbito do Aprovisionamento:
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Função Aprovisionamentos:
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Na área de planeamento:
Na área de aquisição:
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Certificaçã o de pagamentos;
Classificaçã o de fornecedores.
Escolher fornecedores:
Documento para acompanhar com proposta de seleçã o de fornecedores.
Acordar contratos:
Documento para acompanhar com minutas de contrato.
Encomendar:
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Proceder à elaboraçã o de ordens de ordens de encomenda.
Expedir:
Avaliar:
Gestão de fornecedores
A qualidade e o baixo custo para aquisiçã o de serviços e produtos sã o pontos que grande
parte das organizaçõ es procuram nos seus fornecedores de produtos, matérias-primas e
serviços. Com o aumento gradual da terceirizaçã o dos serviços, a boa gestã o desses
fornecedores, tornou-se prioridade para empresas líderes e modernas.
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Entender o custo e o valor de toda a cadeia: Sem uma compreensã o completa de
todos os custos, de matérias-primas através do produto final ou serviço e o valor fornecido
por cada fornecedor no processo, um fornecedor nã o pode ser avaliado.
Planear para contingências importantes: Eventos inevitá veis que forçam a cadeia de
abastecimento devem ser planeados e praticados. Estudar e elaborar plano de contingência!
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Confiabilidade
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Qual o custo total de transporte?
O quanto sã o está veis o crédito e a posiçã o financeira da empresa?
Os objetivos da empresa estã o de acordo com os preços?
Como serã o os custos do inventá rio enquanto os produtos ainda nã o estã o
devidamente aprovados?
Existe vontade do fornecedor em negociar?
O que acontece se algum desconto for solicitado para pagamento à vista?
Fatores de qualidade
Assistência a vendas
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O custo total de transporte possui fatores importantes para o processo da escolha da fonte de
fornecimento. Muitos deles dependem de outras empresas ou de agentes dos países
envolvidos. Em qualquer transaçã o de fornecimentos, o comprador e o fornecedor têm
que fazer um acordo sobre quem assume a responsabilidade pelo risco e quem paga pelo
transporte.
Assim, existem questõ es que devem ser colocadas:
Existem embalagens especiais?
Há necessidade do uso de armazéns intermediá rios ou especiais?
O empresá rio deve saber argumentar e ser contundente nas suas negociaçõ es. Desta forma,
ambas as partes saem satisfeitas.
Comparando os fornecedores
Na altura de comparar o negociador tem que usar o bom senso. Nã o se pode comparar um
fornecedor com produtos e serviços A com um B, e querer que o A faça o serviço pelo preço
do B. Temos que levar e consideraçã o a mã o de obra, matéria prima, qualidade e etc.
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Ter uma boa equipa para negociar os contratos é fundamental. Funcioná rios com bom
conhecimento técnico, experiência e que entendam o mercado podem colaborar bastante para
conseguir melhores preços;
Antes de fechar o acordo definitivo das compras, a empresa deve ter no mínimo três cotaçõ es
de preço. Dessa forma, poderá comparar e nã o ficará sem o produto para a produçã o caso o
acordo nã o seja cumprido por algum dos fornecedores. Negociar preços, qualidade, prazo
de pagamento e pontualidade de entrega é fundamental;
Sã o os vendedores dos fornecedores da empresa que oferecem os produtos, certo? Por isso, é
interessante trazer a equipa de vendedores para a negociaçã o. Ter um gerente do fornecedor
da empresa a acompanhar o processo e as clá usulas discutidas também é recomendado para
nã o restar dú vidas na altura de formalizar o contrato;
Planeamento e monitoramento
Nã o planejar a compra faz com que aumente a necessidade de capital de giro, podendo
comprometer a saú de financeira do negó cio. Fazer um acompanhamento das compras pode
evitar a demora na entrega das mercadorias.
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Existem diversos critérios que podem ser atendidos de forma a garantir a eficácia da
avaliação dos fornecedores. Nã o existem duas metodologias de avaliaçã o de fornecedores
iguais. A tendência é cada empresa escolher os critérios, e respetivos indicadores, que melhor
se enquadram nas suas políticas de gestã o. A escolha destes critérios é importante porque
serã o utilizados para comparar fornecedores candidatos ou cotar o desempenho dos
fornecedores já existentes. Muitos dos modelos de avaliação existentes não consideram
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aspetos qualitativos, não contribuindo por isso para identificar as causas dos
problemas do desempenho. A inclusã o, essencial, das auditorias no processo de avaliaçã o,
permite validar as reais capacidades do fornecedor, ao mesmo tempo que possibilita fazer
uma aná lise qualitativa da estrutura organizacional do fornecedor: Muito Bom; Bom;
Suficiente; Insuficiente ou Mau.
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A manutenção da quantidade adequada de stocks por uma empresa tem de ser objeto de
uma decisão altamente ponderada, já que stocks em excesso ou em falta traduzem
sempre falta de planeamento por parte de quem toma decisões.
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O que é um Stock?
Poder-se-á afirmar que existe sempre um desfasamento entre o ritmo das entregas e o das
utilizaçõ es das mercadorias, assim, o stock serve de regulador entre as entregas e as
utilizaçõ es que se fazem a ritmos diferentes. Mas pode dizer-se, que todo o stock que
ultrapasse o estritamente necessá rio para ter esse papel regulador, torna-se inú til e fonte de
gastos escusados.
Transacção: sã o necessá rios que existam produtos em armazém para que a empresa
os possa transaccionar, atingindo os seus objectivos econó micos e financeiros;
Precaução: A constituiçã o de stocks de segurança é uma forma de as empresas se
precaverem contra as flutuaçõ es da procura ou contra qualquer imprevisto que possa surgir
no fornecimento das matérias-primas;
Processamento: Nas empresas industriais com processos produtivos mais ou menos
complexos é necessá ria a constituiçã o de diversos stocks intermédios, quer de matérias-
primas quer dos produtos em curso de fabrico. A correcta gestã o destes diferentes stocks é
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importantíssima, já que a ruptura de qualquer um deles pode pô r em causa todo um processo
produtivo;
Especulação: Muitas vezes sã o constituídos stocks com vista a aproveitar flutuaçõ es
futuras da procura. Acontece frequentemente em empresas ligadas aos mercados de capitais,
onde os produtos stockados sã o financeiros.
Um stock excessivo é muito caro, uma vez que, para além do imobilizado, provoca
custos de manutençã o, de armazenamento e, naturalmente, custos financeiros.
Um dos principais inconvenientes dos stocks é a perecibilidade ou a fragilidade de
certos produtos. Produtos com curto tempo de vida, normalmente produtos alimentares, sã o
particularmente vulnerá veis, pelo que nã o sã o alvo de stock, ou sã o processados e embalados
de forma a aumentar o tempo de vida.
Um outro fator diz respeito à obsolescência, o facto de se constituir stock de artigos
que, por qualquer razã o, deixam de escoar, agrava o custo de imobilizaçã o de capital, estes
artigos sã o comummente designados por “monos”. Uma soluçã o para eliminar este problema
será a venda em “saldo”, mas esta soluçã o permite apenas a recuperaçã o de uma pequena
parte do capital. No entanto ela é a melhor soluçã o, dado que, conservar esses artigos em
stock apenas faria congelar o capital, para além de ocuparem espaço e fazerem perder tempo
a quem faz o seu inventá rio.
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Antes de descrever os tipos de stock que existem em armazém, convém fazer a
identificação dos artigos existentes em stock, ou seja conhecer um por um os artigos
existentes em armazém.
Designação:
Por exemplo:
Parafuso de aço cabeça sextavada, de 10 mm.
Codificação:
O Código também se deve desenvolver do geral para o particular, por forma a que os ú ltimos
elementos sejam aqueles que identificam e precisam o artigo.
Tipos de stocks:
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Stock normal: agrupa todos os artigos consumidos de modo mais ou menos regular.
Este divide-se em stocks ativos e stocks de reserva.
Stock ativo: artigo que no armazém ocupam o espaço dos equipamentos de
arrumaçã o (estantes, caixas, etc.)de onde sã o retirados para satisfaçã o imediata das
necessidades correntes dos utilizadores.
Stock de reserva: constitui as existências do stock normal que nã o tem no local
destinado ao stock ativo.
Stock afetado: parte do stock global que se encontra destinado a fins específicos.
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continuarã o a procurar a empresa no futuro, gerando assim mais negó cio. No entanto,
atualmente, a gestã o de inventá rios nã o é tã o simples como pode parecer à primeira vista.
O primeiro passo (e também o mais importante) para iniciar a gestã o de inventá rio,
consiste em recolher dados fidedignos em termos de detalhes e de valores.
Apesar da existência de uma gestã o adequada do inventá rio, por si só , já poder fazer uma
grande diferença relativamente à obtençã o e manutençã o de vantagem competitiva, continua
a ser necessá rio realizar esforços no sentido de reduzir continuamente os custos da gestã o de
inventá rio.
Os bons há bitos de gestã o de inventá rio, conjuntamente com um sistema informá tico capaz e
adequado, fornecerã o a qualquer tipo de empresa uma grande vantagem competitiva sobre os
seus concorrentes, dado que poderã o realizar facilmente aná lises de stock e obter
rapidamente informação fidedigna sobre o mesmo.
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Desta definiçã o depreende-se que um armazém tenta combinar a maximizaçã o de espaço de
armazenamento, em termos de volume, e a minimizaçã o das operaçõ es de manuseamento.
Para isso, e sendo impossível alcançar ambos, há que ponderar constantemente um em funçã o
do outro.
Receçã o de produtos;
Saídas de mercadorias.
Receção de produtos
Providenciar para que a funcho “controlo de qualidade ”retire amostras dos materiais/
mercadorias, para se assegurar que a qualidade e a requerida.
O objetivo de qualquer sistema eficiente e fazer o melhor uso possível do espaço disponível,
reduzindo o trajeto das mercadorias a armazenar e mantendo a qualidade destas
mercadorias.
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Há dois tipos de sistemas: o posicionamento fixo e o posicionamento aleatório
requerendo cada um deles diferentes necessidades de espaços
Posicionamento fixo
De acordo com este sistema, cada unidade a depositar tem um lugar particular no armazém,
onde apenas ela e armazenada.
Assim, o nú mero de espaços requeridos sã o equivalentes ao stock má ximo para cada artigo.
O grau de utilizaçã o do depó sito será razoavelmente baixo, já que o nú mero médio de
unidades armazenadas será inferior ao nível má ximo durante a maior parte do tempo.
Posicionamento aleatório
A utilizaçã o pode ser melhorada através de um posicionamento aleató rio, podendo as cargas
ser colocadas em qualquer espaço do armazém desde que vazios.
É comum libertar 10 a 25% de espaços extras como medida de segurança, já que esta fó rmula
só e vá lida quando o stock de segurança é fixo ao longo do tempo e a diminuiçã o do stock se
faz a um ritmo constante.
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onde:
L = prazo de aprovisionamento
Algumas características dos produtos, tais como: valor agregado do produto, peso,
dimensões, perecibilidade, obsolescência e complexidade no fornecimento, podem
influenciar as decisões de posicionamento logístico. Para analisar que tipo de influências as
características do produto teem sobre as decisõ es de posicionamento, foram criados três
indicadores, que, além disso, permitem comparar setores diferentes. Cada um dos indicadores
tem relaçã o com uma ou mais características do produto. Sã o eles:
Densidade de valor;
Grau de obsolescência; e
Grau de perecibilidade.
A densidade de valor permite uma comparaçã o mais consistente entre produtos diferentes
de um mesmo setor, bem como, a comparaçã o entre os diferentes setores.
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Relativamente ao grau de
obsolescência: O tempo do ciclo de vida dos produtos é um fator fundamental para a
estruturaçã o da cadeia logística. Com a tendência atual da reduçã o do tempo do ciclo de vida,
as empresas tendem a estruturar as suas operaçõ es de forma a permitir um rá pido
escoamento da produçã o, ou mesmo, em alguns casos, produzir contra o pedido do cliente.
Este indicador é dado pelo inverso do tempo do ciclo de vida do produto em meses. Com isso,
dados que poderiam variar de poucos meses, como no setor de tecnologia e informá tica, a
muitos anos, como em alguns casos da indú stria farmacêutica, sã o normalizados, permitindo
uma comparaçã o mais consistente.
O grau de perecibilidade é o inverso do prazo de validade dos produtos em dias. Note que
para os setores automobilístico e de Tecnologia Informá tica, o grau de perecibilidade é zero,
já que o prazo de validade para produtos destes setores é indeterminado. Os produtos do
setor da alimentaçã o sã o, em média, os mais perecíveis, sendo seguido pelos produtos do
setor farmacêutico. Estes setores sofrem rígida fiscalizaçã o pelos Ministérios da Agricultura e
da Saú de respetivamente. A perecibilidade dos produtos é fator de extrema importâ ncia na
tomada das decisõ es relativas ao posicionamento logístico e a gestã o dos stocks.
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Os sistemas para armazenagem exercem influência sobre os custos de operaçã o, qualidade
dos produtos, ritmo de trabalho, acidentes de trabalho, desgaste de equipamentos e
quantidade de problemas administrativos.
Um grande investimento pode ser justificado por reduçã o nos custos operacionais, sempre
precedido por aná lises comparativas.
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Melhor aproveitamento da matéria-prima: reduz perdas de material por acidentes
de movimentaçã o e manuseio, além de reduzir extravios.
Boa organização.
Do ponto de vista competitivo é cada vez mais importante assegurar que “os produtos
certos, na qualidade e quantidade certa e ao preço certo, estejam no lugar certo, e no
momento certo”. É igualmente neste sentido que, a logística é um importante instrumento de
gestã o.
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A logística no seu conceito moderno, nã o se limita apenas aos aspetos físicos do sistema
(veículos, armazéns, redes de comunicaçã o, etc.). Os aspetos da informaçã o e de gestã o,
envolvendo processamento de dados, teleinformá tica, telecomunicaçã o avançada, processos
de controlo de gestã o e outros, fazem parte integrante da aná lise logística.
Vamos considerar estes dois extremos da cadeia logística, e individualizá -los para melhor
perceber a problemá tica relacionada com os meios.
Há ainda para além destes, outros tipos de problemas logísticos gerais, como sejam a
localização de instalações, processamento de informação, disponibilidade em pessoal,
etc., que merecem igualmente a atenção do analista do elemento logístico
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Este aspeto é fundamental para que se entendam os aspetos mais particulares envolvidos na
análise dos problemas logísticos. Enquanto o transporte tradicional de mercadorias trata
de vencer restriçõ es espaciais, deslocando os produtos dos pontos de produçã o para os locais
de consumo, a logística no seu conceito moderno já nã o se limita apenas a isso.
Bem pelo contrá rio, as restrições temporais ocupam hoje um papel de grande destaque. O
aspeto do tempo aparece-nos de vá rias formas como por exemplo, na exigência do
cumprimento escrupuloso dos prazos de entrega dos produtos no destino, a exigência de
níveis de fiabilidade operacional, etc.
Condições de entrega
Procura independente
A soma das vá rias encomendas pode originar um padrã o de procura homogeneizado e regular
ao longo do tempo.
Procura dependente
Neste caso, a procura dos produtos em stock esta dependente de fatores internos da empresa
(uma linha de produçã o, por exemplo). Os stocks de fabricaçã o resultam do plano de
produçã o definido para os produtos acabados. A procura resulta, assim, das decisõ es da
empresa para a fabricaçã o, estando delas dependente.
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Além disso, as necessidades dos componentes sã o independentes entre si, sendo certo que um
mesmo componente pode ser necessá rio a produçã o de vá rios produtos acabados. A produçã o
de um produto acabado obriga a disponibilidade de todos os componentes que o constituem.
Assim, uma mesma peça pode impedir a produçã o de vá rios produtos acabados (o que obriga
a uma gestã o «apertada» do stock ,com reduzidos níveis de rutura).
Ainda que o nível de rutura seja de 5%para cada peça, a probabilidade de se terminar um
produto composto por 3 pecas e de 0.95 x 0.95 x 0.95 =0.86 ou 86%.
Se o mesmo produto for composto por 10 peças e o risco de rutura seja de 5%, a
probabilidade de finalizar um produto e de apenas 60%.
Assim, uma mesma peça pode impedir a produçã o de vá rios produtos acabados (o que obriga
a uma gestã o «apertada» do stock ,com reduzidos níveis de rutura).
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No sentido de poder comparar com facilidade a eficá cia da gestã o de stocks entre diferentes
produtos existem duas medidas comerciais de utilizaçã o corrente que sã o:
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Rotação pode definir-se como o nú mero de vezes que o stock se renova num determinado
período de tempo:
Este valor de rotação assume especial importâ ncia no comércio, em que o jogo entre
rotaçã o de produtos e os seus prazos de pagamento pode levar a vantagens financeiras
interessantes que, em ú ltima aná lise, podem gerar proveitos sem qualquer imobilização
de capital (em termos de stock).
Exemplo:
O produto A vende 2000 unidades/mês.
Se o seu stock médio mensal for de 500 unidades, a rotaçã o será igual a 4.
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2000
Rotaçã o = --------------------- = 4
500
Valorimetria
Nas entradas em armazém utiliza-se: princípio do custo histó rico, custo de aquisiçã o ou
custo de produçã o.
Custo de aquisição:
Preço de compra + gastos suportados diretamente para colocar as existências no estado atual
no armazém
Custo de produção:
Matérias primas + outros materiais diretos + mã o de obra direta + custos industriais fixos e
variá veis
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FIFO
Deriva das iniciais da expressã o anglo-saxó nica "first in first out" (o primeiro a entrar
é o primeiro a sair).
Método que presume que os bens a vender ou a consumir sã o os comprados ou
produzidos em primeiro lugar, ou seja, as primeiras existências a entrar em armazém sã o
também as primeiras a sair.
O tratamento das existências é feito por lotes, cada entrada é um novo lote que nã o
se mistura com os anteriores.
As existências finais sã o valorizadas aos custos mais recentes dado que as saídas sã o
consideradas aos custos mais antigos.
O custo das vendas ou o custo dos consumos, sendo os mais antigos, podem mostrar-se
bastante abaixo dos preços de mercado, principalmente se a rotaçã o é lenta.
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O inventá rio é visto como um todo, pelo que os lotes perdem a sua individualidade.
É o mais utilizado e o de mais fá cil adaptaçã o aos sistemas informá ticos.
Elimina as vantagens e os inconvenientes do FIFO.
Define como custo de saída de armazém o custo médio das existências em armazém,
calculado tendo em conta os vá rios preços de aquisiçã o e as quantidades correspondentes.
Implica o cá lculo permanente do custo médio unitá rio das existências, a cada entrada
de novos bens, torna-se necessá rio o cá lculo de um novo custo médio, que passa a vigorar
para as saídas enquanto nã o se verificarem novas entradas.
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Exemplo:
A empresa Alfa comercializa o produto A, cujo movimento no mês de Dezembro de 200X foi o
seguinte:
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O FIFO conduz a margens brutas e a valores de existências mais elevados, por via do
menor custo das vendas.
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custos implícitos). Os custos econó micos incluem, para além do custo monetá rio explicito, os
custos de oportunidade que ocorrem pelo facto dos recursos poderem ser usados de formas
alternativas.
Por outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado à melhor
alternativa nã o escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais
possibilidades, pois sã o excluídas, (escolher uma é recusar outras). À alternativa escolhida,
associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício não obtido das possibilidades
não escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos
benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos
benefícios nã o escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo
chamado "de oportunidade".
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mercado e vê que os investimentos nã o produziram, até entã o, resultados esperados, nã o deve
sair do mercado apenas por isso, uma vez que o investimento feito até entã o é um custo
afundado. Deve sim avaliar-se a continuaçã o do investimento trará resultados positivos ou
nã o;
Descontos/promoções e Sobrestockagem
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A gestão de stocks é, de forma simplificada, o conjunto de acçõ es que visa manter o stock ao
mais baixo nível em termos quantitativos e de custo, garantindo simultaneamente o
fornecimento regular da empresa e a melhor execuçã o das tarefas de aprovisionamento e
armazenagem.
A gestão de stocks é um factor de relevâ ncia na gestã o actual das empresas, nã o constituindo
uma célula isolada na empresa. Para além de uma organizaçã o pró pria que responda ao
conjunto de economias possíveis de realizar, encontra-se, no seio da empresa, como um ó rgã o
integrado numa organizaçã o global que, caso nã o seja suficientemente desenvolvida, bloqueia
a sua acçã o e a concretizaçã o dos seus objectivos.
A gestão de stocks assume nas empresas modernas um papel fundamental, sendo uma das
ferramentas mais importantes ao dispor da gestã o para maximizar os seus resultados
líquidos. A manutençã o de um nível adequado de stockagem é um desafio que é colocado aos
gestores, já que é necessá rio minimizar os custos de stockagem nã o pondo em risco a
operacionalidade de toda a logística das empresas.
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A problemática relacionada com stocks pode, para efeitos de aná lise, ser considerada em
três aspetos distintos, muito embora, na realidade, se inter-relacione em muitas outras
facetas:
A gestã o de stocks tem como objetivo determinar um ponto de equilíbrio entre duas
necessidades contraditó rias:
Evitar ruturas de modo a satisfazer as necessidades expressas pelos Clientes;
Minimizar as imobilizaçõ es financeiras em stocks.
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De facto, com a expansã o exponencial dos utilizadores da internet, cada vez mais as empresas
de software associam vá rios mó dulos de gestã o (financeira, contabilística, recursos humanos,
etc) à possibilidade de se realizarem compras pela net, sendo depois integrado no sistema
informá tico da empresa fornecedora a encomenda.
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.
As empresas de uma determinada dimensã o possuem um serviço de compras
autó nomo onde centralizam todas as atividades relativas ao processamento das compras e
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que é responsá vel, nã o só pela aquisiçã o de bens de equipamento, existências e serviços, mas
ainda pela obtençã o desses bens na melhor qualidade e ao melhor preço possível.
Como já foi referido anteriormente, um dos grandes problemas colocados a gestã o de stocks e
a definiçã o da correta quantidade de produtos a encomendar.
Em seguida apresenta-se um modelo conhecido como o Modelo de Wilson ,dado que foi R.H.
Wilson a divulgar e utilizar este modelo nas suas atividades de consultoria em empresas
americanas.
Os custos associados a este modelo dependem apenas da quantidade encomendada por
ordem de encomenda. Desta irá depender o nú mero de encomendas realizadas é o valor do
stock médio.
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Transação: sã o necessá rios que existam produtos em armazém para que a empresa os
possa transacionar, atingindo os seus objetivos econó micos e financeiros;
Precaução: A constituiçã o de stocks de segurança é uma forma de as empresas se
precaverem contra as flutuaçõ es da procura ou contra qualquer imprevisto que possa surgir
no fornecimento das matérias-primas;
Processamento: Nas empresas industriais com processos produtivos mais ou menos
complexos é necessá ria a constituiçã o de diversos stocks intermédios, quer de matérias-
primas quer dos produtos em curso de fabrico. A correta gestã o destes diferentes stocks é
importantíssima, já que a rutura de qualquer um deles pode pô r em causa todo um processo
produtivo;
Especulação: Muitas vezes sã o constituídos stocks com vista a aproveitar flutuaçõ es
futuras da procura. Acontece frequentemente em empresas ligadas aos mercados de capitais,
onde os produtos stockados sã o financeiros.
Controlo de existências/inventariação
Normas gerais de inventariação de bens e produtos
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A problemática relacionada com stocks pode, para efeitos de aná lise, ser considerada em
três aspetos distintos, muito embora, na realidade, se inter-relacione em muitas outras
facetas:
A gestã o de stocks tem como objetivo determinar um ponto de equilíbrio entre duas
necessidades contraditó rias:
q Evitar ruturas de modo a satisfazer as necessidades expressas pelos Clientes;
q Minimizar as imobilizaçõ es financeiras em stocks.
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Administrativos;
Econó micos
De facto, com a expansã o exponencial dos utilizadores da internet, cada vez mais as empresas
de software associam vá rios mó dulos de gestã o (financeira, contabilística, recursos humanos,
etc) à possibilidade de se realizarem compras pela net, sendo depois integrado no sistema
informá tico da empresa fornecedora a encomenda.
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Um ficheiro de artigos deve poder registar, a todo o momento, a totalidade de artigos
existente em stock e, para cada um deles:
Nome do artigo
Nomenclatura
Formas comerciais do produto
Propriedades
Acondicionamento
Utilizaçã o na empresa
Produtos de substituiçã o
Fornecedores possíveis
Encomendas passadas
Determinação de consumos
Uma das tarefas bá sicas de toda a direçã o empresarial é a de, a todo o momento, ter de tomar
decisõ es sobre os investimentos que tem de efetuar. Tal tarefa é devida ao facto de as
disponibilidades financeiras da empresa serem insuficientes para ocorrer a todas as
necessidades e dos custos dos investimentos serem caros.
Uma gestão ótima de stocks obriga, por conseguinte, a que se atue quer:
Sobre a saída de stocks - o que é difícil, porque os consumos sã o aleató rios, isto é,
estã o condicionados pelos gostos e necessidades dos consumidores, obrigando muitas vezes a
empresa a vender abaixo do preço de custo para evitar stocks exagerados de determinados
bens, política que, de resto, fica onerosa;
Sobre a entrada de bens - neste campo a atividade empresarial já pode ser mais
consistente, pois a empresa poderá prever nã o só o volume de cada encomenda com base no
consumo prová vel, mas também a cadência das entregas pela determinaçã o do período que
deve decorrer entre cada encomenda.
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A gestão económica dos stocks estuda as quantidades médias, má ximas e mínimas a
manter em stock, de modo a conseguir o equilíbrio entre:
Inventário: consiste na relaçã o (rol, lista) dos elementos patrimoniais com a indicaçã o
do seu valor. Proceder ao inventá rio consiste em analisar os elementos de um dado
patrimó nio, descrevê-los e atribuir-lhes um valor.
Objetivos do Inventário:
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O Inventá rio permite o conhecimento completo do valor contabilístico do patrimó nio
da Empresa;
Facilita a elaboraçã o do Balanço;
Fornece informaçã o ú til à tomada de decisõ es de gestã o;
Quanto ao âmbito:
1. Gerais (quando abarca todos os valores que constituem um dado patrimó nio)
2. Parciais (quando abrange apenas alguns dos elementos patrimoniais)
Quanto à apresentação:
1. Analítico (quando, além do título da conta, nele sã o apresentados todos os seus
elementos integrantes, devidamente valorados).
2. Sintético (quando nele apenas surgem as contas integrantes com o respetivo título e
extensã o).
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Segundo estatísticas gerais, cerca de 65% do valor das vendas de empresas de produção
referem-se a custo dos materiais, pelo que a função aprovisionamento tem vindo a
destacar-se pela sua importância e necessidade.
Desta forma, para garantir a disponibilidade dessas existências no momento certo, e
necessá rio, por um lado, ter um sistema logístico de abastecimento eficaz e, por outro,
constituir stocks de artigos que, na sua falta, possam comprometer o pleno
funcionamento da empresa.
Tradicionalmente, nas pequenas e médias empresas (PME),esta funçã o de compras e
assegurada pelo patrã o (para os materiais de maior valor) e por encarregados (para o
restante tipo de material). Parte do trabalho burocrá tico pode, ainda, ser realizada por
assistentes administrativos.
No entanto, como e obvio, nã o será este tipo de organizaçã o que conduzira a maior
rentabilidade da empresa, pelo que a funçã o deve ser confiada, cada vez mais, a profissionais
que garantam um elevado nível de serviço, com uma paralela reduçã o de custos, o que
envolve técnicas especificas e pessoal devidamente qualificado.
O facto de se colocar a disposiçã o da empresa os materiais necessá rios conduz, numa
primeira fase, a função Compra, ou seja, o conjunto de operações que permitira a
aquisição na altura certa, na quantidade certa e na qualidade desejada e ao menor
custo de todos os. materiais necessários ao desenvolvimento da atividade comercial da
empresa.
Numa segunda fase, implica a definiçã o de quais e em que quantidades os materiais
que, por diversas razoes (quantidades mínimas de encomenda impostas pelos fornecedores,
quantidades econó micas de encomenda, lead time dos fornecedores, oscila coes de
consumo/procura, especulaçõ es de mercado, etc),só permitem ao aprovisionamento colocar
aqueles materiais a disposiçã o da empresa, em tempo ú til, na quantidade e qualidade
desejadas mediante a constituiçã o de stocks, o que implica, consequentemente, a sua gestã o.
O aprovisionamento compreende, assim, as funções de compras e de gestão e
organização: receçã o qualitativa e quantitativa e a gestã o física, administrativa e econó mica
dos stocks .
Assim, aprovisionamento e o termo integrador de duas funçõ es-base: a função compra e a
função Gestão de stocks .
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Desde a sua criaçã o, a logística foca-se na eficiência do fluxo de bens ao longo dos canais de
distribuição. O fluxo de informaçã o era, muitas vezes, menosprezado, porque nem sempre foi
visto como de vital importâ ncia para o cliente. Para além disso, a velocidade das trocas de
informaçã o era limitada à velocidade de circulaçã o do papel.
A informaçã o exata e atempada, é vista como sendo de importâ ncia crítica para o projeto de
sistemas logísticos por três razõ es:
Os clientes têm necessidade de observar informaçõ es sobre o estado da encomenda,
disponibilidade do produto, tempo de entrega e faturaçã o, sendo como tal, estes elementos
necessá rios de um conglomerado total do serviço prestado;
Com o objetivo de se reduzir os stocks ao longo da cadeia de abastecimento, os
gestores aperceberam-se que a informaçã o pode ser eficiente na reduçã o dos mesmos e das
necessidades de mã o-de-obra;
A informaçã o aumenta a flexibilidade em relaçã o ao como, quando e onde devem os
recursos ser aplicados para ganhar vantagem estratégica.
Funcionalidade da informação
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O terceiro nível, aná lise de decisã o, foca-se na decisã o de aplicaçõ es para assistir os
gestores a identificar, avaliar e comparar estratégias logísticas e alternativas tá ticas.
O quarto e o último nível, planeamento estratégico, tem como objetivo o suporte de
informaçã o ao desenvolvimento e melhoramento de estratégias logísticas.
Bibliografia
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LOUSÂ , Aires e Pereira, Paula Aires e Lambert, Raul e Lousã , Má rio Dias, “Organizaçã o e
Gestã o Empresarial – Ensino profissional”, Porto Editora, (2011)
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