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Profa.

Marlene Pereira Alves

Aluno.......................................................................................

Apostila de Log. Internacional – Profa. Marlene


II – Competências, Habilidades e Bases Tecnológicas do Componente Curricular
Componente: Logística Internacional
MOD III
Função: Desenvolvimento de Atividades de Comércio Exterior
COMPETÊNCIAS HABILIDADES BASES TECNOLÓGICAS
1. Selecionar 1.1. Coletar dados sobre 1.1. Planejamento estratégico e o Marketing
informações para recursos internos e internacional
subsidiar análise sobre capacidade da organização.
comércio exterior na 1.2. Comércio exterior: conceitos básicos, visão
compra e venda de 1.2. Elaborar e apresentar geral sobre a política comercial brasileira; órgãos
insumos, máquinas, relatórios sobre os dados governamentais intervenientes e promotores da
equipamentos e produtos coletados. política comercial
em geral.
1.3. Organismos internacionais e acordos
1.3. Identificar potencial do comerciais entre países.
mercado externo.  Mercosul
 Aladi
 Mercado Comum Europeu
 outros

2. Interpretar processos 2.1. Aplicar as etapas da 2.1.Tipos e papeis dos diversos atores no
envolvidos nas operação de importação e comércio exterior:
operações de importação exportação: negociação,  indústrias, comércios, prestadores de serviços
e exportação. aspectos cambiais, operações  operadores logísticos
especiais e incentivos fiscais.
 órgãos governamentais
2.2. Relacionar documentação
2.2. Noções de Negociação:
necessária para os processos de – INCOTERMS
importação e exportação
.
2.3. Aspectos administrativos do comércio
2.3. Aplicar legislação, tratados,
exterior: importações e exportações definitivas e
convenções e acordos bilaterais
não definitivas, nacionalização, regimes
sobre o comércio exterior.
aduaneiros
2.4. Utilizar procedimentos
2.4. SISCOMEX:
documentais referentes à
 tipos de Mercadorias:
importação e exportação.
o nomenclaturas e classificação fiscal de
mercadorias
2.5. Relacionar incidências de
o documentos comerciais e financeiros nas
taxas aplicadas ao comercio
operações de Comércio Exterior
exterior.
o certificados de origem

2.5. Câmbio e modalidades de pagamentos e


recebimentos no comércio exterior:
 incentivos fiscais

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1.1. Planejamento estratégico e o Marketing internacional
Planejando a Exportação
Um bom indicador para avaliar o potencial de um produto é seu padrão de qualidade.
Tenha certeza: se o seu produto é de boa qualidade, suas chances de sucesso no exterior
aumentam bastante! Além disso, é preciso que seu produto esteja adaptado às
necessidades e gostos dos consumidores, cujos hábitos, muitas vezes, diferenciam
daqueles conhecidos no mercado interno.
Além disso, para saber se seu produto é potencialmente exportável, investigue sobre os
seguintes aspectos:
• Quais as regras vigentes no mercado-alvo para a importação do produto selecionado?
• Há barreiras para o seu produto no mercado-alvo?
• Quais as normas específicas para que o produto possa ser importado?
• O mercado-alvo exige certificações internacionais de qualidade? (Ex.: ISO 9000,
ISO 14000 e outras)?
• Que alterações, motivadas pelo clima, diferenças culturais, normas técnicas e outros
aspectos, serão necessárias para que o produto atenda o mercado-alvo?
O sucesso no exterior será mais fácil e permanente se você fizer um Planejamento
Estratégico!

Marketing internacional
Pesquisa de Mercado
A pesquisa de mercado é um investimento necessário que pode economizar muito
dinheiro e fornecer elementos essenciais para a aproximação do seu mercado
consumidor. Os resultados da pesquisa objetivam:
• Selecionar mercados para seus produtos
• Identificar tendências e expectativas
• Reconhecer a concorrência
• Conhecer e avaliar oportunidades e ameaças
Conhecer, na medida do possível, as características gerais do país-alvo é de grande
utilidade na hora de optar por esse ou aquele mercado. Estas características abrangem
aspectos, tais como: geografia, população, aspectos culturais, religiosos e econômicos,
meios de transporte e comunicações, organização política e administrativa.
Potenciais Mercados para Exportação: Como selecioná-los?
Existem cinco critérios que auxiliam na seleção de potenciais mercados para exportação:
• Fatores Geográficos
• Fatores Sócio-políticos
• Fatores Econômicos
• Fatores Culturais
• Fatores Tecnológicos
A identificação prévia dos possíveis clientes pode ser processada via Internet, por meio
de home page, como também por meio das informações fornecidas pelas câmaras de
comércio, consulados e embaixadas, federações de indústrias e outras entidades de
classe.
Uma das formas mais eficazes de se estudar um mercado, conhecer a concorrência,
identificar um representante e promover vendas é viajar para o exterior com o objetivo
de conhecer este mercado mais de perto. Participar de feiras internacionais no Brasil e
no exterior é também um meio eficaz de aproximação com o mercado que se quer
conquistar.
É fundamental que se conheça a legislação comercial vigente no mercado importador,
com atenção especial para as restrições às importações em geral, bem como as normas
diretamente ligadas ao produto específico. Nesse sentido, é importante verificar se o
produto a ser exportado não é proibido para o mercado pretendido.
Conhecer a concorrência é imprescindível. Para isso, é importante elaborar um estudo
detalhado, que pode ser centrado nos seguintes aspectos:

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• O mercado é dominado por um ou vários concorrentes?
• Quais os preços praticados pelos produtores concorrentes?
• Qual a forma de controle dos circuitos de distribuição? É possível a entrada de
novos exportadores? Quais as suas possibilidades de competição?
• Existe nesse mercado algum segmento não atendido eficazmente, que possa
representar uma oportunidade comercial?
• Quais as perspectivas de expansão dos concorrentes neste mercado?
• Quais os serviços esperados pelos importadores de um determinado mercado
quanto à reposição de peças de manutenção, assistência técnica, etc.?

• Identificando o seu possível mercado


Para que o exportador se fixe no mercado, é fundamental que a atividade
de exportação seja continuamente monitorada.
FEIRAS INTERNACIONAIS
Dentre os eventos comerciais utilizados para promover produtos no Brasil e no exterior,
as feiras comerciais têm-se constituído num dos mais eficientes. A feira é uma excelente
oportunidade não só para manter contatos com potenciais clientes, como também para
conhecer a realidade do mercado.
Antes de decidir participar de uma feira como expositor, procure investigar:
• Dados relativos a edições anteriores do evento - perfil do público visitante,
empresas expositoras, número de visitantes etc.
• Situação política e econômica do país-sede do evento;
• Se o seu produto está adequado ao mercado-alvo - todos os detalhes devem
ser avaliados: preço, qualidade, especificações técnicas, rotulagem, hábitos e
preferências do cliente potencial, dentre outros. A não-observância desses
detalhes pode causar prejuízos à imagem da empresa, além de ocasionar
despesas desnecessárias;
• Capacidade produtiva real da empresa - nada pior que firmar contratos sem
ter condições de cumpri-los;
• Custos da participação;
• Normas de importação da amostra do produto que deseja expor.

Antes de participar de um evento como expositor, é recomendável participar como


visitante nas principais feiras do setor de seu interesse. Se bem organizada, esta visita
poderá proporcionar aprendizado suficiente para uma participação bem-sucedida como
expositor.
Não deixe de observar, dentre outros aspectos:
• Apresentação do estande e dos produtos;
• Atendimento aos visitantes - equipe com conhecimento do produto e preparada para se
comunicar em outros idiomas etc.;
• Catálogos e material promocional distribuído;
• Lançamentos;
• Preços dos produtos concorrentes;
• Produtos ofertados e suas características;
• Melhores localizações para uma futura participação;
• Técnicas mercadológicas utilizadas por empresas bem-sucedidas no mercado.
VANTAGENS
As vantagens de participar de uma feira como expositor podem ser assim resumidas:
• Contato face a face com grande número de potenciais clientes;
• Publicidade para os produtos da empresa;
• Imediata reação do público a seu produto, que pode identificar mudanças
para torná-lo mais adequado ao gosto dos potenciais clientes;
• Contato com grande número de pessoas que de outro modo estariam fora de
seu alcance;
• Ampliação do seu cadastro de clientes efetivos e/ou potenciais;
• Concretizar vendas.

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COMO PLANEJAR SUA VIAGEM.

A viagem deve ser cuidadosamente planejada pela empresa, desde a escolha do


profissional até o estudo dos costumes do mercado a ser visitado. É essencial a
preparação da programação de visita, elaboração prévia de agendas de compromissos,
confecção de catálogos, seleção de amostras, preparação das listas de preços e brindes
promocionais. Antes de viajar, entre em contato com os potenciais clientes a serem
visitados, de maneira que a visita pessoal seja a concretização de uma estratégia de
aproximação, resultando na formalização de bons negócios.
Especial atenção deve ser dada a aspectos, tais como:
• Concorrência local, em toda sua extensão;
• Preços praticados no país importador para produtos similares e para produtos
adquiridos em outros países;
• Volume e capacidade de extensão de Mercado em que se pretende atuar;
• Barreiras tarifárias e não-tarifárias proibitivas da atividade de importação; e
• Canais de Marketing.

Comercialização
Direta
Identificado o comprador estrangeiro - o que pode ser feito por meio de câmaras de
comércio, consulados, embaixadas, participação em feiras e missões no exterior ou
mesmo por iniciativa do importador -, o próximo passo é a troca de correspondências
para negociação das condições de venda: preço, forma de pagamento, prazo de entrega
e responsabilidades de cada parte, dentre outros aspectos.
Essa modalidade requer do exportador um mínimo de conhecimento sobre a forma de se
realizar uma exportação. É preciso, também, que o exportador estruture sua empresa
para esta tarefa ou contrate os serviços de profissionais experientes na área.

Indireta
Consórcios, tradings, e representantes de compradores.
Material promocional
No processo de difusão de seus produtos, é importante a empresa investir recursos
na elaboração de material promocional de qualidade e campanhas publicitárias no idioma
do mercado-alvo ou em inglês.

CATÁLOGO DE EXPORTAÇÃO
Deve conter imagens do produto ou dos produtos a serem exportados, suas
características e utilidades.
PUBLICIDADE
Pode ser feita gratuitamente, no formato de reportagens em revistas especializadas,
ou mediante anúncios pagos.
Divulgação de material promocional por mala direta;
Divulgação de material destinado a promover as vendas pelo correio;
Página na Internet, show roon eletrônico;
Setores de promoção comercial (SECOMs) do Ministério das Relações Exteriores.
As empresas brasileiras têm apoio dos SECOMs para a divulgação de material
promocional junto a empresas e entidades de classe estrangeiras.

Comércio eletrônico
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Nos últimos anos se intensificou o uso da Internet como instrumento de comércio,
dado o volume de transações por intercâmbio eletrônico de dados, via de regra entre
empresas ou dentro de grandes corporações, ou entre empresas e setor público.
É previsível que o forte incremento das vendas eletrônicas de produtos e serviços
diretamente aos consumidores finais, a um custo baixo e de maneira simples e rápida,
vai afetar de maneira marcante e positiva o universo de pequenas e médias empresas.
Mesmo sem transações diretas pela Internet na sua empresa, o crescimento do
comércio eletrônico vai continuar gerando modificações sensíveis no comércio em geral:
do acesso à informação comercial aos processos de negociação e contratos, e novas
práticas gerenciais.

1.2. Comércio exterior: conceitos básicos, visão geral


sobre a política comercial brasileira; órgãos
governamentais intervenientes e promotores da política
comercial
Política comercial brasileira
A política comercial brasileira pode é resultante da interação de
fatores internos e externos..
fatores externos.
Negociações multilaterais, regionais ou sub-regionais
nas quais o Brasil esteja envolvido diretamente.
Negociações entre parceiros brasileiros que tenham implicações importantes sobre
interesses econômicos brasileiros mas das quais o Brasil não participe.
Fatores internos
Política da proteção, a aspectos macroeconômicos, política cambial e fatores estruturais.

A economia brasileira apresenta hoje um padrão geral de comércio onde, pelo


lado das exportações, ramos de manufaturados e semimanufaturados intensivos
em recursos naturais e energia apresentam forte competitividade e expansão.
Reduziu-se a dependência em relação a produtos básicos, mas há uma crescente
especialização, no conjunto, de produtos industrializados com conteúdo tecnológico
relativamente simplificado e pequeno valor agregado.

A abertura comercial, por outro lado, provocou a adoção de programas de racionalização


pelas empresas no Brasil, levando a um aumento de produtividade expresso em índices
de valor agregado por trabalhador empregado. A especialização em linhas de produto ou
em segmentos da produção resultou em uma estrutura produtiva mais enxuta e
competitiva. Contudo, ampliou-se o coeficiente de importação de produtos, componentes
ou insumos com maior conteúdo tecnológico, reforçando a tendência de especialização
revelada nas exportações. A timidez dos investimentos em capital fixo para
modernização, expansão ou construção de novas plantas reflete-se nos resultados da
abertura comercial - em termos de emprego, balanço de pagamentos e densidade
tecnológica do aparelho produtivo remanescente -, que ainda não chegaram perto do
desejado.

http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/economia/comext/apresent/apresent.htm
Fatores para entender a política comercial brasileira
Protecionismo
O protecionismo foi uma característica marcante da política industrial brasileira desde os
anos 30 até a liberalização do início dos 90. Sustentava-se em argumentos do tipo
proteção à indústria nascente, defesa do interesse nacional, etc., mas justificava-se
também por problemas de balanço de pagamentos.
Constituía-se, protecionismo sem propósito claro de aprendizado tecnológico nem prazo de
vigência e obrigações em termos de contrapartidas de desempenho por parte das
empresas (ou indústrias) beneficiadas. Com a abertura comercial, esse tipo de
protecionismo deixou de existir. Foram de início eliminadas todas as barreiras não
tarifárias e os regimes especiais de importação, e drasticamente reduzidos os esquemas

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de incentivos e subsídios às exportações. A tarifa aduaneira permaneceu como o único
instrumento de proteção. Foi estabelecido um cronograma de rebaixas nas alíquotas que,
apesar das contramarchas impostas pelo desequilíbrio das contas externas, foi executado
com rigor. Posteriormente, com a economia estabilizada e o câmbio sobrevalorizado, a
proteção da tarifa aduaneira revelou-se insuficiente para algumas indústrias, voltando-se
então a elevar alíquotas, estabelecer cotas de importação e medidas de salvaguarda e
implementação de defesa contra práticas desleais de comércio, no âmbito das
regulamentações da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Abertura Econômica
No início dos anos 90, o governo do presidente Fernando Collor implementou um
programa de liberalização financeira externa e de eliminação de barreiras protecionistas
contra a importação. Consistiu em:
1) Eliminação ou redução da cobertura de barreiras não tarifárias, tais como reservas de
mercado, quotas, proibições etc.
2) Diminuição no nível médio das tarifas de importação.
3) Redução do grau de dispersão na estrutura tarifária.

Planos de Estabilização Econômica


As principais características dos cinco planos de estabilização econômica implementados
no Brasil a partir de 1986 são as seguintes:
Cruzado 1986 Muda a moeda de cruzeiro para cruzado
Congela preços e salários
Extingue a correção monetária
Cria o seguro-desemprego e o gatilho salarial (reajuste automático de salários cada vez
que a inflação atinge determinado nível)
Decreta a moratória e suspende o pagamento da dívida externa
Bresser 1987 Mantém o congelamento de preços, salários e a moratória
Aumenta tarifas públicas
Acaba com o gatilho salarial
Verão 1989 Procura segurar a inflação pelo controle do déficit público
Privatiza estatais
Estabelece novo congelamento de preços
Determina a desindexação da economia
Collor 1990 Confisca 80% dos depósitos bancários e aplicações financeiras
Volta o cruzeiro como moeda
Congela preços
Acaba com a indexação
Demite funcionários
Privatiza estatais
Fecha órgãos públicos
Começa a abrir a economia à competição internacional
Real 1994 Muda a moeda para o Real
Fixa a taxa de câmbio na paridade de R$ 1,00 para US$ 1,00
Acelera as privatizações
Eleva os juros
Facilita as importações
Prevê o controle dos gastos públicos
Mantém o processo de abertura econômica
Busca medidas de apoio à modernização das empresas
Real 1999 Livre flutuação do câmbio e redução das taxas de juros domésticas

Bens Comercializáveis
Bens comercializáveis (tradable goods) são os que têm potencial para exportação ou
para importação - mesmo que efetivamente não o sejam. A possibilidade de seu
comércio externo põe em curso uma comparação contínua entre seu preço e o de seus
concorrentes no exterior, verificando se não existem barreiras à substituição de um tipo
de produto por outro.
Alguns bens serão não comercializáveis, quer por sua própria natureza, quer devido aos
altos custos de transporte por unidade de produto, tarifas elevadas ou outros tipos de
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restrição. Exemplos de bens não comercializáveis internacionalmente podem ser
encontrados no setor da habitação, de geração de energia, de transporte, de serviços
educacionais, de serviços pessoais etc.
Na medida em que os não comercializáveis afetarem os custos da produção dos
comercializáveis, a competitividade destes sofrerá, caso não se reverta posteriormente à
alteração de preços relativos.

Custo Brasil
Expressão genérica para alguns fatores desfavoráveis à competitividade de setores ou
empresas da economia brasileira que não dependem das próprias empresas, ou seja, da
qualidade de seus produtos, de seus custos etc.
Algumas vezes, a expressão se refere a distorções presentes na estrutura tributária que
oneram desnecessariamente algumas exportações. Outras vezes, aponta-se o custo com
transportes terrestres, portos, comunicações etc., cujo estado de deterioração está hoje
elevado em função da insuficiência de investimentos públicos em infra-estrutura desde o
início dos anos 80. Também, em outras ocasiões, mencionam-se encargos sociais
supostamente maiores que no exterior.
Reformas no sistema tributário e privatização são apontadas como soluções do problema.
No segundo caso, o resultado final dependerá principalmente da extensão em que se faça
acompanhar por investimentos maciços. Não apenas nos segmentos cuja lucratividade
operacional já seja atraente de imediato, como também em outros componentes da
infra-estrutura, cujo retorno para a economia como um todo se apresente maior do que o
expresso na rentabilidade corrente.

Política Industrial
As duas experiências mais marcantes foram as do Programa de Metas do governo
Kubitschek (1956-1960) e do Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (1974-1979)
do regime autoritário.
Essas políticas possibilitaram estruturar a indústria de transformação e iniciar a
constituição de um sistema nacional de desenvolvimento tecnológico
Nos anos 90, com a crescente liberalização comercial, financeira e econômica,
desmontou-se o antigo sistema de proteção e de incentivos. A política industrial tornou-
se mais focalizada, e a ênfase passou a estar na criação de capacitação para produzir
com eficiência, qualidade e produtividade, e na criação ou manutenção de um ambiente
competitivo.

Órgãos governamentais intervenientes e promotores da política comercial


Órgãos Intervenientes
Gestores
Secretaria de Comércio Exterior;
Secretaria da Receita Federal;
Banco Central do Brasil.
Anuentes
Banco do Brasil;
Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX);
Departamento Nacional de Combustíveis (DNC);
Departamento da Polícia Federal (DPF);
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA);
Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural (IBPC);
Ministério da Aeronáutica;
Ministério da Agricultura e do Abastecimento;
Ministério da Ciência e Tecnologia;
Ministério do Exército;
Ministério da Saúde;
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR);
Secretaria de Produtos de Base (SPB).

Órgãos promotores
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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Comércio Exterior
Ministério das Relações Exteriores - MRE
Câmaras de comércio
Embaixadas
Consulados
Associações

1.3. Organismos internacionais e acordos comerciais entre


países.
O comércio internacional tem caminhado, de um lado, para a liberação dos fluxos comerciais
de bens e serviços e, de outro, para a formação de zonas integradas de comércio, as quais
podem apresentar os seguintes formatos:

• área de livre-comércio: as barreiras ao comércio de bens entre os países membros são


eliminadas, mas estes mantêm autonomia na administração de sua política comercial;
• união aduaneira: a circulação intra-bloco de bens e serviços é livre, a política comercial é
uniformizada e os países membros utilizam uma tarifa externa comum;
• mercado comum: equivale à união aduaneira, mas permite também o livre movimento de
fatores produtivos (trabalho e capital);
• união econômica: estágio posterior ao mercado comum, que contempla a coordenação
estreita das políticas macroeconômicas dos países membros e, eventualmente, a adoção de
uma moeda única.

 Mercosul

O MERCOSUL - Mercado Comum do Sul - é um bloco econômico criado em 1991, pela


Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai baseado no Mercado Comum Europeu com o objetivo
de reduzir ou eliminar impostos, proibições e restrições entre seus produtos. Em 2004, os
países chamados andinos como o Chile, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru se associaram ao
MERCOSUL.

Em 2002, o MERCOSUL foi afetado pela situação econômica da Argentina, o que levantou
grandes rumores acerca de uma possível relação com os Estados Unidos a fim de fragilizá-lo.
Em 2004, a Argentina passou a ter atitudes contrárias às estabelecidas e assinadas no acordo
fazendo com que a expansão do MERCOSUL fosse prejudicada e adiada.

Em 2005, a Venezuela buscou sua adesão ao acordo, mas teve que cumprir algumas
exigências, como adotar a TEC – Tarifa Externa Comum. Esse acordo beneficiou as ligações
comerciais e financeiras entre os países parceiros, já que houve implantação de indústrias

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filiais em países parceiros e ainda o grande crescimento turístico entre os mesmos.

O Brasil assumiu a liderança do bloco econômico e a Argentina assumiu a segunda colocação.


O Brasil exporta, principalmente para os países parceiros, automóveis bem como suas peças
de manutenção, bebidas, cigarros, café, açúcar, aparelhos eletrônicos, óleos e calçados.

Apesar das considerações feitas ao MERCOSUL, apenas o Chile cresceu economicamente


acima da média mundial. As duas potências do MERCOSUL, o Brasil e a Argentina
cresceram menos que a média mundial.

Aladi
A ALADI - Associação Latino-Americana de Integração é um organismo intergovernamental
que, continuando com o processo iniciado pela ALALC em 1960, promove a expansão da
integração dos países da região, com o objetivo de garantir seu desenvolvimento econômico e
social e tendo como meta final a criação de um mercado comum. A ALADI foi criada pelo
Tratado de Montevidéu em 1980 (conhecido como TM80) e é atualmente o maior grupo
latino-americano, cuja meta é a integração gradual, sendo formada por doze países-membros:
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai
e Venezuela, juntando mais de 500 milhões de habitantes.
A ALADI promove a criação de uma área de preferências econômicas na região, objetivando
um mercado comum latino-americano, através de três mecanismos:
- uma preferência tarifária regional, aplicada a produtos originários dos países-membros
frente às tarifas em vigor para terceiros países;
- acordos de alcance regional (comuns a todos os países-membros); e
- acordos de alcance parcial, com a participação de dois ou mais países da área.
No âmbito destes mecanismos, foram já criados diversos outros acordos de integração, entre
os quais o MERCOSUL criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, a Comunidade Andina
das Nações e o Grupo dos Três.
Mercado Comum Europeu
A integração européia iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, com a necessidade de
reconstruir a Europa, arruinada pelo conflito, e evitar novos confrontos entre os povos que
faziam parte de uma mesma história política e geográfica, que conservavam sua identidade,
seu idioma e sua cultura.
A União Européia, diferentemente dos Estados Unidos da América, não é uma federação, nem
uma organização de cooperação entre governos, como a Organização das Nações Unidas
(ONU). A União Européia possui, de fato, um caráter único; os países que compõem a UE
congregaram suas soberanias em algumas áreas para ganhar força e influência no mundo, as
quais não poderiam obter isoladamente.

A idéia da Europa como uma unidade política e econômica tem pelo menos um século de
existência. Mas foi apenas depois da assinatura do Tratado de Roma, de 1957, que essa
proposta começou a se consolidar. Entre 1957 e 1958, seis Estados - Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, Alemanha Ocidental, França e Itália -, chamados "Europa dos Seis", fundaram a
Comunidade Econômica Européia (CEE), com a finalidade de garantir a livre circulação de
mercadorias, serviços e pessoas entre seus membros, eliminando os obstáculos, alfandegários
ou não, que impediam o livre comércio.
Tratado de Maastricht
Criada em 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht, a União Européia é a sucessora
da Comunidade Econômica Européia. É o resultado de décadas de evolução no caminho da
integração européia, visando à constituição de um modelo federativo que permitisse a
integração das economias limitadas e complementares dos Estados europeus do pós-guerra. O
objetivo era assegurar-lhes prosperidade e desenvolvimento social crescentes.
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Entre 1957 e 1995, a "Europa dos Seis" transformou-se em "Europa dos Quinze", com a
incorporação de Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca (1973), Grécia (1981), Portugal e
Espanha (1986), e Áustria, Finlândia e Suécia (1995). A partir de 2004, mais dez países
passaram a integrá-la: Chipre, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta,
Polônia, Eslováquia e Eslovênia.

Desde então, a UE cresceu para 27 Estados-membros, dois a mais a partir de 2007, com a
adesão de Bulgária e Romênia. Uma união de 30 Estados está dentro do alcançável e é desejo
de muitos governos da Europa não comunitária juntar-se. Para aderir à União Européia, um
Estado deve preencher condições políticas e econômicas (critérios de Copenhague). Um
Estado só se torna membro de pleno direito na União Européia 10 anos depois da sua entrada
e sua integração ocorrem de forma progressiva.
Acordos da União Européia
Os acordos da União Européia garantem acordo nos seguintes níveis de integração:
Integração econômico-comercial, cuja expressão concreta é o mercado único, ou seja, a
livre circulação de bens, serviços, capitais e trabalhadores entre os Estados-membros.
Garantia de política externa e de segurança comum.
Garantia de políticas de imigração e de cooperação judiciária e policial.

A atual União Européia fundamenta-se juridicamente em quatro tratados fundadores:


Tratado da Comunidade Européia do Carvão e do Aço (Ceca) - criado em 1951,
composto pela França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. A Ceca tinha como
objetivo a integração das indústrias do carvão e do aço dos países europeus.
Tratado da Comunidade Econômica Européia (CEE) - criado em 1957, composto pelos
mesmos seis países da Ceca. Tinha como finalidade estabelecer um mercado comum europeu.
Tratado da Comunidade Européia da Energia Atômica (Euratom) - criado no Tratado
de Roma em 1957, tinha como objetivo fomentar a cooperação no desenvolvimento e
utilização da energia nuclear e elevação do nível de vida dos países-membros, mediante a
criação de um mercado comum de equipamentos e materiais nucleares, assim como o
estabelecimento de normas básicas de segurança e proteção da população.
Tratado da União Européia (UE) - Reunidos na cidade de Maastricht, no sul da Holanda,
em dezembro de 1991, os países-membros firmaram um novo tratado, em substituição ao de
Roma, definindo os próximos passos para integração. Em 1993, entrou em vigor o Tratado de
Maastricht, mudando o nome de CEE para União Européia (UE). Foram estabelecidos
fundamentos da futura integração política, onde se destacam a segurança e a política exterior,
assim como a consagração de uma Constituição Política para a UE e a integração monetária.
Os mais importantes objetivos do Tratado de Maastricht são a união econômica monetária dos
Estados-membros da UE, a definição e a execução de uma política externa e de segurança
comuns, a cooperação em assuntos jurídicos e a criação de uma cidadania européia.
Maastricht cria um bloco de nações livre de barreiras à circulação de mercadorias, capitais,
serviços e pessoas.
Esses quatro tratados estabelecem as bases para uma convivência pacífica entre os países-
membros.
Em 1999, surge o euro
A integração evoluiu para a adoção de uma moeda única, o euro, criada em 1999, e para a
unificação política. O euro começou a ser usado na forma de notas e moedas em 2002. Ao se
fazer referência exclusivamente ao aspecto econômico-comercial da integração européia, é
correto utilizar o termo "Comunidade Européia", uma vez que as designações "Comunidade
Econômica Européia" e "Mercado Comum Europeu" foram, oficialmente, abolidas.

O processo de tomada de decisões, em geral, e o processo de co-decisão, em particular,


envolvem cinco principais instituições:
Apostila de Log. Internacional – Profa. Marlene
- representa os cidadãos da União Européia, que elegem seus
membros.
- representa individualmente os Estados-membros.
- defende os interesses de toda a União Européia.
- assegura o cumprimento da legislação européia.
- fiscaliza as finanças das atividades da União Européia.
Estados-membros
Os Estados-membros da UE são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria,
Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido,
República Tcheca, Romênia, Suécia.

Em negociação: República da Macedônia, Croácia e Turquia.


Sugestão de leitura:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100207/not_imp507490,0.php
 Outros
ALCA - É a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), acordo proposto pelos Estados
Unidos da América onde se criaria uma zona sem barreiras alfandegárias disseminando assim
a entrada de produtos norte-americanos nas Américas Central e Sul.
Participariam desse acordo 34 nações americanas, com exceção de Cuba por ter divergências
ideológicas com os Estados Unidos. O primeiro prega o socialismo e a soberania, já o
segundo pratica o capitalismo.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 34 países seria de aproximadamente 13 trilhões de dólares,
superando em 2 trilhões o PIB da União Européia (UE). A população da ALCA seria cerca de
850 milhões de habitantes, já a da União Européia é de cerca de 374 milhões. Isso faria com
que a hegemonia da União Européia decrescesse, dessa forma a ALCA igualaria ou superaria
o bloco europeu.

Criação

A primeira reunião entre a Cúpula Americana para discutir esse acordo ocorreu em 1994,
momento em que foi exposto o desejo norte-americano de unir as Américas, utilizando como
principal argumento a luta pela hegemonia das Américas.

A princípio, a ALCA iria acabar gradativamente com as barreiras comerciais e de


investimentos, com isso aproximadamente 85% dos produtos e serviços transacionados na
região ficariam isentos de impostos. Cada país ou bloco iria estabelecer sua própria alíquota
de importação para países não pertencentes ao grupo.
Aceitação da ALCA - Foram realizadas inúmeras manifestações contra a ALCA, pois os
argumentos utilizados pelos norte-americanos não convenceram a população latina de que o
acordo seria algo vantajoso para eles. Por fim, em 2005 foi oficialmente abandonado o acordo
da ALCA, com a saída da Venezuela e do Brasil.
 NAFTA:
O NAFTA (North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre
Comércio) é um bloco econômico formado por Estados Unidos, Canadá e México. Foi
ratificado em 1993, entrando em funcionamento no dia 1º de janeiro de 1994.
Objetivos do NAFTA
- Garantir aos países participantes uma situação de livre comércio, derrubando as
barreiras alfandegárias, facilitando o comércio de mercadorias entre os países
membros;
- Reduzir os custos comerciais entre os países membros;
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- Ajustar a economia dos países membros, para ganhar competitividade no cenário de
globalização econômica;
- Aumentar as exportações de mercadorias e serviços entre os países membros;
Comunidade Andina
A Comunidade Andina foi criada em 1969, com a assinatura do Acordo de Cartagena, que
ficou conhecido como "Pacto Andino". Trata-se de uma organização sub-regional, hoje
integrada por cinco países: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Em dezembro de 1996, o MERCOSUL celebrou com a Bolívia um Acordo de
Complementação Econômica (ACE - 36), mediante o qual esta passou a ter a condição de
membro associado ao MERCOSUL . O Acordo firmado com a Bolívia prevê a liberalização
completa do comércio de bens, dentro de um prazo de oito a dez anos, bem como futuras
negociações nos setores de serviços, propriedade intelectual, compras governamentais e
outros.
Em 3 de julho de 1999, foi celebrado o Acordo de Alcance Parcial de Complementação
Econômica (ACE - 39) entre os Governos das Repúblicas da Colômbia, do Equador, do Peru
e da Venezuela, de um lado, e do Brasil, de outro. Entrou em vigor em 16 de agosto de 1999,
e estabelece preferências tarifárias para 2739 produtos. O ACE - 39 constitui um primeiro
passo para a criação de uma zona de livre comércio entre o MERCOSUL e a Comunidade
Andina.

2.1.Tipos e papeis dos diversos atores no comércio


exterior:
 indústrias, comércios, prestadores de serviços
 O setor de serviços (ou terciário) da economia brasileira envolve a comercialização de
produtos e a prestação de serviços comerciais, pessoais ou comunitários à população.
Extremamente heterogêneo, contempla diversas atividades como o comércio e a reparação
de veículos automotores; os transportes terrestre, aquaviário e aéreo; a intermediação
financeira; os correios e as telecomunicações; o comércio varejista e a reparação de objetos
pessoais e domésticos; as atividades imobiliárias; os aluguéis; o comércio por atacado e os
representantes comerciais e agentes do comércios; e a administração pública, defesa e
seguridade social (educação, saúde e serviços sociais).
 As estatísticas disponíveis revelam a importância do setor de serviços para a economia
brasileira. Em 2008, o setor contribuiu com 65,3% do valor adicionado ao PIB e foi, no
mesmo período, o principal receptor de investimentos diretos (38,5%). Tradicionalmente,
é também o maior gerador de postos formais de trabalho do País: segundo dados do
Ministério do Trabalho e Emprego, em 2007 os empregos registrados nas categorias
“construção civil”, “comércio”, “serviços” e “administração pública” totalizaram 76,03%
do volume de empregos formais no Brasil.
 Em 2008, as vendas externas brasileiras de serviços atingiram o valor recorde de US$ 28,8
bilhões. Com relação a 2007, evoluíram 27,4%, taxa superior à expansão das nossas
exportações de bens, de 23,2%. Ainda em 2008, houve crescimento nas aquisições
brasileiras de serviços, que totalizaram US$ 44,4 bilhões, contra US$ 34,7 bilhões no ano
anterior, uma ampliação de 27,9%. Estes dados em conjunto demonstram um mercado com
grande potencial de desenvolvimento.
 Ciente da importância do setor de serviços para a economia brasileira, o Governo Federal,
por meio do Decreto nº 5.532, de 6 de setembro de 2005, criou a Secretaria de Comércio e
Serviços (SCS) no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). Como órgão específico e singular do Ministério, compete à SCS, por
exemplo, a formulação, coordenação, implementação e avaliação das políticas públicas e
dos programas e ações para o desenvolvimento dos setores de comércio e de serviços; a
análise e acompanhamento das tendências dos setores de comércio e serviços no País e no
exterior; a formulação, implementação e divulgação de sistemáticas de coleta de
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informações sobre os setores; e a supervisão dos registros de comércio e atividades afins,
em todo o território nacional.
 Atualmente, os principais projetos a cargo da SCS em desenvolvimento consistem no
estabelecimento da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de
Empresas e Negócios (REDESIM), na coordenação das ações relacionadas à formalização
simplificada do Empreendedor Individual, na elaboração da Política Nacional de Comércio
e Serviços, no exercício da Secretaria Técnica do Fórum Permanente das Micro e Pequenas
Empresas, na gestão das ações do Complexo Serviços da Política de Desenvolvimento
Produtivo (PDP) e, finalmente, na instituição do Sistema Integrado de Comércio Exterior
de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzem Variações no Patrimônio das
Entidades (SISCOSERV).

 Operadores logísticos
Operador Logístico é a empresa prestadora de serviços, especializada em gerenciar e executar
todas ou parte das atividades logísticas, nas várias fases da cadeia de abastecimento de seus
clientes, agregando valor aos produtos dos mesmos.
As Atividades Básicas do Operador Logístico são:
Controle de estoque
Para efetuar um eficiente controle de estoque, o prestador de serviços logísticos deve:
 Obter de cada cliente (ou ajudá-lo a estabelecer) a política a ser seguida na gestão dos
estoques do mesmo;
 Controlar e responsabilizar-se por quantidades, localização e valores do estoque físico
do cliente, enquanto o mesmo estiver sob sua guarda;
 Utilizar técnicas e meios modernos para acompanhar a evolução dos estoques no
tempo, em termos de quantidades e localização para informar o cliente a respeito, com a
prioridade adequada;
 Emitir relatórios periódicos sobre os estoques;
 Garantir a rastreabilidade dos produtos;
Armazenagem
Para prestar serviços eficientes de armazenagem, o prestador se serviços logísticos deve:
 Dispor de instalações adequadas para o exercício da atividade de armazenagem:
 De acordo com a legislação e com as regras das entidades legais (Corpo de
Bombeiros, Vigilância sanitária, etc);
 Em condições de atender às necessidades dos clientes, em termos de docas de
recebimento e expedição, de equipamento de movimentação, de sistemas de estantes ou áreas
convenientes quando não forem necessárias estantes, climatização quando necessário, entre
outras;
 Dispor de sistema de administração de armazéns adequado a cada caso, incluindo,
quando necessário, sistemas de impressão e leitura de códigos de barra e de rádio freqüência;
 Ser capaz de controlar e responsabilizar-se pelas avarias;
 Realizar o controle de qualidade adequado, na entrada dos bens e materiais
armazenados, quando necessário;
 Possuir apólices de seguro para as instalações e para os bens materiais;
 Emitir a documentação de despacho, de acordo com a legislação;
 Executar unitização (paletização e conteinerização), quando necessário;
Gestão de Transportes
Para prestar serviços eficientes de gestão de transportes, o prestador de serviços logísticos
deve:
 Qualificar e homologar transportadoras;
 Contratar ou realizar transportes;
 Negociar o nível de serviço desejado das transportadoras;
 Pesquisar periodicamente os valores de fretes nas praças desejadas;

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 Coordenar de forma eficaz a chamada de transportadoras;
 Conferir e realizar o pagamento de fretes;
 Medir e controlar o desempenho das transportadoras frente aos padrões estabelecidos;
 Emitir relatórios de acompanhamento do nível de serviço;
 3.Modais de transportes internacionais
 O transporte internacional marítimo responde por mais de 80% da movimentação de
cargas no mundo. Dessa forma, influencia o cálculo de frete internacional de cargas,
que adota como parâmetros o volume, o peso e a distância do setor marítimo. É útil
para o exportador certificar-se de que o transporte da mercadoria vai contar com uma
malha portuária automatizada e com boa capacidade de carga, descarga e transbordo,
o que possibilita uma diminuição nos custos.
 O exportador pode designar uma empresa especializada para transporte de
mercadoria ou por sua conta procurar o tipo de translado mais adequado para atender
pedido do importador.
 Escolha do transporte adequado
 Apesar do predomínio do transporte marítimo, o exportador deve escolher o melhor
meio de entrega, de acordo com a natureza da mercadoria e dos prazos estabelecidos.
Na análise, deve-se considerar a rapidez, a segurança e o menor custo. Aconselha-se
a revisão periódica dos respectivos contratos, pois a dinâmica de inovações no
segmento costuma favorecer o exportador.
 A escolha ideal deve suprir as necessidades tanto do exportador como do importador,
combinando-se os fatores:
 • pontos de embarque e desembarque mais propícios;
• custos de transporte doméstico relacionados com embarque, desembarque,
cuidados especiais, frete até o ponto de embarque, frete internacional e
manuseio;
• prazo de urgência requerida na entrega;
• características da carga: peso, volume, formato, dimensão, periculosidade e
refrigeração;
• disponibilidade e freqüência de rotas;
• exigências legais.
 Transporte marítimo
 É o meio mais utilizado no comércio exterior porque se caracteriza pelo baixo custo.
Nas operações CFR e CIF, a indicação do navio é feita pelo exportador, cabendo ao
importador esta indicação no caso das operações FOB.
 Neste tipo de transporte, o frete representa o montante recebido pelo armador como
remuneração pelo transporte da carga.
 Existem outras despesas que, embora não integrem o frete, são devidas na
movimentação das cargas nos portos: capatazia, taxa cobrada pela utilização das
instalações portuárias, e estiva, taxa cobrada pela arrumação das cargas no navio com
utilização do equipamento de bordo.
 Transporte terrestre
 O transporte terrestre é utilizado em decorrência do desenvolvimento e da melhoria
da malha rodoviária e da modernização da rede ferroviária. A utilização de múltiplas
modalidades de transporte (multimodalidade) pode ser uma boa opção para o
exportador, em especial, quando os ganhos na movimentação de carga compensam os
acréscimos nos custos do serviço. No Brasil predomina o transporte rodoviário para
movimentação de mercadorias para os países limítrofes, Uruguai, Argentina, Paraguai,
Chile, Bolívia.

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 Transporte aéreo
 Apesar de contar com aviões cada vez maiores, o custo do transporte aéreo restringe
sua utilização. Algumas vantagens podem atenuar o custo desta modalidade:
 • crescente aumento de frotas e rotas;
• acesso a determinados mercados, difíceis de alcançar por outros meios de
transporte;
• redução no custo de embalagem;
• redução nas despesas de manuseio de carga;
• redução dos gastos de armazenagem;
• carga referente

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a pequenos volumes.

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2.2. Noções de Negociação:
– INCOTERMS

Os chamados Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de


Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda
internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador,
estabelecendo um conjunto-padrão de definições e determinando regras e práticas
neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga
o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro.
Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais,
imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios
internacionais e objetivam promover sua harmonia.
Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador,
quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é
elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes
internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em terminais,
transporte e seguro internacionais
ORIGEM
Os Incoterms surgiram em 1936 quando a Câmara Internacional do Comércio - CCI, com
sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo
utilizadas no comércio internacional.
O constante aperfeiçoamento dos processos negocial e logístico, com este último
absorvendo tecnologias mais sofisticadas, fez com que os Incoterms passassem por
diversas modificações ao longo dos anos, culminando com um novo conjunto de regras,
conhecido atualmente como Incoterms 2000.

SIGLAS
Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio simplificam
os contratos de compra e venda internacional ao contemplarem os direitos e obrigações
mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de
elaboração do produto. Por isso, são também denominados "Cláusulas de Preço", pelo
fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria,
adicionais aos custos de produção.
SIGNIFICADO JURÍDICO
Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força legal,
com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e
agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.

CATEGORIAS DOS INCOTERMS


Os Incoterms foram agrupados em quatro categorias por ordem crescente de
obrigação do vendedor.

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GRUPO INCOTERMS DESCRIÇÃO

E de Ex (PARTIDA - EXW - Ex Works Mercadoria entregue ao


Mínima obrigação para o comprador no
exportador) estabelecimento do
vendedor.

F de Free (TRANSPORTE FCA - Free Carrier Mercadoria entregue a um


PRINCIPAL NÃO PAGO FAS - Free Alongside transportador internacional
PELO EXPORTADOR) Ship indicado pelo comprador.
FOB - Free on Board

C de Cost ou Carriage CFR - Cost and Freight O vendedor contrata o


(TRANSPORTE PRINCIPAL CIF - Cost, Insurance transporte, sem assumir
PAGO PELO and Freight riscos por perdas ou danos
EXPORTADOR) CPT - Carriage Paid To às mercadorias ou custos
CIP - Carriage and adicionais decorrentes de
Insurance Paid to eventos ocorridos após o
embarque e despacho.

D de Delivery (CHEGADA DAF - Delivered At O vendedor se


- Máxima obrigação para Frontier responsabiliza por todos os
o exportador) DES - Delivered Ex- custos e riscos para
Ship colocar a mercadoria no
DEQ - Delivered Ex- local de destino.
Quay
DDU - Delivered Duty
Unpaid
DDP - Delivered Duty
Paid

Tabela

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EXW - EX WORKS (...named place)

• A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor,


ou em outro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), não desembaraçada para
exportação e não carregada em qualquer veículo coletor;
• Este termo representa obrigação mínima para o vendedor;
• O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do
estabelecimento do vendedor;
• Desde que o Contrato de Compra e Venda contenha cláusula explícita a respeito, os
riscos e custos envolvidos e o carregamento da mercadoria na saída, poderão ser do
vendedor;
• EXW não deve ser usado se o comprador não puder se responsabilizar, direta ou
indiretamente, pelas formalidades de exportação;
• Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

FCA - Free Carrier (...named place)

• O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada


para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador,
no local determinado;
• A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o
comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a
mercadoria possa vir a sofrer;
• O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidades
quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do
vendedor, este é o responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador; se a
entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo
descarregamento de seu veículo;
• O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador, para receber a
mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é
entregue àquela pessoa indicada;
• Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.
FAS - Free Along Ship (...named port of shipment)

• O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao


lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento,
no porto de embarque designado;
• A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com
carregamento, pagamento de frete e seguro e demais despesas;
• O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação;
• Este termo pode ser utilizado somente para transporte aquaviário (marítimo fluvial ou
lacustre).
FOB - Free on Board (...named port of shipment)

• O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do


navio (ship's rail) no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o
comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos;
• A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as

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despesas passam a correr por conta do comprador;
• O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação;
• Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo,
fluvial ou lacustre).
CFR - Cost and Freight (...named port of destination)

• O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a


mercadoria a bordo do navio;
• O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado;
• O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação;
• Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos
adicionais são transferidos do vendedor para o comprador no momento em há que a
mercadoria cruze a murada do navio;
• Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da
mercadoria;
• Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou
lacustre).
CIF - Cost, Insurance and Freight (...named port of destination)

• A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no


momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque;
• O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para
levar a mercadoria até o porto de destino indicado;
• O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se
responsabilizar por todas as despesas;
• O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação;
• O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio de seguro do transporte principal;
• O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao
comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;
• Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são do comprador;
• Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou
lacustre).
CPT - Carriage Paid to (...named place of destination)

• O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino


designado;
• A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do
transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o
comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer;
• O vendedor é o responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação;
• Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte
CIP - Carriage and Insurance Paid to (...named place of
destination)

• Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT,


acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o destino;
• A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do
transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o
comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer;
• O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao
comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;
• Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte
DAF - Delivered at Frontier (...named place of destination)
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• O vendedor deve entregar a mercadoria no ponto combinado na fronteira, porém antes
da divisa aduaneira do país limítrofe, arcando com todos os custos e riscos até esse
ponto;
• A entrega é feita a bordo do veículo transportador, sem descarregar;
• O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação, mas não pelo
desembaraço da importação;
• Após a entrega da mercadoria, são transferidos do vendedor para o comprador os
custos e riscos de perdas ou danos causados às mercadorias;
• Cláusula utilizada para transporte terrestre.

DES - Delivered Ex Ship (...named port of destination)

• O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, à bordo do navio,


não desembaraçada para a importação, no porto de destino designado;
• O vendedor arca com todos os custos e riscos até o porto de destino, antes da
descarga;
• Este termo somente deve ser utilizado para transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou
lacustre).
DEQ - Delivered Ex Quay (...named port of destination)

• A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposição


do comprador, não desembaraçada para importação, no cais do porto de destino
designado;
• O vendedor arca com os custos e riscos inerentes ao transporte até o porto de destino
e com a descarga da mercadoria no cais;
• A partir daí a responsabilidade é do comprador, inclusive no que diz respeito ao
desembaraço aduaneiro de importação; • Este termo deve ser utilizado penas para
transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre).

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DDU - Delivered Duty Unpaid (...named place of destination)

• O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto de destino


designado, sem estar desembaraçada para importação e sem descarregamento do
veículo transportador;
• O vendedor assume todas as despesas e riscos envolvidos até a entrega da mercadoria
no local de destino designado, exceto quanto ao desembaraço de importação;
• Cabe ao comprador o pagamento de direitos, impostos e outros encargos oficiais por
motivo da importação;
• Este termo pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte.
DDP - Delivered Duty Paid (...named place of destination)

• O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no


local de destino designado;
• É o INCOTERM que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na
medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e
entrega da mercadoria no local de destino designado;
• Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou
indiretamente, os documentos necessários à importação da mercadoria;
• Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de transporte, deve-se
observar que é necessária a utilização dos termos DES ou DEQ nos casos em que a
entrega é feita no porto de destino (a bordo do navio ou no cais).

2.3. Aspectos administrativos do comércio exterior:


Procedimentos administrativos na importação
Registros da empresa
Uma importadora necessita de dois registros básicos:
Registro de Importador
A empresa deve estar cadastrada no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da
Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) - de acordo com a portaria 280 de 12/07/95. O registro pode
ser feito através do Siscomex (veja nesta página) durante o registro da primeira
operação de importação. Deve-se informar o CGC, constituição societária, capital social e
demais dados cadastrais.

Registro no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex)


É o sistema informatizado da Secretaria da Receita Federal (SRF) através do qual o
importador registra todas as informações da operação comercial e da mercadoria para

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que sejam emitidos o Licenciamento Não-Automático de Importação (LI), Declaração de
Importação (DI), Registro de Operações Financeiras (ROF) ou ainda a consulta ou
retificação do Extrato da DI.

Importante: Qualquer produto pode ser classificado na NCM. Entretanto, as dúvidas


podem ser esclarecidas pela Secretaria da Receita Federal - SRF - através de formulário
específico, encontrado na unidade da Receita do domicílio fiscal do importador.
Tratamentos administrativos
Para efeito de regulamentação e tramitação administrativa, existem dois tipos de
importações: as permitidas e as não permitidas.

Importações permitidas: elas podem ter licenciamento automático ou não.

Licenciamento Automático
O Licenciamento Automático é o procedimento mais comum para se registrar uma
importação. Ele é feito automaticamente durante a formulação da Declaração de
Importação, após a chegada da mercadoria no País. Para isso, o importador tem que
registrar no Siscomex as informações comerciais, financeiras, cambiais e fiscais da
operação. Somente com a DI processada poderá ser feito o despacho aduaneiro.

Importante: Mesmo no caso do licenciamento automático, é preciso verificar até o


momento do desembaraço os casos sujeitos a procedimentos especiais, entre eles:
 exigências sanitárias ou zoosanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e
abastecimento para produtos de origem vegetal ou animal;
 exigências estabelecidas pelo Ibama para borracha natural, sintética ou artificial;
 número de registro da empresa e/ou produto para amianto, defensivos agrícolas,
produtos farmacêuticos, produtos de perfumaria e correlatos da área médico-hospitalar.

Licenciamento não-automático (LI)


Para alguns produtos é feito o Licenciamento não-automático (LI). Por esse
procedimento, o importador deve prestar informações mais detalhadas de sua carga. Via
de regra, a LI é solicitada antes do desembaraço da mercadoria, mas em determinados
casos ela deve ser solicitada antes do embarque no exterior.

Antes do Despacho Aduaneiro: É requerido para as seguintes situações:


 importações através do regime de drawback;
 importações sob o amparo dos Decretos-Leis 1.219 (15/05/72) e 2.433 (19/05/88);
 transações sob o amparo da Lei 8.010 (29/03/90), que estabelece o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq)
 compras externas para a Zona Franca de Manaus e
 operações com destinos às Áreas de Livre Comércio (Tabatinga -AM; Guajará-Mirin -RO;
Macapá e Santana - AP; Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Epitaciolândia - AC).

Antes do Embarque da Mercadoria :É requerido para mercadorias com características


peculiares e que estão sujeitas a controles especiais da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex) ou de outro órgão anuente. São elas:
 mercadorias sujeitas a quotas (tarifária e não-tarifária);
 sujeitas a exame de similaridade;
 material usado;
 importações de produtos da lista de ex-tarifários com alíquotas reduzidas a zero;
 operações sem cobertura cambial de obras audiovisuais em CD-Rom; amostras com
valor inferior a US$ 1.000; donativos; substituição de mercadorias; leasing; aluguel ou
afretamento; investimentos de capitais estrangeiros; operações em reais e admissão
temporária de obras audivisuais;
 importações originárias do Iraque;
 entorpecentes e psicotrópicos;
 produtos para pesquisa clínica;
 armas, munições e correlatos;
 produtos radioativos;

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 petróleo e seus derivados;
 medicamentos com plasma, sangue humano e soro anti-hemofílico;
 produtos nocivos ao meio ambiente;
 peles e couros de animais silvestres;
 aeronaves;
 mercadorias com controle de preços e prazos de pagamento.

Todo o processo, inclusive a anuência de outros órgãos, pode ser feito via Siscomex. O
formulário da LI é preenchido off-line e transmitido para o computador central do Serpro
individualmente ou em lotes. O Sistema fará a verificação dos campos e dará a Aceitação
do LI, fornecendo o número de Registro do LI e indicando a qual análise a operação será
submetida.
É importante lembrar que o Registro não significa autorização para importação. O
solicitante deve aguardar o deferimento do órgão anuente, que só então concederá a LI.
Com esse documento, o importador tem 60 dias para embarcar a mercadoria ou
proceder a solicitação de despacho aduaneiro. Os dados da LI migram automaticamente
para a DI.

Noções de legislação de importação e respectivos fluxos de documentos


Documentos
Após o registro, o Siscomex gera o Extrato da DI com um resumo das informações da
operação. Este é o principal documento do processo, pois comprova que a transação está
autorizada. O importador, ou seu representante legal, deve imprimi-lo em duas vias.
A primeira via deve ser apresentada à Unidade da Receita Federal junto com os seguintes
documentos:
 conhecimento de carga original - esse documento contem todas as informações da
mercadoria, desde o seu destino, e comprova a posse da mercadoria;
 fatura comercial - é emitida pelo exportador com a descrição dos itens envolvidos na
transação e atende a cotação feita pelo importador - serve à fiscalização como mais um
documento contendo a descrição das mercadorias;
 Comprovante do recolhimento de impostos (Documento de Arrecadação de Receitas
Federais - Darf) e
 Os documentos exigidos por força de acordos internacionais ou legislação específica.

Tratamento Administrativo das Exportações

Definidos O QUE EXPORTAR e PARA ONDE EXPORTAR, a empresa depara-se com as


exigências legais e administrativas do processo de exportação

O conhecimento da legislação se aplica em duas esferas de atuação: no desembaraço da


mercadoria nas alfândegas estrangeiras e no desembaraço doméstico, para fins de
cumprimento da política comercial brasileira.
As condições estabelecidas por acordos bilaterais ou multilaterais têm de ser rigidamente
cumpridas. Causará sérios problemas ao importador no desembaraço aduaneiro, se
houver, por exemplo, qualquer tipo de alteração no tamanho do formulário ou na
padronização dos nomes do modelo de carimbo usados na emissão dos certificados
chamados "Form A", que comprovam a origem e a procedência de produtos brasileiros,
para fins de obtenção de preferência tarifária no país do importador (Sistema Geral de
Preferências).
No Brasil, as exportações são livres de restrições em sua quase totalidade. As disposições
o
sobre o tratamento administrativo estão especificadas na Portaria SECEX n 2, de
22.12.92, e suas alterações.
Nos anexos da Portaria, estão contemplados os produtos e as operações que requerem
procedimentos especiais. Anexo A - Remessas ao exterior que estão dispensadas de
Registro de Exportação (RE);
Anexo C - Sujeitos a procedimentos especiais ou que tenham a exportação
contingenciada, suspensa ou proibida, em virtude da legislação ou em decorrência de
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil;
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Anexo E - Exportação sem cobertura cambial;
Anexo F - Produtos passíveis de exportação em consignação.

Importações e exportações definitivas e não definitivas, nacionalização,


regimes aduaneiros
As exportações classificam-se da seguinte maneira:
• livres - são aquelas que podem ser processadas sem qualquer procedimento especial;
• sujeitas a limitações ou procedimentos especiais - operações contingenciadas,
interna ou externamente, sujeitas a procedimentos especiais; exportações sujeitas a
Registro de Venda - RV ou à interveniência administrativa de um órgão anuente;
• suspensas - são aquelas que podem estar suspensas para regular ou abastecer o
mercado interno ou ,ainda, aquelas que se encontram suspensas por embargos
comerciais a algum país;
• proibidas - exportações de jacarandá da Bahia e de antigüidades com mais de 100
anos.
Exportação Temporária :Regime aduaneiro que permite a saída de mercadorias do País, com
suspensão do pagamento do imposto de exportação, condicionada ao seu retorno em prazo
determinado, no mesmo estado em que foram exportadas.
Visa a facilitar a saída temporária do País de bens destinados a, entre outros: Realização/participação
em eventos de natureza cultural, artística, científica, comercial e esportiva
Assistência humanitária e salvamento
Acondicionamento e transporte de outros bens
ensaios e testes ou utilização no exterior
Além desses casos, existe ainda a Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo, que é
o
regulamentada pela Portaria MF n 675/94, que permite a saída do País, por tempo determinado, de
mercadorias que devam ser submetidas a:
operações de transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem, no exterior, e a posterior
reimportação, sob a forma do produto resultante, com pagamento de tributos sobre o valor agregado
aos bens; e processo de conserto, reparo ou restauração, com pagamento de tributos sobre os
materiais eventualmente empregados.
Entre outros, podem ser submetidos ao regime de exportação temporária os bens destinados a:
Feiras, exposições, congressos ou outros eventos científicos, artísticos, culturais, técnicos, comerciais
ou industriais
Competições ou exibições esportivas
Promoção comercial, inclusive amostras sem destinação comercial e mostruários de representantes
comerciais
Execução de contrato de arrendamento operacional, de aluguel, de empréstimo ou de prestação de
serviços, no exterior
Prestação de assistência técnica a produtos exportados, em virtude de termos de garantia
Atividades temporárias de interesse da agropecuária, inclusive animais para feiras ou exposições,
pastoreio, trabalho, cobertura ou cuidados da medicina veterinária
Emprego militar e apoio logístico às tropas brasileiras designadas para integrar força de paz em
território estrangeiro
*** Não é permitida a exportação temporária de mercadorias cuja exportação definitiva esteja proibida,
exceto nos casos em que haja autorização do órgão competente.

2.4. SISCOMEX: Sistema integrado de comércio exterior na


importação e na exportação
• É um sistema informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do
comércio exterior brasileiro;
• É uma ferramenta facilitadora que permite a adoção de um fluxo único de informações,
eliminando controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de documentos
envolvidos nas operações;
• É um instrumento que agrega competitividade às empresas de pequeno e médio porte,
na medida em que reduz o custo da burocracia.
O Siscomex começou a operar em 1993, para as exportações e, em 1997, para as
importações. É administrado pelos chamados órgãos gestores, que são: a Secretaria de

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Comércio Exterior - SECEX, a Secretaria da Receita Federal - SRF e o Banco Central do
Brasil - BACEN.
OS USUÁRIOS DO SISCOMEX SÃO OS SEGUINTES:
• importadores, exportadores, depositários e transportadores, por meio de seus
empregados ou representantes legais;
• a Secretaria da Receita Federal - SRF, a Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, os
Órgãos Anuentes e as Secretarias de Fazenda ou de Finanças dos Estados e do Distrito
Federal, por meio de seus servidores;
• as instituições financeiras autorizadas pela SECEX a elaborar licença de importação, por
meio de seus empregados;
• o Banco Central do Brasil - BACEN e as instituições financeiras autorizadas a operar em
câmbio, mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de Informações do
Banco Central - SISBACEN, por meio de seus servidores e empregados.
POR INTERMÉDIO DO SISCOMEX O EXPORTADOR PODE:
• Fazer o registro e o acompanhamento das suas exportações;
• Receber mensagens e trocar informações com os órgãos responsáveis por autorizações
e fiscalizações.
COMO SE INSCREVER NO REI
Para as pessoas jurídicas, a inscrição é automática no ato da primeira operação de
exportação. As pessoas físicas (agricultor ou pecuarista, com registro no Incra, artesãos,
artistas ou assemelhados, registrados como profissionais autônomos) deverão solicitar o
registro no REI ao DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior da SECEX.
COMO OPERAR NO SISCOMEX
Para operar o SISCOMEX, o exportador (pessoa física ou jurídica) deve estar habilitado
por meio de senha obtida junto à Secretaria da Receita Federal. Entretanto, poderá ser
utilizado serviço de terceiros que possuam senha, sem descaracterizar sua condição de
exportador direto, uma vez que o exportador estará identificado por seu CPF/CNPJ. Essa
senha é única e intransferível e é obtida mediante apresentação do Termo de
Responsabilidade.

Tipos de Mercadorias:
Nomenclaturas e classificação fiscal de mercadorias
Classificação fiscal nada mais é do que o enquadramento de um produto em um dos códigos
padronizados internacionalmente e que irá possibilitar o conhecimento das alíquotas dos
tributos e outras imposições de caráter administrativo a que estará sujeita a importação de
uma determinada mercadoria.

O comércio exterior brasileiro opera com duas nomenclaturas de classificação fiscal, que
deverão ser de conhecimento de todos os operadores que atuam nesse mercado: a NCM
(Nomenclatura Comum do Mercosul), e a Naladi (Nomenclatura da Associação Latino-
Americana de Integração - Aladi). Ambas têm por base o Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias (SH).

O SH foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, bem como para
aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, notadamente as do comércio
exterior.

Os códigos do SH são formados por seis dígitos, que permitem a identificação de todas as
especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um
ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das
mercadorias.

O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotaram, a partir de janeiro de 1995, a


Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado.
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Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são formados pelo SH,
enquanto o sétimo e o oitavo dígitos (itens e subitens, respectivamente) correspondem aos
desdobramentos regionais específicos, atribuídos no âmbito do bloco de integração regional.

Classificar um produto exige técnica e conhecimento do produto. Vale dizer, para se


determinar a correta classificação fiscal de um produto, primeiramente deveremos saber que
tipo de mercadoria estamos importando, qual a matéria constitutiva (borracha, plástico, ferro,
etc...), sua aplicação (por exemplo, se for componente de uma máquina, de que máquina se
trata), etc.

Com efeito. É imprescindível conhecer todas as características da mercadoria que se pretende


classificar, pois um simples detalhe em sua constituição física poderá determinar outra
classificação, ainda que, aparentemente, a mercadoria possa ser classificada em mais de uma
posição da NCM. Ressalte-se que uma mercadoria somente poderá ser classificada em uma
única posição, mesmo que pareça ser possível classificá-la em mais de uma.

As mercadorias são agrupadas, dentro da NCM/SH, em seções, capítulos e subcapítulos que


possuem caráter meramente indicativo, uma vez que apenas evidenciam a categoria dos
produtos que se encontram ali classificados, pois, para efeito de classificação fiscal, os textos
das posições é que serão o fator determinante.

Também deverão ser observadas, para efeito de classificação fiscal, as Regras Gerais para a
Interpretação do Sistema Harmonizado, que estabelecem as regras gerais de classificação das
mercadorias na Nomenclatura, e as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (Nesh), que
fornecem esclarecimentos e interpretam o SH, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e
o conteúdo da Nomenclatura.

A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)


obedece à seguinte estrutura:

00 00 00 0 0

Exemplo: Código NCM: 0104.10.11

Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com cria ao pé

Este código é resultado dos seguintes desdobramentos:

Seção I àANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL


Capítulo 01 àAnimais vivos
Posição 0104 àAnimais vivos das espécies ovina e caprina
Subposição0104.10 àOvinos
Item 0104.10.1 àReprodutores de raça pura
Subitem 0104.10.11àPrenhe ou com cria ao pé

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Documentos comerciais e financeiros nas operações de Comércio
Exterior
Após a manifestação de interesse por parte do importador, o exportador deverá enviar
ao importador um documento - FATURA PRO-FORMA - em que são estipuladas as
condições de venda da mercadoria. A FATURA PRO-FORMA deve conter as seguintes
informações:
descrição da mercadoria, quantidade, peso bruto e líquido, preço unitário e valor;
quantidades mínimas e máximas por embarque;
nomes do exportador e do importador;
tipo de embalagem de apresentação e de transporte;
modalidade de pagamento;
termos ou condições de venda - INCOTERMS;
data e local de entrega;
locais de embarque e de desembarque;
prazo de validade da proposta;
assinatura do exportador; e
local para assinatura do importador, que com ela expressa a sua concordância com a
proposta.
A FATURA PRO-FORMA pode ser substituída por uma cotação enviada por fax ou carta,
que contenha as mesmas informações indicadas acima.
Carta de Crédito
Após o envio da FATURA PRO-FORMA ao importador, o exportador receberá do
importador, caso se confirme o seu interesse, um pedido de compra ou uma carta de
crédito, documentos que confirmam a aquisição da mercadoria.
Letra de Câmbio
A letra de câmbio, semelhante à duplicata emitida nas vendas internas, representa um
título de crédito, emitido pelo exportador e sacado contra o importador. O valor da letra
de câmbio deve ser igual ao total de divisas registradas na fatura comercial. Contém os
seguintes elementos:
número, praça e datas de emissão e de vencimento;
beneficiário;
nome e endereço do emitente, e sua assinatura;
instrumento que gerou o saque - carta de crédito, fatura comercial, etc.

Contrato de Câmbio
É um instrumento firmado para troca de moedas, entre o exportador (exportador de
divisas) e um banco (importador de moedas estrangeiras), autorizado pelo Banco Central
do Brasil a operar com câmbio.

Documentos referentes à mercadoria

São os seguintes os documentos referentes à mercadoria:


Registro de Exportação - RE
Conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal, que
caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento
legal. Entre outras informações, a empresa deverá fornecer a classificação de seu
produto segundo a NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL) e a NALADI/SH
(Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração - ALADI).
No caso de operações de exportação no valor de até US$ 10,000.00 (dez mil dólares),
poderão ser utilizados, no lugar do RE, o Registro de Exportação Simplificado (RES) ou a
Declaração Simplificada de Exportação (DSE.
Registro de Operação de Crédito - RC
Informações de caráter cambial e financeiro referentes a exportações com prazo de
pagamento superior a 180 dias (prazo que caracteriza as exportações financiadas),
contado a partir da data do embarque. O preenchimento do RC e o seu deferimento
devem ser anteriores ao preenchimento do Registro de Exportação (RE).

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Ao preenchimento do RC segue-se o prazo para o embarque das mercadorias. Nesse
período, devem ser providenciados os respectivos REs e as solicitações para o
desembaraço aduaneiro das mercadorias.
O exportador, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, é responsável
pela prestação de todas as informações necessárias ao exame e processamento do RC,
que é feito por meio do SISCOMEX.
Uma vez efetuado o preenchimento, a validação do RC é feita pelo Banco do Brasil – em
caso de exportação financiada pelo PROEX – ou pelo Departamento de Operações de
Comércio Exterior da SECEX (DECEX) – em caso de operação realizada com recursos do
próprio exportador. O SISCOMEX fornece automaticamente ao operador (exportador ou
representante legal do exportador) um número referente a cada RC.
. Registro de Venda - RV
O Registro de Venda (RV) deve ser preenchido nos casos de produtos negociados em
bolsas internacionais de mercadorias ou de produtos primários (commodities). O
preenchimento do RV no SISCOMEX deve ser anterior ao preenchimento do Registro de
Exportação (RE) da mercadoria.
O SISCOMEX fornece automaticamente ao operador (exportador ou representante legal
do exportador) um número referente a cada Registro de Venda preenchido.
Nota Fiscal
A nota fiscal deve ser emitida em moeda nacional, com base na conversão do preço FOB
em reais, pela taxa do dólar no fechamento de câmbio. No caso de exportação direta, a
nota fiscal deve ser emitida em nome da empresa importadora. Na exportação indireta, a
nota será emitida em nome da empresa que efetuará a operação de exportação (trading
company, etc.)
Despacho Aduaneiro de Exportação
Trata-se do procedimento fiscal de desembaraço da mercadoria destinada ao exterior,
com base nas informações contidas no Registro de Exportação – RE, na Nota Fiscal
(primeira via) e nos dados sobre a disponibilidade da mercadoria para verificação das
autoridades aduaneiras. O Despacho Aduaneiro de Exportação é processado por
intermédio do SISCOMEX. No caso de exportações terrestres, lacustres ou fluviais, além
da primeira via da Nota Fiscal, é necessária a apresentação do Conhecimento de
Embarque e do Manifesto Internacional de Carga.
Ao final do procedimento, a Receita Federal, por meio do SISCOMEX, registra a
"Averbação", que consiste na confirmação do embarque da mercadoria ou sua
transposição da fronteira.
. Conhecimento ou Certificado de Embarque (Bill of Lading)
A empresa de transporte emite, em língua inglesa, o Conhecimento ou Certificado de
Embarque, que comprova ter a mercadoria sido colocada a bordo do meio de transporte.
Este documento é aceito pelos bancos como garantia de que a mercadoria foi embarcada
para o exterior.
O Conhecimento de Embarque é emitido geralmente em três vias originais, com um
número variado de cópias, conforme a necessidade do importador. O documento
corresponde ao título de propriedade da mercadoria e pode ser consignado ao
importador, sendo, neste caso, inegociável. Pode também ser consignado ao portador,
sendo, neste caso, negociável.

Fatura Comercial (Commercial Invoice)


Este documento, necessário para o desembaraço da mercadoria pelo importador, contém
todos os elementos relacionados com a operação de exportação. Por isso é considerado
como um dos documentos mais importantes no comércio internacional de mercadorias.
Deve ser emitido pelo exportador no idioma do importador ou em inglês, segundo a
praxe internacional.

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Romaneio (Packing List)
Este documento, preenchido pelo exportador em inglês, é utilizado tanto no embarque
como no desembarque da mercadoria, e tem por objetivo facilitar a fiscalização adu

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aneira. Trata-se de uma relação dos volumes a serem exportados e de seu conteúdo.

LEGALIZAÇÃO CONSULAR
A Legalização Consular não é exigida por todos os países importadores. Nos contatos
com os importadores estrangeiros, o exportador deve confirmar a necessidade desta
providência (reconhecimento de firma por parte da autoridade consular, em geral
cobrada).
CERTIFICADO OU APÓLICE DE SEGURO
Documento exigido quando o exportador é responsável pela contratação do seguro com
uma empresa seguradora e deve ser providenciado antes do embarque da mercadoria.
BORDERÔ OU CARTA DE ENTREGA
É um formulário fornecido pelo banco a seu cliente (exportador), com a relação dos
documentos por ele exigidos para a realização de uma operação de exportação. Cabe ao

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exportador o preenchimento do formulário e a preparação dos documentos solicitados
pelo banco.
OUTROS CERTIFICADOS
Para determinados produtos exportados, o importador poderá solicitar ainda certificados
fitossanitários, certificados específicos, como o que atesta "fumigação", certificados de
inspeção prévia, etc.

Registro de Exportação Simplificado - RES ("Simplex")


"SIMPLEX", aplica-se às exportações de até dez mil dólares, por operação (incluídas as
despesas referentes ao INCOTERM pactuado). Qualquer produto pode ser exportado por
intermédio do SIMPLEX, tanto por empresas como por pessoas físicas, desde que não
esteja sujeito a controles por órgãos governamentais. A operação de câmbio simplificado
é regulada pela Circular BACEN nº 2.967, de 11/02/2000. Ao utilizar o SIMPLEX, o
exportador deverá assinar Boleto de Compra e Venda de Moeda Estrangeira, de fácil
preenchimento, em banco credenciado a operar com câmbio. O Registro de Exportação
Simplificado (RES), que tem validade de cinco dias (Comunicado DECEX nº 25/98),
deverá ser providenciado antes do embarque do produto. Não é possível utilizar
simultaneamente o SIMPLEX e o contrato de câmbio do sistema convencional.
Não podem beneficiar-se do "SIMPLEX" operações como: exportação para consumo a
bordo;
exportação de material usado; exportação em consignação; exportação de produtos
beneficiados pelo Sistema Geral de Preferências; exportação sujeita ao RV (Registro de
Venda); exportação com financiamento do PROEX; exportação de produtos sujeitos a
pagamento do Imposto de Exportação.
O roteiro para preenchimento do Registro de Exportação Simplificado encontra-se em
anexo ao Comunicado DECEX 25/98.
Declaração Simplificada de Exportação - DSE
Também com a finalidade simplificar e facilitar o processamento de operações de até dez
mil dólares, foi regulamentada, pela Instrução Normativa da Secretaria da Receita
Federal n º 155, de 22 de dezembro de 1999.Deverá ser preenchida pelo exportador, por
intermédio de computador conectado ao SISCOMEX. Todas as exportações, feitas por
DSE, podem ser pagas por meio de cartão de crédito internacional ou por meio de Boleto
de Compra e Venda de Moeda Estrangeira.
A DSE será submetida ao módulo de seleção parametrizada do SISCOMEX, e a seleção
para conferência seguirá os critérios estabelecidos pela Coordenação–Geral do Sistema
Aduaneiro (COANA) e pela unidade local da SRF.
A mercadoria cuja DSE, registrada no SISCOMEX, tenha sido selecionada para o canal
verde de conferência aduaneira será desembaraçada mediante procedimento automático
do SISCOMEX. A mercadoria cuja Declaração tenha sido selecionada para o canal
vermelho será conferida e registrada no SISCOMEX pelo Auditor Fiscal da Receita Federal
(AFRF).
Averbação do Embarque: o sistema averbará automaticamente os despachos aduaneiros.
No caso de eventuais divergências de informações, a averbação será realizada pelo AFRF,
após as devidas correções. O Comprovante de Exportação será emitido pelo SISCOMEX.

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CERTIFICADO DE ORIGEM
O objetivo deste documento é o de atestar que o produto é efetivamente originário do
país exportador. Sua emissão é essencial nas exportações para países que concedem
preferências tarifárias. Os certificados de origem são fornecidos por entidades
credenciadas, mediante a apresentação da fatura comercial.
o CERTIFICADO DE ORIGEM MERCOSUL
o Emitido por federações, confederações ou centros da indústria, do comércio ou da
agricultura.
o CERTIFICADO DE ORIGEM ALADI
o Emitido por federações estaduais de indústria e federações estaduais de comércio;
o CERTIFICADO DE ORIGEM SGP (SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS)
o Nas exportações realizadas no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP), o
certificado é emitido pelas agências do Banco do Brasil que operam com comércio
exterior. O documento é denominado "Form A" e constitui requisito para a concessão
de reduções tarifárias por países industrializados a países em desenvolvimento.
o CERTIFICADO DE ORIGEM SGPC (SISTEMA GLOBAL DE PREFERÊNCIAS
COMERCIAIS)
o Este documento é emitido por federações estaduais de indústria.

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Modelos de Documentos

2.5. Câmbio e modalidades de pagamentos e recebimentos


no comércio exterior:
MERCADO CAMBIAL
Um mercado cambial ou de divisas é um mercado onde são compradas e vendidas as
moedas dos diferentes países, pois não são aceitas moedas estrangeiras em pagamento
das exportações, nem moeda nacional em pagamento das importações.

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Além de exportadores e importadores, o mercado cambial é composto das bolsas de
valores, dos bancos, dos corretores e todos aqueles que efetuam transações com o
exterior.

No mercado cambial iremos encontrar dois grupos :


• Grupo Vendedor : exportadores, turistas, tomadores de empréstimos, vendedores de
serviços e especuladores.
• Grupo Comprador : importadores, turistas, compradores de serviços, compradores de
títulos e especuladores.
• Os bancos atuam como intermediários entre os dois grupos acima, centralizando a
compra e venda de divisas.
• Os corretores de câmbio atuam como intermediários entre os bancos e as partes
interessadas, encarregando-se de procurar as melhores taxas e condições para seus
clientes. O Banco Central do Brasil é o órgão executor da política cambial brasileira, é ele
quem autoriza os bancos comerciais a operarem no mercado cambial.
operações de câmbio
As vendas ao exterior são usualmente cotadas em dólares. Outras moedas
conversíveis, como o marco alemão, o iene, a libra esterlina, também podem ser
utilizadas. O exportador recebe, porém, o pagamento em reais. Nas transações
internacionais o exportador passa por riscos cambiais, ou seja, mudanças nas taxas de
câmbio que podem afetar o pagamento em reais.
Contrato de Câmbio
Toda vez que é realizada uma transação comercial ou financeira com residentes no
exterior é necessária uma operação cambial, que consiste na troca entre a moeda
nacional e a estrangeira. As vendas ao exterior são efetuadas por meio de Contrato de
Câmbio entre o exportador - vendedor da moeda estrangeira - e um banco autorizado a
operar com câmbio - comprador da moeda estrangeira. A operação cambial envolve os
seguintes agentes:
o exportador, que vende a moeda estrangeira;
o banco autorizado pelo Banco Central a realizar operações de câmbio;
a corretora de câmbio, caso seja requerida pelo vendedor da moeda estrangeira.
Atualmente, há a opção de intermediação por uma corretora de câmbio. A
participação de uma corretora de câmbio pode implicar, porém, custos adicionais para o
exportador.
O Contrato de Câmbio deve conter os seguintes dados:
nome do banco autorizado a contratar o câmbio;
nome do exportador;
valor da operação;
taxa de câmbio negociada;
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prazo para liquidação;
nome do corretor de câmbio, se houver;
comissão do corretor de câmbio;
nome do importador;
dados bancários do exportador;
condições de financiamento, etc.
Fechamento do câmbio
Nas exportações com prazo não superior a 180 dias, contado da data do embarque
das mercadorias, o Fechamento do Câmbio com um banco autorizado e escolhido pelo
exportador é formalizado com o preenchimento do formulário BACEN - TIPO 01. O
formulário deve ser preenchido e registrado no Sistema de Informações Banco Central
(SISBACEN), que monitora as operações cambiais.

O Fechamento do Câmbio implica os seguintes compromissos por parte do


exportador:
negociar as divisas obtidas com a instituição financeira escolhida, a uma
determinada taxa de câmbio;
entregar, em data fixada, os documentos comprobatórios da exportação e outros
comprovantes, estes se solicitados pelo importador. É importante lembrar que a data
acordada não pode ultrapassar o limite máximo de 15 dias após o embarque da
mercadoria para o exterior, conforme determinação do Banco Central.
efetuar a liquidação do câmbio em uma determinada data, que é marcada pela
entrada efetiva da moeda estrangeira. O cumprimento deste compromisso depende,
evidentemente, do pagamento por parte do importador.
O Fechamento do Câmbio na exportação pode ser efetuado até 180 dias antes do
embarque da mercadoria, ou até 180 dias após o seu embarque. A data de embarque é
definida pela data do Conhecimento de Embarque.
O Banco Central estabelece o prazo máximo de 15 dias, contado da data de
embarque, para a entrega dos documentos comprobatórios da exportação ao banco
autorizado, que após a devida conferência, fará sua remessa ao banco emissor, no
exterior.
A definição do momento mais apropriado para o Fechamento do Câmbio depende da
necessidade de recursos financeiros para a elaboração do produto a ser exportado, da
taxa de juros nominal vigente e da expectativa de alterações na taxa de câmbio, entre a
data escolhida para a contratação e a data da liquidação do contrato de câmbio.

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Liquidação do Câmbio
A última obrigação do exportador, relacionada com a operação de câmbio, é a
entrega da moeda estrangeira ao banco, que, por sua vez, efetuará o pagamento do
valor equivalente em moeda nacional à taxa de câmbio acertada na data da contratação
do câmbio. Este procedimento é conhecido como Liquidação do Câmbio. A entrega da
moeda estrangeira pode efetuar-se das seguintes formas:
o importador efetua o pagamento na conta do banco com que foi contratado o
câmbio. É importante notar que a legislação brasileira estabelece o prazo máximo de 10
dias para a Liquidação do Câmbio, a contar da data de entrega dos documentos, no caso
de transação à vista, ou após o vencimento da letra de câmbio, no caso de venda a
prazo;
nas operações amparadas por Carta de Crédito, a entrega dos documentos
comprobatórios da exportação ao banco é considerada equivalente à entrega de moeda
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estrangeira. O banco deverá liquidar o câmbio no prazo máximo de 10 dias, a contar da
data de entrega dos documentos pelo exportador.
Alterações no Contrato de Câmbio
O Contrato de Câmbio pode ser modificado, desde que as alterações sejam
acordadas por ambas as partes, mediante preenchimento do formulário BACEN-Tipo 07.
No entanto, o Banco Central permite que sejam alteradas apenas as datas de vencimento
dos compromissos do exportador.

Modalidades de Pagamento
PAGAMENTO ANTECIPADO
Advanced Payment
O importador remete previamente o valor da transação, após o que, o exportador
providencia a exportação da mercadoria e o envio da respectiva documentação. Do ponto
de vista cambial, o exportador deve providenciar, obrigatoriamente, o contrato de
câmbio, antes do embarque, junto a um banco, pelo qual receberá reais em troca da
moeda estrangeira, cuja conversão é definida pela taxa de câmbio vigente no dia. Esta
modalidade de pagamento não é muito freqüente, pois coloca o importador na
dependência do exportador.
REMESSA SEM SAQUE
Clean Collection
O importador recebe diretamente do exportador os documentos de embarque, sem o
saque; promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente,
providencia a remessa da quantia respectiva diretamente para o exportador.
Esta modalidade de pagamento é de alto risco para o exportador, uma vez que, em caso
de inadimplência, não há nenhum título de crédito que lhe garanta a possibilidade de
protesto e início de ação judicial. No entanto, quando existir confiança entre o comprador
e o vendedor, possui algumas vantagens, entre as quais:
• agilidade na tramitação de documentos;
• isenção ou redução de despesas bancárias.
COBRANÇA DOCUMENTÁRIA
Sight Draft
Ao contrário das duas modalidades anteriores, a cobrança documentária é caracterizada
pelo manuseio de documentos pelos bancos.
Os bancos intervenientes nesse tipo de operação são meros cobradores internacionais de
uma operação de exportação, cuja transação foi fechada diretamente entre o exportador
e o importador, não lhes cabendo a responsabilidade quanto ao resultado da cobrança
documentária.
O exportador embarca a mercadoria e remete os documentos de embarque a um banco,
que os remete para outro banco, na praça do importador, para que sejam apresentados
para pagamento (cobrança à vista) ou para aceite e posterior pagamento (cobrança a
prazo).
Para que o importador possa desembaraçar a mercadoria na alfândega, ele necessita ter
em mãos os documentos apresentados para cobrança. Portanto, após retirar os
documentos do banco, pagando à vista ou aceitando (assina, manifestando
concordância) a cambial para posterior pagamento, o importador estará apto a liberar a
mercadoria.
CARTA DE CRÉDITO
Letter of Credit - L/C
A carta de crédito, também conhecida por crédito documentário, é a modalidade de
pagamento mais difundida no comércio internacional, pois oferece maiores garantias,
tanto para o exportador como para o importador.
É um instrumento emitido por um banco (o banco emitente), a pedido de um cliente (o
tomador do crédito). De conformidade com instruções deste, o banco compromete-se a
efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário), contra entrega de documentos
estipulados, desde que os termos e condições do crédito sejam cumpridos.
Por termos e condições do crédito, entende-se a concretização da operação de acordo
com o combinado, especialmente no que diz respeito aos seguintes itens: valor do
crédito, beneficiário e endereço, prazo de validade para embarque da mercadoria, prazo
de validade para negociação do crédito, porto de embarque e de destino, discriminação
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da mercadoria, quantidades, embalagens, permissão ou não para embarques parciais e
para transbordo, conhecimento de embarque, faturas, certificados, etc.
A carta de crédito é uma ordem de pagamento condicionada, ou seja, o
exportador só terá direito ao recebimento se atender a todas as exigências por
ela convencionadas.
Observe agora, passo a passo, o esquema dessa modalidade de pagamento.
1. ABRE O CRÉDITO
Após os contatos preliminares, o importador solicita a um banco de seu país a abertura
de um crédito em favor do exportador.
2. EMITE CARTA DE CRÉDITO
O banco importador emite carta de crédito e comunica ao banco do país do exportador a
existência desse crédito.
3. COMUNICA O CRÉDITO
O banco do exportador comunica a ele a chegada da carta de crédito e suas condições.
4. EMBARQUE
O exportador providencia o embarque da mercadoria.
5. DOCUMENTOS E PAGAMENTO
O exportador entrega os documentos exigidos pelo crédito ao banco de seu país e este
recebe os documentos, examina-os e, se estiverem em ordem, efetua o pagamento ao
exportador.
6. DOCUMENTOS
O banco do exportador remete os documentos ao banco do importador.
7. DOCUMENTOS E REEMBOLSO
O banco do importador entrega os documentos a ele e cobra deste o reembolso do
pagamento efetuado.
8. DESEMBARQUE
O importador, de posse dos documentos, paga os direitos aduaneiros e retira a
mercadoria.

Contratação de Frete e Seguro


Frete é a remuneração pelo serviço contratado de transporte de uma mercadoria. O
pagamento do frete pode ocorrer de duas formas:
• frete pré-pago (freight prepaid): é o frete pago no local de embarque;
• frete a pagar (freight collect): é o frete pago no local de desembarque.
Os custos do transporte são influenciados por diversas características, tais como:
• tipo da carga, peso e volume;
• fragilidade;
• embalagem;
• valor;
• distância e localização dos pontos de embarque e desembarque.

A tarifa de frete depende do meio de transporte utilizado, como se observa a seguir.

Frete Marítimo

Frete Aéreo

Frete Rodoviário

Frete Ferroviário

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 incentivos fiscais
Exportações diretas.
Nas exportações diretas, ou seja, quando o fabricante vende diretamente ao importador no
exterior, desfrutam dos seguintes incentivos fiscais, independentes de o produto ser primário,
semi-elaborado ou manufaturado: Isenção de pagamento do IPI; Não incidência de pagamento
do ICMS; Manutenção dos créditos fiscais de IPI e ICMS gerados nas compras de matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de embalagem; Isenção de pagamento do PIS e
COFINS; Ressarcimento do valor pago do PIS e COFINS na compra no mercado interno de
insumos utilizados no produto exportado; Importação de insumos, livre de impostos e sob o
regime de drawback, condicionado à posterior exportação do novo produto gerado.
Exportações indiretas.
Nas exportações indiretas, ou seja, quando uma empresa mercantil no Brasil adquire no
mercado local, produtos do fabricante para sua posterior exportação, o fabricante goza dos
incentivos fiscais adiante descritos, independentemente de o produto ser primário, semi-
elaborado ou manufaturado: Suspensão de pagamento do IPI; Não incidência de pagamento
do ICMS; Manutenção dos créditos fiscais de IPI e ICMS gerados nas compras de matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de embalagem; Isenção de pagamento apenas do
COFINS; Ressarcimento do valor pago do PIS e COFINS na compra no mercado interno de
insumos utilizados no produto exportado; Importação de insumos sob o regime de drawback,
mas sem o benefício do ICMS, pois os fiscos estaduais não reconhecem essa operação quando
o importador e exportador são empresas diferentes. Se a empresa mercantil for uma trading
company, o fabricante venderá o produto com isenção (e não suspensão) do pagamento do IPI
e também com isenção do PIS.Em ambas situações, a empresa intermediária exportadora
deverá fornecer ao fabricante o documento Memorando de Exportação, para fins de
comprovar a efetiva exportação do produto. Somente será concretizada a exportação, para
efeitos fiscais, quando ocorrer a saída física do produto para o exterior, a qual, conforme o
meio de transporte, caracterizar-se-á pela data do embarque, que ocorrerá nos seguintes
momentos: Marítimo a data da cláusula "shipped on board" no Conhecimento de Carga (Bill
of Lading); Aéreo a data do vôo; Rodoviário a data da transposição de fronteira da
mercadoria, que corresponde à data de seu desembaraço aduaneiro; Ferroviário a data da
transposição de fronteira da mercadoria, que corresponde à data de seu desembaraço
aduaneiro.
Impostos de exportação
Apesar de não adotado, atualmente a legislação brasileira prevê a possibilidade de aplicação
do imposto de exportação sobre produtos exportados, quando houver riscos no abastecimento
interno ou quaisquer outras razões que possam afetar a economia nacional Não existe
diferença de incentivos fiscais em razão do porte da empresa ou da nacionalidade do seu
capital. Os incentivos fiscais são concedidos ao produto e à operação, independentemente da
nacionalidade do capital e do porte da empresa, se micro, pequena, média ou grande.
Drawback
Drawback -Incentivo a exportação utilizado em Importações É um incentivo fiscal à
exportação que permite à empresa industrial e mesmo comercial, importar insumos, livre do
pagamento de impostos na importação, os quais após serem submetidos a beneficiamento,
transformação ou integração industrial geram outro produto que, obrigatoriamente, deve ser
exportado. Seus benefícios são a suspensão do pagamento do II, IPI, ICMS, AFRMM,
dispensa do exame de similar nacional e fechamento do câmbio sem quaisquer restrições. O
incentivo do drawback aplica-se à importação de insumos e à exportação do produto final
(modalidade suspensão), exportação do produto final e importação para reposição de estoques
de insumos anteriormente importados (modalidade isenção) e exportação do produto final e
restituição de tributos sobre insumos anteriormente importados com pagamento de impostos
(modalidade restituição).

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FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO
O financiamento das exportações propicia mais competitividade aos produtos
destinados ao mercado externo. O financiamento aplica-se à produção e à comercialização
dos bens.
Principais modalidades de financiamentos.
Programa de Financiamento às Exportações - Proex
O PROEX é administrado pelo Banco do Brasil, como agente financeiro da União, e
abrange tanto a concessão de financiamento ao exportador (Supplier’s Credit) como ao
importador (Buyer’s Credit). No financiamento concedido ao exportador, a empresa
emite a cambial e desconta o título na agência autorizada do Banco do Brasil. Para o
importador, a liberação dos recursos é feita ao exportador por autorização do
importador, contra o recebimento da mercadoria. O financiamento é operacionalizado nas
seguintes modalidades: PROEX Financiamento e PROEX Equalização.
Proex Financiamento
A relação dos produtos que podem beneficiar-se do PROEX Financiamento é bastante
ampla, está listada em Portarias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). Os prazos para pagamento do financiamento obtido podem variar de
360 dias a 10 anos. Este pode ser feito em parcelas trimestrais ou semestrais,
consecutivas e de igual valor. O financiamento pode alcançar até 85 por cento do valor
exportado.
Proex Equalização
Esta modalidade tem o objetivo de proporcionar ao exportador brasileiro condições
de financiamento compatíveis com as praticadas no mercado financeiro internacional. Os
produtos elegíveis constam de Portarias do MDIC. A amortização do financiamento pode
ser feita também em parcelas trimestrais ou semestrais, em um prazo que varia de 360
dias a 10 anos.
Letras de Exportação (Export Notes).
A empresa exportadora emite uma Nota Promissória cujo valor é indexado pela
variação cambial, com o compromisso de resgate, em uma determinada data (entre 30 e
720 dias). O pagamento é garantido pelo contrato de exportação. Os bancos podem
participar como avalistas, intermediadores e importadores finais. Em geral, o prazo
obtido é superior ao do ACC.

APENDICES
1. Sistemas internacionais de unidades

A consolidação da cultura metrológica se constitui estratégia permanente das


organizações, pois resulta em ganhos de produtividade, qualidade dos produtos e
serviços, redução de custos e eliminação de desperdícios. A construção de um senso
de cultura metrológica não é tarefa simples, requer ações duradouras de longo prazo
e depende não apenas de treinamentos especializados, mas de uma ampla difusão
dos valores da qualidade em toda a sociedade.

O Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) foi criado pela Convenção do


Metro, assinada em Paris em 20 de maio de 1875 por 17 Estados, por ocasião da
última sessão da Conferência Diplomática do Metro. Tem por missão assegurar a
unificação mundial das medidas físicas, é encarregado:
– de estabelecer os padrões fundamentais e as escalas das principais grandezas
físicas, e de conservar os protótipos internacionais;
– de efetuar a comparação dos padrões nacionais e internacionais;
– de assegurar a coordenação das técnicas de medidas correspondentes;
– de efetuar e de coordenar as determinações relativas às constantes físicas que
intervêm naquelas atividades.

Unidades de base

Grandeza Unidade SI Símbolo

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Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Intensidade de corrente
eléctrica ampere A
Temperatura termodinâmica kelvin K
Quantidade de matéria mole mol
Intensidade luminosa candela cd

Unidade de comprimento
O metro é o comprimento do trajecto percorrido pela luz no vazio, durante um intervalo de
1 / 299 792 458 do segundo.
Unidade de massa
O quilograma é a unidade de massa; é igual à massa do protótipo internacional do quilograma.
Unidade de tempo
O segundo é a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre
os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133.
Unidade de intensidade de corrente eléctrica
O ampere é a intensidade de uma corrente constante que, mantida em dois condutores paralelos,
rectilíneos, de comprimento infinito, de secção circular desprezável e colocados à distância de 1
metro um do outro no vazio, produziria entre estes condutores uma força igual a 2  10 newton
-7

por metro de comprimento.


Unidade de temperatura termodinâmica
O kelvin, unidade de temperatura termodinâmica, é a fracção 1/273,16 da temperatura
termodinâmica do ponto triplo da água.
Unidade de quantidade de matéria
A mole é a quantidade de matéria de um sistema contendo tantas entidades elementares
quantos os átomos que existem em 0,012 quilograma de carbono 12. Quando se utiliza a mole,
as entidades elementares devem ser especificadas e podem ser átomos, moléculas, iões,
electrões, outras partículas ou agrupamentos especificados de tais partículas.
Unidade de intensidade luminosa
A candela é a intensidade luminosa, numa dada direcção, de uma fonte que emite uma radiação
monocromática de frequência 540  10 hertz e cuja intensidade energética nessa direcção é 1 /
12

683 watt por esterradiano.

Unidades SI derivadas

As unidades derivadas são unidades que podem ser expressas a partir das unidades
de base, utilizando símbolos matemáticos de multiplicação e de divisão. Dentre essas
unidades derivadas, diversas receberam nome especial e símbolo particular, que
podem ser utilizados, por sua vez, com os símbolos de outras unidades de base ou
derivadas para expressar unidades de outras grandezas.

Exemplos de unidades SI derivadas, expressas a partir das unidades de


base.

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Unidades fora do Sistema Internacional, em uso com o Sistema Internacional

Símbolos de unidades e dos números


Princípios
Os símbolos das unidades são expressos em caracteres romanos, em geral
minúsculos; todavia, se os símbolos são derivados de nomes próprios, são utilizados
caracteres romanos maiúsculos. Esses símbolos não são seguidos de ponto.
Nos números, a vírgula (maneira francesa) ou o ponto (modo britânico) são utilizados
somente para separar a parte inteira dos números de sua parte decimal. A fim de
facilitar a leitura, os números podem ser repartidos em grupos de três algarismos
cada um; estes grupos nunca são separados por pontos, nem por vírgulas.

Apostila de Log. Internacional – Profa. Marlene


www.ipq.pt/museu/sistema/index.htm

www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si/si.htm

2. Modelos de cartas do exportador brasileiro ao importador estrangeiro

FONTE :http://www.fiepa.org.br/cin/co/manual%20do%20exportador.pdf
A. Contato inicial com importadores:
Português
Prezados (as) Senhores (as),
Nossa empresa, a (nome da firma), fabrica (nomes dos produtos), que já exporta para
(citar os países). Estamos interessados em estender nossos negócios a esse país e fomos
informados de que sua empresa importa artigos de nossa linha de produção.
Anexamos à presente nosso catálogo e lista de preços, e permanecemos à sua
disposição para o envio de amostras que possam ser de seu interesse.
Antecipadamente gratos por sua atenção, subscrevemo-nos,
Atenciosamente,
Inglês
Dear Sirs (Madams),

Apostila de Log. Internacional – Profa. Marlene


The (nome da firma) manufactures (nomes dos produtos) and already exports to major
buyers in (nomes dos países). We are interested in expanding our trade to firms in your
country and were informed that your company imports the line of products that we produce.
We are enclosing a copy of our brochure and price list for examination, and would be
pleased to forward samples of any article that may interest you.
Thank you in advance for your attention,
Sincerely,
Espanhol
Estimados (as) Señores(as)
Nuestra industria, (nome da firma), produce (nomes dos produtos), y exporta ya a los
mayores compradores de (nomes dos países).
Estamos interesados en extender nuestro comercio a firmas de su país, y nos han
informado de que su compañía importa artículos de nuestra línea de producción.
Sometemos a su consideración nuestro folleto y lista de precios, quedando a su entera
disposición para el envío de muestras de cualquier artículo que pueda interesarles.
Agradeciendo anticipadamente su interés, reciba un cordial saludo,
B. Resposta a consultas de importadores:
Português
Prezados (as) Senhores (as),
Acusamos o recebimento de sua carta de (data e, se houver, número de referência da
carta), na qual essa empresa manifesta interesse em conhecer nossos produtos.
A seguir são apresentados dois exemplos de parágrafos que podem dar seqüência ao
texto, dependendo do teor da resposta:
a) Temos a satisfação de anunciar a remessa de amostras dos artigos de seu interesse
via (indicar a forma de remessa), as quais deverão estar chegando a essa empresa em
cerca de (indicar o tempo previsto de chegada).
Esperamos que as amostras atendam às especificações requeridas e que permitam o
estabelecimento de relações comerciais entre nossas empresas.
(ou)
b) Com referência à sua consulta sobre preços, lamentamos informar que os nossos
atuais custos de produção nos impedem de conceder descontos superiores a ...%.
Não obstante, dependendo do volume de negócios que se estabeleça com essa
empresa, talvez seja possível conceder descontos maiores.
Aguardamos confirmação de seu interesse.

Atenciosamente,
Inglês
Dear Sirs (Madams),
We acknowledge receipt of your letter of (data e, se possível, número de referência da
carta), in which you indicated your interest in our line of products.
A seguir são apresentados dois modelos de parágrafos que podem dar seqüência ao
texto, dependendo do teor da consulta:
a) We will be pleased to send samples of those articles that interest you. They will be
dispatched immediately by (indicar a forma de remessa) and should arrive within (indicar o
tempo previsto de chegada).
We hope these samples will meet your requirements and look forward to further
business dealings with you.
(ou)
b) With reference to your query concerning prices, we regret to inform that rising
production costs prevent us from lowering prices by more than... per cent. Further reductions
may be possible depending upon the volume of future business with you.
We will be waiting for the confirmation of your interest.
Sincerely,
Espanhol
Estimados (as) Senhores (as),
Acusamos recibo de su carta del día (data e, sempre que possível, número de
referência da carta), en la cual nos indica su interés en nuestros productos.

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A seguir são apresentados dois exemplos de parágrafos que podem dar seqüência a
esta carta, dependendo do teor da consulta:
a) Tenemos la satisfacción de anunciarles el envío de las muestras de los artículos en
los cuales están Uds. interesados, que serán remitidos inmediatamente por (indicar a forma
de remessa) y llegarán a su compañia dentro de los días (indicar o tempo aproximado de
chegada).
Esperamos que las muestras cumplan satisfactoriamente con sus expectativas y
especificaciones y favorezcam el inicio de relaciones comerciales entre nuestras compañias.
(ou)
b) Con referencia a su consulta sobre los precios, lamentamos informales de que el
constante aumento de los costos de producción nos impiden conceder rebajas superiores al
... por ciento. No obstante, dependiendo del futuro volumen de negocios con Uds. tal vez
sea posible ofrecerles mayores descuentos.
Esperamos la confirmación de su interés.

C) Anunciando visita a importadores:


Português
Prezados (as) Senhores (as),
Nossa indústria, (nome da empresa), fabrica (nomes dos produtos), que já exporta para
(citar os países).
Estamos interessados em estender nossos negócios a esse país e, com tal objetivo,
gostaríamos de entrar em contato com potenciais compradores.
Em nossa viagem, estaremos em (nome da cidade do destinatário) entre os dias (data
de chegada) e (data de partida) e estamos muito interessados em visitar sua empresa para
poder mostrar-lhes nossa linha de produtos.
Junto com a presente, enviamos nosso catálogo e lista de preços.
Antecipadamente gratos, subscrevemo-nos,
Atenciosamente,
Inglês
Dear Sirs (Madams),
The (nome da firma) manufactures (nomes dos produtos) and already exports to major
buyers in (nomes dos países).
We are interested in expanding our trade to firms in your country and, for this purpose,
we plan to visit buyers of these articles in your country.
We shall be in (nome da cidade do destinatário) from (data de chegada) to (data de
partida). We hope to contact you during this period in order to arrange an appointment to
show you our line of products.
We enclose herewith copies of our brochure and price list.
Thank you in advance for your interest.
Sincerely,
Espanhol
Nuestra industria, (nome da firma), fabrica (nomes dos produtos) y exporta ya a (nomes
dos países).
Estamos interesados en ampliar nuestro comercio y, a tal objeto, hemos proyectado
visitar algunos compradores en su pais.
En el transcurso de nuestro viaje, estaremos en (nome da cidade do destinatário)
durante los días (data da visita), y esperamos poder mostrar a Uds nuestra línea de
productos.
Con la presente, enviamos ejemplar de nuestro folletos y lista de precios.

Agradecidos de antemano, aprovechamos la oportunidad para saludarles.

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3. Outros termos em Com. exterior

Território Aduaneiro
O Território Aduaneiro compreende todo o território nacional, estando dividido, para fins de jurisdição dos serviços
aduaneiros, em “Zona Primária” e “Zona Secundária”.

Zona Primária
A Zona Primária compreende as faixas internas de portos e aeroportos, recintos alfandegados e locais habilitados na
fronteira terrestre, bem como outras áreas nas quais se efetuem operações de carga e descarga de mercadorias, ou
embarque e desembarque de passageiros, procedentes ou destinados ao exterior. Esta Zona é demarcada pela
autoridade aduaneira local, ouvido o órgão ou empresa a que esteja vinculada a administração do porto, aeroporto ou
estação de fronteira, e abrange: a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos
alfandegados; b) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados; e, c) a área adjacente aos pontos de
fronteira alfandegados. Aqui, os recintos alfandegados são os pátios, armazéns, terminais e outros locais destinados à
movimentação e ao depósito de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, que devam se movimentar ou
permanecer sob controle aduaneiro, assim como as áreas reservadas a verificação de bagagens destinadas ao exterior
ou dele procedentes. Incluem-se ainda as dependências de lojas francas. Em tudo o que interessar à fiscalização
aduaneira na Zona Primária, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas
atribuições. São ainda consideradas como Zona Primária, para fins de controle aduaneiro, as áreas de livre comércio
caracterizadas como Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), destinadas à instalação de empresas voltadas para
a produção de bens a serem comercializados com o exterior.

Zona Secundária
A Zona Secundária compreende o restante do território aduaneiro, nelas incluídas as águas territoriais e o espaço
aéreo. Os recintos alfandegados na Zona Secundária são os entrepostos, depósitos, terminais ou outras unidades
destinadas ao armazenamento de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, que devam movimentar-se ou
permanecer sob controle aduaneiro, incluindo-se também as dependências destinadas ao depósito de remessas postais
internacionais sujeitas ao mesmo controle.

Importações Definitivas
A importação definitiva ocorre quando a mercadoria estrangeira importada é nacionalizada, independentemente da
existência de cobertura cambial, o que significa integrá-la à massa de riquezas do País com a transferência de
propriedade do bem para qualquer pessoa aqui estabelecida.

Importações não-definitivas
As importações não-definitivas, por seu turno, são aquelas em que, contrariamente às importações definitivas, não
ocorre nacionalização. São os casos, por exemplo, de mercadorias importadas sob o regime aduaneiro especial de
Admissão Temporária que, após a sua permanência no país, são reexportadas. Convém notar que essas importações
poderão, à opção do importador, tornar-se definitivas, oportunidade na qual deverá ser providenciada toda a
documentação pertinente e pagos os impostos devidos, se for o caso. Como regra geral, essas importações não se
sujeitam ao pagamento de impostos, exceto no caso de Admissão Temporária com Utilização Econômica do bem no
País que implicará no recolhimento proporcional calculado em razão do tempo de sua permanência e no prazo de vida
útil considerando pela Secretaria da Receita Federal.

Nacionalização
A nacionalização é a sequência de atos que transfere a mercadoria estrangeira para a economia nacional. Nas
importações definitivas o documento que comprova a transferência de propriedade do bem importado é, normalmente,
o conhecimento de embarque, enquanto que nas hipóteses de nacionalização de importações inicialmente ingressadas
no País em caráter não-definitivo, outros documentos, tais como a fatura comercial, podem servir para comprovar a
referida transferência.

Despacho Aduaneiro de Importação


Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de
mercadoria procedente do exterior, seja importada a título definitivo ou não (Decreto nº 91030/85, Artigo 411).

Estações Aduaneiras
Estação Aduaneira pode ser: De fronteira, quando situada em Zona Primária de ponto alfandegado de fronteira, ou
área contígua ou Interior, quando situada em Zona Secundária.

Estação Aduaneira Interior – Eadi


São terminais instalados em região onde houver expectativa de concentração de carga de importação ou destinada à
exportação, cuja permissão de funcionamento depende de processo licitatório realizado pela SRF. Conhecida como
porto seco, destina-se exclusivamente a receber, sob controle fiscal, mercadoria importada ou a exportar, podendo
nela ser executados todos os serviços aduaneiros, incluindo os de processamento de despacho. Como serviços
conexos, além dos anteriormente definidos, poderão ser prestados exclusivamente em Eadi: – Etiquetagem e
marcação de produtos destinados a exportação, visando sua adaptação a exigências do comprador; – Demonstração e
testes de funcionamento de veículos, máquinas e equipamentos; – Acondicionamento e recondicionamento; –
Montagem. Na importação, a permissionária assumirá a condição de depositária da mercadoria, a partir do momento
em que atestar o seu recebimento em documento hábil. Além disso, deverá manter controles de entrada, permanência
e saída de mercadoria, bem como de veículo e de unidade de carga, que poderão ser exigidos a qualquer tempo pela
fiscalização aduaneira.

Regimes Aduaneiros
Nas Eadi poderão ser realizadas operações com mercadorias submetidas aos regimes aduaneiros comum e suspensivo
(entreposto aduaneiro; admissão temporária; trânsito aduaneiro; drawback; exportação temporária; depósito
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alfandegado certificado; e, depósito especial alfandegado). Nas EAF e TRA serão admitidos igualmente os regimes
citados, com exceção do entreposto. O prazo de permanência de mercadoria importada em EADI será de 75 (setenta e
cinco) dias, contado da data de conclusão da operação de trânsito aduaneiro. Na hipótese de mercadoria importada
submetida aos regimes especiais de entreposto aduaneiro, de depósito especial alfandegado e de entreposto
internacional da Zona Franca de Manaus, o prazo será aquele estabelecido para sua vigência. A mercadoria importada
que se encontre armazenada em terminal alfandegado de uso público será considerada abandonada, após o discurso
do prazo de: – 90 (noventa) dias, no caso de EAF e TRA, contrato do dia seguinte à data da descarga; – 45 (quarenta
e cinco) dias, no caso de Eadi, contado do dia seguinte ao do vencimento do prazo de permanência normal.
Consideram-se, também, abandonados, os veículos e as unidades de carga, assim entendidos os contêineres,
reboques, semi-reboques e semelhantes e os vagões ferroviários, depois de esgotado o prazo de 180 (cento e oitenta)
dias de permanência no terminal alfandegado de uso público, contato da data de sua entrada no local.

Despacho Aduaneiro
Despacho aduaneiro de importação é o processamento, motivado pelo importador, que tem por objetivo o
desembaraço da mercadoria procedente do exterior, tenha esta sido importada a título definitivo ou não. É importante
notar que, dentro desse contexto, inserem-se duas formas de despacho aduaneiro – consumo e não-consumo,
variando, via de consequência, o tipo de Declaração de Importação a ser utilizada. As categorias das Declarações de
Importação no Siscomex são: I – Mercadoria Oriunda Diretamente do Exterior para: a) Consumo (inclusive
“Drawback”); b) Admissão em Entreposto Aduaneiro; c) Admissão em Eizof – Entreposto Internacional da ZFM; d)
Admissão em Entreposto Industrial; e) Admissão Temporária; f) Admissão na ZFM – Zona Franca de Manaus; g)
Admissão em Loja Franca; h) Admissão em ALC – Área de Livre Comércio; i) Admissão em DAD – Depósito Aduaneiro
de Distribuição; j) Admissão em DEA – Depósito Especial Alfandegado; k) Admissão Consumo e Admissão Temporária.
II – Mercadoria com Admissão Anterior para: a) Nacionalização de Admissão Temporária; b) Nacionalização de
Entreposto Aduaneiro; c) Saída de Eizof – Entreposto Internacional da ZFM; d) Saída de Entreposto Industrial; e)
Nacionalização de DEA – Depósito Especial Alfandegado; f) Nacionalização de DAD – Depósito Aduaneiro de
Distribuição; g) Internação de ZFM-PI (Produtos Industrializados); h) Internação de ZFM-PE (Produtos Estrangeiros); i)
Internação de ALC – Área de Livre Comércio.

Declaração de Importação
O despacho aduaneiro tem por base declaração formulada pelo importador, ou por seu representante, no Siscomex,
devendo nela constar Informações Gerais (Importador, Básicas, Transporte, Carga, Pagamento) e Informações
Específicas – Adição (Fornecedor, Mercadoria, Valor Aduaneiro e Métodos, Incoterms, Tributos e Câmbio). Em principio,
deverá ser formulada uma única declaração de importação para cada conhecimento internacional de carga. Entretanto,
em função do tipo do produto, da vida de transporte utilizada, da operação comercial e, desde que o importador se
encontre em situação fiscal regular, o Chefe da Unidade da SRF poderá autorizar o registro de mais de uma declaração
para o mesmo conhecimento ou de uma única declaração para vários conhecimentos, desde que assegurados os meios
de controle aduaneiro. A exemplo do que ocorre com o Licenciamento Não-Automático, a Declaração de Importação
deverá ser formulada no microcomputador do usuário, sem que esteja conectado ao computador central (off-line).
Nessa fase, deverá o usuário selecionar o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro que envolve a
operação, conforme as opções disponibilizadas pelo programa do Siscomex. Prestadas as Informações Gerais, deverão
ser inseridas as Informações Específicas (Adição) correspondente a cada mercadoria acobertada pela Declaração de
Importação. Considerando-se a ocorrência de várias adições para uma mesma Declaração de Importação, o sistema
gerará um número sequencial para cada adição que ficará agregado ao número da Declaração. Em determinadas
situações poderão ser reunidas em uma única adição mercadorias que tenham características comuns, tais como:
NCM; Ex/Ato; Regime de Tributação; Natureza Cambial; Exportador; Fabricante; Licenciamento Não-Automático;
Moeda na Condição de Venda, entre outras determinantes. Quando a(s) mercadoria(s) objeto(s) de adição estiver(em)
sujeita(s) ao Licenciamento Não-Automático, o número da Licença de Importação deverá ser informado pelo
importador para que o Sistema faça a vinculação da Licença de Importação com a Declaração de Importação.
Elaborada a Declaração de Importação, poderá o importador transmiti-la para o Computador Central do Siscomex para
simples análise ou registro, observando-se que neste último caso, registrada a Declaração de Importação no Sistema,
considerar-se-á iniciado o processo de despacho aduaneiro. Nos casos de transmissão para análise, exclusivamente
para a verificação de erros ou omissões no preenchimento, não serão exigidos os dados referentes ao pagamento dos
tributos. O registro da Declaração de Importação no Siscomex será efetivado mediante a sua numeração automática
única, sequencial e nacional, salvo qualquer irregularidade impeditiva de seu registro ou outro motivo identificado pela
Receita Federal.

Nomenclatura e Classificação de Mercadorias – NCM


Concluído o período de transição do Mercosul 1991 a 1994 os países – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai –
passaram a incrementar outros mecanismos para consolidar os processo de integração, principalmente o
estabelecimento de uma União Aduaneira. Para atingir este modelo de integração, faz-se necessária, além da liberação
tarifária e não-tarifária no comércio de bens intra-regionais, a manutenção de um regime tarifário comum para o
comércio extra-regional. Assim, os atributos aduaneiros aplicados para terceiros países deverão ser uniformes para
qualquer um dos Estados-Partes. A necessidade de uma nomenclatura unificada para ser utilizada entre os quatro
Estados-Partes levou à criação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), com base no Sistema Harmonizado.
Foram procedidas as adaptações necessárias, inclusive a introdução de subdivisões em nível de itens, acrescentadas e
codificadas após o código numérico de seis dígitos do Sistema Harmonizado, de sorte a obter melhor detalhamento das
mercadorias e respectivas classificações, satisfazendo os interesses de todos os Estados-Partes.

Admissão Temporária
O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens que devam permanecer no
País durante prazo determinado com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação, ou com
pagamento proporcional ao tempo de permanência no País. A aplicação do regime de admissão temporária ficará
sujeita ao cumprimento das seguintes condições: – importação em caráter temporário e sem cobertura cambial; –
adequação à finalidade para a qual foram importados; – utilização em conformidade com prazo de permanência e a
finalidade constante do ato concessivo.

Trânsito Aduaneiro
O regime especial de trânsito aduaneiro é o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um
Apostila de Log. Internacional – Profa. Marlene
ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos. O regime subsiste do local de origem ao local de
destino e desde o momento do desembaraço para trânsito aduaneiro pela repartição de origem até o momento em que
a repartição de destino certifique a chegada da mercadoria.

Entreposto Aduaneiro
São admissíveis no regime quaisquer mercadorias, exceto as usadas e aquelas cuja importação esteja proibida por lei
ou em decorrência de compromissos internacionais assinados pelo Brasil. Para a remoção da mercadoria importada da
repartição alfandegária de Zona Primária até a Eadi onde a mercadoria será entrepostada deverá ser requerido, junto à
autoridade fiscal, o Trânsito Aduaneiro mediante apresentação de documento chamado DTA. Concluída a remoção com
a chegada da mercadoria na unidade de entreposto, deverá ser processado o Despacho de Admissão, quando então
será feita a conferência do bem, com base na fatura comercial pro forma e no conhecimento de embarque. A
permanência de mercadoria no entreposto é onerada com a cobrança de taxa de armazenagem pelo permissionário,
geralmente para cada período de 10 (dez) dias. O despacho para consumo pode abranger parte ou a totalidade dos
bens entrepostados, a critério do importador – consignatário, ocasião em que deverá ser formulada a respectiva
Declaração de Importação e pagos os correspondentes impostos calculados com base nas alíquotas vigentes na data
de registro da DI, adotando-se a taxa de câmbio do mesmo período.

Revisão Aduaneira
Revisão Aduaneira é o ato pelo qual a autoridade fiscal, após o Desembaraço Aduaneiro, reexamina o Despacho
Aduaneiro, com a finalidade de verificar a regularidade da importação quanto aos aspectos fiscais e inclusive o
cabimento de benefício fiscal. Verificada, em ato de revisão, diferença de tributos ou irregularidades cuja prova
permaneça na declaração, nos documentos que a instruem ou em processo correlato, será adotado o procedimento
fiscal cabível para fins de recolhimento do que for devido. A revisão aduaneira poderá ser realizada enquanto não
decair o direito da Fazenda Nacional de constituir o Crédito Tributário que, conforme prescreve o Código Tributário
Nacional, é de 5 (cinco) anos a contar da data de registro da Declaração de Importação. Expirado esse prazo, sem
pronunciamento da autoridade competente, o lançamento será considerado homologado e o crédito definitivamente
extinto, salvo se comprova a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Imposto de Importação – II
O imposto incide sobre mercadorias estrangeiras, assim como sobre aquelas definidas no artigo 84 do Regulamento
Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030/85, tendo como fato gerador a entrada de qualquer uma dessas
mercadorias no território aduaneiro. Apesar de serem mercadorias estrangeiras, o Regulamento Aduaneiro exclui da
incidência as seguintes situações: a) mercadoria corretamente declarada que chegar ao País por erro manifesto ou
comprovado de expedição, e que for redestinada ao exterior; b) mercadoria em substituição a outra anteriormente
importada que tenha se revelado, após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava; c) mercadoria que tenha sido objetivo da pena de perdimento; e, d) mercadoria devolvida ao exterior antes
do registro da Declaração de Importação. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se o fato gerador na data de
registro da Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo. O Regulamento Aduaneiro que não
constitui fato gerador do imposto:

a) retorno de exportação temporária; b) reimportação de mercadoria enviada ao exterior em consignação e não


vendidas nos prazos autorizados; por defeito técnico que exija a sua devolução para reparo ou substituição; quaisquer
motivos alheios à vontade do exportador; A base de cálculo do imposto é: a) quando a alíquota for específica, a
quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na Tarifa Externa Comum (TEC); A Taxa de Câmbio
para a conversão de valores expressos em moedas estrangeiras, para efeito da tributação de mercadorias importadas,
será a fixada no Siscomex para o respectivo dia. As alíquotas do Imposto de Importação se encontram especificadas na
Tarifa Externa Comum – AEC, que se apóia na codificação da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM. As isenções
ou reduções do Imposto de Importação são concedidas através de leis, podendo ser vinculadas à qualidade do
importador ou à destinação dos bens. O pagamento do Imposto de Importação devido é efetuado mediante débito
automático na conta corrente indicada na DI, junto à agência habilitada de banco integrante da rede arrecadatória de
receitas federais, por meio de DARF ELETRÔNICO, no momento do registro da Declaração de Importação.

Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI


O imposto incide sobre produtos industrializados, e tem como fato gerador, entre outras hipóteses, o desembaraço
aduaneiro daqueles produtos de procedência estrangeira. Salvo disposição especial do regulamento, o imposto será
calculado mediante a aplicação da alíquota do produto, constante da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados – TIPI, sobre o valor que servir ou que serviria de base para cálculo do tributo aduaneiro, por ocasião
do despacho de importação, acrescido do montante desse tributo e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo
importador ou dele exigíveis. Aplicam-se ao pagamento do referido imposto os mesmos procedimentos estabelecidos
para o débito em conta do Imposto de Importação apurados por ocasião do registro da Declaração de Importação.

Material compilado somente para fins didáticos.


http://www.brasilescola.com/geografia/mercosul.htm
http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/aladi.htm
http://educacao.uol.com.br/geografia/uniao-europeia.jhtm
http://www.comexnet.com.br/comexnet/index.cfm?pag=cont/exp/5.cfm
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=2412
http://www.ot.ufc.br/mediawiki/index.php/Prestadores_e_operadores_log%C3%ADsticos
http://www.fiepa.org.br/cin/co/manual%20do%20exportador.pdf
CódigoTtributário Nacional
Labutut (1992) Teoria e Prática de Comercio Exterior – Aduaneira RJ
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php
www.braziltradenet.gov.br/
www.aduaneiras.com.br/ -
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/home.htm
Www.desenvolvimento.gov.br
www.empresario.com.br/comex/html/item4a.htm
http://www.netcomex.com.br/importacao/artigo.asp?t=da

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